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APOSTILA - Técnico em Farmácia-Módulo I

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Prévia do material em texto

INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS
DA SAÚDE I
 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
FICHA TÉCNICA 
 
Preparação de Conteúdo: 
Professor César Souza 
 
Formatação e Normalização (ABNT): 
Ediane Souza 
 
Revisão Gramatical, Semântica e Estilística: 
Ediane Souza 
 
Capas: 
Aporte Comunicação 
Folhas de Rosto: Thomas Arraes 
 
Editoração e Revisão Técnica/Final: 
Ediane Souza 
 
Diagramação: 
Ediane Souza 
 
Impressão: 
Provisual Gráfica e Editora 
 
 
 
 
 
Avenida Conde da Boa Vista, 1209 
Soledade – Recife/PE – Brasil 
CEP: 50060-003 
Telefone: (81) 4062-9222 
www.grautecnico.com.br 
 
 
 
Este material é exclusivo para uso do aluno Grau Técnico. 
Para dúvidas ou sugestões, envie-nos um e-mail: 
contato@grautecnico.com.br 
http://www.grautecnico.com.br/
mailto:contato@grautecnico.com.br
 
Técnico em Farmácia Módulo 1 
5 
REGULAMENTO INTERNO – VERSÃO 20181 
 
Caro(a) aluno(a), 
 
Seja bem-vindo(a)! Para que possamos desenvolver as atividades de formação técnica com 
profissionalismo e excelência, se faz necessário o cumprimento de algumas normas, as quais estão 
descritas a seguir. 
 
1 MATRÍCULA 
1.1 O(a) aluno(a) deverá, no ato da matrícula, fazer a leitura do regulamento interno e do contrato de 
prestação de serviços com bastante atenção, para que possa conhecer seus direitos e deveres no 
decorrer do curso. 
 
2 DIAS/HORÁRIOS 
2.1 Turmas de segunda, quarta e sexta-feira, nos turnos da manhã, tarde e noite. 
2.2 Turmas de terça e quinta-feira, nos turmas da manhã e noite, e aos sábados, pela manhã e 
tarde. 
2.3 O curso de Enfermagem, exclusivamente, tem turmas de segunda à sexta, nos turnos da manhã, 
tarde e noite. Em breve, terá o formato de três dias, assim como os demais cursos. 
2.4 A pontualidade e a assiduidade, bem como a postura pessoal serão pontuadas como indicadores 
do processo de avaliação. 
Atenção: observe em seu contrato os dias e horários das aulas. 
 
3 ATIVIDADES COMPLEMENTARES 
3.1 As atividades extraclasses (palestras, seminários, Visitas Pedagógicas Orientadas (VPOs) serão 
obrigatórias para o complemento da carga horária, sendo realizados nos mesmos horários das 
aulas, em dias alternados ou de acordo com a disponibilidade da escola ou da empresa (no caso 
das VOPs). 
3.2 As visitas pedagógicas orientadas acontecerão de acordo com a disponibilidade da escola e das 
empresas parceiras. Cabe ao aluno interessado realizar o pagamento da taxa de transporte na 
secretaria, se houver. 
3.3 O uso do fardamento é obrigatório para todas as visitas e aulas práticas (dentro e fora da 
instituição). 
 
4 CERTIFICAÇÃO 
4.1 A frequência nas aulas deve ser igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) em cada 
disciplina. 
4.2 A média em cada disciplina deve ser igual ou superior a 7,0 (sete). 
4.3 O(a) aluno(a) que for reprovado(a) em alguma das disciplinas deverá pagar o valor de uma 
parcela para cursar novamente a disciplina, a fim de obter frequência e nota necessárias para a 
aprovação e para o recebimento do certificado. 
4.4 Estar com todas as parcelas pagas. 
4.5 Estar com toda documentação exigida pela Secretaria Estadual de Educação, conforme 
orientado no ato da matrícula. 
4.6 Solicitar, por escrito, a emissão do diploma. O prazo de entrega, após solicitação, será de até 60 
(sessenta) dias. 
4.7 Os cursos que possuem estágio obrigatório terão os seus diplomas entregues após o 
 
1
O regimento em vigor será sempre a última versão, informada no título deste documento. 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
6 
cumprimento da carga horária total, incluindo estágio. 
 
5 REPOSIÇÃO DE AULA 
5.1 Em caso de falta justificada, o(a) aluno(a) terá o direito de realizar a aula ou atividade perdida 
em outra turma, de acordo com a disponibilidade da escola, sem custo adicional. 
5.2 A falta só poderá ser justificada perante atestado médico ou documento comprovando o motivo 
da ausência. 
5.3 Em caso de falta sem justificativa, o(a) aluno(a) poderá requerer na secretaria a reposição da 
aula ou atividade, efetuando o pagamento referente à taxa do serviço. 
5.4 Observa-se que a justificativa não anula a falta, apenas faz valer o direito de reposição da aula 
ou atividade. 
 
6 CONSERVAÇÃO 
6.1 No caso de danos ao espaço da escola ou a equipamentos pertencentes à mesma, o(a) aluno(a) 
ou seu representante legal será responsabilizado pelos gastos com o reparo, bem como, se 
necessário, submetido(a) às medidas disciplinares quando for cabível. 
6.2 Ao término de cada aula, teórica ou prática, a sala ou laboratório utilizado deverá ser deixado 
organizado para a próxima turma. 
 
7 SAÚDE E BEM-ESTAR GERAL 
7.1 Não será permitida a utilização de aparelhos celulares ou fones de ouvido na sala de aula. 
7.2 Não será permitida a permanência de pessoas em salas de aula e dependências internas da 
escola, a não ser alunos, instrutores ou funcionários em seus respectivos horários. 
7.3 Não será permitida a entrada de alimentos ou bebidas nas salas de aula, laboratórios ou 
biblioteca. 
7.4 Deve-se manter a limpeza, organização e conservação da escola como um todo. Devem-se 
utilizar os cestos de lixo disponibilizados em cada ambiente. 
7.5 A escola não se responsabilizará por perdas ou danos de pertences dos alunos. 
7.6 É obrigatório tratar os demais alunos, docentes e funcionários com respeito e civilidade, sob 
pena de aplicação de medida disciplinar de advertência, suspensão ou expulsão, a depender da 
gravidade da infração. 
7.7 Temos câmeras sendo utilizadas em toda escola, a fim de proporcionar maior segurança aos 
nossos alunos. 
 
8 BIBLIOTECA/ACESSO À INTERNET 
8.1 A utilização da biblioteca será mediante agendamento com a coordenação pedagógica, fora do 
horário normal, com apresentação de documento para uso de livros. 
8.2 O uso desta sala é exclusivo para estudo e pesquisa, portanto deverá ser mantido o silêncio e a 
disciplina, para não interferir na concentração dos demais alunos. 
8.3 O uso dos computadores para pesquisa tem o tempo máximo de 30 minutos. 
8.4 Não é permitida a retirada de livros para empréstimo. 
 
9 AVALIAÇÃO 
9.1 As provas serão realizadas durante o turno que o aluno estuda e sempre na última aula da 
disciplina, tendo a duração média de 1h30. 
9.2 O(a) aluno(a) que faltar à prova deverá comparecer à coordenação pedagógica da escola para 
requerer a avaliação em segunda chamada, agendar uma data para a realização desta, bem 
como efetuar o pagamento da taxa na secretaria. 
 
Técnico em Farmácia Módulo 1 
7 
9.3 As provas de recuperação ou segunda chamada acontecem na última semana de cada mês, 
conforme informado pela coordenação, no site e nos quadros de avisos. 
 
10 CANCELAMENTO DO CONTRATO 
10.1 O cancelamento do contrato poderá ocorrer a qualquer momento, sob autorização da diretoria 
da escola, em caso de indisciplina por parte do(a) aluno(a). Quanto a sua defesa, caberá aos 
dispositivos legais vigentes. 
10.2 O cancelamento por parte do(a) aluno(a) deverá ser feito na coordenação da escola, mediante 
requerimento e pagamento da multa de cancelamento, conforme contrato de prestação de 
serviços. 
10.3 O(a) aluno(a) que cancelar e desejar retornar ao curso poderá reverter sua multa em 
pagamentos de parcelas, sendo o valor descontado das últimas parcelas restantes. 
10.4 Para o(a) aluno(a) retornar, deverá ser efetuado o pagamento do valor de uma parcela. 
10.5 O aluno que for cancelado por motivo de indisciplinanão poderá voltar a estudar no Grau 
Técnico. 
 
11 PORTAL ACADÊMICO 
11.1 Todos os informativos, notas, oportunidades e materiais extras serão disponibilizados Portal 
Acadêmico, no Website do Grau Técnico. 
11.2 O acesso ao portal acadêmico é por meio do endereço eletrônico: www.grautecnico.com.br, no 
qual o(a) aluno(a) colocará o seu número de matrícula tanto no campo ‘usuário’, como naquele 
referente à ‘senha’. 
11.3 Para a solicitação de declarações, deve-se respeitar o prazo de até 05 dias. 
 
12 TRANSFERÊNCIA DE TURMA/SALA/INSTRUTOR/UNIDADES 
12.1 A transferência de turma estará sujeita à disponibilidade de vagas nas turmas em andamento. 
12.2 A transferência de Unidade terá o valor de uma parcela com desconto. Para tanto, o(a) aluno(a) 
tem que estar com as parcelas em dia, bem como a transferência deverá estar condicionada à 
confirmação da unidade destino, conforme disposição nas turmas. 
12.3 O (a) aluno(a) que requerer transferência de Unidade sem nunca ter cursado na unidade de 
origem e desejar outro curso adiantará uma parcela com desconto na Unidade de origem e 
efetuará matrícula na unidade destino, se adequando ao plano de pagamento desta. 
12.4 Para a otimização do espaço e aproveitamento das turmas, o Grau Técnico poderá mudar de 
sala durante o decorrer do curso, bem como unir duas ou mais turmas. 
12.5 Durante o decorrer do curso, pode haver mudança de instrutor. Tendo em vista que os nossos 
cursos seguem um plano de aula, os alunos não terão nenhum prejuízo em relação ao 
aprendizado. 
 
13 DIAS E HORÁRIOS DE RECEBIMENTO DA ESCOLA 
13.1 As parcelas do curso terão descontos de pontualidade, para os pagamentos efetuados até a data 
de vencimento. Para pagamentos após o vencimento, será cobrado o valor integral, mais multa 
acrescida de juros. 
13.2 O desconto de pontualidade só será válido para pagamentos em espécie. Para todo tipo de 
cartão, a parcela será cobrada em valor integral. 
13.3 A solicitação de declarações, diploma e histórico escolar é gratuita para a primeira via. As 
emissões extras destes documentos devem ser feitas mediante o pagamento de taxa de 
serviços, cujo valor será informado na secretaria da escola. 
13.4 No ato da matrícula, será impresso o primeiro boleto do seu curso. Os demais deverão ser 
impressos a partir do portal acadêmico, no site www.grautecnico.com.br, acessando-o com o 
seu login e senha, no item financeiro, no link ‘Impressão de Boletos’, ou solicitando a sua 
http://www.grautecnico.com.br/
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
8 
impressão na secretaria da escola. O pagamento do boleto poderá ser realizado em qualquer 
banco ou caixa de pagamentos diversos. 
 
14 AGÊNCIA DE ENCAMINHAMENTO GRAU TÉCNICO 
14.1 Os alunos do Grau Técnico dispõem de uma Agência de Encaminhamento Profissional, que tem 
como objetivo realizar parceria com empresas para disponibilizar vagas de estágio e/ou 
emprego. Para participar, basta estar dentro do seguinte regulamento: apresentar nota igual 
ou superior a 7,0 (sete), ter frequência nas aulas igual ou superior a 75%, ter idade superior a 
16 anos, ter concluído o primeiro módulo, estar em dia com as parcelas e participar e, no 
mínimo, 50% do ciclo de palestras disponibilizadas pela agência de encaminhamento. 
14.2 O compromisso de encaminhamento profissional não é garantia de emprego ou de estágio, 
visto que a decisão da contratação é da empresa contratante e não do Grau Técnico. 
14.3 Para os cursos de estágio não obrigatório, os alunos terão acesso às vagas disponíveis por 
meio da coordenação e por agências de integração entre empresa e escola. O estágio deverá 
ser feito fora do horário no qual o aluno esteja estudando. 
14.4 Para os cursos de estágio obrigatório, os alunos deverão seguir o planejamento, conforme 
orientado pela coordenação pedagógica. 
 
15 ENFERMAGEM/RADIOLOGIA/ANÁLISES CLÍNICAS 
15.1 O estágio é obrigatório para os cursos de Enfermagem e Radiologia, podendo ser realizado 
no decorrer ou ao final do curso, em qualquer turno (manhã, tarde e noite), ocorrendo de 
acordo com a disponibilidade das unidades de saúde em dias e horários diferentes 
(hospitais, postos de saúde, clínicas, UPA, etc.), ficando o aluno ciente que não há garantia 
quanto ao turno e local onde serão ministrados os estágios, podendo ocorrer, inclusive, 
dentro da região metropolitana ou em municípios circunvizinhos, haja vista que as vagas 
disponíveis dependem de terceiros (hospitais, clínicas, UPAs, etc.). 
15.2 Caso o aluno não conclua a disciplina do estágio, deverá realizar o pagamento de uma taxa 
referente a uma parcela, para poder refazer a disciplina. 
15.3 É vedado ao aluno exigir que sejam ministrados nos estágios conteúdo pedagógico diverso 
daquele que foi ofertado pela instituição responsável. 
15.4 O estágio para Análises Clínicas atenderá à regulamentação local vigente. 
15.5 Materiais imprescindíveis para as aulas práticas (laboratório) – sob total responsabilidade do 
aluno: 
 No caso de Enfermagem: luvas de procedimento, luvas estéreis, seringas, agulhas, gazes, 
esparadrapo, máscaras, toucas, gorros, jelco calibre 22, scalp calibre 21 (verde), estetoscópio, 
tensiômetro, garrote, termômetro (digital). 
 No caso de Análises Clínicas: luvas de procedimento, luvas estéreis, seringas, agulhas, gazes, 
esparadrapo, máscaras, toucas, gorros, jelco calibre 22, scalp calibre 21 (verde), garrote. 
15.6 Materiais Necessários para os estágios curriculares: 
 No caso de Enfermagem: todo e qualquer material necessário às atividades práticas serão de 
responsabilidade do aluno e deverão ser entregues antecipadamente para garantia dos 
campos, tais como: luvas de procedimento, máscaras, propés, toucas, gorros, capote 
descartável, toalhas de papel, sabão ou sabonete líquido, ou quaisquer outros materiais 
solicitados pela instituição de saúde. 
 No caso de Radiologia: dosímetro (disponibilizado pela escola, mas, em caso de perda, será 
de responsabilidade do aluno). 
 
 
 
Técnico em Farmácia Módulo 1 
9 
16 ELETROTÉCNICA/ELETRÔNICA/INFORMÁTICA/MANUTENÇÃO E SUPORTE DE INFORMÁTICA/REDE 
DE COMPUTADORES 
16.1 Materiais imprescindíveis para as aulas práticas (laboratório) – sob total responsabilidade do 
aluno: 
 No caso de Eletrotécnica: chave de fenda (8x200mm), chave Phlips (8x200mm), alicate de corte; 
alicate de bico; alicate universal; alicate desencapador, chave teste e 1 rolo de fita isolante. 
 No caso de Eletrônica: protoboard 1x, resistores 5 de cada(100R,220R, 330R, 1k, 2k, 100k de 1/4W), 
capacitores 2 de cada(470uF, 10uF, 1uF, 1nF de 50V), jumpers 20 macho-macho, Leds 3x (alta 
potência: verde, amarelo, vermelho e baixa potência: verde, amarelo, vermelho), Botão 3 push 
button, diodo silício 5x 1N14007, multímetro 1x e potenciômetro 2 de cada (10k, 100k). 
 No caso de Informática, Manutenção e Suporte de Informática e Rede de Computadores: 1 chave 
Phillips nº2, 1 alicate de crimpagem, 20 conectores RJ-45, 1 multímetro digital, 10 DVDs virgens e 1 
pen drive. 
 
 
Ciente e de acordo. 
 
_____________________________________________ 
Aluno(a)/Responsável 
 
Para sugestões e informações, enviar e-mail para: contato@grautecnico.com.br 
 
SEJA BEM-VINDO(A)! 
 
Atenciosamente, 
A Direção. 
 
 
mailto:contato@grautecnico.com.br
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
10 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 11 
 
2 OBJETIVO DO CURSO................................................................................................. 11 
 
3 TÉCNICO EM FARMÁCIA- MÓDULO 1 ...................................................................... 13 
 
4 INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS FARMACÊUTICOS ....................................................... 17 
 
5 ANATOMIA E FISIOLOGIA .......................................................................................... 45 
 
6 PORTUGUÊS INSTRUMENTAL.................................................................................. 159 
 
7 BIOSSEGURANÇA ..................................................................................................... 191 
 
8 SAÚDE COLETIVA ..................................................................................................... 223 
 
9 QUÍMICA .................................................................................................................. 303 
 
 
 
 
 
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
11 
1 INTRODUÇÃO 
 
O avanço tecnológico é inevitável. No mundo todo, ele vem quebrando fronteiras 
econômicas, sociais e culturais, trazendo consigo toda uma facilidade no acesso à 
informação, à liberdade de expressão e à inclusão social. Ao mesmo tempo, também se lida 
com certa desintegração dos valores humanos, com o consumo desenfreado, a 
marginalização social e a agressão ao meio ambiente. 
 
É necessário despertar o ser humano para a importância do conhecimento técnico e 
suas consequências. Também é preciso conscientizá-lo para a solidariedade, o respeito a si 
mesmo e ao outro e o trabalho em equipe. 
 
A atuação do Grau Técnico, portanto, é abrir caminho para oportunidades que 
beneficiem tanto o indivíduo, quanto o coletivo. É orientar para a realização profissional e 
inserção social, por meio de uma educação estimuladora e operadora de inovações na 
sociedade. 
 
2 OBJETIVO DO CURSO 
 
O Curso de Técnico em Farmácia do Centro de Ensino Grau Técnico tem como 
objetivo geral formar profissionais técnicos em Farmácia, com capacidade técnica para atuar 
em equipe multidisciplinar, supervisionados por um profissional farmacêutico por meio de 
conhecimentos teóricos e práticos voltados para à assistência farmacêutica, promoção em 
saúde, controle de estoque e armazenamento de produtos e insumos farmacêuticos, 
preparação de produtos farmacêuticos e afins, de acordo com as Boas Práticas de Fabricação 
e Controle, pautados pelos princípios da ética, da qualidade, humanização, desenvolvendo 
suas atividades baseadas em competências e habilidades, atendendo ao contexto das ações 
da farmácia de manipulação; drogarias; postos de saúde e de medicamentos; indústrias 
farmacêuticas; unidades básicas de saúde; hospitais; distribuidoras de medicamentos, 
insumos e correlatos. Pautados nestas ações, atenderão também às necessidades da 
clientela em um mercado de trabalho dinâmico e competitivo. 
 
Além disso, em seus objetivos específicos, o curso propicia ao aluno: formação 
sólida que assegure o domínio dos conteúdos, correspondendo às exigências do mundo do 
trabalho; condições para desempenhar o seu papel de agente, tanto para a promoção 
individual, como para a transformação social; uma ação educativa, capaz de conectar teoria 
e prática voltadas para a percepção das relações entre os contextos, social, econômico, 
político e cultural; a sensibilidade para a execução de atividades que atendam às normas de 
segurança, proteção ao meio ambiente, saúde, agindo de acordo com os preceitos éticos e 
profissionais; a preparação para a correta aplicação da legislação que regulamenta as 
atividades pertinentes à área de atuação; a avaliação, o reconhecimento e a certificação de 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
12 
conhecimentos adquiridos profissionalmente na área da saúde, para fins de prosseguimento 
e conclusão de estudos. 
 
APROVEITE BEM O CURSO E TRANSFORME O CONHECIMENTO ADQUIRIDO NAS AULAS EM 
OPORTUNIDADES DE TRABALHO! 
 
Atenciosamente, 
 
Ruy Maurício Loureiro Porto Carreiro Filho 
Diretor Geral 
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
13 
3 TÉCNICO EM FARMÁCIA - MÓDULO 1 
 
O primeiro módulo do curso de técnico em Farmácia propõe enriquecer e 
aprimorar o conhecimento geral, preparando o aluno para os módulos subsequentes. É pré-
requisito para o Módulo II, e não tem caráter de terminalidade. 
 
3.1 Competências 
 
 Identificar a diferença entre os estabelecimentos farmacêuticos; 
 Reconhecer a história da Farmácia; 
 Distinguir os tipos de estabelecimentos farmacêuticos; 
 Relacionar a história do medicamento com conceitos básicos e evolução; 
 Compreender a constituição e o funcionamento do corpo humano; 
 Identificar as estruturas anatômicas que compõe o aparelho locomotor, 
cardiovascular, respiratório, urinário, digestivo, reprodutor, nervoso, sensorial, 
endócrino, imunológico e sanguíneo; 
 Compreender o princípio de anatomia e fisiologia do corpo humano, 
correlacionando-os com os princípios científicos do exercício da prática 
profissional; 
 Compreender os processos de comunicação; 
 Linguagem e língua; 
 Conhecer as funções da linguagem; 
 Conhecer a língua oral e língua escrita. As variantes linguísticas; 
 Identificar a tipologia e gêneros textuais. A adequação do texto à finalidade 
comunicativa; 
 Identificar a produção textual: (in)textualidade, coerência e coesão textual; 
 Utilizar a redação técnica. A adequação vocabular; 
 Conhecer textos técnicos e suas funções: relatório, ofício, requerimento, ata, 
memorando, comunicação interna; 
 O texto publicitário e suas especificidades; 
 Ter consciência de autoproteção, aplicando as medidas de prevenção dentro de 
um ambiente farmacêutico; 
 Trabalhar seguindo normas e leis relacionadas à prática da biossegurança; 
 Aplicar o plano de gerenciamento de resíduos; 
 Conhecer a Política Nacional de Atenção Básica; 
 Identificar a abordagem coletiva como modelo de atenção à saúde prioritária; 
 Conhecer os programas desenvolvidos na estratégia saúde da família; 
 Compreender as atividades de educação em saúde; 
 Compreender a atenção básica; 
 Avaliar instrumentos de notificação de agravos e morbidades e realizar 
notificação; 
 Conhecer e discutir o Programa Nacional de Imunizações; 
 Executar aplicação das vacinas obrigatórias do calendário vacinal em todas as 
faixas etárias, conhecendo suas respectivas vias de administração e dosagens; 
 Conhecer a rede de armazenamento e preservação de imunobiológicos (rede de 
frios); 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
14 
 Conhecer os Programas de Hanseníase e Tuberculose, Hipertensão e Diabetes, 
Atenção integral à Saúde da Mulher, Atenção integral à Saúde da Criança, Atenção 
à Saúde do Adolescente, DST/AIDS, assistência a População Negra, assistência à 
saúde do Idoso, Saúde Mental, atenção à Saúde do Homem, e doenças e agravos 
não transmissíveis; 
 Conhecer a dinâmica de funcionamento da Unidade de Saúde da família e as 
relações com outros profissionais; 
 Aplicar os conceitos gerais e princípios da química, as reações químicas e os tipos 
de ligações químicas; 
 Compreender a preparação de soluções; 
 Analisar as propriedades periódicas dos elementos químicos; 
 Aplicar a formulação e nomenclatura dos compostos inorgânicos de acordo com as 
regras da União Internacional de Química Pura e Aplicada-IUPAC; 
 Identificar a ocorrência de reações químicas; 
 Aplicar as relações estequiométricas entre reagentes e produtos numa reação 
química. 
 
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS
FARMACÊUTICOS
 
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
17 
4 INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS FARMACÊUTICOS 
 
4.1 História da Farmácia e da profissão Farmacêutica 
 
Como observado por Dias (2005), citando Folch; Suñé; Valverde (198), as práticas 
voltadas aos estudos farmacêuticos datam desde 2500 a.C., a partir de produtosnaturais 
(minerais, vegetais e animais), tendo sido iniciadas na China. Os gregos e egípcios, conforme 
autores (Op. cit.), foram os primeiros que desenvolveram os métodos para a cura de 
doenças, a partir do uso da botânica, associando-a a elementos místicos e religiosos. A 
Figura 1 ilustra como eram as farmácias em décadas passadas. 
 
Figura 1- Antiga farmácia europeia 
 
Fonte: http://isabelsilvaphotography.blogspot.com.br/2014/02/dubrovnik-farmacia-mais-antiga-da-
europa.html (Acesso em 13/12/2017) 
 
As primeiras sociedades com escrita surgiram a partir do 4º milênio a.C., de acordo 
com Pandit (2008). Os conceitos terapêuticos estavam embasados no entendimento de que 
todos os fenômenos, fossem eles terrenos ou cósmicos, se uniam de forma estreita, estando 
subordinados à vontade dos deuses. As doenças, assim como suas curas, eram explicadas 
mediante complexa relação entre deuses, gênios benéficos e/ou maléficos, que partilhavam 
os seus segredos entre si, como ilustra a Figura 2. 
 
 
http://isabelsilvaphotography.blogspot.com.br/2014/02/dubrovnik-farmacia-mais-antiga-da-europa.html
http://isabelsilvaphotography.blogspot.com.br/2014/02/dubrovnik-farmacia-mais-antiga-da-europa.html
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
18 
Figura 2- Segredos médicos partilhados na antiguidade 
 
Fonte: http://nova-acropole.pt/a_segredos_medicos_antiguidade.html (Acesso em 
13/12/2017) 
Galeno (200 – 131 a.C.), ilustrado pela Figura 3, é considerado o Pai da Farmácia. Ele 
combatia as doenças por meio de substâncias ou compostos que se opunham diretamente 
aos sinais e sintomas das enfermidades, tendo sido o precursor da alopatia (PANDIT, 2008). 
 
Figura 3- Galeno, o pai da Farmácia 
 
Fonte: http://www.ahistoria.com.br/galeno/. (Acesso em 13/12/2017). 
 
Galeno estudou e escreveu bastante acerca de farmácia e medicamentos. Suas 
obras contemplam quatro centenas e meia de referências a fármacos, como observado por 
Dias (2005). Ele criou uma lista de remédios vegetais, aos quais denominou de "galênicos", 
sendo a maioria deles composta com vinho. Como estudioso, observador e metódico que 
era, Galeno classificou e usou as ervas de forma magistral, fazendo uso de preparações 
http://nova-acropole.pt/a_segredos_medicos_antiguidade.html
http://www.ahistoria.com.br/galeno/
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
19 
denominadas "teriagas", que eram feitas com vinho e ervas (DIAS, 2005). 
 
A primeira escola de farmácia data do século I, que deu início, inclusive, à legislação 
para o exercício da profissão. No século X, de acordo com Folch; Suñé; Valverde (1986 apud 
DIAS, 2005), foram criadas as primeiras boticas, assim chamadas há época, em países da 
Europa, como Espanha e França. São consideradas as precursoras das farmácias atuais. Aos 
boticários, os farmacêuticos da época, eram responsáveis por conhecer e curar as doenças, 
devendo cumprir, para o exercício da profissão uma série de requisitos e ter local e 
equipamentos adequados para a feitura e guarda dos remédios. 
 
Os autores (Op. cit.) observaram também que no século XVI, o estudo dos remédios 
ganhou impulso notável, com a pesquisa sistemática dos princípios ativos das plantas e dos 
minerais capazes de curar doenças. No século XVII, os mercadores de drogas, plantas 
medicinais e outros produtos propiciavam os ingredientes necessários ao boticário para a 
preparação das suas formulações. 
 
Com o advento das especialidades farmacêuticas industrializadas, que datam do 
início do século XX, o mercado passou a ser mais estruturado e economicamente 
interessante, uma vez que abriu espaço para que novas empresas fossem surgindo, de forma 
organizada. As décadas que se seguiram trouxeram um número crescente de especialidades 
farmacêuticas, crescimento do consumo de medicamentos e, finalmente, a extensão da 
segurança social a toda a população, como observa Dias (2005). 
 
4.2 A História da Farmácia no Brasil 
 
Como observa Pandit (2008), os primeiros povoadores, náufragos, degredados, 
aventureiros e colonos deixados por Martim Afonso se valeram de recursos da natureza para 
combater as doenças, curar ferimentos e neutralizar picadas de insetos. Como forma de 
combater a agressividade do ambiente e a hostilidade de algumas tribos indígenas, os 
primeiros europeus tiveram de contornar a adversidade com amabilidade, e foram 
aprendendo com os pajés a preparar os remédios da terra para tratar seus próprios males. 
 
Quando surgiam os remédios da "civilização", como assim chamavam, isto se dava 
quando expedições portuguesas, francesas ou espanholas apareciam com suas esquadras, e 
nelas sempre havia um cirurgião barbeiro ou algum tripulante com uma botica portátil, 
composta por drogas e medicamentos. 
 
Àquela época, a coroa portuguesa resolveu instituir no Brasil o governo geral, 
nomeando governador Thomé de Souza, que veio para a colônia com uma armada de três 
naus, trazendo ao todo aproximadamente mil pessoas que se instalaram na Bahia. 
 
O corpo sanitário da grande armada era composto apenas de um boticário, Diogo 
de Castro, com função oficial e com salário. Não havia nesta armada, porém, nenhum físico, 
denominação de médico na época. O físico-mor, só viria a ser instituído no segundo governo 
de Duarte da Costa, como observou Dias (2005). 
 
Dentre os irmãos destinados ao sul do País estava José de Anchieta, que logo 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
20 
tratou, junto com os demais jesuítas, de instituir enfermarias e boticas em seus colégios, 
colocando um irmão para cuidar dos doentes e outro para preparar remédios. José de 
Anchieta, Figura 4, foi o responsável por São Paulo, sendo considerado o primeiro boticário 
de Piratininga. 
 
Figura 4- Padre José de Anchieta 
 
Fonte:https://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2014/04/jose-de-anchieta-um-santo-
boticario.html (Acesso em 13/12/2017) 
 
Em princípio, como Pandit (2008) observou em seus estudos, os medicamentos 
vinham do reino já preparados. Entretanto, a pirataria do século XVI e as dificuldades da 
navegação impediam com frequência a vinda de navios de Portugal, sendo necessário 
reservar grandes provisões, como acontecia com São Vicente e São Paulo. Por estas razões, 
os jesuítas foram considerados os primeiros boticários da nova terra, e nos seus colégios as 
primeiras boticas onde o povo encontrava drogas e medicamentos vindos da metrópole bem 
como, remédios preparados com plantas medicinais nativas por meio da terapêutica dos 
pajés. 
 
As mais importantes boticas sob a direção dos jesuítas se localizaram na Bahia, 
Olinda, Recife, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo. No Maranhão, a botica era flutuante, 
como observou Pandit (2008): 
 
Por muito tempo, diz o padre Serafim Leite, as farmácias da companhia 
foram as únicas existentes em algumas cidades. E quando se estabeleceram 
outras, as dos padres, pela sua notável experiência e longa tradição, 
mantiveram a primazia. O colégio do Maranhão possuía uma farmácia 
flutuante, a Botica do Mar, bem provida, que abastecia de medicamentos 
os lugares da costa, desde o Maranhão até Belém do Pará. 
 
A botica mais importante dos jesuítas foi a da Bahia, que se tornou um centro 
distribuidor de medicamentos para as demais boticas dos vários colégios de Norte a Sul do 
País. Como a Bahia mantivesse maiores contatos com a metrópole, os padres conservavam a 
botica bem sortida e aparelhada para o preparo de medicamentos, iniciando-se nela, 
inclusive, o aproveitamento das matérias-primas indígenas. 
 
Os jesuítas possuíam um receituário particular, nos quais se podiam observar não só 
as fórmulas dos medicamentos como seus processos de preparação. Além disso, dispunham 
https://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2014/04/jose-de-anchieta-um-santo-boticario.htmlhttps://marcoaureliofarma.blogspot.com.br/2014/04/jose-de-anchieta-um-santo-boticario.html
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
21 
também método de obtenção de certos produtos químicos, como a pedra infernal (nitrato 
de prata), como observou Dias (2005) 
 
Os jesuítas chamavam de Tríaga Brasílica a penicilina da época. Eles conservavam 
secreta a sua forma de manipulação, usando-a contra mordidas de animais peçonhentos, 
além de várias doenças febris e, de modo especial, como antídoto contra venenos, à exceção 
dos corrosivos, como descrevem Folch; Suñé; Valverde (1986 apud DIAS, 2005). Considerada 
tão boa quanto aquela utilizada em Veneza, agia de forma rápida e eficaz, tendo ainda a 
vantagem de ser composta por várias drogas nacionais, de eficiência já comprovada. 
 
O colégio dos jesuítas da Bahia sofreu um terrível saque em meados de 1760, se 
imaginava encontrar algumas receitas particulares, dentre elas a famosa Tríaga Brazílica. 
Entretanto, tal receita não fora encontrada, tendo este feito ocorrido tempos mais tarde, 
quando do achado de uma coleção de várias receitas, incluindo os segredos particulares das 
principais boticas da companhia de Portugal, da Índia, de Macau e do Brasil, compostas e 
experimentadas pelos melhores médicos e boticários mais célebres (FOLCH; SUÑÉ; 
VALVERDE, 1986 apud DIAS, 2005). 
 
4.3 As Boticas do Brasil 
 
Pandit (2008) observou que a partir de 1640 as boticas tiveram o seu 
funcionamento autorizado, enquanto comércio. Naquele mesmo período, a sangria foi 
legalizada, resultando em competição entre os cirurgiões-barbeiros e os escravos 
sangradores. 
 
Uma vez tendo o seu funcionamento comercial autorizado, as boticas se 
multiplicaram, de Norte a Sul, sendo dirigidas por boticários aprovados em Coimbra pelo 
físico-mor, ou por seu delegado comissário na capital do Brasil, Salvador. Estes boticários 
obtinham com a máxima facilidade a sua "carta de aprovação". Tratava-se de profissionais 
empíricos, às vezes analfabetos, as que possuíam conhecimento de medicamentos 
corriqueiros. Pandit (2008), acerca disto, traz a seguinte ressalva: 
 
Por causa de toda essa "facilidade", muitas vezes lavadores de vidros ou 
simples ajudantes de botica requeriam exame perante o físico-mor ou seu 
delgado e, uma vez aprovados, o que geralmente acontecia, arvoravam-se 
em boticários, estabelecendo-se por conta própria ou associando-se a um 
capitalista ou comerciante, normalmente do ramo de secos e molhados, 
que alimentava a expectativa dos bons lucros no novo negócio. 
 
As primeiras farmácias no Brasil se configuravam conforme ilustra a Figura 5 a 
seguir. 
 
 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
22 
Figura 5- Configuração das primeiras farmácias brasileiras 
 
Fonte: http://portalhistoriadafarmacia.com.br/a-farmacia-no-Brasil Acesso em (13/12/2017) 
 
Em todas as cidades do Brasil, desde os primeiros tempos da colonização, os 
comerciantes de secos e molhados negociavam com drogas e medicamentos, não só para 
uso humano como para tratamento dos animais domésticos, aos cuidados dos alveitares, 
como eram chamados os veterinários da época. Raras eram as boticas legalmente 
estabelecidas, como advoga Pandit (2008), que diz: 
 
O comércio das drogas e medicamentos era privativo dos boticários, 
segundo o que estava nas "Ordenações", conjunto de leis portuguesas que 
regeram o Brasil durante todo o período colonial, reformada por D. Manuel 
e em vigor desde o princípio do século XVI, bem como por leis e decretos 
complementares. Foi com base nesta legislação que o físico-mor do reino, 
por intermédio de seu comissário de São Paulo, ordenou o cumprimento 
integral do regimento baixado em maio de 1744. 
 
Neste sentido a fiscalização do exercício dessa profissão passou a ser intensificada, 
uma vez que o regimento proibia terminantemente o comércio ilegal das drogas e 
medicamentos, estabelecendo pesadas multas e sequestro dos respectivos estoques. 
“Houve, busca e apreensões das mercadorias proibidas, que foram depositadas nas boticas 
locais. Foi um Deus nos acuda", assim afirma Pandit (2008). 
 
O referido regimento foi crido a partir de uma ordem do Conselho Ultramarino, cuja 
ordem fora dada ao Dr. Cypriano de Pinna Pestana, físico-mor do reino. Conforme a ordem, 
ele não deveria dar comissão a pessoa alguma, que no Brasil servisse por ele, devendo esta 
comissão ser dada a um médico formado pela Universidade de Coimbra. Deu-se ordem 
também para que se fizesse um regimento para os Boticários do dito estado, com atenção às 
distâncias, que ficavam as terras litorâneas, advertendo que tanto os ganhos dos seus 
comissários como os preços dos medicamentos nunca deveriam exceder o dobro dos preços 
praticados no reino e que, uma vez o regimento fosse elaborado, o mesmo deveria ser 
http://portalhistoriadafarmacia.com.br/a-farmacia-no-Brasil
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
23 
remetido ao Conselho. 
 
Tudo se faria de acordo com o regimento, desde o exame prestado pelos 
candidatos a boticários, bem como a inutilização das drogas eventualmente deterioradas, 
desde a sua chegada aos portos, e a fiscalização das boticas, até a legalização do profissional 
responsável, existência de balança, pesos e medidas, estado de conservação das drogas 
vegetais, principalmente as importadas, medicamentos galênicos, produtos químicos, 
vasilhames e, bem como, ocasionalmente, a existência de alguns livros. As inspeções das 
boticas seriam rigorosas, devendo ser realizadas a cada três anos. Este regimento foi 
considerado um modelo para a sua época. 
 
Apesar disto, os boticários de Portugal e das colônias portuguesas viviam em 
completo atraso e carência de reparo, tendo como guia a obsoleta Farmacopeia 
Ulissiponense Galênica e Química, de Joan Vigier, datada de 1716. Só em 1735 surgiu a 
Farmacopeia Tubalense Química Galênica, teórica e prática, de Manoel Rodrigues Coelho, 
boticário da corte, que visava ter seu trabalho autorizado pelo governo, o que, entretanto, 
não conseguiu. 
 
No ano de 1772 surgiu a obra de Frei João de Jesus Maria, monge beneditino e 
boticário do convento, sendo finalmente publicada por ordem de D. Maria I. Em 7 de abril de 
1794 foi mandada adotar a Farmacopeia Geral para o Reino de Portugal e Domínios, de 
autoria de Francisco Tavares, professor da Universidade de Coimbra, obra cujos preceitos 
não eram lícitos ao profissional se afastar, mesmo quando o próprio autor a reconheceu 
insuficiente, sendo por isso, o mesmo autor, levado a escrever uma Farmacologia, de acordo 
com o que observou Pandit (2008). 
 
A cidade de São Paulo, no ano de 1765 tinha três boticários, Francisco Coelho Aires, 
estabelecimento e moradia na Rua Direita, Sebastião Teixeira de Miranda na atual Rua 
Álvares Penteado e José Antônio de Lacerda, hoje a Praça da Sé. 
 
A Real Botica de São Paulo estava instalada onde hoje está o Vale do Anhangabaú, 
mais precisamente, onde hoje está o prédio central dos Correios e Telégrafos. O prédio para 
instalar esta primeira farmácia oficial da cidade foi construído em 1796 e demolido em 1916, 
como afirma Pandit (2008). Pandit afirma ainda que (2008): 
 
No tempo da Real Botica os remédios eram, na sua grande maioria, plantas 
medicinais, porém desde 1730 o brasileiro usava o mercúrio e o arsênico 
importados da Europa. O ópio, a escamoneia, a rosa, o sene, o manacá e a 
ipeca já faziam parte dos remédios necessários para funcionamento de uma 
botica. Pomadas e linimentos tinham grande consumo, aliás, o produto 
mais consumido era a pomada alvíssima, além do bálsamo católico, de 
Copaíba, e a Água Vienense, que só entrou em desuso no começo do século 
XX. 
 
 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
24 
Na Figura 6 a seguir, podemos observar a BoticaReal Militar, que foi criada por dom 
João VI em 1808, e atendia aos exércitos da Coroa. (Foto: Acervo Exército) 
 
Figura 6- Botica Real Militar 
 
Fonte: Acervo do Exército. Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/pesquisadoras-recuperam-
história-do-surgimento-do-farmacêutico-no-século-19 Acesso em 20/08/2018 
 
As Boticas do Rio de Janeiro, conforme Dias (2005), apresentavam um estilo de 
muito bom gosto, em relação ao comércio da época. Em vez de balcão, tinham bem no meio 
uma espécie de altar, com a frente ornamentada com pinturas e dourados. Era comum 
trazer na pintura alguma paisagem, um naufrágio ou um simples ramalhete de flores. Acima, 
no altar, a balança, os pesos, dois ou três livros velhos, oráculos, sem dúvida, da arte de 
curar. 
 
4.4 Os Estudos de Farmácia 
 
De acordo com Pandit, quando a família real portuguesa rumou para a colônia não 
havia ainda o País qualquer avanço científico, ao contrário de países como Alemanha, França 
e Itália. Não havia faculdades e as ciências de uma maneira geral eram privilégios daqueles 
que podiam ir estudar em Lisboa, Paris ou Londres. 
 
Com a vinda da família real, em 1803, o País, que ainda era colônia, adquiriu o 
direito de acompanhar os movimentos culturais e científicos que aconteciam no Velho 
Continente há mais de um século. “O primeiro passo largo rumo à modernidade foi 
encabeçado pelo príncipe regente D. João VI, que admirava os estudos de história natural, 
bem como o trabalho dos naturalistas” (PANDIT, 2008). Fazendo uma linha do tempo, Pandit 
(2008) destaca: 
 
 1808: Foram instituídos os estudos médicos no Hospital Militar da Bahia, por 
sugestão do cirurgião-mor do reino, Dr. José Correia Pincanço, futuro Barão de 
Goiana, com ensino de anatomia e cirurgia, porém o ensino de farmácia só se 
iniciou em 1824. 
 1809: com a intenção de formar médicos e cirurgiões para o Exército e Marinha, 
onde se concentrava a elite econômica da época, D. João VI instituiu o curso de 
medicina no Rio de Janeiro, composto pelas cadeiras de Medicina, Química, 
https://agencia.fiocruz.br/pesquisadoras-recuperam-história-do-surgimento-do-farmacêutico-no-século-19
https://agencia.fiocruz.br/pesquisadoras-recuperam-história-do-surgimento-do-farmacêutico-no-século-19
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
25 
Matéria Médica e Farmácia. 
 1814: publicação do primeiro livro oriundo do curso supracitado, escrito por José 
Maria Bontempo, primeiro professor de farmácia do Brasil, denominado 
"Compêndios de Matéria Médica". 
 1818: o farmacêutico português instalado no Rio de Janeiro, José Caetano de 
Barros abriu o ensino gratuito, voltado para médicos, boticários e estudantes no 
laboratório de sua farmácia. 
 1832: foi criada a Faculdade de Medicina, regularizando-se o ensino de farmácia. 
 1835: mediante decreto imperial, sancionado em 8 de maio, a Sociedade de 
Medicina foi transformada em Academia Imperial, e nela ficou instituída a seção 
de farmácia, o que elevou a classe farmacêutica à hierarquia científica, colocando-
a em igualdade aos demais ramos das ciências médicas. 
 1839: a Assembleia Legislativa de Minas Gerais decretou a lei nº 140, sancionada 
pelo então conselheiro Bernardo Jacinto da Veiga, criando duas Escolas de 
Farmácia, uma em Ouro Preto (Figura 7) e outra em São João Del Rei, destinada ao 
ensino de farmácia e da matéria médica brasileira. 
 1925: consolidação do ensino de farmácia, quando o curso passou a ser Faculdade 
de Farmácia, filiando-se à Universidade do Rio de Janeiro. 
 
Figura 7- Escola de Farmácia de Ouro Preto 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Farm%C3%A1cia_de_Ouro_Preto (Acesso em 
13/12/2017) 
 
4.5 De Boticário a Farmacêutico 
 
Apesar da criação de diversas instituições de ensino de farmácia no País, vale 
ressaltar que, no século passado, a passagem do comércio de botica para farmácia, não foi 
nada fácil, sobretudo em função do hábito advindo da cultura popular, que criava 
dificuldades em relação às mudanças que se estabeleciam. 
 
Pandit (2008) observa que a própria lei que regulamentava o efetivo exercício da 
profissão persistia em chamar os farmacêuticos de boticários. 
O Regimento da Junta de Higiene Pública, aprovado pelo decreto imperial 
número 829, de 29 de setembro de 1851, documento que regulamentava a 
profissão, fazia menção ao técnico da preparação dos medicamentos por 
meio da palavra "boticário", e não se pense que a expressão dissesse 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_de_Farm%C3%A1cia_de_Ouro_Preto
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
26 
respeito a profissionais sem diploma, pois o artigo 28 do referido regimento 
é claro: "os médicos, cirurgiões, boticários, dentistas e parteiras 
apresentarão seus diplomas..." (PANDIT, 2008). 
 
Esta confusão entre as nomenclaturas, farmacêuticos e boticários, teve o seu fim, 
quando surgiu o Decreto 2055, de dezembro de 1857, que estabelecia as condições para que 
os farmacêuticos, não habilitados, tivessem licença para continuar a ter suas boticas. 
 
A partir da segunda metade do século XIX, as boticas começam a ceder seu lugar às 
farmácias. As farmácias significavam a introdução de um novo padrão para o exercício dessa 
atividade, com espaços mais modernos, nos quais o cliente supunha uma formação 
acadêmica para o farmacêutico, como explana Pandit (2008). 
 
As maiores transformaões, no entanto, se deram entre o final do século XIX e o 
século XX, a partir do reconhecimento legal da profissão de farmacêutico, da especialização 
do saber com a criação das quatro primeiras escolas de farmácia mineiras – Ouro Preto, Juiz 
de Fora, Belo Horizonte, Alfenas, além da interação desta atividade com a pesquisa e com a 
indústria química. 
 
Até a década de 1930, a indústria nacional de medicamentos era em sua maioria de 
reduzidas dimensões, de origem familiar. Baseava-se no emprego de matérias-primas de 
origem vegetal e mineral, apresentando condições adequadas ao suprimento do mercado 
existente, àquela época bastante reduzidas. 
 
4.6 Criação dos Conselhos 
 
A criação do Conselho de Farmácia foi uma ordem dos farmacêuticos após a 2ª 
Semana de Farmácia em São Paulo, ocorrida em 1936. Já em 1957 foi encaminhado um 
projeto ao governo e em 11 de novembro de 1960 foram criados os Conselhos Federal de 
Farmácia (CFF) e o Conselho Regional de Farmácia (CRF). No ano de 1969, houve a reforma 
universitária com implantação do currículo mínimo. 
 
4.6.1 O Símbolo da Farmácia 
 
Como se pode observar na Figura, 8, a taça com a serpente nela enrolada é 
internacionalmente conhecida como símbolo da profissão farmacêutica. Sua origem 
remonta à antiguidade, sendo parte das histórias da mitologia grega. De acordo com as 
literaturas antigas, assim observou Pandit (2008), o símbolo da Farmácia ilustra o poder 
(cobra) da cura (taça). 
 
 
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
27 
Figura 8- Símbolo de farmácia 
 
Fonte: http://pharmaceuticoemfoco.blogspot.com.br/2011/10/significado-do-simbolo-da-
farmacia.html (Acesso em 13/12/2017) 
 
 
4.7 Conceitos Importantes 
 
Nesta seção tomaremos conhecimento acerca de alguns conceitos importantes 
fomentaram os estudos de farmácia. 
 
4.7.1 Plantas Medicinais 
 
Gomes e Reis (2003) observaram em seus estudos que a primeira forma de uso dos 
medicamentos efetuada pelo homem foi feita a partir da manipulação de plantas medicinais. 
Certamente que muitas descobertas foram feitas durante a procura por novas fontes de 
alimentos, mas, provavelmente, um número significativo foi devido à curiosidade e desejo 
natural de investigação, que é inerente ao ser humano. 
 
Algumas plantas foram reconhecidas como venenos, outras passaram a ter uso 
medicinal e outras para fins recreacionais (uva do vinho). Dentre os estudiosos da 
antiguidade, devemos destacar Galeno, que se aprofundou no estudo das plantas 
medicinais, escrevendovários livros sobre farmácia e farmacologia clínica. Na Figura 9 a 
seguir, podemos observar as plantas medicinais nativas da Amazônia 
 
 
http://pharmaceuticoemfoco.blogspot.com.br/2011/10/significado-do-simbolo-da-farmacia.html
http://pharmaceuticoemfoco.blogspot.com.br/2011/10/significado-do-simbolo-da-farmacia.html
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
28 
Figura 9- Plantas medicinais da Amazônia 
 
Fonte: https://www.vix.com/pt/bdm/medicina-alternativa/2257/plantas-medicinais-da-amazonia-e-
seus-beneficios (Acesso em 13/12/2017) 
 
Na atualidade, as plantas mais consumidas no mundo são: 
 
 Coffea arabica = café; 
 Nicotiana tabacu = tabaco; 
 Cola acuminata= bebidas tipo cola (Coca Cola, Pepsi, etc.). 
 
No Brasil: 
 
 Paulinia cupana = guaraná; 
 Ilex paraguariensis = mate. 
 
De acordo com Gomes e Reis (2003), existem cerca de 127 mil espécies diferentes 
de plantas no Brasil, sendo um grande número delas usadas com fins medicinais. 
Imaginando um rendimento de 0,001% na descoberta de novos remédios a partir de plantas 
brasileiras, se pode imaginar o surgimento de mais de 100 medicamentos genuinamente 
nacionais. São exemplos de plantas medicinais: camomila, boldo-do-chile, alecrim, alho, 
arnica, carqueja, erva-cidreira, malva, e sálvia. 
 
4.7.2 Medicamentos 
 
Os medicamentos (Figura 10) são produtos especiais, elaborados com a finalidade 
de diagnosticar, prevenir, curar doenças ou aliviar seus sintomas, sendo produzidos com 
rigoroso controle técnico, para atender às especificações determinadas pela Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 
 
 
https://www.vix.com/pt/bdm/medicina-alternativa/2257/plantas-medicinais-da-amazonia-e-seus-beneficios
https://www.vix.com/pt/bdm/medicina-alternativa/2257/plantas-medicinais-da-amazonia-e-seus-beneficios
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
29 
Figura 10- Medicamentos 
 
Fonte: http://www.hipolabor.com.br/blog/2014/12/19/hipolabor-explica-qual-diferenca-entre-
remedios-e-medicamentos/ (Acesso em 13/12/2017) 
 
Como observam Gomes e Reis (2003), o efeito do medicamento está atrelado a uma 
ou mais substâncias ativas com propriedades terapêuticas, que são reconhecidas 
cientificamente, fazendo parte da composição do produto, denominadas fármacos, drogas 
ou princípios ativos. Para tanto, são seguidas normas rígidas, de modo que os medicamentos 
sejam utilizados, desde a sua pesquisa e desenvolvimento, até a sua produção e 
comercialização. 
 
 Finalidade dos medicamentos: 
 
Os medicamentos têm como finalidade o alívio dos sintomas, a cura e prevenção 
das doenças, além do diagnóstico, conforme observaremos a seguir. 
 
No que diz respeito ao alívio dos sintomas, os medicamentos têm a função de 
diminuir ou até eliminar os sintomas, tais como: dor, febre, inflamação, tosse, coriza, 
vômitos, náuseas, ansiedade, insônia, etc., embora não atuem nas causas. Uma vez os 
sintomas sejam aliviados, o medicamento pode mascarar a doença, dando a falsa impressão 
de cura. Neste sentido, é importante que o médico seja consultado, bem como o 
farmacêutico. 
 
Quanto à cura das doenças, os medicamentos têm como função eliminar a causa de 
determinadas enfermidades, como infecções e infestações. São exemplos destes 
medicamentos os antibióticos, antihelmínticos (medicamentos contra vermes), 
antiprotozoários (medicamentos contra malária, giardíase e amebíase). Além disso, os 
medicamentos podem corrigir a função corporal deficiente, a partir de suplementos 
hormonais, vitamínicos, minerais e enzimáticos, etc. 
 
Os medicamentos atuam também na prevenção das doenças, auxiliando o 
organismo a se proteger de determinadas doenças. Alguns exemplos são: soros, vacinas, 
antissépticos, complementos vitamínicos, minerais e enzimáticos, profiláticos da cárie, etc. 
 
No que tange ao diagnóstico, os medicamentos auxiliam na detecção de 
determinadas doenças, além de avaliar o funcionamento de órgãos. Neste grupo estão os 
contrastes radiológicos, por exemplo. 
http://www.hipolabor.com.br/blog/2014/12/19/hipolabor-explica-qual-diferenca-entre-remedios-e-medicamentos/
http://www.hipolabor.com.br/blog/2014/12/19/hipolabor-explica-qual-diferenca-entre-remedios-e-medicamentos/
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
30 
4.7.3 Diferenças entre Remédio e Medicamento 
 
Nos estudos de Bresolin e Cechinel Filho (2010), observamos que no dia a dia é 
comum confundir as nomenclaturas remédio e medicamento, como se fossem sinônimas. 
No entanto, elas não significam a mesma coisa. 
 
Como afirmam os autores (Op. cit.), a ideia de remédio está associada a todo e 
qualquer tipo de cuidado utilizado para curar ou aliviar doenças, sintomas, desconforto e 
mal-estar. São chamados de remédios: banho quente ou massagem para diminuir as 
tensões; chás caseiros e repouso, em caso de resfriado; hábitos alimentares saudáveis e 
prática de atividades físicas, para evitar o desenvolvimento de doenças crônicas não 
transmissíveis; medicamentos para curar doenças, entre outros. 
 
Denominam-se medicamentos as preparações tecnicamente elaboradas em 
farmácias (medicamentos manipulados) ou indústrias (medicamentos industriais), que 
devem seguir determinações legais de qualidade, segurança e eficácia. 
 
Resumindo, um preparado caseiro com plantas medicinais pode ser um remédio, 
mas ainda não é um medicamento. Este, por sua vez, deve atender uma série de exigências 
do Ministério da Saúde, visando garantir a segurança dos consumidores. 
 
4.7.4 Como é Desenvolvido um Medicamento Atualmente? 
 
Bresolin e Cechinel Filho (2010) nos fazem lembrar de que antigamente, os 
medicamentos eram provenientes da natureza, em especial das plantas. Quanto a sua 
eficácia, só se poderia saber após o uso. Uma vez não eram testados cientificamente, nem 
sempre se podia ter certeza quanto a esta eficácia. 
 
Alguns medicamentos são empregados há muitos anos, como o ácido salicílico, por 
exemplo, extraído da casca do salgueiro, que é até hoje utilizado como esfoliante 
dermatológico. No final do século XIX, serviu como base para o desenvolvimento de outros 
fármacos, como o ácido acetilsalicílico (a aspirina). Este e outros medicamentos não 
passaram por processos e testes para verificar sua atividade, mas são respaldados pela 
tradição do seu uso e o seu “passado” (BRESOLIN; CECHINEL FILHO, 2010). 
 
Entretanto, se observa a importância de assegurar que sua fabricação seja feita com 
qualidade, além de continuar observando seu uso pela população, para ver se ocorrem 
efeitos indesejáveis ou perigosos nas pessoas. Atualmente, os medicamentos surgem em 
função de novas doenças ou de novas formas de combater aquelas já conhecidas. Acerca do 
seu uso, os autores observaram. 
 
Como foram introduzidos em uma época de maior desenvolvimento 
tecnológico, temos capacidade técnica para garantir que sejam seguros e 
eficazes. Assim, usá-los será mais vantajoso do que não usá-los. No século 
XX, a partir de meados dos anos 50, métodos específicos de pesquisa e 
avaliação de medicamentos começaram a ser desenvolvidos para atestar 
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
31 
propriedades fundamentais, como segurança, eficácia e qualidade 
(BRESOLIN; CECHINEL FILHO, 2010). 
 
Todo e qualquer medicamento, seja novo ou antigo, tem que ser: 
 
(1) Seguro, isto é, ter níveis aceitáveis de toxicidade; ser incapaz de representar 
uma ameaça ao usuário, porque a possibilidade de causar efeitos tóxicos 
injustificados é pequena; 
(2) Eficaz, isto é, que atinge os efeitos propostos; 
(3) De qualidade: esta é uma característica que precisamos conhecer e entender 
melhor. 
 
4.8 Formas Farmacêuticas (FF) 
 
A forma como um fármaco ou princípio ativo se apresenta como medicamento, é 
chamada de forma farmacêutica. Estaleva o fármaco até o organismo. Nas formas 
farmacêuticas, os fármacos e os auxiliares de formulação podem ser escolhidos e 
combinados de várias maneiras, podendo fornecer o melhor resultado. Muitas são as 
possibilidades de classificar as formas farmacêuticas, conforme será observado a seguir 
(Figura 11). 
 
 Sólidas: 
 
 Comprimidos, drágeas, cápsulas, pós e pílulas são formas orais; 
 Supositórios são formas para administração retal, ou seja, pelo ânus; 
 Óvulos devem ser introduzidos na vagina; 
 Existem ainda formas sólidas, que podem ser implantadas sob a pele, como 
alguns hormônios contraceptivos. 
 
 Semissólidas: 
 
 Unguentos, pomadas, cremes e pastas para aplicar na superfície do corpo. 
 
 Líquidas: 
 
 Soluções, xaropes e suspensões (via oral); 
 Emulsões e loções para a pele; 
 Colírios para os olhos; 
 Líquidos para injeção (devem ser estéreis). 
 
 Gases: 
 
 Líquidos inalatórios, que dão origem às formas gasosas, como alguns anestésicos, 
e gases medicinais (o oxigênio, por exemplo). 
 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
32 
Figura 11- Formas farmacêuticas (FF) 
 
Fonte: https://falecomofarmaceutico.wordpress.com/2015/01/03/formas-farmaceuticas-por-que-
existem-medicamentos-em-forma-de-capsulas-suspensao-cremes-e-tantas-outras/ (Acesso em 
13/12/2017) 
 
 As diferentes formas existem para: 
 
 Para facilitar a administração; 
 Garantir a precisão da dose; 
 Proteger a substância durante o percurso pelo organismo; 
 Garantir a presença no local de ação; e, 
 Facilitar a ingestão da substância ativa. 
 
Em alguns casos, as formas farmacêuticas servem para facilitar a administração de 
medicamentos por pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições especiais. Para 
uma criança, por exemplo, é mais fácil engolir gotas em um pouco de água do que engolir 
um comprimido, assim observaram Bresolin e Cechinel Filho (2010). 
 
4.9 Vias de administração 
 
A via de administração é a maneira como o medicamento entra em contato com o 
organismo, é a porta de entrada, podendo ser via oral (boca), retal (ânus), parenteral 
(injetável), dermatológica (pele), nasal (nariz), oftálmica (olhos), sublingual (embaixo da 
língua), dentre outras, como ilustra a Figura 12. 
 
Cada via é indicada para uma situação específica, e apresenta vantagens e 
desvantagens. Uma injeção, por exemplo, é sempre incômoda e muitas vezes dolorosa, mas, 
por outro lado, apresenta efeito mais rápido (BRESOLIN; CECHINEL FILHO, 2010). 
 
 
https://falecomofarmaceutico.wordpress.com/2015/01/03/formas-farmaceuticas-por-que-existem-medicamentos-em-forma-de-capsulas-suspensao-cremes-e-tantas-outras/
https://falecomofarmaceutico.wordpress.com/2015/01/03/formas-farmaceuticas-por-que-existem-medicamentos-em-forma-de-capsulas-suspensao-cremes-e-tantas-outras/
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
33 
Figura 12- Vias de administração 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2018) 
 
4.9.1 Tipos de Medicamentos 
 
Bresolin e Cechinel Filho (2010) estudaram os tipos de medicamentos, tais como 
alopatas, homeopatas, fitoterápicos, e suas diferentes funções e aplicações, conforme 
observaremos a seguir. 
 
 Alopatia: 
 
A Alopatia é a medicina tradicional, que consiste em utilizar medicamentos que vão 
produzir no organismo do doente uma reação contrária aos sintomas que ele apresenta, a 
fim de diminuí-los ou neutralizá-los. Observa-se, por exemplo, que se o paciente tem febre, 
o médico receita um remédio que faz baixar a temperatura. Em caso de dor, um analgésico. 
Os principais problemas dos medicamentos alopáticos são os seus efeitos colaterais e a sua 
toxicidade. 
 
 Homeopatia: 
 
A Homeopatia é uma palavra de origem grega, que significa Doença ou Sofrimento 
Semelhante. Trata-se de um método científico para tratamento e prevenção de doenças 
agudas e crônicas, no qual a cura se dá por meio de medicamentos não agressivos que 
estimulam o organismo a reagir e fortalecem seus mecanismos de defesa naturais. 
 
Os medicamentos homeopáticos (Figura 13) podem ser utilizados com segurança 
em qualquer idade, até mesmo em recém-nascidos ou pessoas com idade avançada, desde 
que com acompanhamento do clínico homeopata. Os medicamentos homeopáticos são 
preparados a partir de substâncias extraídas da natureza, que são provenientes dos reinos: 
mineral, vegetal ou animal. 
 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
34 
Figura 13- Medicamentos homeopáticos 
 
Fonte: http://www.renascerhomeopathia.com.br/Tira-duvidas/homeopatia-e-o-mesmo-que-
fitoterapia.html (Acesso em 13/12/2017) 
 
A homeopatia é um método de tratamento criado pelo médico alemão Samuel 
Hahnemann, em 1796, com base na Lei dos Semelhantes, citada pelo Pai da Medicina, 
Hipócrates no ano 450 a.C. De acordo com esta lei, os semelhantes se curam pelos 
semelhantes, isto é, para tratar um indivíduo que está doente, é necessário aplicar um 
medicamento que apresente (quando experimentado no homem sadio) os mesmos 
sintomas que o doente apresenta. Por exemplo, se uma pessoa sã ingerir doses tóxicas de 
certa substância, irá apresentar sintomas como dores gástricas, vômitos e diarreia. 
 
Contudo, se, por outro lado, for administrada essa mesma substância, preparada 
homeopaticamente, ao enfermo que apresenta dores gástricas, vômitos e diarreia, com 
características semelhantes àquelas causadas pela substância em questão, obtém-se, como 
resultado, a cura desses sintomas. 
 
 Fitoterapia: 
 
Fitoterapia vem do grego e quer dizer tratamento das doenças por meio das 
plantas. É uma cultura já conhecida e praticada desde as antigas civilizações. Alicerça-se no 
conhecimento e na experiência. Sabe-se que as plantas têm a capacidade de curar diversas 
doenças, em especial por conter princípios ativos. 
 
O medicamento fitoterápico é obtido empregando-se exclusivamente matérias-
primas ativas vegetais. Caracteriza-se pelo conhecimento da espécie vegetal, de sua eficácia 
e dos riscos de seu uso, assim como pela reprodutibilidade e constância de sua qualidade. 
 
Bresolin e Cechinel Filho (2010) chamam a atenção para o fato de que “não se 
considera medicamento fitoterápico aquele que, em sua composição, inclua substâncias 
ativas isoladas, ou seja, princípios ativos, de qualquer origem, nem as associações dessas 
com extratos vegetais”. 
 
Os medicamentos fitoterápicos apresentam efeitos terapêuticos, superiores aos 
medicamentos convencionais, mas com efeitos colaterais minimizados. A Valeriana 
(Valeriana officinalis), por exemplo, vem sendo usada no tratamento da insônia e depressão 
http://www.renascerhomeopathia.com.br/Tira-duvidas/homeopatia-e-o-mesmo-que-fitoterapia.html
http://www.renascerhomeopathia.com.br/Tira-duvidas/homeopatia-e-o-mesmo-que-fitoterapia.html
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
35 
leve e, ao contrário dos medicamentos convencionais, não provoca dependência e 
tolerância. No entanto, se ingerida em grandes quantidades e por tempo prolongado, pode 
ser tóxica para o fígado, donde se pode concluir que o fato de ser natural que não quer dizer 
que não possa fazer mal. 
 
4.9.2 Medicamentos de Referência, Genéricos, Similares e Manipulados 
 
A seguir, trataremos dos medicamentos denominados de referência, genéricos e 
similares, conforme estudos de Bresolin e Cechinel Filho (2010). 
 
 Medicamento de referência: 
 
Diz-se dos medicamentos de referência: 
 
[...] produto inovador, registrado no órgão federal responsável pela 
vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e 
qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal 
competente, por ocasião do registro, conforme a definição do inciso XXII, 
artigo 3º, da Lei n. 6.360, de 1976 (com redação dada pela Lei nº 9.787 de 
10 de fevereirode 1999. Disponível em: http://e-
legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=245). 
 
A inclusão de um produto farmacêutico na Lista de Medicamentos de Referência é 
uma forma de qualificá-lo como parâmetro de eficácia, segurança e qualidade para os 
registros de medicamentos genéricos e similares no Brasil, mediante a utilização deste 
produto como comparador nos testes de equivalência farmacêutica e/ou bioequivalência 
quando aplicáveis. 
 
Existem listas de medicamentos de referência que a Anvisa disponibiliza no seu 
endereço eletrônico, classificadas em A e B, como se observa a seguir. 
 
 A Lista A contém medicamentos de referência para fármacos isolados. Disponível 
em: 
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/2c937f0041bd09b69645d79d63c1a
945/Lista+A+F%C3%A1rmacos+Isolados+05-11-2013.pdf?MOD=AJPERES, 
atualizada em 05/11/2013. 
 
 A Lista B relaciona os medicamentos de referência para as associações. Disponível 
em 
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/f60f400041bd0a59964ed79d63c1a
945/Lista+B+Associa%C3%A7%C3%B5es+05-11-2013.pdf?MOD=AJPERES, 
atualizada em 05/11/2013. 
 
São os medicamentos que, geralmente, se encontram há bastante tempo no 
mercado e têm uma marca comercial conhecida, como, por exemplo, a Novalgina®, que é o 
medicamento de referência para o genérico Dipirona. 
http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=245
http://e-legis.anvisa.gov.br/leisref/public/showAct.php?id=245
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/2c937f0041bd09b69645d79d63c1a945/Lista+A+F%C3%A1rmacos+Isolados+05-11-2013.pdf?MOD=AJPERES
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/2c937f0041bd09b69645d79d63c1a945/Lista+A+F%C3%A1rmacos+Isolados+05-11-2013.pdf?MOD=AJPERES
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/f60f400041bd0a59964ed79d63c1a945/Lista+B+Associa%C3%A7%C3%B5es+05-11-2013.pdf?MOD=AJPERES
http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/f60f400041bd0a59964ed79d63c1a945/Lista+B+Associa%C3%A7%C3%B5es+05-11-2013.pdf?MOD=AJPERES
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
36 
 Medicamento genérico: 
 
O medicamento genérico tem como principais características: 
 
 É igual ao medicamento de referência e possui qualidade, eficácia terapêutica e 
segurança comprovadas através de testes científicos; 
 Não possui nome de marca, somente a denominação química de acordo com a 
Denominação Comum Brasileira (DCB); 
 Pode ser substituído pelo medicamento de referência pelo profissional 
farmacêutico ou vice-versa. 
 
De acordo com Bresolin e Cechinel Filho (2010), os genéricos podem ser produzidos 
a partir da renúncia da patente, que são concedidas por até 20 anos. Vencida a patente, essa 
tecnologia passa a ser de domínio público, quando poderão ser registrados medicamentos 
genéricos. Os autores afirmam ainda: 
 
A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de 
referência pelo seu genérico é assegurada por testes de bioequivalência 
realizados em seres humanos (o que garantem que serão absorvidos na 
mesma concentração e velocidade que os medicamentos de referência) e 
equivalência farmacêutica (que garantem que a composição do produto é 
idêntica ao do medicamento inovador que lhe deu origem). Essa 
intercambialidade somente poderá ser realizada pelo farmacêutico 
responsável, pela farmácia ou drogaria e deverá ser registrada na receita 
médica. 
 
Graças a estes testes, os medicamentos genéricos são intercambiáveis. Ou seja, 
acobertados pela lei, podem substituir os medicamentos de referência indicados nas 
prescrições médicas. A troca, quando o médico não prescrever diretamente o genérico, pode 
ser recomendada pelo farmacêutico responsável, nas drogarias, com absoluta segurança 
para o consumidor. 
 
Os medicamentos genéricos são identificados por uma grande letra "G" azul 
impressa sobre uma tarja amarela e, pela frase "Medicamento Genérico - Lei nº 9.787, de 
1999" logo abaixo do nome do princípio ativo que os identifica, como ilustra a Figura 14, 
podem. Os genéricos são, em média, 40% mais baratos que os medicamentos de Referência 
(ou inovadores), basicamente porque os fabricantes de medicamentos genéricos não 
necessitam fazer investimentos em pesquisas para o seu desenvolvimento, visto que as 
formulações já estão definidas pelos medicamentos de referência. 
 
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
37 
Figura 14- Medicamento genérico 
 
 
Fonte: http://www.farmaceuticas.com.br/medicamentos-genericos-similares-intercambiaveis-e-
referencia-confuso/ (Acesso em 13/12/2017) 
 
Outro motivo para os preços reduzidos dos genéricos diz respeito ao marketing uma 
vez que os seus fabricantes não necessitam fazer propaganda, já que não há marca a ser 
divulgada. O programa de medicamentos genéricos foi criado no Brasil em 1999, com a 
promulgação da Lei 9.787, formulada com o objetivo de implementar uma política 
consistente de auxílio ao acesso a tratamentos medicamentosos no País. Com preços no 
mínimo 35% menores que os medicamentos de marca, os genéricos já estão colaborando 
para que muitos brasileiros encontrem uma alternativa viável e segura para seguir as 
prescrições médicas corretamente. 
 
É importante ressaltar que as aquisições de medicamentos e as prescrições médicas 
e odontológicas de medicamentos, no que tange ao Sistema Único de Saúde (SUS), adotarão 
obrigatoriamente a Denominação Comum Brasileira (DCB), ou seja, pelo nome do princípio 
ativo. 
 
Por outro lado, na rede privada de saúde, a prescrição fica a critério do médico 
responsável, podendo ser realizada sob nome genérico ou comercial. Caso o prescritor tenha 
ressalvas quanto à substituição de medicamentos, deve explicitá-las na própria prescrição, 
de próprio punho, de forma clara, legível e inequívoca. 
 
 Medicamento similar: 
 
O medicamento similar possui as características descritas a seguir: 
 
 São produzidos após vencer a patente dos medicamentos de referência, sendo 
identificados por um nome de marca; 
 Possuem eficácia, segurança e qualidade comprovadas a partir de testes 
científicos; 
 São registrados pela Anvisa. 
 
Os produtos similares são aqueles que têm apenas equivalência farmacêutica com 
os produtos inovadores. Por lei, são obrigados a apresentar testes que comparam a sua 
http://www.farmaceuticas.com.br/medicamentos-genericos-similares-intercambiaveis-e-referencia-confuso/
http://www.farmaceuticas.com.br/medicamentos-genericos-similares-intercambiaveis-e-referencia-confuso/
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
38 
biodisponibilidade com a biodisponibilidade dos inovadores, mas sem a exigência de que 
sejam estatisticamente iguais. Eles possuem o mesmo fármaco e indicação terapêutica do 
medicamento de referência, entretanto podem diferir em características relativas ao 
tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e 
veículos. 
 
Os medicamentos similares não podem ser substituídos pelo medicamento de 
referência nem pelo medicamento genérico. Comparando o exemplo anterior, o similar da 
NOVALGINA® pode ser, por exemplo, Anador, Dipigina, Nevraldor, Magnopyrol, etc. 
 
 Medicamento manipulado: 
 
São aqueles produzidos mediante apresentação de receita médica, com dose e 
quantidade adequadas evitando que o paciente tome várias cápsulas ao mesmo tempo 
(Figura 15). Observam-se a seguir as suas principais características (Figura 16): 
 
 As doses são individualizadas; 
 Além de ter um custo mais acessível, é prescrito na quantidade e doses exatas 
para o tratamento, evitando perdas; 
 Propicia o uso de medicamentos não disponibilizados pela indústria farmacêutica; 
 Associa, quando viável, princípios ativos diferentes em uma mesma fórmula, 
evitando que o paciente utilize vários medicamentos. 
 
Figura 15- Medicamentomanipulado 
 
Fonte: https://goldmedicamentos.wordpress.com/ (Acesso em 13/12/2017) 
 
 
 
https://goldmedicamentos.wordpress.com/
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
39 
Figura 16- Características dos medicamentos manipulados 
 
 
Fonte: Elaborada pelo autor (2018) 
 
4.9.3 Farmácias e Drogarias 
 
Como observaram Gomes e Reis (2003), os medicamentos, por serem produtos que 
necessitam de uso especial, possuem uma Lei Federal que determina que somente devam 
ser comercializados em locais específicos, ou seja, farmácias e drogarias, que são 
considerados estabelecimentos de saúde, devendo possuir um farmacêutico como 
responsável técnico, com autorização da Vigilância Sanitária e do Conselho de Farmácia. 
 
 Diferença entre Farmácias e Drogarias: 
 
 Farmácias: estabelecimentos de saúde que comercializam e orientam sobre o 
uso de medicamentos manipulados. 
 Drogarias: estabelecimentos de saúde que comercializam e orientam sobre o uso 
de medicamentos industriais. 
 
 Serviços farmacêuticos que podem ser prestados nas farmácias e drogarias: 
 
 Orientação sobre o uso do medicamento; 
 Administração de medicamentos (nebulização, aplicação de injetáveis e uso 
oral); 
 Acompanhamento da pressão arterial e temperatura; 
 Monitoramento da glicemia capilar por meio de autoteste. 
 
 
Módulo 1 Técnico em Farmácia 
40 
REFERÊNCIAS 
BRESOLIN, T.M.B.; CECHINEL FILHO, V. (Organizadores). Fármacos e medicamentos: uma 
abordagem multidisciplinar. São Paulo: Santos, 2010. 
 
DIAS, J. P. S. A farmácia e a história uma introdução à história da farmácia, da farmacologia 
e da terapêutica. História e sociologia da farmácia. Lisboa: Faculdade de Farmácia da 
Universidade de Lisboa, 2005. 
 
GOMES, M. J. V. M.; REIS, A. M. M. Ciências farmacêuticas: uma abordagem em farmácia 
hospitalar. São Paulo: Atheneu, 2003. 
 
PANDIT, N. K. Introdução às ciências farmacêuticas. Porto Alegre: Artmed, 2008. 
 
 
TÉCNICO EM FARMÁCIA MÓDULO 1 
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ANOTAÇÕES: _____________________________________________________________ 
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