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PORTUGUÊS PRÉ-VESTIBULAR 205PROENEM.COM.BR CONCORDÂNCIA NOMINAL28 Chama-se concordância o fenômeno gramatical que consiste em o vocábulo determinante adaptar-se ao gênero e número do vocábulo determinado. Assim, quando temos uma relação entre o substantivo e um adjetivo, pronome, numeral ou artigo, temos a chamada concordância nominal. Caso a relação seja entre o verbo e seu sujeito, passamos à concordância verbal. CONCORDÂNCIA NOMINAL A regra geral de concordância estabelece que os termos ligados entre si devem obedecer ao gênero, número ou pessoa do termo determinante. Isto significa dizer que os artigos, adjetivos, numerais e pronomes adjetivos concordam em gênero e número com os substantivos a que se referem. O primeiro colocado e seu belo prêmio. Os primeiros colocados e seus belos prêmios. A primeira colocada e sua bela medalha. As primeiras colocadas e suas belas medalhas. Alguns casos tornam-se mais complexos para o estudante da língua, especialmente quando envolvem um determinante referindo-se a mais de um substantivo ou o inverso, um substantivo sendo determinado por mais de um adjetivo ou equivalente. a) Adjetivo referente a mais de um substantivo Se o determinante está anteposto ao substantivo, concorda com o elemento mais próximo: Ele fez ótimas provas e trabalhos. Ele fez ótimos trabalhos e provas. Se o determinante está posposto ao substantivo, deverá ser flexionado no plural ou concordará com o termo mais próximo, a chamada concordância atrativa. Caso os substantivos possuam gênero diferente, a concordância será feita com o masculino plural. • Concordância com ambos os termos Comprei revista e apostila ilustradas. Comprei livro e caderno ilustrados. Comprei livro e apostila ilustrados. (gêneros diferentes = masculino plural) Comprei livros e apostilas ilustrados. (gêneros diferentes = masculino plural) • Concordância atrativa Comprei livro e apostilas ilustradas. Comprei livro e apostila ilustrada. Comprei apostila e livro ilustrado. Comprei apostilas e livros ilustrados. (neste caso, pode-se considerar a concordância só com “livros” ou com os dois elementos) b) Substantivo sinônimos ou em gradação Neste caso, o termo determinante concorda de forma atrativa, com o elemento mais próximo. Desrespeitaram o povo e a gente brasileira. Foi somente um olhar, uma contração, um gesto inexpressivo. c) Adjetivo funcionando como predicativo Quando o adjetivo exercer a função de predicativo, deve concordar com o sujeito ou objeto a que se refere, independentemente da posição em que apareça na frase. O homem e o menino estavam perdidos. Perdidos estavam o homem e o menino. O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. Estavam vendidos a casa e o apartamento. d) Mais de um adjetivo referente ao mesmo substantivo Nesses casos, a concordância pode ser feita com a colocação de um artigo diante de todos os adjetivos: Estudava a língua inglesa e a espanhola. A outra possibilidade é a flexão do substantivo no plural: Estudava as línguas inglesa e espanhola. e) Expressões “um e outro” ou “nem um nem outro” seguidas de substantivo O substantivo deve permanecer no singular: Um e outro aspecto. Nem um nem outro argumento. De um e outro lado. f) Expressões “um e outro” ou “nem um nem outro” seguidas de substantivo e adjetivo Neste caso, mantém-se o substantivo no singular, conforme a regra anterior, mas o adjetivo deve flexionar-se no plural: Um e outro aspecto complicados. Uma e outra causa justas. g) Particípio passado seguido de substantivo: O particípio passado é uma forma verbal que pode funcionar como um adjetivo simples e, assim, concorda com o substantivo a que se refere: Feitas as contas Vistas as condições Restabelecidas as amizades Postas as cartas na mesa Salvas as crianças As palavras “salvo” (exceção), “posto” (causa) e “visto” (causa), quando tem os significados indicados entre parênteses, assumem o papel de conectivos, como preposições e conjunções, sendo, portanto, invariáveis: Salvo honrosas ocasiões. Posto ser tarde, irei. Visto ser longe, não irei. PROEXPLICA PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR206 PORTUGUÊS 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL OUTROS CASOS Algumas palavras e expressões podem causar dúvida aos usuários da língua. Segue uma lista dos principais termos e expressões deste tipo: a) Anexo e incluso São adjetivos simples e concordam com o nome a que se referem. Os recibos vão anexos. As faturas seguiram inclusas. A expressão “em anexo” é invariável. Vai em anexo a duplicata. b) Alerta e menos São sempre invariáveis. Os seguranças estavam alerta. Há menos gente na praça hoje. c) Bastante Quando é pronome indefinido, liga-se a um substantivo e flexiona-se em número e gênero normalmente. Como advérbio, liga-se a verbos e adjetivos, mas é invariável. Recomenda-se a substituição pela palavra “muito”, comparando-lhe a flexão. A biblioteca do colégio tem bastantes livros. (muitos livros) As provas serão bastante difíceis. (muito difíceis) d) Caro e barato Quando advérbios, são invariáveis; quando adjetivos, flexionam-se normalmente. Comprou caro aquela amizade. Ele veste-se com roupas caras. e) Expressões do tipo “é necessário”, “é bom”, “é preciso”, “é proibido” seguidas de substantivo Podem ficar invariáveis quando se deseja fazer uma referência de forma vaga, deixando o substantivo sem o artigo. É necessário paciência. É proibido entrada. Entretanto, se há artigo precedendo o substantivo, a concordância entre os termos é obrigatória: É proibida a entrada. f) Meio Quando é numeral ou adjetivo (com sentido de “metade”, “parte de”) flexiona-se em gênero e número; quando advérbio (sentido de “um pouco”, “um tanto”) é invariável: O veículo comporta meia tonelada de carga. Cheguei ao meio-dia e meia. Ela esta meio cansada. As pessoas eram meio chatas. g) Mesmo Quando em função adjetiva (com sentido de “próprio”), concorda com o substantivo a que se refere: Ela mesma fez isso! As crianças mesmas arrumaram a sala. Quando “mesmo” equivale à denotação “de verdade”, fica invariável: Ela fez isso mesmo! h) Obrigado Concorda em gênero com a pessoa que faz o agradecimento. Muito obrigado, disse o filho à mãe. Muito obrigada, disse a filha ao pai. i) Possível Quando acompanhado por “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, concorda com o artigo que precede as expressões. A menos possível das alternativas é a que você expôs. Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa. As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da cidade. Os namorados devem ficar o mais próximos possível. A expressão “quanto possível” é invariável A polícia enviará reforços o quanto possível. j) Próprio Concorda com o substantivo a que se refere. Elas próprias reconhecem seus erros. k) Quite Concorda com o nome a que se refere. O aluno está quite com os pagamentos do colégio. Os alunos estão quites com os pagamentos do colégio. l) Só Quando adjetivo (equivalente a sozinho), concorda com o substantivo a que se refere. Os meninos, quando sós, falam sobre futebol. Quando “só” tem valor de “somente” é advérbio e permanece invariável. Eles só sabem falar de futebol. m) Tal qual Tal concorda com o antecedente, qual concorda com o consequente. Ele não agia tal quais seus irmãos. As garotas são vaidosas tais qual a tia. Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos. u) Todo Quando usado em termos compostos permanece invariável. A divindade todo-poderosa do islamismo é Alá. PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL 207 PORTUGUÊS PROTREINO EXERCÍCIOS 01. Descreva o que é concordância. 02. Explique como é a concordância nominal em casos com adjetivo referente a mais de substantivo. 03. Indique como é realizada a concordância nominal com o vocábulo “bastante”. 04. A concordância nominal com “mesmo” pode ser feita de duas formas. Aponte quais são elas e dê exemplos. 05. Explique como é feita a concordância nominal com o vocábulo “possível”. PROPOSTOSEXERCÍCIOS 01. (INSPER) TEXTO I sic - Em latim, significa assim. Expressão usada entre colchetes ou parênteses no meio ou no final de uma declaração entre aspas, ou na transcrição de um documento, para indicar que é assim mesmo, por estranho ou errado que possa ser ou parecer. (http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_texto_s.htm) TEXTO II A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, recebeu um grupo de 50 manifestantes, que foram de ônibus a Brasília reclamar sobre a demora para receber os recursos do governo federal. (...) Em nota divulgada ontem no site do Ministério da Cultura, Ana de Hollanda disse que o ministério "reconhece, valoriza e tem claro [sic] a necessidade da continuidade" do trabalho dos Pontos de Cultura. A nota, no entanto, não aponta quando o problema deve ser resolvido. (Folha de São Paulo, 23/02/2011) Considerando-se as informações apresentadas nos textos, é correto afirmar que o motivo da inclusão do “sic”, no Texto II, é apontar uma falha de a) concordância nominal, já que o adjetivo “claro” deveria estar no feminino para concordar com o substantivo “necessidade”. b) regência nominal, pois o “a”, antes do substantivo “necessidade”, deveria receber acento grave para indicar a ocorrência de crase. c) pontuação, uma vez que se omitiu a vírgula obrigatória para separar as orações coordenadas presentes nesse período. d) acentuação gráfica, já que o verbo “ter”, presente na expressão “tem claro”, deveria receber acento circunflexo. e) coesão textual, pois, nessa construção, é obrigatória a inclusão do conectivo “que” para ligar a oração principal à oração subordinada. 02. (INSPER) Quem ri por último ri Millôr Eu tinha 15 anos, havia tomado bomba, era virgem e não via, diante da minha incompetência para com o sexo oposto, a mais remota possibilidade de reverter a situação. Em algum momento entre a oitava série e o primeiro colegial, todos os meus colegas haviam adotado roupas diferentes, gírias, trejeitos ao falar e ao gesticular, mas eu continuava igual – era como se houvesse faltado na aula em que os estilos foram distribuídos e estivesse condenado a viver para sempre numa espécie de limbo social, feito de incertezas, celibato e moletom. O mundo, antes um lugar com regras claras e uma razoável meritocracia, havia perdido o sentido: os bons meninos não ganhavam uma coroa de louros – nem ao menos, vá lá, uma loura coroa –, era preciso acordar às 6h15 para estudar química orgânica e os adultos ainda queriam me convencer de que aquela era a melhor fase da vida. Claro, observando-os, era óbvia a razão da nostalgia: seres de calças bege e pager no cinto, que gastavam seus dias em papinhos de elevador, sem ambições maiores do que um carro novo, um requeijão com menos colesterol, o nome na moldura de funcionário do mês e ingressos para o Holiday on Ice no fim de semana. Em busca de algum consolo, me esforçava para bater o recorde jamaicano de consumo de maconha, mas, em vez de ter abertas as portas da percepção – ou o que quer que fizesse com que meus amigos se divertissem e passassem meia hora rachando o bico, sei lá, de um amendoim –, só via ainda mais escancaradas as portas da minha inadequação. Foi então, meus caros, que eu vi a luz - e a luz veio na forma de um livro; "Trinta anos de mim mesmo", do Millôr Fernandes. A primeira página que eu abri trazia um quadrado em branco, com a seguinte legenda: "Uma gaivota branca, trepada sobre um iglu branco, em cima de um monte branco. No céu, nuvens brancas esvoaçam e à direita aparecem duas árvores brancas com as flores brancas da primavera". Logo adiante estava "O abridor de latas", "Pela primeira vez no Brasil um conto inteiramente em câmera lenta" – narrando um piquenique de tartarugas que durava uns 1.500 anos. Mais pra frente, esta quadra: "Essa pressa leviana/ Demonstra o incompetente/ Por que fazer o mundo em sete dias/ Se tinha a eternidade pela frente?". Lendo aquelas páginas, que reuniam o trabalho jornalístico do Millôr entre 1943 e 1973, compreendi que não estava sozinho em meu estranhamento: a vida era mesmo absurda, mas a resposta mais lógica para a falta de sentido não era o desespero, e sim o riso. Percebi, como se não bastasse, que se agregasse alguma graça aos meus resmungos poderia fazer daquele incômodo uma profissão. Dos 19 anos até hoje, jamais paguei uma conta de luz de outra forma. Uma pena nunca ter conhecido o Millôr pessoalmente, não ter podido apertar sua mão e agradecer-lhe por haver me sussurrado ao ouvido, quando eu mais precisava escutar, a única verdade que há debaixo do céu: se Deus não existe, então tudo é divertido. Antonio Prata. Folha de S. Paulo. 04/04/2012. Embora se utilize de um registro linguístico coloquial na passagem “se divertissem e passassem meia hora rachando o bico”, o cronista estabelece, no termo destacado, a concordância nominal de acordo com as regras gramaticais. Assinale a alternativa em que o uso da palavra “meia” ou ”meio” NÃO está de acordo com a norma culta da língua. a) É meio-dia e meia. b) Eu estou meia cansada. c) As frutas estão meio caras. d) Acolheu-me com palavras meio ríspidas. e) Não me venha com meias palavras. 03. (CFTMG) A concordância nominal está de acordo com a norma padrão em: a) As hortaliças estão meio amareladas, mas temos de consumi- las. b) Ela mesmo confeccionou lindíssimas fantasias para o baile das bruxas. c) Aqueles casos de febre nas aves asiáticas ficaram bastantes complicados. d) É proibida entrada de pessoas estranhas naquele recinto, depois das 14 horas. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR208 PORTUGUÊS 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL 04. (IFSC) Assinale a alternativa em que a palavra em destaque está empregada de forma CORRETA na frase considerando-se a norma padrão escrita. a) Frederico recebeu uma carta com as fotos anexa. b) Elas mesmas assumiram a culpa e pagaram o prejuízo. c) Os alunos mesmo disseram à professora que queriam ler mais um livro. d) Todos os formandos estavam quite com a mensalidade da formatura. e) O acidente foi grave. O motorista ficou com o braço e a perna quebradas. 05. (UNIFESP) LOJA DE CALÇADOS FEMININO Vende-se 3 lojas bem montadas tradicionais, nos melhores Pontos da Cidade. Ótima Oportunidade! F: (__) xxx-xxxxxx (O Estado de S.Paulo, 15.08.2002) De acordo com as normas gramaticais, particularmente no que se refere às regras de concordância, o título deste anúncio deveria ser a) LOJAS DE CALÇADOS FEMININO, porque, na sequência, o texto fala em "3 lojas". b) LOJAS DE CALÇADOS FEMININOS, porque, na sequência, o texto fala em "3 lojas". c) LOJA DE CALÇADOS FEMININOS, porque o título não especifica as outras duas lojas "bem montadas" de calçados, implicitamente, masculinos. d) LOJA FEMININA DE CALÇADOS, porque o título não se relaciona com o restante do anúncio. e) LOJA DE CALÇADOS FEMININO, tal como aparece no anúncio, porque o vocábulo "FEMININO" apenas especifica o tipo de calçado comercializado pelas lojas à venda. 06. (UFJF - adaptada) No fragmento "(...) tenho PRESERVADOS os movimentos de braços, mãos e dedos (...).", o ajuste de flexões em "preservados" se explica por um processo de: a) concordância nominal com "braços". b) concordância verbal com "movimentos". c) concordância nominal com "movimentos". d) concordância verbal com "braços, mãos e dedos". e) concordância nominal com "dedos". 07. (IFCE) Velho papel pode estar com os anos contados Já imaginou, daqui a algumas décadas, seu neto lhe perguntando o que era papel? Pois é, alguns pesquisadores já estão trabalhando para que esse dia chegue logo. A suposta ameaça 7à fibra natural não é o desajeitado e-book, mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você carregaria dobrada no bolso. Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, fotos e notícias 8atualizadas –, o livro que você estivesse lendo ou qualquer informação antes impressa. Tudo ali. Desde os anos 70, está no ar a 5ideia de papel eletrônico, mas as últimas novidadessão de duas semanas atrás. Cientistas holandeses anunciaram que estão perto de criar uma tela com 'quase todas' as propriedades do papel: 3leveza, flexibilidade, 4clareza, etc. A novidade que deixa o invento um pouco mais palpável está nos transistores. No papel do futuro, eles não serão de 6silício, mas de plástico – que é maleável e barato. Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra imagens em movimento em uma tela de duas polegadas, ainda que de qualidade 1'meia-boca'. 2Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e do peso na mochila. A expectativa é que um papel eletrônico mais ou menos convincente apareça só daqui a cinco anos. Folha de S. Paulo, 17 dez. 2001. Folhateen, p. 10. A forma adjetiva “... atualizadas...” (ref. 8) está concordando com os substantivos “fatos e notícias”. Não se observou a concordância nominal em a) As mulheres disseram muito obrigadas. b) Não somos nenhuns coitados. c) Bastantes pessoas vão usar o papel do futuro. d) As novidades da informática custam caro. e) É proibido a entrada de pessoas estranhas. 08. (CESGRANRIO) Qual a única concordância nominal indicada entre parênteses ACEITA pela norma culta? a) Essa entidade beneficente está aceitando qualquer tipo de roupa usada e até de óculos_______ (velho) b) Esses diretores não costumam aceitar nossas reivindicações, _______ que sejam elas. (qualquer) c) Pode-se ver do alto daquele prédio as bandeiras_______ (brasileira e portuguesa) d) _______reclamações foram feitas sobre o descaso das autoridades. (Bastante) e) Veio_______ ao requerimento a planta da casa a ser reformada. (anexo) 09. (UDESC) 1A vida de geladeira me lembrava a infância 2quando nos prendiam no quarto com uma daquelas doenças inevitáveis: sarampo, caxumba, catapora. Ali ainda era possível olhar pela janela a chuva fininha caindo nas ruas de Minas, a tropa de burros transportando carvão, 3a cara do carvoeiro manchada de negro nas bochechas. Os adultos apareciam de tarde e de manhã, 4colocavam o termômetro não sem balançá-lo energicamente antes. 5Quando tiravam o termômetro e se aproximavam da claridade, 6discutiam em voz baixa. Trinta e sete e meio, normal; não, trinta e sete e meio ainda é febre. Não sabíamos o que significavam realmente aqueles números e nem aquela coisa fria debaixo do braço. Mas a palavra febre era definitiva. Com febre você não pode sair; enquanto você tiver febre você terá de ficar dentro do quarto. De manhã você tinha menos febre, 7de tarde as coisas pioravam. E isto era todo dia. Por que não enfiar aquele termômetro só de manhã? Aquela altura os jornais já haviam publicado reportagens relativamente extensas e exatas sobre 8o sequestro do Embaixador americano. O Rio de Janeiro estava ainda fora de propósito. Para onde ir? As coisas estavam nesse pé: 9iríamos para algum lugar que não fosse o Rio de Janeiro, dentro de algum tempo. 10Não sei se o leitor/a já se meteu nessas complicações onde há muitas variáveis desconhecidas. Minha técnica é de abandonar algumas e me fixar na mais viável. Não me perguntava tanto quando sairia e sim para onde sairia. O problema do quando se resolveria depois. Adap. GABEIRA, Fernando. O que é isso, companheiro? Rio de Janeiro: Codecri, 1979, p. 139. Assinale a alternativa incorreta em relação à obra O que é isso, companheiro?, Fernando Gabeira, e ao texto. PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL 209 PORTUGUÊS a) Em relação ao estilo, a obra de Gabeira é pontuada por frases curtas e tom informal, características também do discurso jornalístico. b) Nos sintagmas “quando nos prendiam no quarto com uma daquelas doenças inevitáveis” (referência 2) e “Quando tiravam o termômetro” (referência 5) as palavras destacadas remetem à ideia de temporalidade. c) Da leitura da obra, depreende-se que a expressão “A vida de geladeira” (referência 1) remete à ideia de confinamento retratada no período da ditadura. d) O período “Não sei se o leitor/a já se meteu nessas complicações onde há muitas variáveis desconhecidas. Minha técnica é de abandonar algumas e me fixar na mais viável. Não me perguntava tanto quando sairia e sim para onde sairia” (referência 10) justifica que a narração em primeira pessoa explicita as vivências do autor em um mundo real, tornando a sua ficção mais verossímil. e) Na estrutura linguística “a cara do carvoeiro manchada de negro nas bochechas” (referência 3), no que se refere à concordância nominal, há um desvio às normas exigidas pela gramática normativa. 10. (UECE) No trecho, “Primeiro há uma diferença de clima entre aquele bando de adolescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros, em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes, e aqueles que transitam pela rua” existe um caso de concordância verbal curioso. No trecho “aquele bando de adolescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros”, há um sintagma nominal cujo núcleo é bando, um substantivo coletivo que vem seguido de uma expressão no plural que o especifica: de adolescentes. Observe o que é dito a seguir. I. Em casos como esse, a regra geral da gramática normativa é a seguinte: com o substantivo coletivo, a concordância se faz no singular. Por essa ótica, no texto, deveríamos ter a seguinte estrutura: aquele bando de adolescentes espalhado pela calçada e sentado sobre carros. II. A gramática faculta a seguinte possibilidade: se o coletivo vier seguido de uma expressão no plural que o especifique, o adjetivo ou o particípio que forma essa expressão pode ir para o plural ou ficar no singular: aquele bando de adolescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros. III. Empregar o singular ou o plural nesses casos fica a critério do usuário da língua. Esses dois tipos de concordância variam livremente, independente de possíveis motivações. Está correto o que se afirma em a) I e II apenas. b) I, II e III. c) I e III apenas. d) II e III apenas. 11. (ESPM) Na frase: “Analfabetismo, saneamento bá sico e pobreza combinados explicam 62% da taxa de mortalidade das crianças com até cinco anos no Brasil.” (O Estadão), o ter mo em negrito: a) transgride as normas de concordância nominal. b) concorda em gênero e número com o ele mento mais próximo. c) faz uma concordância ideológica, num caso de silepse de número. d) poderia ser substituído pelo termo “com binadas”. e) concorda com todos os termos a que se re fere, prevalecendo o masculino plural. 12. (IFSUL) Há concordância nominal INADEQUADA em: a) É proibida entrada em bueiros. b) O menino achou bastantes moedas no bueiro. c) Ele escolheu mau lugar e hora para fazer a expedição. d) A primeira e a segunda expedições da tarde eram bem sucedidas. 13. (MACKENZIE) I. Todos estavam meios cansados, porque já era meio-dia e meia e fazia muito calor. II. Fazem trinta anos que nos conhecemos. III. Nenhum dos presentes à festa souberam dizer se houveram tiros dentro ou fora da casa, durante o assalto. Quanto à concordância nominal e verbal, assinale: a) se apenas I está correta. b) se apenas II e III estão corretas. c) se todas estão corretas. d) se apenas II está correta. e) se todas estão incorretas. 14. (UFRGS) Considere o trecho abaixo: É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista como chave para compreendê-la, depois foi rebaixada como falha de visão, — e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos termos. Se a palavra relação fosse substituída por vínculo, quantas outras palavras no trecho teriam de ser modificadas para fins de correção gramatical? a) Duas. b) Três. c) Quatro. d) Cinco. e) Seis. 15.(UNESP - adaptada) Nos trechos “asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade das contratações” e “assegurada a proteção jurídica, administrativa e técnica aos necessitados”, a análise das concordâncias dos adjetivos em destaque permite afirmar que a) apenas a primeira ocorrência está correta. b) apenas a segunda ocorrênciaestá correta. c) as duas ocorrências são aceitáveis, mas não corretas. d) as duas ocorrências estão incorretas. e) as duas ocorrências estão corretas. 16. (COL. NAVAL) Em qual das opções foi estabelecida a concordância nominal correta no trecho destacado? a) Em casos de dependência em internet, a avaliação psicológica é necessária. b) Um e outro internautas precisa de limites quanto ao uso da Rede. c) Haja visto o grande número de viciados em internet, alguma providência deve ser tomada. d) Dado a dependência na Web, muitos jovens estão comprometendo o convívio social. e) A juventude tem ficado meia prejudicada por causa do uso indevido da Rede. 17. (IFAL) Escolha a frase cuja concordância nominal está correta. a) Alguns pseudos-sociólogos se opõem ao Bolsa Família. b) Há partes da floresta que estão menas devastadas que outras. c) Visto a grande destruição, alguma atitude deve ser tomada. d) Seguem anexo os documentos do processo. e) Todos devem ficar alerta para a questão do desmatamento. 18. (UFRGS) Darwin passou quatro meses no Brasil, em 1832, durante a sua 2célebre viagem a bordo do Beagle. Voltou impressionado com o que viu: "5Delícia é um termo 17insuficiente para 19exprimir as emoções sentidas por 28um naturalista a 8sós com a natureza em uma floresta brasileira", escreveu. O Brasil, 11porém, aparece de PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR210 PORTUGUÊS 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL forma menos 21idílica em 27seus escritos: "Espero nunca mais voltar a um 12país escravagista. O estado da enorme população escrava deve preocupar todos os que chegam ao Brasil. Os senhores de escravos querem ver o negro romo outra espécie, mas temos todos a mesma origem." Em vez do gorjeio do 6sabiá, o que Darwin guardou nos ouvidos foi 30um som 3terrível que 29o acompanhou por toda a vida: "13Até hoje, se eu ouço um grito, 39lembro-me, com 22dolorosa e clara memória, 43de quando passei numa casa em Pernambuco e ouvi urros 14terríveis. Logo entendi que era algum pobre escravo que estava sendo torturado," Segundo o 4biólogo Adrian Desmond, “a viagem do Beagie, para Darwin, foi 40menos 41importante pelos 15espécimes coletados do que pela 16experiência de 25testemunhar os horrores da 23escravidão no Brasil. 47De certa forma, ele escolheu focar na 20descendência comum do homem justamente para mostrar que 32todas as raças eram iguais e, 31desse modo, enfim, 44objetar 36àqueles que 18insistiam em dizer que os negros pertenciam a uma espécie diferente e inferior à dos brancos". 1Desmond acaba de lançar um estudo que mostra a paixão abolicionista 35do cientista, 26revelada por 33seus 7diários e cartas 42pessoais. “A extensão de 34seu interesse no combate à ciência de cunho racista 9é surpreendente, e pudemos detectar um ímpeto moral por 10trás de seu trabalho sobre a evolução humana - urna crença na ‘irmandade racial’ que 38tinha 37origem em 45seu ódio 46ao 24escravismo e que o levou a pensar numa descendência comum." Adaptado de: HAAG, C. O elo perdido tropical. Pesquisa FAPESP, n. 159, p. 80 - 85, maio 2009. Considere as seguintes afirmações. I. A substituição de um som (ref. 30) por sons exigiria que três outras palavras do período também passassem para o plural. II. A substituição de àqueles que (ref. 36) por a quem exigiria o uso de insistia em vez de insistiam (ref. 18). III. A substituição de origem (ref. 37) por raízes exigiria o uso de tinham em vez de tinha (ref. 38). Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas III. d) Apenas I e II. e) Apenas II e III. 19. (EEAR) Em relação à concordância nominal, assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas. I. __________, diziam as moças, em uníssono, para o professor de português, após a aprovação no certame. II. São __________ a fome e o desprezo. III. É __________ paciência com candidatos recursivos. a) obrigadas – vergonhosos – necessário b) obrigado – vergonhosos – necessária c) obrigado – vergonhoso – necessário d) obrigada – vergonhosa – necessária 20. (IFPE) Futebol de rua Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. (I) Mas existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada. É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. (II) Se você é homem, brasileiro e criado em cidade, sabe do que eu estou falando. (III) Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou menos assim: DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a merendeira do seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar em casa. (...) DAS GOLEIRAS – As goleiras podem ser feitas com, literalmente, o que estiver à mão. Tijolos, paralelepípedos, camisas emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor, e até o seu irmão menor, apesar dos seus protestos. (IV) Quando o jogo é importante, recomenda-se o uso de latas de lixo. Cheias, para aguentarem o impacto. (...) DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada e rua, calçada, rua e a calçada do outro lado e – nos clássicos – o quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no meio da rua. DA DURAÇÃO DO JOGO – (V) Até a mãe chamar ou escurecer, o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança ameaçar chamar a polícia. DO JUIZ – Não tem juiz. (...) DAS SUBSTITUIÇÕES – Só são permitidas substituições: a. No caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha para fazer a lição. b. Em caso de atropelamento. DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você deve estar brincando. DA TÁTICA – Joga-se o futebol de rua mais ou menos como o Futebol de Verdade (que é como, na rua, com reverência, chamam a pelada), mas com algumas importantes variações. O goleiro só é intocável dentro da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. É permitido entrar na área adversária tabelando com uma Kombi. Se a bola dobrar a esquina é córner*. DAS PENALIDADES – A única falta prevista nas regras do futebol de rua é atirar um adversário dentro do bueiro. É considerada atitude antiesportiva e punida com tiro indireto. DA JUSTIÇA ESPORTIVA – Os casos de litígio serão resolvidos no tapa. Luís Fernando Veríssimo (Publicado em Para Gostar de Ler. v.7. SP: Ática, 1981) *córner = escanteio As proposições abaixo tratam das regras de concordância nominal. Analisando frases do texto, observe: I. A concordância no período “É considerada atitude antiesportiva e punida com tiro indireto” está correta, pois o adjetivo “considerada” concorda com o substantivo “atitude”. II. O enunciado “É permitido entrar na área adversária tabelando com uma Kombi” está correto, pois o adjetivo “permitido” fica invariável quando o sentido é vago, genérico. III. O erro em “Só são permitidas substituições (...)” está no adjetivo “permitidas”, que deveria ficar no masculino devido à ausência de artigo ou de outro determinante antes de “substituições”. IV. O enunciado “É permitido entrar na área adversária tabelando com uma Kombi” deveria ser substituído por “É permitida a entrada na área adversária tabelando com uma Kombi” para se adequar à norma padrão. V. O período “Só são permitidas substituições (...)” está correto, pois o adjetivo “permitidas” deve concordar com “substituições” que está no feminino plural, mesmo sem a presença do determinante. Estão corretas, apenas: a) I, II e V b) I, III e IV c) IV e V d) I e II e) II e III PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL 211 PORTUGUÊS APROFUNDAMENTO EXERCÍCIOS DE 01. (FUVEST) Leia o texto. Ditadura / Democracia A diferença entre uma democracia e um país totalitário é que numa democracia todo mundo reclama, ninguém vive satisfeito. Mas se você perguntar a qualquer cidadão de uma ditadura oque acha do seu país, ele responde sem hesitação: “Não posso me queixar”. Millôr Fernandes, Millôr definitivo: a bíblia do caos. a) Para produzir o efeito de humor que o caracteriza, esse texto emprega o recurso da ambiguidade? Justifique sua resposta. b) Reescreva a segunda parte do texto (de “Mas” até “queixar”), pondo no plural a palavra “cidadão” e fazendo as modificações necessárias. 02. (UFMG) Leia estes cartazes: a) Explique, do ponto de vista da gramática normativa, o problema que ocorre na frase apresentada em cada um desses cartazes. b) Reescreva a frase apresentada em cada um desses cartazes, de modo a adequá-la às regras do português padrão. 03. (UFTM) A resposta de qualquer pai ou mãe, questionado sobre o que deseja para os filhos, está sempre na ponta da língua: “Só quero que sejam felizes”. A frase não deixa dúvidas de que, numa sociedade moderna, livre de muitas das restrições morais e culturais do passado, a felicidade é vista como a maior realização de um indivíduo. Até governos nacionais se viram na obrigação de fazer algo a respeito. Neste ano, a China e o Reino Unido anunciaram a intenção de medir o grau de felicidade de seus habitantes. Os governantes, espera-se, querem o melhor para seu país, assim como os pais querem o melhor para seus filhos. Mas a ambição de sempre colocar um sorriso no rosto pode ter um efeito contrário. A pressão por ser feliz, condição nada fácil de ser definida, pode acabar reduzindo as chances de as pessoas viverem bem. “Quero que meus filhos sejam felizes, mas também que encontrem um propósito e conquistem seus objetivos”, diz o americano Martin Seligman, considerado o mestre da psicologia positiva. Depois de estudar a busca da felicidade por mais de 20 anos, ele afirma ser tolice elegê-la como a única ambição na vida. Ex-presidente da Associação Americana de Psicologia, professor da Universidade da Pensilvânia, pai de sete filhos e avô pela quarta vez, Seligman reviu suas teorias e concluiu que é preciso relativizar a importância das emoções positivas. “Perseguir apenas a felicidade é enganoso”, diz Seligman a ÉPOCA. Segundo ele, a felicidade pode tornar a vida um pouco mais agradável. E só. Em seu lugar, o ser humano deveria buscar um objetivo mais simples e fácil de ser contemplado: o bem-estar. (Letícia Sorg e Juliana Elias, http://revistaepoca.globo.com, 27.05.2011.) Com base no texto, responda: a) Reescreva o trecho – A resposta de qualquer pai ou mãe, questionado sobre o que deseja para os filhos, está sempre na ponta da língua: “Só quero que sejam felizes”. – preservando o sentido do texto e fazendo as adaptações necessárias a fim de substituir a expressão pai ou mãe pelo plural pais. b) Explique qual é o significado de mencionar que o americano Martin Seligman é pai de sete filhos e avô pela quarta vez (segundo parágrafo). 04. (UFG) Em uma entrevista, Ferreira Gullar, ao ser perguntado: "Você começou estudando gramática. É preciso isso para escrever bem?", responde: "Não (com ironia). E nem é preciso saber português. É ler os jornais e ver a TV para perceber. Outro dia ouvi 'as quinhentas milhões de pessoas'. Eles não sabem que 'quinhentos' é palavra masculina. Confundem 'este' com 'esse'. 'Esse programa que estão vendo...'. Para eles é tudo a mesma coisa. Ignoram que as palavras têm sentido preciso e, para escrever bem, é preciso saber o significado, as relações entre elas, quais se combinam, como convivem. Para isso é preciso ter lido algo". "LÍNGUA PORTUGUESA", São Paulo: Segmento, ano 1, n. 5, 2006. Considerando-se o trecho transcrito da entrevista de Ferreira Gullar, explique a) a alteração ocorrida na resposta do entrevistado com o acréscimo da expressão, entre parênteses, "com ironia"; b) a regra que os falantes utilizam quando dizem "as quinhentas milhões de pessoas". 05. (UFF) TEXTO I Sabe os dias do aviador, do advogado, do médico, do engenheiro? Só existem por causa do dia de hoje. 15 de outubro, Dia do professor Uma homenagem do Globo e do programa Quem Lê Jornal Sabe Mais, que capacita centenas de professores para, através da leitura crítica do jornal, levar seus alunos a ocupar um lugar importante no mundo: o de cidadão. TEXTO II No dia 15 de outubro - dia do professor - publicaram-se, no jornal "O Globo", duas matérias publicitárias relativas à data. a) Compare as duas matérias publicitárias (Texto I e Texto II) e depreenda, na mensagem de cada texto, uma característica que aponte diferentes papéis exercidos pelo professor na sociedade. b) Retire, das tabuletas do Texto II, um exemplo de inadequação em relação à concordância, reescrevendo-o de acordo com a língua padrão. PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR212 PORTUGUÊS 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL GABARITO EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. A 02. B 03. A 04. B 05. B 06. C 07. E 08. C 09. E 10. A 11. E 12. A 13. E 14. C 15. E 16. A 17. E 18. D 19. A 20. E EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO 01. a) A frase “Não posso me queixar” permite duas interpretações: o cidadão não reclama da situação porque está contente com o sistema ou, então, porque ele está sujeito a um regime totalitarista em que a censura o impede de manifestar a sua insatisfação. b) Mas se você perguntar a quaisquer cidadãos de uma ditadura o que acham do seu país, eles respondem sem hesitação: “Não podemos nos queixar”. 02. a) No primeiro quadro, o termo “meio”, em negrito, é inadequado, pois o adjetivo deveria concordar com o substantivo implícito a que se refere (hora) e deveria ser substituído por meia para respeitar as regras da gramática normativa. No segundo, o pronome oblíquo “mim” deveria ser substituído por eu, pronome pessoal reto, sujeito do verbo “fazer”. No terceiro, a expressão “incluir fora” gera uma contradição, pois “incluir” significa inserir e o advérbio “fora” apresenta noção de exclusão, o que poderia ser evitado com a sua substituição por pode me excluir dessa. b) As frases deveriam ser substituídas por: “já é meio-dia e meia”, “isto é para eu fazer” e “pode me excluir dessa”, respectivamente. 03. a) A resposta de quaisquer pais, questionados sobre o que desejam para os filhos, está sempre na ponta da língua: “Só queremos que sejam felizes”. b) Ao mencionar que o americano Martin Seligman é pai de sete filhos e avô pela quarta vez, as articulistas pretendem valorizar a experiência que o psicólogo foi adquirindo ao longo da vida e que lhe permitiu rever alguns conceitos enunciados anteriormente. 04. a) O uso da expressão ("com ironia") altera o sentido da resposta dada por Ferreira Gullar. Então, quando o autor afirma "e nem é preciso saber português", o leitor deve entender o contrário, ou seja, que é de fato preciso saber português para escrever bem. b) Ao dizerem "as quinhentas milhões de pessoas", os falantes fazem a concordância de gênero entre a palavra "quinhentas" e o termo "pessoas" e não com "milhões". 05. a) No texto I, o professor exerce o papel de formador do cidadão através do incentivo à leitura crítica que propicia a expansão do conhecimento do mundo. No texto II, o professor é apresentado como aquele que ensina o conhecimento associado à grafia e ao domínio da língua padrão. b) Exemplo: Resposta: Pessoas extranha reescrita: Resposta: Pessoas estranhas ANOTAÇÕES
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