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Prevenção e Controle de Riscos em Máquina, Equipamentos e Instalações

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Prevenção e Controle de Riscos
 em Máquinas, Equipamentos e Instalações
Jéferson Cabrelon
1ª Edição | Junho | 2014
Impressão em São Paulo / SP
Coordenação Geral
Nelson Boni
Coordenação de Projetos
Leandro Lousada
Professor Responsável
Jéferson Cabrelon
Catalogação elaborada por Glaucy dos Santos Silva - CRB8/6353
Copyright © EaD KnowHow 2011
Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida por 
qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Projeto Gráfico, Capa 
e Diagramação
Marilia Lopes
Revisão Ortográfica
Célia Ferreira Pinto
1a Edição: Junho de 2014
Impressão em São Paulo/SP
Prevenção e Controle de Riscos
 em Máquinas, Equipamentos e Instalações
Apresentação
As máquinas e equipamentos vieram para facili-
tar a vida do homem, agilizar tarefas, ganhar volume 
de produtividade e dar mais conforto. Fazendo com 
isso o tempo ser algo super importante, e o homem 
na busca de produzir cada vez mais, em menor tem-
po, deparou-se com um inimigo, muitas vezes, mor-
tal: “o acidente de trabalho”.
Nesta busca constante de números cada vez maio-
res de ganho, as condições de segurança de máquinas e 
equipamentos foram relegadas ao segundo plano. 
A chegada na década de 40, da Revolução In-
dustrial no Brasil, fez com que demandasse mão de 
obra mais qualificada. 
Existia um ditado na década de 70, que o 
Brasil era o “País do futuro”, devido à grande-
za de recursos naturais existentes, porém, nesta 
mesma época, já estávamos começando a pagar o 
custo pelo crescimento desordenado e sem gran-
des critérios definidos em relação às condições 
de trabalho. E foi justamente em 1970, que o 
Brasil ganhou o primeiro título negativo em re-
lação às condições de trabalho, o de Campeão 
Mundial de Acidentes. 
No decorrer dos nossos estudos, iremos deta-
lhar de forma mais criteriosa a evolução das condi-
ções de máquinas e equipamentos, após a implanta-
ção das Normas Regulamentadoras pelo Ministério 
do Trabalho, em 1978. 
Tivemos ao longo de mais de 70 anos, após a 
Revolução Industrial, muitos programas, campanhas, 
incentivos e até mudanças de legislações para poder 
proteger o empregado em suas atividades laborais, 
porém o que pode ser visto, que sem hierarquia para 
defi nir ações efetivas, fi camos patinando em um la-
maçal de letras (normas), sem aplicações efetivas. 
Com a chegada da nova redação da NR-12 – Se-
gurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos, 
em 2010, foi dada uma nova perspectiva e defi nidos 
os critérios claros na aplicação correta desta norma. 
Em cada uma das 4 unidades, reforçamos a ne-
cessidade de aplicação da Gestão de Segurança em 
Máquinas e Equipamentos. A vivência dos profi s-
sionais de cada área é muito importante, e deve ser 
levada em consideração para defi nirmos a melhor 
estratégia para soluções dos problemas. 
Nossa esperança é que ao fi nal deste estudo, o 
profi ssional sinta-se mais confi ante para aplicar as 
técnicas e saiba como conduzir as questões preventi-
vas dentro da sua atividade. 
Sumário
Unidade 1 09
Evolução Das Máquinas 
1.1. Conceituação E Importância 
1.2. As Bombas E Motores 
1.2.1. Bombas
1.2.2. Riscos Detectados
1.2.3. Sistemas De Segurança
1.2.4. Normas De Segurança
1.2.5. Proteção Pessoal
1.2.6. Legislação Afetada
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.3.1. Motores
1.3.2. Veículos Industriais
1.4. A NR-11 Como Base
1.5. Cuidados Adicionais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
Questões
Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão
2.1.1. Defi nição de Vasos se Pressão 
2.2. Equipamentos Pneumáticos
2.3. Fornos
2.4. Sistema de Proteção Coletiva
2.5. EPI – Equipamento de Proteção Individual
Unidade 1 09
Evolução Das Máquinas 
1.1. Conceituação E Importância 
1.2. As Bombas E Motores 
1.2.1. Bombas
1.2.2. Riscos Detectados
1.2.3. Sistemas De Segurança
1.2.4. Normas De Segurança
1.2.5. Proteção Pessoal
1.2.6. Legislação Afetada
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.2.6. Legislação Afetada1.2.6. Legislação Afetada1.2.6. Legislação Afetada
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.2.4. Normas De Segurança
1.2.5. Proteção Pessoal
1.2.6. Legislação Afetada
1.2.4. Normas De Segurança
1.2.5. Proteção Pessoal
1.2.6. Legislação Afetada
1.2.3. Sistemas De Segurança
1.2.2. Riscos Detectados
1.2.3. Sistemas De Segurança
1.2.2. Riscos Detectados
1.2.3. Sistemas De Segurança
1.2. As Bombas E Motores 1.2. As Bombas E Motores 1.2. As Bombas E Motores 
1.2.1. Bombas
1.2. As Bombas E Motores 
1.2.1. Bombas
Unidade 1 09Unidade 1 09Unidade 1 09Unidade 1 09Unidade 1 09Unidade 1 09
Evolução Das Máquinas 
1.1. Conceituação E Importância 
Unidade 1 09Unidade 1 09
Evolução Das Máquinas 
1.1. Conceituação E Importância 
Unidade 1 09Unidade 1 09
Evolução Das Máquinas 
1.1. Conceituação E Importância 
1.2.6. Legislação Afetada
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.3.1. Motores
Unidade 2 45Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – CaracterísticasMáquinas e Equipamentos – Características
2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão
Questões
Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
Unidade 2 45
1.4. A NR-11 Como Base
1.5. Cuidados Adicionais1.5. Cuidados Adicionais1.5. Cuidados Adicionais
Questões
Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – CaracterísticasMáquinas e Equipamentos – Características
1.3.1. Motores
Máquinas e Equipamentos – Características
Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
1.2.3. Sistemas De Segurança
1.2.4. Normas De Segurança
1.2.5. Proteção Pessoal
1.2.6. Legislação Afetada
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.3.2. Veículos Industriais
1.4. A NR-11 Como Base
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
1.3.2. Veículos Industriais
1.4. A NR-11 Como Base
1.3.2. Veículos Industriais
1.3. Motores e Veículos Industriais1.3. Motores e Veículos Industriais
1.2.6. Legislação Afetada
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.2.6. Legislação Afetada
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.3.1. Motores
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.2.4. Normas De Segurança
1.2.5. Proteção Pessoal
1.2.6. Legislação Afetada
1.2.3. Sistemas De Segurança
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.3.1. Motores
1.3.2. Veículos Industriais
1.5. Cuidados Adicionais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
1.3.2. Veículos Industriais
1.4. A NR-11 Como Base
1.3.2. Veículos Industriais
1.3.1. Motores
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.3.1. Motores
1.3.2. Veículos Industriais
1.4. A NR-11 Como Base
1.5. Cuidados Adicionais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
1.4. A NR-11 Como Base
1.3.2. Veículos Industriais
1.4. A NR-11 Como Base
1.3.1. Motores
1.3.2. Veículos Industriais
1.4. A NR-11 Como Base
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
1.4. A NR-11 Como Base
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
1.4. A NR-11 Como Base
1.5. Cuidados Adicionais1.5. Cuidados Adicionais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
Unidade 2 45
1.5. Cuidados Adicionais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão
1.3.1. Motores
1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais
Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
Questões
Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
Questões
Unidade 2 45
1.4. A NR-11 Como Base
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
Questões
1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2.Veículos Industriais
1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base
QuestõesQuestões
Unidade 2 45
1.4. A NR-11 Como Base
1.5. Cuidados Adicionais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
Questões
Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão
2.1.1. Defi nição de Vasos se Pressão 
2.5. EPI – Equipamento de Proteção Individual
Unidade 2 45Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – Características
2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão
2.1.1. Defi nição de Vasos se Pressão 
2.2. Equipamentos Pneumáticos
2.3. Fornos
2.4. Sistema de Proteção Coletiva
2.5. EPI – Equipamento de Proteção Individual
Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45
Máquinas e Equipamentos – CaracterísticasMáquinas e Equipamentos – Características
2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão
QuestõesQuestõesQuestões
Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45
QuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestões
Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45Unidade 2 45
1.5. Cuidados Adicionais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
1.5. Cuidados Adicionais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
1.5. Cuidados Adicionais
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
QuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestõesQuestões
1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais1.3.2. Veículos Industriais
1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base1.4. A NR-11 Como Base
2.6. Cor, Sinalização E Rotulagem
2.7. Manutenção Preventiva
2.8. Engenharia de Segurança do Trabalho
Questões
Unidade 3 63
Características do Ambiente De Máquinas
3.1. Localização Industrial
3.2. Riscos em Eletricidade 
3.3. Sistema Externo de Proteção Contra Descargas Atmos-
féricas
3.4. NR-10 X NR-12
3.5. Dispositivos de Partida, Acionamento e Parada
3.6. Sistemas de Segurança em Máquinas e Equipamentos 
3.7. Proteções Fixas
3.8. Proteções Móveis
Questões
Unidade 4 75
Avaliação de Riscos em Máquinas e Equipamentos
4.1. Laudo de Máquina
4.1.1. Categorias de Risco 
4.1.2. Capa de Apresentação
4.1.3. Identifi cação da Empresa
4.1.4. Fotos de Apresentação da Máquina 
4.1.5. Especifi cações Técnicas 
4.1.6. Referências Normativas para Execução do Laudo
4.1.7. Defi nições Técnicas
4.7. Análise De Riscos 
4.8. Avaliação das Proteções Existentes
4.9. Verifi cação do Monitoramento de Segurança da Máquina
4.10. Vevifi cação do Sistema de Parada de Emergência
4.11. Programa de Capacitação Profi ssional
4.12. Avaliação/Indicação dos Procedimentos de Segurança
4.13. Complementos/Relatório do Auditor
4.14. Laudos/Análises Adicionais
4.15. Anotações Gerais
4.16. Conclusão
4.17. Laudo Técnico de Vistoria e Responsabilidade
Questões
Bibliografi a Básica 
9
Unidade 1
Evolução das Máquinas 
1.1. Conceituação e Importância 
Quando estamos dispostos a falar sobre PRE-
VENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM MÁ-
QUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES, 
devemos começar contando um pouco da história 
da Revolução Industrial no mundo e, principalmen-
te, em nosso país. 
As máquinas de Leonardo Da Vinci foram 
importantes, intrigantes, desafiantes, mas a maioria 
delas nunca saiu do papel. As máquinas-ferramenta 
que se revelaram de fato decisivas para a industriali-
zação e a vida moderna, só começaram a surgir com 
o inglês James Watt, no século XVIII. Em 1765, 
Watt aperfeiçoou e, pode-se melhor dizer, criou a 
máquina a vapor definitiva. Na verdade, a antiga in-
venção egípcia, já vinha sendo testada e modificada 
por cientistas, pesquisadores e engenheiros militares 
do século XVII, como o romano Giovanni Branca, 
o francês Denis Papin, o capitão inglês Thomas Sa-
very e, por fim, Thomas Newcomen, que, em 1698, 
desenvolveu uma máquina para drenar a água acu-
mulada nas minas de carvão, patenteada em 1705. 
Mas, foi James Watt quem fez da máquina a vapor, 
definitivamente, o motor do universo.
10
A máquina por ele desenvolvida tinha potência 
tão extraordinária que passou a movimentar navios, 
fábricas de teares, máquinas de usinagem. A ideia 
básica era colocar o carvão em brasa para aquecer a 
água até que ela produzisse muito vapor. A máquina, 
então, girava por causa da expansão e da contração 
do vapor dentro de um cilindro de metal onde havia 
um pistão. As máquinas a vapor passaram a ter mui-
tas utilidades. Tanto retiravam a água que inundava 
minas subterrâneas de ferro e carvão, como movi-
mentavam os teares mecânicos na produção de teci-
dos. Era o início da Revolução Industrial, um tempo 
de glória para os ingleses e de grande desenvolvi-
mento para toda a humanidade.
www.abimaq.org.br/.../Livro-A-historia-das-maquinas-70-anos-Abimaq....
FIGURA 1
11
https://www.google.com.br/search?newwindow=1&tbm=isch&sa=1&q=pri
meiras+maquinas+de+tear&oq=primeiras+maquinas+de+tear
FIGURA 2
A Revolução Industrial aconteceu na década de 
40, pós-guerra. O Brasil começou a se transformar 
de um país de essencialmente agrícola, para um país 
que entrava na era dos maquinários. 
As primeiras empresas a adotarem as máquinas 
foram os Cotonifícios, com suas máquinas de tear. 
Como as demandas de mão de obra na cidade 
eram baixas, as empresas foram obrigadas a recru-
tar pessoas que trabalhavam no campo. É neste mo-
mento, que os aspectos de segurança começaram a 
ser afetados. 
As empresas em busca de mercado, e vendas 
de seus produtos, relegaram por vários anos as 
12
condições de segurança de máquinas e equipa-
mentos, e estas pagariam um custo muito caro, 
por esta displicência.
A legislação atual, através da NR-12, é muito 
contestada pelas empresas. Algumas chegam a alegar 
que a aplicação desta, engessa toda a cadeia produ-
tiva, porém devemos ressaltar que as empresas fica-
ram por muitos anos deitadas em “berço esplêndi-
do”, sem quase nenhum investimento nas melhorias 
de suas máquinas. Fica bem claro, que a Legislação 
tem um intuito único de fazer com que as empresas 
entendam que não basta produzir a qualquer custo, e 
sim estarem atentas, pois os acidentes geram um alto 
preço a toda sociedade. 
Os profissionais de segurança, que estão há 
um bom tempo na ativa, perceberam a evolução das 
normas e suas aplicações no contexto atual no país. 
No transcorrer do nosso estudo, iremos notar 
como este cenário afetou o desenvolvimento da área 
de segurança no Brasil, e quais ações foram tomadas 
pelos governantes para amenizar os seus impactos.
Para que possamos dar andamento aos estudos 
são necessárias as definições técnicas e suas caracte-
rísticas, conforme, a seguir, detalhamos. 
Definição de mecânica: parte da física que tem 
por objetivo o estudo dos movimentos dos corpos, 
das forças que produzem esses movimentos e do 
equilíbrio das forças sobre o corpo em repouso.
13
Máquinas e equipamentos: esta Norma Re-
gulamentadora e seus anexos definem referências 
técnicas, princípios fundamentais e medidas de pro-
teção para garantirem a saúde e a integridade física 
dos trabalhadores,e estabelecem requisitos mínimos 
para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho, 
nas fases de projeto e de utilização de máquinas e 
equipamentos de todos os tipos, e, ainda, à sua fa-
bricação, importação, comercialização, exposição e 
cessão a qualquer título, em todas as atividades eco-
nômicas, sem prejuízo da observância do disposto 
nas demais Normas Regulamentadoras - NR apro-
vadas pela Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978, 
nas normas técnicas oficiais e, na ausência ou omis-
são destas, nas normas internacionais aplicáveis.
Entende-se como fase de utilização a constru-
ção, transporte, montagem, instalação, ajuste, ope-
ração, limpeza, manutenção, inspeção, desativação e 
desmonte da máquina ou equipamento.
ttps://www.google.com.br/search?newwindow=1&tbm=isch&sa=
FIGURA 3
14
MÁQUINA - aparelho ou instrumento próprio 
para comunicar movimento ou para aproveitar e pôr 
em ação um agente natural, qualquer utensílio ou 
instrumento formado de peças móveis locomotivas. 
EQUIPAMENTO – equipagem, vestuário e 
apetrechos de um desportista; conjunto dos meios 
mecânicos ou industriais existentes numa empresa. 
Exemplo: a diferença é: equipamentos nos auxi-
liam em nosso objetivo, não substitui o martelo, por 
exemplo, e máquinas fazem quase tudo não preci-
sam de tanto contato manual. Um exemplo é o li-
quidificador.
As máquinas e equipamentos fazem parte do 
nosso dia a dia e sem os quais, algumas atividades e 
trabalhos, seriam muito difíceis de serem executados.
1.2. As Bombas E Motores 
São equipamentos utilizados nas maiorias das 
máquinas e em alguns equipamentos. Para que pos-
samos entender a complexidade, devemos saber que 
o intuito do profissional de segurança não é tornar-
-se um especialista, porém saber os mecanismos de 
funcionamento, para que se possa detalhar os riscos 
existentes no momento de construção, instalação, 
manutenção e reparos. 
15
1.2.1. Bombas
BOMBAS: são equipamentos destinados a mo-
vimentar líquidos.
PRINCIPAIS TIPOS:
• Rotativos
• Alternativos e
• Centrífugos
As bombas são equipamentos com a função de 
deslocar fluídos líquidos para elevadas alturas ma-
nométricas com eficiência e desempenho, desde que 
sejam devidamente projetadas, mantendo constante 
pressão e vazão, levando em conta detalhes técnicos 
que devem ser observados, tais como: profundida-
de máxima do reservatório, projeto hidráulico, vis-
cosidade do fluído bombeado e presença de sólidos 
em suspensão. Existem vários tipos e modelos de 
bombas, para variadas aplicações definidas pelas ca-
racterísticas do processo. Bombas centrífugas, bom-
bas peristálticas, dosadoras de pistão/diafragma, 
bombas de engrenagens, bombas de rotor helicoi-
dal, bombas submersas e submersíveis, representam, 
apenas, alguns exemplos.
16
FIGURA 4
1.2.2. Riscos Detectados
Riscos diretos
- O eixo é a união da bomba com o motor elé-
trico, e a união da bomba com a turbina constitui de 
uma forma geral, o único ponto mecânico agressivo 
de uma bomba em funcionamento. Por estar situ-
ado geralmente, internamente, entre a bomba e seu 
sistema de acionamento, e em nível baixo, diminui a 
potencialidade do risco. Torna-se muito importante 
a manutenção, pois rebarbas ou parafusos de maior 
comprimento deixados durante quaisquer serviços, 
não são visíveis, quando o eixo estiver em movimento.
Os riscos de contato elétrico acidental são 
acentuados geralmente, pois na maioria dos casos, as 
bombas são instaladas em locais úmidos ou frequen-
temente molhados.
17
- Ruídos.
Riscos indiretos
• Bombas com motores elétricos.
Riscos elétricos e aterramento devem ser cui-
dadosamente instalados e,revisados periodicamente.
São derivados no local da instalação, ou pela 
função da bomba.
• Bombas situadas em casas de máquinas.
A instalação, em geral, é compartilhada com ou-
tros tipos de equipamentos, e até mesmo fazendo par-
te dos mesmos, havendo, portanto muitos obstáculos, 
vazamentos, que poderão provocar quedas, além dos 
riscos de incêndio, quando tratarem de bombeamento 
de fluídos voláteis e combustíveis. Devemos conside-
rar também a higiene, o calor e o ruído.
• Bombas situadas em poços ou submersas.
Riscos mecânicos na montagem da bomba e da 
tubulação.
Frequentes emanações de gases tóxicos produ-
zidas no interior de poços fazem aparecer os riscos 
de intoxicação para as pessoas que operam, ou fa-
zem manutenção nestas instalações.
• Bombas para transvasar líquidos.
Podem ser fixas ou portáteis. Nas bombas por-
18
táteis, considerar os riscos com os equipamentos 
auxiliares. Geralmente, as tubulações são flexíveis e 
os riscos mais prováveis são ocasionados pela dispo-
sição destes tubos, que podem provocar quedas ou 
tropeções. Os cuidados mais indicados são a prote-
ção dos mesmos, com o isolamento da área.
• Bombas de caminhões transportadores.
Os riscos vão depender do produto transporta-
do. Riscos de intoxicação, e de explosão provenien-
tes de centelhas produzidas por cargas de eletricida-
de estática.
• Bombas com motor à explosão.
Os riscos observados são: os provenientes do 
depósito de combustível do motor, e queimaduras 
originadas por contato com as partes quentes etc.
- Bombas para concreto armado.
Risco com o tubo de descarga (trompa).
Em qualquer destes casos, levar sempre em 
conta o processo em que está ou será instalada, a 
fim de conhecer os riscos provenientes dos mesmos. 
Quando se tratar de processos bem definidos, 
devemos conhecer com segurança todos os seus 
riscos. Para processos não definidos, como bombas 
para materiais fecais, ou materiais químicos de di-
versas naturezas, devemos tomar cuidado, quanto ao 
19
manuseio, à emanação e concentração de gases de 
densidades maiores que a do ar.
1.2.3. Sistemas De Segurança
• Instrumentação de controle: instalação de vál-
vulas como de purga, retenção, de alívio etc.
• Eletricidade: proteção da fiação para evitar 
contatos acidentais, aterramento do sistema e das 
tubulações, eletrodutos e chaves à prova de umidade 
e de explosão, quando se tratar de líquidos combus-
tíveis e explosivos.
• Contatos com partes móveis: devem ser prote-
gidas como está definido em proteções de máquinas.
• Riscos com escorregamentos: manutenção 
frequente a fim de eliminarvazamentos e, em casos 
especiais, as pessoas que trabalham neste ambiente-
devem ser providas de calçados antiderrapantes.
• Riscos de quedas: limpeza do ambiente, pro-
teção das tubulações, acessos como escadas protegi-
das e bem definidas, com aterramento em todas as 
partes metálicas.
• Riscos de intoxicações: em ambientes fechados 
ou em poços, cuidados devem ser tomados, para de-
terminar a existência de gases tóxicos, procedendo-se 
ventilação eficaz se necessário. Nunca um operário 
deve atuar só, sempre com cinto de segurança, a fim 
de que possa ser retirado do local com facilidade.
20
1.2.4. Normas De Segurança
• Gerais
Pessoal qualificado para operação e manutenção.
Usar sempre as instruções do equipamento.
Usar as instruções de segurança da empresa.
As operações de lubrificação e manutenção se-
rão efetuadas com as bombas desligadas.
Bloqueio das chaves elétricas. Pode ser utilizado 
o sistema Lock-Out/Tag-Out. 
Uso de ferramentas apropriadas.
Uso dos EPIs próprios, roupas justas e cômodas.
Manutenção preventiva.
1.2.5. Proteção Pessoal
• Viseiras para trabalhos com fluídos corrosivos.
• Roupas de trabalho ajustadas sem impedir os 
movimentos.
• Máscaras respiratórias com filtros adequados.
• Botas ou calçados com solado antiderrapante.
1.2.6. Legislação Afetada
Apesar de não existir uma NR diretamente para 
bombas, a atividade está relacionada com diversas 
NRs. Devemos observar em particular: NR-6 - Equi-
pamento de Proteção Individual, NR-10 - Instala-
21
ções em serviços de eletricidade, NR-12 – Segurança 
em Máquinas e Equipamentos, NR-15 - Atividades 
e operações insalubres, NR-20 - Líquidos combustí-
veis e inflamáveis.
FIGURA 5
FIGURA 6
22
1.3. Motores e Veículos Industriais
1.3.1. MotoresOs motores são parte integrante de nossas vi-
das, sejam no uso de veículos particulares, máquinas 
industriais, equipamentos caseiros e outros. No início 
do desenvolvimento das máquinas a vapor – século 
XIX, a tecnologia e os materiais de construção das 
caldeiras de pressão eram defeituosos e provocavam 
inúmeros acidentes graves com explosões desastro-
sas e, consequentemente, muitas vítimas mortais.
Com este panorama de um novo século, o 
pastor escocês Robert Stirling e o seu irmão pro-
curaram desenvolver um mecanismo mais segu-
ro, ou seja, o motor que se aproximava dos mo-
tores de máquinas a vapor, mas que, ao funcionar 
com pressões relativamente mais baixas, devido 
ao uso interno de ar ou outros gases, proporcio-
nava uma maior segurança àqueles que trabalha-
vam com as máquinas. 
Sendo assim, em 1818, o primeiro motor foi 
construído para bombear água numa pedreira e, ao 
longo dos anos, foi aperfeiçoado, sendo que 1843 
utilizado para mover máquinas numa fundição.
A dinâmica simples e elegante do engenho de 
Stirling foi explicada em 1850 e, em 1950, Rolf Mei-
jer batizou este motor como “Motor de Stirling”, 
23
generalizando todos os engenhos regenerativos de 
circuito e com aquecimento externo. 
Além das vantagens, acima, citadas que a inven-
ção proporcionou, é também importante salientar 
que este motor contém um regenerador ou econo-
mizador, que permite obter uma eficiência superior 
ao dos motores de gasolina, diesel e máquinas a va-
por e, também, economizar energia.
A partir da invenção do motor que daria movi-
mentos a várias máquinas e equipamentos, começa-
mos a notar que os acidentes foram se multiplicando 
com a mesma velocidade, que eram construídos. 
As empresas conseguiam ao longo do tempo 
intensificar sua produção, dando cada vez mais ve-
locidade as suas linhas, através de motores potentes
No ano de 1854, o primeiro projeto de um mo-
tor de combustão interna foi patenteado na Itália pe-
los engenheiros Eugênio Barsanti e Felice Matteucci. 
O projeto consistia na utilização da energia de ex-
pansão de gases liberados pela combustão de uma 
mistura explosiva de ar e hidrogênio, para movimen-
tar um pistão e transformar este movimento linear 
em um movimento rotativo, com o uso de uma ár-
vore de manivela. Este motor nunca foi produzido 
em quantidade.
24
http://autoentusiastas.blogspot.com.br/2013/03/motores-combustao-
interna-uma-breve.html
FIGURA 7 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f2/PSM_V18_D500_
An_american_internal_combustion_otto_engine.jpg
FIGURA 8
Outros conceitos de motores foram surgindo, 
mas sempre com intuito de amenizar ou eliminar o 
esforço físico, e gerar conforto aos seus usuários. 
Em 1860, o belga Jean Joseph Etienne Lenoir 
cria o motor de dois tempos.
25
www.abimaq.org.br/.../Livro-A-historia-das-maquinas-70-anos-Abimaq....
FIGURA 9
Em 1863, Lenoir criou uma carruagem motori-
zada de três rodas chamada Hippomobile.
E a cada invenção, as condições de fabricação 
modificava a ponto de o homem começar a imaginar 
formas de agilizar a produção e seus conceitos. 
A história do uso de motor em equipamentos 
mistura-se muito com a história da era do automóvel.
As características de uso de diversos motores 
e seus componentes em máquinas e equipamentos 
fizeram com que as indústrias se modernizassem 
em uma velocidade incomparável. O mesmo não se 
pode dizer com as condições de trabalho, que eram 
oferecidas aos trabalhadores destas indústrias. 
1.3.2. Veículos Industriais
Em nosso dia a dia, é impossível imaginar 
transporte de cargas sem ser realizado por veículos 
26
de transporte. Os veículos industriais são de grande 
importância e fazem diminuir o tempo no processo 
de locomoção de cargas, agilizando a produtividade 
e, consequentemente, dando um dinamismo maior e 
lucratividade para as empresas. 
Também é possível notar que com o decorrer 
do tempo estes equipamentos apresentaram desgas-
tes maiores, devido à condição exigida na força para 
transporte. É de extrema importância o controle e 
vistoria das condições de segurança destes equipa-
mentos, visando à troca preventiva de peças desgas-
tadas e fadigas de suas estruturas. O equipamento 
mais conhecido e, talvez, o mais utilizado de todos, 
sejam as empilhadeiras. 
https://www.google.com.br/search seguran%C3%A7a+em+veiculos+indu
striais
FIGURA 10 
A necessidade de um gerenciamento para pre-
venção de acidentes destes equipamentos é de ex-
27
trema importância. Muitas dessas ações de gerencia-
mento se devem ao fato de envolver muitas pessoas 
nos processos de interação com o maquinário, tais 
como: operador de empilhadeira, mecânico de ma-
nutenção, lubrificador, sem contar as condições as 
quais são colocados estes equipamentos, na má utili-
zação e por pessoas não autorizadas. 
A prevenção de acidentes com este tipo de equi-
pamentos devem ser as preocupações básicas de qual-
quer programa de segurança do trabalho. Tal cuidado 
deve ser planejado e mantido de forma integrada, ob-
servando não apenas cuidados com os equipamentos, 
mas também com o operador, os meios a serem mo-
vimentados e as vias a serem utilizadas.
Na verdade por detrás do uso dos veículos indus-
triais, ocultam-se uma série de riscos que, muitas vezes, 
passam sem ser notados nas atividades cotidianas. Em 
muitos casos, providências só vão ser tomadas após a 
ocorrência de um acidente – quase sempre muito gra-
ve. Um exemplo claro de situações deste tipo ocorre 
com o número cada vez maior de estabelecimentos 
atacadistas, que realizam também vendas no varejo (hi-
permercados), onde é comum observarmos a operação 
de veículos industriais por pessoas que nitidamente não 
têm preparo para este tipo de operação. Tais locais, pela 
presença de pessoas (clientes) sem qualquer informa-
ção para o risco de acidentes, tornam-se cenários mais 
do que propícios à ocorrência de acidentes.
28
Ao dirigir transportando cargas, já se torna uma 
atividade por si merecedora de atenção. A variedade 
de cargas e tipos de embalagens – mesmo que sobre 
estrados – exige bastante treinamento e habilidade. 
A isso, somamos a questão de problemas de lay out 
– seja pela falta de espaço compatível com a necessi-
dade de manobras ou que possibilite a realização das 
mesmas com certa margem de segurança, ou, ainda, 
pela falta de organização, que acaba implicando ain-
da em maior redução do espaço, criando uma situa-
ção evidente de risco de acidente. Portanto, logo de 
início, devemos ter em mente que prevenir acidentes 
nas operações com veículos industriais é assunto que 
para ser bem cuidado deve envolver muito mais do 
que apenas preocupações com o veículo em si.
1.4. A NR-11 Como Base
A Norma Regulamentadora 11 – Transporte, 
Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Ma-
teriais, deve ser tomada como referência para a ela-
boração de qualquer atividade preventiva ao uso de 
veículos industriais, mas tal como todas as demais 
normas regulamentadoras não esgota de forma al-
guma o assunto, havendo necessidade da atuação do 
profissional especializado para o desenvolvimento 
e detalhamento de um programa específico. Obvia-
29
mente, isso irá variar conforme o tamanho da em-
presa, sua atividade e, especialmente, quantidade e 
variedade de veículos em uso.
Interessante, aqui, lembrar que parte do assun-
to também deve ter como referência a Norma Re-
gulamentadora 26 – Sinalização de Segurança, na 
qual fica claro que os equipamentos de transporte 
e manipulação de material, tais como empilhadei-
ras, tratores industriais, pontes-rolantes, reboques 
etc., devem, para a prevenção de acidentes, estarem 
pintados na cor amarela (NR- 26). Embora isso seja 
legislação e no item 1.1., da mesma norma, fica claro 
que esta “fixa as cores a serem usadas”. Muitos equi-
pamentos disponíveis para venda e locação no mer-
cado estão pintados de outras cores. Cumpre, aqui, 
lembrar que a inobservância deste item, implica em 
multa por parte do Órgão Fiscalizador – MTE.
Outra parte bastanteinteressante da NR-11 
diz respeito ao item 1.3., onde fica definido que os 
equipamentos utilizados na movimentação de ma-
teriais serão calculados e construídos de maneira 
que ofereçam as necessárias garantias de resistência, 
segurança e conservados em perfeitas condições de 
trabalho. No que diz respeito a cálculos (dimensio-
namento) e construção é importante que o SESMT 
busque conhecer, e se possível ter cópia dos memo-
riais ou processos de cálculo e aquisição. Uma úni-
ca talha mal instalada pode causar danos imensos e 
30
acidentes fatais. O mesmo podendo ocorrer devido 
a improvisações – estas tão comuns nas empresas 
brasileiras. Vale lembrar, aqui, que a responsabilida-
de técnica pela orientação quanto ao cumprimento 
do disposto nas NR é do SESMT (NR-4 - 12.d). 
Ainda, com relação a este item, chamamos a atenção 
para a última frase que menciona a conservação e 
perfeitas condições para o trabalho. Mesmo que o 
assunto esteja restrito a uma linha de palavras, sua 
extensão é bastante grande e importante, e só pode 
ser obtido e, principalmente, evidenciado pela inser-
ção de todos os veículos industriais em um plano 
de manutenção preventiva, que no nosso entendi-
mento deve ser auditado periodicamente pelo SES-
MT e os possíveis desvios evidenciados através de 
documentos. Importante, ainda, que este plano de 
manutenção esteja baseado em procedimentos (es-
critos) básicos de verificação, garantindo, assim, que 
todos os itens de segurança sejam sistematicamente 
verificados. Isso em suma, quer dizer que os critérios 
não devem ser deixados em aberto, a escolha do exe-
cutor e não podem deixar de conter os itens mencio-
nados em 1.3.1. (cabos de aço, cordas, correntes, rol-
danas, ganchos etc). Atenção especial deve ser dada 
ao item 1.8., que define a substituição imediata de 
peças defeituosas. Toda manutenção deve ser feita 
sempre, apenas, por profissionais capacitados para 
esta finalidade e devem gerar evidências documen-
31
tais, nas quais entre outras coisas seja possível, em 
caso de necessidade, identificar o responsável pela 
verificação e reparos. Por fim, recomenda-se, ainda, 
que seja definida uma sistemática de verificação a ser 
feita pelo próprio operador – ou seja, algo como um 
check list básico a ser observado antes das operações 
pelo usuário do veículo.
Uma dúvida muito comum com relação ao 
assunto tratado no parágrafo acima, diz respeito à 
frequência ou periodicidade das manutenções. A 
decisão quanto à frequência terá como base o rigor 
do uso e a atividade executada. Veículos industriais 
utilizados em áreas com ambiente agressivo serão 
submetidos à prevenção com maior frequência. O 
mesmo devendo ocorrer com veículos, cuja possível 
falha durante utilização implique em possibilidade 
de danos maiores (locais mais populosos, locais com 
equipamentos suscetíveis a danos e/ou que compro-
metam a continuidade das operações etc).
Outra exigência da NR-11 – está no item 1.3.2. 
– diz respeito à obrigatoriedade de indicar em local 
visível em todos os equipamentos deste tipo, a car-
ga máxima de trabalho permitida. Para muitos, tal 
exigência trata-se apenas de uma mera burocracia e 
estes, certamente, desconhecem a quantidade de aci-
dentes, que ocorrem devido ao uso de equipamentos 
deste tipo, em condições acima de sua capacidade 
de carga. Desconhecem, também, as consequências 
32
advindas da inobservância de algo tão simples, que 
vão desde a morte de pessoas, passando pelo esma-
gamento de membros e, invariavelmente, por perdas 
do patrimônio e danos à produção. Todos os equi-
pamentos devem ser sinalizados, quanto à sua capa-
cidade, tal sinalização deve ser como diz o próprio 
texto na NR – VISÍVEL. Infelizmente, ainda, en-
contramos em muitos locais de trabalho falhas, sem 
identificação de carga, ou quando não é tão peque-
na, que quando perguntamos aos usuários, o quanto 
aquele equipamento pode levantar, ouvimos diver-
sos números, totalmente, diversos, e na sequência, 
diversas histórias que nos deixam assustados. Como 
complemento deste assunto, devemos também estar 
atentos para possíveis reduções de capacidade – que 
ocorrem em alguns equipamentos depois de possí-
veis alterações, ou anos de uso. No caso específico 
das empilhadeiras, existem testes padronizados pe-
los fabricantes para verificação da capacidade, e es-
tes são recomendados para um bom programa de se-
gurança relativo ao assunto. Detectadas as reduções 
de capacidade estas devem ser alteradas e os usuá-
rios amplamente informados, visto que é comum, os 
operadores identificarem as máquinas por seu tama-
nho. Importante também lembrar e orientar a todos 
os usuários de equipamentos deste tipo, quanto às 
alterações devido ao uso de extensores (capas de pa-
leta), correntes etc.
33
Atenção especial da NR-11 para os carros 
manuais de transporte – que para muitos parecem 
inofensivos – mas que são grandes causadores de 
pequenos acidentes. Há alguns anos, acompanhei 
o caso de um grande hospital, no interior de São 
Paulo, onde o número de acidentes era muito alto, 
tendo como partes atingidas, as mãos. Feita uma 
análise mais detalhada, acabamos descobrindo que 
era comum a prensagem por carrinhos manuais, e 
macas de transportar pacientes, contra paredes e la-
terais de elevadores. Dentro das indústrias, acidentes 
deste tipo, também, são muito comuns e podem ser 
evitados com soluções simples e caseiras, que nada 
mais são do que a instalação de protetores para as 
mãos, nas alças de manipulação.
Com detalhes, a NR-11 descreve as condições 
relativas ao Operador, iniciando no item 1.5., quan-
do menciona que o Operador deverá receber um 
treinamento específico, que o habilitará nesta função. 
Neste ponto, é importante estarmos atentos para al-
guns detalhes que podem fazer muita diferença, seja 
na prevenção de acidentes, seja diante de possíveis 
problemas causados por um acidente. O primeiro 
diz respeito à pré-seleção do operador, o que pas-
sa obrigatoriamente por conhecimentos e requisitos 
próprios da NR- 7. Portanto, antes de tudo, o Ope-
rador de Veículo Industrial deve ser uma pessoa apta 
do ponto de vista médico para exercer e realizar este 
34
tipo de trabalho. Isso pode dizer muita coisa, por 
exemplo, necessidade de acuidade visual. Logo em 
seguida, deparamo-nos com a citação: “treinamento 
dado pela empresa”. É importante saber se há na 
empresa profissional capaz de desenvolver este tipo 
de treinamento e, ainda, se diante de um acidente, te-
remos como evidenciar tal capacidade. Deve-se en-
tender que a coisa não é tão simples como parece e, 
tal entendimento pode ser obtido analisando o que 
ocorreria no caso de um acidente com a morte de 
alguém. Recomenda-se que tais treinamentos fiquem 
a cargo de escolas especializadas e que estas emitam 
certificados, e que sejam mantidos junto ao prontu-
ário do empregado. Mais do que isso, recomenda-se 
que, periodicamente, seja feita uma reciclagem pelo 
menos quanto aos princípios básicos da operação, e 
sempre quanto às normas de segurança.
Com relação, ainda, ao treinamento chama-se 
a atenção, neste ponto, para a variedade de veícu-
los industriais, hoje, em uso. O que, antigamente, era 
restrito a uma ou duas variedades passou a ser, na 
atualidade, muito diferente. Há por todas as partes, 
paleteiras, rebocadores, guindastes, pontes rolantes 
com operação no próprio equipamento ou a distân-
cia etc. Obviamente, cada um destes equipamentos 
tem características diversas, embora muitos sejam si-
milares em suas bases. Portanto, há necessidade de 
treinamentos específicos. Fica claro que entre uma 
35
empilhadeira e uma paleteira, há grandes diferenças 
no modo de operação e riscos de acidentes.
Uma dúvida, ainda, paira quanto à obrigato-
riedade da Carteira Nacional de Habilitação para 
os operadores de veículos, como: empilhadeiras, 
rebocadores e paleteiras. O Código Nacional de 
Trânsito, em momento algum, é claro quanto à 
obrigatoriedade da CNH para estes veículos. E, 
realmente,seria muito estranho se o fosse, visto 
que proveito teria para a prevenção e operação, 
habilitarmos operadores treinados e aprovados, 
em exames com veículos de passeio, ônibus ou 
caminhões. São veículos de características e ope-
ração totalmente distintas dos veículos industriais 
citados. Acreditamos que no caso dos veículos 
que, por algum motivo, façam uso de vias públicas 
– e, portanto, sejam emplacados – o assunto deva 
ser analisado com detalhes, junto ao orgão regu-
lamentador de trânsito. No mais, para operações 
dentro das empresas – conforme a própria NR - 
cita o curso de habilitação e penso que seja a esta 
habilitação, a que se refere o item 1.6.. Em termos 
de cuidados preventivos, parece desejável que o 
candidato tenha CNH (independente da catego-
ria) e, assim, ser conhecedor das regras básicas de 
trânsito e sinalização.
Abaixo, figura com exemplo de carteirinha de 
autorização para operador de empilhadeira. 
36
Elaborado Pelo Autor.
FIGURA 11
No que diz respeito, ainda, ao operador, os 
itens 1.6. e 1.7. citam a obrigatoriedade do cartão 
de identificação, com nome e fotografia, utilizado 
em local visível, durante toda a operação. Tal car-
tão tem a validade de um ano – salvo imprevistos 
– e está associado à realização de exame de saúde 
completo. No que diz respeito ao uso do cartão 
conhecemos as dificuldades para o cumprimen-
to, visto que, muitas vezes, acaba implicando em 
risco para o operador, que necessita, por exem-
plo, movimentar-se entre as cargas e este acaba se 
enroscando. Portanto, formas devem ser encon-
tradas para que o uso não implique em riscos. O 
uso do cartão facilita em muito – nas empresas de 
maior porte, a identificação das pessoas e a coi-
bição de práticas inseguras – ou seja, a operação 
por pessoas não habilitadas. Para facilitar mais, 
ainda, a verificação, recomenda-se que no próprio 
cartão exista o campo relativo ao exame médico 
(com espaço para que o médico assine e coloque 
o número do seu CRM).
37
Propositalmente, deixamos para tratar, qua-
se no final deste texto, a questão citada no item 
1.7., onde fica definido que os equipamentos de 
transporte motorizados devem possuir sinal de 
advertência sonora (buzina). Obviamente como 
em todo meio que se locomove, tal equipamen-
to é de importância. No entanto, preocupa-nos a 
crescente tendência de veículos industriais – em 
especial empilhadeiras, paleteiras e rebocadores - 
que vêm equipados com tipos de sinais sonoras, 
que permanecem acionados por todo tempo do 
deslocamento ou, ainda, aqueles equipados com 
“sirenes” ou equivalentes. Sem dúvida alguma 
em prol da prevenção de acidentes os dispositi-
vos que sinalizam a marcha à ré são muito úteis. 
No entanto, quando a sinalização tanto visual 
como sonora vai, além disso, há necessidade de 
analisarmos o quanto isso pode contribuir para a 
dispersão da atenção das pessoas envolvidas nas 
operações, e mesmo para o estresse dos empre-
gados. Se de fato, devido aos riscos de acidentes 
(bem avaliados) há necessidade de definirmos al-
gum tipo de sinalização para os movimentos em 
veículos que seja, preferencialmente, o uso de 
pisca alerta em lanternas fixas, e sem parte sono-
ra. De forma alguma, algum meio definido para 
a prevenção de acidentes deve colateralmente ser 
a causa de incômodos ou danos aos empregados.
38
Encerrando a parte desta NR, que diz respeito 
aos veículos industriais, fala-se da questão da con-
centração de poluentes no ambiente do trabalho. 
Dentro desta preocupação devemos dar atenção es-
pecial à questão do ruído, o que faz parte de um 
estudo mais amplo de engenharia, já na fase de ante-
cipação, quando possível.
1.5. Cuidados Adicionais
Na prática, concluindo este breve trabalho so-
bre veículos industriais, outras preocupações, que 
não são mencionadas na legislação, devem ser ob-
jeto de atenção de quem tenciona realizar um bom 
trabalho, quanto aos veículos industriais.
Jamais devemos esquecer de que veículos indus-
triais – em especial os movidos a óleo – com passar 
do tempo começam a apresentar vazamentos, e que 
estes são formadores de poças no piso, que, por sua 
vez, acabam sendo a causa de quedas. Por esta e ou-
tras razões, todos os veículos devem ter previamente 
definidos os locais onde serão estacionados, quando 
não estiverem em uso (fora dos locais de passagem) 
e, caso ocorram vazamentos, devem ser mantidos 
sobre caixas de areia.
Outra situação importante é o uso por pessoas 
não habilitadas. Para que isso não ocorra, também, 
devemos ter definido um local para a guarda da chave 
39
do veículo, quando não estiver em uso. Este local deve 
ser fechado e estar sob o controle de um responsável.
Enfim, há muito mais a ser dito sobre o assun-
to. Tenho certeza de que despertado o interesse pela 
elaboração de um programa de segurança para veí-
culos industriais, através da pesquisa e estudo, cada 
profissional irá aperfeiçoar e moldar as ações, con-
forme sua realidade e necessidades.
1.6. Equipamentos de Guindar e Transportar
Existem vários tipos de equipamentos de guin-
dar e transporte, tanto para materiais como para pes-
soas. Cabe ao empregador definir suas necessidades 
e características dos equipamentos, os quais possam 
atendê-lo de forma mais adequado e com segurança, 
para a finalidade do trabalho que irá executar. 
Um dos equipamentos mais conhecidos de 
guindar material são as gruas, que dependem mui-
to do treinamento adequado do seu usuário, pois se 
trata de um equipamento, que demanda muito co-
nhecimento e riscos. 
40
http://www.metalica.com.br/images/stories/Id4315/seguranca-da-grua-
Fig01.jpg
FIGURA 12
Acidente com Grua.
Em São Paulo, outro acidente com a grua divulgado no jornal Folha de São Paulo 
de 29 de março de 2008, apresenta como causa o excesso de carda no transporte. 
A notícia mostra que um carrinho com aproximadamente 40Kg despencou de uma 
altura de 92 metros do prédio em obras na Avenida Paulista em 1999, atingindo uma 
estudante que passava pela calçada fora da obra. O objeto era transportado irregular-
mente, desobedecendo às normas de segurança, pois o caminho havia sido colocado 
sobre outros objetos, para economizar uma nova viagem de uma caçamba erguida 
pela grua. O Marido da estudante será indenizado pela construtora e pela locadora 
da grua. A intenção da notícia apresentada pela Folha de S. Paulo é mostrar que, só 
depois de três anos, o marido receberá uma indenização pela morte da esposa, o 
qual avalia que os 150 mil é uma quantia imisória em relação ao poder aquisitivo da 
empresa. Apesar do foco da reportagem não ser a falta de segurança na utilização da 
grua, a imprudência na utilização e operação deste equipamento fica evidenciada.
41
Também existem guindastes para içamento de 
cargas instáveis, de tal forma que demanda um es-
tudo prévio para elevação, raio de alcance, áreas de 
risco, isolamento de áreas, e profissionais habilitados 
para operar este tipo de equipamento.
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3 
42
Já, nos equipamentos de elevação de pessoas, 
demanda maiorias cuidados, pois estaremos expon-
do a pessoa em locais desconfortáveis, com pouco 
recurso de ações rápidas, o que acaba levando o pro-
fissional a fazer uma análise de riscos bem aprofun-
dada. Com a chegada das plataformas elevatórias, o 
número de acidentes por quedas diminuiu, sensivel-
mente, já que a montagem dos antigos andaimes ou 
mesmo escadas precárias, nem sempre era feito de 
forma correta e por pessoal que adotava critérios 
de uso destes equipamentos. No entanto, com es-
tas plataformas elevatórias articuladas os acidentes 
acontecem, muitas vezes, por imprudência ao exigir 
esforços excessivos ou, então, posicionar as mesmas, 
em locais instáveis ou com inclinação inadequada, 
ocasionando a queda deste equipamento.
43
http://www.rollinmaq.com.br/plataforma-elevatoria/plataforma-elevatoria.
php
FIGURA 1444
Questões
1. Defina o que são máquinas e equipamentos?
2. Quem foi o primeiro homem a usar um motor?
3. Qual a Norma Regulamentadora dispõe so-
bre os assuntos de Segurança no Trabalho em Má-
quinas e Equipamentos?
4.Qual o tempo de validade da credencial para 
operar empilhadeira?
5. Cite o nome de dois tipos de equipamentos 
para transporte de cargas e/ou pessoas? 
45
Unidade 2
Máquinas e Equipamentos – Características
2.1. Caldeiras E Vasos De Pressão
CALDEIRAS E VASOS DE PRESSÃO: são 
equipamentos, os quais demandam cuidados ex-
tremos, principalmente no que diz respeito às ins-
peções periódicas e treinamento das pessoas que 
operam. Geralmente, acidentes ocorridos com estes 
equipamentos demandam grande perda material e, 
em alguns casos, pessoal. 
https://www.google.com.br/search?newwindow
FIGURA 15
2.1.1. Definição de Vasos se Pressão 
Reservatórios que contenham fluídos e sejam 
projetados para resistir, com segurança, às pressões 
46
internas, diferentes da pressão atmosférica, ou sub-
metidos à pressão externa, cumprindo, assim, a fun-
ção básica de armazenamento.
Constitui risco grave e iminente a falta de qual-
quer um dos seguintes itens:
• Válvula de segurança com pressão de abertura 
ajustada em valor igual ou inferior à PMTA- PRES-
SÃO MÁXIMA DE TRABALHO ADMISSÍVEL. 
• Instrumento que indique a pressão do vapor 
acumulado.
• Injetor ou outro meio de alimentação de água, 
independentemente do sistema principal, em caldei-
ras com combustível sólido.
• Sistema de drenagem rápida de água, em cal-
deiras de recuperação de álcalis.
• Sistema de indicação para controle do nível de 
água ou outro sistema, que evite o superaquecimen-
to por alimentação deficiente.
Como descrito na própria NR-01 – DISPOSI-
ÇÕES GERAIS: as condições que demande riscos 
graves e iminentes aos trabalhos devem ser parali-
sadas de imediato, e feitas as devidas correções, e 
somente voltar a executar as atividades, após, estas 
situações estarem sob controle, ou perigos e riscos 
eliminados. 
47
2.2. Equipamentos Pneumáticos
Nas atividades de montagem e desmontagem de 
pneumáticos das rodas das máquinas e equipamentos 
não estacionários, que ofereçam riscos de acidentes, 
devem ser observadas as seguintes condições:
• Os pneumáticos devem ser completamente 
despressurizados, removendo o núcleo da válvula de 
calibragem antes da desmontagem e de qualquer in-
tervenção que possa acarretar acidentes; e
• O enchimento de pneumáticos só poderá ser 
executado dentro de dispositivo de cláusula ou gaio-
la, adequadamente, dimensionada, até que seja alcan-
çada uma pressão suficiente para forçar o talão sobre 
o aro e criar uma vedação pneumática.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEh4AF/apostila-pneumatica
FIGURA 16 
48
Nas mangueiras de alta pressão deve haver um 
sistema de trava de segurança que evite que esta chi-
coteie, caso venha se romper e possa atingir pessoas 
ou danificar parte do equipamento. Também pode 
ser adotado o sistema de fechamento (ou enclausu-
ramento) da mangueira. 
2.3. Fornos
As atividades exercidas no trabalho em fornos 
são muito hostis, e demandam um estudo bem de-
talhado, quanto às condições daqueles que ali execu-
tam suas tarefas. A hostilidade da caloria, ar rarefei-
to, concentração de monóxido de carbono, riscos de 
queimaduras, condições ergonômicas e utilização de 
EPIs que, muitas das vezes, inibi a sensibilidade do 
trabalhador, apesar de amenizar ou eliminar o con-
tato direto com seus agentes agressivos, são detalhes 
suficientes para que o profissional de segurança te-
nha atenção redobrada com este equipamento. 
https://www.google.com.br/search?newwindow
FIGURA 17
49
Devido aos locais e formas de instalação destes 
fornos, na maioria das vezes, impede a instalação de 
EPC`s – Equipamento de Proteção Coletiva - sis-
tema de exaustão adequado. Cabe ao empregador 
através do SESMT- Serviço Especializado em Se-
gurança de Medicina do Trabalho (Engenheiros de 
Segurança do Trabalho ou Técnicos de Segurança 
do Trabalho, desenvolver EPIs – Equipamento de 
Proteção Individual dos trabalhadores). 
Cabe uma ressalva quando ao desenvolvimento 
de EPIs, pois como descrito na NR-06 – Equipa-
mento de Proteção Individual, este deve ser o último 
recurso a ser utilizado. A norma quando define esta 
condição tem uma lógica, pois prefere as ações de 
engenharia que, em muitas vezes, eliminam os agen-
tes agressivos ou, então, venham a controlá-los, do 
que fazer o trabalhador ficar enclausurado por uso 
de EPIs. 
2.4. Sistema de Proteção Coletiva
As normas regulamentadoras chamam cons-
tantemente a atenção para implantação de sistema 
de proteção coletiva. Isto ocorre na NR-06 , quan-
do se pede que a prioridade na utilização de ações 
de engenharia, volta-se a repetir na NR-10, quando 
diz da necessidade em todos os serviços executados 
em instalações elétricas, que devem ser previstos e 
50
adotados, prioritariamente, medidas de proteção 
coletivas aplicáveis, mediante procedimentos, às ati-
vidades a serem desenvolvidas, de forma a garantir 
a segurança e a saúde dos trabalhadores. Porém, na 
prática, este recurso é muito pouco adotado. Muitas 
vezes, por comodidade, outras pelo alto custo, e em 
sua maioria pela falta de conhecido dos profissionais 
em como aplicar estes sistemas. Seja qual o moti-
vo, no final, todos saem perdendo, pois poderíamos 
perpetuar melhores condições de trabalho, com a 
adoção do sistema de proteção coletiva, gerando 
mais conforto ao trabalhador, culminando com me-
nos reclamações trabalhistas. 
https://www.google.com.br/search?newwindo
FIGURA 18 
51
http://www.portaleletricista.com.br/wp-content/uploads/2013/12/epi.jpg
FIGURA 19 
2.5. EPI – Equipamento de Proteção Individual
Apesar das empresas que fabricam EPI´s, terem 
se aprimorado e buscado novos conceitos de EPI´s, 
com materiais mais leves, confortáveis, adaptados as 
condições do corpo humano, ainda nos dias de hoje, 
muitas empresas empregam o recurso de utilização 
de materiais de má qualidade, comprometendo ainda 
mais o trabalhador.
Como citado, no item anterior, o EPI - Equipa-
mento de Proteção Individual, somente deve ser uti-
lizado como último recurso e nada mais. E mesmo 
com último recurso, a norma também cita a necessi-
dade da busca de novas tecnologias.
A NR-12 veio com o novo critério de mudar a fi-
losofia de atuação das empresas e trabalhadores, e com 
este conceito faz-se necessário os envolvimentos de 
52
todos, no que diz respeito à redução dos números de 
acidentes, tanto os mais simples, como arranhões, até 
aqueles que culminam na fatalidade. E o EPI é um ins-
trumento importante, neste contexto, pois é impossível 
imaginar linhas de produções pesadas sem o uso dele. 
Por outro lado, hoje, o empregado, já vem entendo mais 
seu papel neste contexto, e utilizar EPI´s somente para 
agradar o patrão ou, então, para não ser advertido, já são 
coisas do passado. É muito comum, hoje, nas empre-
sas, os empregados não só exigirem o fornecimento de 
EPI´s, mas também cobrar que estes sejam de qualida-
de, que tenham conforto, durabilidade e até tecnologia 
avançada. Vemos na prática, o uso de máscara de solda 
com sistema eletrônico para escurecimento de lente. 
Tudo leva a crer que empregado e empregador, estão se 
ajustando, aos poucos, às novas exigências das normas e 
ao papel de cada um para o cumprimento destas. 
2.6. Cor, Sinalização E Rotulagem
Conforme a NR-26 – SINALIZAÇÃO DE 
SEGURANÇA, em sua nova redação de 2011, a 
qual nos remete a cumprir as normas técnicas ofi-
ciais, passamos a adotar os critérios da NBR-7195 
de 31.07.1995 – Cores para Segurança, com o ob-
jetivo de fixar as cores que devem ser usadas para 
prevenção de acidentes, empregadas para identificar 
e advertir contra riscos.
53
http://www.abntcatalogo.com.br/
FIGURA 20 
A NBR-6493 de 30.11.1994 – que trata do em-
prego de Cores para Identificações para Tubulações, 
com o objetivo de fixar as condições exigíveis para 
o emprego decores na identificação de tubulações, 
para a canalização de fluídos e material fragmenta-
54
do, ou condutores elétricos, com a finalidade de faci-
litar a identificação e evitar acidentes.
http://www.abntcatalogo.com.br/.
FIGURA 21
Devemos lembrar que além das aplicações das 
NBRs citadas acima, os empregados devem ser trei-
nados, a fim de evitar acidentes, no momento de fa-
zer alguma manutenção, manuseio e deslocamento 
dentro da empresa.
55
Na NR-26 há algo novo, que informa sobre 
a Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com 
Dados de Segurança de Produto Químico. Essas in-
formações podem ser encontradas na GHS – Sis-
tema Globalmente Harmonizado de Classificação e 
Rotulagem de Produtos Químicos, da Organização 
das Nações Unidas.
É uma norma para unificar as informações 
globalmente, fazendo com que todas as empresas 
(globalmente) trabalhem com o mesmo sistema 
de classificação.
Em relação à classificação de perigo, a norma 
nos diz que: “Na ausência de lista nacional de classi-
ficação harmonizada de substâncias perigosas pode 
ser utilizada lista internacional”.
Hoje, nós temos uma norma que trata de clas-
sificação de perigo, que é a NBR-14725 – parte 2 
– CLASSIFICAÇÃO DE PERIGO – que tem por 
objetivo estabelecer critérios para o sistema de clas-
sificação de perigos de produtos químicos, sejam 
eles substâncias ou misturas, de modo a fornecer ao 
usuário informações relativas à segurança, à saúde 
humana e ao meio ambiente.
Devemos lembrar que além das aplicações das 
NBRs citadas acima, os empregados devem ser trei-
nados, a fim de evitar acidentes, no momento de fa-
zer alguma manutenção, manuseio e deslocamento 
dentro da empresa.
56
Na NR-26 há algo novo, que informa sobre 
a Classificação, Rotulagem Preventiva e Ficha com 
Dados de Segurança de Produto Químico. Essas in-
formações podem ser encontradas na GHS – Sis-
tema Globalmente Harmonizado de Classificação e 
Rotulagem de Produtos Químicos, da Organização 
das Nações Unidas.
É uma norma para unificar as informações global-
mente, fazendo com que todas as empresas (globalmen-
te) trabalhem com o mesmo sistema de classificação.
Em relação à classificação de perigo, a norma 
nos diz que: “Na ausência de lista nacional de classi-
ficação harmonizada de substâncias perigosas pode 
ser utilizada lista internacional”.
Hoje, nós temos uma norma que trata de clas-
sificação de perigo, que é a NBR-14725 – parte 2 
– CLASSIFICAÇÃO DE PERIGO – que tem por 
objetivo estabelecer critérios para o sistema de clas-
sificação de perigos de produtos químicos, sejam 
eles substâncias ou misturas, de modo a fornecer ao 
usuário informações relativas à segurança, à saúde 
humana e ao meio ambiente.
No que se refere à rotulagem preventiva, 
deve conter elementos importantes para a identi-
ficação do produto. Novamente, a NR-26 nos diz 
que: “Os aspectos relativos à rotulagem preventi-
va devem atender ao disposto em norma técnica 
oficial vigente”.
57
A norma oficial vigente é a NBR-14725 – parte 
3 – ROTULAGEM PREVENTIVA – que estabele-
ce as informações de segurança relacionadas ao pro-
duto químico perigoso, a serem incluídas na rotula-
gem. Na Rotulagem Preventiva, deve conter alguns 
os seguintes elementos:
• Identificação e composição do produto químico;
• Pictograma de Perigo – Sabem o que é pic-
tograma?
• Palavra de advertência – Perigo / Cuidado;
• Frase de perigo – Gás Inflamável;
• Frases de Precaução – Mantenha afastado do 
fogo (não fume);
• Informações suplementares – Informações so-
bre proteção do Meio Ambiente, Proteção Individual.
Referente à questão da ficha com dados de se-
gurança, na qual, novamente, a NR-26 informa que: 
“Os aspectos relativos à ficha com dados de segu-
rança devem atender ao disposto em norma técnica 
oficial vigente”.
• Devemos aplicar a NBR-14725 – parte 4 – 
FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA, 
que fornece informações sobre vários aspectos de 
produtos químicos (substâncias ou misturas), quanto 
à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente.
• Na NR-26 não fala, mas se trata da Ficha de 
Informação de Segurança de Produtos Químicos 
(FISPQ), já conhecida por muitos.
58
2.7. Manutenção Preventiva
A NR-12 tem uma especial atenção quanto 
aos trabalhos de manutenção, pois foi constatado 
ao longo do tempo pelas estatísticas oficiais do Mi-
nistério do Trabalho, que a grande parte dos aci-
dentes graves ou fatais, ocorrem no momento da 
preparação, ou na execução de manutenção de má-
quinas e equipamentos. E é por este motivo, que ela 
descreve a necessidade dos bloqueios das fontes de 
energia, através do sistema Lock-out/Tag-out. Os 
profissionais de segurança que estão há muitos anos 
na área, acreditam que este sistema e a introdução 
de plataformas elavatorias, foram os equipamentos 
que contribuiram sensivelmente para a diminuição 
de acidentes graves nas indústrias. Não podemos 
negar que não basta estes dois equipamentos, mas 
sim um plano de gestão para manutenção das má-
quinas e equipamentos.
Voltado a este contexto, o Ministério do Tra-
balho em sua NR-12, solicita que as empresas te-
nham um livro próprio de registro por máquina, 
para descrever todo o processo de manutenção 
realizado, o que foi trocado, o que foi revisado, o 
que removido e outros detalhes. Este registro tem 
como função descrever a vida da máquina, fazendo 
um paralelo ao ser humano. É como se fosse um 
prontuário médico. Como podemos notar a NR-
59
12, nao veio só para enclausurar, e colocar disposi-
tivos de segurança, mas modificar a postura do em-
pregado em relação à máquina. Fazer com que este 
compreenda e respeite o maquinário, e ter por ele, 
cuidado. O Lay out, também, não foi esquecido, e 
deve ser demandado um sistema de organização de 
estocagem de materiais para facilitar tanto a movi-
mentação de quem opera a máquina, como aqueles 
que executam trabalhos de manunteção e limpeza. 
Os critérios que passamos adotar.
2.8. Engenharia de Segurança do Trabalho
A Engenharia de Segurança, ao longo dos anos, 
vem ganhando destaque hierárquico nas empresas. 
Após a decada de 80, e início de 90, com a chegada 
da ISO-9000. As empresas exigiam de seus empre-
gados a manutenção da qualidade dos produtos fa-
bricados, porém fica, totalmente, incoerente a falta 
de condições de trabalho, para que se pudesse reali-
zar um produto de qualidade. 
Com o transcorrer do tempo, as empresas per-
ceberam que iriam ganhar mercado com qualidade, 
se oferecessem aos seus empregados maquinários de 
qualidade, os quais não os colocassem em perigo e 
riscos de acidentes. 
A área de segurança foi ganhando espaço e em 
empresas, de médio e grande porte, virou item li-
60
gado à política da empresa, na qual é primordial a 
existência de condições seguras de trabalho. 
Com a chegada do novo texto da NR-12, foi 
escrito um novo capítulo da relação da área de segu-
rança com as outras áreas da empresa. 
61
Questões
1. Defina o que são vasos sob pressão?
2. Qual NBR dispõe sobre as aplicações das co-
res em um estabelecimento?
3. O que significa a sigla FISPQ, e para que ser-
ve este documento?
4. Explique o que fez com que a área de Seguran-
ça ganhasse mais espaço para aplicação das normas?
5. O que significa a sigla EPI e quando deve ser 
aplicado? 
63
Unidade 3
Características do Ambiente De Máquinas
3.1. Localização Industrial
Quando vamos definir o local de instalações 
de máquinas e equipamentos, não devemos es-
quecer que este arranjo faz parte de um contexto, 
ao qual deve ser definida a preparação do piso 
para depósito da máquina, fundação da máquina, 
lay out ao redor, sistema de escamento de líqui-
dos e sólidos e áreas para estocagem de material 
em processo e material acabado. Toda demarca-
ção ao redor da máquina deve resguardar um es-
paço de 1,20 metros, para as vias de circulação 
e preservá-las desobstruídas. Devemos notar se 
o espaço para circulação entre máquinas permite 
uma boa movimentação do empregado, facilitan-
do acesso a diversospontos da máquina sem se 
expor a riscos adicionais. O bom lay out é tão 
importante quanto o próprio processo de fabri-
cação, pois irá demandar as condições para es-
coamento da produção de forma ordenada, sem 
riscos aos empregados e também a danos às má-
quinas e equipamentos. 
64
http://courierexp.com/wp-content/uploads/2013/10/boxes.jpg
FIGURA 22
3.2. Riscos em Eletricidade 
A maioria dos acidentes fatais está ligada, direta 
ou indiretamente, com os sistemas de abastecimento 
de eletricidade em máquinas ou equipamentos. 
Estes acidentes ocorrem em sua maioria pela 
improvisação mais conhecida com “gambiarra” ou, 
então, pela falta de habilitação e conhecimento na 
execução das atividades com eletricidade. 
No que diz respeito à NR-12, esta demanda um 
capítulo à parte para falar sobre riscos de acidentes 
com energia elétrica. Os cuidados específicos come-
çam desde o aterramento da máquina na malha do 
edifício, sistema de para-raios, definições de disposi-
tivos de segurança e acesso às áreas de risco, voltadas 
às partes energizadas. 
As adaptações ou uso de produtos de má quali-
dade nas instalações elétricas, foram de certa forma 
65
eliminados, pois o acompanhamento e fiscalização 
na utilização destes são constantes. 
A desenergização é considerada uma medida de 
proteção coletiva prioritária pela NR-10, conforme 
consta no item 10.2.8.2., pois permite controlar o 
risco elétrico, de forma a garantir a segurança e a 
saúde do trabalhador. 
Aliás, é uma prática internacional, pois um ser-
viço que pode ser realizado com a instalação dese-
nergizada não deve ser feito de outra forma.
A desenergização não é o simples desligamento, 
mas sim a supressão da energia elétrica da instalação. 
Por isso, frequentemente, o trabalho em instalações 
desenergizadas é chamado de “trabalho sem tensão”. 
A própria NR-10 distingue a diferença entre a ins-
talação desenergizada e a desligada, no item 10.5.4., 
quando determina que os serviços executados em ins-
talações elétricas desligadas, mas com possibilidade de 
energização, por qualquer meio ou razão, devem ver o 
item 10.6. - ou seja, uma instalação sem possibilidade 
de energização por qualquer meio ou razão.
E o que é uma instalação energizada? A respos-
ta está no item 10.6.1. da NR-10, que a define como 
instalação elétrica com tensão igual ou superior a 50 
Volts em corrente alternada ou superior a 120 Volts, 
em corrente contínua. 
Deve-se observar que a tensão pode “aparecer” 
na instalação por diversas razões. Esse conceito é 
66
importante e será útil na definição do aterramento 
temporário. A desenergização é um procedimento 
estabelecido na NR-10, utilizado para garantir que a 
instalação não será reenergizada por qualquer meio 
ou razão. A instalação desenergizada apresenta nível 
de segurança muito superior ao da desligada, e impe-
de principalmente a energização acidental, que pode 
ser causada por:
• erros na manobra;
• fechamento de chave seccionadora;
• contato acidental com outros circuitos energi-
zados, situados ao longo do circuito;
• tensões induzidas por linhas adjacentes ou 
que cruzam a rede; fontes de alimentação de tercei-
ros (geradores);
• linhas de distribuição para operações de manu-
tenção e instalação e colocação de transformadores;
• torres e cabos de transmissão nas operações 
de construção de linhas de transmissão;
• linhas de transmissão nas operações de subs-
tituição de torres; ou 
• manutenção de componentes da linha.
3.3. Sistema Externo de Proteção Contra 
Descargas Atmosféricas
A proteção contra raios diretos nas edificações 
consiste basicamente na instalação de condutores 
67
metálicos envolvendo a edificação, e é constituída 
pelos subsistemas de captação (que recebem a des-
carga), subsistema de descidas (conduzem a descar-
ga até o solo), subsistema de aterramento (dissipam 
a descarga no solo) e subsistema de equipotenciali-
zação (reduzem os riscos de centelhamento e suas 
consequências). A falta desse sistema poderá acarre-
tar desde danos materiais, até acidentes com deter-
minada gravidade e fatal, no momento da descarga. 
3.4. NR-10 X NR-12
Ao se falar de riscos de acidentes em partes elé-
tricas em máquinas e equipamentos é impossível, não 
fazer uma interligação entre a NR-10 e NR-12. Estas 
se completam, enquanto que a NR-10 define parâme-
tros mais gerais determinando a zona de risco, trei-
namento, uso de EPI´s apropriadas a cada atividade 
em partes elétricas. Já, NR-12 se dedica mais a definir 
critérios de instalações de equipamentos e dispositi-
vos elétricos em máquinas e equipamentos. Essa con-
junção de informações faz com que as normas sejam 
bem amplas e devem ser estudadas detalhadamente 
para que possam ter eficácia em sua aplicação.
68
http://segurancasaude.blogspot.com.br/2011/09/nr-10-seguranca-em-
instalacoes-e.html
FIGURA 23 
Uma máquina ou equipamento possui diversos 
dispositivos elétricos, os quais demandam instalação 
por profissional habilitado e capacitado e, em seu 
uso no dia a dia, deve ter critérios na utilização, de-
finindo até que ponto o empregado, que opera uma 
máquina, pode interagir com esses sistemas, sem se 
expor a riscos adicionais. 
Alguns critérios são mais comuns em sua apli-
cação, independente de máquina ou equipamento, 
conforme abaixo descrito:
•As instalações elétricas das máquinas e equi-
pamentos que estejam, ou possam estar em conta-
to direto ou indireto com a água, ou com agentes 
69
corrosivos, devem ser projetadas e dispor de meios 
e dispositivos de modo a garantir sua blindagem, es-
tanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a 
prevenir a ocorrência de acidentes.
• Os quadros de energia das máquinas e equipa-
mentos devem atender aos seguintes requisitos mí-
nimos de segurança:
• Possuir porta de acesso mantida permanente-
mente fechada. 
• Possuir sinalização quanto ao perigo de cho-
que elétrico e restrição de acesso por pessoas não 
autorizadas. 
• Ser mantidos em bom estado de conservação, 
limpos e livres de objetos e ferramentas; ter os cir-
cuitos protegidos e identificados.
3.5. Dispositivos de Partida, Acionamento e 
Parada
O que são dispositivos de partida, acionamento 
e parada de máquinas ou equipamentos?
São dispositivos responsáveis pelo comando 
das máquinas, e que devem ser administrados por 
operador devidamente capacitado. 
Como devemos projetar, selecionar e instalar os 
dispositivos?
•Primeiramente estes não devem estar localiza-
dos em zonas de perigo; 
70
• De condições de ser acionados ou desligados 
por outra pessoa em casos de Emergência;
• Não fica em posição na qual possa ser desli-
gado ou interrompa o funcionamento de forma in-
voluntária;
• Não acarretem riscos adicionais e 
• Principalmente não possa ser burlado. 
• Devem ainda ser adotadas, quando necessárias, 
medidas adicionais de alerta, como sinal visual e dis-
positivos de telecomunicação, considerando as carac-
terísticas do processo produtivo e dos trabalhadores. 
3.6. Sistemas de Segurança em Máquinas e 
Equipamentos 
As zonas de perigo das máquinas e equipamentos 
devem dispor de sistemas de segurança, caracterizados 
por proteções fixas, proteções móveis, e dispositivos de 
segurança interligados, que garantam a proteção inte-
gral à saúde e à integridade física dos trabalhadores.
3.7. Proteções Fixas
São proteções de difícil remoção, fixadas nor-
malmente no corpo ou estrutura da máquina. Essas 
proteções deverão ser mantidas em sua posição fe-
chada, sendo de difícil remoção, fixadas por meio de 
solda ou parafusos, tornando sua remoção ou aber-
71
tura impossível, sem o uso de ferramentas. Podem 
ser confeccionadas em tela metálica, chapa metálica 
ou policarbonato.
www.ab.com650 × 402
FIGURA 24
3.8. Proteções Móveis
Essas proteções geralmente estão vinculadas à 
estrutura da máquina ou elemento de fixação adja-
cente, que pode ser aberto sem o auxílio de ferra-
mentas. As proteções móveis (portas, tampas etc.) 
devem ser associadas a dispositivos de intertrava-mento de tal forma que:
- a máquina não possa operar até que a prote-
ção seja fechada;
- se a proteção é aberta quando a máquina 
está operando, uma instrução de parada é acionada. 
72
Quando a proteção é fechada, por si só, não reinicia 
a operação, devendo haver comando para continua-
ção do ciclo.
Quando há risco adicional de movimento de 
inércia, dispositivo de intertravamento de bloqueio 
deve ser utilizado, permitindo que a abertura da pro-
teção somente ocorra quando houver cessado total-
mente o movimento de risco.
Exemplos de proteções fixas e móveis podem 
ser encontradas na norma NBR NM 272:2002 e 
NBR273:2002.
http://www.protecao.com.br/upload/protecao_noticia/6315.jpg
FIRURA 25
Para os comandos de partida, devemos ter aten-
ção especial em possuir dispositivos que impeçam seu 
funcionamento automático ao serem energizados. 
A NR-12 é uma norma multidisciplinar a qual 
demanda aplicação por vários tipos de profissionais, 
tais como: Eletricista, Mecânicos, Projetistas, Enge-
73
nheiros de Segurança e outros, de acordo com as ca-
racterísticas de cada máquina ou equipamento. E fica 
um alerta, as áreas têm que estar afinadas, pois caso 
comecem o trabalho de forma correta, desde a defi-
nição dos melhores equipamentos e dispositivos de 
proteção para uma determinada máquina e equipa-
mento, deve ser alinhado com a área de Suprimento, 
para que no momento de negociação, as questões de 
custo sobreponham à qualidade do produto. 
A Gestão de Projetos é tão importante quanto 
à gestão de segurança. 
74
Questões
1. O que são proteções fixas e proteções mó-
veis? Defina.
2. Qual a vantagem de elaborar um bom Lay out?
3. Qual a diferença em desligar e desenergizar 
uma máquina ou equipamento?
4. O que são dispositivos de partida, aciona-
mento e parada de máquinas ou equipamentos?
5. Como devemos projetar, selecionar e instalar os 
dispositivos de partida da máquina? Cite 3 exemplos. 
75
Unidade 4
Avaliação de Riscos em Máquinas e Equipamentos
4.1. Laudo de Máquina
A NR-12 contempla que toda máquina e 
equipamento devem possuir laudo com recolhi-
mento de ART - ANOTAÇÃO DE RESPONSA-
BILIDADE TÉCNICA, avaliando se as máqui-
nas estão de acordo com as exigências contidas 
nesta norma regulamentadora.
Para que se possa dar início ao processo de ela-
boração do laudo, primeiramente precisamos saber 
qual categoria que a máquina ou equipamento, que 
estamos analisando, se enquadra. Para que isso ocor-
ra, iremos aplicar as categorias de riscos.
4.1.1. Categorias de Risco 
Todos os elementos de controles elétricos ou 
eletrônicos responsáveis pela parada ou início de 
movimentos em prensas, devem obedecer à cate-
goria de riscos nível 4 da NBR-14153. Esta norma 
brasileira é baseada na norma europeia EM 954-1, 
que determina 5 níveis de análise de riscos, e que 
é utilizada para efetuar controles que evitem falhas.
As categorias apresentadas, a seguir, represen-
tam uma classificação de aspectos de segurança de 
76
um sistema de controle, que se refere à capacidade 
de uma unidade de produção resistir às falhas e seu 
desempenho, quando uma falha ocorre.
PONTO DE PARTIDA PARA AVALIAÇÃO 
DO RISCO DE SEGURANÇA
www.ab.com639 × 493
FIGURA 26
SEVERIDADE DO FERIMENTO
• S1 leve (normalmente reversível).
• S2 grave (normalmente irreversível).
F – Frequência E Tempo De Exposição
• F1 raro a relativamente frequente e/ou baixo 
tempo de exposição.
• F2 frequente até contínuo e/ou tempo de 
exposição longo.
77
P – Possibilidade De Evitar O Perigo
• P1 possível sob condições específicas.
• P2 quase nunca possível.
Categoria B
Partes de sistemas de comando, relacionadas 
à segurança e/ou seus equipamentos de proteção, 
bem como seus componentes, devem ser projeta-
dos, construídos, selecionados, montados e combi-
nados de acordo com as normas relevantes, de tal 
forma que resistam às influências esperadas. 
Categoria 1
Inclui as condições de segurança especificadas 
pela categoria B e, além disso, os sistemas de contro-
le mecânico devem estar de acordo com critérios de 
qualidade previstos.
Tem como objetivo a PREVENÇÃO de falhas.
Categoria 2
Esta categoria contempla as condições da 
categoria B e inclui os dispositivos que evitam 
a partida, em caso de uma falha detectada. Isto 
sugere o uso de relés de interface com redundân-
cia e autoverificação de energização. Permite-se a 
operação mediante um canal simples, sempre que 
o dispositivo de partida seja absolutamente efe-
tivo e testado para o uso em condições normais. 
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Se o teste for garantido, deve-se optar por um 
controle de duplo canal.
Tem como objetivo a DETECÇÃO de falhas 
(ou seja, as falhas não devem ser apenas prevenidas, 
mas detectadas e corrigidas).
Categoria 3
Esta categoria contempla todas as condições 
da categoria B, incluindo os sistemas de seguran-
ça projetados, de forma que uma simples falha 
não leve à perda de funções de segurança e a sim-
ples falha possa ser detectada. Isto alerta não so-
mente para o uso de sistemas redundantes no relé 
de interface, como também nos dispositivos de 
entrada, usando-se sistemas de duplo canal. Tem 
como objetivo a DETECÇÃO de falhas (ou seja, 
as falhas não devem ser apenas prevenidas, mas 
detectadas e corrigidas).
Categoria 4
Esta categoria contempla todas as condições da 
categoria B, sendo que uma simples falha será detec-
tada no momento, ou antes, de uma nova energiza-
ção do sistema de segurança, sendo que a acumula-
ção de três falhas consecutivas não deverá conduzir 
à perda da função de segurança.
Deve ser considerada como a categoria com o 
mais elevado risco.
79
Tem como objetivo a DETECÇÃO de falhas 
(ou seja, as falhas não devem ser apenas prevenidas, 
mas detectadas e corrigidas). Monitoramento e che-
cagem são as chaves destas 3 últimas categorias.
Para que se possa fazer uma análise de riscos 
correta, devemos definir de qual forma iremos quan-
tificar estes riscos. 
O método HRN (Número de Classificação de 
Perigo) classifica o risco de insignificante à inaceitá-
vel, e para ser classificado algumas informações são 
levadas em conta, como:
- Probabilidade de ocorrência (PE)
- Frequência de exposição (FE)
- Grau de possíveis danos (GPD)
- Número de pessoas expostas ao risco (NP)
Para cada item, é atribuído um valor conforme 
tabelas abaixo:
HRN (Número de Classificação de Perigo)
Probabilidade de Ocorrência (PO)
0,033
Quase 
impossí-
vel
1
Altamen-
te impro-
vável
2
Possí-
vel
5
Al-
guma 
chan-
ce
8
Prová-
vel
10
Muito 
prová-
vel
15
Certo
X
80
Frequência de Exposição (FE)
0,5
Anual-
mente
1
Mensal-
mente
1,5
Sema-
nalmen-
te
2,5
Diaria-
mente
4
Em 
termos 
de hora
5
Cons-
tante-
mente
X
Grau de Possíveis Danos (GPD)
0,1
Arranhão 
/ Contu-
são leve
0,5
Dilace-
ração / 
Doenças 
modera-
das
2
Fratura 
/ Enfer-
midade 
leve
4
Fratura 
/ Enfer-
midade 
grave
6
Perda 
de um 
membro 
/ olho
10
Perda 
de dois 
mem-
bros / 
olhos
15
Fatali-
dade
X
Número de Pessoas expostas (NP)
1
1-2 
pessoas
2
3-7 
pessoas
4
8-15 
pessoas
8
16-50 
pessoas 
graves
12
Mais 
que 50 
pessoas
O resultado do cálculo é comparado com a se-
guinte tabela, que determina o grau do risco de cada 
descrição de perigo do equipamento.
HRN Risco Classificação
0-5 Insignificante Oferece um risco muito baixo 
para a segurança e saúde.
5-50 Baixo, porém 
significativo
Contém riscos necessários para 
a implementação de medidas de 
controle de segurança.
81
50-
500
Alto Oferece possíveis riscos, ne-
cessitam que sejam utilizadas 
medidas de controle de segurança 
urgentemente.
500+ Inaceitável É inaceitável manter a operação 
do equipamento na situação que 
se encontra.
Quando você definir a categoria da sua máquina 
e os critérios de avaliação de riscos, pode dar início 
ao processo de estudo da máquina ou equipamento. 
O Laudo deve ter uma boa conclusão, pois é 
daí o ponto de partida para adequar o equipamento. 
A sequência do laudo deve ser da seguinte forma: 
4.1.2. Capa

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