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Amanda Lima - Turma XXVII Problema 6 “Divisão celular tem a ver com o câncer” Divisão/Ciclo Celular ● Definir o ciclo celular e suas fases; Série complexa de fenômenos que culmina com a distribuição do material genético duplicado nas células-filhas. A capacidade de reprodução é fundamental para célula, já que de um zigoto (segmentação da célula-ovo - interfase reduzida a “S”-, apenas duplicação nuclear até nas células do blastocisto serem recuperadas relação nuleocitoplasmática das cel. somáticas) são formadas bilhões de células. ● Células neurais passam a vida toda em interfase (G1=G0), não possuem ciclinas e quinases dependentes de ciclinas. (produção inibida) Além da necessidade de renovação celular, principalmente de células como os eritrócitos que a cada 120 dias o fazem. Essa reprodução celular deve ser regulada de modo perfeito para que a formação de novas células compense as perdas e o equilíbrio seja mantido. Serve para: crescimento corporal; substituir células envelhecidas/morte programada; reparo de feridas. A célula passa por 2 períodos fundamentais: a interfase e a divisão celular (mitose ou meiose). A interfase por muito tempo foi considerado um período de repouso, porém é o momento de ocorrência das funções mais importantes da célula. A maioria das células passa maior parte da sua vida assim (neurônios passam a vida toda), quando todos os seus componentes se duplicam. A divisão celular é a separação final das unidades moleculares e estruturais anteriormente duplicadas. Não há síntese de RNA porque o DNA está muito compactado (declina na prófase tardia rapidamente e desaparece na metáfase e anáfase, começa a se recuperar na telófase) ● Descrever a mitose (centrossomas, cinetócoros, fuso mitótico e citocinese); Série de fenômenos pelos quais os materiais duplicam-se e depois separam-se em partes virtualmente iguais entre células-filhas (todos os componentes), além de compreender o problema da continuidade dos cromossomos como entidades que se autoduplicam. Figura 18.3 1. PRÓFASE: - Espiralização da cromatina (curtas e grossas), os centrômeros (constrições primárias tornam-se visivéis (associação com cinetócoros, placas proteicas, externas) @mandavmed Amanda Lima - Turma XXVII obs.: proteínas nucleares (HISTONAS) → formando os nucleossomos →conjunto dos nucleossomos ao longo da fita (“colar de contas”) chama-se CROMATINA→ cromatina se condensa, encurtando e condensando o cromossomo → os cromossomos replicados são chamados de CROMÁTIDES-IRMÃS. - Fuso mitótico: se organiza no começo, desaparece no final; armação estrutural composta por microtúbulos; controlam posição dos cromossomos e sua repartição entre as células-filhas; surgem da duplicação do centrossomos que vão para polos opostos; Microtúbulos: Capacidade empuxo (prófase) e tração (anáfase) [alongamento e encurtamento] sobre cinetocóros//cromossomos - as tubulinas livres estão em equilíbrio com as tubulinas do microtúbulos; aqui são desconstruídos os microtúbulos da interfase e construídos os do fuso, ou seja, só há microtúbulos pertencentes ao fuso na célula. - Cromossomos aproximam-se da carioteca (mov. centrífugo) para desintegração do envoltório nuclear. - constrições secundárias nos cromossomos: 13, 14, 15, 21, 22 - Célula esférica (s/ citoesqueleto), sem contato com células vizinhas ou com matriz extracelular. - Fragmentação em vesículas do complexo de Golgi e o RE, desaparecimento do nucléolo. 2. Prometáfase: - Desintegração do envoltório nuclear, lâmina nuclear despolimerização dos laminofilamentos (serinas das laminas fosforiladas), desintegração da carioteca pela formação de vesículas ligadas a complexos do poro) - aparente desordem dos cromossomos. - Conexão das fibras cinetocóricas do fuso aos cinetócoros* dos cromossomos, não simultâneo, apresenta movimento de distanciamento e aproximação até que haja equilíbrio das forças. Cinetocóro: aderidos aos centrômeros, os quais ligam cromátides através das coesinas. Estrutura trilaminar com 2 camadas densas (50nm) e uma intermediária (25nm). Face externa convexa com coroa fibrosa (implantam-se 30-40 microtúbulos associados a prot. motoras das famílias da dineína e cinesina), face interna plana com as fibras de cromatina que entram na camada densa, dobram-se e mantém o cinetócoro ligado ao cromossomo. Figura 18.6 Esclerodermia gera anti-corpos CREST que reagem contra cinetócoros, forma usados como marcadores. Genes presentes nos centrômeros (DNA satélite repetitivo, centrômero) 6 proteínas: CENP-A (Histona H3 modificada), CENP-B - fibras de @mandavmed Amanda Lima - Turma XXVII cromatina do centrômero que entram na camada densa do cinetócoro - CENP-C - camada densa do cinetócoro entre fibras de cromatina que unem ao centrômero- CENP-D - desconhecida - CENP-E (cinesina, também externa), CENP-F - camadas densa externa do cinetócoro, reforçam ancoragem dos microtúbulos - Fibras polares conectam-se de um polo a outro, além do plano equatorial da célula. - Fibras do áster curtas em todas as direções, terminações livres 3. Metáfase: - Condensação máxima dos cromossomos, ordenados no quadro da célula. - As placas cinetocóricas ficam orientadas para os polos opostos. - Equilíbrio nas forças que as fibras do fuso exercem sobre os cinetócoros, cromossomos imóvei no equador celular. 4. Anáfase: - rompe-se o equilíbrio entre as forças exercidas nos cinetócoros. - partição das coesinas dos centrômeros (simultâneo) - Migração das cromátides (cromossomos-filhos) para os pólos. [formato de V pelo cromossomo] Anáfase A: - teoria do equilíbrio dinâmico= o encurtamento das fibras cinetocóricas causam sua despolimerização e consequentemente a movimentação dos cromossomos para os polos; - teoria do deslizamento: despolimerização + proteína de movimento nos cinetócoros e as fibras são um trilho. - centrômero precede o cromossomo na “corrida”, relacionar com os tipos de cromossomo (meta, sub e acrocêntricos) Anáfase B: - O distanciamento ocorre com os deslizamentos das proteínas motoras bipolares do tipo cinesina que se encontram nas fibras polares do corpo intermediário. Figura 18.4 - encurtamento dos microtúbulos das fibras cinetocóricas e alongamento das fibras polares da zona equatorial - corpo intermediário - (formato esférico p/ ovoide). - início da CITOCINESE (partição do citoplasma, constrição na região equatorial formando um sulco na superfície) 5. Telófase - Chegada dos cromossomos-filhos, desaparecimento das fibras cinetocóricas; - Encurtamento das fibras de áster e polares, menos a do corpo intermediário. CORPO INTERMEDIÁRIO: @mandavmed Amanda Lima - Turma XXVII Figura 18.7 - Quando o desenvolvimento (formação do anel contrátil) do sulco Equatorial alcança o corpo intermediário é chegado o fim da citocinese. Anel Contrátil: Consiste em um feixe de cerca de 20 filamentos de actina circulares situados abaixo da membrana plasmática, perpendiculares aos microtúbulos do corpo intermediário. Esses filamentos deslizam uns sobre os outros em direções opostas, devido à existência de proteínas motoras do tipo da miosina II. Não aumenta sua espessura com a diminuição do diâmetro, acredita-se que a actina se despolimeriza, assim, as fibras de áster seriam as responsáveis por, durante a anáfase, indicar a formação do anel ao prolongar-se até a zona equatorial e induzir a polimerização de actina abaixo da membrana plasmática. - Antes do término da citocinese reaparecem os microtúbulos interfásicos; - Desenrolamento do cromossomos - Cromatina rodeada por RE para formação do envoltório nuclear (repolimerização dos laminofilamentos pela desfosforilação das laminas, união das vesículas para reconstrução da carioteca c/ complexos do poro) e reaparecimento do nucléolo; - Reestabelecimento do citoesqueleto, com isso adquire-se a forma original da célula mãe, bem como igual distribuição de organelas. - INVERSO DA PRÓFASE. ● Descrever fases da intérfase. Figura 18.1 Alterações no conteúdo do DNA nuclear durante as fases do ciclo vitalda célula. A letra c representa a quantidade de DNA contida em uma amostra haploide de 23 cromossomos. 2c, dobro do conteúdo de DNA. 4c, conteúdo quadriplicado de DNA. Figura 18.1 Alterações no conteúdo do DNA nuclear durante as fases do ciclo vital da célula. A letra c representa a quantidade de DNA contida em uma amostra haploide de 23 cromossomos. 2c, dobro do conteúdo de DNA. 4c, conteúdo quadriplicado de DNA. Fases: 1. G1: gap, mais variável do ciclo celular (pode durar dias, meses ou anos); 2c; final= duplicação dos centrossomos* @mandavmed Amanda Lima - Turma XXVII ponto de partida ou de controle do G1 (decisão de se dividir G1+CDK2) - causa cascata de fosforilações em prot. intermediárias, culminando na ativação das moléculas responsáveis pela replicação. CDK2 depende da [ ] da G1 para ativação, compõe complexo proteico SPF (S Phase-promoting factor) induz a abertura das origens de replicação e ativa as moléculas relacionadas com a síntese do DNA, como as DNA polimerases, a helicase etc. Complexo desativado com a diminuição da [ ] de G1, já que S não varia. As ciclinas são degradadas por proteossomas. Figura 18.11 Desenho que mostra a formação dos complexos SPF e MPF durante o ciclo celular. 2. S: Início= duplicação dos centrossomos, síntese de DNA Em uma fase S normal o DNA replica-se apenas uma vez, pois, se não fosse assim, as células-filhas teriam um número de cromossomos maior do que o normal. O que impede o aparecimento de novas duplicações do DNA já replicado depende do complexo proteico ORC. 3. G2: gap, 4c. Lapso de tempo para controle de segurança, verificação se o DNA foi totalmente replicado. Além de ocorrer a finalização da duplicação dos componentes citoplasmáticos ● Ação da prot. citoplasmática P53, . O gene p53, braço curto do cromossomo 17, que a codifica pertence a uma categoria de genes conhecidos como supressores de tumores, promove ação das prot. P21 e P16 que são antagônicas a ciclina G1, impedindo a replicação. Se realmente houver dano ao DNA, ocorre a apoptose da célula; ● Com relação à proteína P21, se não for suficiente para bloquear a Cdk2, resta ainda outro recurso para impedir a mitose: no início da replicação do DNA, une-se à braçadeira deslizante de PCNA e anula sua função. ● Prot. Rb, codificada pelo gene supressor de tumor rb, pertencente ao braço longo do cromossomo 13, inibe proliferação celular quando fosforilada, . faz isso pelo bloqueio dos genes de determinadas proteínas necessárias para a replicação. processo semelhante ao início de S, mas com a ciclina M + Cdc2, formando o complexo MPF (M fase-promoting factor) a Cdc2 fosforila – diretamente ou por meio de quinases intermediárias – diversas proteínas citosólicas e nucleares, em particular as que regulam a estabilidade dos filamentos do citoesqueleto, as que compõem os laminofilamentos da lâmina nuclear e as histonas H1, dentre outras (prófase) 4. M: divisão celular, mitose, volta para G1 com 2c. Desativação da Cdc2, pela diminuição da [ ] da ciclina M, causa a reversão dessa situação pela desfosforilação das proteínas. (início da anáfase) Os cinetócoros que não estão ligados ao fuso produzem um sinal que impede a @mandavmed Amanda Lima - Turma XXVII queda de [ ] da ciclina M - ou seja, a dissociação do MPF – para que a célula interrompa a mitose antes que a anáfase comece. Em condições normais, esse sinal não é gerado e a célula entra na anáfase. Faz isso após formar um complexo proteico denominado ciclossomo ou APC (de anaphase-promoting complex), que promove a degradação da ciclina M e das coesinas que ligam as cromátides entre si *Duplicação dos centrossomos, processo: Separação dos centríolos do diplossomo e aparecimento dos procentríolos (crescem em S/G2), formando um ângulo reto. - Cada par de centríolos encontra-se em meio a sua matriz centrossômica, proveniente da matriz centrossômica original, que também se duplicou. Conforme vemos os centríolos não se duplicam por divisão nem a partir de um molde. Como os pró-centríolos surgem a certa distância dos centríolos antecessores (não estão em contato), estima-se que estes últimos ajam como indutores e organizem o material dos primeiros. Controle do Ciclo Celular: Substâncias indutoras: (1) as ciclinas, cujo nome se deve ao fato de que, no curso de cada ciclo celular, alternam um período de síntese crescente seguido de outro de rápida degradação; e (2) as quinases dependentes de ciclinas, que, ao interagirem com as ciclinas, fosforilam e ativam as moléculas responsáveis pela divisão celular. Tipos: Ciclina G1 e Ciclina M; a Cdk2 (de cyclin-dependent protein kinase) e a Cdc2 (de cell-division cycle) [quinases dependentes de ciclinas] Figura 18.10 Diagrama que ilustra as alterações de concentração das ciclinas G1 e mitótica durante o ciclo celular. A primeira associa-se à quinase Cdk2, com a qual forma o complexo SPF. Por outro lado, a segunda se associa à quinase Cdc2 e gera o complexo MPF. As mitoses dependem de substâncias indutoras provenientes do exterior, seja de células vizinhas (secreção parácrina) ou de grupos celulares distantes (secreção endócrina). exemplos: (1) A somatomedina - proliferação das células cartilaginosas durante o crescimento ósseo. Sintetizada no fígado, em resposta ao hormônio de crescimento hipofisário (2) Diversos indutores denominados fatores de crescimento, em sua maioria secretados por células localizadas próximo às células-alvo (secreção parácrina). Desse modo, os fatores de crescimento fibroblástico (FGF), epidérmico (EGF) e derivado das plaquetas (PDGF) estimulam a proliferação de muitos tipos celulares, não apenas os sugeridos por seus nomes. Outros exercem ações mais específicas; trata-se dos fatores de crescimento dos hepatócitos (HGF), dos nervos (NGF) e do endotélio vascular (VEGF). (3) Diversos tipos de fatores hematopoéticos, cada um responsável pela proliferação de um tipo específico de célula sanguínea. Desse modo, a @mandavmed Amanda Lima - Turma XXVII interleucina 2 (IL-2) estimula a multiplicação dos linfócitos T; o fator estimulante das colônias de granulócitos e macrófagos (GM-CSF) faz isso com os elementos progenitores dessas células e assim por diante. Finalmente, a eritropoetina, originada nos rins, é o fator hematopoético encarregado de estimular a proliferação dos eritrócitos na medula óssea. A IL-2 e o GM-CSF são produzidos por células vizinhas às células-alvo (secreção parácrina), enquanto a eritropoetina chega à medula óssea por meio do sangue (secreção endócrina). Muitos tipos de câncer ocorrem pelo acúmulo de alterações genéticas Os proto-oncogenes (codificam proteínas envolvidas no controle da proliferação celular e da morte celular) e os genes supressores de tumores (inibem a reprodução excessiva das células). A alteração dos primeiros produz um aumento da proliferação celular, enquanto a falha dos segundos leva à perda dos mecanismos normais que detêm a proliferação. ● Câncer não é gerado a partir de células normais, mas sim daquelas que passaram geracionalmente por estado pré-cancerígenos cada vez mais acentuados. (mutações nos genes supracitados) ● Além disso, nas células cancerígenas os cromossomos frequentemente aparecem rompidos ou com partes translocadas, e alguns encontram-se repetidos várias vezes. Aparentemente, essas alterações não são consequência do desenvolvimento tumoral; elas estão associadas às suas causas. ● As versões defeituosas dos proto-oncogenes são os oncogenes, Estes diferenciam-se dos normais porque são transcritos de maneira descontrolada e geram quantidades excessivas de seus produtos ou porque sua transcrição origina produtos fora do padrão. ● Vírus portam oncogenes, que não possuem funções, mas em outras células produzem quadros cancerígenos. (p. ex., o vírus da hepatite B aumenta a incidência de carcinoma hepático, o papilomavírus aumenta o aparecimento de câncer de colo uterino, o vírus da AIDS faz o mesmo com o sarcoma de Kaposi etc.) ● Mas nenhum câncer humano é causado por vírus, mas sim por defeitos nos proto-oncogenesprórpios. exemplos: ○ proto-oncogene ras, Devido à superexpressão do oncogene ras, são geradas grandes quantidades de proteína Ras, que ativa outras moléculas relacionadas com a proliferação celular ○ mieloide crônica o proto-oncogene abl presente normalmente no cromossomo 9, é translocado ao cromossomo 22, onde se funde ao gene bcr. A união gera uma tirosinoquinase Abl híbrida, cuja atividade é consideravelmente maior do que a da Abl normal. @mandavmed
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