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Anexo 3 - Textos para estimulação da compreensão e leitura

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Anexo 3
Textos para 
estimulação da 
compreensão de 
leitura
Reprodução proibida sem citar a origem: SANTOS, M.T.M.; NAVAS, 
A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. 
Anexos. Barueri: Manole, 2016. 312p.
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
2
TEXTO PARA COMPREENSÃO 
DIRIGIDA
NA DELEGACIA
– Mada me, quei ra com pa re cer com urgên cia ao Dis tri to. Seu filho 
está deti do aqui.
– Como? O senhor ligou erra do. Meu filho deti do? Meu filho vive 
há seis meses na Bél gi ca, estu dan do Físi ca.
– E a senho ra só tem esse?
– Bom tenho tam bém o Caçu li nha, de dez anos.
– Pois é o Caçu li nha.
– O senhor está brin can do comi go. Não acho graça nenhu ma. En­
tão um meni no de dez anos foi parar na Polí cia?
– Mada me, vem aqui e nós expli ca mos.
Quem ligou para a mada me e por quê?
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
A senho ra cor reu ao Dis tri to Poli cial, apa vo ra da. Lá esta va o Caçu­
li nha, cabe ça baixa, silen cio so.
– Meu filho, mas você não foi ao colé gio? Que foi que acon te ceu?
Não se mos trou incli na do a res pon der.
– Que foi que meu filho fez, seu dele ga do? Ele rou bou? Ele matou?
– Esta va com um cole ga fazen do bagun ça numa casa velha da rua 
Soa res Cabral. Uma senho ra que mora em fren te tele fo nou avi san do, e 
nós trou xe mos os dois para cá. O outro garo to já foi entre gue à mãe 
dele. Mas este diz que não quer vol tar para casa.
A mãe sen tiu uma espa da muito fina atra ves sar­lhe o peito.
3
SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole, 
2016. 312p.
O que sig ni fi ca a expres são “a mãe sen tiu uma espa da fina atra ves sar-lhe o 
peito”?
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
– Que é isso, meu filho? Você não quer vol tar para casa?
Con ti nua va mudo.
– Eu disse a ele, mada me – con ti nuou o dele ga do – que se não vol­
tas se para casa teria que ser entre gue ao Juiz de Meno res. Ele me per­
gun tou o que é o Juiz de Meno res. Eu expli quei, ele disse que ia pen sar.
– Meu filho, meu filhi nho – disse a senho ra, com voz trê mu la – 
então você não quer mais ficar com a gente? Pre fe re ser entre gue ao 
Juiz de Meno res?
Por que você acha que o Caçu li nha não que ria vol tar para casa?
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
Caçu li nha con ser va va­se na retran ca. O poli cial con du ziu a senho­
ra para outra sala.
– O que os garo tos esta vam fazen do é muito peri go so. Brin ca vam 
de explo rar uma casa aban do na da, onde à noite dor mem mar gi nais. 
Mada me com preen de, é pre ci so pas sar um susto nos dois.
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
4
O que os meni nos esta vam fazen do na casa aban do na da e por que isso era 
peri go so?
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___________________________________________________________
___________________________________________________________
A senho ra vol tou para perto de Caçu li nha, trans for ma da:
– Sai daí já, seu vaga bun do, e vamos para casa.
O mudo recu pe rou a fala:
– Eu não posso vol tar, mãe.
– Não pode? Espe ra aí que eu te dou não­pode.
A que se deve esta trans for ma ção da ati tu de da mãe?
___________________________________________________________
___________________________________________________________
___________________________________________________________
E levou­o pelo braço rís pi da. Na rua, Caçu li nha ten tou nego ciar:
– A senho ra me deixa pas sar na rua Soa res Cabral? Dei xan do, eu 
volto direi to para casa, não faço mais bes tei ra.
– Pas sar na rua Soa res Cabral, depois desse vexa me? Você está lou­
co?
– Eu pre ci so, mãe. Tenho que pegar uma coisa lá.
– Que coisa?
– Não sei, mas tenho que pegar. Senão me cha mam de covar de. 
Acei tei o desa fio dos cole gas, e se não trou xer um troço da casa velha 
para eles, fico des mo ra li za do.
– Que troço?
– O pes soal diz que lá den tro tem fer ros de tor tu rar escra vo, essas 
coi sas de anti ga men te. Eu e o Edgar está va mos pro cu ran do, ele mais 
5
SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole, 
2016. 312p.
como tes te mu nha, eu como explo ra dor. Mãe, a senho ra quer ver seu 
filho sujo no colé gio, quer? Tenho de levar nem que seja um peda ço 
de cano velho, uma fecha du ra, uma telha.
Qual foi a expli ca ção que o filho deu para a mãe sobre a neces si da de de ir 
à rua Soa res Cabral?
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___________________________________________________________
___________________________________________________________
A mãe esta cou para pen sar. Seu filho sujo no colé gio? Nunca. Mas, 
e o peri go dos mar gi nais? E a polí cia? E seu mari do? Vá tudo para o 
infer no. Tomou uma reso lu ção macha, e disse para o Caçu li nha:
– Quer saber de uma coisa? Eu vou com você à rua Soa res Cabral.
O que sig ni fi ca a expres são “ficar sujo no colé gio”?
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___________________________________________________________
Se você fosse a mãe do meni no, o que você faria?
___________________________________________________________
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Fonte: Carlos Drummond de Andrade, 70 historinhas, Ed. Record.
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
6
TEXTO PARA LEITURA DIRECIONADA
OS DOIS VIAJANTES E O URSO
Dois homens viajavam juntos através de uma densa floresta, quan­
do, de repente, sem que nenhum deles esperasse, à frente deles, um 
enorme urso surgiu do meio da vegetação.
Um dos viajantes, de olho em sua própria segurança, não pensou 
duas vezes, correu e subiu numa árvore.
Ao outro, incapaz de enfrentar aquela enorme fera sozinho, restou 
deitar­se no chão e permanecer imóvel, fingindo­se de morto. Ele já 
escutara que um Urso, e outros animais, não tocam em corpos de 
mortos.
Isso pareceu ser verdadeiro, pois o Urso se aproximou dele, cheirou 
sua cabeça de cima para baixo, e então, aparentemente satisfeito e con­
vencido de que ele estava de fato morto, foi embora tranquilamente.
O homem que estava em cima da árvore então desceu. Curioso com 
a cena que viu lá de cima, ele perguntou:
“Me pareceu que o Urso estava sussurrando alguma coisa em seu 
ouvido. Ele lhe disse algo?”
“De fato, Ele disse sim!” Respondeu o outro. “Disse que não é nada 
sábio e sensato de minha parte andar na companhia de um amigo que, 
no primeiro momento de aflição, me deixa na mão!”
Moral: Não é sensato deixarmos nosso destino nas mãos de tercei­
ros. A crise é o melhor momento para revelar quem são os verdadeiros 
amigos.
Fonte: Esopo em http://sitededicas.ne10.uol.com.br/fabula_os_dois_viajantes.
htm/. Acessado em: 07/09/2015
7
SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole, 
2016. 312p.
ORIENTAÇÃO PARA A TAREFA:
Cubra a moral da história no final, e cole cada pergunta em um 
post-it ao lado de cada parágrafo. A criança deverá ler a pergunta antes 
de ler o parágrafo e responder a pergunta assim que acabar de ler o 
parágrafo.
1. Por onde os viajantes iam e o que aconteceu de repente?
2. Onde um dos viajantes se escondeu?
3. Por que o outro se fingiu de morto?
4. Você acha que o urso sussurrou mesmo alguma coisa no ouvido 
do viajante? O que você acha que significa “me deixa na mão”?
5. Qual você acha queé a moral dessa história? O que você acha 
que o homem deveria ter feito em vez de subir correndo na árvore?
Veja o modelo na foto abaixo:
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
8
TEXTOS CLOZE
O HOMEM QUE BOTOU UM OVO
Na vila de Pas sa lo go havia uma mulher que era muito fofo quei ra. 
Fala va demais, vivia pela cida de pro cu ran do as pes soas para saber das 
__________, que ela depois saía espa lhan do pra todo mundo. O mari­
do de dona Jacon ta, este era o nome dela, fica va louco da vida:
– Essa __________ fala demais! Não há segre do que ela não conte!
Um dia, os dois tive ram uma __________ dis cus são por causa dis­
so. Ela dizia que era uma gran de injus ti ça, que ela __________ tinha 
con ta do a nin guém nada de impor tan te, que ela sabia muito bem o 
que fazia, essas coi sas que as pes soas dizem quan do __________ acu­
sa das de algu ma coisa.
O mari do ficou pensando, pen san do, e resol veu que ____ dar uma 
lição na mulher.
Dei xou pas sar um tem pi nho, que era pra ela não des con fiar.
Então, __________ dia arran jou um ovo gran de, de perua, e trou xe 
o __________ pra cama.
Espe rou que a mulher dor mis se e então come çou a gritar, a 
________, dizen do que esta va acon te cen do uma __________ esqui si ta. 
E então, tirou o __________ debai xo das cober tas e mos trou à 
__________.
– Olha só, mulher, que coisa mais __________! Eu acabo de botar 
um __________!
A mulher arre ga lou uns __________ deste tama nho, que nem ela, 
nem nin guém jamais __________ visto uma coisa des sas. Então, o 
mari do reco men dou a ela:
– Veja bem, hein, mulher! __________ vá sair por aí espa lhan do que 
eu __________ um ovo. Eu ia ficar des mo ra li za do!
– Que é isso, homem? Vê lá se __________ sou mulher de espa lhar 
__________ por aí. Já __________ e torno a dizer: em maté ria de segre­
dos eu sou um túmu lo!
O mari do deu um sus pi ro e foi dor mir. “Vamos ver, minha cara, 
__________ ver”, pen sou.
9
SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole, 
2016. 312p.
No dia _____________, ele saiu cedi nho, como sem pre fazia, e foi 
tra ba lhar.
A mulher, já se sabe! Saiu logo atrás dele pra falar com a coma dre.
– Coma dre, você não quei ra nem saber!
E con tou tudi nho à __________, com __________ por ção de deta­
lhes. Natu ral men te pediu à coma dre o maior segre do...
A coma dre, já se sabe! Ficou só espe ran do dona Jacon ta __________ 
embo ra e saiu atrás, para ir à casa da irmã.
E assim, o dia intei ro aque la __________ tão fan tás ti ca foi con ta da 
de casa em __________, pela vila toda.
E como quem conta um conto aumen ta um ponto...
Quan do o coi ta do do homem che gou em casa à noite encon trou 
uma mul ti dão na porta dele. Ele até ___________ assus tou, pen san do 
que tinha ___________ algu ma coisa à mulher dele.
Então, ele encon trou um conhe ci do e per gun tou o que havia.
– Pois você não sabe? Aí na sua rua tem um __________ que bota 
ovo à noite. Dizem que só esta ___________ ele botou duas dúzias!
O homem não sabia se ria ou se cho ra va.
Mas de longe viu que a __________ esta va toda atra pa lha da, expli­
can do, como podia, o fenô me no.
Ele, então, resol veu ficar uns tem pos fora e dei xar que a mulher se 
arran jas se.
Quan do ele vol tou, a mulher nunca __________ falou no caso. E 
nunca mais saiu pela vila “espa lhan do novi da des”.
Fonte: His tó ria popu lar recon ta da por Ruth Rocha, Revis ta do Ale gria & 
Cia., n. 51, Edi to ra Abril.
Esto que de pala vras: são – ela – ovo – olhos – ir – nunca – eu – fofo cas 
– notí cia – casa – esqui si ta – tinha – coma dre – mulher – um – gri tar 
– botei – disse – nunca – mulher – acon te ci do – vamos – muito – 
noite – uma – ovo – fofo cas – seguin te – não – homem – mais.
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
10
O PADRE, O ESTU DAN TE E O CABO CLO
Era um padre, um estu dan te e um cabo clo.
Eles esta vam indo para um lugar muito longe e pre ci sa vam parar 
no cami nho para dor mir.
Na casa em que eles para ram não havia nada para comer. Só um 
quei ji nho­de­minas.
Não saben do como divi dir o quei jo, o padre resol veu que eles iam 
dor mir e que no dia seguin te cada um con ta ria o seu sonho. Quem 
tives se o __________ mais boni to ganha ria o quei jo.
O cabo clo não __________ dor mir de tanta fome.
Então, ele foi até a __________ , pegou o quei jo e comeu.
No dia seguin te, os três acor da ram e então o padre pro pôs que 
con tas sem os seus __________.
O pri mei ro foi o padre:
– Pois eu sonhei com uma coisa muito linda. Sonhei com a esca da 
de Jacó, que como vocês sabem, é a esca da que leva para o céu. E então 
eu __________ que esta va subin do pela __________ toda dou ra da e que 
os anjos can ta vam, enquan to eu subia. Uma bele za!
– Pois eu – disse o estu dan te – eu __________ que esta va no céu 
espe ran do pelo padre e que era tudo uma bele za, os anjos real men te 
can ta vam, as estre las bri lha vam, tinha até _________ come ti nhas que 
iam pra lá e pra cá. Sonho mais __________ nin guém nunca teve...
O cabo clo, então, coçou a cabe ça e come çou a __________:
– Pois olhe, __________ tive um sonho meio dife ren te. Eu _________ 
que eu acor dei com muita fome. Então eu olhei e o padre e o moço 
esta vam no céu, no bem­bom. Nem esta vam pre ci san do de nada. Então, 
eu per gun tei:
– E o __________ ?
E vocês res pon de ram:
– Deixa prá __________, aqui nin guém pre ci sa de quei jo! Então, eu 
_________ o quei jo. 
Fonte: His tó ria popu lar recon ta da por Ruth Rocha, Revis ta do Ale gria & 
Cia., n. 51, Edi to ra Abril
11
SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole, 
2016. 312p.
TEXTOS COM INCONSISTÊNCIA 
INTERNA
Oriente seu paciente que ele vai ler um texto no qual há informações que 
contradizem as anteriormente apresentadas no texto, e que ele deve encontrar 
essas informações.
O SAL
O sal não é apenas algum tempero que você põe na comida. É algo 
de que você necessita para sobreviver. Nossos corpos necessitam de sal 
para se manterem funcionando. Mas, de onde o sal vem? Há duas 
formas principais de o sal ser produzido. Uma delas é por meio de 
mineração. Do mesmo modo que o carvão e os diamantes, o sal pode 
ser retirado do solo. Então ele é limpo e triturado até virar pó. Outro 
modo de fazer sal é retirá­lo do oceano. Mas como o sal é somente um 
tempero, as pessoas retiram grandes quantidades de água do oceano e 
colocam­nas sob o sol. Quando a água evapora, o que fica é o sal.
1. O sal é alguma coisa que todos precisam para __________.
2. Além de sal, que outras coisas são retiradas do solo?
3. Descreva como o sal é produzido a partir da água do oceano.
Resposta: “Mas como o sal é somente um tempero...”. Contradiz a primeira 
frase do texto.
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
12
O SISTEMA SOLAR
O sistema solar é um aglomerado de planetas, meteoroides, come­
tas, e vários outros corpos celestes em torno de uma estrela: o Sol.
Com cerca de cinco bilhões de anos, o sol não é o centro de nosso 
sistema solar. Apenas um minúsculo pedaço de uma Galáxia chamada 
Via Láctea, que contém outros bilhões de estrelas tão ou até mais bri­
lhantes que o nosso astro rei (são mais de 200 bilhões de estrelas, 
sendo que a mais próxima do sol, a Próxima Centauri, está a 4,3 anos 
luz dele).
O nosso sistema solar é oficialmente formado por oito planetas: 
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Até 
2006, Plutão era considerado o nono planeta do sistema solar. Entre­
tanto a descoberta do Cinturão de Kuiper, uma região logo depois de 
Plutão, fez com que a União Astronômica Internacional criasse uma 
definição para planeta que exclui Plutão, classificando­o de acordo com 
a nova definição, como um “planeta­anão”.
Assim como Plutão, outros dois corpos celestes, Ceres e Éris, que 
antes eram consideradosasteroides, passaram a ser considerados pla­
netas­anões.
Fonte: http://www.infoescola.com/astronomia/sistema-solar/. Acessado 
em: 05/09/2015.
Resposta: “…o sol não é o centro do nosso sistema solar….”
INTERNET DO FUTURO PASSA PELO ATLÂNTICO
Novos cabos submarinos devem ligar o Brasil diretamente a Euro­
pa, Estados Unidos e África, aumentando a velocidade de dados.
Pouca gente sabe, mas quando um usuário da internet acessa uma 
rede social ou assiste a um vídeo, os “pacotes” de informação que cir­
culam entre seu computador e os servidores em outros continentes 
13
SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole, 
2016. 312p.
passam, em milésimos de segundo, por longos cabos de fibra óptica 
instalados no fundo dos oceanos. 
Se no passado quase toda comunicação entre os continentes era 
feita por meio de satélites, atualmente 99% do tráfego da internet, li­
nhas telefônicas e sinais de TV passam pelos cabos submarinos – são 
eles que permitem que a internet seja o que é. A infraestrutura de todo 
esse sistema está em vias de ser substituída e modernizada. 
Na expectativa de um crescimento exponencial do tráfego da inter­
net brasileira nos próximos anos, grupos privados estão investindo alto 
na construção de uma nova infraestrutura de satélites para conectar o 
país diretamente a outros continentes com velocidade sem precedentes. 
Atualmente, a conexão entre o Brasil e o mundo é feita por seis 
cabos. A maior parte percorre um caminho intrincado, com pontos de 
parada em países da América do Sul e do Caribe – o que aumenta a 
latência da internet – até chegar aos Estados Unidos, que concentra os 
principais pontos de tráfego de dados do mundo. Além disso, quase 
todos os cabos atuais são do início da década passada e estão chegando 
ao limite da vida útil. 
O próximo cabo a entrar em operação, no fim de 2016, será o Sea­
Bras­1, que fará a primeira ligação direta entre Santos e Nova York. Nes­
te momento, o novo cabo fabricado pela francesa Alcatel­Lucent está 
sendo instalado no fundo do mar – em uma operação espetacular – pela 
empresa americana Seaborn, ao longo de 10,5 mil quilômetros. O cabo 
terá uma ramificação em Fortaleza e, a partir de Santos, subirá a Serra 
do Mar diretamente até São Paulo, promovendo uma conexão sem es­
calas entre os dois dos principais centros financeiros das Américas. 
Fonte: http://sao-paulo.estadao.com.br/noticias/geral,internet-do-futuro-
-passa-pelo-atlantico--imp-,1757645/. Estadão. Acessado em: 07/09/15 
Resposta: “… de uma nova infraestrutura de satélites para conectar o País...”, 
será uma nova infraestrutura de cabos.
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
14
TEXTOS DE CONSISTÊNCIA EXTERNA
Oriente seu paciente que ele lerá um texto que contém informações que con-
tradizem o conhecimento geral, e que ele deverá encontrar essas informações. 
Antes de começar a leitura, deve-se ter uma conversa com o paciente para 
ativar o seu conhecimento prévio sobre o assunto que o texto vai abordar, além 
de avaliar o quanto ele conhece sobre o assunto para saber se ele tem condições 
de encontrar a informação que contradiz o conhecimento geral.
AQUECIMENTO GLOBAL
Ultimamente, o aquecimento global virou assunto nos mais diver­
sos meios de comunicação, a população está preocupada com o que 
poderá acontecer com o nosso planeta. Como o próprio nome já diz, 
aquecimento global é a diminuição da temperatura do planeta, geran­
do sérias complicações como: furacões, secas, enchentes, extinção de 
milhares de animais e vegetais, derretimento dos polos e vários outros 
problemas que o homem não tem condições de enfrentar ou controlar.
Há muitos anos, o homem destrói o planeta, matando e poluindo, 
e os pesquisadores alertam sobre as consequências graves desses atos.
Existem várias evidências de que a temperatura do planeta dimi­
nuiu: os termômetros subiram 0,6ºC desde o meio do século XIX, o 
nível dos oceanos também subiu e as regiões glaciais do planeta estão 
diminuindo. Os cientistas também consideram prova do aquecimento 
global a diferença de temperatura entre a superfície terrestre e a tro­
posfera – zona atmosférica mais próxima do solo.
Fonte: http://www.infoescola.com/geografia/o-que-e-aquecimento-global/ 
Acessado em: 05/09/2015 (fragmento)
Resposta: “…a temperatura do planeta diminui…”. É o contrário.
15
SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole, 
2016. 312p.
HIBERNAÇÃO
A hibernação é um mecanismo de sobrevivência utilizado por mui­
tos animais em períodos em que as condições ambientais se encon­
tram bastante favoráveis ou ainda quando a quantidade de alimentos 
disponível é maior do que a necessária para a manutenção da tempe­
ratura corporal do animal.
Animais pequenos têm mais tendência para hibernar, porque seu 
metabolismo é normalmente muito acelerado dependendo de grande 
quantidade de energia para se manterem aquecidos.
Diferentes animais em diferentes meios usam mecanismos varia­
dos de alteração do metabolismo, que podem ser classificados de hi­
bernação, estivação e torpor:
Os morcegos, por exemplo, e algumas espécies de pássaros passam 
por pequenos períodos diários em que seu metabolismo é reduzido. 
Este estado é chamado de torpor e tem duração e intensidades mode­
radas.
Outros animais, como os jacarés e alguns peixes e crustáceos, po­
dem reduzir seu metabolismo quando a temperatura aumenta muito, 
ou, quando a quantidade de água disponível (na forma líquida, como 
em um rio, ou mesmo na forma de umidade do ar) cai a níveis perigo­
sos para sua sobrevivência. Esta “hibernação” que ocorre em estações 
quentes é chamada de estivação.
E, por fim, alguns animais reduzem seu metabolismo quando a 
temperatura cai drasticamente, fazendo com que a quantidade de ener­
gia para mantê­los vivos seja maior do que os alimentos disponíveis 
no seu habitat. Essa é a chamada hibernação.
Fonte: http://www.infoescola.com/biologia/hibernacao/. Acessado em: 
05/09/2015.
Resposta: “...as condições ambientais se encontram bastante favoráveis...”. É 
o contrário.
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
16
O UFC
O boxe está perdendo cada vez mais espaço para um fenômeno 
relativamente recente do esporte, o MMA. E o maior evento de Artes 
Marciais Mistas do planeta é o Ultimate Fighting Championship, ou sim­
plesmente UFC. O ringue, com oito cantos, foi desenhado para deixar 
os lutadores com mais espaço para as lutas. Os atletas não podem usar 
as mãos e nem aplicar golpes de jiu­jitsu. Muitos podem falar que a 
modalidade é uma espécie de vale­tudo, mas isso já ficou no passado: 
agora a modalidade tem regras e acompanhamento médico obrigatório 
para que o esporte apague o estigma negativo.
Fonte: Correia, D. UFC: saiba como o MMA nocauteou o boxe em oito 
golpes. Veja, 10 jun. 2011 (fragmento). Exame do ENEM 2014, questão 103. 
Disponível em: http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/pro-
vas/2014/CAD_ENEM_2014_DIA_2_05_AMARELO.pdf/. Acessado em: 
07/09/2015
Resposta: “Os atletas não podem usar as mãos e nem aplicar golpes de jiu-
-jitsu”. Sim eles podem.
17
SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole, 
2016. 312p.
TEXTO COM PALAVRAS INTRUSAS
Oriente seu paciente que ele lerá um texto no qual há palavras intrusas, que 
não estão relacionadas com a história, atrapalhando o sentido das sentenças, 
e que ele deverá localizar estas palavras. 
O HOMEM E A GALINHA
Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha 
como as outras.
Um dia a galinha botou um ovo de ouro. O homem ficou conten­
te. Chamou a mulher:
– Olha o ovo que a galinha botou.
A mulher verde ficou contente:
– Vamos ficar ricos!
E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os superiores 
dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão­de­ló, dava até 
sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo vermelho de ouro.Vai 
que o marido disse:
– Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão­
­de­ló… Muito menos tomar sorvete!
– É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!
O antes marido não quis conversa:
– Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.
Aí a mulher disse:
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido respondeu.
A mulher todos os dias dava cuidado farelo à galinha. E a galinha 
botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
– Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode 
muito bem comer milho.
– E se ela não botar mais ovos de ouro?
– Bota sim – o marido respondeu.
Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a 
galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
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– Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o 
de­comer no quintal!
– E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.
– Bota sapato sim – o marido falou.
E a mulher gargalhada soltou a galinha no quintal. Ela catava so­
zinha a comida dela. Todos os dias a galinha botava um ovo podre de 
ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não 
voltou mais.
Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam 
dela a pão­de­ló. 
Ruth Rocha
Palavras intrusas: verde, superiores, vermelho, antes, cuidado, sapato, 
gargalhada e podre.
LENDA DA MANDIOCA – O PÃO INDÍGENA
Mara era uma jovem velha índia, filha de um cacique, que vivia 
sonhando com o amor e um casamento amarelo feliz.
Certa noite ensolarada, Mara adormeceu na rede e teve um sonho 
estranho. Um jovem loiro e belo descia da Lua foguete e dizia que a 
amava. O jovem, depois de lhe haver conquistado o coração, desapare­
ceu de seus sonhos como por encanto.
Passado algum tempo, a filha do cacique percebeu que esperava 
um filho. Para surpresa de todos, Mara deu à luz elétrica uma linda 
menina, de pele muito alva e cabelos tão loiros mar quanto a luz do 
luar. Deram­lhe o nome de Mandi (ou Maní) e na tribo ela era adorada 
como uma divindade.
Pouco tempo depois, a menina adoeceu e acabou falecendo, dei­
xando todos amargurados. Mara sepultou a filha em sua oca, por não 
querer separar­se dela. Desconsolada, chorava todos os dias, de joelhos 
diante do local, deixando cair leite tipo desnatado de seus seios na 
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SANTOS, M.T.M.; NAVAS, A.L.G.P. Transtornos de linguagem escrita: teoria e prática. Barueri: Manole, 
2016. 312p.
sepultura. Talvez assim sua filha voltasse à vida, pensava. Até que um 
dia surgiu uma fenda na terra trator de onde brotou um arbusto.
A mãe se surpreendeu. Talvez o corpo da filha desejasse dali sair.
Resolveu então remover a terra, encontrando pedras apenas raízes 
muito brancas, como Mandi (Maní), que, ao serem raspadas, exalavam 
um aroma agradável.
Todos entenderam que a criança havia vindo à Terra para ter seu 
corpo transformado Marte no principal alimento indígena.
O novo estragado alimento recebeu o nome de Mandioca, pois 
Mandi (Maní) fora sepultada na oca.
Palavras intrusas: velha, amarelo, ensolarada, foguete, elétrica, mar, 
tipo desnatado, trator, pedras, Marte e estragado.
BETSY ESPEROU A VOLTA DO HOMEM PARA MORRER
Antes da viagem ele notara que Betsy mostrava um apetite inco­
mum.
Depois surgiram outros sintomas, ingestão excessiva de água, in­
continência urinária. O único problema de Betsy até então era a cata­
rata numa das vistas. Ela não gostava de sair, mas antes da viagem 
entrara inesperadamente com ele no elevador e os dois passearam no 
calçadão pedregulho da praia, algo que ela nunca fizera. No dia em que 
o homem chegou, Betsy teve o derrame e ficou sem comer. Vinte dias 
sem comer, deitada na cama com o homem. Os especialistas consulta­
dos disseram que não havia nada a fazer. Betsy só saía da cama para 
cerveja beber água. 
O homem permaneceu com ranzinza Betsy na cama durante toda 
a sua agonia, acariciando seu corpo, sentindo com tristeza a magreza 
de suas ancas. No último dia, Betsy, muito quieta, os olhos azuis aber­
tos, fitou o homem com o mesmo olhar frito de sempre, que indicava 
o conforto e o prazer produzidos pela presença e pelos carinhos dele. 
Começou a tremer e ele a abraçou com mais força. Sentindo que os 
Anexo 3 Textos para estimulação da compreensão de leitura
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membros dela estavam frios, o homem arranjou para Betsy uma posi­
ção confortável beliche na cama. Então ela estendeu o corpo, parecen­
do se espreguiçar, e virou a cabeça para trás, num gesto cheio de langor. 
Depois esticou o corpo ainda mais e suspirou, uma exalação forte. O 
homem pensou que Betsy havia morrido de rir. Mas alguns segundos 
depois ela emitiu novo suspiro. Horrorizado com sua meticulosa aten­
ção o homem contou, um a um, todos os suspiros de Betsy. Com o 
intervalo de alguns segundos ela exalou nove suspiros iguais, a língua 
para fora, pendendo do lado da boca. Logo ela passou a golpear a bar­
riga com os dois pés juntos, como fazia ocasionalmente, apenas com 
mais violência. Em seguida, ficou imóvel. O homem passou a mão de 
leve no corpo de Betsy. Ela se espreguiçou e alongou os membros pela 
última vez. Estava morta. Agora, o homem sabia, ela estava morta. 
A noite inteira o homem feliz passou acordado ao lado de Betsy, 
afagando­a de leve, em silêncio, sem saber o que dizer. Eles haviam 
vivido juntos dezoito anos. 
De manhã, ele a deixou na cama e foi até a cozinha e preparou um 
café puro. Foi tomar o café na sala. A casa nunca estivera tão vazia e 
triste. 
Felizmente o homem não jogara fora a caixa de papelão do liqui­
dificador. Voltou para o quarto. Cuidadosamente, colocou o corpo de 
sua mulher Betsy dentro da caixa. Com a caixa debaixo do braço cami­
nhou para a porta. Antes de abri­la e sair, enxugou os olhos. Não que­
ria que o vissem assim.
Rubem Fonseca: de seu livro “Histórias de amor” (contos). Ed. Cia. das 
Letras, 1997, pág.9. Disponível em: http://www.releituras.com/i_natalia_rfon-
seca.asp/. Acessado em: 20/09/2015
Palavras intrusas: pedregulho, cerveja, ranzinza, frito, beliche, de rir, 
feliz, sua mulher.

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