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HISTOLOGIA VETERINÁRIA II SISTEMA GENITAL FEMININO É formado por dois ovários, duas tubas uterinas, o útero, a vagina com vestíbulo da vagina e uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica e da mesma forma que o sistema reprodutor masculino, é responsável pela perpetuação da espécie. É regulado pelos hormônios gonadotrópicos (FSH e LH), sintetizados na puberdade a partir do estímulo inicial hipotalâmico. As gonadotrofinas permitem modificação da arquitetura ovariana, na medida em que selecionam folículos em crescimentos, maturando- os e permitindo, contudo, a produção dos hormônios sexuais femininos (principalmente estrógeno e progesterona), os quais agem no organismo da fêmea, desenvolvendo suas características sexuais secundárias e regulam o ciclo estral. Suas funções são: produzir gametas femininos (oócitos); manter o oócito fertilizado durante seu desenvolvimento completo ao longo das fases embrionária e fetal até o nascimento; e produzir hormônios sexuais que controlam órgãos do sistema genital e têm influência sobre outros órgãos do corpo. Funções do sistema genital feminino Funções relacionadas à reprodução e produção de hormônios: • REPRODUÇÃO - Produção de oócitos; - Transporte dos gametas feminino e masculino; - Gestação, parto e lactação. • PRODUÇÃO DE HORMÔNIOS - Dinâmica folicular (estrógeno e progesterona); - Determinação de caracteres sexuais secundárias (dimorfismo sexual); - Manutenção da gestação; lactação e comportamento materno. Ovários Os ovários possuem formato ovoide. A sua superfície é coberta por epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo. Sob o epitélio germinativo há uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea, que é responsável pela cor esbranquiçada do ovário. O ovário é dividido em uma região cortical e uma região medular. A região cortical apresenta o estroma ovariano de tecido conjuntivo frouxo, com abundância de fibroblastos. Nessa região de tecido conjuntivo estroma, situam-se predominantemente os folículos ovarianos (invertido na égua), formados pelas células germinativas e pelas células foliculares. Há também o(s) corpo(s) lúteo(s). A parte mais interna do ovário é a região medular, que contém tecido conjuntivo frouxo ricamente vascularizado, ou seja, com um rico leito vascular. O limite entre a região cortical e a medular não é muito distinto. ✓ Na égua, os folículos ovarianos estão na medula. Fragmento de ovário exibindo grande quantidade de folículos primordiais. Coloração H&E. Aumento 400x. a: Túnica albugínea. b: Estroma ovariano; Seta: Epitélio germinativo; Cabeças de Setas: Camada única de células foliculares achatadas em folículos primordiais. Desenvolvimento Folicular As células germinativas primordiais, primeiramente, vão se diferenciar, na vida uterina, em oogônias. Estas oogônias se diferenciam em oócitos primários, que são envolvidos por uma camada de células achadas chamadas células foliculares. Alguns ovócitos primários, no período mais distante da gestação, são perdidos por um processo denominado de atresia. O folículo ovariano consiste em um oócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares, também chamadas de células da granulosa. Estes constituem o folículo primordial, formado durante a vida fetal e que nunca sofreu nenhuma transformação. O oócito do folículo primordial é uma célula esférica, com um grande núcleo esférico e um nucléolo bastante evidente. Essas células estão na fase da primeira prófase da meiose. Uma lâmina basal envolve as células foliculares e marca o limite entre o folículo e o estroma conjuntivo adjacente. Portanto, o folículo primordial é constituído pelo oócito primário e por uma camada de células foliculares pavimentosas. Fragmento do ovário exibindo detalhes de vários folículos primordiais. Coloração H&E. Aumento 400x. Cabeça de seta: Única camada de células foliculares achatadas dos folículos primordiais; Asterisco: estroma ovariano. Crescimento Folicular Processo que compreende modificações do oócito, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma conjuntivo que envolve cada um desses folículos. O crescimento folicular é estimulado pelo hormônio FSH secretado pela hipófise. Folículos Primários O oócito cresce muito rapidamente e as células foliculares formam uma única camada de células cúbicas, tornando-se agora folículo unilaminar. O folículo unilaminar apresenta um oócito primário aumentado, a zona pelúcida começa a se formar em um coloração rósea intensa e uma camada de células foliculares cúbicas. As células foliculares continuam a se multiplicar e originam um epitélio estratificado também chamado de camada granulosa, cujas células (células da granulosa) frequentemente se comunicam por junções comunicantes ou junções gap. O folículo agora é denominado folículo primário multilaminar ou folículo pré-antral. A zona pelúcida, composta de várias glicoproteínas, é secretada e envolve todo o oócito. O estroma ovariano em volta do folículo delimita a teca interna, que corresponde aos fibroblastos circunvizinhos. Folículos Secundários À medida que os folículos crescem, principalmente em virtude do aumento (em tamanho e número) das células da granulosa, eles ocupam as áreas mais profundas da região cortical. O líquido folicular começa a se acumular entre as células foliculares; então, os pequenos espaços que contêm esse líquido se unem e as células da granulosa gradativamente se reorganizam, formando uma grande cavidade, o antro folicular. Esse é o folículo secundário ou folículo antral. No folículo antral, há o antro folicular, uma cavidade com líquido folicular. O líquido folicular contém componentes do plasma e secreções foliculares, como glicosaminoglicanos, proteínas ligantes de esteroides e altas concentrações de esteroides (progesterona, andrógenos e estrógenos). No folículo antral, induzidos pelo FSH e altos níveis de estrógeno, são formados receptores para LH nas células foliculares do folículo antral. O LH é responsável pela secreção de progesterona pelas células foliculares. O estrógeno e a progesterona entram na corrente sanguínea e atuam sobre o organismo, promovendo as características sexuais secundárias e preparando outros órgãos do aparelho reprodutor para a fertilização e para implantação do embrião. Fragmento de ovário mostrando parte de um folículo antral. Coloração H&E. Aumento 400x. a: Oócito; b: Corona Radiata; c: Antro; d: Início da organização do Cumulus Oophorus; e: Camada granulosa (ou camada de células foliculares); Seta: Teca folicular; Cabeça de seta: Zona pelúcida; Asterisco: estroma ovariano. Tecas Foliculares Durante essas modificações que estão ocorrendo no folículo, o estroma que está em sua volta se modifica para formas as tecas foliculares, com duas camadas: a teca interna e a teca externa. As células da teca interna (quando estão completamente diferenciadas) são poliédricas, têm núcleros arredondados e citoplasma acidófilo. As células da teca externa são semelhantes às células do estroma ovariano, mas se arranjam organizadamente concentricamente em volta do folículo. O limite entre as duas tecas é impreciso, porém entre a teca interna e a camada granulosa há uma lâmina basal. Folículos pré-ovulatórios Quando chega ao desenvolvimento máximo, o folículo é chamado de folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf. Os outros folículos, pertencentes ao grupo que estava crescendo com certa sincronia, entram em atresia. O acúmulode líquido e o consequente aumento do antro dividem a camada granulosa, onde formam células que se projetam no antro como um pedúnculo que são o cumulus oophorus, e aquelas que circundam o oócito constituem a corona radiata. Atresia Folicular A maioria dos folículos ovarianos sobre um processo de involução chamado atresia, por meio do qual as células foliculares e os oócitos morrem e são eliminados por células fagocitárias. Folículos em qualquer fase de desenvolvimento (primordial, primário, pré-antral e antral) podem sofrer atresia. Características do estágio de atresia: sinais de morte celular de células da granulosa; separação de células da camada granulosa, de modo que ficam soltas no líquido folicular; morte do oócito, vista pela alteração de núcleo e do citoplasma; e pregueamento da zona pelúcida. Após a morte de células, macrófagos invadem o folículo e fagocitam os seus restos. Posteriormente, fibroblastos ocupam a área do folículo e preenchem a área com uma cicatriz de colágeno. , Ovulação A ovulação consiste na ruptura de parte da parede do folículo maduro e a consequente liberação do oócito, que será capturado pela tuba uterina. O estímulo para a ovulação é um pico de secreção do LH, liberado pela hipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno circulante produzido pelos folículos em crescimento. Após o aumento de LH circulante, há um aumento do fluxo de sangue no ovários, e proteínas plasmáticas escoam por capilares e vênulas pós-capilares, resultando em edema. Então, há liberação local de prostaglandinas, histamina, vasopressina e colagenese. As células da granulosa produzem mais ácido hialurônico e se soltam de sua camada. Devido à ruptura da parede folicular, o oócito e o primeiro corpúsculo polar, envoltos pela zona pelúcida, pela corona radiata e juntamente com um pouco de fluido folicular, deixam o ovário e entram na tuba uterina, o oócito é fertilizado. ✓ Estigma é a região do folículo que vai sofrer a ovulação, ou seja, a liberação do oócito. ✓ Folículo muito grande, deixa de ser irrigado pelos capilares, então as células da granulosa se soltam. ✓ Células da granulosa e da teca interna se modificam e formam o LH; Corpo Lúteo Sob estímulo contínuo pelo alto nível de LH, após a ovulação, as células da granulosa e as da teca interna do folículo que ovulou se reorganizam e formam uma glândula endócrina temporária, o corpo lúteo. O corpo lúteo produz hormônios progestágenos, onde o principal é a progesterona, que vai fazer a manutenção da gestação, se o óvulo for fertilizado. A perda do fluido folicular após a ovulação resulta em um colapso da parede do folículo, que se torna pregueada. Devido à ruptura da parede do folículo, um pouco de sangue pode fluir para a cavidade do antro folicular, onde coagulo e é depois invadido por tecido conjuntivo. Esse conjuntivo constituiu a parte mais central do corpo lúteo, acompanhado de restos de coágulos de sangue que são gradualmente removidos. Embora as células da granulosa não se dividam depois da ovulação, elas aumentam muito de tamanho e ocupam 80% do parênquima do corpo lúteo, e passam a ser chamadas de células granulo-luteínicas, com características de células secretoras de esteroides. As células da teca interna também contribuem para a formação do corpo lúteo, originando as células teco- luteínicas, as quais são semelhantes às granulo- luteínicas, porém com menor tamanho. ✓ Vasos sanguíneos e linfáticos que só penetravam na teca interna, agora percorrem todo o parênquima e formam uma abundante rede vascular. ✓ Degenera ( > corpo albicans) ou se mantém se há prenhez. Fragmento de ovário exibindo detalhes do corpo lúteo. Coloração H&E. Aumento 400x. Fragmento de ovário exibindo detalhes do corpo lúteo. Coloração H&E. Aumento 400x. Destino do corpo lúteo: Pelo estimulo inicial do LH (que ocasiona a ovulação), o corpo lúteo estimulado para secretar durante 10 a 12 dias. Se não for fecundado, suas células vão degenerar por apoptose. Na mulher, uma das consequências da secreção decrescente de progesterona (por falta de estímulo de LH e morte do corpo lúteo) é a menstruação, que é a descamação da parte da mucosa uterina. Altas taxas de estrógeno circulante inibem a liberação de FSH pela hipófise (feedback negativo). Em contrapartida, depois da luteólise, a concentração de esteroides do sangue diminui, e FSH é liberado em quantidades maiories (outro feedback negativo), estimulando o crescimento rápidos de alguns folículos e iniciando o ciclo seguinte (ou não, pode haver anestro, depende...). Os restos de corpo lúteo são fagocitados por macrófagos. Fibroblastos adjacentes invadem a área e produzem uma cicatriz de tecido conjuntivo denso denominada corpo albicans, “corpo branco”, devido à alta quantidade de colágeno. Tuba Uterina ou Oviduto As tubas uterinas consistem em dois tubos musculares de grande mobilidade, e conecta o ovário ao útero. É dividida em quatro regiões: infundíbulo, ampola, istmo e óstio uterino da tuba uterina. A parede da tuba uterina é composta de três camadas: • Mucosa: formada por um epitélio colunar simples e por uma lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo. O epitélio contém dois tipos de células: ciliadas e secretoras, formando dobras longitudinais. Na porca e na vaca, a mucosa é formada por um epitélio pseudoestratificado. • Muscular: espessa camada de músculo liso em uma camada circular ou espiral interna e uma camada longitudinal externa. • Serosa: formada de um folheto visceral de peritônio. Imagem histológica exibindo corte transversal de tuba uterina. Coloração H&E. Aumento 40x. a: Pregas da mucosa; b: Camada muscular; c: Artéria; d: Veia; Asterisco: Luz da tuba. Fragmento de tuba uterina exibindo detalhes das pregas da mucosa. Coloração H&E. Aumento 400x. a: Epitélio colunar simples com células ciliadas e células secretoras não ciliadas; b: Vaso sanguíneo com presença de hemácias em seu interior; Seta: Cílios. Útero É dividido em cornos uterinos, corpo e cérvix. A parede do útero é relativamente espessa e formada por três camadas. Externamente, há o perimétrio que é uma delgada serosa constituída de mesotélio e tecido conjuntivo, ou dependendo da porção do órgão uma adventícia constituída de tecido conjuntivo sem revestimento de mesótelio. O miométrio, camada mais espessa do útero, é composto por uma camada muscular lisa espessa longitudinal. Durante a gestação, o miométrio passa por um período de grande crescimento, como resultado de hiperplasia (aumento do número de células musculares lisas) e hipertrofia (aumento no tamanho das células). Durante essa fase, muitas células secretoras de proteínas e sintetizam colágeno, cuja quantidade aumenta significativamente no útero. O endométrio é a mucosa interna, consistindo em um epitélio e uma lâmina própria que contém glândulas tubulares simples. Possui um epitélio colunar simples nas cadelas, gatas e éguas; e pseudoestratificado em ruminantes e porcas. O epitélio é formado por células ciliadas e células secretoras, formando dobras longitudinais. O tecido conjuntivo da lâmina própria é rico em fibroblastos com abundante matriz extracelular. Cérvix Uterina A cérvix é a porção colunar e mais baixa do útero, cuja estrutura histológica difere do restante do útero. A mucosa é revestida por um epitélio simples colunar secretor de muco. A cérvix possui pouca fibras musculares lisas e consiste principalmente (85%) em tecidoconjuntivo denso com fibras elásticas. Ainda, em sua mucosa, nota-se a presença de glândulas mucosas cervicais, e, as secreções cervicais tem um papel importante na fertilização. Vagina A parede da vagina não tem glândulas e consiste em três camadas: mucosa, muscular e adventícia. O muco existente na luz da vagina se origina das glândulas da cérvix uterina. Na mucosa, há um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado, sem glândulas e pregueado. Sob o estímulo de estrógenos, o epitélio vaginal sintetiza bem como acumula grande quantidade de glicogênio, que é depositado na luz da vagina quando as células do epitélio vaginal se descamam. As bactérias da vagina metabolizam esse glicogênio e produzem ácido láctico, responsável pelo pH baixo da região. Esse ambiente ácido contribui para a proteção contra microrganismos patogênicos. A lâmina própria da mucosa vaginal é composto de tecido conjuntivo frouxo muito rico em fibras elásticas. Dentre as células da lâmina própria, também pode-se observar quantidades relativamente grandes de nódulos linfoides e neutrófilos. A camada muscular da vaginal é composta principalmente de fibras musculares lisas longitudinais e circulares. Externamente à camada muscular, há uma camada de tecido conjuntivo denso, a adventícia, rica em espessas fibras elásticas, unindo a vagina aos tecidos circunvizinhos. O fórnice da vagina (exceção da porca) é a projeção anular da parte da cérvix na vagina. O fórnice vaginal é responsável pela produção do fluido vaginal, que mantém o epitélio umedecido, e absorve o plasma seminal. Vestíbulo da vagina: prolonga-se do óstio uterino externo até o óstio uretral externo. Apresentam as glândulas vestibulares maiores, ou glândulas de Bartholin, situadas a cada lado do vestíbulo. As numerosas glândulas vestibulares menores se localizam frequentemente ao redor da uretra e do clitóris. Todas as glândulas vestibulares secretam muco. Genitália Externa A vulva consiste em lábios vulvares e clitóris. Os lábios vulvares constituem dobras da mucosa vaginal que têm tecido conjuntivo penetrado por fibras elásticas. Tem epitélio pavimento estratificado queratinizado e rica em glândulas sebáceas e produtoras de feromônios. O clitóris é o homólogo feminino ao pênis, localizado na comissura ventral no assoalho da vagina. É coberto por um epitélio estratificado pavimento, contém corpo cavernoso, tecido adiposo e músculo liso. Glândulas Mamárias Cada glândula mamária consiste em 15 a 25 lóbulos de glândulas tubuloalveolares compostas, cuja função é secretar leite. É uma estrutura de lóbulos e lobos, onde o parênquima mamário é composto de ductos (canais lactóforos) que ligam os alvéolos ao epitélio secretor (glândula sudorípara modificada) à cisterna e/ou teto. Circundando os alvéolos e ductos, há a presença de células mioepiteliais. O estroma possui tecido conjuntivo composto por gordura e plasmócitos; vasos e nervos. O conjunto encontra-se sustentado por uma cápsula fibroelástica. Imagens extras: Fragmento de um ovário exibindo a camada cortical com presença de vários folículos ovarianos. Coloração H&E. Aumento 100x. a: Folículo antral (o corte não contemplou o oócito); b: Folículo ovariano primário multilaminar (ou folículo antral); c: Grande quantidade de folículos primordiais; d: Túnica albugínea; Seta: Teca folicular; Cabeça de seta: Camada granulosa (ou camada de células foliculares); Asterisco: Estroma ovariano. Fragmento de ovário exibindo detalhes de folículo ovariano primário multilaminar (ou folículo pré-antral). Coloração H&E. Aumento 400x. a: Oócito; b: Camada granulosa (ou camada de células foliculares); c: Camada de células da granulosa de outro folículo ovariano; Seta: teca folicular; Cabeça de seta: Zona pelúcida; Asterisco: Estroma ovariano. Fragmento de ovário exibindo detalhes da estrutura de um folículo antral ou folículo secundário. Note que já formou-se o cumulus oophorus e a corona radiata. Coloração H&E. Aumento 400x. a: Oócito; b: Corona radiata; c: Antro folicular; d: Cumulus oophorus; e: Parte da teca folicular; Asterisco: Camada de células da granulosa.
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