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FISCAL DE LOJA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL FISCAL DE LOJA 2 FICHA TÉCNICA AUTOR Equipe de desenvolvimento EDIÇÃO TÉCNICA Coordenação de Desenvolvimento Gillis Interactive REVISÃO & CONTROLE DE QUALIDADE Sandra Marques Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser armazenada ou reproduzida por qualquer meio sem autorização por escrito do Sistema de Ensino Gillis Interactive. FISCAL DE LOJA Fiscal de Loja – Capacitação Profissional / Equipe de desenvolvimento – Gillis Interactive, 2019 Edição: 1ª Idioma: Português Em conformidade com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. FISCAL DE LOJA 3 Sumário Prefácio ............................................................................................................. 6 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 7 O que é um fiscal de loja? .................................................................... 8 Graduação necessária ......................................................................... 9 Aptidões desejáveis ........................................................................... 10 Campos de atuação ........................................................................... 10 POSTURA DE UM FISCAL DE LOJA.............................................................. 11 Regras básicas de higiene ................................................................. 11 Função: Inibidor / Executor ................................................................ 12 Abordagem preventiva ....................................................................... 12 Como Proceder em Atitudes Suspeitas: ............................................. 13 Gestantes e idosos............................................................................. 15 PERFIL PROFISSIONAL DO FISCAL DE LOJA ............................................. 16 Característica do fiscal de loja ........................................................... 16 Ética profissional ................................................................................ 18 Exemplos de Ética Profissional. ......................................................... 19 Bom senso, educação e respeito ....................................................... 20 Regras e hierarquia da empresa. ....................................................... 21 IDENTIFICANDO ATITUDES SUSPEITAS ..................................................... 22 Prevenção de furtos em lojas ............................................................. 24 Política de segurança interna ............................................................. 24 Como abordar clientes suspeitos de furtos. ....................................... 25 PREVENÇÃO DE FURTOS EM LOJAS .......................................................... 25 Política de segurança interna ............................................................. 26 Como abordar clientes suspeitos de furtos. ...................................... 26 FISCAL DE LOJA 4 ABORDAGEM PREVENTIVA .......................................................................... 28 Abordagem conservadora .................................................................. 29 TECNOLOGIAS DE SEGURANÇA ................................................................. 31 Circuitos de segurança patrimonial. ................................................... 31 Sensores ............................................................................................ 32 Sistemas Contra Incêndio .................................................................. 33 Detectores de chamas ....................................................................... 34 Segurança operacional ...................................................................... 34 PREVENÇÃO DE PERDAS ............................................................................ 35 Competências da Prevenção de Perdas na frente de caixa. .............. 36 IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO ........... 38 Falhas na comunicação ..................................................................... 39 O uso correto de rádio ht. ................................................................... 40 Comunicação em rádio HT código Q. ................................................ 41 Código Q – Simplificado ..................................................................... 42 Código fonético internacional ............................................................. 44 FURTOS DE FUNCIONÁRIOS........................................................................ 46 Definição de responsabilidade ........................................................... 46 Princípio da transparência de controle ............................................... 47 TECNOLOGIAS A FAVOR DA PREVENÇÃO DE PERDAS ............................ 49 EAS (ELETRONIC ARTICLE SURVEILANCE) OU PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE MERCADORIAS ............................................................. 49 Rádio frequência ................................................................................ 50 Cftv (circuito fechado de tv) ................................................................ 51 Câmeras de segurança no ambiente de trabalho .............................. 53 NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS. ....................................... 54 FISCAL DE LOJA 5 Ferimentos Leves ou superficiais: ...................................................... 55 Hemorragia Nasal: ............................................................................ 55 Desmaio: ............................................................................................ 55 Convulsão: ......................................................................................... 55 NOÇÕES SOBRE BRIGADA DE INCÊNDIO .................................................. 56 Classificação de incêndios. ................................................................ 57 Como utilizar um extintor de incêndio? .............................................. 60 Tabela tipos de incêndios e extintores ............................................... 60 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL. .......................................................... 61 Relacionamento Interpessoal no trabalho. ......................................... 62 Os Dez Mandamentos das Relações Humanas ................................. 62 EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE ........................................... 64 A importância do atendimento aos clientes ........................................ 64 A Comunicação no Atendimento a Clientes ....................................... 66 ANÁLISE DO PERFIL PSICOLÓGICO DO CLIENTE ...................................... 70 Como Atender Um Cliente Nervoso Usando Cnv .............................. 71 GESTÃO DE ESTOQUE ................................................................................. 73 Como Elaborar O Controle De Estoque De Mercadorias ................... 74 objetivos da ficha de estoque ............................................................. 76 Código de barras ................................................................................ 80 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ..................................................... 81 Fiscal De Loja/Piso............................................................................. 84 Atribuições de Fiscal de Lojas e Pisos ............................................... 84 Fiscal de piso no setor de Portaria e Recepção ................................. 85 Habilidades que o fiscal de piso deve ter ........................................... 85 Piso salarial do fiscal de loja e Piso ................................................... 86 FISCAL DE LOJA6 Prefácio O fiscal de loja é o profissional que realiza monitoramentos, fiscalização de pessoas com atos suspeitos de furtos, roubos e demais delitos. Ele faz cumprir regras estabelecidas pelas empresas, conferi saídas e entradas de mercadorias e estoque bem como notas fiscais, acompanhar serviços terceirizados, mapeia setor de risco. Orienta funcionários e clientes, confere entrada e saída de funcionários, supervisiona a limpeza e trabalha sobre escala/revezamento de horários. No mercado de trabalho atual, quanto maior conhecimento, melhores oportunidades terão. Concluindo o curso de fiscal de loja, o aluno ampliará seus conhecimentos e ainda terá certificação de uma nova profissão garantindo assim, novas chances de empregabilidade. FISCAL DE LOJA 7 INTRODUÇÃO Fiscal de loja é um dos mais altos postos dentro de uma empresa, ficando atrás apenas dos cargos ligados à gerência da mesma. Afinal, como fiscal, ele deve fiscalizar toda a loja e isso não é trabalho fácil. Quem deseja atuar como fiscal de loja deve caminhar por duas vertentes bem opostas: lidar com pessoas e números. (Bem opostas porque é comum escutarmos de alguns profissionais retrógrados que “ou você faz isso” ou “faz aquilo”) que, quem trabalha com números, informática, lógica e parte técnica são porque não tem tato com clientes, funcionários e funções que exijam liderança e relacionamento humano. O fiscal de loja prova que isso já não é bem assim... O fiscal de loja demonstra que as coisas não funcionam dessa forma e que cada vez mais as empresas exigem multidisciplinaridade de seus funcionários, ou seja, responsável por lidar com pessoas e patrimônios. Atualmente o mercado varejista ruma para o autoatendimento e o autosserviço, deixando suas unidades com um visual mais agradável, produtos mais aparentes e diminuindo a presença do vendedor. O FISCAL DE LOJA 8 Nesta nova ótica a função tradicional dos colaboradores da Unidade se amplia, criando um novo conceito de profissional com múltiplas funções e como peça fundamental na estratégia comercial da empresa. O que é um fiscal de loja? É um profissional capacitado para realizar monitoramento e fiscalização de clientes, funcionários e bens materiais de uma empresa. Tem como ofício controlar e conferir entradas e saídas de mercadorias em estoque emconformidade com as suas notas fiscais; mapear setores de risco, acompanhar também os serviços de empresas terceirizadas, organizar filas, orientar funcionários e clientes, inclusive supervisão e organização dos ambientes. Fiscal de loja, pode também cuidar da parte de "segurança" da loja, no caso, abertura e fechamento de portas, conferência de lacres e cadeados, dispositivos de segurança, mas jamais atuará como segurança, ou segurança particular de pessoas. Pois o mesmo não poderá trabalhar munido de armamento, não é permitido por lei. Pode também trabalhar disfarçado, com rádio de comunicação dentre outros, realizar relatórios, orientar na evacuação de pessoas em emergências e também como facilitador de conflitos. Já na parte de gerenciamento humano, ele deve fazer abordagens tanto em funcionários, como em pessoas suspeitas. Além de investigar roubos e furtos, conduzir suspeitos de delito à sala de segurança ou até mesmo a unidades da polícia, esclarecer dúvidas de clientes e funcionários, conferir a entrada de funcionários, supervisionar a limpeza e as escalas/revezamento de horários. O fiscal de loja é parte do coração da empresa, e assim como o nosso coração, se ele parar de pulsar, todo o resto do corpo também para. FISCAL DE LOJA 9 Dentre as muitas habilidades exigidas desse profissional, destacam-se: gestão de tempo, excelência no atendimento, matemática financeira e auditoria contábil. Uma boa dose de psicologia também é bem-vinda, já que grande parte de seu trabalho consiste em contato direto com pessoas. Graduação necessária Para exercer a função é necessário que o candidato tenha no mínimo o ensino médio concluído, se o profissional já possuir em seu currículo o curso de segurança ou vigilante irá contribuir bastante para a função de fiscal de loja, pois existem rotinas diárias que irá exigir experiência no ramo de vigilância e segurança em certos ambientes. Estes profissionais têm noção de como agem certos suspeitos, e qual a postura e atitudes de infratores. Também serão imprescindíveis os cursos de: Relacionamento interpessoal, defesa pessoal, radiocomunicação e alarmes, conhecimentos do código penal para não cometer arbitrariedades e técnicas de entrevistas. Regulamentação de carreira: CBO (Classificação Brasileira de Ocupações) 5174-25 - Fiscal de loja. Assistente de prevenção de perdas, Fiscal de piso, Fiscal de prevenção de perdas, Monitor de prevenção de perdas. Descrição Sumária. Recepcionar e orientar visitantes e hóspedes. Zelar pela guarda do patrimônio observando o comportamento e movimentação de pessoas para prevenir perdas, evitar incêndios, acidentes e outras anormalidades. Controlar o fluxo de pessoas e veículos identificando-os e encaminhando-os aos locais desejados. Receber FISCAL DE LOJA 10 mercadorias, volumes diversos e correspondências. Fazer manutenção simples nos locais de trabalho. Aptidões desejáveis Por se tratar de um profissional que lida com o público em geral, o mesmo terá que ter algumas características básicas: ser paciente, gentil, educado, atento, observador, firme e sempre, muito cauteloso, além de percepção intrínseca, por trabalhar diretamente com pessoas. Ao mesmo tempo que em muitos casos existe a suspeita de delitos, é preciso ter atenção e cautela, quando houver pessoas com atitudes suspeitas. Campos de atuação O Fiscal de loja atua em grandes e médias empresas do comércio atacadista, varejista, principalmente em supermercados e hipermercados. Também pode trabalhar em empresas de outros ramos do mesmo segmento, onde haja grande movimentação de mercadorias e pessoas. FISCAL DE LOJA 11 POSTURA DE UM FISCAL DE LOJA Deve manter uma postura sempre séria e reta, para impor respeito a todos que se aproximam. Não poderá ter conversas paralelas, pois deverá sempre manter sua atenção voltada ao seu trabalho. Deverá sempre durante uma conversa, manter o foco no estabelecimento para que nada fuja aos seus olhos, e qualquer comportamento estranho de uma pessoa seja perceptível a sua visão. Seu uniforme deverá estar sempre limpo e bem passado, e os sapatos devem estar limpos e engraxados. Ser organizado também é primordial. Regras básicas de higiene Mulheres: Devem sempre manter as unhas limpas, curtas e esmaltadas. Cabelos amarrados e bem penteados. Maquiagem discreta. Homens: Unhas cortadas e limpas. Cabelos sempre baixos e sem modismos. FISCAL DE LOJA 12 Barba sempre feita. Ambos Manter sempre um bom odor. Escovar os dentes após as refeições. Perfumes e desodorantes suaves. Evite os adornos extravagantes e desnecessários como: Piercing, correntes, pulseiras, brincos grandes, etc. Nunca usar gírias ou palavras de baixo calão e sempre manter uma relação boa com os colegas de trabalho. Função: Inibidor / Executor Suas funções básicas são: Realizar a abordagem inicial. Acompanhar visualmente o suspeito. Comunicar via rádio aos demais Fiscais de Loja da Unidade. Realizar abordagem quando houver o alerta nas antenas. Avisar o Gerente e o Responsável da Segurança via rádio ou por qualquer outro meio de comunicação, quando houver flagrante de furto consumado. Abordagem preventiva É preciso ter uma percepção aguçada neste quesito quando o cliente apresentar uma atitude suspeita, que possa ser percebido por qualquer colaborador ou circuito fechadode TV. E sempre tomar cuidado com julgamentos precipitados. Aproxime-se da pessoa com atitude suspeita, tome as devidas precauções para não a constranger na abordagem. Nesta situação FISCAL DE LOJA 13 é preciso que os profissionais estejam sempre bem treinados pela equipe responsável pela fiscalização da loja. Como Proceder em Atitudes Suspeitas: a) Estabeleça um contato com o cliente, por exemplo: - Bom dia senhor (a), posso ajudá-lo (a)? b) Ofereça um serviço da loja, por exemplo, uma sacola, um cesto, um carrinho, para guardar ou transportar suas compras, demonstrando que a sua ação já foi percebida e que está sendo observado. c) Na ocultação de um bem ou produto dentro de sua bolsa ou em outras partes, o mesmo deverá ser acompanhado em todos os seus movimentos, porém, não poderá ser obrigado a pagar o produto até sua efetiva saída da loja Obs.: Acusar o cliente de ocultação de algum bem da empresa, pode causar um sério dano. Essa prática é arriscada, quando não realizada de forma correta, pode gerar futuras ações judiciais por danos morais. O Que Diz a Lei: Portanto, levando-se em consideração as disposições do CPP (CÓDIGO DE PROTEÇÃO PENAL), do CP (CÓDIGO PENAL), combinadas com a proteção ao direito da privacidade e da intimidade (art. 5°, X da CF-CONSTITUIÇÃO FEDERAL) e o que versa a Carta Magna sobre as forças de segurança pública (art. 144 da CF), podemos concluir que: FISCAL DE LOJA 14 a) Não há absolutamente nada que a segurança privada possa fazer que não seja facultado a qualquer cidadão comum; b) A segurança pública deve ser prestada exclusivamente pelo estado, sendo esta atividade indelegável; c) A busca pessoal (revista) involuntária realizada fora dos termos do art. 240 de seguintes do CPP (nas hipóteses definidas e pelas pessoas definidas pela lei) é ilegal e pode configurar o crime do art. 146 do CP; Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: Pena - detenção de três meses a um ano, ou multa. d) As forças auxiliares da segurança pública ou os agentes de segurança privada, podem com o fim de otimizar sua atividade, utilizar de mecanismos como a revista consentida, câmeras filmadoras, portais de raios-X, portas giratórias, dispositivos de alarme embutidos em produtos, etc. Todos estes são meios legítimos de proteção do patrimônio e da integridade física das pessoas e não possuem vedação legal para o seu uso. Temos que ter muito cuidado em indagar ou querer revistar as pessoas, devemos ter certos critérios! Cabe às empresas a decisão do formato adequado de abordagem em razão de sua configuração interna, tecnologias disponíveis e nível de qualificação e treinamento dos seus colaboradores. Em caso de crianças e adolescentes cometem delitos, além da preservação da imagem (não pode expor o menor como delinquente, nem deve informar a ninguém a sua identidade, isto é assunto judicial). LEI Nº 8.069 - Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da FISCAL DE LOJA 15 autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. LEI Nº 8.069 – art. 18. É dever de todos velarem pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. É importante saber que a lei considera a criança e o adolescente como pessoas em desenvolvimento, portanto, atos de humilhação, torturas e agressões, são considerados atos gravíssimos e passíveis de penas severas nos tribunais, tanto na esfera civil (Punição a Coop) quanto na esfera penal (punição ao colaborador que executou o ato ilícito). Gestantes e idosos Não existe legislação especial para as gestantes e idosos, contudo, devido sua situação especial, devem ser tratados de forma diferenciada, uma vez que são pessoas com probabilidade maior a ter complicações de saúde que as demais. Entenda, que toda e qualquer abordagem poderá trazer desconforto, poderão gerar reações adversas, por questões físicas ou psicológicas. FISCAL DE LOJA 16 PERFIL PROFISSIONAL DO FISCAL DE LOJA Característica do fiscal de loja Dentre todas as características já citadas, o fiscal de loja dever ser: Preventivo/ostensivo – Ser visível ao público, para evitar a ação de roubos ou furtos, a presença física inibe a ação de meliantes, delinquentes que queiram executar o crime, o mesmo terá que ficar em pontos estratégicos de visualização. FISCAL DE LOJA 17 Proativo – Agir antecipadamente ao ato do furtante, para isso o profissional terá que antever a ação e assim tomar os devidos procedimentos. Ajudar a equipe de segurança na observação e ação. Relações públicas – É um profissional que interage com o público, dando orientações, ajudando as pessoas com certas deficiências (físicas/mentais), priorizando, sempre o atendimento de boa qualidade, mas nunca perdendo o foco de sua atenção. Vigilância – Nunca ficar estático, deverá estar sempre alerta a todos os acontecimentos, trabalhando na prevenção de roubos, furtos, incidentes e acidentes. Direitos humanos – Deverá sempre respeitar normas e condutas, sempre obedecendo e respeitando o que atinge as leis do país, e a dignidade humana. Multiprofissional – ter capacidade de desempenhar todas as suas funções, e acima de tudo também saber orientar os demais funcionários na prevenção de atos ilícitos dentro das dependências da empresa, com certos procedimentos. Habilidades Físicas – Ter conhecimentos em defesa pessoal, para proteger a integridade física sua e de outras pessoas. FISCAL DE LOJA 18 Saúde Física e Mental – Gozar de plena saúde física e mental, agir metodicamente em certas situações que exigirem plena inteligência e calma. Psicológico – Assim como em outras profissões que exigem uma concentração extrema, a função de fiscal de loja exige uma preparação psicológica diária, por se tratar de um profissional que lidará com pessoas todos os dias. Ética profissional O Que é Ética? É o conjunto de princípios e valores morais que conduzem o comportamento humano dentro da sociedade. As organizações seguem os padrões éticos sociais, aplicando-as em suas regras internas para o bom andamento dos processos de trabalho, alcance de metas e objetivos. FISCAL DE LOJA 19 O profissional deve seguir tanto os padrões éticos da sociedade quanto as normas e regimentos internos das organizações. A ética profissional proporciona a pessoa um exercício diário e prazeroso de honestidade, comprometimento, confiabilidade, entre tantos outros, que conduzem o seu comportamento e tomada de decisões em suas atividades. Por fim, a recompensa é ser reconhecido, não só pelo seu trabalho, mas também por sua conduta exemplar. Exemplos de Ética Profissional. Responsabilidade. Ser responsável significa ter a capacidade de cumprir com os seus compromissos. A responsabilidade não está relacionada apenas com o campo profissional, por exemplo, qualquer trabalhador deve cumprir sua jornada de trabalho de forma eficiente. Quando o profissional exerce seu papel com excelência, ele proporciona o bom andamento de todas as outras coisas e setores de sua empresa... Integridade Integridade vem em muitas formas, mas a honestidade e a confiabilidade são duas características que são esperadas na maioria das situações de trabalho. Sem um comportamento responsável, a desconfiança pode fazer umambiente de trabalho tenso e desconfortável. Uma forte ética pessoal mostra aos colegas de trabalho e clientes que você é confiável e toma as suas responsabilidades a sério. Código de Ética É um acordo que estabelece os direitos e deveres de uma empresa, instituição, categoria profissional, ONG, enfim, a partir da sua missão, cultura e posicionamento social, e que deve ser seguido pelos funcionários no exercício FISCAL DE LOJA 20 de suas funções profissionais. Não foge a regra a nenhum funcionário de classes, todos deverão seguir seus códigos de ética. Atitudes Positivas. No seu dia-dia você terá que demonstrar todo o seu conhecimento, atitudes positivas, discernimentos, ser participativo, coeso com sua equipe, tratar a todos com muita gentileza e sempre demonstrar humildade e respeitabilidade para com todos, independentemente de cargos, lembre-se de você estará diariamente no contato com as pessoas de todos os níveis sociais e intelectuais. Bom senso, educação e respeito Educação e Respeito entre Todos. Nunca deverão faltar o respeito, educação e gentilezas, por mais que sua profissão exija sempre uma séria fisionomia. Gentilezas geram gentilezas, todos são merecedores de uma boa educação e respeito, uma má conduta sempre gera desconforto nos ambientes de trabalho, devemos sempre manter um ambiente saudável entre clientes e colegas de trabalho. FISCAL DE LOJA 21 Manutenção de um Ambiente de Trabalho Saudável e Harmonioso É um dos principais fatores que torna o dia- dia profissional mais prazeroso, quando se tem um ambiente de trabalho tranquilo, harmonioso e saudável o dia de trabalho torna-se mais agradável, pois percebemos a alegria dos colaboradores estampados em seus olhares, pessoas dedicadas atenciosas e prestativas valorizam seu posto de trabalho. Regras e hierarquia da empresa. Respeitar a hierarquia é premissa básica de um ambiente empresarial. Não atentar para esta regra e deixar a amizade ou inimizade interferirem nas relações de trabalho são faltas graves. Obediência e subordinação às regras também são condutas éticas e que valorizam a sua postura profissional. Ao contrário do que muitos acreditam o incentivo à conduta ética no ambiente de trabalho não significa necessariamente estabelecer uma rígida disciplina aos funcionários. Um círculo profissional marcado por padrões éticos gerará benefícios para todos os que fazem parte dele, favorecendo o crescimento da empresa e o aperfeiçoamento dos colaboradores. FISCAL DE LOJA 22 IDENTIFICANDO ATITUDES SUSPEITAS Todos esses furtantes apresentam em determinadas situações as mesmas características e atitudes suspeitas. Uma equipe de Prevenção de Perdas bem treinada, necessita estar capacitada para agir antes da consumação do furto, isto é, antes do cliente sair da loja. Para isso, é necessário o mapeamento dessas ações suspeitas para a tomada de ações preventivas. Olhar muito para os lados; Levantar o produto à altura dos olhos observando o movimento de funcionários; Deixar cair o produto no chão de forma proposital para colocá-lo na bolsa ou sacola; Permanecer por muito tempo em um local de pouca visibilidade e circulação de funcionários; Abrir a bolsa ou sacola de forma proposital em local onde se escolhe produtos; FISCAL DE LOJA 23 Provar produtos na área de vendas. A seguir destacamos algumas atitudes que podem levar a desconfiança dos colaboradores: 1. Várias camadas de roupa ou roupas largas 2. Apresentar sinais de nervosismo 3. Andar pela loja por muito tempo 4. Permanecer em áreas de alto risco 5. Pegar muitas unidades do mesmo produto 6. Abandonar o carrinho em uma área isolada 7. Carregar uma bolsa grande Quando essas atitudes são identificadas, colocar em prática a abordagem preventiva (destaque mais abaixo), essa ação pode gerar resultados positivos tanto na mitigação do Risco de Furto como o Risco legal, em razão de ações indenizatórias por Danos Morais. Locais utilizados para ocultação dos produtos O crime de furto é consumado quando o furtante retira produtos da loja sem efetuar o devido pagamento no caixa, ultrapassando os limites da entrada/saída da loja, portanto, enquanto o cliente permanecer com o produto dentro da loja, guardando por exemplo, dentro de sua bolsa, não pode ser caracterizado um furto. Nesse caso, o possível furtante pode alegar que ainda está dentro da loja e na sua saída, efetuará o pagamento. Portanto, a atuação da equipe de prevenção de perdas é limitada e precisa respeitar os direitos dos clientes como consumidores. Porém, guardar os produtos dentro da bolsa (popularmente chamado de ocultação) não é uma prática usual, nesse caso, temos que ficar atentos. FISCAL DE LOJA 24 Os locais geralmente utilizados para essa ocultação dos produtos, são os seguintes: Casacos, Guarda Chuvas, Sacolas, Saias, Livros, Carrinho de bebê e Falsa gravidez, Bolsa grande, Mochila, Paletó, Bolsa aberta a tiracolo, Pasta, Maleta, nos bolsos do próprio produto quando da entrada no provador, etc. Prevenção de furtos em lojas A principal preocupação do comerciante varejista é inibir a ação de roubos e furtos dentro de seu estabelecimento, pois isto causa uma perda significativa nos lucros. A adoção de novas tecnologias são ferramentas imprescindíveis no interior destes estabelecimentos tais como: Câmeras de vigilância, etiquetas eletrônicas, antenas antifurto, embalagens de proteção, etc. Todos estes equipamentos melhoram a atividade de vigilância interna. A utilização dessas ações que estão sendo implantadas visa uma melhoria dos processos. Política de segurança interna Com foco na realização de abordagens, contingência de gerenciamento de crises, principalmente na realização de treinamentos para aprendizagem de normas, procedimentos e responsabilidades de cada colaborador para prevenção de roubos e furtos. FISCAL DE LOJA 25 Como abordar clientes suspeitos de furtos. Para praticar essas políticas, é necessário traçar antecipadamente o perfil dos furtantes, para utilizar ações preventivas mais adequadas com desfecho satisfatório de causa e situação. PREVENÇÃO DE FURTOS EM LOJAS A principal preocupação do comerciante varejista é inibir a ação de roubos e furtos dentro de seu estabelecimento, pois isto causa uma perda significativa nos lucros. FISCAL DE LOJA 26 À adoção de novas tecnologias são ferramentas imprescindíveis no interior destes estabelecimentos tais como: Câmeras de vigilância, etiquetas ele trônicas, antenas antifurto, embalagens de proteção, etc. Todos estes equipamentos melhoram a atividade de vigilância interna. A utilização dessas ações que estão sendo implantadas visando melhoria dos processos. Política de segurança interna Com foco na realização de abordagens, contingência de gerenciamento de crises, principalmente na realização de treinamentos para aprendizagem de normas, procedimentos e responsabilidades de cada colaborador para prevenção de roubos e furtos. Como abordar clientes suspeitos de furtos. Para praticar essas políticas, é necessário traçar antecipadamente o perfil dos furtantes, para utilizar ações preventivas mais adequadas com desfecho satisfatório de causa e situação. CLASSIFICAÇÃO DOS FURTANTES EM SUAS CATEGORIAS: FISCAL DE LOJA 27 A) Furtante Ocasional: Geralmente o furtante ocasional é um cliente regular da loja. Sua atitude é comprar um item e levar outro. A ação preventiva neste caso é por exemplo, o oferecimento de sacolas e manter monitoramento visual pela equipe de segurança física, e pelo sistema de CFTV. A intenção é desestimulá-lo a cometer o delito, evitando-o antesque ocorra. B) Furtante Impulsivo: Não compra produtos, não é cliente do comércio, age quase sempre sozinho, basicamente são os cleptomaníacos (Um transtorno de controle de impulsos que resulta em um impulso irresistível de roubar). Este tipo de furtante merece uma atenção especial, neste caso acione a polícia e registar um B.O que poderá conter futuras tentativas. C) Furtante Profissional: Age em duplas ou quadrilhas, cada um possui uma função, como tirar a atenção da equipe de prevenção de perdas para que os outros tenham a facilidade para furtar. Utilizam sacolas preparadas, ferramentas para cortar dispositivos na tentativa de burlar o sistema de segurança da loja, etc. Nesta situação não há o que se discutir, para esse tipo de furtante, deve- se chamar a autoridade policial no caso da consumação do furto, isto é um procedimento obrigatório. Geralmente o comportamento destes tipos de furtantes são os mesmos, com atitudes bem suspeitas. Neste caso, uma equipe de prevenção de perdas deve estar bem treinada e capacitada para agir antes da consumação do furto. Isto é, antes mesmo que o cliente saia da loja. Portanto, é necessário o mapeamento dessas atitudes suspeitas para a tomada de ação preventiva. FISCAL DE LOJA 28 ABORDAGEM PREVENTIVA A Abordagem Preventiva tem como objetivo evitar a consumação de uma perda que pode ser ocasionada pelo consumo ou furto de produtos na área de vendas. Várias são as técnicas utilizadas atualmente, alinhando o apoio da tecnologia (CFTV, antenas / etiquetas) aos treinamentos dos procedimentos e políticas a todos os colaboradores envolvidos. Esse tipo de abordagem é realizado quando o cliente apresenta uma atitude suspeita, que pode ser identificada por qualquer colaborador e/ou pelo circuito fechado de TV. Ao aproximar-se da pessoa com atitude suspeita, o colaborador deve tomar todas as precauções possíveis para não provocar constrangimentos. Recomenda-se na abordagem, estabelecer um diálogo pró-ativo junto ao “Cliente”, oferecendo um serviço da loja, sacola/cesto/carrinho para carregar suas compras, demonstrando que sua atitude foi percebida e que está sendo observado. FISCAL DE LOJA 29 Na ocorrência de ocultação de um produto (Ex. guardar uma mercadoria dentro de sua bolsa ainda dentro da loja), o cliente deverá ser acompanhado em todos os seus movimentos, porém, não poderá ser obrigado a pagar o produto até sua efetiva saída da loja. Esse acompanhamento tem como objetivo, obter a certeza que o produt o se encontra no local onde foi ocultado dentro da loja até sua efetiva saída. Para isso é necessário a realização de constantes treinamentos principalmente, para a equipe responsável pela fiscalização da loja. Algumas empresas costumam abordar o cliente após a ocultação (ainda dentro da loja) demonstrando de forma clara, que o local onde o produto foi “guardado”, não é o adequado, sem obrigar a apresentação do produto e o pagamento imediato (ação que particularmente recomendo), porém, essa prática é arriscada quando não realizada de forma correta, podendo gerar futuras “Ações Judiciais” por Danos Morais. Abordagem conservadora Esse tipo de abordagem ocorre quando o “furtante” sai da loja, levando consigo o produto, sem o efetivo pagamento. Nesse caso, o sucesso dependerá do nível de prevenção efetuada ainda dentro da loja, isto é, da completa certeza que o furtante está de posse do produto “sem ter efetivado o pagamento”. Recomenda-se nesse caso abordar o cliente e encaminhá-lo a um local reservado, para que sejam tomadas as devidas providências, tais como: FISCAL DE LOJA 30 Permitir o pagamento, caso o cliente solicite. Acionar autoridade policial para registro de um boletim de ocorrência. Liberação do Cliente. A decisão deve estar pautada na relação Custo X Benefício X Ação empregada pelo(s) furtante(s), mas não podemos deixar de coibir ações dessa natureza, que no primeiro momento apresentam um impacto baixo, porém, a ação pode estar sendo utilizada como “isca” para uma de maior proporção. Outro ponto de destaque, está relacionado com o disparo das Antenas (Sistemas anti-furto), recomenda-se nesse caso, abordagem em todos os disparos, mesmo que o motivo tenha sido gerado por uma falha operacional ou técnica. Mesmo que esta decisão esteja relacionada com o risco de Ações Judiciais (Dano Moral), também se corre o risco de pessoas desonestas utilizarem dessa conduta para as práticas ilícitas. Cabem as empresas, a decisão do formato adequado de abordagem em razão de sua configuração interna, tecnologias disponíveis e nível de qualificação e treinamento dos seus colaboradores. FISCAL DE LOJA 31 TECNOLOGIAS DE SEGURANÇA Circuitos de segurança patrimonial. CFTV = Circuito fechado de TV, é um sistema de câmeras ligadas a um circuito fechado de imagens televisivas, ligadas a um sistema de monitoramento de responsabilidade da empresa, e suas imagens são restritas somente aos responsáveis dos setores. Atualmente é muito utilizado nas empresas de segurança privada, mas também em empresas dos ramos industriais, varejistas, atacadistas e residenciais pela falta da segurança pública. FISCAL DE LOJA 32 O objetivo é fazer o monitoramento de diversos ambientes ao mesmo tempo, gerar imagens para que possam ser utilizadas a favor do próprio patrimônio. Sensores Sensores magnéticos: São utilizados para detectar abertura e fechamento indevidos de janelas e portas. Há modelos exclusivos para diferentes ambientes, com mais ou menos espaço e para áreas externas. Detector de movimentos: Raios ultra vermelhos acusam mudanças na temperatura dos ambientes, tanto internos como externos. Eles são acionados pelos movimentos realizados no campo de observação do sensor. Infravermelho ativo: É acionado pela interrupção do feixe ou área protegida. Possui alcance externo de 50 metros e é resistente ao sol, chuva e nevoeiro. Pode substituir as cercas elétricas para muros. Quebra de vidro acústico: Detecta quebras nos vidros, por meio de ondas sonoras. Botão de pânico móvel: Desenvolvido para situações em que o cliente sente-se acuado como, por exemplo, ao ser abordado em sua residência ou comércio ou avistar estranhos rondando o local. Centrais de alarmes são ferramentas em segurança eletrônica usadas não só em empresas, mas também em residências e locais públicos de pequeno e grande porte, para detectar a presença de invasores, a equipe de segurança tomar as devidas ações referentes ao fato. A operacionalidade da Central depende basicamente de alguns fatores tais como: FISCAL DE LOJA 33 A identificação rápida da anormalidade. A Ação rápida e eficaz da equipe e coordenação. A identificação rápida da anormalidade está alicerçada, especificamente nos meios que a central dispõe. A necessidade do operador possuir a visão globalizada dos pontos críticos de todo o complexo monitorado. A resposta rápida e eficaz dependerá do treinamento e principalmente no acionamento das equipes. O acionamento e treinamento serão mais eficazes quando forem direcionados ao ponto exato da área sinistrado. Controle do ar condicionado. Iluminação das escadas de emergência. Iluminação das rotas de fuga; Acionamento do sistema de iluminação de emergência / geradores. Acionamento dos elevadores para o pavimento térreo. Sistemas Contra Incêndio É um conjunto de elementos que ajuda a detectar e combater o incêndio na sua parte inicial, evitando a sua propagação. Detectores De Temperatura Possuem basicamente duas classes, os de temperaturas fixas e os termo velocimétricos. Detectortérmico pontual Aciona somente a partir de uma determinada temperatura, em média 68°. Detector Termo Velocimétrico Dispara apenas mediante variação brusca de temperatura. Quando ocor re uma súbita elevação da temperatura em menos de FISCAL DE LOJA 34 10 segundos o mesmo é acionado, indiferente de se atingir uma determinada temperatura. Cabo Sensor Linear de Temperatura É um cabo sensor que detecta calor em qualquer ponto ao longo de seu comprimento. Detectores de chamas Detector De Chama Ultravioleta São de ação rápida e sensível a energias radiantes invisíveis e radiantes na escala ultravioleta. Detector de Chama Infravermelho São sensíveis radiantes e invisíveis na escala infravermelho. Detectores de Gás Os detectores de gás são classificados pelo tipo de gás que detectam: inflamáveis ou tóxicos. Dentro desta ampla classificação, eles estão mais definidos pela tecnologia que usam: sensores catalíticos e infravermelhos detectam gases combustíveis e eletroquímicos, e tecnologia de semicondutor de óxido metal geralmente detectam gases tóxicos. Sirenes Sirenes são dispositivos de alerta audível. Geralmente são utilizadas para chamar a atenção em casos de perigo, invasão ou indicação de horário. Segurança operacional Cada indivíduo ligado à segurança patrimonial deve ser bem treinado, e conhecer plenamente os: Procedimentos de sua função. FISCAL DE LOJA 35 Equipamentos que irá operar. Riscos que poderá enfrentar. As decisões a serem tomadas em caso de emergência. A hierarquia de tomada de decisões. A integração com os demais funcionários que fazem parte do quadro operacional dos outros sistemas. Ter preparo emocional e princípios de atendimento aos usuários da edificação. Ter noções do funcionamento dos demais sistemas. PREVENÇÃO DE PERDAS Existem números alarmantes em questão de perdas nos lucros das empresas, principalmente em lojas do ramo varejista, pois um operador de caixa mal intencionado poderá trazer prejuízos incalculáveis à empresa. As pequenas e médias empresas sofrem mais para controlar a ação de f uncionários desonestos, pois costumam ter menor rigidez nas relações profissionais e nos processos. FISCAL DE LOJA 36 É necessário desenvolver tecnologias ou ter um rigoroso sistema de vigilância interna, para que profissionais deste setor não busquem maneiras de fraudar seus caixas, ou agir junto com outras pessoas no ato do furto. Competências da Prevenção de Perdas na frente de caixa. Há algum tempo atrás a prevenção de perdas era realizada apenas na conferência das atividades nos caixas, mas com o passar dos tempos foi ganhando mais aptidões, como por exemplo: Sangria de caixas, cancelamentos e até mesmo fechamento de caixa. Enquanto o encarregado de frente de caixa executa, o profissional de pre venção monitora e audita o processo. São competências diferentes e devem ser desempenhadas por profissionais diferentes. Para ficar mais clara a diferença, iremos listar abaixo as nove competências da área de prevenção de perdas na frente de caixa: 1. Observar se as mercadorias, que tem como destino a venda, estão sendo devidamente registradas pelos operadores de checkout. 2. Realizar auditorias de checkout de forma aleatória para evitar desvio de numerário. 3. Orientar os operadores de checkout para não deixarem mercadorias de vendas em checkout que estejam fora de operação, principalmente se forem Produtos de Alto Risco – PAR – devolvidos por clientes que desistiram da compra. 4. Apoiar (não executar) o setor de frente de loja na realização do recolhimento de numerário, identificando possíveis suspeitos FISCAL DE LOJA 37 dentro e na área externa da loja. Estar atento e observar o ambiente periférico da loja antes da realização do recolhimento. 5. Postar-se na retaguarda do responsável pelo recolhimento do numerário, voltando-se para a área de vendas. 6. Acionar o botão de alarme ou botão de pânico caso haja tentativa de assalto. 7. Acompanhar todo o recolhimento de numerário até seu ingresso na tesouraria. 8. Nunca expor sua vida e nem a de outrem a qualquer risco na ocorrência de assalto. 9. Assegurar o cumprimento de todas as normas internas da empresa. Vamos dar algumas dicas de fraudes cometidas por operadores de caixa. a. Ranking de Cancelamento de Cupom Fiscal. b. Cruzamento de produtos Cancelados x Falta no Inventário. c. Baixa de preço x concentração do mesmo funcionário x efetivação de venda no PDV. d. Abertura da gaveta em excesso. e. Tempo de operação do funcionário x Tempo padrão. f. Descontos concedidos sem fundamentação (Ranking x confirmação com documentação comprobatória). g. Cruzamento dos produtos trocados x Falta no Inventário x Funcionário. FISCAL DE LOJA 38 IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO Não importa qual o ramo ou segmento de uma empresa, uma boa comunicação no ambiente de trabalho deve ser necessária para uma corporação se manter e prosperar no mercado competitivo atual. A comunicação é responsável por transmitir mensagens claras, com o objetivo de aprimorar a rotina de trabalho. Os seres humanos são altamente relacionáveis, e com isso a comunicação se torna a base de todas as atividades. A comunicação é responsável por transmitir mensagens claras, com o objetivo de aprimorar a rotina de trabalho. Os seres humanos são altamente relacionáveis, e com isso a comunicação se torna a base de todas as atividades. O homem sempre esteve em busca de relacionar-se de maneira eficiente, e hoje não é diferente. FISCAL DE LOJA 39 E no ambiente corporativo as empresas precisam se adequar às gerações contemporâneas que possuem sua própria maneira de se comunicar e trabalhar. Uma boa comunicação no ambiente de trabalho evita que informações sejam divulgadas de forma inadequada. Neste processo de manter uma comunicação é que a empresa começa a absorver diversos fatores que contribuem para o baixo rendimento de funcionários, por exemplo: Excesso de informação; falta de envolvimento e participação das pessoas, falhas na comunicação, desmotivação dos funcionários, pouco trabalho em equipe, dificuldade de personalizar mensagens para os diferentes níveis de funcionários e entre outros. Falhas na comunicação A comunicação deve ser entendida como uma ferramenta estratégica de uma empresa. Para evitar essas situações, os líderes devem ter uma forte comunicação com seus colaboradores, de modo a fazê-los estar “por dentro” dos objetivos da empresa e conquistar seus resultados esperados. Dicas de Comunicação Pense Antes de Falar. É preciso organizar pensamentos e palavras antes de falar, ensaiar as palavras, avaliar a situação e evitar dizer algo estúpido. Se expresse. FISCAL DE LOJA 40 Expresse suas ideias, senão disser quais são suas necessidades, não conseguirá o que quer. Diga o que você deseja de maneira suficientemente alta e clara para que todos ouçam. Seja Claro. Faça com que a mensagem seja o mais simples possível. Não enrole ou dê detalhes demais. Seja educado. Nunca interrompa a fala de outras pessoas, sendo grosseiro e desrespeitoso. Agindo assim você nunca saberá passar nenhuma informação. Consiga a Atenção do Ouvinte. Você não conseguirá conduzir a mensagem, caso não tenha a atenção da outra pessoa. Faça contato visual, garanta que a outra pessoa esteja te escutando. Escute. Se você não “escutar a outra pessoa”, você estará propenso a acabar provocando uma falha na comunicação. Uma boa habilidade para escutar muitas vezes é mais importante do que qualquer coisa que você diga. O uso correto de rádio ht. No ramo de segurança privada e pública o usode rádios HT é um grande aliado do profissional de segurança, sendo um dos principais materiais de apoio que auxiliam na comunicação rápida e eficaz. Os rádios FISCAL DE LOJA 41 intercomunicadores portáteis realizam comunicação entre pessoas de maneira rápida e segura através de ondas magnéticas. Nas áreas de segurança privada, pública e orgânica, condomínio, empresa os funcionários e moradores ligados à segurança podem portar rádio que oferece comunicação instantânea ao toque de um botão chamado de PTT ou Mike, com uma pessoa ou grupo. Para melhor utilização do Rádio HT é importante que os usuários aprendam o código Fonético Internacional e o código “Q”, o mais usado e certo para comunicação. USO CORRETO: Para melhor comunicar-se você deve: Falar de maneira pausada. Ser claro e objetivo. Transmitir apenas o necessário referente ao assunto. Evitar assuntos do cotidiano no rádio, pois esse procedimento e brincadeiras são proibidos, e ocasionam sanções disciplinares e punições. Não interromper comunicação de um operador com outro. Estar atento e atender prontamente as chamadas. Usar o Código Fonético Internacional e o Código Q nas conversas. Evite conversa formal. Manter a disciplina na rede. Comunicação em rádio HT código Q. O código “Q”, original foi criado aproximadamente em 1909 pelo governo britânico, como uma "lista de abreviações... preparadas para o uso dos navios britânicos e estações costeiras licenciadas pela Agência postal geral". O código “Q” facilitou a comunicação entre operadores de rádios marítimos que falam línguas diferentes, por isso sua rápida adoção internacionalmente. QUANTIDADE DE CÓDIGOS FISCAL DE LOJA 42 Existem em média quarenta e cinco códigos “Q” que aparecem na "lista de abreviações para serem usadas na radiocomunicação", que foi incluída no serviço de regulamentação anexo à Terceira convenção internacional de radiotelegrafia. A convenção aconteceu em Londres e foi assinada em 5 de julho de 1912, tornando- se efetiva em 1 de julho de 1913. O Uso dos Códigos Q Os códigos “Q” compreendidos entre QAA- QNZ são reservados para uso aeronáutico; QOA-QOZ para uso marítimo; QRA- QUZ para todos os serviços. Código Q – Simplificado QAP - Na escuta. QRA– Nome QRF – Refeição QRG – Frequência, Canal. QRH – Está havendo variação de frequência QRI – Tonalidade de transmissão QRL - Estou ocupado, não interfira QRM - Interferência provocada por outra estação. QRN - Interferência provocada por estática. QRO – Abrir squelch ou limitador QRQ – Manipular rapidamente QRS – Manipular lentamente FISCAL DE LOJA 43 QRT - Parar de transmitir. QRU – Tem alguma mensagem. QRV - Estou à disposição. QRX - Aguarde um instante que chamarei QRY – Quando será a minha vez de transmitir QRZ - Quem está chamando? QSA - Intensidade de sinais (1/1- muito fraca; 2/2- fraca; 3/3- regular; 4/4- boa; 5/5- ótima). QSB - Sinal oscilando. QSJ – Relativo a dinheiro QSL - Entendido, OK. QSO - Pedido de autorização p/ contato com outro rádio QSP - Ponte, Retransmissão de mensagem para outra estação. QSJ - Dinheiro. QSY - Transmitir em outra frequência, mudar de canal. QTA - Mensagem cancelada. QTC - Mensagem urgente. QTH - Local, Endereço QTI – Destino exato para onde se vai QTO - Banheiro. QTU - Turno e equipe de trabalho QTR - Horas. TKS – Obrigado PTT – Botão de toque de falar. FISCAL DE LOJA 44 Código fonético internacional A - Alfa B - Bravo C - Charlie D - Delta E - Echo F - Fox G - Golf H - Hotel I - Índia J - Juliet K - Kilo L – Lima M - Mike N - November O - Oscar P - Papa Q - Quebec R - Romeo S - Sierra T - Tango U - Uniforme V - Victor W - Whisky X - X – Ray Y - Yankee Z - Zulu NUMERAIS 0 - Negativo 1 - Primeiro 2 - Segundo 3 - Terceiro 4 - Quarto 5 - Quinto 6 - Sexto 7 - Sétimo 8 - Oitavo 9 - Nono FISCAL DE LOJA 45 Quando o numeral tiver vários números, usa-se falar da seguinte maneira: PRIMEIRO - TERCEIRO Uma placa de veículo: -ALFA, CHARLIE, LIMA -OITAVO, SEGUNDO, SEGUNDO, SÉTIMO. 1133 FISCAL DE LOJA 46 FURTOS DE FUNCIONÁRIOS Oportunidade. Esse é o principal motivo que leva um funcionário a realizar desvios sem a percepção da empresa. Um ambiente propício para ato ilícito é o suficiente para que ocorra uma fraude. Veja abaixo algumas sugestões: Segregação de função Nenhum funcionário, independentemente da posição, título ou função, pode processar sozinho uma transação do início a conclusão. Exemplo: quem faz não aprova, e quem aprova não faz. Definição de responsabilidade Nenhuma operação poderá ser processada sem alguma forma de autorização, que pode ser manual (assinada) ou autorizada por meio de senha eletrônica (senha de supervisor ou autorizador). FISCAL DE LOJA 47 Inventário, conciliação ou prova de contas Registros contábeis devem ser periodicamente comparados com os registros físicos, documentos ou conta de controle, para assegurar sua exatidão e promover as regularizações, quando forem necessárias. ACESSO EM DUPLAS OU DUPLO ACESSO Documentos que respaldem juridicamente os direitos de uma instituição ou de seus clientes requerem duas pessoas para sua guarda e retirada. Princípio da transparência de controle Toda rotina de conferência/controle deve ser evidenciada por meio de registro de verificação, por carimbo e/ou visto do responsável. Cada dia mais existe ferramentas a fim de evitar ou detectar as fraudes no departamento de compras. Sistemas integrados, departamentalização, troca constante de fornecedores e diversas outras ações. Mesmo assim é praticamente impossível garantir 100% de segurança no departamento de compras. Grande parte das fraudes é ocasionada por culpa da própria empresa, não exigindo transparência nas compras feitas. EXISTEM DIVERSAS MANEIRAS DE BURLAR TODO O SISTEMA DE SEGURANÇA DE UMA EMPRESA, TALVEZ AS FORMAS MAIS FÁCEIS SEJAM AS FORMAS MAIS INDETECTÁVEIS. CONFORME DESCRITO ABAIXO: Compra de material no qual não se recebe toda a quantia comprada. Um exemplo disto é a compra de 1000 unidades de parafusos, no qual, fica acordado com o fornecedor que só entregará 900 unidades, o valor desta diferença geralmente é abatido no imposto e o outro valor é dividido entre FISCAL DE LOJA 48 comprador e fornecedor. Existem casos que o valor é inteiro do comprador, dependendo do valor da compra e do acerto feito anteriormente. Aumento no valor da cotação. Exemplo: São feitas 3 cotações de um determinado produto, exposto da seguinte forma: Fonecedor A R$1000 - Fornecedor B R$1200 e fornecedor C R$1500. Seguindo o raciocínio que todas as cotações são referentes a produtos idênticos, com a mesma qualidade, garantia etc., obviamente a compra seria fechada com o fornecedor A, e será, a única alteração no valor exposto, no qual o valor de R$1000 apresentado será alterado, não podendo passar dos R$1200 apresentados pelo fornecedor B. Esta diferença é descontado dos impostos e o restante fica com o comprador. ABERTURA DE COTAÇÃO Exemplo: É muito comum ter um relacionamento mais “intimo” com o fornecedor, sendo assim, esta amizade acaba que sendo confundida com o profissionalismo. O fornecedor que é praticamente um parente do comprador acaba sabendo qual o valor da cotação dos outros fornecedores, sendo assim, exibe um valor menor aos outros já apresentados. Até agora foram expostas algumas maneiras de fraudar uma empresa e você me pergunta, "o que eu posso fazer para evitar?" Existem métodos para dificultar este tipo de fraudes, mas algum métodoque seja 100% eficaz ainda não existe. FISCAL DE LOJA 49 TECNOLOGIAS A FAVOR DA PREVENÇÃO DE PERDAS Processos, Pessoas e Tecnologias são pilares para a implantação de um Programa de Prevenção de Perdas em uma unidade de Varejo. É essencial o conhecimento das perdas para que um programa tenha sucesso e os resultados planejados sejam alcançados. Nesse sentido, a Tecnologia vem para suportar um programa de Prevenção de Perdas agindo como interface entre os pilares, mas nunca sendo a solução definitiva. Dentro do universo de possíveis investimentos em tecnologias para a utilização na Prevenção de Perdas, merecem destaque os produtos: EAS (ELETRONIC ARTICLE SURVEILANCE) OU PROTEÇÃO ELETRÔNICA DE MERCADORIAS Tecnologia que se baseia na utilização de etiquetas comcircuitos eletrôni cos disponíveis em modelos de papel e plástico (conhecida como etiqueta rígida), sendo aplicada junto aos produtos, o qual dentro de um planejamento é definido sua proteção. FISCAL DE LOJA 50 Para o modelo de papel, essas etiquetas podem ser desativadas através de equipamentos que podem ou não ser instalados juntos aos leitores (scanners) dos caixas, tal situação vai depender da tecnologia utilizada, esse dispositivo tem característica one-way, isto é, não é retirado e acompanha o produto. O modelo rígido é necessário sua desativação através de equipamentos eletrônicos e/ou manuais. São equipamentos reutilizáveis, criados originalmente para utilização em produtos têxtil. O sistema se completa com a utilização de Antenas de Alarme posicionados em locais estratégicos no ponto de venda como nas portas de saída, entrada de banheiros, check-out. Essas antenas são ativadas quando aproximadas de etiquetas eletrônicas não desativadas, em razão de uma falha operacional no caixa, furto de produto, esquecimento do pagamento por parte do cliente, etc. Essa detecção ocorre na aproximação e/ou passagem entre a(s) antena(s) da pessoa de posse de um produto contendo uma etiqueta eletrônica, emitindo sinais sonoros e visuais. As tecnologias disponíveis hoje no mercado brasileiro são as seguintes: Rádio frequência As antenas (transmissora e receptora), utilizam um sinal de frequência que varia de 7.4 a 8.8 MHZ. Ao aproximar uma etiqueta eletrônica das antenas, o transmissor energiza a etiqueta e gera um sinal que é lido pelo receptor. Caso o sinal tenha determinadas propriedades (assinatura) o receptor reconhece a presença da etiqueta e gera um alarme. ELETRO MAGNÉTICO O Sistema eletromagnético cria um campo de baixa frequência, geralmente entre 70hz e 1kHz, variando a intensidade e polaridade, repetindo um ciclo de positivo e negativo. A presença de uma etiqueta eletrônica, inverte FISCAL DE LOJA 51 repentinamente este campo, gerando um sinal momentâneo. Se os micros controladores do sistema identificarem essas frequências, o alarme é acionado. Cftv (circuito fechado de tv) Sistema de Monitoramento através de câmeras que permite visualizar todo o processo de controle de acesso de colaboradores e terceiros, fluxo de clientes, locais estratégicos como tesourarias e estoques, área perimetral e operações internas. A evolução tecnológica a cada dia disponibiliza para o mercado uma variedade de produtos e serviços que podem ser adaptados a qualquer estratégia definida pela empresa. Em geral, o varejo brasileiro utiliza esse recurso para inibir ações de furto na área de vendas das lojas, através de câmeras fixas, speed domes e câmeras falsas. Podem simplesmente estarem dispostas sem qualquer tipo de acompanhamento, como também ser monitoradas através de uma central no próprio ponto de venda e/ou por uma central externa da própria empresa ou terceirizada. Outra evolução que ganha corpo são os sistemas IP’s, onde a própria câmera se conecta a um computador via rede interna, com gravação local através de software específico e disponibilidade de acesso via internet através de um IP fixo para essa câmera. FISCAL DE LOJA 52 Alarmes de presença Sistema eletrônico de segurança, seu funcionamento se baseia na instalação de sensores de presença em pontos estratégicos definidos de acordo com a política de segurança. Esses sensores possuem a função de detectar movimentos limitados a sua faixa de alcance e enviar mensagens para uma central de alarme local, que pode a partir dessa detecção, emitir um sinal sonoro, realizar ligações telefônicas para os números cadastrados e também, enviar mensagem para uma central de monitoramento externo, para a tomada de ações que pode ser desde um comunicado aos responsáveis e/ou autoridade policial até mesmo, envio de unidade móvel para o local. Caso a solução implantada possibilite o monitoramento externo, o sistema poderá dispor de outros recursos como botão de pânico, que pode ser acionado por funcionários em situações de furto de produtos, roubo de produtos e numerários e outras situações que sejam necessárias intervenções de terceiros. Para o sucesso de um Programa de Prevenção de Perdas sustentável, o investimento em tecnologia é fundamental, deve ser levada em consideração a viabilidade financeira do investimento em relação aos custos e benefícios do projeto. FISCAL DE LOJA 53 Câmeras de segurança no ambiente de trabalho Utilizada para zelar pela segurança de um ambiente, as câmeras de vigilância têm sido adotadas por empresas de todo o País. O problema, no entanto, é que nem sempre esse sistema tem sido empregado de forma correta, sendo implantado também para vigiar mais atentamente os contratados de uma organização - e é aqui que mora o perigo! Apesar de não haver na atual legislação brasileira alguma determinação que especifique os termos do monitoramento em ambientes de trabalho, a Justiça não costuma ser muito amigável com os empregadores que implantarem sistemas de vigilância com tal intenção. Se o profissional perceber que o gestor está utilizando a câmera para monitorá-lo e controlá-lo, o mesmo pode processar a companhia por assédio moral. E não pense você que a Justiça costuma ser mais ‘branda’ com os empresários que possuírem câmeras, mas que mantém o equipamento desligado. A instalação de câmeras psicológicas tem um efeito ainda pior na visão da Justiça. A mesma entende que, ao serem monitorados, os funcionários ficam sob uma constante pressão psicológica. Por isso, avalie bem se o local onde trabalha possui câmeras e se as mesmas são utilizadas, de fato, para proteger a empresa. A instalação de câmeras não é recomendada, por exemplo, em locais que possam ferir a intimidade de um trabalhador. Desta forma, nada de câmeras em refeitórios e salas de café, e nos banheiros e vestiários sua utilização é proibida. O ideal é que não haja monitoramento nos locais onde o trabalhador se sente mais à vontade para fazer brincadeiras com os colegas ou mesmo em outras áreas onde ele possa se sentir constrangido. FISCAL DE LOJA 54 Contudo, caso se faça necessário, uma alternativa pode ser estudada é que os empreendedores que não abrirem mão de tal vigilância podem optar apenas pela instalação de câmeras nos locais de passagem e acesso. Ou seja, na entrada de refeitórios, por exemplo. Avise! E não se esqueça: ao instalar sistemas de monitoramento, todos os funcionários devem ser avisados. NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS. Primeiros socorros é o cuidado imediato a alguém ferido ou doente, com a finalidade de: preservar a vida, promover a recuperação ou prevenir que o caso piore. Portanto trata-se de uma atenção rápida, imediata a uma pessoa que esteja em perigo de vida, realizando tais cuidados para manter as suas funções vitais e reduzindo seus agravos até que a vítima receba atendimento de emergência adequado.FISCAL DE LOJA 55 Este pré-atendimento tem fundamental importância, pois evita complicações futuras e pode até salvar vidas. Contudo, deve ser realizado pelo socorrista (profissional treinado) que fará o atendimento em condições seguras para a prestação do socorro. É importante, após realizar o primeiro atendimento, solicitar ou encaminhar a vítima para avaliação médica. Ferimentos Leves ou superficiais: Lavar o ferimento com água e sabão. Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo. Não tentar retirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento. Não colocar pastas, pomadas, óleos ou pó secante. Hemorragia Nasal: Sentar a vítima. Apertar com os dedos a narina, fazendo a vítima respirar pela boca. Colocar um chumaço de algodão na narina. Colocar toalha úmida, fria ou gelo sobre o rosto. Não assoar nariz pelo menos 1 hora após cessar sangramento. Desmaio: Sentada, posicionar a cabeça entre as pernas e pressionar para baixo. Deitar a vítima com a cabeça e ombros mais baixo que o resto do corpo. Convulsão: Dar espaço para a vítima. Afastar objetos que possam machucá-la, como mesas e cadeiras. FISCAL DE LOJA 56 Colocar a vítima de lado ou, se não for possível, colocar a cabeça dela de lado, sem forçar. Afrouxar as roupas apertadas da vítima, abrindo os botões da camisa e abrindo o cinto. Retirar próteses dentárias e outros objetos que possam dificultar a respiração. Colocar uma proteção entre os dentes, como um pedaço de pano enrolado, para evitar o ranger dos dentes e a mordedura da língua. Ficar junto da vítima até que ela recupere a consciência. NOÇÕES SOBRE BRIGADA DE INCÊNDIO Procedimentos Durante Um Incêndio, O Que Devo Fazer? Avaliar o incêndio Ligar o alarme de incêndio. FISCAL DE LOJA 57 Desligar a energia elétrica. Acionar o corpo de bombeiros pelo 193. Nunca usar o elevador, desça de escada. Classificação de incêndios. Os incêndios são divididos, basicamente, em quatro classes: A, B, C e D. CLASSE A O incêndio do tipo classe A é aquele onde o fogo está ocorrendo em materiais que rapidamente pegam fogo, ou seja, materiais de fácil combustão. Como exemplo, de materiais que caracterizam um incêndio como classe A, podemos citar papel, papelão, tecido, madeira etc. Fogo, em uma lixeira, é um exemplo deste tipo de incêndio. Como Combater Incêndios de Classe A A extinção desse tipo de incêndio se faz através do resfriamento. o agente extintor mais adequado é a água, que tem a capacidade de penetrar e resfriar o ambiente. Para isso, deve-se fazer uso dos extintores de incêndio portáteis carregados com água. CLASSE B São elementos inflamáveis do tipo - gasolina, querosene, óleo, álcool e GLP. FISCAL DE LOJA 58 Os incêndios ditos de classe B são os inflamáveis, que são produtos que na reação de combustão acabam por liberar muita energia, e bem mais calor que os elementos da classe A. Uma característica deste tipo de incêndio é que o material inflamável não vai deixar resíduos, ele irá queimar somente na superfície, e não em profundidade. Exemplos de substâncias que fazem um incêndio serem do tipo B são os gases e líquidos altamente inflamáveis, como álcool, diesel, gasolina, querosene, GLP (gás liquefeito de petróleo) etc. Como Combater Incêndios de Classe B O incêndio pode ser combatido com extintores de pó químico seco BC ou ABC, extintores de gás carbônico (CO2) e ainda com extintores de espuma mecânica, caso o incêndio não seja tridimensional (ex: liquido sob pressão, gás, derramamento em gravidade, etc). CLASSE C Instalações elétricas, motores, fios, tomadas e extensões. Os incêndios do tipo classe C são os mais fáceis de serem identificados, pois são os que estão relacionados com a eletricidade. É nesse tipo de incêndio, onde passa corrente elétrica, que devemos evitar o uso de água. A primeira coisa a ser feita é cessar a energia elétrica do local do incêndio. Ao ser feito isso, o material continuará pegando fogo, caracterizando um incêndio do tipo A. Exemplos de materiais que originam fogo da classe C são as instalações elétricas, como fios que estão sendo sobrecarregados, geralmente em instalações clandestinas (os famosos 'gatos'). Ainda como exemplos, podemos citar tomadas, fontes, transformadores, quadros de distribuição, motores etc. Como Combater Incêndio de Classe C FISCAL DE LOJA 59 Tanto o extintor de po quimico seco a base de bicarbonato de sodio ou potassio, (BC) ou fosfato monoamonico (ABC), quando o extintor de CO2 sao adequados para combater este tipo de incendio. CLASSE D Materiais pirofóricos (fogos de artifício): Os elementos que classificam um incêndio como classe D também são bem fáceis de serem identificados, pois todos eles são pirofóricos (popularmente conhecidos como fogos de artifícios), que assim como os incêndios de classe C, não devem ser apagados com água. Quando substâncias pirofóricos (que são do tipo metal combustível) queimam em altas temperaturas (fogos de artifícios explodindo) produzem chamas bem características, um azul-esbranquiçado. Exemplos de metais pirofóricos: Magnésio, sódio, alumínio, tungstênio etc. Como Combater Incêndio de Classe D Para estes riscos devem ser utilizados extintores especiais carregados com pó químico classe D adequado para cada tipo de metal. CLASSE K Essa classe de incêndio não está prevista na legislação brasileira (pelo menos até este momento), mas é prevista em normas internacionais, como a NFPA 10 (National Fire Protection Association), desde 1998 e, como envolve riscos, não podemos deixar de fazer um alerta em relação a este assunto. O incêndio classe K é o tipo de sinistro que acontece em óleos, em banhas e em gorduras utilizados em cozinhas, os quais, aliados a altas temperaturas, podem provocar um incêndio FISCAL DE LOJA 60 Como Combater Incêndio de Classe K Uma unidade extintora portátil de classe K, para combater a incêndios em cozinhas industriais, é o equipamento mais indicado, nessas ocasiões ou ainda um sistema fixo Veloz de agente saponificante. Como utilizar um extintor de incêndio? 1. Rompa o lacre do extintor. 2. Aperte o gatilho em direção à base do fogo. 3. Não toque no difusor, o mesmo poderá congelar e causar queimaduras na pele. Tabela tipos de incêndios e extintores FISCAL DE LOJA 61 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL. Quando existem dois ou mais indivíduos no mesmo ambiente, temos que ter uma ferramenta para utilizarmos em diversos ambientes de convívio pessoal, por exemplo, no convívio familiar, na escola, no trabalho e na comunidade. Implica uma relação social, ou seja, um conjunto de normas comportamentais que orientam as interações entre membros de uma sociedade. O conteúdo de um relacionamento interpessoal pode ser de vários níveis e envolver diferentes sentimentos como o amor, compaixão, amizade, etc. Existem relacionamentos interpessoais diferentes, mas não menos importantes. Este conceito remete para a aptidão de uma pessoa de se relacionar com os seus próprios sentimentos e emoções e é de elevada importância porque vai determinar como cada pessoa age quando é confrontada com situações do dia-a-dia. Para ter um relacionamento FISCAL DE LOJA 62 intrapessoal saudável, um indivíduo deve exercitar a sua autoafirmação, automotivação, autodomínio e autoconhecimento. Relacionamento Interpessoal no trabalho. Um relacionamento interpessoal positivo no trabalho contribui para um bom ambiente profissional. Esse relacionamento saudável entre duas pessoas ou mais, é alcançado quando as pessoas conhecem a si mesmas, e são capazes de se colocar no lugar dos outros. Os DezMandamentos das Relações Humanas 1- FALE COM AS PESSOAS Nada há tão agradável e animado quanto uma palavra de saudação, particularmente hoje em dia, quando precisamos mais de sorrisos amáveis. 2- SORRIA PARA AS PESSOAS Lembre-se de que acionamos 72 músculos para franzir a testa e somente 14 para sorrir. 3- CHAME AS PESSOAS PELO NOME FISCAL DE LOJA 63 A música mais suave para muitos ainda é ouvir seu próprio nome. 4- SEJA AMIGO E PRESTATIVO Se você quiser ter amigos, seja amigo. 5- SEJA CORDIAL Fale e aja com toda sinceridade: tudo o que você fizer, faça-o com todo prazer. 6- INTERESSE-SE SINCERAMENTE PELOS OUTROS Lembre-se de que você sabe o que sabe, porém você não sabe o que os outros sabem. Seja sinceramente interessado pelos outros. 7- SEJA GENEROSO EM ELOGIAR, E CAUTELOSO EM CRITICAR. Os líderes elogiam. Sabem encorajar, dar confiança e elevar os outros. 8- SAIBA CONSIDERAR OS SENTIMENTOS DOS OUTROS Existem três lados em uma controvérsia: o seu, o do outro, e o lado de quem está certo. 9- PREOCUPE-SE COM A OPINIÃO DOS OUTROS Três comportamentos de um verdadeiro líder: ouça, aprenda e saiba elogiar. 10- PROCURE APRESENTAR UM EXCELENTE TRABALHO. O que realmente vale em nossa vida é aquilo que fazemos para os outros. Lembre-se: GENTILEZA GERA GENTILEZA! FISCAL DE LOJA 64 EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE A importância do atendimento aos clientes Inicialmente precisamos entender por que atender bem os clientes é tão importante. Quando um cliente sai de casa para comprar algo, espera receber o melhor pelo dinheiro que irá gastar. Isso significa que estará analisando o mercado com bastante atenção, procurando identificar e escolher a empresa que oferecer as melhores condições para a realização do negócio. Cada empresa tem suas características específicas e, com certeza, seus processos de atendimento irão refletir essas diferenças. No entanto, existem alguns aspectos essenciais que, mesmo sendo tratados de maneiras diferentes, FISCAL DE LOJA 65 devem ser compreendidos e colocados em prática da forma mais adequada ao negócio. São eles: a compreensão das necessidades dos clientes, a comunicação durante o atendimento, a percepção, a empatia e o treinamento. Vamos agora detalhar cada um desses aspectos: A Compreensão das Necessidades dos Clientes. Compreender o cliente significa entender suas necessidades e as formas como ele se relaciona com o mundo. Para isso, as empresas devem obter informações preciosas de diversos tipos, como vontades, hábitos, possibilidades e, principalmente, expectativas do cliente em relação ao produto/serviço oferecido. Essas informações podem ser conseguidas de diversas maneiras: através de pesquisas formais, do contato diário, de literatura e também de informações disponíveis em entidades relacionadas ao setor, como associações, sindicatos etc., assim como na internet. Dessa maneira, conhecer o cliente é a base de tudo, pois é a partir desse conhecimento que a percepção de oportunidade se consolida e estratégias do negócio podem ser desenvolvidas. Ou seja, essas informações são tão importantes que influenciam a escolha de fornecedores, os tipos e as quantidades de produtos e serviços oferecidos, os canais de comunicação com o mercado, a formação do preço, as instalações da loja e muitos outros fatores. Portanto, esta deve ser uma atividade incessante da empresa, envolvendo todos os empregados, especialmente a equipe de vendas.Mas não basta somente obter informações, é preciso refletir sobre elas para tomar decisões conscientes e coerentes com os aspectos percebidos. FISCAL DE LOJA 66 A Comunicação no Atendimento a Clientes A comunicação é um processo inerente ao ser humano. É através dela que o indivíduo ou grupo interage com outros indivíduos ou grupos, recebendo suas impressões sobre o que foi comunicado. É algo como um professor perguntar para sua sala se a matéria que acabou de ensinar foi compreendida... Portanto, o processo de comunicação é composto de quatro elementos: emissor, receptor, mensagem e retorno, também conhecido como feed-back. Além disso, o processo de comunicação realiza-se por vários meios, principalmente através da fala, da escrita e da expressão corporal. Através desses meios os seres humanos interagem com o mundo. É importante perceber que os meios de comunicação influenciam uns aos outros. Assim, não basta simplesmente a comunicação verbal ocorrer, pois outros meios podem fazer com que a mensagem seja compreendida de forma diferente daquela que se deseja transmitir. Você pode fazer um teste simples: experimente dizer a palavra sim e ao mesmo tempo balançar a cabeça para a esquerda e para a direita. Se você estiver se comunicando como neste exercício, a pessoa receptora ficará em dúvida a respeito do que você está querendo transmitir. Ela não irá saber se a mensagem significa sim ou não. Dessa forma, para que o processo de comunicação ocorra de forma perfeita, é preciso completa integração entre os vários meios de comunicação. Uma equipe de vendas deve saber muito bem esses princípios, no sentido de adotar os melhores meios para cada situação e assim poder se comunicar bem com seus clientes. Outro fator importante é a maneira como o ser humano se apresenta ao mundo. FISCAL DE LOJA 67 Assim, uma impecável apresentação, traduzida pela utilização de uniformes, crachás, cabelos penteados e barba aparada para os homens e maquiagem para mulheres, também influencia o processo de comunicação. Portanto, comunicação é um assunto a ser tratado frequentemente com a equipe de vendas e também com todos os empregados, ressaltando sempre que um bom negócio começa com uma boa comunicação. A percepção e a empatia. Outros dois aspectos muito importantes na questão do atendimento ao cliente são a percepção e a empatia. De forma bastante simples podemos dizer que a percepção é a maneira como avaliamos uma pessoa, e a maneira adequada de tratar os clientes é deixar de lado às impressões pessoais e os preconceitos. Caso isso não ocorra, é provável que uma pessoa seja julgada pela maneira como está vestida e assim caracterizada pelo atendente que a julgou, que decide que ela não é cliente para os produtos da loja. Com certeza esse julgamento inicial irá influenciar na comunicação que será realizada, muitas vezes prejudicando um excelente negócio. Outro aspecto importante nessa questão da empatia é a capacidade de escutar. Escutar significa prestar atenção ao que o outro diz, e não simplesmente ouvir. Se um atendente de uma loja não escuta o que o cliente diz, como poderá então captar as informações necessárias ao atendimento de suas necessidades? Esse fator é fundamental, principalmente nos atendimentos feitos pelo telefone. O Treinamento Uma pessoa só se torna excelente profissional de vendas se conseguir combinar experiência e capacitação. Dessa maneira, é preciso debater a FISCAL DE LOJA 68 questão “atendimento” com muita frequência, pois muitas vezes, mesmo inconscientemente, nos acostumamos com procedimentos que não são os mais adequados para atender aos clientes. Falhas Não Podem Ocorrer! Pode até ser o décimo cliente do dia para um atendente, mas para o cliente é a primeira experiência na loja e ela tem que ser perfeita. Muitas vezes o cliente se volta para o fiscal de loja, para saber informações de determinados produtos e ou serviços. Portanto, é de suma importância que o mesmo faça um bom atendimento como se fosse o primeiro do dia e tenha conhecimento geral do estabelecimento e ou promoções para encaminhar o cliente ao setor responsável. Um bom atendimento ao cliente tem se tornado um verdadeiro diferencial competitivo. Quando um negócio aposta em
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