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Restos de invertebrados indicadores ambientais

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UTILIZAÇÃO DE RESTOS E 
FRAGMENTOS DE INVERTEBRADOS 
MARINHOS COMO INDICADORES DE 
PARÂMETROS AMBIENTAIS
MARCUS VINICIUS PERALVA SANTOS
Salvador – Bahia
Abril/2011
ORIENTAÇÕES
- Procedimentos em Laboratório: Calça comprida, tênis
fechado, jaleco.
- Frequência: Tolerância de 20 minutos para assinatura da
frequência;
- Intervalo: 20 minutos entre a 1ª e 2ª parte do mini-curso;
- Certificados: Serão entregues no último dia do mini-curso
(minímo de 75% de frequência).
- Material do minicurso: Será enviado posteriormente via e-
mail a todos os inscritos.
- Sedimento – Produto da interação de fatores mesológicos.
Permite classificá-lo quanto a origem, agentes de deposição e
outros (TINOCO, 1989).
- Tipos de Sedimento
- Sedimento Biogênico: estruturas biomineralizadas com
feição reconhecível, fragmentos esqueletais (TINOCO,1989;
LEES & BULLER, 1972 apud NETTO, 2002).
- Sedimento Siliciclástico: minerais e fragmentos de rochas
precipitados inorganicamente.
- Tipos de Sedimento
Figura 1 – Sedimentos siliciclásticos Figura 2 – Sedimentos bioclásticos
SANTOS, 2008
METODOLOGIA PARA COLETA DOS COMPONENTES BIOGÊNICOS
Figura 3 - Procedimentos em 
campo
SANTOS, 2008
SANTOS, 2008
SANTOS, 2008 SANTOS, 2008
METODOLOGIA PARA COLETA DOS COMPONENTES BIOGÊNICOS
Figura 4 – Procedimentos em laboratório
SANTOS, 2008 SANTOS, 2008
SANTOS, 2008 SANTOS, 2008 SANTOS, 2008
1 – Algas coralinas
*Extraído de MAFATEC, 2008
- Vegetais fotossintetizantes de
pigmentação vermelha, marrom ou
verde.
- Se tornam componentes biogênicos
ao morrerem ou ainda vivos
(MARAMATSU e SILVEIRA, 2008).
- A alga como um todo se torna
sedimento biótico .
Figura 5 – Algas calcárias
1 – Algas coralinas
- Feição Esqueletal: Grãos de formato cilíndrico liso e opaco
(MILLIMAM, 1974).
Figura 6 – Categoria biogênica Alga
SANTOS, 2008 SANTOS, 2008
SANTOS, 2010
1 – Algas coralinas
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A
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4
Figura 7 – Exemplares da alga calcária 
verde Halimeda cuneata
- Entre as algas calcárias verdes
destaca-se o gênero Halimeda.
- Feição Esqueletal: Grão branco
leitoso, em forma de placa, com poros
pequenos (queijo suíço).
- Utilizadas na potabilização de águas,
agricultura, tratamento de lagos, em
rações, etc.
1 – Algas coralinas
- Feição Esqueletal: Grão poroso de coloração branco leitoso com
aparência de “queijo suíço” (MILLIMAM, 1974).
Figura 8 – Exemplares da alga calcária verde Halimeda
SANTOS, 2008SANTOS, 2010
2 – Espículas de Porífero
- Organismos sésseis desprovidos
de órgãos compostos por
variados poros em sua superfície
(RUPPERT e BARNES, 1996).
- Se tornam componentes
biogênicos geralmente logo após
a morte.
- Espículas calcárias ou silicosas e
as fibras de espongina se tornam
sedimento biótico.
*extraída de Brusca & Brusca, 2007
Figura 9 - Esqueleto de espículas da esponja
asconóide Leucosolenia
- Feição Esqueletal: Grão cilíndrico liso e transparente (MILLIMAM,
1974).
2 – Espículas de Porífero
Figura 10 – Categoria biogênica espícula de
porífero
SANTOS, 2010
3 – Fragmentos de Briozoário
- São animais microscópicos e
coloniais que vivem presos a
substratos duros (RUPPERT e
BARNES, 1996).
- Se tornam componentes
biogênicos ao morrerem ou ainda
vivos quando quebrados,
principalmente por peixes
(STEBBINS et. al. 2002).
- Toda a colônia se torna
sedimento biótico.
- Feição Esqueletal: Estrutura
composta por vários indivíduos
(zoécios), sem estrutura septal
(MILLIMAM, 1974).
Figura 11 –Exemplares fósseis do briozoário Cupuladria 
haidingeri 
3 – Fragmentos de Briozoário
- Feição Esqueletal: Estrutura composta por vários indivíduos
(zoécios), sem estrutura septal. Podem formar lâminas (incrustantes)
ou ramos (ramificados) (MILLIMAM, 1974).
Figura 12 – categoria biogênica briozoário. Fragmento e mecanismo de 
uma colônia. 
SANTOS, 2010
4 – Fragmentos de Coral
- Cnidários sésseis
exclusivamente marinhos.
(BRUSCA e BRUSCA, 2007).
- Se tornam componentes
biogênicos quando vivos ou
mortos.
- O esqueleto calcário é a única
estrutura a se tornar sedimento
biótico.
*Extraída de Biello, 2008
Figura 13 – Variedade de corais
4 – Fragmentos de Coral
- Feição Esqueletal: Grão com septos internos dispostos em
diagonal ou perpendiculares a superfície do grão (MILLIMAM,
1974).
Figura 14 – Detalhes da superfície de um coral
4 – Fragmentos de Coral
- Feição Esqueletal: Grão com septos internos dispostos em
diagonal ou perpendiculares a superfície do grão (MILLIMAM,
1974).
Figura 15 – Categoria biogênica - coral
5 – Testas de Foraminífero
- São protozoários unicelulares,
constituídos por uma testa onde
se encontra o citoplasma.
- Se tornam componentes
biogênicos ao morrerem,
deixando suas testas.
- Feição Esqueletal: Testa em
forma de disco ou cone, sendo a
face interna dividida em câmaras
(MILLIMAM, 1974).
- Gênero Homotrema - grão de
coloração avermelhada a rosa
frequentemente incrustado em
outros grãos (MILLIMAM, 1974).
*Extraída de Hallock, 2008.
Figura 16 – Exemplares de testa do
foraminífero Amphistegina gibbosa.
5 – Testas de Foraminífero
Figura 17 – Exemplares diversos de testas de foraminíferos bentônicos (à esquerda) e do 
gênero Homotrema (à direita) . 
SANTOS, 2010 SANTOS, 2010
6 – Conchas de Molusco
- Animais aquáticos ou terrestres
cujo corpo é coberto por uma
concha (RUPPERT e BARNES,
1996).
- Se tornam componentes
biogênicos ao morrem.
- Somente a concha calcária e o
opérculo se tornam sedimento
biótico.
- Feição Esqueletal dos
Gastrópodos: Concha enrolada
em forma de cone tendo a face
interna lisa e não dividida em
câmaras. A face externa pode ser
ornamentada (MILLIMAM, 1974).
*Extraído de Silva, 2005
Figura 18 – Exemplares fósseis da
concha do gastrópodo Cancellaria sp.
6 – Conchas de Molusco
- Feição Esqueletal dos Bivalves: Grão
em forma de placa curva com a
superfície interna lisa e superfície
externa áspera (MILLIMAM, 1974).
- Feição Esqueletal dos Escafópodos:
Grão cilíndrico ligeiramente curvo,
com abertura em suas extremidades
(MILLIMAM, 1974).
*
Extraídos de Silva, 2005
Figura 19 – Exemplares de concha de
moluscos bivalves e escafópodos
7 – Tubos de Poliqueta
-
- Vermes de corpo segmentado,
principalmente marinhos, de vida
livre ou comensais.
- Se tornam componentes
biogênicos ao morrerem.
- Deixam tubos e o exoesqueleto.
- Feição Esqueletal: Grão
cilíndrico com diâmetro igual ao
longo de todo o tubo
(MILLIMAM, 1974).
*E
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 S
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, 20
05
.
Figura 20 – Exemplares de tubo de
poliqueta
7 – Tubos de Poliqueta
- Feição Esqueletal: Grão
cilíndrico com diâmetro
igual ao longo de todo o
tubo (MILLIMAM, 1974).
Figura 21 – Categoria biogênica -
Poliqueta SANTOS, 2010
8 – Exoesqueleto e Espinho de Ouriço-do-mar 
- Organismos caracterizados
pela presença de espinhos ao
redor do corpo (BRUSCA e
BRUSCA, 2007).
- Se tornam componentes
biogênicos ao morrerem.
- Deixam o exoesqueleto e seus
espinhos (STEBBINS et. al.
2002).
- Feição Esqueletal: Grão
cilíndrico ornamentado por
sulcos e lâminas (costelas)
(MILLIMAM, 1974).
*E
xtra
ído
 de
 S
ilva
, 20
05
Figura 22 – Exemplares fósseis de Acrosalenia sp.
9 – Exoesqueleto de Caranguejo
- Organismos aquáticos e/ou
terrestres com um exoesqueleto
quitinoso (RUPPERT e BARNES,
1996; STEBBINS et. al, 2002)
- Se tornam componentes
biogênicos ao morrerem e ao
realizarem ecdise.
- Exoesqueleto é a única
estrutura deixada como
sedimento biótico.
*
E
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7.
Figura 23 – Caranguejo de água doce
Aegia schmitti.
9 – Exoesqueleto de Caranguejo
- Feição Esqueletal: Grão em
forma de placa curva, sendo sua
face interna lisa e a face externa
pode conter nódulos, espinhos
ou cerdas (MILLIMAM, 1974).
Figura 24 – Categoria biogênica -
Caranguejo SANTOS, 2010
10 – Exoesqueleto de craca
- Crustáceo séssil exclusivamente
marinho, envolto por placas e um
óperculo.
- Se torna componente biogênico
ao morrer deixando seu
exoesqueletoe opérculo.
- Feição Esqueletal: Superfície
lisa na face interna e
possivelmente àspera na face
externa (MILLIMAM, 1974).
* E
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, 20
05
Figura 25 – Exemplares fósseis de
craca
- Fatores que influenciam a distribuição ecológica e geográfica dos
organismos: Biológicos (Predação, nutrição e etc.), Físicos
(Temperatura, Energia radiante, Marés e etc) e Químicos
(Salinidade, OD, pH).
- Pós morte (Fatores Tafonômicos – dissolução, fraturamento,
bioerosão).
- Ação Hidrodinâmica.
- Transporte: Tração e/ou Suspensão e/ou Saltação (POPP, 2002).
- Bernal et. al. (2006) estudou os bancos recifais de Salmedina na
Colômbia. (Variáveis ligadas a sedimentação: temperatura, vento
e salinidade).
- Bonsence (1976) verificou que os bancos de algas livres da
Irlanda são influenciados pela luminosidade e pela força das
correntes.
- Leão (1995, apud MORAES, 2001) descreve as principais ameaças
aos recifes: homem e variações no mar. (Aumento dos sedimentos
e conseqüente produção de muco).
Biomineralização:
- Formação de minerais pela ação de organismos que convertem 
íons em materiais sólidos. 
- Importância: Ciclos biogeoquímicos (C); exploração mineral 
(produção de protéses dentárias, ração animal e etc.
- Bioerosão (Desagregação das estruturas biomineralizadas)
Biomineralização:
- Bioerosão (Desagregação das estruturas biomineralizadas)
Figura 26 – Restos e fragmentos de conchas de moluscos bioerodidas (LOPES e
BUCHMANN, 2008).
Emprega-se o estudo dos componentes biogênicos do sedimento
para as seguintes finalidades:
1) Análise da Energia Hidrodinâmica (Distribuição dos grãos);
2) Análise Espaço-Temporal (Testemunhos - litofácies);
Figura 27 – Testemunhos obtidos em ambiente terrestre
Emprega-se o estudo dos componentes biogênicos do sedimento
para as seguintes finalidades:
1) Análise da Energia Hidrodinâmica (Distribuição dos grãos);
2) Análise Espaço-Temporal (Testemunhos - litofácies);
3) Análise Físico-Química do ambiente (Desgastes);
4) Análise da taxa de sedimentação (Projeto Jacuípe);
Limitações: Fenômenos ambientais (Tempestades, secas).
Estudos com componentes biogênicos podem ser realizados por
duas vertentes:
1) Forma Conjunta
2) Forma Isolada
Ambos os métodos de estudos têm grande importância
estratigráfica.
Vai depender dos 
objetivos do seu estudo
Tinoco (1972) publicou o artigo “Sugestões para o estudo dos
componentes bióticos dos sedimentos marinhos recentes” - método
de estudo adaptado a partir de Drooger, Kaasschieter e Walton, onde
os grãos eram agrupados segundo suas características, abundância e
quantidade.
Lees e Buller (1972) agruparam os sedimentos carbonáticos de
regiões tropicais em uma associação chamada chlorozan (predomínio
de fragmentos de corais, Halimeda, Udotea e Penicillus, moluscos, e
secundariamente algas coralinas não geniculadas e foraminíferos.
Tinoco (1989) publicou o livro “Introdução ao estudo dos
componentes bióticos dos sedimentos marinhos recentes”.
Martins et al. (1974) ao estudar os sedimentos da margem
continental Atlântica da América do Sul desde o Amapá (Brasil) até a
Tierra Del Fuego (Argentina), estabeleceram 4 tipos principais de
domínios sedimentares para a plataforma continental, entre eles
áreas com sedimentos biogênicos.
Machado (1977) verificou que na Praia de Inema, costa leste da BTS,
existia uma alta percentagem em peso de carbonato, sempre
superior a 70%, sendo este valor oriundo da elevada quantidade de
componentes biogênicos aí presentes, incluindo-se os fragmentos de
moluscos, corais, tubos de vermes, ostracodes, foraminíferos e algas
calcárias.
Carannante et al. (1988) descreve não existir na plataforma brasileira,
a associação chlorozan descrita por Lees e Buller (1972). A plataforma
brasileira encontra similaridades com os sedimentos de regiões
temperadas, onde há o predomínio de algas não-geniculadas,
briozoários, bivalves, foraminíferos, cirrípedes, entre outros, ao qual
foi designado como associação rhodoalgal.
Rebouças (2006), estudando as areias de praias entre os rios
Jequiriça e Tijuípe encontrou uma composição biogênica variando de
70 a 100% em trechos das ilhas de Tinharé e Boipeba, tendo a
categoria alga Halimeda as maiores concentrações da área, seguida
pelas algas coralinas e os moluscos. A autora pôde evidenciar ainda
que tais sedimentos têm fontes localizadas e que não sofrem
transporte lateral.
Segundo Cavalcanti (2008), na época do estudo, nos estados do
Maranhão e Bahia existiam um total de 119 áreas em que existiam
requerimentos para o estudo dos granulados bioclásticos aí
existentes.
Lima, Vital e Srivastava (2008), caracterizando os sedimentos
biogênicos da área de Galinhos a Porto do Mangue, no Rio Grande
do Norte, reconheceram duas gerações temporais deste tipo de
sedimento: grãos atuais (claros) e grãos relíquias (escuros).
Nascimento (2008), estudando a margem continental de Sergipe
defronte ao rio São Francisco, verificou o predomínio de algas
calcárias, moluscos, foraminíferos, equinodermos, crustáceos e
briozoários na área de estudo. Os grãos tinham uma maior
representatividade à medida que se afastavam da costa e foram
encontrados dois tipos temporais de bioclastos: os atuais (com
melhor preservação) e os relíquias (desgastados, podendo
apresentar perfurações e incrustações).
Santos (2008), estudando o topo recifal de Guarajuba, identificou os
principais grupos e a sua distribuição espacial, correlacionando-as à
influencia da energia hidrodinâmica.
Poggio et al. (2009), estudando os componentes bióticos do canal
de Salvador (BTS), verificaram que a ocorrência destes grãos era
inversamente relacionada à profundidade e diretamente
relacionada ao teor de carbonato. Analisando-se a freqüência dos
grãos atuais e relíquia, verificou-se o predomínio dos grãos atuais
nas amostras localizadas na porção interna do canal e dos grãos
relíquias nas estações externas.
Segundo Cavalcanti (2010), há atualmente no Brasil mais de 1.000
títulos em andamento relacionados aos granulados calcários
bioclásticos e à dificuldade encontrada pelo país para firmar o ramo
da mineração marinha, mesmo tendo uma Zona Econômica
Exclusiva (ZEE) extensa, com 3,5 milhões de quilômetros quadrados.
ANO AUTOR LOCAL
1969 - KEMPF BRASIL (N e NE)
1972 - TINOCO 
LEES e BULLER
BRASIL 
Regiões Tropicais
1974 - MARTINS et al. BRASIL, URUGUAI e ARGENTINA
1976 - BOSENCE IRLANDA
1977 - MACHADO BRASIL (SSA)
1988 - CARANNANTE et al. BRASIL
1989 - TINOCO BRASIL
2002 - NETTO BRASIL
2006 - REBOUÇAS BRASIL (BA)
2007 - BARBOSA BRASIL (PE)
2008 - CAVALCANTI
LIMA, VITAL e SRIVASTAVA
NASCIMENTO
SANTOS
BRASIL (MA e BA)
BRASIL (RN)
BRASIL (RN)
BRASIL (BA)
ANO AUTOR LOCAL
2009 - POGGIO et al. BRASIL (SSA)
2010 - CAVALCANTI
PEREIRA et al.
COSTA et al.
MELO, AMARAL E SANTOS
SANTOS et al.
SANTOS
BRASIL
BRASIL (RN)
BRASIL (CE)
BRASIL (RN)
BRASIL (SSA)
BRASIL (SSA)
Nota: Em vermelho os trabalhos que encontram-se em andamento, mas cujos
resultados preliminares já foram publicados.
- Observação de Estruturas Esqueléticas Macroscópicas
(Equinodermos, Moluscos, Cracas, Algas);
- Observação de Estruturas Esqueléticas Microscópicas
(Foraminíferos, Ostracodes, Tubos de Poliqueta, etc...);
- Pesagem e triagem dos componentes biogênicos;
- Análise de Aspectos Tafonômicos (Arredondamento, Coloração
e Desgastes);
- Debate sobre os resultados encontrados.
PARTE PRÁTICA 01/04/11 – 09/04/11
1) Triagem dos Componentes Biogênicos;
2) Identificação dos Componentes Biogênicos;
3) Análise do Grau de Arredondamento;
4) Análise da Coloração;
5) Análise do Estado de Preservação;
N = Natural (Sem desgastes)
A = Abrasão (Furos, Arranhões)
D = (Dissolução)
Q = (Quebramento)
M = (Misto – Mais de um dos estados de preservação)
6) Análise da Sedimentação;
Atuais = Coloração Clara
Relíquias = Coloração Escura
ESTUDO DE CASO 1:
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS COMPONENTES 
BIOGÊNICOS DA PRAIA DE GUARJUBA – LITORAL 
NORTE DA BAHIA (2008)
ESTUDO DE CASO 2:
CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA PRAIADE 
ITAPUÃ: O USO DOS COMPONENTES BIOGÊNICOS DO 
SEDIMENTO NA INTERPRETAÇÃO DE PARÂMETROS 
AMBIENTAIS (2010)
ANÁLISE DOS PRINCIPAIS 
COMPONENTES BIOGÊNICOS DA 
PRAIA DE GUARAJUBA – LITORAL 
NORTE, BAHIA
Orientadora: Prof. Dra. Simone Souza de Moraes
Co-Orientadora: Prof. Msc. Maili Correia Campos 
LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
Marcus Vinicius Peralva Santos
OBJETIVOS
- Conhecer as características ambientais da praia de Guarajuba
através da análise dos componentes biogênicos do sedimento.
– Identificar e quantificar os componentes biogênicos do local
– Descrever a distribuição dos componentes biogênicos da
localidade
– Avaliar a influência da energia hidrodinâmica na área de estudo.
ÁREA DE ESTUDO
- Localizada no Litoral Norte do Estado da Bahia a 42 Km do
Aeroporto de Salvador, Rodovia BA -099 (BRITO, 2008);
- Inserida na Área de Proteção Ambiental Lagoas de Guarajuba
(APA), área constituída pela resolução Cepram nº378 de
27/2/1991 (BRITO, 2008);
Figura 13 – Topo recifal de Guarajuba
ÁREA DE ESTUDO
Figura 14 – Área de estudo. A. Localização dos recifes do Litoral Norte do Estado da Bahia
(Modificado de Leão et al., 1997 e Kikuchi & Leão, 1998); B. Foto aérea da Praia de Guarajuba
(Google Maps, 2008); e C. Detalhes do topo do recife de Guarajuba.
METODOLOGIA
1 – Procedimentos no Campo:
- Topo recifal subdividido em transectos;
- Pontos amostrais de numeração 1 próximos ao pós-recife e
pontos de numeração 5 próximos à frente recifal;
- Pontos localizados via GPS, distantes a aproximadamente 20 ms.;
Giovanni Evangelista Giovanni Evangelista
Figura 15 – Pote com
amostra de sedimento
Figura 16 – Coleta de amostras no
topo recifal
METODOLOGIA
- Amostras tratadas com solução de Rosa de Bengala;
- Amostras guardadas em potes plásticos com aproximadamente 
300g. e acondicionadas em isopor com gelo;
Giovanni Evangelista
Giovanni Evangelista
Figura 17 – Identificação das amostras
coletadas Figura 18 – Aplicação do corante
Rosa de Bengala
METODOLOGIA
2 – Procedimentos no Laboratório:
2.1 – Preparação das Amostras:
- Amostras mantidas em geladeira a 5º C;
- Lavagem sob água corrente em peneira de espaçamento 
0,062mm (sais e corantes);
- Transferência para béqueres e secagem em estufa a 60ºC;
Figura 19 – Sacos identificados e lâminas
de identificação
METODOLOGIA
2.2 – Triagem dos Componentes Biogênicos:
- Retirada de um a três gramas de sedimento seco por pesagem em
balança analítica.
- Triagem e quantificação dos 300 primeiros grãos de origem
biogênica.
- Grãos fixados em lâminas com o uso de goma arábica para
posterior identificação.
Figura 20 – Materiais de laboratório -
METODOLOGIA
2.3 – Identificação dos Componentes Biogênicos: 
- Para a identificação foi utilizada a chave de identificação de
Millimam (1974), mais bibliografias complementares, como Rios
(1994), Stebbins et. al. (2002) e Brusca e Brusca (2007).
- Principais categorias:
Figura 21 – Algas calcárias Figura 22 – Algas Halimeda Figura 23 – Espinhos de
Equinodermos
METODOLOGIA
Figura 24 – Testas de
foraminíferos
Figura 25 - Foraminíferos
Homotrema
Figura 26 – Fragmento de
Coral
Figura 27 – Exemplares de
Briozoário
Figura 28 – Valva de Bivalve Figura 29 – Concha de
escafópodo
METODOLOGIA
Figura 30 – Exemplares do
gastrópodo Caecum brasilicum
Figura 31 – Exemplar de
gastrópodo
Figura 32 – Fragmento de
craca
Figura 33 – Exemplar de
exoesqueleto de caranguejo
Figura 34 – Tubos de poliqueta Figura 35 – Opérculos de 
gastrópodo
METODOLOGIA
Figura 36 – Exoesqueleto de
Ostracóide
Figura 37 – Exemplar de
arqueogastrópodo
Figura 38 – Exemplar de
arqueogastrópodo
METODOLOGIA
2.4 – Análise Granulométrica:
- Obtenção de subamostras de cada uma das 29 amostras;
- Pesagem em balança analítica;
- Peneiramento no ROTAP por 10 minutos;
- Material retido pesado e guardado em sacos identificados;
Figura 39 – Aparelho ROTAP
METODOLOGIA
3 – Análise Estatística:
3.1 – Frequência absoluta
3.2 – Frequência relativa
N = Nº individuos de uma categoria
N = Nº total de categorias obtidas na amostra
Para a interpretação dos resultados obtidos foi adotado a escala de Dajoz (1983):
-Principais: Valores acima de 5%
-Acessórias: Valores entre 4,9 e 1%
-Traços: Valores inferiores a 1%
METODOLOGIA
3.3 – Qui – Quadrado (2)
Fo = Freqüência observada Fe = Freqüência esperada
Tendo-se o grau de liberdade igual a 15 e p≤0,05 (nível de
significância), obteve-se o valor crítico de 24,9958, o qual foi
adotado para a avaliação do grau de distribuição das categorias
nos transectos.
RESULTADOS
Representatividade das categorias biogênicas na área:
Número de grãos triados: 8.700
Figura 40 – Categorias biogênicas principais da área de estudo em Julho de 2008. 
RESULTADOS
Figura 41 – Categorias biogênicas acessórias na área de estudo em Julho de 2008.
RESULTADOS
Figura 42 – Categorias biogênicas traços na área de estudo em Julho de 2008.
RESULTADOS
Figura 43 – Categorias biogênicas principais no transecto 1 em Julho de 2008.
RESULTADOS
Figura 44 – Categorias biogênicas principais no transecto 2 em Julho de 2008 
RESULTADOS
Figura 45 – Categorias biogênicas principais no transecto 3 em Julho de 2008.
RESULTADOS
Figura 46 – Categorias biogênicas principais no transecto 4 em Julho de 2008
RESULTADOS
Figura 47 - Categorias biogênicas principais no transecto 5 em Julho de 2008.
RESULTADOS
Figura 48 – Categorias biogênicas principais no transecto 6 em Julho de 2008.
RESULTADOS
- Transecto 1: 
2 = 2110,80 (p<0,01)
RESULTADOS
- Transecto 2:
2 = 2251, 29 (p<0,01)
RESULTADOS
- Transecto 3:
2 = 2138,72 (p<0,01)
RESULTADOS
- Transecto 4:
2 = 2134,52 (p<0,01)
RESULTADOS
- Transecto 5:
2 = 1684,58 (p<0,01)
RESULTADOS
- Transecto 6:
2 = 1629,55 (p<0,01)
DISCUSSÃO
- Dominância do gênero Halimeda e dos fragmentos de
gastrópodos;
- Fatores que favorecem o gênero Halimeda: substrato duro (DIAS,
2000), menor energia das ondas e ambiente protegido
(REBOUÇAS, 2006);
- Contrastando com o que Barros (1976) observou, aumento de
equinodermos, Halimeda e foraminiferos à medida que a
granulometria diminuia, em Guarajuba foi observado o
predomínio destes nas frações areia grossa e média, talvez
decorrente da ação hidrodinâmica.
DISCUSSÃO
- Cracas presentes nos pontos amostrais finais devido a maior
resistência aos maiores fluxos hidrodinâmicos conforme Ruppert e
Barnes (1996).
- Octocorais e Cracas são as categorias de menor representatividade,
concordando com Barros (1976) onde as cracas diminuiam à medida
que diminuia a granulometria do sedimento.
- Conchas de gastrópodos e testas de foraminíferos aparentam ter
maior resistência ao quebramento, estando na maior parte das vezes
inteiros.
DISCUSSÃO
- Variações nos parâmetros químicos (ex.: salinidade) da água
podem afetar o padrão de distribuição dos sedimentos biogênicos,
mas estes fatores não foram mensurados no presente trabalho.
- Baixa representatividade de foraminíferos nos pontos amostrais 5
– Ação Hidrodinâmica.
- Esponjas com baixa representatividade (1,18%) – Predação ou
outros fatores do ambiente.
- Baixa representatividade de caranguejos – Predação por aves.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Categorias biogênicas distribuídas de forma desigual.
- Gênero algal Halimeda predominante na área sendo favorecido
por baixa ação hidrodinâmica e gastrópodos por uma alta ação
hidrodinâmica.
- Exoesqueletos de craca e esclerito de octocoral são as categorias
de menor representatividade.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
- Equilíbrio aparentemente visível da praia de Guarajuba deve-se
à presença dos recifes coralinos que agem como importantes
fontes de sedimento além de servir como um protetor natural
da praia, amortecendo a força das ondas.
- Topo recifal caracterizado por ser uma área de granulometria
predominantemente grossa tendo um fluxo hidrodinâmico
forte, sendo este fator determinante na distribuição das
categorias biogênicas.
Especialização em Ecologia e Intervenções AmbientaisCARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA PRAIA DE 
ITAPUÃ: O USO DOS COMPONENTES BIOGÊNICOS 
DO SEDIMENTO NA INTERPRETAÇÃO DE 
PARÂMETROS AMBIENTAIS 
Marcus Vinicius Peralva Santos
Orientador (a): Msc. Maili Correia Campos
Co-Orientador (a): Dra. Simone Souza de Moraes
Salvador – Bahia
Dezembro/ 2010
Objetivo
Descrever a costa litorânea do bairro de Itapuã, região
Metropolitana de Salvador, quanto aos seus aspectos geoambientais,
utilizando-se para isto, os componentes biogênicos do sedimento, as
características morfodinâmicas e a vegetação local.
– Identificar e quantificar os componentes biogênicos do local;
– Descrever a distribuição dos componentes biogênicos da localidade;
– Descrever a morfodinâmica praial;
– Descrever a vegetação praial; e
–Avaliar a influência da energia hidrodinâmica na área de estudo;
Determinação das condições ambientais da região e análise dos
principais sedimentos bióticos em circulação na água (Projetos de
estudo ambiental).
Obtenção de informações que possam subsidiar a elaboração de
planos de gestão costeira sustentável (Cartografias e Indicadores de
erosão costeira).
Nordeste da Orla
Atlântica de SSA
(AFONSO e SERPA,
2007).
Extensão = 1,5 Km
Zona costeira alterada
(SILVA, 2009).
Presença de
afloramentos rochosos
(NUNES, 1997).
Figura 2 – Localização da Área de Estudo
Procedimentos no Campo
Figura 3 – Área de Estudo
2 campanhas amostrais (Outubro/2009 –
Estação Seca e Março/2010 – Estação
chuvosa) Praia subdividida em 4 áreas:
Farol de Itapuã (13 Pontos)
Rua K (16 Pontos)
Quiosque de Janaína (7 Pontos)
Sereia (9 Pontos)
Pontos amostrais distribuídos em forma
de T na zona de intermaré e localizados
por GPS.
Amostras guardadas em potes
identificados e armazenadas em
engradados.
Total = 45 amostras por campanha.
Procedimentos no Laboratório
Lavagem sob água corrente em
peneira de malha 0,062mm;
Secagem em estufa a 60ºC;
Pesagem de 1g de sedimento seco;
Triagem com o auxílio de lupa (300
primeiros grãos biogênicos).
Identificação por meio da Chave de
Identificação de Millimam (1974) mais
bibliografias complementares.
Figura 4 – Procedimentos 
realizados em laboratório
Ao todo, os componentes biogênicos foram agrupados em 16 categorias:
ALGAS HALIMEDA FORAMINÍFEROS
HOMOTREMA BRIOZOÁRIOS PORÍFEROS
Figura 5 – Categorias biogênicas na área de estudo
CNIDÁRIOS POLIQUETAS CARANGUEJOS
OSTRACODES GASTRÓPODOS BIVALVES
Figura 5 – Categorias biogênicas na área de estudo (continuação)
Figura 5 – Categorias biogênicas na área de estudo (continuação)
ESCAFÓPODOS EQUINODERMOS CRACA
AGREGADOS
Para a análise do grau de arredondamento dos componentes
biogênicos foi utilizada a escala de arredondamento de Pilkey,
Norton e Luternauer (1967, apud MACHADO, 1977), que classifica
os grãos carbonáticos da seguinte maneira:
Nível 0 – Grãos carbonáticos sem arredondamento;
Nível 1 – Grãos carbonáticos muito pouco arredondados;
Nível 2 – Grãos carbonáticos pouco arredondados;
Nível 3 – Grãos carbonáticos arredondados e;
Nível 4 – Grãos carbonáticos bem arredondados.
Análise Granulométrica
- Obtenção de subamostras de cada uma das 45 amostras;
- Pesagem em balança analítica;
- Peneiramento no ROTAP por 10 minutos;
- Material retido pesado e guardado em sacos identificados;
Figura 6 – Aparelho de Análise 
Granulométrica, peneiras e as 
frações granulométricas adotadas
Análise Estatística
Abundância – Número de indivíduos nas categorias
Abundância relativa
N = Nº indivíduos de uma categoria
N = Nº total de categorias obtidas na amostra
Para a interpretação dos resultados obtidos foi adotado a escala de Dajoz
(1983):
-Principais: Valores acima de 5%
-Acessórias: Valores entre 4,9 e 1%
-Traços: Valores inferiores a 1%
Teste do Qui – Quadrado (2)
Fo = Freqüência observada Fe = Freqüência esperada
Tendo-se o grau de liberdade igual a 15 e p≤0,01 (nível de significância),
obteve-se o valor crítico de 25,00, o qual foi adotado para a avaliação do grau
de distribuição das categorias nas quatro áreas de estudo.
Total = 10.200 grãos de origem biogênica (5.100 por estação), 
distribuídos por 17 pontos amostrais em cada estação amostrada. 
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
Figura 7 - Frequência relativa das principais categorias biogênicas encontradas na praia de Itapuã. 
(a) durante a estação seca (outubro de 2009) e (b) durante a estação chuvosa (março de 2010). 
(a) (b)
PRAIA DE ITAPUÃ
REPRESENTATIVIDADE DAS CATEGORIAS BIOGÊNICAS 
PRAIA DO FAROL DE ITAPUÃ
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
(a) (b)
Figura 8 - Frequência relativa das categorias biogênicas encontradas na praia do Farol de Itapuã. (a)
durante a estação seca (outubro de 2009) e (b) durante a estação chuvosa (março de 2010).
PRAIA DA RUA K
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
(a) (b)
Figura 9 - Frequência relativa das categorias biogênicas encontradas na praia da rua K. (a) durante a 
estação seca (outubro de 2009) e (b) durante a estação chuvosa (março de 2010).
PRAIA DO QUÍOSQUE DE JANAÍNA
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
(a) (b)
Figura 10 - Frequência relativa das categorias biogênicas encontradas na praia do Quiosque de
Janaína. (a) durante a estação seca (outubro de 2009) e (b) durante a estação chuvosa (março de
2010).
PRAIA DA SEREIA
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
(a) (b)
Figura 11 - Frequência relativa das categorias biogênicas encontradas na praia da Sereia. (a) durante 
a estação seca (outubro de 2009) e (b) durante a estação chuvosa (março de 2010).
Predomínio comum dos grãos de algas calcárias (52,10% e 49,08%),
foraminíferos (14,76% e 14,45%) e equinodermos (6,31% e 5,92%)
durante as estações seca e chuvosa.
Algas e Foraminíferos – Favorecidas pela forte energia
hidrodinâmica (REBOUÇAS, 2006; SANTOS, 2008).
O bom estado de preservação de praticamente todas as testas de
foraminíferos sugere que o seu transporte ocorre via suspensão,
resultado este descrito por Moraes (2001), Almeida e Vieira (2008) e
Santos (2008) ao estudarem o transporte e deposição de
foraminiferos em ambientes recifais.
Equinodermos - Favorecidos pela grande quantidade de
afloramentos rochosos, que abrigam os equinodermos enquanto
vivos. Estes se apresentam quase de forma constante em todos os
pontos amostrais em ambas as estações, não tendo um tipo
específico de granulometria em que ele se deposita, contrastando
com Barros (1976) e Santos (2008).
Halimeda - Alta energia hidrodinâmica e poucas áreas protegidas
desfavorecem a sua deposição. Na praia da Sereia ela apresenta a
maior concentração de fragmentos, sendo inclusive uma das
categorias biogênicas principais da área, já que nesta os
afloramentos rochosos da Ponta da Sereia reduzem a intensidade da
energia hidrodinâmica (CARVALHO, 2002), possibilitando a sua
deposição.
Porífero e Cnidário – favorecidos em pontos de menor energia
hidrodinâmica.
Este resultado se deve ao aumento da energia hidrodinâmica na
passagem entre as estações, a qual influenciou a granulometria da
área. Durante a estação seca, predominou a fração areia fina na praia
da Sereia tendo-se uma alta abundância de espículas, e fragmentos
de cnidários, mas na estação chuvosa esta abundância caiu e tendeu a
aumentar na praia ao lado, a praia do Quiosque de Janaína, onde a
energia hidrodinâmica diminuiu.
Caranguejo e Gastrópodo - Tenderam a se concentrar no Farol de
Itapuã e a diminuir suas representatividades à medida que se
afastavam de tal praia, sendo a única exceção, no caso dos
caranguejos, a praia da Sereia durante a estação chuvosa, onde sua
representatividade volta a crescer.
Tal padrão de distribuição relaciona-se a energia hidrodinâmica local,
tendendo tais grãos a terem maior abundância nas áreas onde a
energia propaga-se com maior intensidade. o Farol de Itapuã por
receber ondas de todas as direções (CARVALHO, 2002) e a Sereia por
ser um ambiente mais protegido favorece um maior transporte e
desgaste local de seus grãos sedimentares.
Craca e Agregado - Representatividade nula em todas as praias de
Itapuã durante a estação seca, sendoque na estação chuvosa tiveram
representatividade apenas nas praias do Farol de Itapuã, Rua K e
Quiosque de Janaína.
Três podem ser os fatores relacionados a tal distribuição:
1) Menor energia hidrodinâmica durante a estação seca;
2) Densidade dos grãos; e
3) Granulometria.
Fator determinante: menor energia hidrodinâmica (Os fragmentos de
craca e agregado tenderam a se concentrar nos pontos de
granulometria areia media e grossa).
DISTRIBUIÇÃO DAS CATEGORIAS BIOGÊNICAS
LOCAL 2
Estação Seca Estação Chuvosa
FAROL DE ITAPUÃ 3.740,94 5,210,26
RUA K 7.012.17 6.405,90
QUIOSQUE DE 
JANAÍNA
3.953,40 2.791,96
SEREIA 2.792,23 5.801,25
Tabela 1 – Distribuição das categorias biogênicas nas “sub-
praias” da praia de Itapuã.
Valor Crítico do 2 = 25,00
Durante a estação seca, na praia da Rua K houve uma maior
desigualdade na distribuição das categorias biogênicas (2= 7.012,17),
seguida pelas praias do Farol de Itapuã (2= 3.740,94), Quiosque de
Janaína (2= 3.953,40) e Sereia (2= 2.792,23).
Entre os motivos que podem explicar a maior desigualdade na praia
da Rua K, está às ondas do tipo mergulhante que quebram
fortemente na zona de intermaré (desfavorecendo a presença de
grãos mais frágeis)
Já para a praia da Sereia, a menor desigualdade na distribuição das
categorias biogênicas se deve à proteção gerada pelos afloramentos
rochosos da ponta de Itapuã que geram na praia durante 58% do ano
zonas calmas e sem ondas (CARVALHO, 2002).
Durante a estação chuvosa, pôde-se perceber que a praia da Rua K
(2= 6. 405,90), assim como na estação seca, foi a praia de maior
desigualdade na distribuição dos grãos carbonáticos, seguida pelas
praias da Sereia (2= 5.801,25), Farol de Itapuã (2= 5.210,26) e do
Quiosque de Janaína (2= 2.791,96).
Entre os motivos que podem explicar a maior desigualdade na praia
da Rua K estão as mudanças de intensidade dos ventos, decorrentes
da passagem da estação seca para a chuvosa. Os ventos de Sul-
Sudeste (SSE) e Sudeste (SE) se intensificam e a os ventos de
Nordeste (NE) e Leste (E) diminuem sua intensidade, tudo isto
proveniente do avanço da Frente Polar Atlântica durante a estação
chuvosa, conforme descrito por Bittencourt et al (2000).
GRAU DE ARREDONDAMENTO DOS GRÃOS CARBONÁTICOS
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
a) b)
Figura 16 – Frequência relativa dos níveis de arredondamento dos componentes biogênicos da 
praia de Itapuã. Em (a) durante a estação seca em outubro de 2009 e em (b) durante a estação 
chuvosa em março de 2010. 
PRAIA DE ITAPUÃ
GRAU DE ARREDONDAMENTO DOS GRÃOS CARBONÁTICOS
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
a) b)
Figura 17 - Frequência relativa dos níveis de arredondamento dos componentes biogênicos
da praia do Farol de Itapuã. Em (a) durante a estação seca em outubro de 2009 e em (b)
durante a estação chuvosa em março de 2010.
PRAIA DO FAROL DE ITAPUÃ
GRAU DE ARREDONDAMENTO DOS GRÃOS CARBONÁTICOS
PRAIA DA RUA K
a) b)
Figura 18 - Frequência relativa dos níveis de arredondamento dos componentes
biogênicos da praia da Rua K. Em (a) durante a estação seca em outubro de 2009 e em (b)
durante a estação chuvosa em março de 2010.
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
GRAU DE ARREDONDAMENTO DOS GRÃOS CARBONÁTICOS
PRAIA DO QUÍOSQUE DE JANAÍNA
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
a) b)
Figura 19 - Frequência relativa dos níveis de arredondamento dos componentes
biogênicos da praia do Quiosque de Janaína. Em (a) durante a estação seca em
outubro de 2009 e em (b) durante a estação chuvosa em março de 2010.
GRAU DE ARREDONDAMENTO DOS GRÃOS CARBONÁTICOS
PRAIA DA SEREIA
ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA
a) b)
Figura 20 - Frequência relativa dos níveis de arredondamento dos componentes
biogênicos da praia da Sereia. Em (a) durante a estação seca em outubro de 2009 e em
(b) durante a estação chuvosa em março de 2010.
O nível de arredondamento dos grãos muda na passagem da estação
seca para a chuvosa, sendo que na estação seca há um predomínio
de grãos mais arredondados (nível 4), enquanto na estação chuvosa
predomina grãos sem arredondamento (nível 0) ou pouco
arredondados (nível 1).
No caso da praia da Sereia, a única exceção entre as praias, a
mudança do arredondamento dos grãos do nível 0 para o 4 (grãos
bem arredondados) na passagem da estação seca para a chuvosa se
relaciona a área de proteção formada pelos afloramentos rochosos
da ponta de Itapuã (Carvalho, 2002), a qual retém os grãos na área,
promovendo um maior transporte destes grãos, relacionando-se tal
mudança no arredondamento ao que foi observado na também
mudança da granulometria da área e representatividade das
categorias biogênicas.
MORFODINÂMICA PRAIAL
Figura 21 – Morfodinâmica da praia do Farol de Itapuã. Praia
dissipativa com ondas deslizantes.
FAROL DE ITAPUÃ
MORFODINÂMICA PRAIAL
RUA K
Figura 22 – Morfodinâmica da praia da Rua K. Praia
intermediária com ondas mergulhantes.
MORFODINÂMICA PRAIAL
QUÍOSQUE DE JANAÍNA
Figura 23 – Morfodinâmica da praia do Quíosque de Janaína.
Praia dissipativa com ondas deslizantes.
MORFODINÂMICA PRAIAL
SEREIA
Figura 24 – Morfodinâmica da praia da Sereia. Praia
dissipativa com ondas deslizantes.
VEGETAÇÃO
FAROL DE ITAPUÃ
Figura 25 – Vegetação da Praia do Farol de Itapuã
VEGETAÇÃO
RUA K
Figura 26 – Vegetação da Praia da Rua K
VEGETAÇÃO
QUÍOSQUE DE JANAÍNA
Figura 27 – Vegetação da Praia do Quíosque de Janaína
VEGETAÇÃO
SEREIA
Figura 28 – Vegetação da Praia da Sereia
Na praia de Itapuã as categorias biogênicas algas calcárias,
foraminíferos e equinodermos foram dominantes nas duas
campanhas amostrais, sendo favorecidas pela forte energia
hidrodinâmica da localidade (Quebra e transporte).
As categorias craca e agregado tiveram representatividade nula na
estação seca e foram registradas apenas na estação chuvosa, com
baixa representatividade (Intemperismo – Estação Chuvosa).
A granulometria predominante é a areia média, sendo que as praias
do Quiosque de Janaína e da Sereia apresentam variação na
granulometria durante a passagem das estações seca e chuvosa, isto
decorrente de mudanças na intensidade e direções de ventos e da
energia de onda em tais praias.
O grau de arredondamento predominante na estação seca foi o nível
4, devido o maior transporte via arrasto dos grãos biogênicos,
enquanto que na estação chuvosa foi o zero, devido o maior
transporte via suspensão dos grãos (Variação dos ventos e energia
hidrodinâmica).
A morfodinâmica predominante é a dissipativa, com ondas do tipo 
deslizante, sendo a única exceção à área da Rua K, onde predomina a 
morfodinâmica intermediária, isto decorrente do relevo da área e as 
mudanças na intensidade e direções de ventos e da energia de onda, 
sendo no geral, elevada a energia hidrodinâmica em todas as praias.
A vegetação nativa foi quase que totalmente retirada.
Por fim, a praia de Itapuã pode ser caracterizada como sendo de
granulometria predominante areia média em ambas as estações,
apresentando os grãos carbonáticos uma prevalência de
arredondamento variando entre os níveis 4 (bem arredondado) e 0
(sem arredondamento), sendo a principal categoria biogênica as
algas calcárias e a vegetação nativa quase que completamente
modificada.
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marinhos recentes. Recife: Editora Universitária da UFPE, 1989.
Para conhecer um pouco mais sobre trabalhos com componentes 
biogênicos e afins acessem o site do GEF (Grupo de Estudos de 
Foraminíferos):
https://sites.google.com/site/gefufba/
Para maiores informações entrem em 
contato:
mperalva@hotmail.com
(Marcus Vinicius Peralva Santos)

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