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Planos de aulas (1)

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PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 1
Apresentação dos Procedimentos da disciplina de Prática Simulada III
Tema
Apresentação dos Procedimentos da disciplina de Prática Simulada III
Articulação  Teoria e Prática. 
Petições iniciais e recursos. 
Estruturas das peças. 
Abordagem geral dos requisitos para elaboração das peças processuais.
Palavras­chave
Articulação Teoria e Prática ­ Petição inicial ­ Recursos
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Compreender o Plano de Ensino da Disciplina e sua importância para os objetivos do curso. 
Conhecer:  as competências: conteúdos, habilidades e atitudes a ser desenvolvidas, em articulação com as disciplinas teóricas do curso; a metodologia de ensino
centrada na elaboração de peças processuais a partir de casos concretos e a bibliografia básica e complementar.
Articular a teoria e prática, alcançando conceitos adquiridos em Direito Penal/Processo Penal acerca de petição inicial e recursos, bem como seus requisitos legais
previstos em lei.
Estrutura de Conteúdo
Apresentação dos procedimentos de Prática Simulada III e sua metodologia. 
Apresentação do Plano de Ensino (procedimento de provas, ementa e bibliografia), calendário, frequência, etc.
Articulação Teoria e Prática. Estruturas das peças processuais.
Procuração 
Petição inicial
           Endereçamento
           Partes
           Fatos e Fundamentos
           Pedido
           Provas
 Valor da causa
Estratégias de Aprendizagem
A leitura prévia dos conteúdos, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente virtual  são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
Esta aula será de fundamental importância como uma apresentação à disciplina Prática simulada III e aos requisitos essenciais para elaboração de uma petição inicial e
um recurso dentro dos padrões da técnica jurídica.
Indicação de Leitura Específica
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo e Execução Penal. São Paulo: Revista dos Tribunais,2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
MODELO DE PROCURAÇÃO PARA QUEIXA­ CRIME
ART. 44 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
MODELO
PROCURAÇÃO
FULANA DE TAL, (NACIONALIDADE), (PROFISSÃO), (ESTADO CIVIL), portadora da Cédula de
Identidade (RG), inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob nº (CPF),
residente e domiciliada no endereço (ENDEREÇO), nomeia e constitui como seu procurador o advogado
(NOME DO ADVOGADO),   inscri to na Ordem dos Advogados do Brasi l  sob nº  (OAB),
(QUALIFICAÇÃO DO ADVOGADO), com escritório profissional no (ENDEREÇO PROFISSIONAL),
a quem concede, com fulcro do art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAIS PARA
INGRESSAR EM JUÍZO COM  QUEIXA CRIME contra  TÍCIO, (QUALIFICAÇÃO), porque, há
menos de seis meses, precisamente no dia (DATA DO FATO), por volta das 07:30 horas, na rua (LOCAL
DO FATO), na presença de terceiros, dirigiu­se à pessoa da outorgante, de seu cônjuge e de seus filhos
com palavras injuriosas e de baixo calão, chamando­a de vagabunda?, dizendo que ela não valia nada e
que ela não passa de uma prostituta, que a outorgante e seu esposo são uma família de gente vagabunda,
ladrões, mau pagadores, desonestos e que seu cônjuge é o corno frouxo e que seria o laranja da família
de vagabundos porque ele só servia para isso. Ainda no mesmo evento, ameaçou sua integridade física
caso ela não pagasse o dinheiro que devia a ele e ameaçou quebrar toda a casa da outorgante, além de
desferir 2 (dois) tapas em sua face, tendo assim praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL,
previsto no art. 140, §2º, c/c art. 141, todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente Ação
Penal Privada.
LOCAL E DATA
_____________________________
FULANA DE TAL
OBS: A procuração para queixa­crime exige a descrição dos fatos, é exigência INDISPENSÁVEL. Se o
advogado juntar uma procuração comum, e existindo a demora de 6 (seis) meses ocorrerá a decadência. 
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 2
Petição Inicial: Queixa­Crime
Tema
Petição Inicial: Queixa­Crime
Palavras­chave
Petição Inicial: Queixa­Crime
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de elaborar uma petição inicial, preenchendo os requisitos necessários,
identificando e esclarecendo: o sujeito ativo do crime; os autores e os meios empregados; resultado; o
lugar do crime; os motivos do crime; o modo a maneira pela qual foi praticado; o tempo do fato, dentro
de uma configuração formal que a peça deve ter, considerando a lógica da mesma.
Estrutura de Conteúdo
Inquérito Policial; Formas de cognição; notícia de crime direcionada a autoridade; requerimento do ofendido. Termo circunstanciado (art. 69 da Lei 9.099/95).
A petição inicial: 
Conceito, elementos e requisitos, aspectos formais da petição. 
A petição inicial nos procedimentos sumaríssimo, sumário e ordinário, nos dolosos contra a vida. 
A petição inicial na queixa­crime e a procuração, requisitos. 
Prazo para propositura da ação penal privada.
Estratégias de Aprendizagem
Buscar através dos sites: www.jusbrasil.com.br;  www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br;www.jurisway.org.br
julgados existentes sobre o tema da aula. 
Petição inicial: Queixa­crime.
O aluno deverá redigir uma queixa­crime (ação penal de iniciativa privada, exclusiva ou propriamente dita), com fundamento no Art. 41 do CPP ou no Art. 100, § 2º,
do CP, c/c o Art. 30 do CPP, dirigida ao Juizado Especial Criminal de Niterói.
Como petição inicial de uma ação penal, assim como o é a denúncia, deve conter os mesmos requisitos que esta (Art. 41, do CPP). Como principal diferença,
destaca­se que, enquanto a denúncia é subscrita por membro do Ministério Público, a queixa­crime será proposta pelo ofendido ou seu representante legal
(querelante), patrocinado por advogado, sendo exigida para esse ato processual capacidade postulatória, de tal sorte que, da procuração, devem constar poderes
especiais (Art. 44 do CPP).
Deverá formular os seguintes pedidos:
a) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos artigos 139 e 140 c/c o Art. 141, III, n/f com o Art. 70, todos do CP;
b) a citação da querelada;
c) a oitiva das testemunhas arroladas;
d) a condenação da querelada ao pagamento das custas e demais despesas processuais; e
e) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV, do CP.
Apresentar o rol de testemunhas (indicando as testemunhas Marcos, Miguel e Manuel) e datar a peça, observado o prazo decadencial de 6 meses para propositura da
queixa­crime (Art. 103 do CP, c/c o Art. 38 do CPP), independentemente da conclusão do inquérito policial, se conhecida a autoria e havendo prova da materialidade,
como no caso em comento.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. I ao IV. Rogério Greco. Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal. Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha.  Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado. Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361). Autor: Pedro Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo
Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal.  Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar.Editora: Juspodivm
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos Tribunais,2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes
sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e
colegas de trabalho. Além disso, também utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos
profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo.
No dia 19/04/2016, sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite
com parentes e amigospara festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado
do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede
social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos.
Helena, vizinha e ex­namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e está
adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu
computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na
rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro.
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex­namorado, publicou o seguinte comentário:
não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e
sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua
reputação acrescentou, ainda,  ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês
passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do
expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê­lo!
Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet,
recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil
pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel,
que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o
constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser
realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos
Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da
mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados
quatro meses da data dos fatos, Pedro procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima.
Você, na qualidade de advogado de Pedro, deve assisti­lo. Informa­se que a cidade de Niterói, no Estado
do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto
acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. Indique também o
último dia para oferecimento da peça cabível.
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 3. 
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 3
Resposta Preliminar Obrigatória
Tema
Resposta Preliminar Obrigatória
Palavras­chave
Resposta Preliminar Obrigatória
Objetivos
Deverá ser capaz de compreender as fases e os atos processuais, elaborando a peça cabível, demonstrando conhecimento do direito material e processual, para
solução do caso.
Estrutura de Conteúdo
Conhecer os atos processuais que compõem o procedimento e saber o prazo específico para apresentar a Resposta Preliminar Obrigatória . 
Impugnar os fatos descritos na inicial, através de provas já constituídas ou mesmo de elementos colhidos no Inquérito Policial que possam gerar o convencimento do
Juiz para absolver sumariamente.
         1.1  As causas motivadoras da absolvição sumária.
         1.2  A obrigatoriedade da apresentação da resposta.
         1.3  A apresentação das provas, diligências e rol de testemunhas.              
2  As exceções processuais .  
        2.1  Momento e forma de argüição
Estratégias de Aprendizagem
Como identificar : O problema dirá sempre que a denúncia foi recebida e que o acusado foi citado para defender­se dos fatos a ele imputados na exordial.
Trata­se de peça típica da defesa, na qual deverá o acusado argüir preliminares e alegar tudo mais que interesse à sua defesa ou lhe favoreça neste sentido, sendo­lhe
ainda possível oferecer documentos, justificações, especificar provas pretendidas (tais como produção de laudos e exibição de documentos que por quaisquer motivos
não possam ser juntados neste momento). É este o momento próprio para que sejam arroladas testemunhas até o máximo de oito. Caso não se proceda desta forma,
ocorrerá preclusão consumativa, ficando o acusado sem a possibilidade de fazê­lo em outro momento processual.
OBS: 1. Interessante citar que, caso o problema cite outras pessoas que conheçam os fatos ou circunstâncias a ele relacionadas (tais como um álibi, por exemplo),
deverá arrolar estas pessoas como testemunhas. Caso o problema não cite nomes específicos, o candidato deverá, sem inventar dados, demonstrar conhecimento
arrolando testemunhas sem qualificá­las. Basta colocar, por exemplo: Testemunha 01; Testemunha 02 e Testemunha 03? no espaço dedicado ao rol.
          2. Se o problema falar em citação editalícia, por se tratar de peça obrigatória, o prazo somente começará a fluir a partir do comparecimento do acusado ou de
seu defensor.
Interessante frisar que atualmente se trata de peça obrigatória. Isso porque antes da Lei nº. 11.719/08, a intitulada, Defesa Prévia, ou Defesa Preliminar era facultativa,
sendo apenas imprescindível que lhe fosse aberto o prazo para o oferecimento de tal peça.
Importante: Considerando o disposto no artigo 397 do Código de Processo Penal, vê­se que na resposta à acusação o pedido será de absolvição sumária, sendo
elencados pelo legislador os seguintes motivos para que o magistrado entenda neste sentido: 1­ a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 2 ­ a
existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 3 ­ fato narrado evidentemente não constituir crime; 4 ­ extinção da a
punibilidade do agente
Indicação de Leitura Específica
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo e Execução Penal. São Paulo: Revista dos Tribunais,2011.  
PRADO. Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro: parte geral. v. 1 a 4 . 6. ed. rev. São Paulo: RT, 2010.
Aplicação: articulação teoria e prática
Mateus , de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas
no art. 217­A, §1º, c/c art.234­A, III, todos do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19
anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes
termos: No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu­se à residência de Maísa,
ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando­se do
fato de estar a sós com Maísa, o denunciado constrangeu­a a manter com ele conjunção carnal, fato
que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que,
embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele
manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou­se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer
 resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto
que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a
folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado XXXX recebeu a
denúncia e determinou a citação do réu para se defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada
em 18/11/2016. Alessandro procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou­lhe
procuração ad juditia com a finalidade específica de ver­se defendido na ação penal em apreço.
Disse, então, a seu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a namorava havia algum
tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do
namoro e que todas as relaçõesque manteve com a vítima eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima
não quis dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim,
Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima e que a mesma poderia
comparecer para depor a seu favor em juízo.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) constituído(a) pelo
acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Indique, ainda, o
último dia para oferecimento da peça cabível .
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 4
Alegações Finais por Memoriais
Tema
Alegações Finais por Memoriais
Palavras­chave
Alegações Finais por Memoriais
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
· Identificar as etapas do procedimento comum (ordinário e sumário);
· Compreender o processo de elaboração das alegações finais da defesa, com vistas è prova produzida durante a instrução;
·  Redigir peça processual contendo alegações finais da defesa, na forma de memoriais;
·  Analisar o fato e suas circunstâncias para dele selecionar o que for importante para a construção da estratégia da defesa, bem como localizar o respaldo
doutrinário e jurisprudencial respectivo.
Estrutura de Conteúdo
1  Procedimento comum:
         1.1 Discutir as etapas do procedimento comum, trabalhando as diferenças entre ordinário, sumário e sumaríssimo, com vistas à atividade da defesa.
2 Orientar a elaboração das alegações finais da defesa, na forma de memorial:
          2.1 Narração de fatos e circunstâncias e a correspondente argumentação;
          2.2 subsidiariedade entre as teses defensivas;
          2.3 necessidade de buscar respaldo constitucional para as teses;
        2.4 contagem do prazo para apresentação da petição em juízo
Estratégias de Aprendizagem
Como identificar: o problema dirá que já ocorreu a audiência de instrução e julgamento, mas não fará qualquer menção à sentença. 
Redigir alegações finais na forma de memoriais, com fundamento no art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal, sendo a petição dirigida ao juiz da XX Vara Criminal
de Vitória, Estado do Espírito Santo.
Conforme narrado no texto da peça prático­profissional, o examinando deveria abordar em suas razões a necessidade de absolvição do réu .
O tipo penal descrito no artigo 217­ A do CP, estupro de vulnerável.
Por sua vez, deverá desenvolver teses no caso de condenação.
Prosseguindo em sua argumentação, o examinando deverá rebater as agravantes se houver bem como indicar atenuantes se presentes.
Por fim, por ser o réu primário, de bons antecedentes e por existir crime único e não concurso material de crimes, o examinando deveria requerer a fixação da pena­
base no mínimo legal, com a consequente fixação do regime semiaberto.
Ao final deverá  formular os pedidos.
Importante: peça todos os benefícios possíveis para o caso de uma eventual condenação, como a fixação de pena no mínimo legal ou a sua substituição, ainda que a
tese principal de defesa seja absolutória.
Por derradeiro, cabe destacar que o texto da peça prático­profissional foi expresso em exigir a apresentação dos memoriais no último dia do prazo.
Considerado o artigo 403,§ 3º, do CPP, o prazo será de 5 (cinco) dias.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal. Parte Geral, Vol. I ao IV. Rogério Greco, Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal. Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha, Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado. Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361). Pedro Franco de Campos;
Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal. Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar. Editora:
Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­
IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos
Tribunais,2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
Jorge, com 21 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Analisa, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate­papo informal e trocarem beijos,
decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Analisa, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Jorge.
Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais.
No dia seguinte, Jorge, ao acessar a página de Analisa na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo
Jorge ficado em choque com essa constatação.
O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Analisa, ao
descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato.
Por Analisa ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois crimes de
estupro de vulnerável, previsto no artigo 217­ A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime
fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea l, do CP.
O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, local de residência do réu.
Jorge, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade.
Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar
bares de adultos.
As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Ana para sair com as amigas.
As testemunhas de defesa, amigos de Jorge, disseram que o comportamento e a vestimenta da Analisa eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que
qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Jorge não estava embriagado quando conheceu Analisa.
O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Analisa, por ser muito bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou
que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma
espontânea e voluntária por ambos.
A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses
após o ato sexual.
O Ministério Público pugnou pela condenação de Jorge nos termos da denúncia.
A defesa de Jorge foi intimada no dia 24 de abril de 2014 (quinta­feira).
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a
possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 5
Alegações Finais (Memoriais) ­ Procedimento do Tribunal do Júri
Tema
Alegações Finais (Memoriais) ­ Procedimento Relativo aos Processos do Tribunal do Juri
Palavras­chave
Alegações Finais (Memoriais) ­ Procedimento Relativo aos Processos do Tribunal do Juri
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
· identificar as etapas do procedimento;
· compreender o processo de elaboração das alegações finais da defesa, com vistas a prova
produzida durante a instrução;
·  redigir peça processual contendo alegações finais da defesa, na forma de memoriais;
· analisar o fato e suas circunstâncias para dele selecionar o que for importante para a
construção da estratégia da defesa, bem como localizar o respaldo doutrinário e jurisprudencial
respectivo.Estrutura de Conteúdo
1  Orientar a elaboração das alegações finais da defesa, na forma de memorial:
         1.1  Narração de fatos e circunstâncias e a correspondente argumentação;
         1.2  Subsidiariedade entre as teses defensivas;
         1.3  Necessidade de buscar respaldo constitucional para as teses;
         1.4  Contagem do prazo para apresentação da petição em juízo.
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigos 411, § 9º c/c 403, §3º, ambos do CPP.
Conceito: é a peça cabível ao término da instrução probatória da primeira fase do Juri, em substituição aos debates orais, quando encerrada a audiência, as partes
manifestam­se oralmente, e, logo após, é proferida a decisão. No entanto, em hipóteses excepcionais, a manifestação pode ser feita por meio de memoriais (ou seja,
por escrito, em petição endereçada ao juiz que proferirá a sentença).
Como identificá­los: o problema dirá que já ocorreu a audiência de instrução e julgamento, mas não fará qualquer menção à sentença. 
Dica: no rito do júri, é o momento para pedir a absolvição sumária prevista no artigo 415 do CPP. Da sentença de absolvição sumária, cabe apelação para a
acusação, evidentemente.
Importante: peça todos os benefícios possíveis para o caso de uma eventual condenação, como a fixação de pena no mínimo legal ou a sua substituição, ainda que a
tese principal de defesa seja absolutória.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal  ­ Parte Geral , Vol. I ao IV ­Autor: Rogério Greco; Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal ­ Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha , Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado ­ Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361) ,  Autor: Pedro Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo
Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal ­ Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar. ­Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos Tribunais,2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
Tício, solidário a gravidez de sua amiga Maria, ofereceu carona a mesma após mais um dia de trabalho
na empresa em que trabalham juntos. Ocorre que Tício, de forma imprudente no caminho de volta,
imprime velocidade excessiva, sem observar o seu dever de cuidado, pois queria chegar a tempo de
assistir ao jogo de futebol do seu time do coração que seria transmitido naquela noite. Assim, Tício, ao
fazer uma curva fechada, perdeu o controle do veículo automotor que capotou. Os bombeiros que
prestaram socorro ao acidente encaminharam Maria para o Hospital mais próximo onde ficou constatado
que a mesma não havia sofrido qualquer lesão. Contudo, na mesma ocasião constatou­se que a gravidez
de Maria havia sido interrompida em razão da violência do acidente automobilístico, conforme
comprovou o laudo do Instituto Médico Legal, às fls. 14 dos autos.
Com base nessas informações, o Ministério Público da Comarca da Capital do Estado XXXXX ofereceu
denúncia em face de Tício e imputou ao mesmo a conduta descrita no delito de aborto provocado por
terceiro e, assim, incurso nas penas do art. 125 do CP.
O processo foi normalmente instruído, tendo sido realizadas todas a oitiva da vítima Maria, das
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa e, em seguida com o interrogatório do acusado Tício,
tudo na forma do art. 411 do CPP.
A defesa de Tício foi intimada no dia 9 de fevereiro de 2017 (quinta­feira). Registre­se que Tício
respondeu ao processo em liberdade.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto
acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas
Corpus, sustentando, as teses jurídicas pertinentes.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 6
Liberdade Provisória em Prisão em Flagrante
Tema
Liberdade Provisória em Prisão em Flagrante
Palavras­chave
Liberdade Provisória em Prisão em Flagrante
Objetivos
O aluno deverá adquirir o conhecimento necessário para patrocinar os interesses do acusado, analisando
os motivos da prisão e identificando quando e qual o instituto a ser utilizado para o restabelecimento da
liberdade. 
Para tanto, terá que compreender o instituto da prisão como exceção no processo, sua finalidade, seus
pressupostos e seus requisitos.
Observar ainda as alterações trazidas pela Lei 12.403/11 com relação às prisões, à liberdade provisória e
fiança.
Estrutura de Conteúdo
1 Aplicabilidade do Artigos 302; 304; 306; 310 e seu parágrafo único; 321 a 350, todos do CPP, com as
alterações conferidas pela Lei 12.403/11.
1.1  A diferença entre prisão legal e a ilegal  O Habeas corpus e o pedido de liberdade provisória como
instrumentos de restabelecimento da liberdade.
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: na Constituição, artigo 5º, LXVI. No CPP, artigo 310, parágrafo único, e 321/350.
Prazo: enquanto perdurar a prisão.
Conceito: peça cabível para libertar quem foi preso em flagrante de forma LEGAL.
Como identificá­la:  o cliente foi preso em flagrante. Mas, ao contrário da situação em que a peça
cabível é o relaxamento, a prisão ocorreu dentro da legalidade, sem qualquer vício (atendidos os
requisitos do artigo 302 do CPP e procedimentos legais exigidos, como, por exemplo, a entrega da nota
de culpa ao acusado).
Dica: com ou sem fiança? Basta fazer a leitura dos arts. 323/324 do CPP, onde há um rol de hipóteses
em que a fiança é cabível. Ademais, atenção ao artigo 350 do CPP, que trata sobre o acusado pobre.
Atenção:  se o problema falar em decisão que nega o pedido de relaxamento, a peça cabível será o
Habeas Corpus ao Tribunal.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal ­Parte Geral  Vol. I ao IV Autor: Rogério Greco. Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal ­Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha .Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado ­Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361)  Autor: Pedro Franco de
Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal ­Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De
Alencar.  Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­
IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos
Tribunais,2011. 
. 
Aplicação: articulação teoria e prática
Alberto e Benedito foram presos em flagrante por agentes policiais do 4º Distrito Policial da Capital, na
posse de um automóvel marca Fiat, Tipo Uno, que haviam acabado de furtar. O veículo quando da
subtração, encontrava­se estacionada regularmente em via pública da Capital. O Dr. Delegado de Polícia
que presidiu o Auto de Prisão em Flagrante capitulou os fatos como incursos no artigo 155, § 4º, IV, do
Código Penal. Motivo pelo qual não arbitrou fiança, determinando o recolhimento de ambos ao cárcere e
entregando­lhes nota de culpa. A cópia do Auto de Prisão em Flagrante foi remetida pelo juiz da 4ª Vara
Criminal da Capital, Alberto reside na Capital, é primário e trabalhador. Elaborar na qualidade de
defensor de Alberto a medida cabível.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 7
Relaxamento da Prisão
Tema
Relaxamento da Prisão
Palavras­chave
Relaxamento da Prisão
Objetivos
Trata­se de instrumento de maior utilização no processo penal, pois visa garantir direito de liberdade de locomoção, já cerceada ou com a possibilidade de ser tolhida.
O aluno deverá ser capaz de identificar a violação, compreendendo o instituto, redigir a inicial e dirigi­la ao órgão competente, restabelecendo o direito do paciente.
Deverá conhecer todos os sujeitos que atuarão na ação
Estrutura de Conteúdo
1 Aplicabilidade do Artigos 302; 304; 306; 310 e seu parágrafoúnico; 321 a 350, todos do CPP, com as alterações conferidas pela Lei 12.403/11.
1.1  A diferença entre prisão legal e a ilegal .
1.2 O Habeas corpus e o pedido de liberdade provisória como instrumentos de restabelecimento da liberdade.
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigo 5º, LXV, CF.
Conceito: peça cabível para libertar quem foi preso em flagrante de forma ilegal.
Prazo: enquanto perdurar a prisão ilegal.
Como identificá­lo: o seu cliente foi preso em flagrante. Entretanto, o problema não dirá expressamente que a prisão foi ilegal, pois a análise deverá ser feita pelo
examinando. A prisão em flagrante está prevista nos artigos 301/310 do Código de Processo Penal, onde há o procedimento a ser adotado pela autoridade policial no
momento da prisão. Não atendidos os ditames legais, a prisão será ilegal. No entanto, a ilegalidade pode ser decorrente da
inobservância de outros dispositivos do CPP, e não apenas dos artigos que tratam especificamente do flagrante. O interessante é que o examinando pesquise hipóteses
de ilegalidade durante a sua preparação, pois não há como elaborar um rol taxativo.
Dica: o exemplo mais comum de prisão em flagrante ilegal é aquela ocorrida em seguida da apresentação espontânea. Imagine a seguinte situação: A mata B. No dia
seguinte, A se apresenta espontaneamente ao delegado, que o prende em flagrante. Na hipótese, a prisão será ilegal, pois não há o que se falar em flagrância quando o
suspeito, por vontade própria,  se entrega à autoridade policial. Contudo, não confunda: se, durante uma perseguição, logo após o delito, o suspeito desiste de fugir e
se entrega, não teremos a situação de apresentação espontânea (veja o artigo 302 do CPP).
Importante: não se esqueça de pedir a expedição do alvará de soltura.
Atenção: se o problema falar em decisão que nega o pedido de relaxamento, a peça cabível será o Habeas Corpus ao Tribunal.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal. Parte Geral, Vol. I ao IV. Rogério Greco; Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal.(volume único): Rogério Sanches Cunha, Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado.  Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361). Autor: Pedro Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo
Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal. Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar. Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos Tribunais,2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
No dia 15/11/2016, por volta das 22 horas, Matias conduzia veículo automotor, marca Volkswagen, modelo Gol, placa XYX0611, pela Av. Brasil, na Comarca da
Capital, na altura do nº YY, quando foi abordado por uma guarnição da Policia Militar, sendo certo que os policiais constataram que o Matias dirigia veículo produto
de crime. Desta maneira, Matias foi preso em flagrante delito pelos PM´s como incurso nas penas do art. 180, do CP.
Já em sede policial, a Sra. Miranda , proprietária do veículo, reconheceu, em conformidade com o art. 226 do CPP, Matias como autor do crime de roubo ocorrido 2
dias antes, ou seja, em 13/11/2016.
Observado o procedimento de lavratura do Auto de Prisão em Flagrante, Matias agora encontra­se preso, como autor do delito previsto no art. 180 do CP. Você,
advogado criminalista é procurado pela família de Matias para tomar as medidas cabíveis nesse caso.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 8
Habeas Corpus Liberatório
Tema
Habeas Corpus Liberatório
Palavras­chave
Habeas Corpus Liberatório
Objetivos
Trata­se de instrumento de maior utilização no processo penal, pois visa garantir direito de liberdade de locomoção, já cerceada ou com a possibilidade de ser tolhida.
O aluno deverá ser capaz de identificar a violação, compreendendo o instituto, redigir a inicial e dirigi­la ao órgão competente, restabelecendo o direito do paciente.
Deverá conhecer todos os sujeitos que atuarão na ação
Estrutura de Conteúdo
1.  Natureza jurídica do instituto, condições da ação, competência para julgamento.
         1.1  Autoridade coatora;
         1.2  Impetrante e paciente.
2.  Espécies de habeas corpus
         2.1  Liberatório
         2.2  Preventivo
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigos 5º, LXVIII, CF e 647 (e seguintes) do CPP.
Conceito: é o remédio constitucional adequado quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer restrição em sua liberdade de locomoção (ir, vir e permanecer)
por ato ilegal. Por isso, o seu cabimento ocorre tanto nas hipóteses em que o paciente já se encontra preso como naquelas em que a prisão é iminente. Em relação ao
assunto, é importante observar a nomenclatura dada pela doutrina: se o direito já foi violado, o HC é considerado liberatório. No entanto, se for o caso de ameaça de
restrição, o HC é intitulado preventivo. É importante ter em mente os dois conceitos, pois influenciam no pedido. 
Prazo: enquanto perdurar o risco ou violação ao direito à liberdade de locomoção.
Como identificá­lo: por ser cabível sempre que houver risco ou efetiva lesão à liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder, é impossível elaborar um
rol exaustivo de hipóteses em que o remédio constitucional é aplicável. 
Cabimento: o artigo 5º, LXVIII, da CF afirma que conceder­se­á habeas­corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
Dica: cabe recurso em sentido estrito contra a decisão de juiz de primeira instância que nega a ordem de habeas corpus (artigo 581, X, do CPP). Todavia, se a ordem
for negada por um Tribunal, o recurso cabível será o ROC  Recurso Ordinário Constitucional ­, que deve ser remetido à instância superior (ex.: se o TJ nega o HC,
cabe ROC para o STJ).
Importante: a maior dificuldade do HC é em relação ao pedido a ser feito. Nas hipóteses de HC preventivo, o pedido será sempre a expedição de salvo­conduto em
favor do paciente (artigo 660, § 4º, do CPP). Vale lembrar que o HC preventivo é cabível quando ainda não houve violação ao direito . Caso contrário, o HC será
liberatório, e abordará as seguintes teses e pedidos:  a) se for o caso de falta de justa causa (artigo 648, I), o pedido será o de trancamento do inquérito policial ou da
ação penal. Se já houver sentença, deverá ser pedida a sua cassação. b) Sendo a hipótese de nulidade (648, VI), o pedido será o de anulação do processo desde o
ato viciado. c) No caso do artigo 648, VII, o pedido será sempre a decretação da extinção da punibilidade. d) Quando negado o arbitramento de fiança em
contrariedade à legislação (artigos 323 e 324 do CPP), o pedido será o de concessão de liberdade provisória com arbitramento de fiança. e) No excesso de prisão
(artigo 648, II), deverá ser pedido o relaxamento, no caso da prisão em flagrante, ou revogação da prisão cautelar, nas hipóteses de preventiva ou temporária. f) Se a
prisão foi decretada por autoridade incompetente, deverá ser pedida a revogação da determinação. g) Por fim, quando extinto o motivo da prisão (artigo 648, IV),
deverá ser requerida a expedição de alvará de soltura. 
Em relação ao alvará, importante frisar que, estando o paciente preso, a sua expedição deverá ser sempre requerida, ainda que a tese principal do HC seja outra (falta
de justa causa, nulidade etc). Caso a prisão ainda não tenha ocorrido, mas já exista um mandado para tal fim, o pedido será o de expedição de contramandado de
prisão. Por derradeiro, importante destacar que o pedido liminar é possível nas situações em que a demora para o julgamento do HC poderá, em tese, causar prejuízo
ainda maior àquele que está sofrendo a violação à liberdade de locomoção.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal  Parte Geral  Vol. I ao IV Autor: Rogério Greco;Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal  Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado  Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361)  Autor: Pedro Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo
Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal  Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar.  Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2011
Aplicação: articulação teoria e prática
Michael da Silva foi preso em flagrante no dia 10 de julho de 2016 pela prática do crime previsto no art. 16, § único, IV da Lei 10.826/03 e art. 28 da lei 11.343/06.
No auto de prisão em flagrante constavam os depoimentos dos policiais que efetuaram a prisão.
Michael fora preso em razão de uma  notitia criminis realizada por sua mulher Angelina da Silva afirmando que o mesmo possuía armas dentro de casa com
numeração raspada e isso a assustava.
Diante da informação e com o consentimento de Angelina, os policiais se dirigiram a casa onde o casal residia e após uma intensa busca no imóvel, encontraram três
revólveres calibre 38 com a numeração raspada, em um armário dentro do quarto. Em outro armário, os policiais encontraram 50 munições. Em seguida, encontraram
um papelote contendo 0,9 decigramas de cocaína.
Perguntado sobre a posse do material encontrado, Michael afirmou que adquirira as armas em Angra dos Reis de um amigo, e quanto à droga, disse que era para seu
uso pessoal.
O auto de prisão em flagrante foi devidamente lavrado e distribuído ao juízo da 22ª Vara Criminal da Capital, onde foi requerida a sua liberdade provisória, que foi
negada pelo juiz ao argumento de que se tratava de crime grave, haja vista o preso possuir 03 revólveres com numeração raspada em sua residência e em razão do
depoimento da sua esposa que afirmou ser ele um homem agressivo.
Não há anotações na folha de antecedentes de Michael da Silva.
O advogado abaixo é contratado pela família de Michael para patrocinar seus interesses, redija a peça cabível objetivando a sua liberdade
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 9
Habeas Corpus
Tema
Habeas Corpus
Palavras­chave
Habeas Corpus
Objetivos
Trata­se de instrumento de maior utilização no processo penal, pois visa garantir direito de liberdade de locomoção, já cerceada ou com a possibilidade de ser tolhida.
O aluno deverá ser capaz de identificar a violação, compreendendo o instituto, redigir a inicial e dirigi­la ao órgão competente, restabelecendo o direito do paciente.
Estrutura de Conteúdo
1. Natureza jurídica do instituto, condições da ação, competência para julgamento.
         1.1 Autoridade coatora;
         1.2  Impetrante e paciente.
2  Espécies de habeas corpus
         2.1  Liberatório
         2.2  Preventivo
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigos 5º, LXVIII, CF e 647 (e seguintes) do CPP.
Conceito: é o remédio constitucional adequado quando alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer restrição em sua liberdade de locomoção (ir, vir e permanecer)
por ato ilegal. Por isso, o seu cabimento ocorre tanto nas hipóteses em que o paciente já se encontra preso como naquelas em que a prisão é iminente. Em relação ao
assunto, é importante observar a nomenclatura dada pela doutrina: se o direito já foi violado, o HC é considerado liberatório. No entanto, se for o caso de ameaça de
restrição, o HC é intitulado preventivo. É importante ter em mente os dois conceitos, pois influenciam no pedido. 
Prazo: enquanto perdurar o risco ou violação ao direito à liberdade de locomoção.
Como identificá­lo: por ser cabível sempre que houver risco ou efetiva lesão à liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder, é impossível elaborar um
rol exaustivo de hipóteses em que o remédio constitucional é aplicável. 
Cabimento: o artigo 5º, LXVIII, da CF afirma que conceder­se­á habeas­corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em
sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder
Dica: cabe recurso em sentido estrito contra a decisão de juiz de primeira instância que nega a ordem de habeas corpus (artigo 581, X, do CPP). Todavia, se a ordem
for negada por um Tribunal, o recurso cabível será o ROC Recurso Ordinário Constitucional ­, que deve ser remetido à instância superior (ex.: se o TJ nega o HC,
cabe ROC para o STJ).
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal .Parte Geral Vol. I ao IV . Autor: Rogério Greco; Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal .Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha . Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado .Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361) .Autor: Pedro Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo
Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal .Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar. .Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos Tribunais.2011
Aplicação: articulação teoria e prática
O Delegado do Distrito Policial da Capital determinou, aos seus agentes, a prisão de todas as garotas de programa que atuam na região, pois pretende restabelecer os
bons costumes na cidade, como afirmou em entrevista à rádio local. Algumas horas após a ordem, os agentes de polícia realizaram as primeiras prisões. Sarajane, que
atua como acompanhante na localidade, passou a temer ser presa no horário em que realiza os seus encontros, razão pela qual deixou de fazê­los. Como advogado de
Sarajane , elabore a peça cabível para resguardar o seu direito de locomoção
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 10
Recurso em Sentido Estrito
Tema
Recurso em Sentido Estrito
Palavras­chave
Recurso em Sentido Estrito
Objetivos
Visa recordar alguns pontos específicos do tema. 
Neste momento, para que o aluno possa redigir a impugnação é necessário o fortalecimento dos princípios e da teoria dos recursos. 
A forma de interposição através da petição de interposição e a petição das razões, o direcionamento para o órgão competente para julgamento, os prazos, são
elementos que devem ser dominados pelo aluno.
Por fim, deverá identificar a decisão a ser atacada e conhecer o instrumento cabível para impugná­la.
Estrutura de Conteúdo
1. Recursos no processo penal
         1.1  Pressupostos  objetivos e subjetivos (interesse e legitimidade)
         1.2­ Efeitos, prazos, forma, terminologia adequada, competência para julgamento, o juízo de admissibilidade;
2  Recurso em sentido estrito ­ Aplicação do RSE.  
         2.1  Princípios da fungibilidade.
         2.2­ Efeito de retratação ou reforma.
         2.3­ Interposição e razões.
         2.4­ Prazo e sucumbência
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigo 581 do CPP (também previsto nos artigos 294, parágrafo único, do CTB, 516, do CPPM, e 2º, III, do decreto­lei 201/76).
Conceito: recurso utilizado para impugnar decisões interlocutórias e terminativas de mérito previstas expressamente no artigo 581 do CPP.
Prazo: 05 (cinco) dias para interposição (salvo na hipótese do artigo 581, XVI, CPP); 02 (dois) dias para razões.
Como identificá­lo: o problema dirá que o acusado foi intimado de uma decisão. Para saber se o rese é a peça cabível, basta comparar o caso com as hipóteses do
artigo 581 do CPP.
Dica: não se esqueça de pedir, no momento da interposição, a retratação do juiz que proferiu a decisão recorrida.
Apelação x ReSE: não há como confundir as peças. Se o problema falar em sentença, analise minuciosamente o artigo 581 do CPP. Se a situação não estiver
prevista dentre as hipóteses do dispositivo,será o caso de apelação, que funciona de forma residual, ou seja, aplicável onde o rese não é cabível.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal, Parte Geral, Vol. I ao IV. Rogério Greco; Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal. Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha. Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado .Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361). Autor: Pedro Franco de
Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal ? Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar.
Editora: Juspodivm Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de
Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos Tribunais.
2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
Jerusa, atrasada para importante compromisso profissional, dirige seu carro bastante preocupada, mas respeitando os limites de velocidade. Em uma via de mão dupla,
Jerusa decide ultrapassar o carro à sua frente, o qual estava abaixo da velocidade permitida. Para realizar a referida manobra, entretanto, Jerusa não liga a respectiva
seta luminosa sinalizadora do veículo e, no momento da ultrapassagem, vem a atingir Diogo, motociclista que, em alta velocidade, conduzia sua moto no sentido oposto
da via. Não obstante a presteza no socorro que veio após o chamado da própria Jerusa e das demais testemunhas, Diogo falece em razão dos ferimentos sofridos pela
colisão.
 Instaurado o respectivo inquérito policial, após o curso das investigações, o Ministério Público decide oferecer denúncia contra Jerusa, imputando­lhe a prática do
delito de homicídio doloso simples, na modalidade dolo eventual (Art. 121 c/c Art. 18, I parte final, ambos do CP).
 Argumentou, o ilustre membro do  Parquet, a imprevisão de Jerusa acerca do resultado que poderia causar ao não ligar a seta do veículo para realizar a
ultrapassagem, além de não atentar para o trânsito em sentido contrário. A denúncia foi recebida pelo juiz competente e todos os atos processuais exigidos em lei foram
regularmente praticados. Finda a instrução probatória, o juiz competente, em decisão devidamente fundamentada, decidiu pronunciar Jerusa pelo crime apontado na
inicial acusatória. O advogado(a) de Jerusa, é intimado da referida decisão em 02 de agosto de 2016 (sexta­feira).
 Atento ao caso apresentado e tendo como base apenas os elementos fornecidos, elabore o recurso cabível e date­o com o último dia do prazo para a interposição.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 11
Apelação ­ Procedimento Comum Ordinário
Tema
Apelação ­ Procedimento Comum Ordinário
Palavras­chave
Apelação ­ Procedimento Comum Ordinário
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Identificar no caso concreto o direito do recorrente e a forma de garanti­lo através da impugnação
da sentença;
Compreender que para cada decisão judicial interlocutória ou de mérito, haverá um meio de
impugnação próprio.
Redigir a peça processual de interposição e suas razões, direcionando ao órgão julgador competente..
Estrutura de Conteúdo
1.Recurso de apelação.
1.1 Dispositivos art. 593 do CPP e art. 82 da lei 9.099/95. 
1.2 Conceito.
1.3.Pressupostos, requisitos, prazos
Estratégias de Aprendizagem
Fundamento: artigos 593 do CPP e 82 da Lei 9.099/95 (JECRIM).
Conceito: com base no artigo 593 do CPP, podemos dizer que é o recurso cabível contra as seguintes decisões: a) definitivas de absolvição ou condenação,
proferidas por juiz singular (de primeira instância); b) do Tribunal do Júri[1], nas hipóteses previstas no artigo 593, III, do CPP; c) definitivas, quando não for o caso de
rese (portanto, residual) [2]; d) com força de definitivas ou interlocutórias mistas, salvo na hipótese de ?rese?.
[1] Decisões em plenário, por Conselho de Sentença (jurados).
[2] Para não confundir as hipóteses de rese com as de apelação, entenda: o recurso em sentido estrito é cabível somente naquelas situações elencadas no artigo 581 do
CPP (exceção: há um rese no CTB). Caso o problema não se encaixe em nenhum dos incisos, a peça cabível será a apelação, que funciona de forma residual.
Prazo: para a interposição, 05 (cinco) dias; para as razões, 08 (oito)  salvo nos processos de contravenção, em que o prazo será de 03 (três) dias. As razões podem
ser oferecidas diretamente ao Tribunal (artigo 600, § 4º, CPP). Se o processo for de competência do JECRIM, o prazo será de 10 (dez) dias (artigo 82, § 1º, da Lei
9.099/95).
Como identificá­la: o problema certamente dirá que o acusado foi intimado da sentença condenatória.
Dica: se a peça for a apelação, haverá, sem dúvida alguma, teses preliminares a serem alegadas (nulidades, por exemplo).
Atenção: ao contrário da sentença de pronúncia, em que a peça cabível é o rese (artigo 581, IV, CPP), contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária a
peça adequada é a apelação (artigo 416 do CPP).
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal  Parte Geral  Vol. I ao IV  Autor: Rogério Greco; Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal  Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha  Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado  Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361)  Autor: Pedro Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo
Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal  Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar. ? Editora: Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos Tribunais. 2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
BRAD NORONHA foi denunciado e processado, na 1ª Vara Criminal da Comarca do Município X, pela prática de roubo qualificado em decorrência do emprego de
arma de fogo. Ainda durante a fase do inquérito policial, BRAD NORONHA foi reconhecido pela vítima.  Tal reconhecimento se deu quando a referida vítima olhou
através de pequeno orifício da porta de uma sala onde se encontrava apenas o réu.  Já em sede de instrução criminal, nem vítima, nem testemunhas, afirmaram ter
escutado qualquer disparo de arma de fogo, mas foram uníssonas no sentido de assegurar  que o assaltante portava uma.  Não houve perícia, pois os policiais que
prenderam o réu em flagrante  não lograram êxito  em apreender a arma.  Tais policiais afirmaram em juízo que, após escutarem gritos de ?pega ladrão!?, viram o réu
correndo  e foram ao seu encalço.  Afirmaram que, durante a perseguição, os passantes apontavam para o réu,  bem como este jogou um objeto no córrego que
passava próxima ao local dos fatos, que acreditavam ser a arma de fogo utilizada.  O réu, em seu interrogatório, exerceu o direito  ao silêncio. Ao cabo da instrução
criminal, BRAD NORONHA foi condenado a dez anos e seis meses de reclusão, por roubo com emprego de arma de fogo, tendo sido fixado o regime inicial fechado
para cumprimento da pena. O magistrado, para fins de condenação  e fixação da pena,  levou em conta os depoimentos  testemunhais colhidos em juízo e o
reconhecimento da vítima em sede policial, bem como o fato  de o réu ser reincidente e portador de maus antecedentes, circunstâncias provadas  no curso do
processo.
Você, na condição de advogado de BRAD NORONHA, é intimado da decisão no dia 20 de maço de 2017. Com base somente nas informações de que dispõe e nas
que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija  a peça cabível, apresentando as razões, e sustentando as teses jurídicas pertinentes, indicando o último dia
para o oferecimento da peça cabível.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 12
Apelação ­ Procedimento do Tribunal do Júri
Tema
Apelação 
Palavras­chave
Apelação ­ Procedimento do Tribunal do Júri
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Identificar nocaso concreto o direito do recorrente e a forma de garanti­lo através da impugnação
da sentença;
Compreender que para cada decisão judicial interlocutória ou de mérito, haverá um meio de
impugnação próprio.
Redigir a peça processual de interposição e suas razões, direcionando ao órgão julgador competente.
Estrutura de Conteúdo
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 1
Apresentação dos Procedimentos da disciplina de Prática Simulada III
Tema
Apresentação dos Procedimentos da disciplina de Prática Simulada III
Articulação  Teoria e Prática. 
Petições iniciais e recursos. 
Estruturas das peças. 
Abordagem geral dos requisitos para elaboração das peças processuais.
Palavras­chave
Articulação Teoria e Prática ­ Petição inicial ­ Recursos
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
Compreender o Plano de Ensino da Disciplina e sua importância para os objetivos do curso. 
Conhecer:  as competências: conteúdos, habilidades e atitudes a ser desenvolvidas, em articulação com as disciplinas teóricas do curso; a metodologia de ensino
centrada na elaboração de peças processuais a partir de casos concretos e a bibliografia básica e complementar.
Articular a teoria e prática, alcançando conceitos adquiridos em Direito Penal/Processo Penal acerca de petição inicial e recursos, bem como seus requisitos legais
previstos em lei.
Estrutura de Conteúdo
Apresentação dos procedimentos de Prática Simulada III e sua metodologia. 
Apresentação do Plano de Ensino (procedimento de provas, ementa e bibliografia), calendário, frequência, etc.
Articulação Teoria e Prática. Estruturas das peças processuais.
Procuração 
Petição inicial
           Endereçamento
           Partes
           Fatos e Fundamentos
           Pedido
           Provas
 Valor da causa
Estratégias de Aprendizagem
A leitura prévia dos conteúdos, bem como a navegação em todos os recursos disponíveis no ambiente virtual  são essenciais para o seu processo de aprendizagem.
Esta aula será de fundamental importância como uma apresentação à disciplina Prática simulada III e aos requisitos essenciais para elaboração de uma petição inicial e
um recurso dentro dos padrões da técnica jurídica.
Indicação de Leitura Específica
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo e Execução Penal. São Paulo: Revista dos Tribunais,2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
MODELO DE PROCURAÇÃO PARA QUEIXA­ CRIME
ART. 44 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
MODELO
PROCURAÇÃO
FULANA DE TAL, (NACIONALIDADE), (PROFISSÃO), (ESTADO CIVIL), portadora da Cédula de
Identidade (RG), inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob nº (CPF),
residente e domiciliada no endereço (ENDEREÇO), nomeia e constitui como seu procurador o advogado
(NOME DO ADVOGADO),   inscri to na Ordem dos Advogados do Brasi l  sob nº  (OAB),
(QUALIFICAÇÃO DO ADVOGADO), com escritório profissional no (ENDEREÇO PROFISSIONAL),
a quem concede, com fulcro do art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAIS PARA
INGRESSAR EM JUÍZO COM  QUEIXA CRIME contra  TÍCIO, (QUALIFICAÇÃO), porque, há
menos de seis meses, precisamente no dia (DATA DO FATO), por volta das 07:30 horas, na rua (LOCAL
DO FATO), na presença de terceiros, dirigiu­se à pessoa da outorgante, de seu cônjuge e de seus filhos
com palavras injuriosas e de baixo calão, chamando­a de vagabunda?, dizendo que ela não valia nada e
que ela não passa de uma prostituta, que a outorgante e seu esposo são uma família de gente vagabunda,
ladrões, mau pagadores, desonestos e que seu cônjuge é o corno frouxo e que seria o laranja da família
de vagabundos porque ele só servia para isso. Ainda no mesmo evento, ameaçou sua integridade física
caso ela não pagasse o dinheiro que devia a ele e ameaçou quebrar toda a casa da outorgante, além de
desferir 2 (dois) tapas em sua face, tendo assim praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL,
previsto no art. 140, §2º, c/c art. 141, todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente Ação
Penal Privada.
LOCAL E DATA
_____________________________
FULANA DE TAL
OBS: A procuração para queixa­crime exige a descrição dos fatos, é exigência INDISPENSÁVEL. Se o
advogado juntar uma procuração comum, e existindo a demora de 6 (seis) meses ocorrerá a decadência. 
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 2
Petição Inicial: Queixa­Crime
Tema
Petição Inicial: Queixa­Crime
Palavras­chave
Petição Inicial: Queixa­Crime
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de elaborar uma petição inicial, preenchendo os requisitos necessários,
identificando e esclarecendo: o sujeito ativo do crime; os autores e os meios empregados; resultado; o
lugar do crime; os motivos do crime; o modo a maneira pela qual foi praticado; o tempo do fato, dentro
de uma configuração formal que a peça deve ter, considerando a lógica da mesma.
Estrutura de Conteúdo
Inquérito Policial; Formas de cognição; notícia de crime direcionada a autoridade; requerimento do ofendido. Termo circunstanciado (art. 69 da Lei 9.099/95).
A petição inicial: 
Conceito, elementos e requisitos, aspectos formais da petição. 
A petição inicial nos procedimentos sumaríssimo, sumário e ordinário, nos dolosos contra a vida. 
A petição inicial na queixa­crime e a procuração, requisitos. 
Prazo para propositura da ação penal privada.
Estratégias de Aprendizagem
Buscar através dos sites: www.jusbrasil.com.br;  www.stf.jus.br; www.stj.jus.br; www.conjur.com.br;www.jurisway.org.br
julgados existentes sobre o tema da aula. 
Petição inicial: Queixa­crime.
O aluno deverá redigir uma queixa­crime (ação penal de iniciativa privada, exclusiva ou propriamente dita), com fundamento no Art. 41 do CPP ou no Art. 100, § 2º,
do CP, c/c o Art. 30 do CPP, dirigida ao Juizado Especial Criminal de Niterói.
Como petição inicial de uma ação penal, assim como o é a denúncia, deve conter os mesmos requisitos que esta (Art. 41, do CPP). Como principal diferença,
destaca­se que, enquanto a denúncia é subscrita por membro do Ministério Público, a queixa­crime será proposta pelo ofendido ou seu representante legal
(querelante), patrocinado por advogado, sendo exigida para esse ato processual capacidade postulatória, de tal sorte que, da procuração, devem constar poderes
especiais (Art. 44 do CPP).
Deverá formular os seguintes pedidos:
a) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos artigos 139 e 140 c/c o Art. 141, III, n/f com o Art. 70, todos do CP;
b) a citação da querelada;
c) a oitiva das testemunhas arroladas;
d) a condenação da querelada ao pagamento das custas e demais despesas processuais; e
e) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV, do CP.
Apresentar o rol de testemunhas (indicando as testemunhas Marcos, Miguel e Manuel) e datar a peça, observado o prazo decadencial de 6 meses para propositura da
queixa­crime (Art. 103 do CP, c/c o Art. 38 do CPP), independentemente da conclusão do inquérito policial, se conhecida a autoria e havendo prova da materialidade,
como no caso em comento.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal. Parte Geral. Vol. I ao IV. Rogério Greco. Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal. Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha.  Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado. Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361). Autor: Pedro Franco de Campos; Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo
Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal.  Autor: Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar.Editora: Juspodivm
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos Tribunais,2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes
sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contatocom seus amigos, parentes e
colegas de trabalho. Além disso, também utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos
profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo.
No dia 19/04/2016, sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite
com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado
do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede
social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos.
Helena, vizinha e ex­namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e está
adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu
computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na
rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro.
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex­namorado, publicou o seguinte comentário:
não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e
sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua
reputação acrescentou, ainda,  ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês
passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do
expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê­lo!
Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet,
recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil
pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel,
que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o
constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser
realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos
Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da
mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados
quatro meses da data dos fatos, Pedro procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima.
Você, na qualidade de advogado de Pedro, deve assisti­lo. Informa­se que a cidade de Niterói, no Estado
do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto
acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. Indique também o
último dia para oferecimento da peça cabível.
Considerações Adicionais
Como preparação para a próxima aula, os estudantes deverão:
fazer a leitura e esboço do caso concreto do Plano de Aula 3. 
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 3
Resposta Preliminar Obrigatória
Tema
Resposta Preliminar Obrigatória
Palavras­chave
Resposta Preliminar Obrigatória
Objetivos
Deverá ser capaz de compreender as fases e os atos processuais, elaborando a peça cabível, demonstrando conhecimento do direito material e processual, para
solução do caso.
Estrutura de Conteúdo
Conhecer os atos processuais que compõem o procedimento e saber o prazo específico para apresentar a Resposta Preliminar Obrigatória . 
Impugnar os fatos descritos na inicial, através de provas já constituídas ou mesmo de elementos colhidos no Inquérito Policial que possam gerar o convencimento do
Juiz para absolver sumariamente.
         1.1  As causas motivadoras da absolvição sumária.
         1.2  A obrigatoriedade da apresentação da resposta.
         1.3  A apresentação das provas, diligências e rol de testemunhas.              
2  As exceções processuais .  
        2.1  Momento e forma de argüição
Estratégias de Aprendizagem
Como identificar : O problema dirá sempre que a denúncia foi recebida e que o acusado foi citado para defender­se dos fatos a ele imputados na exordial.
Trata­se de peça típica da defesa, na qual deverá o acusado argüir preliminares e alegar tudo mais que interesse à sua defesa ou lhe favoreça neste sentido, sendo­lhe
ainda possível oferecer documentos, justificações, especificar provas pretendidas (tais como produção de laudos e exibição de documentos que por quaisquer motivos
não possam ser juntados neste momento). É este o momento próprio para que sejam arroladas testemunhas até o máximo de oito. Caso não se proceda desta forma,
ocorrerá preclusão consumativa, ficando o acusado sem a possibilidade de fazê­lo em outro momento processual.
OBS: 1. Interessante citar que, caso o problema cite outras pessoas que conheçam os fatos ou circunstâncias a ele relacionadas (tais como um álibi, por exemplo),
deverá arrolar estas pessoas como testemunhas. Caso o problema não cite nomes específicos, o candidato deverá, sem inventar dados, demonstrar conhecimento
arrolando testemunhas sem qualificá­las. Basta colocar, por exemplo: Testemunha 01; Testemunha 02 e Testemunha 03? no espaço dedicado ao rol.
          2. Se o problema falar em citação editalícia, por se tratar de peça obrigatória, o prazo somente começará a fluir a partir do comparecimento do acusado ou de
seu defensor.
Interessante frisar que atualmente se trata de peça obrigatória. Isso porque antes da Lei nº. 11.719/08, a intitulada, Defesa Prévia, ou Defesa Preliminar era facultativa,
sendo apenas imprescindível que lhe fosse aberto o prazo para o oferecimento de tal peça.
Importante: Considerando o disposto no artigo 397 do Código de Processo Penal, vê­se que na resposta à acusação o pedido será de absolvição sumária, sendo
elencados pelo legislador os seguintes motivos para que o magistrado entenda neste sentido: 1­ a existência manifesta de causa excludente da ilicitude do fato; 2 ­ a
existência manifesta de causa excludente da culpabilidade do agente, salvo inimputabilidade; 3 ­ fato narrado evidentemente não constituir crime; 4 ­ extinção da a
punibilidade do agente
Indicação de Leitura Específica
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­ IBCCrim. Ed. RT.
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo e Execução Penal. São Paulo: Revista dos Tribunais,2011.  
PRADO. Luiz Regis. Curso de direito penal brasileiro: parte geral. v. 1 a 4 . 6. ed. rev. São Paulo: RT, 2010.
Aplicação: articulação teoria e prática
Mateus , de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas
no art. 217­A, §1º, c/c art.234­A, III, todos do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19
anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes
termos: No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu­se à residência de Maísa,
ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando­se do
fato de estar a sós com Maísa, o denunciado constrangeu­a a manter com ele conjunção carnal, fato
que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que,
embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele
manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou­se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer
 resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto
que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma.
Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a
folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado XXXX recebeu a
denúncia e determinou a citação do réu para se defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada
em 18/11/2016. Alessandro procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissionale outorgou­lhe
procuração ad juditia com a finalidade específica de ver­se defendido na ação penal em apreço.
Disse, então, a seu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a namorava havia algum
tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do
namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima
não quis dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim,
Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima e que a mesma poderia
comparecer para depor a seu favor em juízo.
Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) constituído(a) pelo
acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Indique, ainda, o
último dia para oferecimento da peça cabível .
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 4
Alegações Finais por Memoriais
Tema
Alegações Finais por Memoriais
Palavras­chave
Alegações Finais por Memoriais
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
· Identificar as etapas do procedimento comum (ordinário e sumário);
· Compreender o processo de elaboração das alegações finais da defesa, com vistas è prova produzida durante a instrução;
·  Redigir peça processual contendo alegações finais da defesa, na forma de memoriais;
·  Analisar o fato e suas circunstâncias para dele selecionar o que for importante para a construção da estratégia da defesa, bem como localizar o respaldo
doutrinário e jurisprudencial respectivo.
Estrutura de Conteúdo
1  Procedimento comum:
         1.1 Discutir as etapas do procedimento comum, trabalhando as diferenças entre ordinário, sumário e sumaríssimo, com vistas à atividade da defesa.
2 Orientar a elaboração das alegações finais da defesa, na forma de memorial:
          2.1 Narração de fatos e circunstâncias e a correspondente argumentação;
          2.2 subsidiariedade entre as teses defensivas;
          2.3 necessidade de buscar respaldo constitucional para as teses;
        2.4 contagem do prazo para apresentação da petição em juízo
Estratégias de Aprendizagem
Como identificar: o problema dirá que já ocorreu a audiência de instrução e julgamento, mas não fará qualquer menção à sentença. 
Redigir alegações finais na forma de memoriais, com fundamento no art. 403, § 3º, do Código de Processo Penal, sendo a petição dirigida ao juiz da XX Vara Criminal
de Vitória, Estado do Espírito Santo.
Conforme narrado no texto da peça prático­profissional, o examinando deveria abordar em suas razões a necessidade de absolvição do réu .
O tipo penal descrito no artigo 217­ A do CP, estupro de vulnerável.
Por sua vez, deverá desenvolver teses no caso de condenação.
Prosseguindo em sua argumentação, o examinando deverá rebater as agravantes se houver bem como indicar atenuantes se presentes.
Por fim, por ser o réu primário, de bons antecedentes e por existir crime único e não concurso material de crimes, o examinando deveria requerer a fixação da pena­
base no mínimo legal, com a consequente fixação do regime semiaberto.
Ao final deverá  formular os pedidos.
Importante: peça todos os benefícios possíveis para o caso de uma eventual condenação, como a fixação de pena no mínimo legal ou a sua substituição, ainda que a
tese principal de defesa seja absolutória.
Por derradeiro, cabe destacar que o texto da peça prático­profissional foi expresso em exigir a apresentação dos memoriais no último dia do prazo.
Considerado o artigo 403,§ 3º, do CPP, o prazo será de 5 (cinco) dias.
Indicação de Leitura Específica
Curso de Direito Penal. Parte Geral, Vol. I ao IV. Rogério Greco, Editora: Impetus.
Manual de Direito Penal. Parte Geral (volume único): Rogério Sanches Cunha, Editora: Juspodivm.
Direito Penal Aplicado. Parte Especial do Código Penal (arts. 121 A 361). Pedro Franco de Campos;
Fábio Ramazzini Bechara; Luis Marcelo Mileo Theodoro.  Editora: Saraiva.
Curso de Direito Processual Penal. Nestor Távora e Rosmar Antonni Rodrigues C. De Alencar. Editora:
Juspodivm
Revista Brasileira de Ciências Criminais, publicação do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais ­
IBCCrim. Ed. RT.
Manual de Processo e Execução Penal ­ Guilherme de Souza Nucci. São Paulo: Revista dos
Tribunais,2011.  
Aplicação: articulação teoria e prática
Jorge, com 21 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Analisa, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate­papo informal e trocarem beijos,
decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Analisa, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Jorge.
Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais.
No dia seguinte, Jorge, ao acessar a página de Analisa na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo
Jorge ficado em choque com essa constatação.
O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Analisa, ao
descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato.
Por Analisa ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois crimes de
estupro de vulnerável, previsto no artigo 217­ A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime
fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea l, do CP.
O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, local de residência do réu.
Jorge, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade.
Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar
bares de adultos.
As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Ana para sair com as amigas.
As testemunhas de defesa, amigos de Jorge, disseram que o comportamento e a vestimenta da Analisa eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que
qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Jorge não estava embriagado quando conheceu Analisa.
O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Analisa, por ser muito bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou
que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma
espontânea e voluntária por ambos.
A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses
após o ato sexual.
O Ministério Público pugnou pela condenação de Jorge nos termos da denúncia.
A defesa de Jorge foi intimada no dia 24 de abril de 2014 (quinta­feira).
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a
possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes.
Considerações Adicionais
PRÁTICA SIMULADA III (PENAL) ­ CCJ0149
Semana Aula: 5
Alegações Finais (Memoriais) ­ Procedimento do Tribunal do Júri
Tema
Alegações Finais (Memoriais) ­ Procedimento Relativo aos Processos do Tribunal do Juri
Palavras­chave
Alegações Finais (Memoriais) ­ Procedimento Relativo aos Processos do Tribunal do Juri
Objetivos
O aluno deverá ser capaz de:
· identificar as etapas do procedimento;
· compreender o processo de elaboração das alegações finais

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