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Materiais Básicos para Construção Civil

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DESCRIÇÃO 
 
O conhecimento de materiais básicos de construção civil como condicionante para uma boa 
aplicabilidade desses insumos para o sucesso qualitativo e quantitativo das edificações. 
 
 
 
PROPÓSITO 
 
Compreender as características e propriedades dos materiais básicos de construção civil para 
a correta escolha e aplicação desses insumos, uma vez que a forma, o uso e a função de uma 
obra estão diretamente relacionados aos de materiais que irão compor esta edificação. 
 
OBJETIVOS 
 
 
MÓDULO 1 
 
Identificar os diversos tipos de agregados: areia, brita e outros agregados 
 
 
 
 
MÓDULO 2 
 
Identificar os principais tipos de aglomerantes: Cimento Portland, cal e gesso 
 
 
 
 
MÓDULO 3 
 
Reconhecer os diversos tipos de madeiras, metais e materiais cerâmicos aplicáveis à 
Construção Civil 
 
 
 
MÓDULO 4 
 
Reconhecer os diversos tipos de materiais poliméricos e os vidros aplicáveis à Construção Civil 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Os inúmeros materiais usados na Construção Civil se destinam a diversos fins, tais como 
estruturas, vedações, acabamentos, impermeabilizações etc., porém cada um possui 
características próprias para o fim a que se destinam. 
 
 
Fonte: Roman023_photography/Shutterstock.com 
 
As propriedades básicas variam de material para material, desta maneira, nos compete o 
conhecimento dos materiais disponíveis no mercado, isto é, ter domínio de suas propriedades 
essenciais como parte da garantia do sucesso do empreendimento. 
O conhecimento dos materiais básicos de construção, como os agregados, 
aglomerantes, madeiras, metais, betuminosos, sintéticos, entre outros, é de capital 
importância em nossa profissão, uma vez que são básicos, como o próprio nome diz, e 
empregados em praticamente todas as etapas da obra. 
Devemos ter em mente a constante busca pela pesquisa e desenvolvimento de novas técnicas 
de emprego e de novos materiais, que atendam ao desenvolvimento dos processos 
construtivos e as exigências do mundo contemporâneo, que por sua vez, as novas aplicações 
desses materiais vão depender da descoberta das novas propriedades e características desses 
materiais.
 
 
MÓDULO 1 
 
 
 
 IDENTIFICAR OS DIVERSOS TIPOS DE AGREGADOS: 
AREIA, BRITA E OUTROS AGREGADOS 
 
TIPOS DE AGREGADOS 
 
Os agregados são materiais inertes, ou seja, sem forma ou volume definidos e devem possuir 
dimensões e propriedades adequadas para os diferentes usos em obras de construção em 
geral. 
 
“SEGUNDO A NBR 7211, OS AGREGADOS SÃO 
MATERIAIS PÉTREOS, OBTIDOS POR 
FRAGMENTAÇÃO NATURAL OU ARTIFICIAL. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS AGREGADOS 
 
A classificação mais recorrente dos agregados para a Construção Civil é relativa à origem, aos 
tamanhos dos grãos e a massa específica: 
 
 ORIGEM 
 
NATURAIS 
ARTIFICAIS 
INDUSTRIALIZADOS
RECICLADOS 
São encontrados na natureza na forma como será empregado, como é o caso da areia, do 
cascalho, do pedregulho e do seixo rolado. 
Aqui o termo “artificiais” quer indicar o modo de obtenção e não se relaciona com o material em 
si. São provenientes de algum processamento simples como é o caso do “britamento” de 
rochas, pois necessitam ser quebradas para que seu tamanho se adeque às diversas 
aplicações, como o pedrisco e a pedra britada. 
São aqueles obtidos através de algum processo industrial. A escória de alto-forno e a argila 
expandida. Se obtém através do aquecimento a 1.200°C de determinado tipo de argila. Por 
meio desse processo, a argila retém gases e se expande, tornando-se um material muito leve e 
com uma relativa propriedade mecânica (dureza). 
São obtidos através da reciclagem de diversos resíduos da Construção Civil. 
 
 
 
 
 
TAMANHO DOS GRÃOS 
 
 
À classificação relativa ao tamanho dos grãos chamamos de granulometria e ainda são 
divididos em agregados miúdos e agregados graúdos, como veremos a seguir: 
As classificações são normatizadas pela ABNT e obtidas através de ensaios laboratoriais 
realizados a partir de peneiras com diversas aberturas de malha quadrada. 
Agregados miúdos 
 
São aqueles cujos grãos passam pela peneira de 4,8 mm e ficam retidos na peneira de 0,075 
mm. 
 
 
 
Agregados graúdos 
 
São aqueles cujos grãos passam pela peneira 152 mm e ficam retidos na peneira de 4,8 mm. 
 MASSA ESPECÍFICA: 
 
 
Através da Massa Específica (ρ) do agregado podemos classificá-los como: 
 
 
 
 
LEVES 
 
Aqueles cujo valor é menor que 1.000 kg/m³ 
 
 
 
 
 
 
MÉDIOS 
 
Aqueles cujos valores estão entre 1.000 e 2.000 kg/m³ 
 
 
 
 
 
 
PESADOS 
 
Cujos valores estão acima de 2.000 kg/m³ 
 
 
 
 
PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DOS 
AGREGADOS FINOS 
AS AREIAS 
 
A areia própria para consumo nas obras é obtida mais comumente nos leitos dos rios e em 
cavas (depósitos em fundos de vales cobertos por camada de solo). Na sua grande maioria, 
sua extração é realizada através da escavação, dragagem e bombeamento até as margens 
dos cursos d’água. 
 
 
 
 
 ATENÇÃO 
 
 
As areias encontradas em dunas (próximas do litoral) e praias não são propícias para o uso 
como material de construção por serem muito finas, além de seu alto teor de salinidade. 
Existem ainda os agregados finos artificiais (porque receberam algum tipo de beneficiamento), 
como a areia de brita ou areia artificial, que é um agregado obtido dos grãos finos resultantes 
do processo de britagem das rochas, cujas partículas possuem graduação granulométrica entre 
0,15 e 4,8 mm. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
O fíler é outro agregado fino artificial cuja escala granulométrica vai de 0,005 a 0,075 mm, seus 
grãos são da mesma ordem de grandeza dos grãos de cimento, além de serem conhecidos 
como pó de pedra. 
 
 
 
SEIXOS ROLADOS OU PEDREGULHOS 
 
Os seixos rolados embora não sejam granulados finos, estão muito próximos da classificação 
das areias, uma vez que se trata de um agregado natural encontrado, tanto quanto as areias 
naturais, no fundo dos rios ou lagos de água doce, possuindo superfície lisa e formas 
arredondadas. 
(Granulometria segundo a NBR 7211 da ABNT.) 
 
 
Fonte: Matveev Aleksandr/Shutterstock.com 
 Seixo rolado 
O pedregulho deve ser lavado e limpo de impurezas antes de ser empregado na construção 
civil. Um uso possível (nos locais onde não se encontra pedra britada) está no preparo do 
concreto, que terá uma resistência mecânica cerca de 20% menor do que aquele fabricado 
com brita. Pode ainda ser utilizado na execução de caminhos ou como forração de canteiros no 
paisagismo. 
As areias ainda possuem outra classificação relativamente ao tamanho de seus grãos 
(granulometria ): 
 
 
Areia muito 
grossa (1 a 2 mm) 
 
Empregada na confecção de concreto para peças estruturais 
de grandes dimensões. 
 
Areia grossa (0,5 
a 1 mm) 
 
 
Utilizada na fabricação de concreto armado convencional. 
 
Areia média (0,25 
a 0,5 mm) 
 
Muito empregado em argamassas para emboço (reboco 
“grosseiro” para assentamento de revestimentos em geral). 
 
Areia Fina (abaixo 
0,25 mm) 
 
Empregada na fabricação de argamassas para reboco fino 
(também conhecido como Emboço Paulista). 
□ Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DA 
BRITA 
O vídeo abaixo contempla as características e propriedades dos agregados graúdos, 
conhecidos como pedra britada ou brita. Também são apresentados: o processo de britagem, a 
classificação das britas, entre outros tópicos. 
 
 
OUTROS AGREGADOS 
 
Conheça a seguir as características de outros agregados: 
 
ARGILA EXPANDIDA 
A argila expandida pode ser classificada como um agregado leve em função da sua baixa 
massa específica (a massa da argila expandida se encontra na faixa entre 300 kg/m³ e 650 
kg/m³, ao passo que as areias possuem 1500 kg/m³ e das britas, uma média de 1420 kg/m³). 
Para obtenção desse agregado, a matéria-prima de determinada argila passa por umtratamento térmico e, com a expansão de gases, esse material se torna poroso e, 
consequentemente, muito leve. Suas principais utilizações são: concreto para enchimentos 
(devido à sua massa leve), placas pré-moldadas de concreto (com propriedades de isolante 
térmico e acústico), fins ornamentais para vasos e jardins, entre outras. (MORAVIA, OLIVEIRA, 
GUIMERI, VASCONCELOS, 2006) 
 
 
 
Fonte: Oksana Melnikova/Shutterstock.com 
 Argila expandida 
ESCÓRIA DE ALTO-FORNO 
A escória de alto-Forno é um produto gerado no processo de fabricação do ferro gusa (liga de 
ferro e carbono que se obtém através da reação do minério de ferro com o carvão e calcário — 
insumos básicos da fabricação de ferro), sua formação se dá pela combinação química das 
impurezas do minério de ferro com calcário, a dolomita (mineral de carbonato de cálcio e 
magnésio) e as cinzas de carvão mineral — outro insumo da fabricação do ferro (PIMENTEL, 
VASCONCELOS, PICANÇO, SOUZA, MACEDO, 2017). 
 
 
Ainda dentro do alto-forno, existe uma separação da escória que fica “flutuando” na superfície e 
o ferro gusa que se acumula no fundo. Isolado da massa incandescente de ferro, a escória 
sofre um processo de resfriamento que pode ter diferentes tipos e tamanhos, sendo 
classificada da seguinte maneira: 
ESCÓRIA EXPANDIDA 
A escória é resfriada com jatos de água gerando um agregado com dimensão entre 12,5 a 32 
mm. É empregado na fabricação de peças isolantes térmicas e acústicas, como agregado 
graúdo e miúdo (a depender do tamanho dos grãos) no preparo de concreto convencional. . 
ESCÓRIA GRANULADA 
Quando sofre um choque térmico repentino com água fria se fragmentando em pequenas 
partículas que atingem até 4,8mm. Sua utilização principal é como matéria-prima na fabricação 
do Cimento Portland de alto-forno, podendo ainda ser usada para produção de cerâmica, 
revestimento asfáltico e como agregado (no lugar do pedrisco) na elaboração de concreto. 
 
MÓDULO 2 
 
 
 
 IDENTIFICAR OS PRINCIPAIS TIPOS DE AGLOMERANTES: 
CIMENTO PORTLAND, CAL E GESSO 
 
 
TIPOS DE AGLOMERANTES 
 
 
CHAMAMOS DE AGLOMERANTES (OU AGLUTINANTE) TODOS 
OS PRODUTOS QUE UTILIZAMOS COMO ELEMENTOS 
LIGANTES DOS AGREGADOS (AREIA, BRITA ETC.) NOS 
AGLOMERADOS (ARGAMASSAS, CONCRETO ETC.), TAIS 
COMO: O CIMENTO, A CAL, O GESSO E ALGUNS MATERIAIS 
BETUMINOSOS. 
Ao adicionarmos água num aglomerante ocorre a formação de uma pasta que é plástica 
(moldável e maleável), permitindo o fácil manuseio do material resultante, mas que depois de 
seca, se torna rígida e resistente. Os materiais mais empregados — principalmente nas 
argamassas e nos concretos — são o cimento e a cal. 
Existem várias classificações para os aglomerantes que variam de acordo com as suas 
propriedades e características. Vejamos:
AGLOMERANTES INORGÂNICOS 
 
Existem dois tipos de aglomerantes inorgânicos. Veja a seguir quais são eles: 
 
AGLOMERANTES AÉREOS 
AGLOMERANTE HIDRÁULICO 
São aqueles cuja pasta (mistura de água com o aglomerante) endurece por reação de 
hidratação ou simplesmente pela ação química do CO² (anidrido carbônico) presente na 
atmosfera, mas que, após seu endurecimento, não tem grande resistência mecânica quando 
submetida à ação da água, como o gesso e a cal aérea. 
São os aglomerantes que endurecerem pela ação exclusiva da água (hidratação) e possuem 
relativa resistência mecânica depois de seco (a depender da dosagem empregada), como é o 
caso do Cimento Portland e a cal hidráulica que são os principais aglomerantes hidráulicos 
utilizados na construção civil em geral. 
 
 
 
AGLOMERANTES ORGÂNICOS 
 
São aqueles de origem orgânica e que possuem na composição química a presença de 
carbono (C). A grande maioria é extraída de derivados de petróleo, como é o caso dos 
materiais betuminosos (asfaltos). 
Ainda dentro dessa classificação, encontramos os aglomerantes poliméricos, que em sua 
definição, são macromoléculas formadas pela ligação de uma grande quantidade de pequenas 
moléculas (monômeros), hidrocarbonetos, derivados do petróleo; assim dizendo, são os 
aglomerantes que têm reação devido à polimerização de certa matriz. 
 
 
 
 
 EXEMPLO 
 
 
São exemplos de polímeros, as resinas epóxi (que endurece quando se mistura com um 
agente catalisador ou "endurecedor"), as resinas acrílicas e outros derivados da destilação do 
petróleo. 
O CIMENTO PORTLAND 
 
 
 
 
Fonte: MK_Photograp55/ShutterStock.com 
 
O cimento é, sem sombra de dúvidas, um dos mais importantes materiais de construção civil e 
um dos mais consumidos, bem como o aglomerante mais usado nas edificações. Podemos 
dizer que o cimento é uma das invenções que contribuíram para o progresso tecnológico 
alcançado pela humanidade nos últimos dois séculos, principalmente no que diz respeito às 
possibilidades estruturais. 
O CIMENTO EM SI É UM ADESIVO, MAS OS MATERIAIS 
PRODUZIDOS A PARTIR DELE — AS ARGAMASSAS E OS 
CONCRETOS — SÃO OS GRANDES RESPONSÁVEIS PELA 
REALIZAÇÃO DA MAIORIA DE NOSSAS OBRAS (ASSOSIAÇÃO 
BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND, 2018), E DEPOIS DE 
ENDURECIDO, MESMO SOB AÇÃO DE DIVERSOS AGENTES, 
NÃO SE DECOMPÕE MAIS. 
 
 
GENERALIDADES SOBRE O CIMENTO 
 
O cimento é um aglomerante hidráulico produzido a partir de uma mistura de rocha calcária e 
argila. A calcinação dessa mistura dá origem a um elemento conhecido como clínquer, de 
ROCHA CALCÁRIA E ARGILA 
A rocha calcária deverá possuir um elevado teor de carbonato de cálcio, e a argila 
proporções bem definidas de sílica, alumina e ferro. 
natureza granulosa, cuja composição química é constituída essencialmente de silicatos 
hidráulicos de cálcio com certa porção de outras substâncias que modificam suas propriedades 
ou potencializam seu emprego. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
O Cimento Portland é composto por cal, sílica, alumina, óxido de ferro e magnésia, entre outros 
constituintes. Existem diversos tipos de cimento que quando combinados a outros materiais 
como: areia, pedra, cal e aditivos, se transformam em pastas, argamassas e concretos. 
Desta forma, o conhecimento das características e propriedades de cada tipo é de suma 
importância para poder utilizá-lo da melhor forma possível. A importância está na relação 
existente dos insumos que o compõe e das propriedades finais do cimento. (HAGEMANN, 
2011) 
Ao analisar as propriedades físicas do cimento, devemos observar três aspectos: 
 
 
 
 
CONDIÇÃO NATURAL (EM PÓ). 
 
 
 
ENDURECIMENTO/SOLIDIFICAÇÃO 
No caso do cimento, sua determinação pode ser feita através de ensaio laboratorial 
(Aparelho de Vicat). 
PROCESSO DE HIDRATAÇÃO. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PASTA DE MISTURA COM OS AGREGADOS. 
 
Outras propriedades do cimento são: 
 
DENSIDADE 
FINURA 
TEMPO DE PEGA 
O conhecimento de sua densidade está relacionado ao consumo, visto que sua densidade se 
altera durante o processo de hidratação. 
A finura do cimento está relacionada à sua granulometria (tamanho dos grãos) e sua variação 
implica velocidade de reação de hidratação (mais lenta ou mais rápida). 
É o intervalo que vai do “início da pega” (fim da trabalhabilidade/ manuseio do material — o 
momento em que se iniciaram as reações químicas dos insumos aglomerantes), até o “fim da 
pega” (endurecimento/solidificação). 
 
GENERICAMENTE OS CONSTITUINTES FUNDAMENTAIS DO 
CIMENTO SÃO: 
Uma proporção de aproximadamente 95% de: cal (CaO); sílica (SiO2); alumina (Al2O3); 
óxido de ferro (Fe2O3). 
 
Uma proporção máxima de 5% magnésia (MgO). 
 
Como consequência desse processo, ocorrem combinações químicas que resultam na 
formação de subprodutos e subcomponentes, cujas proporções influenciam diretamente nas 
propriedades do cimento: 
 
 
 
Silicato tricálcico 
(C3S) 
 
Esse componente contribui para a resistência da pasta, embora 
ao ser hidratado libere relativa quantidade de calor em relação 
aos outros componentes. Ao ser hidratado, o cimento começa a 
sofrer reações químicas que liberamdeterminada quantidade 
de calor, chamada calor de hidratação. 
 
Silicato bicálcio 
(C2S) 
 
Contribui para o endurecimento da pasta com maiores idades e 
quase não colabora para a liberação de calor na hidratação do 
cimento. 
 
Aluminato 
tricálcico (C3A) 
 
Contribui para a resistência inicial da pasta e para a rapidez de 
pega, sendo o componente que mais libera calor na reação de 
hidratação. 
 
Ferroaluminato de 
cálcio (C4AFe) 
 
 
Não apresenta influência nas caraterísticas da pasta. 
 
□ Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
 
 
 
 
PROCESSO DE FABRICAÇÃO DO CIMENTO 
 
Simplificadamente, podemos dizer que o processo de fabricação do cimento passa pelas 
etapas de: extração, trituração e armazenamento das rochas, mistura das matérias-primas, 
homogeneização, queima, resfriamento, adições diversas e moagem final. 
 
 
 
 
Fonte: Vera Larina/Shutterstock.com 
 Pátio externo de uma Usina de Fabricação de Cimento. 
 
Tendo como principais matérias-primas a rocha calcária e a argila, esses materiais são 
extraídos de jazidas. No caso da rocha calcária, é necessária uma trituração após a extração, 
de modo a reduzir suas dimensões. 
Posteriormente, são armazenadas e em seguida encaminhadas para a dosagem em 
proporções adequadas e, após serem misturados e seus grãos homogeneizados, são 
direcionadas para os fornos rotativos, onde ocorre a queima do material em temperaturas da 
ordem de 1450°C. O resultado desta queima é o clínquer, que ao sair do forno é encaminhado 
para um resfriamento. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
O clínquer é o principal composto do cimento, porém não é o único, uma vez que a ele são 
acrescentados outros materiais aditivos de custo relativamente baixo que melhoram algumas 
de suas propriedades e o tornam apropriado para diferentes usos. 
Essa nova mistura de insumos é moída, tornando-se pulverulento (pó). Finalmente, é avaliado 
segundo critérios de qualidade e encaminhado para comercialização. 
PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DO 
CIMENTO 
O processo de produção do cimento influencia algumas de suas propriedades físico-químicas 
que explicam o comportamento futuro do produto quando de sua aplicação nas edificações. 
UMA DAS PRINCIPAIS CARATERÍSTICAS FÍSICAS DO 
CIMENTO É SUA FINURA, QUE CORRESPONDE AO TAMANHO 
DOS GRÃOS OU A SUPERFÍCIE ESPECÍFICA DO CIMENTO. 
Ela é um fator que influencia diretamente a velocidade da reação de hidratação, uma vez que 
esta ocorre em função do contato do cimento com a água. Obviamente, quanto mais fino, 
menor será o tamanho do grão de cimento, por sua vez, será maior a sua superfície exposta, 
dado que há mais grãos e menos espaços vazios. 
Assim sendo, quanto maior a superfície exposta mais rápido a água consegue aderir a cada 
grão, passando a existir uma maior velocidade de reação, que acelera o processo de 
hidratação do cimento. 
Outro fenômeno que sofre influência direta da finura do cimento é a exsudação, por exemplo, 
no concreto, provocando uma fraca ligação entre seus insumos, deixando-o suscetível a uma 
segregação que tenderá a fazer com que seus agregados não fiquem aderidos entre si. 
Visto que o concreto é uma mistura de cimento, agregados e água, seus componentes têm 
densidades diferentes e, por mais que estejam bem misturados, existe uma tendência de que 
os materiais mais pesados se depositem no fundo, enquanto os mais leves fiquem na 
superfície. 
Esse fenômeno é extremamente prejudicial, pois ao se deslocar para a superfície do material, a 
água percorre “caminhos” dentro da pasta que aumentam sua permeabilidade, o que propicia 
uma redução na resistência do concreto. 
ENTRE AS CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS DO CIMENTO, UMA 
QUE MERECE DESTAQUE É O CALOR DE HIDRATAÇÃO. 
Quando o cimento entra em contato com a água começa a reação de hidratação que libera 
calor. À medida que a reação diminui de intensidade, o calor também diminui, ocorrendo uma 
 
 
EXSUDAÇÃO 
tendência de contração do volume de concreto, o que pode levar ao aparecimento de fissuras 
quando houver grande variação de temperatura. 
OUTRA CARACTERÍSTICA IMPORTANTE DO CIMENTO É A 
RESISTÊNCIA AOS AGENTES AGRESSIVOS, COMO POR 
EXEMPLO, ÁGUAS IMPURAS (ORIUNDAS DE RESÍDUOS 
INDUSTRIAIS), ÁCIDAS E SALGADAS ETC., PODEM ATACAR O 
CIMENTO HIDRATADO POR DISSOLUÇÃO DE SEUS 
COMPONENTES, COMO A CAL (MAIS ACENTUADAMENTE), OS 
SILICATOS E OS ALUMINATOS. 
Portanto, quanto maior a proporção de produtos calcários na composição do cimento, mais ele 
será suscetível ao ataque de agentes agressivos (HAGEMANN, 2011).Para correção desse 
efeito agressivo, existem aditivos que são acrescentados ao cimento que possibilitam maior 
resistência a ataques externos. 
Entre as adições mais utilizadas na fabricação do cimento estão: 
 
ESCÓRIA DE ALTO-FORNO 
POZOLANAS 
É o produto resultante da fabricação de ferro gusa nos altos-fornos que se forma pela fusão 
das impurezas, tanto do próprio minério de ferro, quanto da adição de calcário, da dolomita as 
cinzas do coque (carvão mineral). O resultado material é de natureza granular, que depois de 
finamente moído adquire propriedades adesivas e, quando adicionado ao cimento, contribui na 
redução da exsudação e do calor de hidratação nos concretos. 
Esses minerais são materiais que isoladamente são inertes, mas quando misturados a outros 
aglomerantes reagem na presença de água, formando compostos com propriedades adesivas. 
Adicionar pozolanas ao cimento melhora a resistência, a durabilidade e a trabalhabilidade do 
concreto, além de diminuir a vulnerabilidade a agentes agressivos, como ambientes marítimos 
e expostos a sulfatos. Encontramos pozolanas nas cinzas vulcânicas, em algumas rochas 
ígneas, argilas calcinadas, entre outras. 
 
 
 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO CIMENTO 
 
Os cimentos são classificados de acordo com as adições que recebe e com a resistência à 
compressão mínima que atinge em 28 dias. 
UM MESMO TIPO DE CIMENTO PODE TER DIFERENTES 
CLASSES DE RESISTÊNCIA, QUE SÃO INDICADOS PELO 
NÚMERO DE MEGAPASCAIS (MPA), CORRESPONDENTE À 
RESISTÊNCIA OBTIDA EM ENSAIO ESPECÍFICO. 
DESTACAMOS A NBR 7215, QUE VEICULA DADOS SOBRE AS 
CLASSES DE RESISTÊNCIA DO CIMENTO. 
O cimento pode ser dividido em diferentes tipos em relação à composição, bem como a classe 
de resistência: 
CIMENTO TIPO I (CP I) OU CIMENTO PORTLAND 
COMUM 
Cimento Portland comum, composto em sua maior parte por clínquer, com uma pequena 
adição de gesso (em torno de 5%) que age como retardador da pega. Normatizado pela NBR 
5732, estabelece 3 classes de resistência para ele: 25, 32 e 40 Mpa. 
O CP I também pode receber adição de pequena quantidade de pozolana (até 5%), passando 
a ser denominado de CP I-S. É indicado para construções que não exijam condições especiais 
e não apresentem exposição a agentes agressivos. Pelo elevado custo de produção é pouco 
fabricado. 
MATÉRIAS-PRIMAS MISTURADAS AO CLÍNQUER 
 
Resumidamente, lembramos que as adições de matérias-primas misturadas ao clínquer, na 
fase de trituração e moagem, fazem com que se obtenha características especificas dos 
diversos tipos de cimento Portland existentes no mercado, algumas das adições e suas 
particularidades são: 
É o termo usado para designar o fenômeno de “subida” da água existente na composição 
do material para a sua superfície, levando consigo uma nata de cimento. 
 
 
Gesso 
 
Tem como função básica regular (principalmente retardar) o 
tempo de pega do cimento. 
 
Escória de alto- 
Forno 
 
Melhora algumas propriedades do cimento, como a durabilidade 
e a resistência a agentes químicos 
 
Materiais 
pozolânicos 
 
Por apresentar propriedades ligantes, possuem a vantagem de 
conferir maior impermeabilidade. 
 
Materiais 
carbonáticos 
(fíler) 
 
Por possuir granulometria muito fina, contribui para tornar a 
mistura mais trabalhável, servindo como uma espécie de 
“lubrificante” entre os insumos compostosdo cimento. 
 
□ Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CAL, SUAS PROPRIEDADES E 
CARACTERÍSTICAS 
O vídeo a seguir apresenta as propriedades e características da cal, cujo principal componente 
é o carbonato de cálcio (CaCO3). São expostos também outros conteúdos, como por exemplo: 
o Processo de Extração e Fabricação, a Diversidade e Empregabilidade de diversos tipos de 
cal, as Normas pertinentes etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O GESSO, SUAS PROPRIEDADES E 
CARACTERÍSTICAS 
 
 
 
Fonte: Alessandro Guerriero/Shutterstock.com 
 
O gesso é um aglomerante inorgânico, quimicamente inativo aéreo, ou seja, se solidifica pela 
ação química do gás carbônico ou dióxido de carbono — CO2 do ar. Grosso modo, seu 
processo de fabricação é realizado através da desidratação e moagem dessa rocha mineral. 
Tanto quanto o cimento e a cal, o gesso é um aglomerante empregado em larga escala na 
construção civil. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
A gipsita, que ocorre na natureza em camadas estratificadas, é o sulfato de cálcio com maiores 
ou menores percentuais de impurezas e hidratado com 2 moléculas de água (CaSO4 . 2H2O). 
Seus componentes químicos “impuros” chegam no máximo a 6% e são: o silício (SiO2), a 
alumina (Al2O3), o óxido de ferro (Fe2O3), o carbonato de cálcio (CaCO3), a cal (CaO), o 
anidrido sulfúrico (SO3) e o anidrido carbônico (CO2). 
 
 
 
FABRICAÇÃO DO GESSO 
 
O processo de obtenção do gesso para comercialização e aplicação se inicia com a extração 
da rocha, passa pela trituração para diminuição de seu tamanho e posterior queima do 
material. Essa etapa também é conhecida como calcinação, que ocorre a temperaturas que 
variam entre 100 a 300oC (baixas se comparadas ao cimento, 1.450oC e a cal, 900oC). O 
objetivo dessa fase é o desprendimento de vapor d’água do interior do minério. 
Existem vários tipos de processos e fornos para calcinação da gipsita, que de acordo com a 
temperatura de queima podem resultar diferentes tipos de produtos. Uma alternativa genérica 
do processo de fabricação é a britagem e trituração, as pedras de gipsita, que são calcinadas 
em temperaturas entre 130oC e 160oC, sob pressão atmosférica convencional. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
O Gesso Rápido também conhecido como Gesso Estuque começa a endurecer entre 15 e 20 
minutos, apresentando dilatação linear de 0,3% e, depois de endurecido, retrai menos ainda, 
tendo grande emprego em moldagem de peças: placas, molduras, blocos etc. 
À medida que aumentamos a temperatura de “cozimento” da gipsita (em torno de 250oC, por 
exemplo), o gesso perde toda a sua água convertendo-se em anidro e formando uma anidrita 
solúvel que, rapidamente, na presença de água, se transforma também em hemidrato, 
tornando-se próprio para o consumo. 
Se elevarmos mais ainda a temperatura entre 400o e 600oC, a anidrita se torna insolúvel e 
incapaz de fazer pega, transformando-se num material inerte, sem trabalhabilidade e servindo 
apenas como material de enchimento. 
Finalmente, se atingirmos temperaturas entre 900o e 1.200oC, ocorre uma partição do SO3 
(óxido sulfúrico) e da CaO (óxido de cálcio) se transformando num produto de pega lenta (entre 
12 e 14 horas) chamado de Gesso Hidráulico, utilizado para nivelamento e pavimentações. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES DO 
GESSO 
 
Normalmente encontrado no mercado na forma de hemidrato (Gesso Rápido), o gesso possui 
algumas propriedades especificas que garantem um ótimo desempenho quando é usado como 
aglomerante, como por exemplo: 
 
Alta plasticidade da pasta 
 
 
Pega e endurecimento rápido 
 
 
Tão fino quanto o cimento 
 
 
Sofre pouca retração 
 
 
Fácil dissolução em água 
 
Em relação à pega, o gesso ao ser misturado com a água inicialmente se torna plástico e logo 
em seguida começa a endurecer (em alguns minutos) e continua endurecendo (em algumas 
horas) como e tanto quanto os demais aglomerantes. Tal processo é acompanhado de 
elevação de temperatura, tratando-se, assim, de uma reação exotérmica, ou seja, que 
desprende calor. 
A velocidade do tempo de pega depende de vários fatores, como: 
 
 
 
Temperatura e 
tempo de queima da 
gipsita 
 
Os hemidratados (menor temperatura de queima) têm pega 
em poucos minutos, ao passo que os gessos anidro solúveis 
(maior temperatura de queima) podem ter pega tão lenta 
quanto se desejar. 
 
Finura de suas 
partículas 
 
Responsável pela aceleração da pega, em função da maior 
ou menor superfície específica disponível para hidratação. 
 
Quantidade de água 
no preparo da 
argamassa 
 
Quanto mais água, mais lenta será a pega, assim funciona 
negativamente. Uma quantidade ótima de água está em 
torno de 19% de massa de gesso. 
 
Presença de 
impurezas ou uso de 
aditivo 
 
Geralmente, a presença de impurezas diminui a velocidade 
de pega, entretanto, existem aditivos aceleradores e 
retardadores. 
 
□ Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
 
Por ter suas ligações moleculares semelhantes às do concreto, o gesso possui uma relativa 
resistência mecânica. Inicialmente em forma de pasta, depois de endurecido chega a atingir 
resistência à tração da ordem de 0,7 a 3,5 MPa e a compressão entre 5 e 15 MPa. O processo 
de calcinação do gesso, quando é realizado em temperaturas mais altas, propicia um material 
de pega mais lenta, entretanto mais resistente. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
Através da NBR 12129 — Gesso para construção civil — Determinação das propriedades 
mecânicas, a ABNT normatiza métodos para determinação da resistência mecânica do gesso 
para construção. 
APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
O gesso, como material de construção, é comercializado pulverulento, ou seja, em pó de 
elevada finura e de cor branca, vendido principalmente em sacos de 50 kg, denominado 
genericamente de gesso, estuque ou gesso-molde. 
Ele é muito aplicado em revestimentos e decoração de interiores na forma de pasta (gesso 
com água) ou misturado com areia (argamassa) para revestimento de tetos e paredes, forros 
(em forma de placas), fechamento de paredes internas com blocos leves, painéis 
termoacústicos etc. Um dos principais usos do gesso é como material de acabamento em 
interiores (em pasta), para obtenção de superfícies lisas, substituindo a massa corrida ou a 
massa fina. 
 
 
 
Fonte: Labutin.Art/Shutterstock.com 
 Gesso em pasta sendo aplicado numa parede 
 
 
 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
 
1. (CESPE/CEBRASPE 2009 ADAPTADA) OS CIMENTOS TIPO PORTLAND 
PARA UTILIZAÇÃO EM CONSTRUÇÕES CIVIS SÃO DIFERENCIADOS POR 
CÓDIGOS ESPECÍFICOS. A DENOMINAÇÃO CP-I É ATRIBUÍDA AO 
CIMENTO PORTLAND: 
 
A) Comum 
 
B) Comum com aditivo 
 
C) Composto com escória e clínquer 
 
D) Composto com pozolana e escória 
 
E) Composto com fíler e clínquer 
 
 
 
 
2. OS AGLOMERANTES AÉREOS NECESSITAM DA PRESENÇA DO AR 
PARA ENDURECER E, DEPOIS DE ENDURECIDOS, NÃO RESISTEM BEM 
À PRESENÇA DA ÁGUA. EM RELAÇÃO AO GESSO DE CONSTRUÇÃO, 
LIGANTE INORGÂNICO CARACTERIZADO COMO AGLOMERANTE 
AÉREO, É CORRETO AFIRMAR QUE: 
 
A) A aplicação nacional deste material utilizado na construção civil em pequenos percentuais 
está voltada para revestimentos de alvenaria, componentes como blocos e painéis para forros 
e divisórias. 
B) Seu lento endurecimento viabiliza a tecnologia de placas de gesso acartonado, permitindo a 
produção de divisórias internas de alto custo. 
C) As chapas de gesso acartonado (drywall) só podem ser usadas em áreas secas e não são 
resistentes ao fogo. 
D) Os revestimentos de paredes com pasta de gesso oferecem uma superfície branca que 
facilmente é coberta por pintura e acabamento liso, dispensando a aplicação de massa corrida. 
E) As chapas de gesso acartonado (drywall) podem ser usadas em áreas secas e molhadas, 
porém não são resistentes ao fogo. 
 
 
 
GABARITO 
 
1. (CESPE/CEBRASPE 2009 adaptada) Oscimentos tipo Portland para utilização em 
construções civis são diferenciados por códigos específicos. A denominação CP-I é 
atribuída ao Cimento Portland: 
A alternativa "A " está correta. 
 
 
 
Cimento Tipo I (CP I) ou Cimento Portland comum é composto em sua maior parte por clínquer, 
com uma pequena adição de gesso (em torno de 5%) que age como retardador da pega. 
Normatizado pela NBR 5732. 
 
2. Os aglomerantes aéreos necessitam da presença do ar para endurecer e, depois de 
endurecidos, não resistem bem à presença da água. Em relação ao gesso de construção, 
ligante inorgânico caracterizado como aglomerante aéreo, é correto afirmar que: 
A alternativa "D " está correta. 
 
 
 
O gesso, como material de construção, é comercializado pulverulento, ou seja, em pó de 
elevada finura e de cor branca, vendido principalmente em sacos de 50 kg, denominado 
genericamente de gesso, estuque ou gesso-molde. É muito aplicado em revestimentos e 
decoração de interiores na forma de pasta (gesso com água) ou misturado com areia 
(argamassa) para revestimento de tetos e paredes, forros (em forma de placas), fechamento de 
paredes internas com blocos leves, painéis termoacústicos etc. Um dos principais usos é como 
material de acabamento em interiores (em pasta), para obtenção de superfícies lisas, 
substituindo a massa corrida ou a massa fina. 
 
 
 
 
MÓDULO 3 
 
 
 
 RECONHECER OS DIVERSOS TIPOS DE MADEIRAS, 
METAIS E MATERIAIS CERÂMICOS APLICÁVEIS À 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
Dentre os diversos tipos de materiais, três deles se destacam dada sua extensa aplicabilidade: 
 
 
 
 
A MADEIRA E SEUS DERIVADOS 
 
aplicação, propriedade e estrutura física e mecânica. 
 
 
 
 
 
 
OS MATERIAIS METÁLICOS 
 
sobretudo o aço, produção, constituição, tratamentos e utilização. 
 
 
 
 
 
OS MATERIAIS CERÂMICOS 
 
suas aplicações na indústria da construção civil, características e tipos de cerâmicas. 
 
 
 
 
MADEIRAS: PROPRIEDADES, 
CARACTERÍSTICAS E APLICAÇÕES 
 
 
 
 
 
Fonte: Pincasso/Shutterstock.com 
ATAQUE DE INSETOS 
Existem métodos que combatem essas pragas com tratamento químico por imersão ou 
por autoclave. 
 Madeira estocada para futuro uso 
 
Pela sua fácil disponibilidade, a madeira foi um dos primeiros materiais utilizados pelo homem 
como ferramenta ou proteção das intempéries. A partir da manipulação primária da madeira, 
(do homem ancestral) houve uma evolução continua até chegar as atuais tecnologias que 
permitem realizar projetos de grande complexidade. 
Com o advento das estruturas em aço e concreto armado, frutos da Revolução Industrial, a 
madeira foi colocada em segundo plano. Embora existam muitas pesquisas no campo de 
materiais de construção relativamente às madeiras, existe ainda um preconceito muito grande 
de sua utilização devido a algumas características físicas e fisiológicas, como a inflamabilidade, 
a capacidade de apodrecimento e sua suscetibilidade a ataque de insetos. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
Baixo consumo de energia para seu processamento, alta resistência específica, boas 
características de isolamento térmico e elétrico, fácil trabalhabilidade manualmente ou através 
de máquinas tornam a madeira muito atraente frente a outros materiais. 
 
 
 
 
 ATENÇÃO 
 
 
A madeira é um material que absorve a umidade do ar (higroscópico) e, por conta disso, várias 
de suas propriedades sofrem alterações. Também devido a sua natureza biológica, está sujeita 
a diversos processos de deterioração existentes (como doenças e fungos), além de ser 
suscetível ao fogo. 
CLASSIFICAÇÕES 
 
Existem várias classificações das madeiras relativamente às suas características 
higroscópicas. A higroscopia tem relação com a porosidade e a permeabilidade, além de 
explorar as trocas de umidade dentro dos interstícios da madeira, sendo importante na 
compreensão dos processos de retração do material e da proliferação de fungos. 
O ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-MECÂNICAS DA 
MADEIRA É ESSENCIAL PARA O PROJETO, 
DIMENSIONAMENTO E APLICAÇÃO COMO MATÉRIA-PRIMA 
TANTO PELA INDÚSTRIA QUANTO PELA CONSTRUÇÃO CIVIL. 
Entre as principais características físicas da madeira, podemos destacar: umidade, densidade, 
retração, combustibilidade, durabilidade e resistência química. Do mesmo modo, alguns fatores 
influenciam nesses aspectos da madeira, como espécie da árvore, solo e clima da região do 
plantio da espécie, de sua fisiologia, da anatomia do tecido lenhoso, entre outras 
possibilidades. 
 
 
Fonte: Krasula/Shutterstock.com 
 
 
 
 
ESPÉCIE DE MADEIRA 
MADEIRA BALSA 
A Madeira Balsa (Ochroma pyramidale) é um tipo de madeira muito leve, de rápido 
crescimento, usada principalmente para confecção de maquetes arquitetônicas e 
aeromodelos. 
AROEIRA 
A Madeira Aroeira (árvores da família Anacardiaceae) possui uma variedade de espécies 
muito grandes, mas a que usamos na construção civil é muito pesada e resistente 
mecanicamente. Entre tantos usos, podemos destacar a confecção de mourões para 
cerca, que ficam ao tempo e duram muitos anos. 
As propriedades básicas da madeira variam muito entre as suas espécies. Imaginemos dois 
tipos diferentes de madeira — a Madeira Balsa e a Aroeira — e para efeito comparativo, uma 
densidade de massa aparente como um marcador dessas propriedades de 15% de teor de 
umidade, nessa condição, a Madeira Balsa possui 200 kg/m³ e a Aroeira 1100 kg/m³, ou seja, 
materiais com propriedades físicas e mecânicas muito diferentes. 
 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
No Brasil, ainda usamos majoritariamente a madeira serrada, e apesar de não ter todo o seu 
potencial utilizado estruturalmente, bem como nas vedações integrando a obra definitivamente, 
a madeira é um dos principais insumos empregados nas edificações, enquanto em outros 
países têm participação mais significativa. 
Como qualquer matéria-prima orgânica, a madeira apresenta uma série de condições que 
devem ser levadas em conta antes e durante a utilização de uma peça. Normalmente, a 
madeira apresenta imperfeições, como descontinuidade de padrão, anomalia estrutural, 
alteração de coloração, modificação morfológica, entre outras, trazendo consigo a necessidade 
do acompanhamento de técnicos e engenheiros em todo processo, desde a extração, 
passando pela usinagem até sua comercialização e emprego na edificação. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 
No mercado brasileiro, uma classificação possível para os principais compostos das madeiras 
existentes são: 
 
 
1 
 
Madeira Roliça. 
 
2 
 
Madeira Serrada: Pranchas e pranchões, vigas e vigotas, tábuas, caibros etc 
 
3 
 
Madeira Beneficiada: Assoalho, taco, forro, batente, rodapé etc. 
 
4 
 
Madeira em lâminas (revestimento de compensados). 
 
5 
 
Painéis: Compensado. 
 
6 
 
Chapas de Fibra: MDF (densidade média). 
 
7 
 
Chapas de partículas: Aglomerado. 
 
□ Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
ALGUMAS NORMAS BRASILEIRAS RELATIVAS 
ÀS MADEIRAS 
 
Em uma perspectiva relativamente contemporânea, a ABNT, dentro de suas atribuições e 
possibilidades, tem incentivado o uso da madeira como material na construção civil, aplicando 
a este material os mesmos critérios técnicos adotados nas estruturas de concreto e metálicas. 
Dentre as diversas normas existentes relativas às madeiras, destacamos algumas das mais 
importantes: 
 
 
NBR 
15575 
 
 
Norma como selo de qualidade para produção de portas e caixilhos. 
 
NBR 
14432 
 
 
Estipula o tempo requerido de resistência ao fogo. 
 
 
NBR 5628 
 
Também estabelece parâmetros para métodos de ensaio de reação ao 
fogo. 
 
NBR 7203 
 
Madeira serrada e beneficiada. 
 
NBR 9480 
 
Classificação de madeira serrada de folhosas. 
 
NBR 
12498 
 
 
Madeira serrada de coníferas provenientes de reflorestamento. 
 
□ Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
 
Considerando as normas vigentes, e comoforma de evitar conflitos na inspeção quando do 
recebimento na obra, recomenda-se que os projetos e pedidos de compra tenham a seguinte 
especificação: 
ESPECIFICAÇÃO 01 
ESPECIFICAÇÃO 02 
ESPECIFICAÇÃO 03 
Nome da peça (viga, caibro, ripa etc.) e respectivo tamanho (mm). Devemos levar em 
consideração, na compra de peças aparelhadas, que a prática comercial se refere aos valores 
nominais da madeira serrada em bruto e não acabadas. 
Mencionar as tolerâncias admitidas, que é variável em função do grau de processamento do 
material. 
Quando possível, citar o teor de umidade de referência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DOS METAIS NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL 
O vídeo a seguir veicula a importância, as propriedades e as características dos metais na 
Construção Civil. Um considerável conteúdo é exposto acerca das Ligas Metálicas e dos 
Metais não Ferrosos (alumínio, cobre, bronze, latão, zinco e estanho). Uma última parte, 
expressa a importância dos Metais Ferrosos, como: Extração do Ferro e Obtenção do Aço, 
Propriedades do Aço, Normatização das Barras de Aço para Construção Civil (Características, 
Classificações, Ensaios). 
 
 
 
 
 
 
O EMPREGO DE MATERIAIS CERÂMICOS 
NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
No século XX, com a disseminação do emprego do concreto armado, o tijolo deixou de ser 
utilizado como material estrutural (em larga escala, embora ainda existam muitas edificações 
que o usam estruturalmente) sendo aplicado principalmente como material de vedação. 
Apesar disso, os produtos cerâmicos continuam sendo uns dos mais usados na indústria da 
construção civil pela sua relativa resistência mecânica, por apresentarem diversas 
possibilidades de aplicação, durabilidade, além do baixo custo, que os tornam acessíveis a 
todas as camadas da sociedade, bem como de suas qualidades estéticas. 
 
 
Fonte: Drovnin/Shutterstock.com 
ARGILA 
 
A argila é um material que ocorre na natureza, sendo composta de diversos elementos e que 
possui características como a plasticidade — ao ser umedecida —, além de sofrer alterações 
quando exposta a altas temperaturas (na maioria das vezes se tornando resistente) e maiores 
ou menores retrações e dilatações em função de seus componentes e das variações do clima. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
Segundo a NBR 6502 da ABNT, para serem consideradas argilas, o material deve conter 
partículas de diâmetros menores do que 0,002 mm, possuírem alta plasticidade quando 
umedecidas e formarem torrões de difícil desagregação quando secas. 
A argila é um material inorgânico natural, ou seja, é terra. Todavia, nem toda terra é argila, 
tampouco todas as argilas servem para produção industrial. Para ser considerado um produto 
argiloso com potencial de uso, a argila deve atingir 3 condições: 
 
Possuir elevada quantidade de partículas com diâmetro inferior a 0,002 mm. 
 
 
Ser constituída exclusivamente por argilominerais, ou seja, silicatos hidratados de 
alumínio, magnésio e ferro, com percentuais maiores ou menores de álcalis e alcalinos 
terrosos, além de outras substâncias. 
 
Tornar-se plástica quando umedecida; dura e rígida, quando seca e resistente quando 
queimada. 
 
 
Fonte: MarinaGrigorivna/Shutterstock.com 
 Vasilha cerâmica sendo moldada 
 
 
 
PLASTICIDADE 
 
A plasticidade da argila é uma propriedade de suma importância, uma vez que deve tornar-se 
moldável ao ser umedecida e de conservar tal forma quando seca. A plasticidade da argila 
varia de acordo com a quantidade de água inserida na confecção da pasta, com o tipo de argila 
(sua procedência), formato e tamanho dos grãos, bem como a adição de outros insumos na 
mistura. 
É CONSIDERADA MAIS PLÁSTICA QUANTO MAIOR FOR SUA 
CAPACIDADE DE SER MODELADA A PARTIR DE VÁRIOS 
TEORES DE UMIDADE. ESSES PRESSUPOSTOS NA 
FACILIDADE DA MOLDAGEM REFLETIRÃO NA SECAGEM SEM 
TRINCAS, NA QUEIMA SEM SE DEFORMAR E NA QUALIDADE 
RESULTANTE DO PRODUTO PARA COMERCIALIZAÇÃO. 
 
 
A ARGILA COMO MATERIAL DE CONSTRUÇÃO 
A argila começou a ser utilizada como material de construção pela facilidade de sua obtenção, 
pelo custo reduzido (por ser extraído do solo), por ser um material facilmente moldável na 
presença de água, além de endurecer com uma resistência relativa ao ser aquecida 
(queimada). 
Nas edificações, destacam-se tijolos, telhas, pisos, azulejos, louças sanitárias, entre tantas 
outras possibilidades. Através de modernas técnicas de fabricação de produtos, como os 
blocos cerâmicos estruturais e os porcelanatos, a argila tem grande procura no mercado em 
função de sua alta qualidade funcional e/ou estética. 
Veja, a seguir, os principais materiais produzidos com argila e empregados na construção civil: 
 
TIJOLOS CERÂMICOS 
Talvez seja o material cerâmico mais popular da construção civil, podendo ser maciços ou 
vazados e fabricados por processos de extrusão ou prensagem. Os tijolos cerâmicos possuem 
tamanhos e características diversas de acordo com a empregabilidade, sendo queimados em 
condições e em temperaturas adequadas para cada tipo de produto. 
TIJOLOS MACIÇOS 
Na maioria dos casos, os tijolos maciços ainda são fabricados de forma tradicional e artesanal 
em pequenas olarias com pastas bastante umedecidas e queimados em baixas temperaturas 
(800 a 900°C). Desta forma, se obtém um produto poroso, pesado e de resistência mecânica 
relativa. Essas características são advindas de um baixo beneficiamento do material argiloso e 
de um processo de produção ineficaz. 
BLOCOS CERÂMICOS 
Também conhecido como tijolo furado, os blocos cerâmicos são muito utilizados nas 
edificações para fechamentos de alvenarias e construção autoportantes através de blocos 
estruturais, apresentando dimensões bastante variáveis a depender do uso do produto. 
 
 
Uma característica importante é que pelo fato de serem moldados por extrusão e queimados 
em médias temperaturas (900 a 1050°C), são mais resistentes e menos porosos que os tijolos 
maciços, mas que ao longo de qualquer um dos seus eixos apresentam “canais” de seção 
redonda, quadriculada ou hexagonal. Como são produzidos por um processo mais elaborado, 
exigem materiais argilosos de melhor qualidade, propiciando um produto de melhor qualidade. 
TELHAS CERÂMICAS 
As telhas cerâmicas, assim como os blocos ou tijolos vazados, são constituídas por argilas com 
alto teor de um mineral chamado ilita. Elas exigem um cuidado maior na sua preparação de 
modo a destacar algumas propriedades, como baixa permeabilidade e resistência mecânica. 
 
 
No Brasil, temos uma grande diversidade de tipos de telhas cerâmicas em função de questões 
climáticas e regionais, tais como a francesa, a romana, a colonial, a plana, a paulista, a 
portuguesa etc., sendo normatizadas pela NBR 15310, da ABNT, que define seus principais 
critérios de qualidade e características. 
REVESTIMENTOS CERÂMICOS 
Além dos materiais cerâmicos empregados nas etapas consideradas básicas em uma 
construção, temos ainda muitos outros materiais de origem cerâmicas que são empregados na 
fase de acabamento de uma edificação, como é o caso do revestimento de pisos e paredes 
com o uso de placas cerâmicas. 
 
 
Existem várias possibilidades de revestimentos cerâmicos, mas podemos dividi-los em duas 
classes principais: os pisos cerâmicos e os azulejos. 
PISOS CERÂMICOS 
Os revestimentos de pisos podem ser obtidos por processos de extrusão ou prensagem. 
Geralmente são fabricados uma face esmaltada, vítrea, que lhe confere um aspecto de brilho e 
face porosa, também conhecida como tardoz ou face de assentamento, e pelo fato de entrar 
em contato com a argamassa, deve ser rugosa para facilitar a aderência. 
 
 
 
REVESTIMENTOS CERÂMICOS 
 
 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
Os revestimentos cerâmicos se classificam principalmente quanto a critérios relativos a método 
de fabricação, absorção de água, resistência à abrasão, facilidade de limpeza e resistência a 
produtos químicos. A classificação dos revestimentoscerâmicos deve obedecer aos ditames 
das normas NBR 13.817 e NBR 13.818 da ABNT. 
A escolha de determinado revestimento deve ser atribuída em função dessas caraterísticas, 
dependendo ainda do local de aplicação (áreas internas ou externas, piso ou paredes) e do tipo 
de ocupação (industrial, comercial, institucional ou residencial), bem como do clima, das 
condições de custo que o empreendedor pode despender, entre outros fatores. 
 
 
 
 
 ATENÇÃO 
 
 
Esses condicionantes são importantes como forma de evitar patologias futuras e 
comprometimento de uso do local. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
 
 
 
 
 
 
ABSORÇÃO DE ÁGUA 
 
 
Algumas características são essenciais para o sucesso de um produto cerâmico, tal como a 
absorção de água, que está relacionada ao método de fabricação utilizado para evitar a 
porosidade e a permeabilidade do material. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
Quanto menor a absorção de água maior será sua resistência contra quebra, fissuração da 
camada esmaltada, descolamento das peças, entre outras patologias. 
 RESISTÊNCIA À ABRASÃO 
 
 
Outra caraterística importante dos revestimentos cerâmicos é a resistência à abrasão que é 
definida como a resistência ao desgaste superficial do revestimento em consequência do 
tráfego de pessoas, veículos e objetos sobre o piso. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
Como forma de classificar os pisos cerâmicos em relação à abrasão, o mercado brasileiro 
adota uma classe de resistência conhecida como PEI (Porcelain Enamel Institute, ou Instituto 
do Esmalte para Porcelana). Trata-se de um teste para medir a resistência à abrasão 
superficial dos revestimentos cerâmicos esmaltados e classificá-los de acordo com seu 
desempenho. 
 
 
 
 
 RESISTÊNCIA A MANCHAS 
 
 
Embora existam outras características importantes dos revestimentos cerâmicos, 
destacaremos apenas mais uma, a resistência a manchas, que está relacionada com a 
ausência de porosidade interna abaixo da camada de superfície. Essa característica se 
evidencia pela facilidade de limpeza em locais onde a assepsia e a higiene são fundamentais, 
como é o caso de hospitais e cozinhas. 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
Podemos dizer também que a resistência a manchas pode estar relacionada e influenciada 
pela resistência à abrasão, uma vez que os pisos que se desgastam com mais facilidade estão 
mais suscetíveis ao aparecimento de manchas. 
Veja, a seguir, algumas informações a respeito dos principais materiais de revestimento 
cerâmico: 
LOUÇAS DE FAIANÇA 
Louça de origem argilosa, porosa, recoberta com um verniz impermeável e opaco 
originária de Faenza, cidade da Emilia Romagna, Itália. Região que se tornou famosa 
graças à fabricação de finas cerâmicas desde o século XII. No período renascentista 
(séculos XV e XVI) alcançou grande destaque quando suas cerâmicas passaram a ser 
utilizadas pela aristocracia na Europa, como símbolo de status. 
PORCELANATOS 
Entre os materiais de revestimentos contemporâneos, os porcelanatos dominam o mercado 
mundial. O processo de fabricação desse material envolve, entre outras atividades, a 
prensagem da matéria-prima com absorção de água menor do que 0,5%. É composto 
basicamente pela adição de minerais nas argilas, tais como: feldspatos, areias feldspáticas, 
caulinos, filitos e outros aditivos. 
AZULEJOS 
São materiais cerâmicos de menores resistências mecânicas e abrasivas que, por conta disso, 
são empregados geralmente no revestimento de paredes em áreas molhadas. Possuem uma 
coloração esbranquiçada (mesmo no verso não esmaltado) por serem produzidos a partir de 
uma argila com maior concentração de cálcio e quase isenta de óxido de ferroso. 
LOUÇAS SANITÁRIAS 
As chamadas “cerâmicas brancas” são produtos que, na maioria das vezes, apresentam corpo 
branco após a queima. Apesar do nome, muitas são coloridas atendendo a demanda das 
especificações arquitetônicas. Compreendem materiais mais delicados (refinados) e mais 
resistentes devido ao apurado processo de fabricação, tendo como resultado as louças 
sanitárias, azulejos e pisos, louças de faiança, objetos de decoração etc. 
 
Por causa da grande variedade de insumos, das matérias-primas e dos processos de 
fabricação, encontramos produtos de origem argilosa dos mais simples e emprego básico, 
como tijolos e telhas; aos produtos mais sofisticados, como os porcelanatos e as louças 
sanitárias, sem deixar de mencionar os produtos refratários, insumos indispensáveis para a 
fabricação de aço, cimento e vidro, uma vez que revestem os fornos onde esses materiais são 
produzidos; e finalmente mencionamos a tecnologia de ponta das cerâmicas semicondutoras. 
 
 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
 
1. EM RELAÇÃO ÀS PROPRIEDADES E CARACTERÍSTICAS DAS 
MADEIRAS, PODEMOS AFIRMAR: 
 
A) Uma classificação possível para os principais tipos das madeiras seria: Madeira Roliça; 
Madeira Serrada; Madeira Beneficiada: Madeira em lâminas; Painéis: compensado; Chapas de 
Fibra: MDF (densidade média); Chapas de partículas: aglomerado entre outras. 
B) A madeira apresenta poucas condições que devem ser levadas em consideração na sua 
utilização na construção civil, por isso é um material que representa 50% das construções 
nacionais. 
C) Apesar de seu um material natural, as tipologias roliças e serradas se caracterizam por 
serem um insumo com absurda continuidade do padrão e a manutenção fidedigna da 
coloração em sua totalidade dos casos e espécies. 
D) Pouquíssimas madeiras naturais apresentam imperfeições, como descontinuidade de 
padrão, anomalia estrutural, alteração de coloração, modificação morfológica, entre outras. 
E) Pela característica das madeiras naturais em geral, são raras as necessidades de um 
acompanhamento de técnicos e engenheiros em todo processo, tanto na extração, no processo 
de usinagem, no processo de comercialização e até no emprego do material na edificação. 
 
 
 
2. COM RELAÇÃO AOS CONCEITOS VISTOS SOBRE CERÂMICA, ACUSE 
A OPÇÃO CORRETA: 
 
A) A absorção de água das cerâmicas não está relacionada ao método de fabricação utilizado 
para evitar a porosidade e a permeabilidade do material. 
B) Quanto maior a absorção de água maior será sua resistência contra quebra, fissuração da 
camada esmaltada, descolamento das peças, entre outras patologias. 
C) Outra caraterística importante dos revestimentos cerâmicos é a resistência à abrasão que é 
definida como a resistência ao desgaste superficial do revestimento em consequência do 
tráfego de pessoas, veículos e objetos sobre o piso. 
D) Em relação a absorção de água e resistência a manchas, o mercado utiliza uma classe de 
resistência conhecida como PEI (Porcelain Enamel Institute, — Instituto do Esmalte para 
Porcelana). 
 
E) A resistência a manchas que está relacionada com a alta de presença porosidade interna 
abaixo da camada de superfície. 
 
 
 
GABARITO 
 
1. Em relação às propriedades e características das madeiras, podemos afirmar: 
 
A alternativa "A " está correta. 
 
 
 
No mercado brasileiro, uma classificação possível seria: Madeira Roliça; Madeira Serrada: 
pranchas e pranchões, vigas e vigotas, tábuas, caibros etc.; Madeira Beneficiada: assoalho, 
taco, forro, batente, rodapé etc.; Madeira em lâminas (revestimento de compensados); Painéis: 
compensado; Chapas de Fibra: MDF (densidade média); Chapas de partículas: aglomerado; 
entre tantas outras possibilidades. 
2. Com relação aos conceitos vistos sobre cerâmica, acuse a opção correta: 
 
A alternativa "C " está correta. 
 
 
 
Resistência à abrasão que é definida como a resistência ao desgaste superficial do 
revestimento em consequência do tráfego de pessoas, veículos e objetos sobre o piso. Assim, 
o mercado brasileiro adota uma classe de resistência conhecida como PEI, que é um teste 
para medir a resistência à abrasão superficial dos revestimentos cerâmicos esmaltados e 
classificá-los de acordo com seu desempenho. 
MÓDULO 4RECONHECER OS DIVERSOS TIPOS DE MATERIAIS 
POLIMÉRICOS E OS VIDROS APLICÁVEIS À CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
 
 
 
 
 
 
 
MATERIAIS POLIMÉRICOS 
 
No vídeo, a seguir, veremos a importância da aplicabilidade de produtos poliméricos, suas 
propriedades e características (mecânicas, térmicas), suas principais aplicações na Construção 
Civil (Instalações Prediais: hidráulicas e elétricas, coberturas, pisos e forros em PVC, materiais 
para pintura etc.), entre outros assuntos relevantes. 
 
 
 
 
 
 
OS VIDROS APLICÁVEIS NA CONSTRUÇÃO 
CIVIL 
 
 
 
 
Fonte: Oscar Dominguez/Shutterstock.com 
 
O vidro é um dos materiais mais conhecidos e nosso companheiro de vida em quase todas as 
nossas atividades, desde o simples gesto de beber um copo d’água até na aplicação de cristais 
na joalheria. É o resultado da fusão e do resfriamento de insumos abundantes na natureza, 
sendo a areia o elemento fundamental e predominante. 
PODEMOS DEFINIR O VIDRO COMO UMA SUBSTÂNCIA 
INORGÂNICA, AMORFA (SEM FORMA DEFINIDA) E 
FISICAMENTE HOMOGÊNEA, OBTIDA ATRAVÉS DO 
RESFRIAMENTO DE UMA MASSA EM FUSÃO QUE ENRIJECE, 
TORNANDO-SE RELATIVAMENTE TRANSPARENTE E 
RESISTENTE, ALÉM DE SUAS PROPRIEDADES TÉRMICAS, 
ÓTICAS E ACÚSTICAS. 
Ele não é formado por cristais, fibras, grãos ou qualquer outra organização dos átomos e, 
portanto, não havendo uma forma estrutural (atômica) organizada, dizemos que ele é amorfo e 
a sua fusão, chamamos de fusão vítrea. Para fins práticos, consideramos que o vidro é sólido 
em temperatura ambiente (um falso sólido). 
 
 
 
FABRICAÇÃO DO VIDRO 
 
O processo de fabricação do vidro consiste na mistura equilibrada de diversos insumos 
aquecidos à temperatura (alta) de fusão desses componentes e resfriamento para moldagem; 
posteriormente, ele é reaquecido para alívio de tensões oriundas do processamento. 
No primeiro processo de fusão, o vidro encontra-se na temperatura de aproximadamente 
600°C e não pode ser deixado em temperatura ambiente, uma vez que tem grandes tensões 
internas que o torna sensível ao choque, quebrando-se facilmente. Assim, ele sofre um 
reaquecimento não a título de recozimento, mas para que possa resfriar-se lentamente e ser 
moldado na forma que se deseja. 
 
 
 
Fonte: Benoit Daoust/Shutterstock.com 
 Vidro derretido sendo vertido num molde 
 
MATÉRIAS-PRIMAS 
 
SÍLICA (SIO2) 
BARRILHA (NA2CO3) 
CALCÁRIO (CACO3) E DOLOMITA (MGCO3) 
É o principal elemento proveniente de determinadas areias dos rios. Tem função vitrificante; se 
for produzido puro, sem outros aditivos, tem como inconveniente, além da elevada temperatura 
de fusão (±1700°C) a sua instabilidade química. 
Carbonato de sódio ou potássio, produzido a partir do sal de cozinha (NaCl). Tem função 
fundente, por isso é adicionado para abaixar a temperatura de fusão. 
São elementos estabilizantes que propiciarão maior dureza, resistência mecânica e 
durabilidade. Tem como função impedir a transformação do vidro em uma goma adesiva. 
Por sua vez, os aditivos são compostos químicos que modificam ou destacam as propriedades 
que se deseja obter de cada vidro, justamente na fase de produção: 
 
 
Aditivos (Al2O3, 
PbO, B, F) 
 
Provenientes dos feldspatos. A depender de suas dosagens, 
vão caracterizar determinados vidros específicos. 
 
 
Material Reciclado 
(cacos de vidros) 
 
É misturado na massa em fusão em proporções previamente 
estabelecidas (±20%), em função do tipo de vidro que se 
quer produzir. 
 
□ Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal 
 
 
 
 
FUSÃO E REFINO 
 
A fusão é obtida em fornos onde os insumos passarão para um estado pastoso, em 
temperatura que ultrapassa os 1500°C. 
 
 
 
O refino é a operação que remove as pequenas bolhas de gás existentes na massa 
incandescente de vidro, garantindo seu bom aspecto, item fundamental para a comercialização 
do produto. 
 
 
 
ADITIVOS QUÍMICOS 
 
Às massas de vidro são incorporados diversos elementos químicos que produzirão vidros de 
características distintas. Entre esses elementos: 
 
 
 
Fonte: Marco Fine/Shutterstock.com 
 
 
 
 
CHUMBO 
 
O chumbo dá mais brilho ao vidro aumentando seu índice de refração, resultando em cristais 
de finíssimas espessuras. 
 
 
 
 
Fonte: volkann/Shutterstock.com 
 
 
 
 
BORO 
 
O boro diminui o coeficiente de expansão térmica, possibilitando vidros de ótima resistência ao 
calor (refratários), que podem ser levados ao forno. 
CRISTAIS 
Entendemos aqui, como cristal, simplesmente um vidro que não apresenta qualquer 
porcentagem de cristalinidade segundo o conceito técnico (formado por minerais), sendo 
apenas um termo puramente comercial. 
 
 
Fonte: Tim2473/Shutterstock.com 
 
 
 
 
FLÚOR 
 
O flúor entra na composição de vidros para lâmpadas de descarga. 
 
 
 
 
MOLDAGEM 
 
A Moldagem ou conformação de um material é nada mais do que moldar a peça final. Para 
isso, a temperatura usual é da ordem de 800°C, na qual o vidro encontra-se semiendurecido, 
maleável, já apresentando alguma rigidez. 
O molde precisa estar em temperatura compatível com o material a ser moldado. Geralmente é 
constituído de ferro fundido ou de aço, preferencialmente. Existem três principais formas de 
moldagem: 
 
PRENSAGEM 
Para vidros de maiores espessuras. 
MOLDAGEM 
Por sopro, para tubo de vidro de pequena espessura. 
 
 
ESTIRAMENTO 
Para o vidro plano 
 
 
 
 
PILKINGTON FLOAT GLASS 
 
Inventado em meados do século XX, o processo Pilkington Float Glass, revolucionou o 
processo de fabricação de vidro, além de reduzir custos, melhorou sensivelmente as 
qualidades finais dos vidros planos. 
O método consiste em lançar a massa fundida ao sair do forno sobre um banho de estanho 
líquido, (fundido) de modo que a massa vítrea flutua (float) sobre a superfície do estanho, 
adquirindo brilho e apresentando um paralelismo perfeito entre as faces que dispensa qualquer 
polimento. Assim, são fabricados os vidros para a construção civil e principalmente para a 
indústria automobilística, por não apresentarem distorções das imagens. 
 
 
 
 
 
 SAIBA MAIS 
 
 
O float passou a ser uma designação de vidro se diferenciando do vidro comum (cujo processo 
de fabricação é estirado), apesar da mesma composição química e resistência mecânica. 
 
 
 
OS VÁRIOS TIPOS DE VIDROS E SUAS 
APLICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
Fonte: sichkarenko.com/Shutterstock.com 
 
Os vidros encontram aplicações numa infinidade de áreas, como utensílios domésticos, 
embalagens etc., bem como outras utilizações nas indústrias em geral, entre elas a da 
construção civil. Veja a seguir os principais tipos de vidro: 
VIDRO COMUM 
O vidro comum, é aquele produzido pelo simples processo de fabricação sem nenhum 
tratamento além daqueles imprescindíveis para sua confecção. São os vidros planos, usados 
em nossas construções e que possuem espessuras que variam entre 2 e 6 mm com 
possibilidade de acabamentos tipo liso (transparente) e variados desenhos de impressão 
(fantasia). 
VIDRO TEMPERADO 
É o vidro que depois do primeiro processo de fusão e após a moldagem é submetido a um 
tratamento térmico conhecido como têmpera, cujo processo o torna mais resistente aos 
choques mecânicos (cinco vezes mais resistentes que os vidros comuns). 
 
 
O processo de têmpera necessita que se eleve a temperatura do vidro (já moldado) à ordem de 
700°C em fornos próprios e que seja resfriado bruscamente por intermédio de um jato de ar frio 
ou por imersão da peça em água ou óleo. 
 
 
Vale lembrar que o vidro temperado não pode ser riscado nem furado, sob pena de ser 
destruído. Como o vidro sofre esse processo de têmpera, ele não aceita futuros ajustes, não 
pode ser cortado ou furado posteriormente, todos os detalhes necessários para sua utilização 
necessitam ser executados antecipadamente. 
VIDRO LAMINADO 
É um vidro formado pela colagem de duas ou mais placas de vidro comum com umapelícula 
aderente. É um material polimérico, o polivinilbutiral (PVB), de grande poder adesivo, formando 
um “sanduiche” com superposição de placas de vidro e camada(s) de plástico. 
 
 
A grande vantagem do vidro laminado é que se houver fratura no material, os pedaços ficam 
aderidos ao conjunto pela película, diferentemente do vidro comum, que forma cacos 
pontiagudos, e do temperado, que se estilhaça. 
FIBRA DE VIDRO E LÃ DE VIDRO 
A fibra de vidro é um material moldado em fios de grandes comprimentos e minúsculas 
espessuras que, juntos, em feixe, apresentam muita resistência à tração. A fibra de vidro é 
produzida através da transformação do material líquido em fios que são estirados (puxados) e 
posteriormente são enrolados em forma de bobinas. 
 
 
Pelo fato de serem fabricadas em fios, as fibras de vidro são aplicadas e associadas como 
elemento de reforço com o alumínio, o asfalto, o papel, o plástico, formando um compósito e 
têm aplicação na construção civil como isolamentos térmicos e acústicos, componentes 
sanitários coberturas etc. 
 
 
Por sua vez, a lã de vidro tem um processo de fabricação semelhante ao do algodão doce, ou 
seja, o vidro líquido cai num recipiente com furos laterais que, ao girar em alta velocidade, 
choca-se contra um anteparo, e recebe um jato de ar, transformando-se, assim, na própria 
manta de lã de vidro. 
 
 
As lãs de vidro são muito utilizadas como isolantes térmico, elétrico e acústico. Elas podem ser 
aplicadas como insumos em impermeabilizações, são incombustíveis, resistentes à corrosão, 
dificilmente apodrecem, entre outras propriedades. 
O manuseio tanto da fibra quanto da lã de vidro deve ser realizado de maneira cautelosa, uma 
vez que ambas são produzidas de materiais cortantes. 
TELHAS E BLOCOS 
DE VIDROS 
Também são fabricados em vidro produtos como telhas e blocos. As telhas são utilizadas em 
situações particulares de iluminação zenital em conjunto com as telhas cerâmicas 
convencionais, ao passo que os blocos (venezianas e outros elementos) são empregados 
como elementos decorativos, em divisórias que não sofrem carregamentos além do seu peso 
próprio. A vantagem dos blocos de vidro (e seus derivados), utilizados em paredes externas, é 
a possibilidade de entrada de pequena porção de luz natural. 
 
 
 
VERIFICANDO O APRENDIZADO 
 
 
1. OS VIDROS SÃO MATERIAIS CADA VEZ MAIS UTILIZADOS NA 
CONSTRUÇÃO. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
 
A) Após o aquecimento do vidro, o processo de fabricação do vidro temperado exige um 
resfriamento lento com temperaturas de até 20°C durante 72h. 
B) O processo de têmpera utilizado na fabricação do vidro temperado necessita que se eleve a 
temperatura antes do molde do vidro a no máximo 200°C em fornos de biqueima, também 
usados para fabricação de revestimentos cerâmicos e porcelanatos. 
C) Vidro temperado é o vidro que depois do primeiro processo de fusão e após a moldagem é 
submetido a um tratamento térmico conhecido como têmpera, cujo processo o torna mais 
resistente aos choques mecânicos (cinco vezes mais resistentes que os vidros comuns). 
D) Após o processo de têmpera, o vidro temperado irá para cortes onde é feito a adaptação do 
produto nas medidas que será comercializado. 
E) Após o processo de têmpera, o vidro temperado não aceita nenhum tipo de cortes. As 
únicas adaptações aceitas neste material são as de pequenas dimensões como furos e riscos. 
 
 
 
2. EM RELAÇÃO À VARIEDADE DE VIDROS E SUAS APLICAÇÕES NA 
CONSTRUÇÃO CIVIL. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 
 
A) Vidro temperado recebe esse nome porque sofre uma têmpera com diversos aditivos, como 
o estanho por exemplo. Ele se estilhaça quando quebrado por conta do processo de 
fabricação, ou seja, logo depois que os insumos são derretidos na primeira fusão. 
B) Vidro laminado leva esse nome porque no processo de fabricação ele recebe um banho de 
chumbo derretido, que o deixa bem plano para que possa receber camadas internas de butiral. 
C) Os vidros, após uma primeira fusão, são novamente aquecidos para ganhar resistência 
mecânica, uma vez que no derretimento inicial o vidro resultante à temperatura ambiente é 
muito plástico e moldável. 
D) A Lã de vidro é um material moldado em fios de grandes comprimentos e minúsculas 
espessuras que juntos, em feixe, apresentam muita resistência à tração. A fibra de vidro é 
produzida através da transformação do material líquido em fios que são estirados (puxados) 
que formam um emaranhado parecido com uma lã, por isso o seu nome. 
E) Inventado em meados do século XX, o processo Pilkington Float Glass, revolucionou o 
processo de fabricação de vidro, uma vez que a massa fundida ao sair do forno é lançada 
sobre um banho de estanho líquido de modo que a massa vítrea flutua sobre a superfície do 
estanho, adquirindo brilho e apresentando um paralelismo perfeito. 
 
 
 
GABARITO 
 
1. Os vidros são materiais cada vez mais utilizados na construção. Assinale a Alternativa 
correta: 
A alternativa "C " está correta. 
 
 
 
Vidro temperado é uma tipologia de vidro de segurança que consiste em um primeiro processo 
de fusão e moldagem, e depois uma nova submissão do material a um tratamento térmico 
conhecido como têmpera. Este tratamento com a tempera ocasiona ganho de resistência 
mecânica, dando ao material temperado a característica de cinco vezes mais resistentes que 
os vidros comuns. 
2. Em relação à variedade de vidros e suas aplicações na Construção Civil. Assinale a 
Alternativa correta: 
A alternativa "E " está correta. 
 
 
 
O fato de a massa fundida ser lançada ao sair do forno sobre um banho de estanho líquido, 
garante o brilho e apresenta um paralelismo perfeito entre as faces, propiciando seu emprego 
na construção civil (entre outros setores) por não apresentarem distorções das imagens, sendo 
designado de Vidro Float. 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Nenhuma edificação é realizada sem o emprego de materiais de construção. O conhecimento e 
a adoção dos corretos materiais básicos para Construção Civil garantem a qualidade e 
durabilidade do empreendimento. Propriedades e características específicas de cada um deles 
fazem com que sejam adequados a determinado uso. 
Deste modo, é imprescindível que, ao especificarmos os insumos básicos, estejamos atentos a 
características como: resistência adequada para o seu fim; trabalhabilidade que facilite sua 
aplicação; durabilidade que está diretamente ligada ao sucesso do empreendimento e 
satisfação do cliente; higiene e segurança que priorize os cuidados com os funcionários e os 
usuários futuros, além das questões de sustentabilidade e ambientais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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Publicado em: 19 set. 2015. 
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HIPOLITO, Israel da Silva; HIPOLITO, Rafael da Silva e LOPES, Gean de Almeida: Polímeros 
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LARA, Luiz Alcides M. Materiais de Construção. Caderno elaborado em parceria entre o 
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LOPES, Lívia de Faria: Materiais de Construção Civil I. Editora e Distribuidora Educacional 
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Caracterização Microestrutural da Argila Expandida para Aplicação comoAgregado em 
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SOUZA, José Victor B. de; MACÊDO, Alcebíades Negrão: Caracterização da Escória de Alto 
Forno Proveniente de Resíduos Industriais Visando seu Uso na Construção Civil. In: 
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AVALIAÇÃO DO TEMA: 
SODERO, Maria Ismenia: A Ciência e Engenharia dos Materiais. USP In: Edisciplinas. 
 
SOUZA, Juliano: Materiais Sustentáveis na Construção Civil: Menos Impacto e Mais 
Economia. In: Sienge. 
 
 
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Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia: 
 
BAUER, L. A. F.: Materiais de Construção (volumes 1 e 2). Editora Livros Técnicos e 
Científicos, São Paulo: 2000. 
 
PETRUCCI, E. G. R.: Materiais de Construção. Editora Globo, Rio de Janeiro: 1998. 
 
 
RIBEIRO, Carmen Couto. Materiais de Construção Civil. (3. ed.) Belo Horizonte: 
Editora UFMG: 2011. 
 
 
 
 
CONTEUDISTA 
 
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