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AULA 00- DEMONSTRATIVA 
 
 
 
Sumário 
CRIMINOLOGIA ....................................................................................................................... 5 
METODOLOGIA DO CURSO ................................................................................................. 6 
CRONOGRAMA DO CURSO .................................................................................................. 7 
1. CONSIDERAÇÕES PREMILINARES ACERCA DA CRIMINOLOGIA. 8 
1.1 O conceito de criminologia .................................................................................... 19 
1.2 O objeto de estudo da criminologia ................................................................... 23 
1.2.1 O crime ................................................................................................................. 23 
1.2.2 O Criminoso ........................................................................................................ 34 
1.2.3 A vítima ................................................................................................................ 37 
1.2.4 O controle social ................................................................................................ 42 
2. RESUMO .............................................................................................................................. 44 
3. Exercícios de Sala de Aula ........................................................................................... 53 
 
 
 
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Caro estudante, inicialmente gostaria de externar minha 
felicidade em poder colaborar, na tão sonhada aprovação, em um 
concurso público, seja ele qual for! 
 
 
 
Estamos a um passo da realização de seu sonho! Agora falta 
pouco, mas nem por isso vamos diminuir o ritmo de estudo, empenho 
e concentração, ao contrário, é hora de reforçarmos o conhecimento 
e nos prepararmos para essa nova etapa com mais afinco! 
Este texto inicial tem por finalidade, demonstrar a você de 
forma detalhada e didática como deve ser seu estudo no que tange 
ao Estudo da criminologia, para os mais diversos concursos em nosso 
país. Eu Prof. Fernando Marques vou lhe auxiliar com esse material 
completo, passo a passo, por meio de nosso livro digital e de nossas 
vídeo-aulas complementares, para trilhar e elucidar eventuais 
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dúvidas, consolidando seu conhecimento e melhorando seu 
desempenho durante a sua trajetória até a tão sonhada APROVAÇÃO! 
Partindo dos estudos desenvolvidos ao longo dos últimos 10 
anos, na preparação dos alunos para uma diversidade de concursos, 
e após uma análise minuciosa das provas anteriores, abordaremos de 
forma eficiente, a melhor técnica para que você otimize seu tempo de 
estudo. Assim, estudaremos os pontos mais relevantes, apontando 
para os conteúdos mais cobrados, dando orientações acerca da 
resolução das questões. 
Você deve estar se perguntando: Qual a importância da 
criminologia para a minha aprovação, em um concurso 
público? 
Pergunta fácil, galera! 
A criminologia está presente em uma diversidade de concursos 
públicos de nosso país. Seja tal concurso de nível médio ou superior, 
como demonstração deixo para vocês alguns cargos que em seus 
concursos abordam questões de criminologia. 
¾ PERITO CRIMINAL 
¾ DEFENSOR PÚBLICO 
¾ DELEGADO DE POLÍCIA 
¾ ESCRIVÃO DE POLÍCIA 
¾ TÉCNICO DE LABORATÓRIO 
¾ PAPILOSCOPITA POLICIAL 
¾ AGENTE DE POLÍCIA 
¾ INVESTIGADOR DE POLÍCIA 
¾ DESENHISTA TÉCNICO PERICIAL 
¾ TÉCNICO JUDICIÁRIO 
¾ PROMOTOR DE JUSTIÇA 
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¾ ATENDENTE DE NECROTÉRIO POLICIAL 
¾ MÉDICO LEGISTA 
¾ AUXILIAR PERICIAL 
¾ FOTÓGRAFO TÉCNICO PERICIAL 
¾ AUXILIAR DE NECROPSIA 
¾ PROCURADOR 
¾ AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL 
¾ DEFENSOR PÚBLICO FEDERAL 
¾ ANALISTA LEGISLATIVO 
¾ AUXILIAR DE PAPILOSCOPATIA 
¾ DESENHISTA TÉCNICO-PROFISSIONAL 
¾ PROCURADOR DA REPÚBLICA 
Galera, em alguns concursos a Criminologia se faz presente 
com maior intensidade: Um exemplo é o Concurso para Delegado de 
Polícia. 
Como consta no Blog do Estratégia Concursos, o edital do 
concurso da Polícia Civil de Sergipe para o cargo de Delegado de 
Polícia foi publicado! Com organização da banca Cebraspe, o certame 
oferecerá inicialmente 10 vagas para provimento imediato, além de 
formar cadastro de reserva. 
A remuneração inicial do cargo de Delegado de Polícia 
Substituto, classe inicial da carreira, é de R$ 11 mil. 
As inscrições poderão ser realizadas através do site do 
Cebraspe entre os dias 19 de julho e 06 de agosto, no valor de R$ 
249,00. 
Requisitos do cargo 
Diploma de Curso Superior em Direito, devidamente registrado, 
em instituição reconhecida pelo MEC. 
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Remuneração 
Abaixo você pode conferir a remuneração do cargo, que pode 
chegar a R$ 25 mil no final da carreira. 
Delegado de Polícia de Classe Especial: R$ 25.000,00 
Delegado de Polícia de 1ª Classe: R$ 22.500,00 
Delegado de Polícia de 2ª Classe: R$ 19.500,00 
Delegado de Polícia de 3ª Classe: R$ 16.500,00 
 
APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA 
DE AULAS 
CRIMINOLOGIA 
 
Aproveito a oportunidade, antes de iniciarmos os nossos 
trabalhos, para me apresentar a você: 
 
 
Meu nome é Fernando Tadeu Marques, sou doutorando e 
mestre pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, pós-
graduado pela Escola Paulista de Direito em Direito Público, e 
também pela Faculdade Anchieta em Docência no Ensino Superior. 
Sou bacharel em Direito pela Universidade Paulista. Leciono em 
cursos de graduação em direito e na pós-graduação da Escola 
Paulista de Direito (EPD) na disciplina Direito Penal Médico no curso 
Direito Médico e Hospitalar. Sou membro avaliador de artigos 
científicos na Universidade Central do Chile, na Universidade Federal 
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de Santa Maria e do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais. Integro 
como pesquisador na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) o 
Grupo de Pesquisa Conflitos armados, massacres e genocídios na era 
contemporânea. Desenvolvo ainda, a atividade de coordenador 
adjunto no IBCCRIM. Mas, o que me move, é o fato de poder 
contribuir com cada estudante, por meio do ensino e incentivo, para a 
sua aprovação em concursos públicos e no Exame de ordem, 
atividade que desenvolvo como professor há mais de 07 anos. 
www.facebook.com/fernandotadeumarques 
www.instagram.com/fernandotadeumarques/ 
 Fórum de Dúvidas do Portal do Aluno 
METODOLOGIA DO CURSO 
Caro aluno, quando adquirir esse curso, terá a possibilidade 
de estudar adotando a seguinte dinâmica: 
¾ Terá acesso ao Curso Teórico: que é composto do Livro 
Digital que está aula integra e acesso as Vídeo-Aulas. Neste 
material você terá acesso as noções de criminologia de forma 
que possa com tranquilidade identificar o que a banca pede. 
¾ Acessar o Fórum de dúvidas: poderemos conversar acerca 
do conteúdo do qual você não tenha entendido, ou queira 
compreender de maneira mais detalhada. 
¾ Ter acesso a uma diversidade de questões 
comentadas. 
³3URIHVVRU�)HUQDQGR�0DUTXHV�VHUi�VHX�SDUFHLUR�QHVVD�HWDSD´�� 
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Posso assegurar que neste curso o Estratégia tem um 
compromisso com você levar o melhor conteúdo por meio dos livros 
digitais e das aulas on line, e você pode conferir a qualidade 
gratuitamente por meio desta aula DEMONSTRATIVA, a fim de que 
você possa conhecer o material, e ver se ele atende às suas 
expectativas. 
VAMOS A LUTA, PESSOAL: 
³0DLRU� TXH� D� WULVWH]D� GH� QmR� KDYHU� YHQFLGR� p� D� YHUJRQKD� GH�
QmR�WHU�OXWDGR�´ 
Rui Barbosa 
 
CRONOGRAMA DO CURSO 
AULA CONTEÚDO DATA 
00 Aula Demonstrativa 20/07 
01 1 Criminologia. 1.1 Conceito. 1.2 Métodos: empirismo 
e interdisciplinaridade. 1.3 Objetos da criminologia: 
delito, delinquente, vítima, controle social. 
27/07 
02 2 Funções da criminologia. 2.1 Criminologia e política 
criminal. 2.2 Direito penal. 
05/08 
03 3 Modelos teóricos da criminologia. 3.1 Teorias 
sociológicas. 
 
12/08 
04 3.2 Prevenção da infração penal no Estado 
democrático de direito. 3.3 Prevenção primária. 3.4 
Prevenção secundária. 3.5 Prevenção terciária. 3.6 
Modelos de reação ao crime. 
19/08 
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05 Resumos e Mapas mentais 26/08 
06 Simulado 30/08 
 
 
Como vocês podem perceber as aulas são distribuídas 
para que possamos tratar cada um dos assuntos com 
tranquilidade, transmitindo segurança a vocês para um 
excelente desempenho em prova. 
Eventuais ajustes de cronograma poderão ser realizados 
por questões didáticas e serão sempre informados com 
antecedência. 
VAMOS ESTUDAR TURMA! 
1. CONSIDERAÇÕES PREMILINARES ACERCA DA 
CRIMINOLOGIA 
Antes de iniciarmos nossos estudos vamos analisar a evolução 
história dos estudos criminológicos. Temos uma diversidade de 
pensadores, todavia analisaremos os principais. 
ANTIGUIDADE 
O fato da criminologia ter ganhado terminologia apenas no 
século XIX, não impede que desde a antiguidade grandes 
pensadores opinassem e fornecessem diversos conceitos 
sobre assuntos relacionados ao estudo criminológico, como os 
delitos e as respectivas sanções. 
Isocrátes (436-338 a. C) 
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¾ Enfatizava para a problemática da ocultação do crime, 
segundo o pensador ocultar o crime é tomar parte nele1. 
Protágoras (485-415 a. C) 
¾ Compreendia a pena como meio de evitar a prática de novas 
infrações pelo exemplo que deveria dar a todos os membros 
de um corpo social. O pensador estuda a pena, e a finalidade 
desta (prevenção geral negativa). Importante sabermos 
que o pensador entra na história da Penalogia como o 
primeiro defensor da teoria da exemplaridade da 
pena, ou seja, defendia a função preventiva da pena, e 
não a vislumbrava como um simples castigo (fato 
defendido pela teoria da expiação). 
 
1
 SOARES, Orlando. Criminologia. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1986. p. 61 
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Sócrates (470-399 a. C) 
¾ Destaca a importância da ressocialização na medida em que 
pregava a necessidade de ensinar os delinquentes e não 
reiterar a conduta delitiva. Estudo da pena e sua finalidade. 
Não deixou qualquer escrito, o principal percursor de 
seus ideais foi Platão. 
 
Hipócrates (460-355) 
¾ Grande crítico da concepção religiosa acerca das doenças 
mentais. Hipócrates contribui de modo efetivo para a separação 
da Medicina, da religião, da Filosofia e da magia2. 
Platão (427-347 a. C) 
¾ Sustentava que a ganância, a cobiça ou cupidez geram a 
criminalidade. Estudo da etiologia do crime, análise das causas 
da criminalidade. 
Aristóteles (388-322 a. C) 
¾ Considerado o fundador da corrente psicológica do crime, 
seguia a mesma linha de pensamento de Platão. 
 
IDADE MÉDIA 
Século III e IV- Neste período vigora na Europa o sistema 
feudalista, cuja ideologia religiosa predominante era o cristianismo. 
Forte influência da igreja sobre o direito. Os doutores da Igreja e os 
Escolásticos não se preocupavam com a problemática da 
criminalidade. 
 
2
 SOARES, Orlando. Criminologia. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1986. p. 61 
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Principais estudiosos da época- São Tomás de Aquino: elenca 
que a pobreza é que dá causa a criminalidade. 
Santo Agostinho (354-430) 
¾ A pena deveria assumir um papel de defesa social, com a 
finalidade de promover a ressocialização do delinquente, 
evitando a reincidência. Para o monge, a pena de talião é a 
justiça dos injustos, devendo ser a pena uma ameaça e um 
exemplo, uma medida de defesa social e principalmente um 
meio de contribuição para a regeneração do culpado3. 
Durante a Idade Média a filosofia esteve ligada fortemente com a 
Religião. Neste período as ciências ocultas tiveram grande influência 
sobre as concepções criminológicas. Tais pseudociências, buscavam 
entender a personalidade e o destino do homem. 
¾ Quiromancia: Por meio do estudo das linhas e protuberâncias 
das mãos acredita-se na possibilidade de desvendar o caráter 
da pessoa. Essa arte teve início no oriente, tendo seus 
primeiros indícios na Índia, China e Egito. Forte influência no 
período medieval. 
¾ Astrologia: O movimento dos astros é capaz de influenciar a 
conduta delituosa humana. 
¾ Demonologia: Preocupou-se com o estudo da natureza e 
qualidade dos demônios, buscando estabelecer uma relação 
entre corpo e alma humana. Estudava os loucos, sujeitos a 
ataques de uma diversidade de ordens, e assimilava a loucura 
dos indivíduos com uma possessão demoníaca, fato que 
permite na época uma diversidade de atrocidades, como a 
tortura. 
 
3 SOARES, Orlando. Criminologia. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1986. p. 63 
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¾ Fisiognomia: Estuda a aparência externa do indivíduo, 
relacionado esta a existência íntima deste, averiguando suas 
condições psicológicas, sua sinceridade ou hipocrisia. Na 
atualidade a Fisiognomonia é estudada por monges, 
acupunturistas, e por toda uma legião de leigos e profissionais 
que reconhecem seu valor e importância como diagnóstico. 
Além de permitir que o especialista conheça certas 
particularidades do caráter da pessoa, a Fisiognomonia fornece 
outras informações através dos traços faciais, relacionando-os à 
sua saúde física, emocional e mental. A causa pura está na 
sensibilidade do especialista perceber, no rosto do paciente, o 
diagnóstico que se manifesta, quando os detalhes são 
reforçados e as pequenas mudanças são tratadas como grandes 
mudanças, e averiguadas as mazelas que não se manifestam 
(pseudo-saúde) . 
¾ Frenologia: Busca explicar a o caráter, características da 
personalidade, e grau de criminalidade pela forma da cabeça 
(lendo "caroços ou protuberâncias"). Sustenta que através do 
estudo do crânio é possível identificar as qualidades e o caráter 
do examinado, bem como, suas tendências criminosas. 
 
RENASCIMENTO 
 O Renascimento consistiu em um movimento cultural que 
marcou a fase de transição dos valores e das tradições medievais 
para um mundo totalmente novo. É uma fase de renascimento 
cultural, a volta das Letras, das Artes e dos estudos clássicos. 
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 No que tange ao pensamento criminológico, nesse período 
destacam se alguns autores, em ênfase a Thomas Morus (1478-
1535). 
¾ Thomas Morus: 
¾ Por meio de sua obra intitulada Utopia, o autor aborda o 
problema da criminalidade que se fazia presente intensamente 
na Inglaterra. A lei inglesa era dotada de severidade, e tinha 
por penal principal a pena de morte, onde se punia 
indistintamente o ladrão, o vagabundo e o assassino. 
¾ Morus defendia que a desigualdade entre os povos oportuniza 
maiores índices de criminalidade. 
¾ ³2�GHOLWR�p�SURGX]LGR�SRU�IDWRUHV�HFRQ{PLFRV�H�SHOD�JXHUUD��RX
seja, a onde de criminalidade que deixa a situação de pós-
guerra; o delito resulta também da ociosidade, do ambiente 
social e dos horrores da má educação. Portanto, não há apenas 
o fator criminógeno de natureza econômica, mas vários 
outros4.´ 
Outros dois nomes de importância da época foi de Erasmo de 
Roterdam e Martinho Lutero. O primeiro autor defendeu que, o 
problema do crime se relaciona com a pobreza, ou seja, esta leva 
ao crime. Já Martinho Lutero fez uma distinção entre a 
criminalidade urbana e a criminalidade rural. 
 
 
 
4
 SOARES, Orlando. Criminologia. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1986. p.66 
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ILUMINISMO 
O Iluminismo deita suas raízes na liberdade de expressão, 
consistiu em um grande movimento cultural filosófico datado nos fins 
do século XVII na Europa. Neste período, diversas são as 
contribuições dadas por grandes pensadores, para a criminologia. 
Podemos destacar o pensamento de Beccaria, Jeremy Bentham, 
Montesquieu, Rousseau, Charles Darwin dentre outros. 
Beccaria 
¾ Defendia que a maior parte das leis penais privilegiavam um 
pequeno número de senhores em detrimento do tributo imposto 
à massa da nação; 
¾ Os benefícios da sociedade deveriam ser distribuídos de modo 
uniforme entre os seus membros, pois grande parcela da nação 
(multidão) está submetida a miséria e fraqueza, em face do 
privilégio, felicidade e poder destinado a uma pequena parcela 
da sociedade. 
¾ A prevenção do crime ocorre quando as leis são claras e 
quando tais não favorecem determinada classe da sociedade. A 
lei deve proteger todos os seus membros e a liberdade deve 
andar acompanhada da luz, difundindo-se a cultura; 
¾ É mais benéfico prevenir o crime do que castiga-lo. Em relação 
à lei o autor defende que a boa legislação é aquela que garante 
aos homens o maior bem estar possível, não havendo 
necessidade de clemência e perdão, se as penas forem 
moderadas e estabelecidas com a finalidade de permitir um 
julgamento pronto e regular. 
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¾ A pena de morte não se funda em qualquer direito. Tal método 
de punição não é somente ineficaz, mas também prejudicial ao 
corpo social. Beccaria defende que tal ineficácia e prejuízo é 
provada por meio da repulsa que provoca o verdugo, na 
indignação e no desprezo que inspira a simples vista dos 
ministros das crueldades das Justiças. 
¾ As penas devem ser moderadas e adequadas ao mal social 
causado pelo crime. Assim, a pena não deve recair sobre o 
inocente, que comete o delito em face de sua necessidade e 
desespero. A pena deve ainda, ser aplicada ao plebeu e 
também ao nobre. 
John Howard (1726-1790) 
¾ Se preocupou com os problemas do sistema penitenciário. Foi 
quem inspirou uma corrente penitenciarista preocupada em 
construir estabelecimentos apropriados para o cumprimento da 
pena privativa de liberdade. Suas ideias tiveram uma 
importância extraordinária, considerando-se o conceito 
predominantemente vindicativo e retributivo que se tinha, em 
seu tempo sobre a pena e seu fundamento. 
¾ Howard teve especial importância no longo processo de 
humanização e racionalização das penas 
 
 
 
 
 
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Jeremy Betham (1748-1832) 
¾ 'HIHQGHX�VXDV�LGHLDV�VREUH�R�IDPRVR�³3DQyWLFR´��IRL�R�SULPHLUR
a apontar para a importância da arquitetura penitenciária, 
exercendo sobre essa uma inegável influência. Embora ele 
desse muita importância à prevenção especial, considerava que 
esta finalidade devia situar-se em segundo plano, com o 
objetivo de cumprir o propósito exemplificante da pena5. 
Montesquieu (1689-1755) 
¾ Há quatro tipos de crimes segundo tal pensador, sendo eles 
aqueles que ofendem a religião, os costumes, a tranquilidade e 
a segurança dos cidadãos. 
Voltaire (1694-1778) 
¾ Também lutou pela reforma do sistema carcerário e pela 
limitação da pena de morte, defendendo que tal método de 
punição é inútil. A pena deve ser útil, não se deve pensar em 
qual pena é mais branda. 
Rousseau (1712-1778) 
¾ Também criticou a pena de morte. Segundo o autor a 
propriedade privada é a fonte de toda problemática social. 
Somente no século XIX que a criminologia passa por uma 
sistematização científica 
 
 
 
 
5
 BITENCOURT, Cesar. Roberto. Tratado de direito penal: parte geral. 22. ed. São 
Paulo: Saraiva, 2016. p. 86. 
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PERÍODO DA ANTROPOLOGIA CRIMINAL 
Este período é marcado pelo embate do livro arbítrio e do 
determinismo biológico no que tange as relações delituosas. O livre 
arbítrio é defendido pela Escola Clássica e refutado pela Escola 
Positivista. 
A antropologia criminal é marcada pela contribuição das obras 
de Lombroso, Garofalo e Ferri. (Veremos na Escola Positivista 
detalhadamente a contribuição de cada autor). 
PERÍODO DA SOCIOLOGIA CRIMINAL 
Neste período refuta-se as concepções de Lombroso. Valora-se 
aqui mais os fatores exógenos do que endógenos. Várias são as 
teorias que fizeram parte desse período. Tais podem ser classificadas 
em três grandes grupos. 
 
 
 
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 Galera atenção!!! O último concurso de 
Delegado da Polícia Federal trouxe uma questão de bastante 
complexidade! Vejamos: 
O surgimento das teorias sociológicas em criminologia marca o 
fim da pesquisa etiológica, própria da escola ou do modelo 
positivista? 
Há um equívoco no enunciado da questão. O surgimento das teorias 
sociológicas não marca o fim das pesquisas etiológicas. Somente com o 
surgimento da criminologia crítica ou neo-criminologia, que se tem um 
declínio do estudo etiológico do crime, este passa a ser compreendido 
como criação da própria organização social e não mais como um ente 
preexistente, fato que foi defendido até então pela Escola Positivista. 
As teorias antropossociais que como vimos fazem parte das teorias e 
período sociológico, de certa forma relacionaram os princípios de 
Lombroso com os sociais. 
 
PERÍODO DA POLÍTICA CRIMINAL OU FASE ECLÉTICA 
Criação das Escolas Criminológicas que deram trégua ao embate 
entre as teorias francesas e italianas, em face das teorias 
lombrosianas6 : Terza Scuola, Escola Espiritualista e Escola de Política 
Criminal. 
 
 
6
 SOARES, Orlando. Criminologia. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1986. p. 76 
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1.1 O conceito de criminologia 
Inicialmente é essencial diferenciarmos três conceitos! O que é 
Direito Penal, Criminologia e Política Criminal! 
Galera, devemos ter em mente a 
distinção desses conceitos: 
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Direito Penal: Analisa os fatos humanos indesejados, define 
quais devem ser rotulados como crime ou contravenções anunciando 
as respectivas penas. Ocupa-se do crime enquanto norma. Ocupa-se 
do crime enquanto norma. O CRIME é considerado como o fato típico, 
antijurídicoe culpável. Aplicando-se pena aos imputáveis e medida de 
segurança aos inimputáveis. 
Exemplo: define como crime lesão no ambiente doméstico e 
familiar. 
Criminologia: Ciência empírica que estuda o crime, o 
criminoso, a vítima e o comportamento da sociedade. Ocupa-se do 
crime enquanto fato. Ocupa-se do crime enquanto fato. É um 
conjunto de conhecimentos que objetiva a ressocialização do 
delinquente, por meio de um estudo que busca compreender o 
fenômeno da criminalidade, as causas, a personalidade do agente e 
sua conduta delituosa. 
Exemplo: quais fatores contribuem para a incidência de 
determinada pessoa na criminalidade. Fatores externos, endógenos 
Politica Criminal: Trabalha as estratégias e meios de controle 
social da criminalidade. Ocupa-se do crime enquanto valor. 
Exemplo: Determinada prefeitura analisando a frequência de 
furtos em uma rua escura, toma a iniciativa de iluminar o local, a fim 
de diminuir a incidência de crimes. 
 
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O conceito de criminologia: 
Não se sabe ao certo a origem da palavra criminologia, uma vez 
que alguns atribuem a Raffaele Garofalo (Itália, 1851-1934), e outros 
defendem a tese de que tal vocábulo já tinha sido utilizado na França 
por Topinard desde 1830. O que se tem por exato é que: 
A criminologia é um conjunto de conhecimentos que 
objetiva a ressocialização do delinquente, por meio de um 
estudo que busca compreender o fenômeno da criminalidade, 
as causas, a personalidade do agente e sua conduta delituosa. 
Para acrescer nosso conhecimento, vejamos alguns 
conceitos fornecidos por grandes juristas: 
ORLANDO SOARES: ³&ULPLQRORJLD� p� XPD� FLrQFLD� SHQDO� TXH�
tem por objeto o estudo do crime, do delinqüente, da pena e da 
vítima, do ponto de vista causal-explicativo e com fins essenciais 
preventivos, no sentido de estabelecimento de estratégias ou 
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modelos operacionais, para o combate da criminalidade e 
FRQVHTHQWH�UHGXomR�GRV�tQGLFHV�GHVWD�´ 
GARCIA-PABLOS DE MOLINA: ³&ULPLQRORJLD� p� D� FLrQFLD�
empírica e interdisciplinar, que se ocupa do estudo do crime, da 
pessoa do infrator, da vítima e do controle social do comportamento 
delitivo, e que trata de subministrar uma informação válida, 
contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime 
± contemplando este como problema individual e como problema 
social ± assim como sobre os programas de prevenção eficaz do 
mesmo e técnicas de intervenção positiva do delinquente7�´ 
Em suma, a criminologia se preocupa 
com o estudo do CRIME e do CRIMINOSO, e também das 
interações sociais, psíquicas, biológicas, comportamentais e 
ambientais como fatores da criminogênese. Preocupa-se também 
com a VÍTIMA e com o CONTROLE SOCIAL da criminalidade. 
Sendo uma ciência empírica e interdisciplinar. 
 
 
7
 MOLINA, Antonio García-Pablos de. Criminologia: Uma introdução a seus 
fundamentos teóricos. Trad. Luiz Flávio Gomes. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
1992. P.20 
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1.2 O objeto de estudo da criminologia 
 
A criminologia moderna tem por objeto de estudo o crime 
(delito), suas circunstâncias, o autor do delito (delinquente) , a 
vítima deste, e consequentemente o controle social. 
1.2.1 O crime 
O CRIME quando estudado na criminologia ganha um 
panorama diferente de observação, uma vez que nesta enfatiza-se 
para o crime como um problema social e comunitário. Aborda-se 
neste sentido uma diversidade de elementos para entender o 
fenômeno social, como o aumento populacional. 
A criminologia deve contemplar o delito não só como um 
comportamento individual, senão, sobretudo como problema social e 
comunitário. Dizemos que o crime é um problema social, pois afeta 
toda a sociedade, não só os órgãos e instâncias oficiais do sistema 
legal. Também é um problema comunitário, pois nasce da 
comunidade, e o delinquente é um sujeito ativo desta8. 
 
8 MOLINA, Antonio García-Pablos de. Criminologia: Uma introdução a seus 
fundamentos teóricos. Trad. Flávio Gomes. Revista dos Tribunais, 1992. p. 37 
OBJETO DE ESTUDO 
DA CRIMINOLOGIA 
CRIME 
AUTOR DO 
CRIME/CRIMINOSO 
VÍTIMA CONTROLE SOCIAL 
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Na criminologia moderna, busca-se entender a dinâmica do 
crime, de modo que, objetiva-se intervir neste processo, a fim de 
fazer com que o agente desista de praticar o crime. No direito penal, 
a atenção volta-se ao agente, somente após a consumação do delito9. 
Lembrem-se: no Direito Penal, o crime é entendido como o 
fato típico, antijurídico e culpável. Este é o conceito analítico, 
predominante em todo o Direito Penal. 
 
No que se refere ao crime, uma das principais 
preocupações da criminologia moderna é a prevenção deste. 
A Moderna Criminologia, nas 
SDODYUDV� GH� 3DEORV� GH� 0ROLQD�� ³� WHP� XPD� LGHLD� PDLV� FRPSOH[D� GR�
delito. Atribui um papel ativo e dinâmico aos protagonistas do delito 
(delinqüente, vítima e comunidade). Vários fatores convergem e 
iQWHUDJHP�QR�³FHQiULR�FULPLQDO´10. 
 
9
 CALHAU, Lélio Braga. Resumo de Criminologia. 3 ed. Niterói, RJ: Impetus, 2008. 
p. 35. 
10 MOLINA, Antonio García-Pablos de. Criminologia: Uma introdução a seus 
fundamentos teóricos. Trad. Luiz Flávio Gomes. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
1992. P. 251 
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Seus objetivos são: ressocializar o delinqüente, reparar o dano 
e prevenir o crime. 
Elencam-VH�WUrV�WLSRV�GH�SUHYHQo}HV��³SULPiULD´��³VHFXQGiULD´�H�
³WHUFLiULD´��RQGH�D�GLVWLQomR�GH�WDLV�VH�EDVHLD� 
a) na maior ou menor relevância etiológica dos respectivos 
programas; 
b) nos destinatários aos quais se dirigem; 
c) nos instrumentos e mecanismos que utilizam; e 
d) nos seus âmbitos e fins perseguidos. 
Dos tipos 
de 
prevenção 
Da maior 
ou menor 
relevância 
etiológica 
dos 
programas 
Destinatários Instrumentos e 
mecanismos 
Âmbito 
e fins 
perseguidos 
Prevenção 
Primária 
Operam a 
longo e 
médio 
prazo 
Todos os 
cidadãos 
 
Dota os cidadãos 
de capacidade 
social para 
superar de forma 
produtiva 
eventuais 
conflitos. 
 
Opera na base 
do problema 
criminógeno. 
Procura 
resolver as 
situações 
carenciais 
criminógenas. 
Atua na área 
da educação, 
emprego, 
saúde e 
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moradia. 
Prevenção 
Secundária 
Opera a 
curto e 
médio 
prazos. 
Os grupos e 
subgrupos da 
sociedade que 
ostentam 
maior risco de 
padecer ou 
protagonizar o 
problema 
criminal 
Se manifesta 
através de 
programas de 
prevenção 
policial, de 
controle dos 
meios de 
comunicação, de 
ordenação 
urbana e 
utilização do 
desenho 
arquitetônico 
como 
instrumento de 
auto-proteção, 
desenvolvidos 
em bairros de 
classes menos 
favorecidas. 
Atua quando e 
onde se 
manifesta ou 
se exterioriza 
o conflito 
criminal 
Prevenção 
Terciária 
Opera de 
modo 
tardio. 
O condenado 
preso. 
Se manifesta por 
meio dos 
programas 
ressocializadores. 
Operam no 
âmbito 
penitenciário11. 
 
 
 
11 Vide todas as formas de prevenção em: MOLINA, Antonio García-Pablos de. 
Criminologia: Uma introdução a seus fundamentos teóricos. Trad. Luiz Flávio 
Gomes. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1992. P.253 
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 Galera, Criminalização primária e 
prevenção primária são termos distintos na terminologia da 
criminologia. A CESPE já trouxe esse conteúdo em uma de 
suas questões. 
Criminalização primária e prevenção primária são termos distintos 
que não se confundem na terminologia criminológica. A 
criminalização primária, é realizada pelos legisladores, é o ato e o 
efeito de sancionar uma lei. O legislador cria um rol de crimes, 
estabelecendo as determinadas condutas criminosas. Já a prevenção 
primária, não tem por finalidade a punição ou a criação de novos 
tipos penais, esta almeja a prevenção do crime por meio de 
programas que operam a longo e médio prazo. A prevenção primária 
opera na base do problema criminógeno. Procura resolver as 
situações carenciais criminógenas. Atua na área da educação, 
emprego, saúde e moradia. Dota os cidadãos de capacidade social 
para superar de forma produtiva eventuais conflitos. 
 
Conteúdo de extrema importância, cobrado reiteradas 
vezes em vários Concursos Públicos: 
 
Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: PC-GO- Delegado de Polícia 
Considerando que, para a criminologia, o delito é um grave 
problema social, que deve ser enfrentado por meio de medidas 
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preventivas, assinale a opção correta acerca da prevenção do 
delito sob o aspecto criminológico. 
a) A transferência da administração das escolas públicas para 
organizações sociais sem fins lucrativos, com a finalidade de 
melhorar o ensino público do Estado, é uma das formas de 
prevenção terciária do delito. 
b) O aumento do desemprego no Brasil incrementa o risco das 
atividades delitivas, uma vez que o trabalho, como prevenção 
secundária do crime, é um elemento dissuasório, que opera no 
processo motivacional do infrator. 
c) A prevenção primária do delito é a menos eficaz no combate 
à criminalidade, uma vez que opera, etiologicamente, sobre 
pessoas determinadas por meio de medidas dissuasórias e a 
curto prazo, dispensando prestações sociais. 
d) Em caso de a Força Nacional de Segurança Pública apoiar e 
supervisionar as atividades policiais de investigação de 
determinado estado, devido ao grande número de homicídios 
não solucionados na capital do referido estado, essa iniciativa 
consistirá diretamente na prevenção terciária do delito. 
e) A prevenção terciária do crime consiste no conjunto de 
ações reabilitadoras e dissuasórias atuantes sobre o apenado 
encarcerado, na tentativa de se evitar a reincidência. 
COMENTÁRIOS: Vamos analisar alternativa por alternativa: 
Alternativa A. Item errado. A prevenção terciária opera por meio 
de seus programas de modo tardio. Seu âmbito de atuação se 
delimita ao âmbito prisional e sua principal função é evitar que o 
condenado delinque novamente, seus programas são voltados a 
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ressocialização do preso. A melhora no ensino público, ou seja, a 
atuação na educação, estaria ligado a prevenção primária. 
Alternativa B. Item errado. O trabalho é uma forma de prevenção 
primária do crime, e não secundária. A prevenção secundária consiste 
em programas de curto e médio prazo, atuando nos grupos e 
subgrupos da sociedade que ostentam maior risco de padecer ou 
protagonizar o problema criminal. 
Alternativa C. Item errado. Alternativa totalmente equivocada, a 
prevenção primária consiste em programas de médio e longo prazo, 
atuando na base do problema criminógeno.Procura resolver as 
situações carenciais criminógenas. Se destinando a todas pessoas, e 
fornecendo educação, emprego, saúde e moradia. 
Alternativa D. Item errado. Não se trata da prevenção terciária. 
Como vimos tal prevenção se destina ao encarcerado/apenado, 
objetivando sua ressocialização. 
Alternativa E. Item certo. A prevenção terciária do crime consiste 
no conjunto de ações reabilitadoras e dissuasórias atuantes sobre o 
apenado encarcerado, na tentativa de se evitar a reincidência. Os 
programas de prevenção se destinam ao encarcerado, objetivando a 
sua ressocialização, e consequentemente evitando sua reincidência 
na criminalidade. 
DESSE MODO, A ALTERNATIVA CORRETA é a letra E. 
Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PC-SP- Delegado de Polícia 
A prevenção criminal que está voltada à segurança e 
qualidade de vida, atuando na área da educação, emprego, 
saúde e moradia, conhecida universalmente como direitos 
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sociais e que se manifesta a médio e longo prazos, é chamada 
pela Criminologia de prevenção 
a) primária. 
b) individual. 
c) secundária. 
d) estrutural. 
e) terciária. 
COMENTÁRIOS: A única alternativa que condiz com o enunciado da 
TXHVWmR�� p� D� DOWHUQDWLYD� ³D´�� $� SUHYHQomR� SULPiULD�� HVWi� YROWDGD� j�
segurança e qualidade de vida, atuando na área da educação, 
emprego, saúde e moradia, conhecida universalmente como direitos 
sociais e que se manifesta a médio e longo prazos, é chamada pela 
Criminologia de prevenção. As ações da prevenção primária opera a 
longo e médio prazo, se destinado a todos os cidadãos. Opera na 
base do problema criminógeno. Procura resolver as situações 
carenciais criminógenas. Atuando na área da educação, emprego, 
saúde e moradia. 
DESSE MODO, A ALTERNATIVA CORRETA é a letra A 
 
Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE- Delegado de Polícia. 
A criminologia reconhece que não basta reprimir o crime, 
deve-se atuar de forma imperiosa na prevenção dos fatores 
criminais. Considerando essa informação, assinale a opção 
correta acerca de prevenção de infração penal. 
A) Para a moderna criminologia, a alteração do cenário do 
crime não previne o delito: a falta das estruturas físicas 
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sociais não obstaculiza a execução do plano criminal do 
delinquente. 
B) A prevenção terciária do crime implica na implementação 
efetiva de medidas que evitam o delito, com a instalação, por 
exemplo, de programas de policiamento ostensivo em locais 
de maior concentração de criminalidade. 
C) No estado democrático de direito, a prevenção secundária 
do delito atua diretamente na sociedade, de maneira difusa, a 
fim de implementar a qualidade dos direitos sociais, que são 
considerados pela criminologia fatores de desenvolvimento 
sadio da sociedade que mitiga a criminalidade. 
D) Trabalho, saúde, lazer, educação, saneamento básico e 
iluminação pública, quando oferecidos à sociedade de maneira 
satisfatória, são considerados forma de prevenção primária do 
delito, capaz de abrandar os fenômenos criminais. 
E) A doutrina da criminologia moderna reconhece a eficiência 
da prevenção primária do delito, uma vez que ela atua 
diretamente na pessoa do recluso, buscando evitar a 
reincidência penal e promover meios de ressocialização do 
apenado. 
COMENTÁRIOS: Vamos analisar, alternativa por alternativa: 
Alternativa A: Item errado. Ao contrário a criminologia moderna, 
reconhece a eficiência da prevenção primária que consiste no 
fornecimento de estruturas físicas sociais, como educação, moradia, 
saúde, emprego, dentre outras, capazes de prevenir a criminalidade. 
Alternativa B: Item errado. Na verdade a implementação efetiva 
de medidas que evitam o delito, com a instalação, por exemplo, de 
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programas de policiamento ostensivo em locais de maior 
concentração de criminalidade, consiste nas ações da prevenção 
secundária e não terciária. 
Alternativa C: Item errado. A alternativa remete as ações da 
prevenção primária e não secundária. A prevenção secundária atua 
quando e onde se manifesta ou se exterioriza o conflito criminal. 
Alternativa D: Item certo. A prevenção primária consiste no 
fornecimento e prestação de direitos sociais, que são capazes de 
prevenir o crime. Desse modo, trabalho, saúde, lazer, educação, 
saneamento básico e iluminação pública, quando oferecidos à 
sociedade de maneira satisfatória, são considerados forma de 
prevenção primária do delito, capaz de abrandar os fenômenos 
criminais. 
Alternativa E: Item errado. Embora a doutrina da criminologia 
reconheça a eficiência da prevenção primária do delito, tal prevenção 
Opera na base do problema criminógeno, se destinado a todos os 
indivíduos. É a prevenção terciária que atua diretamente na pessoa 
do recluso buscando evitar a reincidência penal e promover meios de 
ressocialização do apenado. 
DESSE MODO, A ALTERNATIVA CORRETA é a letra D. 
 GALERA NA ÚLTIMA PROVA DE 
DELEGADO DA POLÍCIA FEDERAL, ESSE CONTEÚDO FOI 
AMPLAMENTE COBRADO. 
 
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CESPE- 2013- UnB- MJ/DPF/2013- DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 
Ações como controle dos meios de comunicação e ordenação 
urbana, orientadas a determinados grupos ou sub grupos 
sociais, estão inseridas no âmbito da chamada prevenção 
secundária do delito. 
( ) Certo ( ) Errado 
COMENTÁRIOS: As ações ou programas da prevenção secundária 
operam a curto e médio prazos. Tais ações se destinam aos grupos e 
subgrupos da sociedade que ostentam maior risco de padecer ou 
protagonizar o problema criminal. A prevenção secundária se 
manifesta através de programas de prevenção policial, de controle 
dos meios de comunicação, de ordenação urbana e utilização do 
desenhoarquitetônico como instrumento de auto-proteção, 
desenvolvidos em bairros de classes menos favorecidas. Atuando 
quando e onde se manifesta ou se exterioriza o conflito criminal. 
Portanto, a alternativa está correta. 
CESPE- 2013- UnB- MJ/DPF/2013- DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL 
As modalidades preventivas nas quais se inserem os 
programas de policiamento orientado à solução de 
problemas e de policiamento comunitário, assim como outros 
programas de aproximação entre polícia e comunidade, podem 
ser incluídas na categoria de prevenção primária. 
( ) Certo ( ) Errado 
COMENTÁRIOS: A prevenção primária consiste em programas de 
médio e longo prazo, atuando na base do problema criminógeno. 
Procura resolver as situações carenciais criminógenas. Se destinando 
a todas pessoas, e fornecendo educação, emprego, saúde e moradia. 
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A prevenção descrita no enunciado está voltada mais para a 
prevenção secundária. 
Portanto, a alternativa está errada. 
1.2.2 O Criminoso 
O AUTOR do delito é intitulado como criminoso, no Direito 
Penal é o agente que incide no comando proibitivo da norma, não se 
submetendo ao imperativo desta, é aquele que atinge o verbo nuclear 
do tipo, agindo em descompasso com o ordenamento jurídico . A 
criminologia estuda o criminoso, pautada na realidade em que este se 
encontra, questionando o porquê da não submissão deste a lei. O 
meio em que o agente se encontra é capaz de influenciar este a 
cometer a ação delitiva? 
Importante sabermos acerca do 
delinquente as 04 concepções que buscam explicar a relação 
entre o delinquente e o crime. 
¾ Concepção Clássica: Nesta concepção, o indivíduo criminoso é 
visto como um pecador que optou pelo mal, embora devesse 
respeitar a lei. Importante sabermos que aqui, não se faz uma 
distinção entre o homem delinquente e não delinquente, o 
homem é livre, sendo todos iguais. 
¾ Concepção Positivista: Diferentemente aqui, o homem não 
tem liberdade e escolha, o homem não tem controle de seus 
atos. Na concepção positivista criminológica, o homem 
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criminoso é prisioneiro de sua própria patologia, sendo escravo 
de sua carga hereditária, um animal selvagem e perigoso12. 
¾ Concepção Correcionalista: Com uma concepção mais 
piedosa do criminoso, a escola correcionalista vislumbra o 
infrator como um ser inferior que carece de capacidade, sendo 
incapaz de conduzir seus atos. o Estado deve intervir nessa 
situação dando tutela ao indivíduo. 
¾ Concepção Marxista: O marxismo por sua vez vislumbra o 
criminoso como uma vítima do sistema econômico. A culpa aqui 
recai sobre a sociedade. 
Devemos ter em mente que ao longo dos tempos, a 
concepção que se tinha do criminoso, foi se modificando: 
 
 
12
 MOLINA, Antonio García-Pablos de. Criminologia: Uma introdução a seus 
fundamentos teóricos. Trad. Luiz Flávio Gomes. São Paulo: Revista dos Tribunais, 
1992. P. 39 
A concepção de 
criminoso ao 
longo dos tempos 
Perspectiva 
clássica 
O criminoso devia 
respeitar as leis, 
embora fosse um 
pecador que optou 
pelo mal 
Perspectiva 
Positivista 
Grande 
contribuição de 
Lombroso. 
Inexisência do livre 
arbítrio. O 
criminoso 
incindiria na 
criminalidade, em 
face de suas 
características 
biológicas 
Perspectiva 
correlacionista 
O Estado deve 
dirigir a vida do 
criminoso, uma 
vez que tal não é 
capaz de conduzir 
sua vida 
livremente. É um 
ser deficiente, que 
carece de 
capacidade 
mental. 
Perspectiva 
Marxista 
O criminoso na 
verdade é vítima 
das estruturas de 
poder 
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GALERA OBSERVEM A IMPORTÂNCIA DE ESTUDARMOS TAIS 
PERSPECTIVAS/CONCEPÇÕES. Esse assunto já foi abordado no 
Concurso para Delegado de Polícia, recentemente: 
 
 
Aplicada em: 2016 Banca: CESPE Órgão: PC-PE Prova: Delegado de 
Polícia 
Os objetos de investigação da criminologia incluem o delito, o 
infrator, a vítima e o controle social. Acerca do delito e do 
delinquente, assinale a opção correta. 
A) Para a criminologia positivista, infrator é mera vítima 
inocente do sistema econômico; culpável é a sociedade 
capitalista. 
B) Para o marxismo, delinquente é o indivíduo pecador que 
optou pelo mal, embora pudesse escolher pela observância e 
pelo respeito à lei. 
C) Para os correcionalistas, criminoso é um ser inferior, 
incapaz de dirigir livremente os seus atos: ele necessita ser 
compreendido e direcionado, por meio de medidas educativas. 
D) Para a criminologia clássica, criminoso é um ser atávico, 
escravo de sua carga hereditária, nascido criminoso e 
prisioneiro de sua própria patologia. 
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E) A criminologia e o direito penal utilizam os mesmos 
elementos para conceituar crime: ação típica, ilícita e culpável. 
COMENTÁRIOS: Analisaremos essa questão, alternativa por 
alternativa: 
Alternativa A- Item errado. A discussão acerca de o infrator ser 
vítima do modelo econômico pertence a concepção marxista. A 
criminologia positivista se baseia no determinismo biológico, o ato de 
delinquir é um fenômeno patológico. 
Alternativa B- Item errado. O marxismo defende a tese que o 
infrator é mera vítima inocente do sistema econômico; culpável é a 
sociedade capitalista. O criminoso na verdade é vítima das estruturas 
de poder. Essa concepção de pecado atrelado ao crime e ao infrator é 
uma concepção clássica. 
Alternativa C- Item correto. Para os correcionalistas O Estado 
deve dirigir a vida do criminoso, uma vez que tal não é capaz de 
conduzir sua vida livremente. É um ser deficiente, que carece de 
capacidade mental. 
Alternativa D. Item errado. Tal pensamento elucidadona 
alternativa pertence a criminologia positivista. 
Alternativa E. Item errado. A criminologia não se delimita ao 
conceito analítico de crime, ela vai além, buscando entender o 
fenômeno da criminalidade, as causas e concausas, se utilizando dos 
mais diversos meios. 
 
1.2.3 A vítima 
 
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A VÍTIMA no estudo das ciências criminais por muito tempo foi 
considerada insignificante para a ocorrência do crime, ou seja, o 
estudo se delimitava ao autor do crime. Todavia a criminologia/ 
vitimologia permite o estudo da influência da vítima para a ocorrência 
do delito. 
A vitimologia tem como escopo estudar a vítima, seu 
comportamento, sua participação no delito sofrido, suas tipologias, 
bem como a possível reparação de danos por elas sofridos. 
 
Galera, como disse o estudo da vítima, tem ganhado 
notoriedade para a criminologia, tanto que, a doutrina tem estudado 
os processos de vitimização, apresentando tais processos em 03 
dimensões, considerando os danos que a vítima sofre em face da 
criminalidade e da repressão estatal, danos estes, que podem ser 
psicológicos, físicos, econômicos dentre outros: 
¾ Vitimização primária: Consiste no dano à vitima 
decorrente do próprio crime, podendo tal dano ser 
psicológico (susto, medo), físico (caso a vítima seja 
agredida, exemplo em um crime de estupro), material 
(pela lesão ou perda do bem). É o primeiro efeito que o 
crime traz a vítima, o prejuízo decorrente da conduta 
delituosa. 
¾ Vitimização secundária: Consiste no prejuízo da 
intervenção estatal, dado seu descaso com a vítima. 
Desse modo, a vítima sofre o descaso do aparelho estatal, 
logo na fase inicial da persecução penal (fase 
investigativa), sendo tratada com desconfiança. Atrelada 
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a esta vitimização, está o que conhecemos de cifra negra, 
que consiste em um conjunto de crimes que não chegam 
ao conhecimento do Estado, ou quando chegam, não 
recebem a tutela adequada13. 
¾ Vitimização terciária: Consiste no preconceito da 
sociedade em face da vítima, o próprio grupo social por 
vezes incentiva a vítima a calar-se diante do crime. 
Majoritariamente esse processo de vitimização se faz 
presente nos crimes sexuais, que ofendem a dignidade da 
vítima. 
 
Galera, esse assunto já foi cobrado em alguns concursos 
públicos, de alta concorrência: 
 
 
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: DPE-PR- DEFENSOR PÚBLICO 
Considere os acontecimentos abaixo. 
I. No dia 16 de outubro, após um dia exaustivo de trabalho, 
quando chegava em sua casa, às 23:00 horas, em um bairro 
afastado da cidade, Maria foi estuprada. Naquela mesma data, 
fora acionada a polícia, quando então foi lavrado boletim de 
ocorrência e tomadas as providências médico-legais, que 
constatou as lesões sofridas. 
 
13
 CALHAU, Lélio Braga. Resumo de Criminologia. 3 ed. Rio de Janeiro: Impetus, 
2008. P. 41. 
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II. Após o fato, Maria passou a perceber que seus vizinhos, 
que já sabiam do ocorrido, a olhavam de forma sarcástica, 
como se ela tivesse dado causa ao fato e até tomou 
FRQKHFLPHQWR�GH�FRPHQWiULRV�PDOGRVRV�� WDLV�FRPR��³WDPEpP�
FRP�DV�URXSDV�TXH�XVD������´��³WDPEpP�FRPR�DQGD��UHERODQGR�
SDUD�FLPD�H�SDUD�EDL[R´�H�HWF���R�TXH�D�GHL[RX�SURIXQGDPHQWH�
magoada, humilhada e indignada. 
III. Em novembro, fora à Delegacia de Polícia prestar 
informações, quando relatou o ocorrido, relembrando todo o 
drama vivido. Em dezembro fora ao fórum da Comarca, onde 
mais uma vez, Maria foi questionada sobre os fatos, revivendo 
mais uma vez o trauma do ocorrido. 
Os acontecimentos I, II e III relatam, respectivamente 
processos de vitimização: 
a) primária, secundária e terciária. 
b) primária, terciária e secundária. 
c) secundária, primária e terciária. 
d) terciária, primária e secundária. 
e) secundária, terciária e primária. 
COMENTÁRIOS: O primeiro acontecimento narra, a primeira 
consequência do crime para a vítima, o prejuízo por ela sofrido, no 
caso lesões corporais, trata-se da vitimização primária. O segundo 
acontecimento consiste na vitimização terciária, dado o preconceito 
da sociedade em face de Maria, os vizinhos a olhavam de forma 
sarcástica, como se ela tivesse dado causa para a ocorrência do 
delito. O terceiro acontecimento, retrata a vitimização secundária, 
que consiste no prejuízo da intervenção estatal, dado seu descaso 
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com a vítima, Maria, sofre o descaso do aparelho estatal, logo na fase 
inicial da persecução penal (fase investigativa), sendo tratada com 
desconfiança. 
DESSE MODO, a ALTERNATIVA CORRETA é a letra B 
Ano: 2017 Banca: FAPE MS Órgão: PC-MS- Delegado de Polícia 
Dentro da criminologia, tem-se a vertente da vitimologia, que 
estuda de forma ampla os aspectos da vítima na 
criminalidade, e é dividida em primária, segundária e terciária. 
Da análise dessa divisão, pode-se afirmar que a vitimização 
terciária ocorre, quando 
 a) a vítima tem três ou mais antecedentes. 
 b) a vítima é parente em terceiro grau do ofensor. 
 c) um terceiro participa da ação criminosa. 
 d) a vítima é abandonada pelo estado e estigmatizada pela 
sociedade. 
 e) duas ou mais pessoas cometem o crime. 
COMENTÁRIOS: A única alternativa que apresenta a ocorrência da 
vitimização terciária é a letra D, uma vez que tal vitimização Consiste 
no preconceito da sociedade em face da vítima, o próprio grupo social 
por vezes incentiva a vítima a calar-se diante do crime. Não importa 
para o estudo da vitimização o grau de parentesco com o agressor, o 
número de pessoas que praticam a conduta criminosa, ou se a vítima 
possui antecedentes criminais. 
DESSE MODO, a ALTERNATIVACORRETA é a letra D. 
 
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Dando continuidade...Na lição de (ALVES, 1993) torna-se 
possível vislumbrar uma diversidade de tipo de vítimas, segue 
alguns: 
¾ Vítimas natas; são aquelas que já nascem para ser 
vítimas, tudo fazendo consciente ou inconscientemente 
para produzir o crime, como se fossem tipos humanos 
vitimológicos predestinados ou tendentes a ser tornarem 
vítimas causadoras dos delitos de que elas próprias se 
tornam vítimas. (o agente vulnerável que se encontra 
em situação de extrema pobreza, escasso de 
recursos para a sua sobrevivência, sem nenhum 
tipo de educação, formação familiar). 
¾ Vítimas potenciais; os de personalidades insuportáveis, 
criadoras de casos e que levam ao desespero aqueles 
com quem convivem. (a vítima é a principal 
responsável pelo delito). 
¾ Vítimas inocentes; são as verdadeiras ou realmente 
vítimas, que são aquelas que podem ser definidas como 
vítimas de si próprias. Não dão causa e nem fator, não 
tendo culpa alguma na realização do delito. 
¾ Vítimas voluntárias: Concretamente existem, como nas 
hipóteses do denominado homicídio eutanásico e no par 
suicida ou suicídio a dois. (percebe-se que não há um 
criminoso, que comete delito em face de terceiros, 
seria a vítima voluntária, a própria autora). 
 
1.2.4 O controle social 
 
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Por fim o último meio de estudo da criminologia é o CONTROLE 
SOCIAL, neste busca se estudar e compreender os meios de controle 
da criminalidade, por meio da prevenção de comportamentos 
desviantes e a punição, quando do resultado da falha do primeiro. É o 
conjunto de instituições, estratégias e sanções sociais que pretendem 
promover e garantir a submissão do indivíduo aos modelos e normas 
comunitários. De modo bem sintético, o controle social pode ser 
conceituado como o conjunto de normas e sanções que almeja 
submeter os indivíduos aos modelos e normas comunitários14. 
¾ Controle social formal: mecanismos de controle 
oficiais, oriundos do Estado, é a própria atuação do 
aparelho político do Estado (polícia, a justiça, a 
Administração Penitenciária, o Ministério Público, o 
Exército dentre outros). Estudo voltado à eficácia do 
sistema de penas, por meio da análise da ressocialização, 
da prevenção, e da distribuição. Este controle é 
subsidiário, atuando em última ratio. Sanções 
extrapenais: administrativas, civis. 
¾ Controle social informal: mecanismos de controle 
casuais. Tem como agentes a família, a escola, a 
profissão, a religião, dentre outros grupos. Sanções 
sociais. 
 Ainda podemos falar do controle 
social formal drástico, que é dotado de sanções penais. Sendo 
utilizado quando da falha dos dois anteriores. 
 
14 SHECAIRA, Sérgio Salomão. Criminologia . 6 ed. São Paulo: Revista dos 
Tribunais, 2014. p. 55 
==0==
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2. RESUMO 
A CRIMINOLOGIA NA ANTIGUIDADE 
Isocrátes (436-338 a. C) 
Enfatizava para a problemática da ocultação do crime, segundo o 
pensador ocultar o crime é tomar parte nele . 
Protágoras (485-415 a. C) 
Primeiro defensor da teoria da exemplaridade da pena, ou seja, 
defendia a função preventiva da pena, e não a vislumbrava como um 
simples castigo (fato defendido pela teoria da expiação). 
Compreendia a pena como meio de evitar a prática de novas 
Controle social 
Formal 
Mecanismos de 
controle vindos do 
Estado 
Informal 
Mecanismo casual, 
vindo de fonte 
diversa do Estado 
Formal Drástico 
Exercido por meio 
da coercibilidade. 
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infrações pelo exemplo que deveria dar a todos os membros de um 
corpo social 
Sócrates (470-399 a. C) 
Destaca a importância da ressocialização na medida em que pregava 
a necessidade de ensinar os delinquentes e não reiterar a conduta 
delitiva. Estudo da pena e sua finalidade. Não deixou qualquer 
escrito, o principal percursor de seus ideais foi Platão. 
Hipócrates (460-355) 
Grande crítico da concepção religiosa acerca das doenças mentais. 
Hipócrates contribui de modo efetivo para a separação da Medicina, 
da religião, da Filosofia e da magia. 
Platão (427-347 a. C) 
Sustentava que a ganância, a cobiça ou cupidez geram a 
criminalidade. Estudo da etiologia do crime, análise das causas da 
criminalidade. 
Aristóteles (388-322 a. C) 
Considerado o fundador da corrente psicológica do crime, seguia a 
mesma linha de pensamento de Platão. 
 
IDADE MÉDIA 
Principais estudiosos da época- São Tomás de Aquino: elenca que a 
pobreza é que dá causa a criminalidade. 
Santo Agostinho (354-430) 
A pena deveria assumir um papel de defesa social, com a finalidade 
de promover a ressocialização do delinquente, evitando a 
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reincidência. Para o monge, a pena de talião é a justiça dos injustos, 
devendo ser a pena uma ameaça e um exemplo, uma medida de 
defesa social e principalmente um meio de contribuição para a 
regeneração do culpado . 
RENASCIMENTO 
No que tange ao pensamento criminológico, nesse período destacam 
se alguns autores, em ênfase a Thomas Morus (1478-1535). 
Thomas Morus: 
Por meio de sua obra intitulada Utopia, o autor aborda o problema da 
criminalidade que

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