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Existencialismo: Kierkegaard, Heidegger e Sartre

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FILOSOFIA 
- Existencialismo 
Søren Kierkegaard: 
É conhecido na filosofia como o “pai do existencialismo”. Para ele a vida dos seres humanos está repleta de expectativas irrealizáveis que reduzem a sua existência. O filósofo dinamarquês abordou temas como a morte e a angústia rompendo com a posição tradicional de negatividade, demonstrando que elas são condições necessárias da vida humana e possibilitam o indivíduo tornar-se quem realmente é. Para o dinamarquês, a existência é unicamente verdadeira, mas não necessariamente lógica. Se não há lógica na existência, mas a existência é real, então a verdade também não pode ser objetiva. Assim, para ele, não encontramos a verdade como uma coisa “verificável”, destacada a nós de alguma forma, mas através de nosso modo único e peculiar de apreender as coisas pela paixão: a verdade é encontrada através da subjetividade. 
-Angústia: a vertigem da liberdade: 
A angústia, na visão de Kierkegaard, é o medo e frustração geral associados com o conflito entre as responsabilidades reais para consigo mesmo, seus princípios e valores, e também dos outros. Ele nos lembra que, quando tomamos decisões, temos liberdade absoluta de escolher. Percebemos que podemos escolher fazer algo ou não fazer nada, e que nossas mentes cambaleiam ante o pensamento de liberdade absoluta. Um sentimento de apreensão e angústia acompanha o nosso pensamento incontrolável: a angústia é a vertigem da liberdade. 
Os três modos de vida
Kierkegaard dizia que, no caminho da vida, há um sem-fim de direções, embora possam ser colocadas em três categorias de escolha: estética, ética e religiosa: O modo de vida estético, caracterizado pelo hedonismo romântico, belo e sofisticado, ao qual se contrapõe não apenas a dor, mas, sobretudo, ao tédio, visto aí como uma ameaça perpétua 
O modo de vida ético contrasta diretamente com a conduta estética. Nesse caso, o homem instaura-se nos terrenos do dever, da honra, das regras universais e de todas as exigências e tarefas de caráter burocrático
O modo de vida religioso é visto por Kierkegaard como o resultado inevitável do paradoxo entre o modo ético e estético. No modo de vida religioso o homem não está submetido à ética, pois é um indivíduo sujeitado a Deus.  
- Martin Heidegger 
é tronco comum de tendências filosóficas ligadas à fenomenologia e ao pós-estruturalismo. Antecipou modelos de desconstrução na medida em que formulou meios para crítica à metafísica. Heidegger indica-nos que a história da metafísica na tradição ocidental promoveu tendência niilista que culminou no reinado de tecnologia que anuncia o triunfo das ciências positivas. Deixamos de acreditar em tudo, em nome de uma crença que nunca entendemos. Crenças, não se explicam. Para Heidegger, a principal pergunta da filosofia deve ser sobre o Ser. No passado, os filósofos não indagavam sobre o ser e sim sobre o ente, uma coisa. Ou então, buscavam entender o ser humano a partir de relação com os objetos e com o meio que ele estava. Heidegger questiona sobre o homem, o único capaz de fazer-se essa pergunta. Assim quem é o homem? Quem é o ser? 
Dasein
Para o estudioso alemão o homem é um “Dasein”. O verbo, de origem alemã significa “sein” – ser e “da” – aí. Desta forma, o homem é um “ser aí” que é neste mundo. Esta é a grande diferença com os “Entes”, pois o ente “está” no mundo. Poder ser é a possibilidade de cada “dasein” de ser capaz de escolher em cada momento o que deseja ser, empregar seus esforços neste mundo. Por outro lado, os animais não podem escolher. Exemplo: um gato. Sempre vai estar em busca de comida e abrigo até o final dos seus dias. Já o "dasein" pode escolher, mas deve fazê-lo no mundo em que foram jogados. Note-se que o “dasein” não escolheu estar neste mundo e nem neste tempo. Por isso, o "dasein" deve transformar sua existência em projeto que só terminará com a morte.
Existência Autêntica
Ao entender esta proposição, o "dasein" poderá exercer uma existência autêntica. Por outro lado, aqueles que não compreendem ou não aceitam o fim da vida viverão uma existência autêntica e são chamados por Heidegger de “Dasman”. A existência inautêntica é aquela que renuncia à possibilidade de escolha, de pensamento, de ação e deixa que outro decida por si. Este se transforma na massa, perdendo a si mesmo na multidão.
Angústia
Como vamos encarar a vida, pois somos feitos para a morte? Segundo Heidegger, os entes não morrem, apenas cessam sua existência porque nunca tiveram escolha. Já os seres têm plena consciência da sua morte e por isso, suas possibilidades infinitas, se veem limitadas. Isto gera uma angústia no ser humano e será este sentimento que determinará sua atitude frente à vida. Heidegger propõe que aceitar nossa condição de seres finitos é primordial para levar uma existência autêntica. 
-Jean-Paul Sartre
Foi um filósofo, escritor e dramaturgo francês contemporâneo. Autor de dezenas de livros, a sua obra mais importante é o clássico da filosofia contemporânea O ser e o nada. Sartre foi fortemente influenciado pelo pensamento dos filósofos alemães contemporâneos Friedrich Nietzsche e Martin Heidegger, além da influência em sua obra da fenomenologia do filósofo e matemático alemão Edmund Husserl. Sartre é considerado um dos maiores pensadores da filosofia existencialista
 O pensamento existencialista começa nos momentos de crise. Não foi por acaso que o existencialismo surge na filosofia e nas artes com bastante força após a Primeira Guerra Mundial
O existencialismo tem a ver com esses questionamentos e essa busca pelo sentido da existência. Para Sartre, o ser humano vive angustiado por três motivos: porque ele percebe-se como um ser finito, porque ele percebe-se abandonado num mundo material e porque ele é incondicionalmente livre e, portanto, incondicionalmente responsável por seus atos. A vida com base nessa percepção não é fácil, mas o enfrentamento da questão e a percepção das possibilidades podem levar o ser humano a aprender a lidar com a angústia. O ser humano percebe-se como um ser finito, que vai morrer. A nossa consciência permite-nos entender isso. Ele também percebe que está abandonado no mundo material, sem Deus. A filosofia materialista de Sartre rejeitava a noção de Deus e de vida após a morte, o que implica finitude e abandono no mundo material, sem Deus e sem qualquer consolo de um paraíso ou de uma continuidade qualquer da vida em outro plano. Já a liberdade é o que substitui a essência do ser humano, visto que ele não tem uma essência pronta e definida que o componha. Portanto, o ser humano torna-se o que ele faz de si. Para explicar a sua noção de liberdade e de angústia, Sartre toma alguns conceitos da obra de Heidegger, dando-os um novo contorno e introduzindo-os em sua obra de outro modo. Esses conceitos são o “ser-em-si” e o “ser-para-si”. O ser-em-si é o que Heidegger chamou de Dasein (ser-aí). Trata-se da dimensão material que compõe o mundo, das coisas lançadas no mundo. Para Sartre, o ser-em-si é pronto, definido e tem uma essência. O corpo humano é um ser-em-si, mas isso não é um ser humano por completo. O ser-para-si é aquilo que somente o ser humano tem: consciência. Essa consciência não nasce pronta e definida, mas é construída por meio da vivência e do exercício da liberdade. O problema que a leva à angústia é que ela percebe a si mesma e percebe-se como desprovida de essência e responsável por si mesma. 
-Simone de Beauvoir
 foi escritora, filósofa, intelectual, ativista e professora. Integrante do movimento existencialista francês, Beauvoir foi considerada uma das maiores teóricas do feminismo moderno. Sem dúvida, sua grande contribuição foi no campo dos estudos sobre o feminismo e na luta da igualdade de gênero. 
Aliado a isso, Beauvoir foi adepta da teoria existencialista, onde a liberdade é a principal característica. Em sua obra “O segundo sexo” Simone aborda sobre o papel da mulher na sociedade e a opressão feminina num mundo dominado pelo homem. O livro foi considerado agressivo e incluído na lista de negra do Vaticano.No romance existencialista “Os Mandarins” Simone retrata a sociedade francesa no pós-guerra onde temas políticos, morais e intelectuais são discutidos pela autora. Com essa obra, Beauvoir recebeu o Prêmio Goncourt. De suas autobiografias merece destaque a obra “Memórias de uma moça bem-comportada” onde Simone apresenta relatos reais de sua vida com foco nos dogmas da igreja e nos comportamentos da sua família burguesa. Nessa obra, também podemos notar o feminismo de Beauvoir. 
Uma de suas ideias mais polêmicas está relacionada com o casamento e a maternidade. Para ela, o casamento é uma instituição problemática e falida da sociedade moderna.
E a maternidade, é uma espécie de escravidão, onde a mulher abdica de sua vida tendo a obrigação de casar, procriar e cuidar da casa. Sendo assim, para Simone a mulher deve ter autonomia.  
-Karl Theodor Jaspers
Karl Theodor Jaspers (foi um filósofo e psiquiatra alemão. O pensamento de Jaspers foi influenciado pelo seu conhecimento em psicopatologia e, em parte, pelo pensamento de Kierkegaard, Nietzsche e Max Weber. Sempre teve interesse em integrar a ciência ao pensamento filosófico na medida em que, para Jaspers, as ciências são por si sós insuficientes e necessitam do exame crítico que só pode ser dado pela filosofia. Esta, por sua vez, deve basear-se numa elucidação, a mais completa possível, da existência do homem real, e não da humanidade abstrata. O resultado das reflexões de Jaspers sobre o tema foi a primeira formulação de sua filosofia existencial. Autor do livro de dois volumes: "Psicopatologia Geral" , grande marco em sua carreira e na evolução da psicopatologia. 
O existencialismo (ou filosofia da existência) constitui, segundo Jaspers, o âmbito no qual se dá todo o saber e todo o descobrimento possível. Por isso a filosofia da existência vem a constituir-se numa metafísica. A existência, em qualquer de seus aspetos, é precisamente o contrário de um "objeto", pois pode ser definida como "o que é para si encaminhada". O problema central é como pensar a existência sem torná-la objeto.
A existência humana é entendida como intimamente vinculada à historicidade e à noção de situação: o existir é um transcender na liberdade, que abre o caminho em meio a um conjunto de situações históricas concretas.
Jaspers preocupou-se em estabelecer as relações entre existência e razão, o que levou-o a investigar em profundidade o conceito de verdade. Para ele, a verdade não é entendida como característica de nenhum enunciado particular: é antes uma espécie de ambiente que envolve todo o conhecimento.

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