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PORTUGUÊS
PRÉ-VESTIBULAR 205PROENEM.COM.BR
CONCORDÂNCIA NOMINAL28
Chama-se concordância o fenômeno gramatical que consiste 
em o vocábulo determinante adaptar-se ao gênero e número do 
vocábulo determinado. Assim, quando temos uma relação entre 
o substantivo e um adjetivo, pronome, numeral ou artigo, temos a 
chamada concordância nominal. Caso a relação seja entre o verbo 
e seu sujeito, passamos à concordância verbal.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
A regra geral de concordância estabelece que os termos 
ligados entre si devem obedecer ao gênero, número ou pessoa do 
termo determinante. Isto significa dizer que os artigos, adjetivos, 
numerais e pronomes adjetivos concordam em gênero e número 
com os substantivos a que se referem.
O primeiro colocado e seu belo prêmio.
Os primeiros colocados e seus belos prêmios.
A primeira colocada e sua bela medalha.
As primeiras colocadas e suas belas medalhas.
Alguns casos tornam-se mais complexos para o estudante 
da língua, especialmente quando envolvem um determinante 
referindo-se a mais de um substantivo ou o inverso, um substantivo 
sendo determinado por mais de um adjetivo ou equivalente.
a) Adjetivo referente a mais de um substantivo
Se o determinante está anteposto ao substantivo, concorda 
com o elemento mais próximo:
Ele fez ótimas provas e trabalhos.
Ele fez ótimos trabalhos e provas.
Se o determinante está posposto ao substantivo, deverá ser 
flexionado no plural ou concordará com o termo mais próximo, a 
chamada concordância atrativa. Caso os substantivos possuam 
gênero diferente, a concordância será feita com o masculino plural.
• Concordância com ambos os termos
Comprei revista e apostila ilustradas.
Comprei livro e caderno ilustrados.
Comprei livro e apostila ilustrados.
(gêneros diferentes = masculino plural)
Comprei livros e apostilas ilustrados.
(gêneros diferentes = masculino plural)
• Concordância atrativa
Comprei livro e apostilas ilustradas.
Comprei livro e apostila ilustrada.
Comprei apostila e livro ilustrado.
Comprei apostilas e livros ilustrados.
(neste caso, pode-se considerar a concordância 
só com “livros” ou com os dois elementos)
b) Substantivo sinônimos ou em gradação
Neste caso, o termo determinante concorda de forma atrativa, 
com o elemento mais próximo.
Desrespeitaram o povo e a gente brasileira.
Foi somente um olhar, uma contração, 
um gesto inexpressivo.
c) Adjetivo funcionando como predicativo
Quando o adjetivo exercer a função de predicativo, 
deve concordar com o sujeito ou objeto a que se refere, 
independentemente da posição em que apareça na frase.
O homem e o menino estavam perdidos.
Perdidos estavam o homem e o menino.
O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui.
Estavam vendidos a casa e o apartamento.
d) Mais de um adjetivo referente ao mesmo substantivo
Nesses casos, a concordância pode ser feita com a colocação 
de um artigo diante de todos os adjetivos:
Estudava a língua inglesa e a espanhola.
A outra possibilidade é a flexão do substantivo no plural:
Estudava as línguas inglesa e espanhola.
e) Expressões “um e outro” ou “nem um nem outro” seguidas 
de substantivo
O substantivo deve permanecer no singular:
Um e outro aspecto.
Nem um nem outro argumento.
De um e outro lado.
f) Expressões “um e outro” ou “nem um nem outro” seguidas 
de substantivo e adjetivo
Neste caso, mantém-se o substantivo no singular, conforme a 
regra anterior, mas o adjetivo deve flexionar-se no plural:
Um e outro aspecto complicados.
Uma e outra causa justas.
g) Particípio passado seguido de substantivo:
O particípio passado é uma forma verbal que pode funcionar 
como um adjetivo simples e, assim, concorda com o substantivo 
a que se refere:
Feitas as contas
Vistas as condições
Restabelecidas as amizades
Postas as cartas na mesa
Salvas as crianças
As palavras “salvo” (exceção), “posto” (causa) e 
“visto” (causa), quando tem os significados indicados 
entre parênteses, assumem o papel de conectivos, como 
preposições e conjunções, sendo, portanto, invariáveis:
Salvo honrosas ocasiões.
Posto ser tarde, irei.
Visto ser longe, não irei.
PROEXPLICA
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR206
PORTUGUÊS 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL
OUTROS CASOS
Algumas palavras e expressões podem causar dúvida aos 
usuários da língua. Segue uma lista dos principais termos e 
expressões deste tipo:
a) Anexo e incluso
São adjetivos simples e concordam com o nome a que se 
referem.
Os recibos vão anexos.
As faturas seguiram inclusas.
A expressão “em anexo” é invariável. 
Vai em anexo a duplicata.
b) Alerta e menos
São sempre invariáveis.
Os seguranças estavam alerta.
Há menos gente na praça hoje.
c) Bastante
Quando é pronome indefinido, liga-se a um substantivo e 
flexiona-se em número e gênero normalmente. Como advérbio, 
liga-se a verbos e adjetivos, mas é invariável. Recomenda-se a 
substituição pela palavra “muito”, comparando-lhe a flexão.
A biblioteca do colégio tem bastantes livros.
(muitos livros)
As provas serão bastante difíceis.
(muito difíceis)
d) Caro e barato
Quando advérbios, são invariáveis; quando adjetivos, 
flexionam-se normalmente.
Comprou caro aquela amizade.
Ele veste-se com roupas caras.
e) Expressões do tipo “é necessário”, “é bom”, “é preciso”, “é 
proibido” seguidas de substantivo
Podem ficar invariáveis quando se deseja fazer uma 
referência de forma vaga, deixando o substantivo sem o artigo.
É necessário paciência.
É proibido entrada.
Entretanto, se há artigo precedendo o substantivo, a 
concordância entre os termos é obrigatória:
É proibida a entrada.
f) Meio
Quando é numeral ou adjetivo (com sentido de “metade”, “parte 
de”) flexiona-se em gênero e número; quando advérbio (sentido de 
“um pouco”, “um tanto”) é invariável:
O veículo comporta meia tonelada de carga.
Cheguei ao meio-dia e meia.
Ela esta meio cansada.
As pessoas eram meio chatas.
g) Mesmo
Quando em função adjetiva (com sentido de “próprio”), 
concorda com o substantivo a que se refere:
Ela mesma fez isso!
As crianças mesmas arrumaram a sala.
Quando “mesmo” equivale à denotação “de verdade”, fica 
invariável:
Ela fez isso mesmo!
h) Obrigado
Concorda em gênero com a pessoa que faz o agradecimento.
Muito obrigado, disse o filho à mãe.
Muito obrigada, disse a filha ao pai.
i) Possível
Quando acompanhado por “mais”, “menos”, “melhor” ou “pior”, 
concorda com o artigo que precede as expressões.
A menos possível das alternativas 
é a que você expôs.
Os melhores cargos possíveis 
estão neste setor da empresa.
As piores situações possíveis 
são encontradas nas favelas da cidade.
Os namorados devem ficar 
 o mais próximos possível.
A expressão “quanto possível” é invariável
A polícia enviará reforços o quanto possível.
j) Próprio
Concorda com o substantivo a que se refere.
Elas próprias reconhecem seus erros.
k) Quite
Concorda com o nome a que se refere.
O aluno está quite com os pagamentos do colégio.
Os alunos estão quites com os 
 pagamentos do colégio.
l) Só
Quando adjetivo (equivalente a sozinho), concorda com o 
substantivo a que se refere.
Os meninos, quando sós, falam sobre futebol.
Quando “só” tem valor de “somente” é advérbio e permanece 
invariável.
Eles só sabem falar de futebol.
m) Tal qual
Tal concorda com o antecedente, qual concorda com o 
consequente.
Ele não agia tal quais seus irmãos.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
u) Todo
Quando usado em termos compostos permanece invariável.
A divindade todo-poderosa do islamismo é Alá.
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
28 CONCORDÂNCIA NOMINAL
207
PORTUGUÊS
PROTREINO
EXERCÍCIOS
01. Descreva o que é concordância.
02. Explique como é a concordância nominal em casos com adjetivo 
referente a mais de substantivo.
03. Indique como é realizada a concordância nominal com o vocábulo 
“bastante”.
04. A concordância nominal com “mesmo” pode ser feita de duas 
formas. Aponte quais são elas e dê exemplos. 
05. Explique como é feita a concordância nominal com o vocábulo 
“possível”.
PROPOSTOSEXERCÍCIOS
01. (INSPER)
TEXTO I
sic - Em latim, significa assim. Expressão usada entre 
colchetes ou parênteses no meio ou no final de uma declaração 
entre aspas, ou na transcrição de um documento, para indicar que 
é assim mesmo, por estranho ou errado que possa ser ou parecer.
(http://www1.folha.uol.com.br/folha/circulo/manual_texto_s.htm)
TEXTO II
A ministra da Cultura, Ana de Hollanda, recebeu um grupo de 
50 manifestantes, que foram de ônibus a Brasília reclamar sobre a 
demora para receber os recursos do governo federal. (...)
Em nota divulgada ontem no site do Ministério da Cultura, Ana de 
Hollanda disse que o ministério "reconhece, valoriza e tem claro [sic] 
a necessidade da continuidade" do trabalho dos Pontos de Cultura. A 
nota, no entanto, não aponta quando o problema deve ser resolvido.
(Folha de São Paulo, 23/02/2011)
Considerando-se as informações apresentadas nos textos, é 
correto afirmar que o motivo da inclusão do “sic”, no Texto II, é 
apontar uma falha de 
a) concordância nominal, já que o adjetivo “claro” deveria estar 
no feminino para concordar com o substantivo “necessidade”.
b) regência nominal, pois o “a”, antes do substantivo “necessidade”, 
deveria receber acento grave para indicar a ocorrência de crase.
c) pontuação, uma vez que se omitiu a vírgula obrigatória para 
separar as orações coordenadas presentes nesse período.
d) acentuação gráfica, já que o verbo “ter”, presente na expressão 
“tem claro”, deveria receber acento circunflexo.
e) coesão textual, pois, nessa construção, é obrigatória a inclusão 
do conectivo “que” para ligar a oração principal à oração 
subordinada.
02. (INSPER)
Quem ri por último ri Millôr
Eu tinha 15 anos, havia tomado bomba, era virgem e não via, 
diante da minha incompetência para com o sexo oposto, a mais 
remota possibilidade de reverter a situação.
Em algum momento entre a oitava série e o primeiro colegial, 
todos os meus colegas haviam adotado roupas diferentes, gírias, 
trejeitos ao falar e ao gesticular, mas eu continuava igual – era como 
se houvesse faltado na aula em que os estilos foram distribuídos e 
estivesse condenado a viver para sempre numa espécie de limbo 
social, feito de incertezas, celibato e moletom.
O mundo, antes um lugar com regras claras e uma razoável 
meritocracia, havia perdido o sentido: os bons meninos não ganhavam 
uma coroa de louros – nem ao menos, vá lá, uma loura coroa –, era 
preciso acordar às 6h15 para estudar química orgânica e os adultos 
ainda queriam me convencer de que aquela era a melhor fase da vida.
Claro, observando-os, era óbvia a razão da nostalgia: seres de 
calças bege e pager no cinto, que gastavam seus dias em papinhos de 
elevador, sem ambições maiores do que um carro novo, um requeijão 
com menos colesterol, o nome na moldura de funcionário do mês e 
ingressos para o Holiday on Ice no fim de semana.
Em busca de algum consolo, me esforçava para bater o recorde 
jamaicano de consumo de maconha, mas, em vez de ter abertas 
as portas da percepção – ou o que quer que fizesse com que meus 
amigos se divertissem e passassem meia hora rachando o bico, sei 
lá, de um amendoim –, só via ainda mais escancaradas as portas 
da minha inadequação. Foi então, meus caros, que eu vi a luz - e a 
luz veio na forma de um livro; "Trinta anos de mim mesmo", do Millôr 
Fernandes. 
A primeira página que eu abri trazia um quadrado em branco, com 
a seguinte legenda: "Uma gaivota branca, trepada sobre um iglu branco, 
em cima de um monte branco. No céu, nuvens brancas esvoaçam e 
à direita aparecem duas árvores brancas com as flores brancas da 
primavera". Logo adiante estava "O abridor de latas", "Pela primeira 
vez no Brasil um conto inteiramente em câmera lenta" – narrando um 
piquenique de tartarugas que durava uns 1.500 anos. Mais pra frente, 
esta quadra: "Essa pressa leviana/ Demonstra o incompetente/ Por 
que fazer o mundo em sete dias/ Se tinha a eternidade pela frente?".
Lendo aquelas páginas, que reuniam o trabalho jornalístico do 
Millôr entre 1943 e 1973, compreendi que não estava sozinho em 
meu estranhamento: a vida era mesmo absurda, mas a resposta mais 
lógica para a falta de sentido não era o desespero, e sim o riso. Percebi, 
como se não bastasse, que se agregasse alguma graça aos meus 
resmungos poderia fazer daquele incômodo uma profissão. Dos 19 
anos até hoje, jamais paguei uma conta de luz de outra forma.
Uma pena nunca ter conhecido o Millôr pessoalmente, não ter 
podido apertar sua mão e agradecer-lhe por haver me sussurrado 
ao ouvido, quando eu mais precisava escutar, a única verdade que 
há debaixo do céu: se Deus não existe, então tudo é divertido.
Antonio Prata. Folha de S. Paulo. 04/04/2012. 
Embora se utilize de um registro linguístico coloquial na passagem 
“se divertissem e passassem meia hora rachando o bico”, o 
cronista estabelece, no termo destacado, a concordância nominal 
de acordo com as regras gramaticais. Assinale a alternativa em 
que o uso da palavra “meia” ou ”meio” NÃO está de acordo com a 
norma culta da língua. 
a) É meio-dia e meia.
b) Eu estou meia cansada.
c) As frutas estão meio caras.
d) Acolheu-me com palavras meio ríspidas.
e) Não me venha com meias palavras.
03. (CFTMG) A concordância nominal está de acordo com a norma 
padrão em: 
a) As hortaliças estão meio amareladas, mas temos de consumi-
las.
b) Ela mesmo confeccionou lindíssimas fantasias para o baile das 
bruxas.
c) Aqueles casos de febre nas aves asiáticas ficaram bastantes 
complicados.
d) É proibida entrada de pessoas estranhas naquele recinto, 
depois das 14 horas.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR208
PORTUGUÊS 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL
04. (IFSC) Assinale a alternativa em que a palavra em destaque 
está empregada de forma CORRETA na frase considerando-se a 
norma padrão escrita. 
a) Frederico recebeu uma carta com as fotos anexa.
b) Elas mesmas assumiram a culpa e pagaram o prejuízo.
c) Os alunos mesmo disseram à professora que queriam ler mais 
um livro.
d) Todos os formandos estavam quite com a mensalidade da 
formatura.
e) O acidente foi grave. O motorista ficou com o braço e a perna 
quebradas.
05. (UNIFESP)
LOJA DE CALÇADOS FEMININO
Vende-se 3 lojas bem montadas
tradicionais, nos melhores Pontos
da Cidade. Ótima Oportunidade!
F: (__) xxx-xxxxxx
(O Estado de S.Paulo, 15.08.2002)
De acordo com as normas gramaticais, particularmente no que se 
refere às regras de concordância, o título deste anúncio deveria ser 
a) LOJAS DE CALÇADOS FEMININO, porque, na sequência, o texto 
fala em "3 lojas".
b) LOJAS DE CALÇADOS FEMININOS, porque, na sequência, o 
texto fala em "3 lojas".
c) LOJA DE CALÇADOS FEMININOS, porque o título não 
especifica as outras duas lojas "bem montadas" de calçados, 
implicitamente, masculinos.
d) LOJA FEMININA DE CALÇADOS, porque o título não se relaciona 
com o restante do anúncio.
e) LOJA DE CALÇADOS FEMININO, tal como aparece no anúncio, 
porque o vocábulo "FEMININO" apenas especifica o tipo de 
calçado comercializado pelas lojas à venda.
06. (UFJF - adaptada) No fragmento "(...) tenho PRESERVADOS os 
movimentos de braços, mãos e dedos (...).", o ajuste de flexões em 
"preservados" se explica por um processo de: 
a) concordância nominal com "braços".
b) concordância verbal com "movimentos".
c) concordância nominal com "movimentos".
d) concordância verbal com "braços, mãos e dedos".
e) concordância nominal com "dedos".
07. (IFCE)
Velho papel pode estar com os anos contados
Já imaginou, daqui a algumas décadas, seu neto lhe 
perguntando o que era papel? Pois é, alguns pesquisadores já 
estão trabalhando para que esse dia chegue logo.
A suposta ameaça 7à fibra natural não é o desajeitado e-book, 
mas o papel eletrônico, uma 'folha' que você carregaria dobrada 
no bolso.
Ela seria capaz de mostrar o jornal do dia – com vídeos, fotos e 
notícias 8atualizadas –, o livro que você estivesse lendo ou qualquer 
informação antes impressa. Tudo ali.
Desde os anos 70, está no ar a 5ideia de papel eletrônico, mas as 
últimas novidadessão de duas semanas atrás. Cientistas holandeses 
anunciaram que estão perto de criar uma tela com 'quase todas' as 
propriedades do papel: 3leveza, flexibilidade, 4clareza, etc.
A novidade que deixa o invento um pouco mais palpável está 
nos transistores. No papel do futuro, eles não serão de 6silício, mas 
de plástico – que é maleável e barato.
Os holandeses dizem já ter um protótipo que mostra imagens 
em movimento em uma tela de duas polegadas, ainda que de 
qualidade 1'meia-boca'.
2Mas não vá celebrando o fim do desmatamento e do peso na 
mochila. A expectativa é que um papel eletrônico mais ou menos 
convincente apareça só daqui a cinco anos.
Folha de S. Paulo, 17 dez. 2001. Folhateen, p. 10. 
A forma adjetiva “... atualizadas...” (ref. 8) está concordando com 
os substantivos “fatos e notícias”. Não se observou a concordância 
nominal em 
a) As mulheres disseram muito obrigadas.
b) Não somos nenhuns coitados.
c) Bastantes pessoas vão usar o papel do futuro.
d) As novidades da informática custam caro.
e) É proibido a entrada de pessoas estranhas.
08. (CESGRANRIO) Qual a única concordância nominal indicada 
entre parênteses ACEITA pela norma culta? 
a) Essa entidade beneficente está aceitando qualquer tipo de 
roupa usada e até de óculos_______ (velho)
b) Esses diretores não costumam aceitar nossas reivindicações, 
_______ que sejam elas. (qualquer)
c) Pode-se ver do alto daquele prédio as bandeiras_______ 
(brasileira e portuguesa)
d) _______reclamações foram feitas sobre o descaso das 
autoridades. (Bastante)
e) Veio_______ ao requerimento a planta da casa a ser reformada. 
(anexo)
09. (UDESC)
1A vida de geladeira me lembrava a infância 2quando nos 
prendiam no quarto com uma daquelas doenças inevitáveis: 
sarampo, caxumba, catapora. Ali ainda era possível olhar pela 
janela a chuva fininha caindo nas ruas de Minas, a tropa de burros 
transportando carvão, 3a cara do carvoeiro manchada de negro nas 
bochechas. Os adultos apareciam de tarde e de manhã, 4colocavam 
o termômetro não sem balançá-lo energicamente antes. 5Quando 
tiravam o termômetro e se aproximavam da claridade, 6discutiam 
em voz baixa. Trinta e sete e meio, normal; não, trinta e sete e meio 
ainda é febre. Não sabíamos o que significavam realmente aqueles 
números e nem aquela coisa fria debaixo do braço. Mas a palavra 
febre era definitiva. Com febre você não pode sair; enquanto você 
tiver febre você terá de ficar dentro do quarto. De manhã você tinha 
menos febre, 7de tarde as coisas pioravam. E isto era todo dia. Por 
que não enfiar aquele termômetro só de manhã? 
Aquela altura os jornais já haviam publicado reportagens 
relativamente extensas e exatas sobre 8o sequestro do 
Embaixador americano. O Rio de Janeiro estava ainda fora de 
propósito. Para onde ir? As coisas estavam nesse pé: 9iríamos 
para algum lugar que não fosse o Rio de Janeiro, dentro 
de algum tempo. 10Não sei se o leitor/a já se meteu nessas 
complicações onde há muitas variáveis desconhecidas. Minha 
técnica é de abandonar algumas e me fixar na mais viável. Não 
me perguntava tanto quando sairia e sim para onde sairia. O 
problema do quando se resolveria depois. 
Adap. GABEIRA, Fernando. O que é isso, companheiro? 
Rio de Janeiro: Codecri, 1979, p. 139. 
Assinale a alternativa incorreta em relação à obra O que é isso, 
companheiro?, Fernando Gabeira, e ao texto. 
PRÉ-VESTIBULAR PROENEM.COM.BR
28 CONCORDÂNCIA NOMINAL
209
PORTUGUÊS
a) Em relação ao estilo, a obra de Gabeira é pontuada por frases 
curtas e tom informal, características também do discurso 
jornalístico.
b) Nos sintagmas “quando nos prendiam no quarto com uma 
daquelas doenças inevitáveis” (referência 2) e “Quando tiravam 
o termômetro” (referência 5) as palavras destacadas remetem 
à ideia de temporalidade. 
c) Da leitura da obra, depreende-se que a expressão “A vida 
de geladeira” (referência 1) remete à ideia de confinamento 
retratada no período da ditadura.
d) O período “Não sei se o leitor/a já se meteu nessas 
complicações onde há muitas variáveis desconhecidas. Minha 
técnica é de abandonar algumas e me fixar na mais viável. Não 
me perguntava tanto quando sairia e sim para onde sairia” 
(referência 10) justifica que a narração em primeira pessoa 
explicita as vivências do autor em um mundo real, tornando a 
sua ficção mais verossímil.
e) Na estrutura linguística “a cara do carvoeiro manchada de negro nas 
bochechas” (referência 3), no que se refere à concordância nominal, 
há um desvio às normas exigidas pela gramática normativa.
10. (UECE) No trecho, “Primeiro há uma diferença de clima entre 
aquele bando de adolescentes espalhados pela calçada, sentados 
sobre carros, em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes, e 
aqueles que transitam pela rua” existe um caso de concordância 
verbal curioso. No trecho “aquele bando de adolescentes espalhados 
pela calçada, sentados sobre carros”, há um sintagma nominal cujo 
núcleo é bando, um substantivo coletivo que vem seguido de uma 
expressão no plural que o especifica: de adolescentes. 
Observe o que é dito a seguir.
I. Em casos como esse, a regra geral da gramática normativa 
é a seguinte: com o substantivo coletivo, a concordância 
se faz no singular. Por essa ótica, no texto, deveríamos 
ter a seguinte estrutura: aquele bando de adolescentes 
espalhado pela calçada e sentado sobre carros.
II. A gramática faculta a seguinte possibilidade: se o coletivo 
vier seguido de uma expressão no plural que o especifique, o 
adjetivo ou o particípio que forma essa expressão pode ir para 
o plural ou ficar no singular: aquele bando de adolescentes 
espalhados pela calçada, sentados sobre carros.
III. Empregar o singular ou o plural nesses casos fica a critério 
do usuário da língua. Esses dois tipos de concordância 
variam livremente, independente de possíveis motivações.
Está correto o que se afirma em 
a) I e II apenas.
b) I, II e III.
c) I e III apenas.
d) II e III apenas.
11. (ESPM) Na frase: “Analfabetismo, saneamento bá sico e pobreza 
combinados explicam 62% da taxa de mortalidade das crianças com 
até cinco anos no Brasil.” (O Estadão), o ter mo em negrito: 
a) transgride as normas de concordância nominal.
b) concorda em gênero e número com o ele mento mais próximo. 
c) faz uma concordância ideológica, num caso de silepse de número.
d) poderia ser substituído pelo termo “com binadas”.
e) concorda com todos os termos a que se re fere, prevalecendo 
o masculino plural.
12. (IFSUL) Há concordância nominal INADEQUADA em: 
a) É proibida entrada em bueiros.
b) O menino achou bastantes moedas no bueiro.
c) Ele escolheu mau lugar e hora para fazer a expedição.
d) A primeira e a segunda expedições da tarde eram bem 
sucedidas.
13. (MACKENZIE)
I. Todos estavam meios cansados, porque já era meio-dia e 
meia e fazia muito calor.
II. Fazem trinta anos que nos conhecemos.
III. Nenhum dos presentes à festa souberam dizer se 
houveram tiros dentro ou fora da casa, durante o assalto.
Quanto à concordância nominal e verbal, assinale: 
a) se apenas I está correta.
b) se apenas II e III estão corretas.
c) se todas estão corretas.
d) se apenas II está correta.
e) se todas estão incorretas.
14. (UFRGS) Considere o trecho abaixo:
É o que tem ocorrido com o estudo da relação entre a obra e o 
seu condicionamento social, que a certa altura chegou a ser vista 
como chave para compreendê-la, depois foi rebaixada como falha 
de visão, — e talvez só agora comece a ser proposta nos devidos 
termos.
Se a palavra relação fosse substituída por vínculo, quantas 
outras palavras no trecho teriam de ser modificadas para fins de 
correção gramatical? 
a) Duas. b) Três. c) Quatro. d) Cinco. e) Seis.
15.(UNESP - adaptada) Nos trechos “asseguradas a liberdade de 
escolha e a igualdade das contratações” e “assegurada a proteção 
jurídica, administrativa e técnica aos necessitados”, a análise das 
concordâncias dos adjetivos em destaque permite afirmar que 
a) apenas a primeira ocorrência está correta.
b) apenas a segunda ocorrênciaestá correta.
c) as duas ocorrências são aceitáveis, mas não corretas.
d) as duas ocorrências estão incorretas.
e) as duas ocorrências estão corretas.
16. (COL. NAVAL) Em qual das opções foi estabelecida a 
concordância nominal correta no trecho destacado? 
a) Em casos de dependência em internet, a avaliação psicológica 
é necessária.
b) Um e outro internautas precisa de limites quanto ao uso da 
Rede.
c) Haja visto o grande número de viciados em internet, alguma 
providência deve ser tomada.
d) Dado a dependência na Web, muitos jovens estão 
comprometendo o convívio social.
e) A juventude tem ficado meia prejudicada por causa do uso 
indevido da Rede.
17. (IFAL) Escolha a frase cuja concordância nominal está correta. 
a) Alguns pseudos-sociólogos se opõem ao Bolsa Família.
b) Há partes da floresta que estão menas devastadas que outras.
c) Visto a grande destruição, alguma atitude deve ser tomada.
d) Seguem anexo os documentos do processo.
e) Todos devem ficar alerta para a questão do desmatamento.
18. (UFRGS)
Darwin passou quatro meses no Brasil, em 1832, durante a 
sua 2célebre viagem a bordo do Beagle. Voltou impressionado 
com o que viu: "5Delícia é um termo 17insuficiente para 19exprimir 
as emoções sentidas por 28um naturalista a 8sós com a natureza 
em uma floresta brasileira", escreveu. O Brasil, 11porém, aparece de 
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR210
PORTUGUÊS 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL
forma menos 21idílica em 27seus escritos: "Espero nunca mais voltar 
a um 12país escravagista. O estado da enorme população escrava 
deve preocupar todos os que chegam ao Brasil. Os senhores de 
escravos querem ver o negro romo outra espécie, mas temos todos 
a mesma origem."
Em vez do gorjeio do 6sabiá, o que Darwin guardou nos ouvidos 
foi 30um som 3terrível que 29o acompanhou por toda a vida: "13Até 
hoje, se eu ouço um grito, 39lembro-me, com 22dolorosa e clara 
memória, 43de quando passei numa casa em Pernambuco e ouvi 
urros 14terríveis. Logo entendi que era algum pobre escravo que 
estava sendo torturado,"
Segundo o 4biólogo Adrian Desmond, “a viagem do Beagie, para 
Darwin, foi 40menos 41importante pelos 15espécimes coletados do 
que pela 16experiência de 25testemunhar os horrores da 23escravidão 
no Brasil. 47De certa forma, ele escolheu focar na 20descendência 
comum do homem justamente para mostrar que 32todas as 
raças eram iguais e, 31desse modo, enfim, 44objetar 36àqueles que 
18insistiam em dizer que os negros pertenciam a uma espécie 
diferente e inferior à dos brancos". 1Desmond acaba de lançar um 
estudo que mostra a paixão abolicionista 35do cientista, 26revelada 
por 33seus 7diários e cartas 42pessoais. “A extensão de 34seu 
interesse no combate à ciência de cunho racista 9é surpreendente, 
e pudemos detectar um ímpeto moral por 10trás de seu trabalho 
sobre a evolução humana - urna crença na ‘irmandade racial’ que 
38tinha 37origem em 45seu ódio 46ao 24escravismo e que o levou a 
pensar numa descendência comum."
Adaptado de: HAAG, C. O elo perdido tropical. 
Pesquisa FAPESP, n. 159, p. 80 - 85, maio 2009. 
Considere as seguintes afirmações.
I. A substituição de um som (ref. 30) por sons exigiria que 
três outras palavras do período também passassem para 
o plural.
II. A substituição de àqueles que (ref. 36) por a quem exigiria 
o uso de insistia em vez de insistiam (ref. 18).
III. A substituição de origem (ref. 37) por raízes exigiria o uso 
de tinham em vez de tinha (ref. 38).
Quais estão corretas? 
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) Apenas II e III.
19. (EEAR) Em relação à concordância nominal, assinale a 
alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
I. __________, diziam as moças, em uníssono, para o professor 
de português, após a aprovação no certame.
II. São __________ a fome e o desprezo.
III. É __________ paciência com candidatos recursivos. 
a) obrigadas – vergonhosos – necessário
b) obrigado – vergonhosos – necessária
c) obrigado – vergonhoso – necessário
d) obrigada – vergonhosa – necessária
20. (IFPE)
Futebol de rua
Pelada é o futebol de campinho, de terreno baldio. (I) Mas 
existe um tipo de futebol ainda mais rudimentar do que a pelada. 
É o futebol de rua. Perto do futebol de rua qualquer pelada é luxo 
e qualquer terreno baldio é o Maracanã em jogo noturno. (II) Se 
você é homem, brasileiro e criado em cidade, sabe do que eu estou 
falando. (III) Futebol de rua é tão humilde que chama pelada de 
senhora. Não sei se alguém, algum dia, por farra ou nostalgia, 
botou num papel as regras do futebol de rua. Elas seriam mais ou 
menos assim:
DA BOLA – A bola pode ser qualquer coisa remotamente 
esférica. Até uma bola de futebol serve. No desespero, usa-se 
qualquer coisa que role, como uma pedra, uma lata vazia ou a 
merendeira do seu irmão menor, que sairá correndo para se queixar 
em casa. (...)
DAS GOLEIRAS – As goleiras podem ser feitas com, 
literalmente, o que estiver à mão. Tijolos, paralelepípedos, camisas 
emboladas, os livros da escola, a merendeira do seu irmão menor, 
e até o seu irmão menor, apesar dos seus protestos. (IV) Quando 
o jogo é importante, recomenda-se o uso de latas de lixo. Cheias, 
para aguentarem o impacto. (...)
DO CAMPO – O campo pode ser só até o fio da calçada, calçada 
e rua, calçada, rua e a calçada do outro lado e – nos clássicos – o 
quarteirão inteiro. O mais comum é jogar-se só no meio da rua.
DA DURAÇÃO DO JOGO – (V) Até a mãe chamar ou escurecer, 
o que vier primeiro. Nos jogos noturnos, até alguém da vizinhança 
ameaçar chamar a polícia.
DO JUIZ – Não tem juiz.
(...)
DAS SUBSTITUIÇÕES – Só são permitidas substituições:
a. No caso de um jogador ser carregado para casa pela orelha 
para fazer a lição.
b. Em caso de atropelamento.
DO INTERVALO PARA DESCANSO – Você deve estar brincando.
DA TÁTICA – Joga-se o futebol de rua mais ou menos como o 
Futebol de Verdade (que é como, na rua, com reverência, chamam 
a pelada), mas com algumas importantes variações. O goleiro só é 
intocável dentro da sua casa, para onde fugiu gritando por socorro. 
É permitido entrar na área adversária tabelando com uma Kombi. 
Se a bola dobrar a esquina é córner*.
DAS PENALIDADES – A única falta prevista nas regras do 
futebol de rua é atirar um adversário dentro do bueiro. É considerada 
atitude antiesportiva e punida com tiro indireto.
DA JUSTIÇA ESPORTIVA – Os casos de litígio serão resolvidos 
no tapa.
Luís Fernando Veríssimo 
(Publicado em Para Gostar de Ler. v.7. SP: Ática, 1981) 
*córner = escanteio
As proposições abaixo tratam das regras de concordância nominal. 
Analisando frases do texto, observe:
I. A concordância no período “É considerada atitude 
antiesportiva e punida com tiro indireto” está correta, pois o 
adjetivo “considerada” concorda com o substantivo “atitude”.
II. O enunciado “É permitido entrar na área adversária 
tabelando com uma Kombi” está correto, pois o adjetivo 
“permitido” fica invariável quando o sentido é vago, 
genérico.
III. O erro em “Só são permitidas substituições (...)” está no 
adjetivo “permitidas”, que deveria ficar no masculino 
devido à ausência de artigo ou de outro determinante antes 
de “substituições”.
IV. O enunciado “É permitido entrar na área adversária 
tabelando com uma Kombi” deveria ser substituído por “É 
permitida a entrada na área adversária tabelando com uma 
Kombi” para se adequar à norma padrão.
V. O período “Só são permitidas substituições (...)” está 
correto, pois o adjetivo “permitidas” deve concordar com 
“substituições” que está no feminino plural, mesmo sem a 
presença do determinante.
Estão corretas, apenas: 
a) I, II e V
b) I, III e IV
c) IV e V
d) I e II
e) II e III
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28 CONCORDÂNCIA NOMINAL
211
PORTUGUÊS
APROFUNDAMENTO
EXERCÍCIOS DE
01. (FUVEST) Leia o texto.
Ditadura / Democracia
A diferença entre uma democracia e um país totalitário é que 
numa democracia todo mundo reclama, ninguém vive satisfeito. 
Mas se você perguntar a qualquer cidadão de uma ditadura oque 
acha do seu país, ele responde sem hesitação: “Não posso me 
queixar”.
Millôr Fernandes, Millôr definitivo: a bíblia do caos.
a) Para produzir o efeito de humor que o caracteriza, esse texto 
emprega o recurso da ambiguidade? Justifique sua resposta.
b) Reescreva a segunda parte do texto (de “Mas” até “queixar”), 
pondo no plural a palavra “cidadão” e fazendo as modificações 
necessárias. 
02. (UFMG) Leia estes cartazes:
a) Explique, do ponto de vista da gramática normativa, o problema 
que ocorre na frase apresentada em cada um desses cartazes.
b) Reescreva a frase apresentada em cada um desses cartazes, 
de modo a adequá-la às regras do português padrão. 
03. (UFTM)
A resposta de qualquer pai ou mãe, questionado sobre o que 
deseja para os filhos, está sempre na ponta da língua: “Só quero que 
sejam felizes”. A frase não deixa dúvidas de que, numa sociedade 
moderna, livre de muitas das restrições morais e culturais do 
passado, a felicidade é vista como a maior realização de um 
indivíduo. Até governos nacionais se viram na obrigação de fazer 
algo a respeito. Neste ano, a China e o Reino Unido anunciaram 
a intenção de medir o grau de felicidade de seus habitantes. Os 
governantes, espera-se, querem o melhor para seu país, assim 
como os pais querem o melhor para seus filhos. Mas a ambição de 
sempre colocar um sorriso no rosto pode ter um efeito contrário. 
A pressão por ser feliz, condição nada fácil de ser definida, pode 
acabar reduzindo as chances de as pessoas viverem bem.
“Quero que meus filhos sejam felizes, mas também que 
encontrem um propósito e conquistem seus objetivos”, diz o 
americano Martin Seligman, considerado o mestre da psicologia 
positiva. Depois de estudar a busca da felicidade por mais de 20 
anos, ele afirma ser tolice elegê-la como a única ambição na vida. 
Ex-presidente da Associação Americana de Psicologia, professor 
da Universidade da Pensilvânia, pai de sete filhos e avô pela 
quarta vez, Seligman reviu suas teorias e concluiu que é preciso 
relativizar a importância das emoções positivas. “Perseguir apenas 
a felicidade é enganoso”, diz Seligman a ÉPOCA. Segundo ele, a 
felicidade pode tornar a vida um pouco mais agradável. E só. Em 
seu lugar, o ser humano deveria buscar um objetivo mais simples e 
fácil de ser contemplado: o bem-estar.
(Letícia Sorg e Juliana Elias, http://revistaepoca.globo.com, 27.05.2011.) 
Com base no texto, responda:
a) Reescreva o trecho – A resposta de qualquer pai ou mãe, 
questionado sobre o que deseja para os filhos, está sempre na 
ponta da língua: “Só quero que sejam felizes”. – preservando o 
sentido do texto e fazendo as adaptações necessárias a fim de 
substituir a expressão pai ou mãe pelo plural pais.
b) Explique qual é o significado de mencionar que o americano 
Martin Seligman é pai de sete filhos e avô pela quarta vez 
(segundo parágrafo). 
04. (UFG) Em uma entrevista, Ferreira Gullar, ao ser perguntado: 
"Você começou estudando gramática. É preciso isso para escrever 
bem?", responde: "Não (com ironia). E nem é preciso saber 
português. É ler os jornais e ver a TV para perceber. Outro dia ouvi 'as 
quinhentas milhões de pessoas'. Eles não sabem que 'quinhentos' 
é palavra masculina. Confundem 'este' com 'esse'. 'Esse programa 
que estão vendo...'. Para eles é tudo a mesma coisa. Ignoram que 
as palavras têm sentido preciso e, para escrever bem, é preciso 
saber o significado, as relações entre elas, quais se combinam, 
como convivem. Para isso é preciso ter lido algo".
"LÍNGUA PORTUGUESA", São Paulo: Segmento, ano 1, n. 5, 2006.
Considerando-se o trecho transcrito da entrevista de Ferreira 
Gullar, explique
a) a alteração ocorrida na resposta do entrevistado com o 
acréscimo da expressão, entre parênteses, "com ironia";
b) a regra que os falantes utilizam quando dizem "as quinhentas 
milhões de pessoas". 
05. (UFF)
TEXTO I
Sabe os dias do aviador, do advogado, do médico, do 
engenheiro? 
Só existem por causa do dia de hoje.
15 de outubro,
Dia do professor
Uma homenagem do Globo e do programa Quem Lê Jornal 
Sabe Mais, que capacita centenas de professores para, através 
da leitura crítica do jornal, levar seus alunos a ocupar um lugar 
importante no mundo: o de cidadão.
TEXTO II
No dia 15 de outubro - dia do professor - publicaram-se, no jornal 
"O Globo", duas matérias publicitárias relativas à data.
a) Compare as duas matérias publicitárias (Texto I e Texto II) e 
depreenda, na mensagem de cada texto, uma característica que 
aponte diferentes papéis exercidos pelo professor na sociedade.
b) Retire, das tabuletas do Texto II, um exemplo de inadequação 
em relação à concordância, reescrevendo-o de acordo com a 
língua padrão.
PRÉ-VESTIBULARPROENEM.COM.BR212
PORTUGUÊS 28 CONCORDÂNCIA NOMINAL
GABARITO
 EXERCÍCIOS PROPOSTOS
01. A
02. B
03. A
04. B
05. B
06. C
07. E
08. C
09. E
10. A
11. E
12. A
13. E
14. C
15. E
16. A
17. E
18. D
19. A
20. E
 EXERCÍCIOS DE APROFUNDAMENTO
01. a) A frase “Não posso me queixar” permite duas interpretações: o cidadão não reclama 
da situação porque está contente com o sistema ou, então, porque ele está sujeito a um 
regime totalitarista em que a censura o impede de manifestar a sua insatisfação.
b) Mas se você perguntar a quaisquer cidadãos de uma ditadura o que acham do seu país, 
eles respondem sem hesitação: “Não podemos nos queixar”. 
02. a) No primeiro quadro, o termo “meio”, em negrito, é inadequado, pois o adjetivo deveria 
concordar com o substantivo implícito a que se refere (hora) e deveria ser substituído por 
meia para respeitar as regras da gramática normativa. No segundo, o pronome oblíquo 
“mim” deveria ser substituído por eu, pronome pessoal reto, sujeito do verbo “fazer”. No 
terceiro, a expressão “incluir fora” gera uma contradição, pois “incluir” significa inserir 
e o advérbio “fora” apresenta noção de exclusão, o que poderia ser evitado com a sua 
substituição por pode me excluir dessa.
b) As frases deveriam ser substituídas por: “já é meio-dia e meia”, “isto é para eu fazer” e 
“pode me excluir dessa”, respectivamente. 
03. a) A resposta de quaisquer pais, questionados sobre o que desejam para os filhos, está 
sempre na ponta da língua: “Só queremos que sejam felizes”.
b) Ao mencionar que o americano Martin Seligman é pai de sete filhos e avô pela quarta 
vez, as articulistas pretendem valorizar a experiência que o psicólogo foi adquirindo ao 
longo da vida e que lhe permitiu rever alguns conceitos enunciados anteriormente. 
04. a) O uso da expressão ("com ironia") altera o sentido da resposta dada por Ferreira 
Gullar. Então, quando o autor afirma "e nem é preciso saber português", o leitor deve 
entender o contrário, ou seja, que é de fato preciso saber português para escrever bem.
b) Ao dizerem "as quinhentas milhões de pessoas", os falantes fazem a concordância de 
gênero entre a palavra "quinhentas" e o termo "pessoas" e não com "milhões". 
05. a) No texto I, o professor exerce o papel de formador do cidadão através do incentivo à 
leitura crítica que propicia a expansão do conhecimento do mundo. No texto II, o professor 
é apresentado como aquele que ensina o conhecimento associado à grafia e ao domínio 
da língua padrão.
b) Exemplo: Resposta: Pessoas extranha
reescrita: Resposta: Pessoas estranhas
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