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Materiais de Construção Civil e os Sistemas Construtivos Módulo 1

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Materiais de Construção Civil
Materiais de Construção Civil e os Sistemas Construtivos		Módulo 1
Reconhecer os principais tipos de paredes de vedação internas e externas: tijolos, blocos e placas; argamassas, revestimentos e tintas
INTRODUÇÃO
Nosso método construtivo mais empregado é, sem dúvida alguma, a alvenaria convencional, porém novas tecnologias mais racionalizadas e econômicas estão surgindo e sendo utilizadas.
Entre os vários sistemas construtivos, os que mais predominam são: alvenaria convencional, alvenaria estrutural, fechamentos com placas pré-moldadas e steel frame.
Após a execução das alvenarias de suporte ou de fechamento de uma edificação, os revestimentos são a continuidade natural do processo construtivo convencional. Para tanto, fazemos uso de argamassas e, posteriormente, como proteção final e acabamento, são executadas as pinturas.
TIJOLOS, BLOCOS E PLACAS
Materiais como os tijolos, blocos e placas pré-moldadas são os insumos básicos para importantes elementos dentro de nossas edificações que genericamente chamamos de fechamentos, vedações ou simplesmente alvenarias.
As alvenarias como método construtivo podem ser portantes ou apenas para vedação. Além disso, podem realizar fechamentos externos, que devem apresentar proteção contra as intempéries, resistência à umidade e à pressão do vento. Trataremos inicialmente das alvenarias de fechamento, ou seja, aquelas que não tem função estrutural.
Em sua grande maioria, esses fechamentos são realizados com uma infinidade de materiais construtivos, como: tijolos maciços, blocos cerâmicos, blocos de concreto, blocos de adobe, tijolos de solo-cimento, tijolos sílico-calcáreos, blocos celulares (leve), blocos de gesso, placas pré-moldadas, entre tantos outros.
Blocos de adobe
O bloco de adobe é um dos tijolos mais antigos utilizados na construção. Ele é composto de terra crua, água, palha e fibras naturais, como esterco de gado, por exemplo.
TIJOLOS E BLOCOS CERÂMICOS
Entre os materiais cerâmicos mais utilizados nas alvenarias estão os blocos e tijolos. Um insumo muito popular e de uso corrente é o tijolo maciço, que além de ser usado nas alvenarias como simples vedação, também é muito empregado como elemento portante em edificações de pequeno e médio porte.
Atenção
Muitas vezes, ele é utilizado para a execução de fundações, o que é desaconselhável, tendo em vista que a umidade proveniente do solo possa deteriorar o material.
Normalmente, o processo de fabricação do tijolo maciço se dá por prensagem (da argila), secagem e queima, de modo a adquirir as propriedades compatíveis com seu uso. Segundo a NBR 7170, os tijolos comuns devem ser classificados para atingirem resistências à compressão entre 1,5 e 4 MPa. 
Relativamente à aparência dos tijolos, a Norma NBR 7170 recomenda que os tijolos não apresentem defeitos sistemáticos, como por exemplo: arestas vivas e cantos resistentes, quebras e fissuras, deformações, superfícies irregulares e desuniformidade de cor. 
Exceto pela moldagem que é feita através do processo de extrusão, os blocos cerâmicos são produzidos a partir de argilas como os tijolos maciços (secagem e queima).
Os blocos cerâmicos convencionais são empregados para vedação e fechamento de vãos, porém a única carga que suportam é seu próprio peso, sendo utilizados nas aplicações mais triviais em paredes internas ou externas das mais diversificadas edificações. Por ser “oco” apresenta pequena resistência à compressão com pouco mais de 1,0 MPa. 
BLOCOS DE CONCRETO PARA VEDAÇÃO
Entre inúmeras possibilidades de materiais a serem aplicados na construção civil, os blocos de concreto ganham cada vez mais espaço nas obras, onde se busca um processo construtivo racionalizado.
Também chamados de blocos de cimento, trata-se de um artefato de cimento que poderíamos chamar de pequenos “pré-moldados” fabricados como os demais concretos, com agregados (pedrisco + areia), cimento e água (e muitas vezes aditivos) com rígido controle de traço, de modo a garantir qualidade (estrutural, funcional e estética). 
Atualmente, muitos blocos de concreto são inovadores, relativamente sustentáveis, práticos (trabalháveis) e econômicos, conferindo a eles status de componentes indispensáveis nas construções que buscam rapidez de execução, economia e qualidade. Seu formato prismático (lembrando um paralelepípedo) com seis faces e grandes furos verticais propiciam sua aplicação em construções de alvenarias de paredes e muros, e são otimizados quando se procura um sistema construtivo racionalizado.
Saiba mais
Embora os blocos de concreto para alvenaria sejam normatizados pela ABNT através das Normas: NBR 12.118/2007— Blocos Vazados de Concreto Simples para Alvenaria / Métodos de Ensaio e NBR 6.136/2008 — Requisitos para Blocos de Concreto; existem uma infinidade de fábricas espalhadas pelo Brasil que produzem esse material das mais diversas formas, muitas vezes sem critérios técnicos mínimos. Assim, nos cabe verificar a procedência desses insumos de maneira que não tenhamos nenhum comprometimento técnico ou estético que desqualifique uma edificação.
Os blocos de concreto, quando utilizados para alvenarias e fechamentos, apresentam diversas vantagens em relação a outros tipos de materiais com a mesma finalidade, como por exemplo:
01 - Dada a precisão da sua forma prismática, favorece o assentamento, por conta da redução da quantidade de argamassa e a planicidade das paredes, permitindo a aplicação de argamassa, revestimento cerâmico ou gesso diretamente sobre ele.
02 - Devido ao seu processo de fabricação, os blocos de concreto possuem maior resistência mecânica, diminuindo riscos de quebra no transporte e o desperdício de material nos canteiros de obra.
03 - Uma variação do bloco é a canaleta que possibilita a execução de vergas e contravergas em portas e janelas, evitando vícios construtivos como fissuras nos cantos das esquadrias.
04 - Os furos verticais facilitam a implantação das tubulações elétricas e hidráulicas que podem percorrer seu interior, evitando recortes na alvenaria que, por sua vez, diminui a quantidade de entulho e evita o retrabalho de recuperação da alvenaria para posterior revestimento.
O bloco de concreto e a sustentabilidade na construção civil
Atualmente, as questões voltadas para a sustentabilidade estão entre os assuntos que mais produzem pesquisa no campo da Construção Civil. Muitas dessas investigações frutificaram de tal maneira que já se encontram produtos sustentáveis sendo comercializados no mercado. 
Um desses materiais é o bloco de concreto produzido com rejeitos provenientes da Construção Civil e destinados para alvenarias de vedação. Este insumo tem como foco o desperdício de materiais (acúmulo de entulho) que vai desde as pequenas até as grandes obras e, consequentemente, visa mitigar os danos ao meio ambiente com a diminuição dos rejeitos das construções dispersados na natureza.
Atenção
Os Blocos confeccionados com materiais reciclados devem atender as normas técnicas brasileiras vigentes quanto à resistência à compressão, muito embora o bloco de vedação não exija grandes resistências, podendo inclusive contribuir como uma solução relativamente mais econômica.
AS PLACAS PRÉ-MOLDADAS PARA VEDAÇÃO
O uso de concreto pré-moldado em edificações, seja como placas de fechamentos ou elementos estruturais, está diretamente associado ao atendimento de demandas da parcela da sociedade que buscam: versatilidade arquitetônica e desempenho técnico; eficiência e segurança; durabilidade e economia; condições favoráveis de trabalho (neste caso para os empreendedores) e principalmente de sustentabilidade.
O concreto pré-moldado é a evolução natural construtiva das edificações e do campo edilício que, num futuro próximo, será influenciado pelos sistemas de tecnologia da informação pela industrialização e pela automação, especialmente no tocante à eficiência aos processos construtivos, desde a concepção do projeto até o seu acabamento.
A fim de uma mudança da base produtiva na Construção Civil — que se utiliza intensivamenteda força de trabalho — para um modelo mais moderno, como a pré-fabricação, seria necessária a aplicação de princípios da filosofia industrial (que necessitaria, por sua vez, de estudos aprofundados em relação às questões sociais, dado ao enorme contingente de mão de obra empregada na construção civil), função de todo o processo construtivo que deve ser iniciado pelo projeto da construção. 
Muitas são as tipologias de edificações que permitem a utilização de elementos pré-moldados, entretanto aquelas com planos ortogonais são ideais, uma vez que apresentam um grau de regularidade relativamente aos vãos que facilitam a modulação. De qualquer modo, durante o projeto de uma edificação, seria sempre interessante conseguir padronização e repetição de soluções no sentido de se conseguir uma maior economia na construção.
Saiba mais
Basicamente, a “industrialização” do setor da construção civil é a transferência dos trabalhos realizados nos canteiros de obra para o interior de fábrica. Desse modo, a produção de elementos pré-moldados numa fábrica permite processos de produção mais racionais e eficientes, mão de obra especializada, controle de qualidade etc.
O uso altamente potencializado de equipamentos, a otimização de materiais (melhor controle sobre a relação água/cimento) e de procedimentos de fabricação cuidadosamente elaborados (controlados por computador para o preparo do concreto), possibilitam que a pré-fabricação tenha um maior potencial econômico, durabilidade e eficiência do que outros métodos de fechamentos de alvenarias. 
Ainda como forma de potencializar a produção desses elementos, é empregado o concreto de alto desempenho CAD (muitas vezes com resistência superior a 50 MPa) que pela alta resistência possibilita uma eficiência tal que permite a fabricação de elementos mais esbeltos, além do aumento da durabilidade. 
Quando falamos da qualidade das placas pré-moldadas, significa dizer que o objetivo final é de que os produtos e serviços correspondam as expectativas do empreendedor e do usuário. Isso se inicia desde o estudo preliminar do projeto na prancheta do arquiteto, continuando com a produção de componentes nas fábricas e em observância ao cronograma de entrega e de montagem do sistema construtivo pré-fabricado com os operários da obra.
ARGAMASSAS, REVESTIMENTOS E TINTAS
Argamassas para assentamentos e revestimentos
Chamamos genericamente de argamassas (tanto para assentamentos quanto para revestimentos) uma mistura composta de cimento, areia, cal ou aditivo (plastificante, corantes etc.) e água. Ela é utilizada em obras para ligar materiais, impermeabilizar, nivelar e regularizar superfícies, por exemplo.
Argamassa é um material muito importante em qualquer construção convencional que empregue insumos como: tijolos, blocos, cerâmicas, entre outras possibilidades, ou seja, é largamente utilizada durante toda obra, podendo ser produzida na própria obra ou adquirida já pronta no mercado.
As características das argamassas variam a depender da utilização para a qual elas são preparadas: seja para assentamento ou seja para revestimento, ambas com suas várias possibilidades aplicativas. Elas têm a função de propiciar proteção aos vários elementos construtivos, além das questões estéticas. Assim, as argamassas possuem parcela significativa de responsabilidade sobre a durabilidade das edificações. 
Uma boa argamassa deve atender minimamente a algumas condições, como por exemplo:
Compacidade
Quanto mais compacta, mais densa e, consequentemente, mais resistente.
Impermeabilidade
Característica fundamental, visto que impedirá a infiltração de água, uma das patologias que mais deterioram uma edificação.
Aderência
Qualidade que propicia a boa união entre as diversas unidades por ela coladas, assim como, para o caso das argamassas de revestimento, cria a ancoragem no material a ser revestido.
Argamassa artesanal
É a argamassa produzida na própria obra pelo meio do manuseio de simples ferramentas, ou através de betoneira, e que genericamente é elaborada com traços empíricos com areia, cimento, cal (algumas vezes algum plastificante como o saibro por exemplo) e água. Nessa produção, alguns cuidados mínimos precisam ser tomados, como em relação à areia que deve ser peneirada até que todas as impurezas sejam retiradas.
Atenção
A quantidade de água varia de acordo com a plasticidade que se deseja em função do destino para o qual está sendo preparada. A água deve ser adicionada um pouco antes da aplicação da argamassa, sendo fundamental que esteja limpa.
Para utilização na obra, a depender da necessidade da aplicação, as argamassas podem ser secas, plásticas ou fluidas, e sua variação se dá pela quantidade de água adicionada. Por sua vez, a retração da argamassa também está diretamente associada à quantidade de água e cal presentes na mistura, bem como dos argilominerais do solo (como o saibro, por exemplo) eventualmente utilizados. Lembrando que a quantidade de água influência na velocidade de carbonatação da argamassa de cal, embora essa quantidade não seja crucial na dosagem, como nas argamassas que contém apenas cimento.
Argamassa industrializada
A argamassa industrializada é aquela produzida em fábricas, segundo as especificações das normas brasileiras, de maneira a garantir características técnicas de resistência e de aderência preestabelecidas. Elas são encontradas no mercado, em pó e ensacadas (com volumes diferentes de acordo com cada fabricante) já prontas para consumo, demandando apenas sua mistura com água. Outras vantagens da argamassa industrializada são a economia e a rapidez, visto que dispensam a mistura com outros insumos, além do desperdício ser muito reduzido se comparado com a produção no canteiro da argamassa artesanal.
As instruções de uso indicadas na embalagem pelo fabricante precisam ser seguidas à risca, como forma de garantir a qualidade da aplicabilidade do produto.
Tipos de argamassas industrializadas
É fundamental a utilização da correta argamassa para cada tipo de aplicação, tanto por questões funcionais, quanto pela qualidade da obra. São encontradas no mercado diferentes tipos de argamassa, pronta de acordo com a necessidade de cada tipo de aplicação, como por exemplo:
AC-1 - É indicada para utilização em interiores, para assentamentos de cerâmica, exceto para aplicação em saunas e estufas (locais quentes e úmidos).
AC-2 - Aplicada em ambientes externos, que necessitem de resistência às intempéries (chuva, vento) ou mecânicas. Também é utilizada para assentamentos de cerâmicas, porcelanatos, mármores, granitos etc.
AC-3 - É a mais resistente, atuando como colante e revestimento. Tem ótimo desempenho para colocação de cerâmica e porcelanato, mármores e granitos, revestimentos de fachadas, piscinas, saunas, estufas e em locais que não recebam insolação diretamente.
AC-3E - Trata-se de uma variação da AC-3 utilizada em locais que recebem insolação direta, e além das características das demais argamassas possui maior tempo de cura.
TINTAS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL
Entendemos por tinta o material que se destina a proteger, cobrir, colorir superfícies (para o caso da Construção Civil) ou objetos (genericamente). Empregada em estado líquido, a tinta enrijece por meio de reações químicas, tornando-se uma película resistente, porém flexível (na grande maioria das vezes), e aderente à superfície onde foi aplicada. 
Nas edificações, as tintas se aplicam como proteção, decoração e/ou sinalização a depender do local a ser pintado:
No mercado nacional, encontramos diversos tipos de tintas e padrões de cores. Na sua grande maioria, exceto as pinturas à base de cal (que é um produto natural), são materiais poliméricos (derivados de petróleo) que agridem o meio ambiente, portanto, devem ser usadas de maneira racionalizada, sem desperdícios. 
O processo de pintura de uma superfície envolve basicamente três procedimentos: limpeza da superfície (lixamento); aplicação de massas (para pequenas correções da argamassa de revestimento, por exemplo); fundos preparadores ou seladores;e a aplicação da tinta de acabamento.
Preparação das superfícies a serem pintadas
Preparar uma superfície para a pintura é deixá-la em condições para o recebimento da tinta de acabamento (ou proteção), de modo que tenha qualidade e durabilidade. Nenhuma tinta, por melhor que seja, trará bons resultados se a superfície a ser pintada não for preparada adequadamente.
As superfícies que serão pintadas deverão estar limpas; secas, sem poeira e livres de umidades ou de gorduras e ferrugem, entre outros problemas. Independentemente se a parede tiver aspecto liso ou rugoso, não deve haver poros que possam absorver em demasia a tinta.
As massas são utilizadas como forma de preparo de superfícies ou mesmo de correção de defeitos. Elas são constituídas por um veículo e muita carga (espessas), desta forma, em razão de sua consistência, sua aplicação é realizada sobre a superfície muitas vezes, com espátulas ou desempenadeiras, para posterior lixamento. Esse processo dará ao local um aspecto mais liso, além de fazer também o papel dos fundos preparadores.
Atenção
O não preparo ou o preparo indevido de uma superfície propiciam uma pintura com pouca durabilidade, aparência desagradável e a possibilidade de apresentar vários defeitos futuros, inclusive descascamento. Lembrando que uma boa pintura sempre valoriza uma edificação e, assim, trará satisfação ao cliente consumidor.
Composição das tintas
Grosso modo, todas as tintas são preparadas com quatro componentes básicos:
VEÍCULOS
É o aglutinante da tinta, a parte líquida que adere e fixa o pigmento na superfície pintada, formando um filme, ou película, quando enrijecida. Existem vários tipos de veículos, sendo que veículos diferentes produzirão tintas com propriedades físicas e químicas diferentes, distinguindo cada tipo de tinta que, normalmente, de acordo com o veículo utilizado acaba por nominá-la, como por exemplo: resistente a intempéries, ambientes internos, resistente ao calor, contra fungos, luminescentes, fosforescentes, entre tantas outras possibilidades. 
Os veículos mais conhecidos empregados na fabricação de tintas são: Óleos Secantes: óleos vegetais da semente do linho, do tungue, da oiticica e do algodão; Resinas Naturais: goma-laca, copal (extraído de árvores tropicais) e látex (seringueiras) e Resinas Sintéticas: alquídica, fenólica, epóxica, acrílica, vinílica, PVA (Poly Vinyl Acetate) Acetato de Polivinila. 
As resinas sintéticas são as mais empregadas e por serem poliméricas (um subproduto do refino do petróleo) são fabricadas em maior escala por conta da disponibilidade da matéria-prima. Graças à tecnologia do processo de fabricação, possuem melhores qualidades de: aderência, flexibilidade, resistência, rendimento, lavabilidade e durabilidade.
PIGMENTOS
São nada mais que minúsculas partículas sólidas insolúveis nos veículos que promovem a coloração das tintas (pigmentos ativos). Além das infinitas possibilidades de cores, os pigmentos ainda incorporam resistência mecânica à abrasão e proteção aos raios ultravioletas, além de consistência, ou seja, a possibilidade de polimento (lixamento) e o brilho das tintas (pigmentos inertes).
São exemplos de pigmentos ativos, o óxido de ferro, o óxido de chumbo (zarcão), o cromato de zinco; e dos pigmentos inertes, o silicato de magnésio (talco), o sulfato de cálcio (gesso), o caulim (argila), o carbonato de cálcio (calcita), entre outros exemplos.
Em resumo, os pigmentos ativos colorem e dão poder de cobertura, ao passo que os inertes, dão consistência, brilho, dureza e possibilidade de lixamento.
Pigmentos que geram cores variadas de tintas
SOLVENTES
Os solventes são líquidos (muitas vezes orgânicos) que tornam as tintas menos espessas de modo a facilitar sua aplicação. Ao tornar a tinta menos viscosa, os solventes influenciam na formação da película, que adere a superfície pintada por meio de reações químicas aéreas ou com os catalisadores, de maneira a promover a comutação do estado líquido ao endurecimento dos veículos que fixam os pigmentos na superfície. 
Para cada tipo de tinta existe um solvente específico, os mais comuns são: a água (que é um solvente universal), a aguarrás, o querosene e o thinner.
ADITIVOS
Os aditivos são substâncias químicas adicionadas em pequenas quantidades para atuarem como elementos auxiliares, melhorando as propriedades e, por consequência, as qualidades das tintas. Em geral são plastificantes, fungicidas, secantes e evitam a sedimentação, entre outras propriedades.
Tipos de tintas
Apesar do mercado oferecer uma infinidade de tipos de tintas, massas e outros produtos para aplicação em revestimentos interno e externos, é muito importante o conhecimento e a escolha dos tipos de tintas a serem aplicados adequadamente nos locais, de modo que a pintura se conserve por mais tempo, além da qualidade estética. 
Por conta dessa grande variedade de opções, é relevante que saibamos algumas diferenças básicas entre os grandes grupos de tintas:
CAIAÇÃO
Trata-se de um dos tipos de pintura mais antigos que existem. É na verdade uma calda (ou nata) preparada com água e cal hidratada (muitas vezes também se adicionam pigmentos coloridos e algum adesivo a título de auxiliar na fixação do material na parede). Ao ser aplicada numa parede, por exemplo, endurece devido à ação do gás carbônico, aderindo assim à superfície. 
Podemos dizer que é uma tinta natural, econômica e higiênica, entretanto não tem um desempenho muito satisfatório quanto à qualidade estética (de difícil comparação às tintas PVA ou acrílica) exceto para o consumidor que deseje aspecto rústico na sua edificação.
TINTA A ÓLEO
Neste caso, o veículo é exclusivamente um produto à base de óleo (normalmente de linhaça), mas pode também ser combinado com outras resinas sintéticas. Sua aplicação é geral em diferentes locais de uma edificação, em madeiras, ferragens, tijolos, rebocos etc. Entretanto, nos ambientes com presença de umidade, não é aconselhável seu uso, como forros de banheiros, por conta do vapor do chuveiro e da possibilidade de formação de mofo.
ESMALTE SINTÉTICO
Com basicamente as mesmas aplicações da tinta a óleo, o esmalte sintético usa como veículo compostos de resinas sintéticas alquídicas ou resinas epoxídicas e, desse modo, apresentam melhores propriedades e maior durabilidade se comparado com as tintas a óleo. 
O esmalte à base de epóxi necessita de um catalizador que é misturado a ele antes da aplicação. Possui alto desempenho, ótima aderência nas superfícies (que devem estar previamente bem limpas) e alta resistência a ataques químicos e físicos (choques) e, por conta disso, tem uma maior aplicação em ambientes industriais, devido a uma possível agressividade.
VERNIZES
Os vernizes são tintas que possuem óleos vegetais como veículos, além de poderem ser misturados às resinas sintéticas, geralmente são brilhantes e transparentes, uma vez que não têm pigmentos corantes. São muito empregados no tratamento de madeiras e de materiais cerâmicos. Exatamente pela falta de pigmentos, a durabilidade dos vernizes é baixa quando comparada a outras tintas. 
Os vernizes sintéticos são mais resistentes pela presença de polímeros, tanto interna quanto externamente. Neste caso, alguns fabricantes introduzem aditivos do tipo "filtro-solar" como forma de aumentar a durabilidade, mesmo assim, todos os vernizes exigem manutenção periódica.
Aplicação de Verniz sobre madeira
BASE DE ÁGUA (PVA E ACRÍLICA)
As tintas à base de água são as mais conhecidas e difundidas, pelo fato de poderem ser usadas em praticamente qualquer tipo de edificação, sendo aplicáveis em: rebocos, após preparação da superfície; sobre concretos, após desforma e limpeza; materiais cerâmicos etc. Apresentam boa cobertura e uniformidade de acabamento, além da resistência, entre outras propriedades.
As duas principais variações de tintas laváveis são à base de PVA (tem como veículo o poliacetato de vinila), mais econômica, e a Acrílica (tem resina acrílica como veículo). Embora seja mais cara, a Acrílica garante maior durabilidade e melhorfacilidade de manutenção (fácil de lavar).
VERIFICANDO O APRENDIZADO
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1. Assinale a opção correta a respeito das paredes de vedação
a) Materiais como os tijolos, blocos e placas pré-moldadas, são os insumos básicos para as alvenarias que podem ser dos tipos: portantes, vedação, seca e fechamento.
b) Alvenarias portantes são aquelas que além do peso próprio também sustentam cargas externas. Alvenaria de vedação são aquelas que efetuam o fechamento entre cômodos contíguos e não é dimensionada para suportar outras cargas além do peso próprio.
c) As alvenarias usadas como fechamento externos são obrigatoriamente portantes, pois precisam receber proteção contra as intempéries além de possuir resistência à umidade e à pressão do vento.
d) As tipologias de alvenarias existentes são: alvenarias estruturais, alvenaria de vedação, alvenarias de fechamento, alvenarias industriais, alvenarias de fundação, alvenarias secas e alvenarias pré-moldadas.
e) Em sua grande maioria, as alvenarias de vedação são aquelas que utilizam tijolos maciços, blocos cerâmicos, blocos de concreto. As alvenarias secas são aquelas que utilizam sistema de dry wall, tijolos de solo-cimento, tijolos sílico-calcáreos, blocos celulares (leve) e blocos de gesso.
Parte superior do formulário
2. Sobre as argamassas industrializadas, assinale a alternativa correta:
a) Os tipos de Argamassas Industrializadas correspondem à resistência mecânica e à resistência térmica adquirida como resultado depois de aplicada.
b) AC-1: é um tipo de argamassas industrializadas indicada para utilização em exteriores, para assentamentos de cerâmica, exceto para aplicação em saunas e estufas (locais quentes e úmidos).
c) AC-2: é aplicada em ambientes internos, que necessitem resistência contra as intempéries (chuva, vento) ou mecânicas. Também é utilizada para assentamentos de cerâmicas, porcelanatos, mármores, granitos etc.
d) AC-3: é a tipologia de menor resistência. Tem mediano desempenho para colocação de cerâmica e porcelanato, mármores e granitos, revestimentos de fachadas, piscinas, saunas, estufas e em locais que não recebam insolação diretamente.
e) AC-3 E: trata-se de uma variação da AC-3 utilizada em locais que recebem insolação direta, e além das características das demais argamassas, possui maior tempo de cura.
f) Parte inferior do formulário

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