Buscar

Unidade I - Atv I - RAFAEL DO NASCIMENTO SILVA

Prévia do material em texto

Sobre mineralogia e minerais 
 
Embora o aparecimento da mineralogia como ciência seja relativamente recente, 
a prática das atividades mineralógicas é tão velha quanto a civilização humana. 
Pinturas em túmulos no vale do rio Nilo, executadas há quase 5000 anos, mostram 
artífices ocupados em pesar malaquita e metais preciosos, em fundir metais e em 
negociar com gemas de lápis-lazúli e de esmeralda. Minerais e produtos derivados de 
minerais figuram amplamente no crescimento de nossa cultura tecnológica atual, desde 
o sílex valioso da Idade da Pedra até os minérios de urânio do cientista atômico do 
presente. Substâncias e produtos minerais são indispensáveis ao bem-estar, à saúde 
e ao padrão de vida do homem moderno, sendo os recursos naturais de uma nação 
mais valiosos e guardados ciosamente. 
 O homem tem mostrado secular dependência relativamente aos minerais para 
suas armas, seu conforto, seus ornamentos e muitas vezes para suas necessidades 
prementes. É surpreendente que muitas pessoas tenham somente uma vaga ideia 
sobre a natureza dos minerais e fiquem alheias à existência de uma ciência sistemática 
a eles concernente. Entretanto, quem quer que tenha escalado uma montanha, 
caminhando por uma praia de mar ou trabalhado em um jardim, viu minerais em sua 
ocorrência natural. As rochas de uma montanha, a areia de uma praia ou o solo de um 
jardim, todos, são compostos completamente, ou, em grande parte, por minerais. 
Mesmo mais familiares na experiência diária são os produtos feitos de minerais, pois 
todos os artigos de comércio, se não minerais mesmo, são minerais na origem. Todos 
os materiais comuns usados em uma construção moderna tiveram sua origem em 
minerais. 
 Em geral, representando os materiais de que as rochas da crosta da Terra são 
feitas, os minerais constituem a ligação mais importante e tangível com a história de 
nosso planeta. Através deles é possível a elucidação dos aspectos físicos, químicos e 
históricos da crosta terrestre. Por sua vez, o termo mineral e o estudo da mineralogia 
limitam-se aos materiais de ocorrência natural. Assim, o aço, o cimento, o reboco e o 
vidro não são considerados minerais, pois foram elaborados pelo homem. Um rubi 
sintético, embora seja idêntico do ponto de vista químico, físico e estrutural a um rubi 
natural não é, assim, um mineral. Uma limitação ulterior imposta aos minerais é a que 
eles sejam de natureza inorgânica. Nestas condições, o carvão, o petróleo, o âmbar e 
os ossos de animais estão excluídos embora ocorram naturalmente na crosta da Terra. 
Também a pérola produzida por um animal e a própria concha, embora idênticas, 
química e estruturalmente, aos minerais aragonita e calcita, não são classificadas como 
minerais. 
 Talvez a limitação mais importante e significativa imposta à definição de um 
mineral é que ele deva ser um elemento ou um composto químico. Esta restrição 
origina-se da imagem consistente da estrutura de um sólido cristalino como sendo uma 
estrutura de átomos, íons, ou grupo de átomos, estendida indefinidamente nas três 
dimensões do espaço, constituindo o que se chama de retículo cristalino. Tal sólido 
deve obedecer necessariamente às leis das proporções múltiplas e definidas e ser, 
como um todo, eletricamente neutro; donde, deve apresentar composição que possa 
ser expressa por fórmula química. Nestas condições, estão eliminadas todas as 
misturas mecânicas, mesmo se inteiramente uniformes e homogêneas. 
O estudo dos minerais é um campo altamente integrado relacionado 
intimamente, de um lado, com a geologia e de outro com a física e a química. 
 O estudioso de minerais pode, no campo, cartografar as formações rochosas, os 
depósitos minerais, as feições estruturais da crosta terrestre e depois submeter os 
espécimes que colecionou a exame minucioso no laboratório, usando as técnicas do 
químico e do físico. Não é necessário e nem desejável encarar o estudo dos minerais 
desmembrado em divisões definidas, porque as propriedades químicas, físicas e 
morfométricas estão intimamente relacionadas e são interdependentes. 
 Todavia, para facilitar mais o tratamento do assunto, costumam-se usar as 
seguintes divisões arbitrárias: cristalografia, mineralogia física, mineralogia química e 
mineralogia descritiva. 
 Embora os mineralogistas modernos partilhem das disciplinas científicas do 
físico e do químico e usem técnicas físicas e químicas para construir um quadro mais 
verdadeiro e mais exato da natureza intrínseca dos minerais cristalinos, nunca 
esqueceram que também são naturalistas, cujo propósito primário é a pesquisa das 
soluções dos problemas da história da terra. Tampouco os estudiosos de minerais, em 
sua preocupação com os átomos e os retículos espaciais, tornaram-se insensíveis ao 
apelo imaginativo do mundo de grandeza ordenada situado sob seus pés. 
 A história do estudo dos minerais mostra que as técnicas e a filosofia têm sido 
mudadas profunda e repetidamente pela introdução de novos instrumentos e novos 
conceitos. O estudo dos minerais é hoje um produto vivo e podemos esperar, no futuro, 
revisões de ponto de vista e de métodos semelhantemente drásticos. 
 
Atividade 
 
1 - Considerando a sua sala de aula, cujas partes principais estão listadas na tabela 
abaixo, preencha as colunas com os diversos materiais e respectivos minerais que as 
compõem; 
 
Sala de aula Material Mineral 
Parede Tijolos Argila 
Piso Granito Quartzo, feldspato 
Janela Vidro Areia de sílica, sódio e 
cálcio 
Teto Gesso Gipsite 
Carteiras Ferro (ligas metálicas) ferro-cromo 
Porta Ferro (ligas metálicas) ferro-cromo 
 
 
2 - Elabore uma definição para mineralogia; 
 
Mineralogia é a ciência da terra que se dedica ao estudo da química, estruturas 
molecular e cristalina e propriedades físicas de minerais, bem como a sua gênese, 
metamorfismo, evolução química e meteorização. 
 
3 - Faça o mesmo para mineral; 
 
Os minerais são compostos ou elementos químicos maciços, com uma composição 
estabelecida, cristalizados e formados a partir de processos inorgânicos ou também 
oriundos de asteroides ou meteoritos que atingiram o planeta. Estão presentes nas 
rochas, que nada mais são do que um conjunto de minerais aglutinados.

Continue navegando