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✓ Aspectos Iniciais do Balanço Patrimonial ✓ Contas do Ativo ✓ Ativo Circulante ✓ Ativo Não Circulante ✓ Contas do Passivo ✓ Contas do Patrimônio Líquido (PL) ✓Estrutura do Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é um importante relatório da Contabilidade, porque apresenta o seu objeto, o Patrimônio. Esse relatório é um resumo dos saldos das contas patrimoniais. O Balanço Patrimonial, assim como os demais relatórios, tem como principal missão a de sintetizar em contas representativas a posição das contas do exercício findo e as mudanças patrimoniais que ocorreram em relação ao exercício anterior. A Contabilidade tem por objeto o patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) de uma entidade com a finalidade de fornecer informa coes aos seus usuários. O Balanço Patrimonial contém informações sobre a posição patrimonial e financeira da entidade em uma determinada data (normalmente 31 de dezembro). No Balanço Patrimonial a coluna do Ativo representa as partes positivas do patrimônio (bens e direitos) e a coluna do Passivo as partes negativas (obrigações), sendo que a diferença entre as partes positivas e as partes negativas do patrimônio resulta no Patrimônio Líquido. O benefício econômico futuro do ativo é o seu potencial de contribuir, direta ou indiretamente, para com o fluxo de caixa e equivalentes de caixa para a entidade. Esses fluxos de caixa podem vir do uso de ativo ou de sua liquidação. A entidade deve reconhecer um ativo no balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros dele provenientes fluirão para a entidade e seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis. • De acordo com o artigo 179 da Lei nº 6.404/76, no Ativo Circulante serão classificados(as): • As disponibilidades; • Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente; • As aplica coes de recursos em despesas do exercício seguinte. • Representa os bens e os direitos de alta liquidez ou realizáveis em até um ano, é composto por: • Caixa e Equivalentes Caixa (Disponibilidades): Caixa, Banco conta Movimento, Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata. Serão classificados nesse grupo os bens de renda, como as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem a manutenção das atividades da empresa. Uma característica essencial do passivo é que a entidade tem a obrigação presente de agir ou se desempenhar de certa maneira. A obrigação pode ser uma obrigação legal ou uma obrigação não formalizada (também chamada de obrigação construtiva). A obrigação legal tem força legal como consequência de contrato ou exigência estatutária. Patrimônio líquido é o resíduo dos ativos reconhecidos menos os passivos reconhecidos. Ele pode ter subclassificações no balanço patrimonial. Por exemplo, as subclassificações podem incluir capital integralizado por acionistas ou sócios, lucros retidos e ganhos ou perdas reconhecidas diretamente no patrimônio líquido. No término deste capítulo, você deverá saber: ✓ Patrimônio Líquido ✓ Contas do Patrimônio Líquido ✓ Capital social ✓ Reservas de Capital ✓ Ações em tesouraria ✓ Ajustes de Avaliação Patrimonial ✓ Reservas ✓ Lucros ou Prejuízos Acumulados O Patrimônio Líquido, em sua origem, representa apenas o Capital dos sócios. À medida que a empresa opera com lucro, o valor do Patrimônio Líquido aumenta. Em contrapartida, quando há prejuízo o valor do Patrimônio Líquido diminui. Existem diversas teorias que definem o Patrimônio Líquido. Destacamos duas: a do proprietário e a da Entidade. • Na teoria do proprietário, os Ativos pertencem a ele, assim como as obrigações. • Na teoria da Entidade, existe a nítida separação entre a propriedade da empresa e a propriedade particular de seus sócios. Restrito às sociedades anônimas existe o instituto do Capital autorizado, previsto no art. 168 da Lei n. 6.404/76, transcrito a seguir, que nada mais é do que uma decisão de assembleia que pode permitir ao conselho de administração aumentar o Capital sem a necessidade específica de convocar nova assembleia. De forma prática, a assembleia autoriza que o Capital Social seja elevado até um novo limite, a partir do qual os gestores poderão buscar novos sócios e, encontrando-os, emitir ações nas condições previamente autorizadas. São ingressos de recursos oriundos de terceiros (exceto correção monetária) que não têm relação com o fornecimento de mercadorias ou a prestação de serviços por parte da empresa que recebeu os recursos. Excetuando-se a correção monetária do Capital Social, que também é uma reserva de Capital, todas as outras três reservas de Capital representam ingressos efetivos de recursos. As ações em tesouraria são àquelas emitidas por uma companhia e que foram posteriormente adquiridas (recompradas), no mercado, por essa mesma companhia. Ações em circulação nada mais é do que aquelas ações representativas do capital da companhia aberta que estão circulando no mercado, ou seja, aquelas ações que são passíveis de negociação em Bolsas de Valores (ex.: Bovespa), não se considerando como tal àquelas de propriedade do acionista controlador, de diretores, de conselheiros de administração e as em tesouraria. Esta conta, no âmbito internacional, tem uma função mais ampla do que as funções permitidas no Brasil. A Contabilidade internacional utiliza essa conta inclusive para contabilizar as reavaliações positivas e negativas de Ativos fixos, o que, no Brasil, não é mais permitido. Sobre instrumentos financeiros, essa conta é utilizada para computar as diferenças positivas ou negativas de instrumentos financeiros que não têm suas variações de valor computadas no Resultado. As reservas de lucros estão definidas nos arts. 193 a 197 e 202 da Lei n. 6.404/76 e no art. 19, inc. III, da Lei n. 11.941/2009. As contas de Reservas lucros são: • Reserva legal • Reserva de contingência • Reserva estatutária • Reserva de incentivos fiscais • Reserva de retenção de lucros • Reserva de lucros a realizar • Reserva especial de dividendos obrigatórios não distribuídos A conta Lucros Acumulados foi extinta do Balanço Patrimonial publicado. Essa alteração não extinguiu a conta Lucros Acumulados da Contabilidade, simplesmente definiu que não podem existir lucros acumulados no Balanço Patrimonial publicado. Os lucros dos períodos posteriores tiveram que ser aplicados em reservas ou distribuídos. Agora, com o fim da conta Lucros Acumulados no balanço publicado, o saldo anterior eventual dessa conta também teve que ser destinado. Norma da lei societária (Lei no 6.404/76): “Art. 182. A conta do capital social discriminará o montante subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada:” O capital social é constituído ou aumentado através de contribuições dos acionistas com bens suscetíveis de avaliação em dinheiro, transferências de dívidas, e de incorporação de recursos de reservas de capital, de reservas de lucros e de lucros acumulados. A Lei das Sociedades por Ações permite que o estatuto contenha valor-limite autorizado do capital (capital social autorizado), sendo que até esse valor o capital social pode ser aumentado independentemente de reforma estatutária. A informação sobre o capital social autorizado geralmente é divulgada em nota explicativa às demonstrações contábeis. O aumento do capital social mediante capitalização de lucros ou de reservas importará alteração no valor nominal das ações ou distribuição de ações novas correspondentes ao aumento, entre os acionistas, na proporção do número de ações que possuírem. Na companhia com ações sem valor nominal, a capitalização de lucros ou de reservas poderá ser efetivada sem modificação do número de ações (art. 169 da Lei no 6.404/76). Ágio na colocação de ações Norma da lei societária (art. 182 da Lei no 6.404/76): “§ 1o Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: a) a contribuiçãodo subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias;” Norma da lei societária (§ 1o do art. 182 da Lei no 6.404/76): “§ 1o Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: b) o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição;” Partes beneficiárias e bônus de subscrição, previstos nos capítulos IV e VI da Lei das Sociedades por Ações, representam títulos negociáveis emitidos pela companhia. O valor da alienação desses títulos é registrado no grupo de reservas de capital, em contrapartida com conta corrente bancária. Partes Beneficiárias: são títulos negociáveis sem valor nominal e estranhos ao capital social, que podem ser criados a qualquer tempo pelas sociedades anônimas de capital fechado. Bônus de subscrição são títulos negociáveis emitidos por sociedades por ações, que conferem aos seus titulares, nas condições constantes do certificado, o direito de subscrever ações do capital social da companhia, dentro do limite de capital autorizado no estatuto. Norma da lei societária (art. 182 da Lei no 6.404/76): “§ 3o Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos nesta Lei ou, em normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários, com base na competência conferida pelo § 3o do art. 177 desta Lei.” Segundo a redação do § 3o do art. 182, a conta de Ajustes de Avaliação Patrimonial (AAP) contemplará as contrapartidas de ajustes a valor justo de ativos e passivos, decorrentes principalmente das seguintes transações: • Reestruturações societárias (§ 3o do art. 226), compreendendo operações de fusões e de incorporações. • Avaliações de instrumentos financeiros • Reavaliação de bens do ativo imobilizado (IAS 16). • Reavaliação de ativos intangíveis (IAS 38). • Ajustes a valor justo de aplicações financeiras (participações no capital social e títulos de dívidas privados e governamentais). Norma da lei societária (art. 182 da Lei no 6.404/76): “§ 4o Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia.” As reservas de lucros representam valores retidos de lucros apurados pela Sociedade. A Lei das Sociedades por Ações estabelece as seguintes reservas de lucros: • reserva legal; • reservas estatutárias; • reservas para contingências; • reserva de incentivos fiscais; • reserva de retenção de lucros; e • reserva de lucros a realizar. Norma da lei societária (art. 182 da Lei no 6.404/76): “§ 5o As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço patrimonial, como dedução da conta de patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.” Representa uma conta de natureza devedora, classificada no patrimônio líquido, onde são registradas as aquisições de ações de emissão da própria companhia, em contrapartida com conta corrente bancária, no caso de compras a vista, ou em contrapartida com conta de passivo no caso de uma aquisição a prazo. As ações em tesouraria deverão ser apresentadas no balanço patrimonial como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados em sua aquisição. O resultado da alienação de ações em tesouraria deverá ser registrado a crédito (ganho) de conta específica de reserva de capital, ou a débito (prejuízo) da conta que contabiliza a origem dos recursos aplicados em sua aquisição. O conceito é que a companhia não deve computar em seu resultado lucro ou prejuízo em operação de venda de suas próprias ações. EXERCÍCIOS: Capítulo 01: 1) (FEPESE/Auditor Fiscal/Florianópolis/2014) Assinale a alternativa que apresenta o objeto das ciências contábeis. a) Patrimônio b) Ativo e Passivo c) Receitas e Despesas d) Situação Líquida patrimonial e) Comitê de pronunciamento contábil Capítulo 01: 1) (FEPESE/Auditor Fiscal/Florianópolis/2014) Assinale a alternativa que apresenta o objeto das ciências contábeis. a) Patrimônio b) Ativo e Passivo c) Receitas e Despesas d) Situação Líquida patrimonial e) Comitê de pronunciamento contábil 2) (Exame de Suficiência – CRC) O superávit financeiro que permitirá a abertura de créditos suplementares nos termos da lei é apurado em: a) Balanço das Variações Patrimoniais b) Balanço Financeiro c) Balanço Orçamentário d) Balanço Patrimonial e) Balanço de Caixa 2) (Exame de Suficiência – CRC) O superávit financeiro que permitirá a abertura de créditos suplementares nos termos da lei é apurado em: a) Balanço das Variações Patrimoniais b) Balanço Financeiro c) Balanço Orçamentário d) Balanço Patrimonial e) Balanço de Caixa 3)(Exame de Suficiência – CRC) Recentemente, uma loteadora colocou à venda terrenos de ótima localização para fins residenciais. Uma empresa de grande sucesso, atuante no ramo de indústria têxtil, instalada numa cidade em crescimento, que possui recursos disponíveis por tempo indeterminado, decidiu adquirir dois terrenos no valor de R$ 50.000,00 cada, para fins de auferir rendas através de locação. Tal bem deve ser registrado no: a) Ativo Circulante b) Ativo Realizável a Longo-Prazo c) Ativo Permanente – Imobilizado d) Ativo Permanente – Investimento e) Ativo Circulante - Estoques 3)(Exame de Suficiência – CRC) Recentemente, uma loteadora colocou à venda terrenos de ótima localização para fins residenciais. Uma empresa de grande sucesso, atuante no ramo de indústria têxtil, instalada numa cidade em crescimento, que possui recursos disponíveis por tempo indeterminado, decidiu adquirir dois terrenos no valor de R$ 50.000,00 cada, para fins de auferir rendas através de locação. Tal bem deve ser registrado no: a) Ativo Circulante b) Ativo Realizável a Longo-Prazo c) Ativo Permanente – Imobilizado d) Ativo Permanente – Investimento e) Ativo Circulante - Estoques Norma da lei societária: “Art. 189. Do resultado do exercício serão deduzidos, antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto sobre a Renda. Parágrafo único. O prejuízo do exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva legal, nessa ordem.” Norma da lei societária: “Art. 190. As participações estatutárias de empregados, administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada. Parágrafo único. Aplica-se ao pagamento das participações dos administradores e das partes beneficiárias o disposto nos parágrafos do artigo 201.” Norma da lei societária: “Lucro Líquido Art. 191. Lucro líquido do exercício é o resultado do exercício que remanescer depois de deduzidas as participações de que trata o artigo 190. Proposta de Destinação do Lucro Art. 192. Juntamente com as demonstrações financeiras do exercício, os órgãos da administração da companhia apresentarão à assembleia-geral ordinária, observado o disposto nos artigos 193 a 203 e no estatuto, proposta sobre a destinação a ser dada ao lucro líquido do exercício.” Norma da lei societária: “Art. 193. Do lucro líquido do exercício, 5% (cinco por cento) serão aplicados, antes de qualquer outra destinação, na constituição da reserva legal, que não excederá de 20% (vinte por cento) do capital social. § 1o A companhia poderá deixar de constituir a reserva legal no exercício em que o saldo dessa reserva, acrescido do montante das reservas de capital de que trata o § 1o do artigo 182, exceder de 30% (trinta por cento) do capital social.§ 2o A reserva legal tem por fim assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar prejuízos ou aumentar o capital.” Norma da lei societária: “Art. 194. O estatuto poderá criar reservas desde que, para cada uma: I – indique, de modo preciso e completo, a sua finalidade; II – fixe os critérios para determinar a parcela anual dos lucros líquidos que serão destinados à sua constituição; e III – estabeleça o limite máximo da reserva.” As exigências cumulativas da lei societária para constituição dessa reserva são as seguintes: • A reserva deverá estar prevista no estatuto da Sociedade. • O estatuto deverá indicar o objetivo da reserva. • O estatuto deverá indicar a forma de cálculo da reserva. • O estatuto deverá indicar o limite máximo da reserva. Norma da lei societária: “Art. 195. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, destinar parte do lucro líquido à formação de reserva com a finalidade de compensar, em exercício futuro, a diminuição do lucro decorrente de perda julgada provável, cujo valor possa ser estimado. § 1o A proposta dos órgãos da administração deverá indicar a causa da perda prevista e justificar, com as razões de prudência que a recomendem, a constituição da reserva. § 2o A reserva será revertida no exercício em que deixarem de existir as razões que justificaram a sua constituição ou em que ocorrer a perda.” A destinação de lucros para constituição dessa reserva é opcional. São exemplos de transações que poderiam ser registradas nessa reserva de lucros: 1. Previsões de perdas com geadas e secas. 2. Lucros que seriam perdidos com a transferência da fábrica para um outro local. Norma da lei societária: “Art. 195-A. A assembleia geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar para a reserva de incentivos fiscais a parcela do lucro líquido decorrente de doações ou subvenções governamentais para investimentos, que poderá ser excluída da base de cálculo do dividendo obrigatório (inciso I do caput do art. 202 desta Lei).” A Lei no 11.638/07 alterou o registro contábil das operações de doações e de subvenções governamentais para investimentos, bem como de prêmio recebido na emissão de debêntures. Anteriormente essas operações eram contabilizadas diretamente em reserva de capital (letras c e d do § 1o do art. 182 da Lei no 6.404/76, que foram revogadas pela Lei no 11.638/07). Norma da lei societária: “Art. 196. A assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos da administração, deliberar reter parcela do lucro líquido do exercício prevista em orçamento de capital por ela previamente aprovado. § 1o O orçamento, submetido pelos órgãos da administração com a justificação da retenção de lucros proposta, deverá compreender todas as fontes de recursos e aplicações de capital, fixo ou circulante, e poderá ter a duração de até 5 (cinco) exercícios, salvo no caso de execução, por prazo maior, de projeto de investimento. § 2o O orçamento poderá ser aprovado pela assembleia-geral ordinária que deliberar sobre o balanço do exercício e revisado anualmente, quando tiver duração superior a um exercício social.” Norma da lei societária: “Art. 197. No exercício em que o montante do dividendo obrigatório, calculado nos termos do estatuto ou do art. 202, ultrapassar a parcela realizada do lucro líquido do exercício, a assembleia-geral poderá, por proposta dos órgãos de administração, destinar o excesso à constituição de reserva de lucros a realizar. § 1o Para os efeitos deste artigo, considera-se realizada a parcela do lucro líquido do exercício que exceder da soma dos seguintes valores: I – o resultado líquido positivo da equivalência patrimonial (art. 248); e II – o lucro, rendimento ou ganho líquidos em operações ou contabilização de ativo e passivo pelo valor de mercado, cujo prazo de realização financeira ocorra após o término do exercício social seguinte. § 2o A reserva de lucros a realizar somente poderá ser utilizada para pagamento do dividendo obrigatório e, para efeito do inciso III do art. 202, serão considerados como integrantes da reserva os lucros a realizar de cada exercício que forem os primeiros a serem realizados em dinheiro.” Norma da lei societária: “Art. 198. A destinação dos lucros para constituição das reservas de que trata o artigo 194 e a retenção nos termos do artigo 196 não poderão ser aprovadas, em cada exercício, em prejuízo da distribuição do dividendo obrigatório (artigo 202).” Esse artigo estabelece que os valores destinados para as reservas estatutárias e para a reserva de retenção de lucros não poderão prejudicar a distribuição do dividendo mínimo obrigatório. Norma da lei societária: “Art. 199. O saldo das reservas de lucros, exceto as para contingências, de incentivos fiscais e de lucros a realizar, não poderá ultrapassar o capital social. Atingindo esse limite, a assembleia deliberará sobre aplicação do excesso na integralização ou no aumento do capital social ou na distribuição de dividendos.” As reservas de lucros que entram no cálculo do excesso em relação ao capital social são reserva legal, reservas estatutárias e reserva de retenção de lucros. Norma da lei societária: “Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: I – absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, parágrafo único); II – resgate, reembolso ou compra de ações; III – resgate de partes beneficiárias; IV – incorporação ao capital social; V – pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5o). Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate desses títulos.” “Art. 201. A companhia somente pode pagar dividendos à conta de lucro líquido do exercício, de lucros acumulados e de reserva de lucros; e à conta de reserva de capital, no caso das ações preferenciais de que trata o § 5o do artigo 17. § 1o A distribuição de dividendos com inobservância do disposto neste artigo implica responsabilidade solidária dos administradores e fiscais, que deverão repor à caixa social a importância distribuída, sem prejuízo da ação penal que no caso couber. § 2o Os acionistas não são obrigados a restituir os dividendos que em boa-fé tenham recebido. Presume-se a má-fé quando os dividendos forem distribuídos sem o levantamento do balanço ou em desacordo com os resultados deste.” “Art. 202. Os acionistas têm direito de receber como dividendo obrigatório, em cada exercício, a parcela dos lucros estabelecida no estatuto ou, se este for omisso, a importância determinada de acordo com as seguintes normas: I – metade do lucro líquido do exercício diminuído ou acrescido dos seguintes valores: a) importância destinada à constituição da reserva legal (art. 193); e b) importância destinada à formação da reserva para contingências (art. 195) e reversão da mesma reserva formada em exercícios anteriores; II – o pagamento do dividendo determinado nos termos do inciso I poderá ser limitado ao montante do lucro líquido do exercício que tiver sido realizado, desde que a diferença seja registrada como reserva de lucros a realizar (art. 197); III – os lucros registrados na reserva de lucros a realizar, quando realizados e se não tiverem sido absorvidos por prejuízos em exercícios subsequentes, deverão ser acrescidos ao primeiro dividendo declarado após a realização.” 1) Com base nos dados abaixo, efetue a memória de cálculo, o DRE e os lançamentos contábeis, considerando resultado anual: • Resultado Operacional - R$ 650.000,00 • Remuneração anual do administrador – R$ 25.023,00 • IRPJ – 15% e 10% se houver adicional, CSLL – 9% • Prejuízos Acumulados no Balanço anterior - R$ 42.000,00 • Participações dos administradores – 10% • Participações em debêntures – 6% • Participações – Partes beneficiárias – 5% • Participações dos empregados – 5% • Dividendos obrigatórios– 30% LAIR 650.000,00 D RES. IRPJ 138.500,00 ( - ) IRPJ 97.500,00 15% C PC - IRPJ à Pagar 138.500,00 ( - ) IRPJ 41.000,00 10% ( - ) CSLL 58.500,00 9% D RES. CSLL 58.500,00 RESULTADO ANTES PARTICIPAÇÕES 453.000,00 C PC - CSLL à Pagar 58.500,00 ( - ) Prejuízo Acumulado 42.000,00- RESULTADO 411.000,00 D RES. RESULTADO EXERCÍCIO 86.100,00 ( - ) Debentures 24.660,00 C PC - Debentures`a Pagar 24.660,00 RESULTADO 386.340,00 C PC - Participações Empr à Pagar 19.317,00 ( - ) Participação dos Empregados 19.317,00 C PC - Participações Adm à Pagar 25.023,00 RESULTADO 367.023,00 C PC - Participações Partes à Pagar 17.100,00 ( - ) Participações dos administradores 25.023,00 36.702,30 RESULTADO 342.000,00 D RES. RESULTADO EXERCÍCIO 366.900,00 ( - ) Participações – Partes beneficiárias 17.100,00 C PL. RESERVA DE LUCROS 366.900,00 RESULTADO 324.900,00 Dividendos obrigatórios – 30% 97.470,00 D PL. RESERVA DE LUCROS 42.000,00 RESULTADO LÍQUIDO 227.430,00 C PL. PREJ. ACUMULADOS 42.000,00 D PL. RESERVA DE LUCROS 97.470,00 LAIR 650.000,00 C PC. DIVIDENDOS À PAGAR 97.470,00 ( - ) Deduções: IRPJ 138.500,00- CSLL 58.500,00- LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 453.000,00 ( - ) PARTICIPAÇÕES 86.100,00 - ( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 366.900,00 DRE Memória de Cálculo LANÇAMENTOS: 2) Com base nos dados abaixo, efetue a memória de cálculo, o DRE e os lançamentos contábeis, considerando resultado anual: Resultado Operacional - R$ 595.000,00 Remuneração anual do administrador – R$ 39.035,00 IRPJ – 15% e 10% se houver adicional, CSLL – 9% Prejuízos Acumulados no Balanço anterior - R$ 22.250,00 Participações dos administradores – 10% Participações em debêntures – 10% Participações – Partes beneficiárias – 10% Participações dos empregados – 5% Dividendos obrigatórios – 25% LAIR 595.000,00 D RES. IRPJ 124.750,00 ( - ) IRPJ 89.250,00 15% C PC - IRPJ à Pagar 124.750,00 ( - ) IRPJ 35.500,00 10% ( - ) CSLL 53.550,00 9% D RES. CSLL 53.550,00 RESULTADO ANTES PARTICIPAÇÕES 416.700,00 C PC - CSLL à Pagar 53.550,00 ( - ) Prejuízo Acumulado 22.250,00- RESULTADO 394.450,00 D RES. RESULTADO EXERCÍCIO 121.273,65 ( - ) Debentures 39.445,00 C PC - Debentures`a Pagar 39.445,00 RESULTADO 355.005,00 C PC - Participações Empr à Pagar 17.750,25 ( - ) Participação dos Empregados 17.750,25 C PC - Participações Adm à Pagar 33.725,48 RESULTADO 337.254,75 C PC - Participações Partes à Pagar 30.352,93 ( - ) Participações dos administradores 33.725,48 39.035,00 RESULTADO 303.529,28 D RES. RESULTADO EXERCÍCIO 295.426,35 ( - ) Participações – Partes beneficiárias 30.352,93 C PL. RESERVA DE LUCROS 295.426,35 RESULTADO 273.176,35 Dividendos obrigatórios – 30% 68.294,09 D PL. RESERVA DE LUCROS 22.250,00 RESULTADO LÍQUIDO 204.882,26 C PL. PREJ. ACUMULADOS 22.250,00 D PL. RESERVA DE LUCROS 68.294,09 LAIR 595.000,00 C PC. DIVIDENDOS À PAGAR 68.294,09 ( - ) Deduções: IRPJ 124.750,00- CSLL 53.550,00- LUCRO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 416.700,00 ( - ) PARTICIPAÇÕES 121.273,65 ( = ) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 295.426,35 Memória de Cálculo LANÇAMENTOS: DRE No término deste capítulo, você deverá saber: ✓ Natureza das contas na contabilidade ✓ Contas Redutoras ✓ Contas Redutoras do Ativo ✓ Contas Redutoras do Passivo ✓ Débito e Crédito ✓ Receitas e Despesas ✓ Contas Retificadoras ✓ Contas de Compensação Natureza Devedora: na contabilidade refere-se aquilo que a pessoa física ou jurídica, vai receber sobre alguma coisa para restituição ou prestações posteriores. O Ativo, tem essa natureza, porém pode haver casos de uma conta com natureza devedora figurar no Passivo, com, por exemplo, às contas Prejuízo do Período e Capital a Integralizar. Natureza Credora: está ligado a todos os pagamentos e saídas que a pessoa física ou jurídica venha a realizar, ou o compromisso de efetuá-lo. Dentro do balanço a maior parte deste tipo de natureza, figura no Passivo, mas existem casos de natureza credora no Ativo, estas são conhecidas como contas redutoras. Também chamadas de redutoras, as contas retificadoras são contas que, embora apareçam num determinado grupo patrimonial (Ativo ou Passivo) têm saldo contrário em relação às demais contas desse grupo. Desse modo, uma conta retificadora do Ativo terá natureza credora, bem como uma conta retificadora do Passivo terá natureza devedora. As contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em que aparecem. São contas de natureza credora que, por força da Lei nº 6.404/1976 e em decorrência da aplicação do princípio da prudência, devem figurar no Balanço Patrimonial, do lado do Ativo, como redutoras das contas com base nas quais elas foram originadas. Exemplos de contas retificadoras do Ativo: ✓Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa; ✓Perdas por Redução ao Valor Realizável Líquido; ✓Ajuste a Valor Presente; ✓Depreciação Acumulada. São contas de natureza devedora que, pelas mesmas razões já explicitadas em relação às redutoras do Ativo, devem figurar do lado do Passivo. Embora possam aparecer em todo o Passivo, são mais comuns as redutoras do Patrimônio Líquido. Exemplo: Custos/Despesas ou Encargos Vinculados às Receitas - essa intitulação representa um conjunto de contas retificadoras que poderão figurar no subgrupo Receitas Diferidas do Passivo Não Circulante. A Contabilidade registra os fatos contábeis de acordo com a natureza das contas, e essas são movimentadas por meio de débitos e créditos. Quando falamos em natureza das contas, temos de considerar o que elas representam para a entidade. Assim, as contas do ativo têm natureza devedora por representarem débitos com a entidade. Já as contas do passivo e do patrimônio líquido têm natureza credora por representarem créditos com a entidade. As receitas e as despesas são conhecidas como variações patrimoniais e não são contas patrimoniais, ou seja, não são contas do ativo, do passivo e do patrimônio líquido. Quando somadas as receitas e despesas de uma entidade, chega-se ao resultado em determinado período. Se as receitas foram superiores às despesas, a entidade apurou LUCRO LÍQUIDO. Se as despesas foram superiores às receitas, a entidade apurou PREJUÍZO. Contas retificadoras são as contas de natureza inversa à do grupo no qual são registradas, causando efeito redutor do saldo do grupo, podendo, portanto, serem denominadas contas redutoras. As contas retificadoras do ativo têm natureza credora e têm como finalidade reduzir saldos dos ativos a que estão vinculadas aos seus prováveis valores de realização. Exemplo: “Perdas estimadas em créditos de liquidação duvidosa - PECLD”, “Perdas estimadas por desvalorização de estoque”, “Perdas estimadas de investimentos”. As contas de compensação constituem uma forma de controle alternativo ao sistema patrimonial. As contas patrimoniais (ativo, passivo e patrimônio líquido) registram os eventos que alteraram o patrimônio da empresa, enquanto as contas de compensação servem exclusivamente para controle de determinados eventos, sem fazer parte do patrimônio. Exercícios: 1) (Contabilidade MPE RN FCC 2012): Uma empresa, em janeiro de 2012, adquire à vista um ativo no valor de 24 milhões de reais, cuja decisão sobre a sua utilização, pela entidade, será definida após 2017, quando então será elaborado o próximo planejamento de expansão da empresa com vigência para o período 2017-2021. Na ocasião da aquisição deste item, o mesmo deve ser registrado em conta do ativo: a) imobilizado. b) investimentos. c) diferido. d) realizável a longo prazo. e) intangível.1) (Contabilidade MPE RN FCC 2012): Uma empresa, em janeiro de 2012, adquire à vista um ativo no valor de 24 milhões de reais, cuja decisão sobre a sua utilização, pela entidade, será definida após 2017, quando então será elaborado o próximo planejamento de expansão da empresa com vigência para o período 2017-2021. Na ocasião da aquisição deste item, o mesmo deve ser registrado em conta do ativo: a) imobilizado. b) investimentos. c) diferido. d) realizável a longo prazo. e) intangível. 2) (Contabilidade MPE RN FCC 2012): Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade são classificados como: a) intangíveis. b) diferidos. c) imobilizados. d) circulante. e) realizável a longo prazo. 2) (Contabilidade MPE RN FCC 2012): Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade são classificados como: a) intangíveis. b) diferidos. c) imobilizados. d) circulante. e) realizável a longo prazo. 3) Assinale a alternativa correta: a) direitos representam valores a receber, por vendas a prazo; b) obrigações representam dívidas ou compromissos perante terceiros; c) resultado é a diferença entre o valor das receitas e o valor das despesas; d) a pessoa física ou natural é o ser humano (o homem ou a mulher), enquanto pessoa jurídica é o ser de existência abstrata que nasce da reunião de duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas; e) todas as alternativas estão corretas. 3) Assinale a alternativa correta: a) direitos representam valores a receber, por vendas a prazo; b) obrigações representam dívidas ou compromissos perante terceiros; c) resultado é a diferença entre o valor das receitas e o valor das despesas; d) a pessoa física ou natural é o ser humano (o homem ou a mulher), enquanto pessoa jurídica é o ser de existência abstrata que nasce da reunião de duas ou mais pessoas físicas ou jurídicas; e) todas as alternativas estão corretas. LANÇAMENTOS IRPJ/CSLL/RESERVAS/DIVIDENDOS/PARTICIPAÇÕES EMPREGADOS D IRPJ 26.145,00 C IRPJ A PAGAR 26.145,00 D CSLL 15.687,00 C CSLL A PAGAR 15.687,00 D RESULTADO EXERCÍCIO 1.343,36 C PARTIC. PAGAR 1.343,36 D RESULTADO EXERCÍCIO 140.000,00 C PREJ ACUMULADO 140.000,00 D RESULTADO EXERCÍCIO 3.291,23 C RESERVA LEGAL 3.291,23 D RESULTADO EXERCÍCIO 26.530,00 C RESERVA P/ CONTIGÊNCIA 26.530,00 D RESULTADO EXERCÍCIO 18.001,70 C DIVIDENDOS A PAGAR 18.001,70 D RESULTADO EXERCÍCIO 18.001,70 C RESERVAS DE LUCRO 18.001,70 A) D ESTOQUE 114.800,00 D ICMS A RECUPERAR 25.200,00 140000 C Banco 28.000,00 140 C Fornecedores 112.000,00 B) D Salários a Pagar 20.000,00 C Banco 20.000,00 C) D Banco 671.600,00 292 C Receita de Venda 671.600,00 2300 671600 D ICMS S/ Vendas 120.888,00 120888 C ICMS A Recolher 120.888,00 D CMV 241.408,00 1.500 98,40 147.600,00 C Estoques 241.408,00 2.500 104,96 262.400,00 D) D Comissoes Vendedores 4.828,16 C Banco 4.828,16 E) D Financiamentos 70.000,00 D Juros Passivo 1.855,84 2,6512% C Banco 71.855,84 F) D Despesa com Depreciação 16.000,00 C Depreciação Acumulada 16.000,00 D Despesa com Amortização 15.000,00 C Amortização Acumulada 15.000,00 G) D Despesa com Salário 22.620,00 C Salários a Pagar 22.620,00 Compensação ICMS D ICMS A Recolher 57.600,00 C ICMS A RECUPERAR 57.600,00 No término deste capítulo, você deverá saber: ✓ Conceito. ✓ Aspectos Contábeis. ✓ Incorporações de Bens no Ativo Imobilizado ✓ Avaliação (mensuração) dos Bens do Imobilizado ✓ Baixa de Bens do Ativo Imobilizado ✓ Intangível ✓ Incorporação de Bens no Intangível Nesse subgrupo, serão não só registrados os saldos das contas de bens tangíveis permanentes, que serão utilizados no negócio e que são formalmente da entidade, mas também os bens que, mesmo não o sendo formalmente, o são na essência da empresa, porque são usados como se fossem. Ativo Imobilizado é o item tangível que: • é mantido para uso na produção ou no fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros ou para fins administrativos; e • se espera utilizar por mais de um período. Segundo a NBC TG 27, os principais pontos a serem considerados na contabilização do Ativo Imobilizado são: • o reconhecimento dos Ativos, • a determinação dos seus valores contábeis, • os valores de Depreciação, • perdas por desvalorização a serem reconhecidas em relação aos mesmos. As contas representativas dos Bens de Uso poderão englobar elementos conforme a natureza e uso semelhantes nas operações da entidade, como: Terrenos; Terrenos e Edifícios; Máquinas; Navios; Aviões; Veículos a motor; Móveis e Utensílios; e Equipamentos de Escritório. (Item 37 da NBC TG 27). Essas contas, por sua vez, no Plano de Contas poderão ser agrupadas como segue: a) Operacional Corpóreo (Tangível) — composto por contas representativas de aplicações de recursos em bens materiais que estão em uso na empresa. Esses Bens são necessários para que a empresa atinja os seus objetivos (comercialização, produção ou prestação de serviços). Os mais comuns são os móveis e utensílios, computadores, veículos etc. b) Operacional Recursos Naturais — composto por contas representativas de aplicações de recursos em Bens materiais objetos de exploração por parte da empresa. Esses recursos podem ser minerais (jazidas de carvão, argila, ferro etc.) ou naturais (florestas). c) Imobilizado Objeto de Arrendamento Mercantil — composto por contas representativas de bens corpóreos arrendados de terceiros. d) Imobilizado em Andamento — composto por contas representativas de investimentos de recursos em Bens que, por estarem incompletos e sem operar, ainda não geram riquezas para a empresa. A partir do momento em que esses Bens estiverem completos ou concluídos, prontos para operar, deverá ser dada baixa na respectiva conta que registrou o Bem em andamento, transferindo seu valor para conta apropriada, do Imobilizado Operacional. Segundo o item 16 da NBC TG 27, o custo de um item do Ativo Imobilizado compreende: a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos; b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o Ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração; c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período. Para fins de apuração dos resultados e elaboração das Demonstrações Contábeis, os Bens do Imobilizado podem ser avaliados no final de cada exercício social, pelo método do custo ou, quando permitido por Lei, pelo método da reavaliação. Veja, inicialmente a disciplina contida na Lei nº 6.404/1976: “Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundoos seguintes critérios: … V – os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão;” Método do Custo: Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas (NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos). Método da Reavaliação: Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo imobilizado cujo valor justo possa ser mensurado confiavelmente pode ser apresentado, se permitido por lei, pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes. A reavaliação de Bens de Uso, quando permitida por Lei, é efetuada para atualizar o valor contábil do Bem ao valor justo, ou seja, ao valor pelo qual o Bem pode ser negociado no mercado. Contabilmente, basta debitar a conta representativa do bem a ser reavaliado e creditar uma conta do Patrimônio Líquido. Poderá ser a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial ou Reserva de Reavaliação. Os Bens do Ativo Imobilizado podem ser baixados em decorrência de alienação (venda), desapropriação, perecimento, extinção, desgaste, obsolescência, exaustão, liquidação, ou ainda quando não houver mais expectativa de benefícios econômicos futuros com a sua utilização ou alienação. Na baixa de Bens do Ativo Imobilizado, que são tangíveis, certamente o referido bem tenha sofrido Depreciação ou Exaustão, caso em que se deverá apurar o ganho ou a perda de capital. O resultado positivo (lucro) ou negativo (prejuízo) obtido na baixa de Bens de Uso deve ser registrado em conta classificada no grupo das Outras Receitas ou das Outras Despesas. Considera-se Intangíveis os direitos que tenham por objeto Bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. É importante destacar que, conforme exigência contida na NBC TG 04, um Ativo somente poderá ser enquadrado na definição de intangível quando: a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou Passivo relacionado, independente da intenção de uso pela entidade; ou b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. Ativo Intangível deve ser reconhecido apenas se: a) for provável que os benefícios econômicos futuros esperados atribuíveis ao Ativo serão gerados em favor da entidade; e b) o custo do Ativo possa ser mensurado com confiabilidade. Fundo de Comércio (Goodwill): Fundo de comércio é o valor que se paga a maior, isto é, além do valor justo dos Ativos Líquidos por ocasião da compra do total ou de parte de uma empresa. Marcas e patentes: Esse título engloba dois Bens imateriais da mesma espécie: as marcas e as patentes. Normalmente representam pequenos gastos com o registro de marcas ou patentes de invenções próprias, ou ainda com a aquisição de direitos para o uso de marcas, patentes, processos de fabricação etc., mediante contratos firmados com terceiros. Exercícios: 01) (Contabilidade MPE RN FCC 2012): Os saldos das contas “Peças e Conjuntos de Reposição” e “Ajustes Patrimoniais Financeiros” são evidenciados no balanço Patrimonial, respectivamente, como: a) ativo circulante e intangível. b) imobilizado e patrimônio líquido. c) intangível e passivo não circulante. d) realizável a longo prazo e passivo circulante. e) diferido e intangível. 01) (Contabilidade MPE RN FCC 2012): Os saldos das contas “Peças e Conjuntos de Reposição” e “Ajustes Patrimoniais Financeiros” são evidenciados no balanço Patrimonial, respectivamente, como: a) ativo circulante e intangível. b) imobilizado e patrimônio líquido. c) intangível e passivo não circulante. d) realizável a longo prazo e passivo circulante. e) diferido e intangível. 2) 19) (MPE-SE — FCC/2009) São classificáveis no Ativo não circulante a) as receitas antecipadas. b) os estoques de mercadorias. c) as despesas de seguro. d) os itens dos ativos intangíveis. e) todas as aplicações financeiras. 2) 19) (MPE-SE — FCC/2009) São classificáveis no Ativo não circulante a) as receitas antecipadas. b) os estoques de mercadorias. c) as despesas de seguro. d) os itens dos ativos intangíveis. e) todas as aplicações financeiras. 3) (SEA-AP — FGV/2010) De acordo com as regras contábeis vigentes, o Ativo Não Circulante é composto: a) pelo ativo realizável a longo prazo, os investimentos, o imobilizado e o intangível. b) pelo ativo permanente, os investimentos, o imobilizado e o intangível. c) pelos investimentos, o imobilizado, o intangível e o diferido. d) pelo realizável, o ativo permanente, os investimentos, o imobilizado e o intangível. e) pelos ajustes presentes, os investimentos, o imobilizado e o intangível. 3) (SEA-AP — FGV/2010) De acordo com as regras contábeis vigentes, o Ativo Não Circulante é composto: a) pelo ativo realizável a longo prazo, os investimentos, o imobilizado e o intangível. b) pelo ativo permanente, os investimentos, o imobilizado e o intangível. c) pelos investimentos, o imobilizado, o intangível e o diferido. d) pelo realizável, o ativo permanente, os investimentos, o imobilizado e o intangível. e) pelos ajustes presentes, os investimentos, o imobilizado e o intangível. 4) (TRT — FCC/2009) São exemplos de bens que fazem parte do Ativo Imobilizado de uma empresa industrial do setor alimentício: a) terrenos em uso e investimentos em controladas. b) equipamentos do setor administrativo e direitos autorais. c) móveis e utensílios da diretoria e gasto com desenvolvimento de produtos. d) veículos usados pelos vendedores e marcas e patentes. e) máquinas da fábrica e benfeitorias em imóveis de terceiros. 4) (TRT — FCC/2009) São exemplos de bens que fazem parte do Ativo Imobilizado de uma empresa industrial do setor alimentício: a) terrenos em uso e investimentos em controladas. b) equipamentos do setor administrativo e direitos autorais. c) móveis e utensílios da diretoria e gasto com desenvolvimento de produtos. d) veículos usados pelos vendedores e marcas e patentes. e) máquinas da fábrica e benfeitorias em imóveis de terceiros. 5) (Exame de Suficiência – CRC) Recentemente, uma loteadora colocou à venda terrenos de ótima localização para fins residenciais. Uma empresa de grande sucesso, atuante no ramo de indústria têxtil, instalada numa cidade em crescimento, que possui recursos disponíveis por tempo indeterminado, decidiu adquirir dois terrenos no valor de R$ 50.000,00 cada, para fins de auferir rendas através de locação. Tal bem deve ser registrado no: a) Ativo Circulante. b) Ativo Realizável a Longo-Prazo. c) Ativo Permanente – Imobilizado. d) Ativo Permanente – Investimento. 5) (Exame de Suficiência – CRC) Recentemente, uma loteadora colocou à venda terrenos de ótima localização para fins residenciais. Uma empresa de grande sucesso, atuante no ramo de indústria têxtil, instalada numa cidade em crescimento, que possui recursos disponíveis por tempo indeterminado, decidiu adquirir dois terrenos no valor de R$ 50.000,00 cada, para fins de auferir rendas através de locação. Tal bem deve ser registrado no: a) Ativo Circulante. b) Ativo Realizável a Longo-Prazo. c) Ativo Permanente – Imobilizado. d) Ativo Permanente – Investimento. 6) Segundo o item 16 da NBC TG 27, como compreende o custo de um item do Ativo Imobilizado. 7) A reavaliação de bens de uso, quando permitida por Lei, é efetuada para atualizar o valor contábil do bem ao valor justo, ou seja, ao valor pelo qual o bem pode ser negociado no mercado. Contabilmente, como é feito o lançamento. 6) Segundoo item 16 da NBC TG 27, como compreende o custo de um item do Ativo Imobilizado. Seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos. 7) A reavaliação de bens de uso, quando permitida por Lei, é efetuada para atualizar o valor contábil do bem ao valor justo, ou seja, ao valor pelo qual o bem pode ser negociado no mercado. Contabilmente, como é feito o lançamento. Basta debitar a conta representativa do bem a ser reavaliado e creditar uma conta do Patrimônio Líquido. Poderá ser a conta Ajustes de Avaliação Patrimonial ou Reserva de Reavaliação. Contudo, enquanto não houver permissão legal e regulamentação derivada do CFC, a reavaliação de Bens do Imobilizado não pode ser efetuada.
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