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Impactos Ambientais no Estado do Rio de Janeiro

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Características Gerais do Estado do Rio de Janeiro
Reconhecer as relações entre sociedade e o ambiente natural no Estado do Rio 
de Janeiro, destacando os impactos ambientais produzidos e as influências dos 
elementos naturais na sociedade fluminense.
Professora Carla Kurz
“Destruir matos virgens, como até agora se tem praticado no Brasil, é extravagância
insofrível, crime horrendo e grande insulto feito à natureza”.
escreveu José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838) em 1821, um ano antes de 
participar do movimento da Independência ao lado de dom Pedro I.
À medida que se organiza socialmente, o homem estrutura o espaço em que vive em
diferentes arranjos e níveis, instituídos legalmente ou estabelecidos para fins de
análise e divulgação do conhecimento sobre determinada extensão territorial. Os
diferentes modelos de divisão do território nacional refletem esses arranjos e níveis.
(IBGE, 1996).
NOTE
Os problemas ambientais verificados nas diferentes áreas do território fluminense
também estão associados à expansão metropolitana, aos setores turístico e imobiliário,
à indústria pesada, bem como à sua integração à logística de transporte global. Os
locais em que essas atividades ocorrem são os mais afetados pelo contexto de
reestruturação produtiva na fase de globalização avançada.
Região Metropolitana Fluminense
Região Metropolitana Fluminense
O perfil metropolitano de concentração populacional afirmou-se no passado remoto e
eclodiu dos anos 1940 em diante, atraindo um grande fluxo de migrantes,
predominantemente nordestinos.
Essa concentração metropolitana culminou nos anos 1960, consolidando-se nas
décadas seguintes. Em 2020, a Região Metropolitana fluminense contava com um
contingente populacional de 13.131.590 habitantes, é a segunda maior área
metropolitana do Brasil.
Região do Médio Paraíba
NÃO ERRE
A região do Médio Paraíba, área do eixo Rio–São Paulo, apresenta intenso fluxo de
mercadorias e de pessoas, com a dinâmica econômica vinculada à expansão industrial,
destacando-se as indústrias automobilística e siderúrgica. Inclui-se entre as áreas que
receberão o maior número de empreendimentos no estado do Rio de Janeiro.
Região das Baixadas Litorâneas
IMPORTANTE
A área do conjunto das Baixadas Litorâneas se destaca pela expansão do setor de
turismo e lazer, assim como o de segunda residência, recebendo também os impactos
provenientes das ações ligadas ao setor de petróleo.
Região Centro-Sul Fluminense
DICA AMOROSA
A região que compreende o Centro-Sul Fluminense sofreu, durante anos, as
consequências da decadência da produção de café. Atualmente, sua economia se
baseia nas atividades agropastoris tradicionais, renovadas pelas atividades turísticas
fundamentadas em seu patrimônio histórico e cultural, oriundas da cafeicultura.
Região da Costa Verde
SE LIGA
O litoral sul do estado, denominado Região da Costa Verde, é uma área que tem
passado por transformações decorrentes da expansão dos setores turístico e
imobiliário, da implantação de grandes indústrias e das atividades ligadas à logística de
transporte global, com a expansão portuária e a construção da Usina Nuclear de Angra
3.
Região Noroeste Fluminense
OLHA ISSO
A antiga área de produção cafeeira, situada na Região Noroeste Fluminense, parece
ainda ressentir-se do processo de erradicação dos cafezais. Além da baixa renda de sua
população, apresenta problemas de enchentes, inundações e degradação dos solos
(Costa, 2001).
Região Norte Fluminense
PRA NÃO ERRAR
A região Norte Fluminense, considerada uma das mais problemáticas do estado do Rio
de Janeiro, apresenta inúmeros problemas que advêm dos impactos provenientes das
atividades relacionadas à exploração do petróleo, à implantação de grandes
empreendimentos e à expansão desordenada de suas cidades.
Região Serrana Fluminense
EITA CONTEÚDO BOM!
A chamada Região Serrana Fluminense é uma área que se reestrutura em torno de
novas organizações industriais, aliando itens tradicionais e modernos, como a
agricultura, o turismo, o centro de informática e a tendência às agroindústrias
alimentar e têxtil, ambas apoiadas na presença de um grande mercado metropolitano
próximo.
Problemas ambientais decorrentes da urbanização
VOCÊ SABIA DISSO?
O estado do Rio de Janeiro sobressai-se pelo predomínio da população urbana sobre a
rural e pela elevada concentração populacional na Região Metropolitana. Destaca-se
também pela maior taxa de urbanização do país, tendo em vista que 96,6% de seus
habitantes vivem nas cidades, perfazendo um total de 15.446.996 pessoas (Ribeiro e
O’Neill, 2015).
INFORMAÇÃO RELEVANTE
Os problemas ambientais urbanos encontram-se disseminados pelas diversas regiões
do território fluminense, associados ao crescimento das atividades econômicas em
áreas urbanas e ao intenso fluxo de população oriunda das áreas rurais.
Apresentar noções básicas sobre a geografia do Município do Rio de Janeiro.
População do Estado do Rio de Janeiro no período entre 1940 e 1996, por sexo
e o total (IBGE)
DADOS
A capital concentra 6,7 milhões de habitantes, o que corresponde a 39% de total da
população do estado. Além da capital, somente São Gonçalo ultrapassa a marca de 1
milhão de habitantes.
Dados
• Dos 92 municípios fluminenses, apenas cinco têm mais de 500 mil habitantes. Outros
21 têm entre 100 mil e 500 mil habitantes.
• A maioria, 57 municípios, têm população entre 10 mil e 100 mil, e apenas seis
municípios têm menos de 10 mil habitantes.
• O município com o menor número de habitantes no estado é Macuco, na Região
Serrana, com 5,6 mil pessoas.
Lagoa de Araruama
Características ambientais
A Lagoa de Araruama é a maior lagoa hipersalina do mundo, com duas vezes a
salinidade do mar, e riquíssima em biodiversidade, circundada por cinco municípios:
Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Cabo Frio e Arraial do Cabo.
Histórico dos problemas na lagoa de Araruama
Desde 1940, atividades como extração de sal e de conchas desenvolvidas na Lagoa de
Araruama vêm interferindo na topografia do fundo da lagoa, acarretando mudanças
nos processos de circulação de água, acomodação de sedimentos e altura das ondas,
entre outros.
NOTE
Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), entre 1984 e 1994
houve grande especulação imobiliária, o que proporcionou ocupação desordenada, já
que os loteamentos eram construídos a partir de poucas (ou quase nenhuma)
exigências técnicas, urbanísticas e ambientais, resultando em crescimento de 70%
dessas áreas.
Lagoa Rodrigo de Freitas
Características ambientais
A Lagoa Rodrigo de Freitas é a lagoa costeira mais urbanizada do Estado do Rio de
Janeiro; é abastecida por águas pluviais e pelos rios Cabeça, Macacos e Rainha, que
conduzem a ela fluxos residuais e pluviais em quantidade e qualidade não controladas.
Juntos, formam a Bacia Hidrográfica da Lagoa Rodrigo de Freitas. Esse sistema possui
um espelho d'água de 2,2km², profundidade média de 2,8m e 7,8km de perímetro,
com volume de aproximadamente 6.200.000m³; tem ao redor as praias do Leblon e
Ipanema (Feema, 2006).
Histórico de urbanização da Lagoa Rodrigo de Freitas
As intervenções humanas na LRF iniciaram-se na época do Império (por volta de 1567),
quando plantios de cana-de-açúcar eram cultivados na parte menos alagada da Lagoa.
Atualmente, mesmo com todos os problemas, a Lagoa conseguiu se firmar como
cartão postal do Rio de Janeiro, sendo inclusive, ponto turístico durante o Natal,
quando é montada a maior árvore de Natal flutuante do mundo. Além disso, a questão
ambiental debatida nas agendas políticas tem como um dos principais temas a
melhoria da qualidade ambiental da Lagoa.

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