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Composição do sangue - cascata de coagulação - sistema fibrinolítico - Hemostasia

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APG 12 – Sangue ralo 
Compreender a composição do sangue e seu 
processo de formação 
* células-tronco progenitoras e precursoras 
* granulocitopoiese, monocitopoiese, linfocitopoiese 
e megacariocitopoiese 
Explicar a cascata da coagulação sanguínea 
* processos de hemostasia 
* ativação dos fatores de coagulação e mecanismo 
reguladores 
* sistema fibrinolítico 
 
Sangue: 
 O sangue está contido em um compartimento 
fechado, o aparelho circulatório, que o mantém em 
movimento regular e unidirecional, devido 
essencialmente às contrações rítmicas do coração. O 
volume total de sangue em uma pessoa saudável é de 
aproximadamente 7% do peso corporal, cerca de 5 ℓ 
em um indivíduo com 70 kg de peso. 
 O sangue é um tipo especial de tecido conjuntivo que 
pode ser dividido em duas partes: plasma (parte 
liquida) e células sanguíneas (elementos figurados do 
sangue). 
Os glóbulos sanguíneos são os eritrócitos ou hemácias 
ou glóbulos vermelhos, as plaquetas e diversos tipos 
de leucócitos ou glóbulos brancos. 
 
Funções do sangue 
O sangue é principalmente um meio de transporte. 
Por seu intermédio, os leucócitos, dos quais alguns 
são fagocitários e representam uma das primeiras 
barreiras contra infecção, percorrem todo o corpo e 
podem concentrar-se nos tecidos atingidos por 
infecção, atravessando a parede dos capilares. O 
sangue transporta oxigênio e gás carbônico, o 
primeiro ligado à hemoglobina dos eritrócitos e o 
segundo ou ligado à hemoglobina ou dissolvido no 
plasma sob a forma de bicarbonato. Transporta 
escórias do metabolismo, que são removidas do 
sangue pelos órgãos de excreção. Tem ainda papel 
regulador na distribuição de calor, do equilíbrio 
acidobásico e do equilíbrio osmótico. Serve também 
como veículo de distribuição dos hormônios, o sangue 
possibilita a troca de mensagens químicas entre 
órgãos distantes. 
 
Composição do plasma 
O plasma é uma solução aquosa contendo 
componentes de pequeno e elevado peso molecular, 
que correspondem a 10% do seu volume. As proteínas 
plasmáticas correspondem a 7%, e os sais inorgânicos, 
a 0,9%, sendo o restante formado por compostos 
orgânicos diversos, tais como aminoácidos, vitaminas, 
hormônios e glicose. 
 O plasma é um veículo para o transporte de 
moléculas diversas. Entre as proteínas do plasma 
podem ser citados a albumina, a alfa, beta e 
gamaglobulinas e o fibrinogênio. A albumina 
representa um papel fundamental na manutenção da 
pressão osmótica do sangue. As gamaglobulinas são 
anticorpos, são chamadas de imunoglobulinas. O 
fibrinogênio é necessário para a formação de fibrina, 
na etapa final da coagulação do sangue. Diversas 
substâncias, que são insolúveis ou pouco solúveis em 
água, podem ser transportadas pelo plasma devido ao 
fato de se combinarem com a albumina ou com as α e 
β-globulinas, as quais atuam como transportadoras. 
 
Os componentes celulares do sangue 
Glóbulos vermelhos, ou hemácias ou eritrócitos: Os 
eritrócitos são células anucleadas em forma de disco 
bicôncavo. Apresentam uma coloração rósea-clara, 
quando corados pela hematoxilina-Eosina, com um 
halo central mais claro em consequência da 
biconcavidade. Este halo central nos eritrócitos 
normais corresponde a 1/3 do diâmetro da célula. 
Durante sua maturação na medula óssea, o eritrócito 
perde o núcleo e as outras organelas, não tendo, 
portanto, a possibilidade de renovar os sistemas 
enzimáticos, proteínas estruturais, lipídios e 
polissacarídeos, essências para a vida do corpúsculo, 
possuindo um tempo de vida limitado de cerca de 120 
dias. Após esse período, sua membrana torna-se mais 
rígida, sendo incorporada pelo sistema retículo-
endotelial, baço, fígado, e tendo seus componentes 
reaproveitados, inclusive o componente proteico da 
membrana, como a hemoglobina, para a formação de 
novas hemácias. A quantidade de hemácias presente 
no sangue de um indivíduo normal é na ordem de 3 a 
4 milhões por decilitro de sangue. Se for analisada a 
quantidade de leucócitos (células brancas), outro 
grupo células presente, é observada uma quantidade 
muito inferior, sendo de 5 mil a 8 mil leucócitos por 
decilitro de sangue. Por isso, considera-se, na prática, 
que quase todo o hematócrito é constituído de células 
vermelhas. 
O diâmetro dos eritrócitos varia de 6 μm a 8,5 μm. A 
função dos eritrócitos é o transporte de O2 e CO2. 
 
 
 
 
 
Leucócitos: os leucócitos são células que participam 
das defesas celulares e imunocelulares do organismo. 
Constantemente os leucócitos deixam os capilares por 
diapedese e migram para o local da inflamação. São 
produzidos na medula óssea vermelha, 
permanecendo temporariamente no sangue. Possuem 
2 classificações, os granulócitos e os agranulócitos. 
 Os granulócitos, também conhecidos por 
polimorfonucleares, são assim chamados por 
apresentarem granulações específicas no citoplasma e 
núcleo multilobulados, dispondo seu núcleo de forma 
irregular. Eles distinguem-se em três tipos de 
granulócitos: neutrófilos, eosinófilos e basófilos. 
 Os agranulócitos, dispõem seu núcleo sem 
lobulações, possuindo uma forma mais regular, e seu 
citoplasma não apresenta granulações especificas 
sendo chamados de mononucleares. Há dois tipos de 
agranulócitos: os linfócitos e os monócitos. 
 O número normal de leucócitos no adulto é de 4.500 
a 11.500 por microlitro (mm3) de sangue. O aumento 
no número de leucócitos o sangue chama-se 
leucocitose e a diminuição leucopenia. A contagem do 
número de leucócitos circulantes, feita pelo 
hemograma, pode apontar para a existência de 
diversos tipos de infecções; do mesmo modo, a 
análise morfológica do núcleo e do citoplasma dos 
leucócitos pode ser decisivo para o diagnóstico de 
diferentes doenças e síndromes. 
 
 
Neutrófilos: os neutrófilos são os leucócitos mais 
presentes no sangue, representando cerca de 60 a 
65% dos leucócitos do sangue circulante normal. 
 Eles estão relacionados a infecções do tipo 
bacteriana. Constituem a primeira linha de defesa 
celular contra a invasão de microrganismos, sendo 
fagócitos ativos de partículas de pequenas dimensões. 
 Os núcleos dos neutrófilos das pessoas do sexo 
feminino, mostram-se constantemente um pequeno 
apêndice, muito menor do que um lóbulo nuclear, 
com a forma de uma raquete. Essa raquete contém a 
cromatina sexual, constituída por um cromossomo X 
heterocromático (condensado) que não transcreve 
seus genes. 
 
 
Eosinófilos: os eosinófilos representam cerca de 2-4% 
dos leucócitos. Estas funcionam na destruição de 
vermes parasitários e na hidrólise de complexos 
antígeno-anticorpos internalizados pelos eosinófilos. 
Em algumas parasitoses e nas doenças alérgicas o 
número de eosinófilos aumenta. 
 
Basófilos: os basófilos são os leucócitos circulantes 
mais raros, correspondem menos de 1% dos 
leucócitos. 
Participam dos processos alérgicos e possuem 
receptores para imunoglobulinas E. Eles liberam seus 
grânulos e as substâncias ativas neles contidas para o 
meio extracelular, sob a ação dos mesmos estímulos 
que promovem a expulsão dos grânulos dos 
mastócitos. Os basófilos têm um papel na 
hipersensibilidade imediata (asma brônquica) e tardia 
(reação alérgica cutânea) e na propagação da resposta 
imunológica. 
 
Linfócitos: os linfócitos são responsáveis pela defesa 
imunológica do organismo. Essas células reconhecem 
moléculas estranhas existentes em diferentes agentes 
infecciosos. Combatendo por meio de resposta 
humoral (produção de imunoglobulinas) e resposta 
citotóxica mediada por células. Eles representam de 
20 a 30% dos leucócitos na circulação. 
 Os linfócitos podem ser divididos em 2 tipos, T e B. A 
célula precursora dos linfócitos se origina na medula 
óssea. Os linfócitos B estão envolvidos na defesa 
humoral do organismo, pois se diferenciam-se em 
plasmócitos, que por sua vez, produzem os 
anticorpos. Os linfócitosT são os mais numerosos no 
sangue. Estes são fundamentais pelas respostas 
imunitárias de base celular, que não dependem dos 
anticorpos circulantes. A função dos linfócitos T é 
facilitar a produção de anticorpos pelos linfócitos B. 
Graças a estas células, quando um antígeno invade o 
organismo pela segunda vez, a resposta imunitária em 
geral é muito mais intensa e mais rápida. 
 
Monócitos: os monócitos são os maiores leucócitos 
circulantes, e representam de 4 a 8% dos leucócitos 
na circulação sanguínea. Os monócitos do sangue 
representam uma fase na maturação da célula 
mononuclear fagocitária originada na medula óssea. 
Esta célula passa para o sangue, onde permanece 
apenas por alguns dias, e, atravessando por diapedese 
a parede dos capilares e vênulas, penetra alguns 
órgãos, transformando-se em macrófagos, que 
constituem uma fase mais avançada na vida da célula, 
fazendo parte do sistema fagocítário mononuclear. 
 
Plaquetas: as plaquetas são corpúsculos anucleados e 
apresentam forma irregular. São estruturas 
resultantes da fragmentação do citoplasma dos 
megacariócitos da medula óssea. Sua vida média é de 
nove dias. O número de plaqueta no sangue periférico 
varia de 150.000 a 400.000 plaquetas/μL de sangue. 
 Elas participam do processo de formação do coágulo 
quando há uma lesão, não deixando que ocorra uma 
hemorragia. Normalmente, existem de 150 mil a 450 
mil plaquetas por microlitro de sangue. 
 
Hematopoiese: 
Hematopoiese é o processo de formação, 
desenvolvimento e maturação dos elementos do 
sangue (eritrócitos, plaquetas e leucócitos) a partir de 
um precursor celular comum e indiferenciado 
conhecido como célula hematopoiética pluripotente, 
ou célula-tronco, unidade formadora de colônias 
(UFC), hemocitoblasto ou stem-cell. As células-tronco 
que no adulto encontram-se na medula óssea são as 
responsáveis por formar todas as células e derivados 
celulares que circulam no sangue. 
 A medula óssea é o órgão mais importante da gênese 
das mais diversas células sanguíneas pois lá estão as 
células-tronco que dão origem a células progenitoras 
de linhagens mielocíticas, linfocítica, megacariócitos e 
eritroblastos. 
 
Células-tronco: são as células menos diferenciadas 
responsáveis pela formação dos elementos figurados 
do sangue; as células-tronco dão origem às células 
progenitoras cuja progênie são as células precursoras. 
 Todas as células do sangue originam-se das células-
tronco hematopoéticas pluripotentes (CTHP), ou stem 
cell, que passará a sofrer sucessivas mitoses e que 
participará de um processo de diferenciação para dar 
origem as duas principais linhagens: a mieloide e a 
linfoide. 
 Células progenitoras são unipotentes (estão 
comprometidas a formação de uma única linhagem 
celular) e têm uma capacidade limitada de 
autorrenovação. 
 Células precursoras originam-se das células 
progenitoras e não tem capacidade de 
autorrenovação. Com o avanço da maturação e 
diferenciação celular, passando por estágios 
intermediários em que células sucessivamente 
tornam-se menores, os nucléolos desaparecem, a 
malha da cromatina fica mais densa, e as 
características citoplasmáticas aproximam-se mais de 
células maduras (induzidos por citocinas). Estas 
células passam por uma série de divisões e 
diferenciações até se transformarem em uma célula 
madura. Todas as células amadurecem na medula e 
são lançadas na corrente, com exceção dos linfócitos 
T, que se originam na medula, mas amadurecem e se 
diferenciam no timo, para só depois cair na circulação. 
 
Diferenciação sanguínea: a “estirpe mielóide” diz 
respeito aos eritrócitos, plaquetas, leucócitos 
granulares e monócitos-macrófagos. O nome do 
desenvolvimento dessas células recebe o nome de 
mielopoiese. A “estirpe linfóide” diz respeito, 
unicamente, aos linfócitos, que podem ser do tipo 
linfócito B e linfócito T, sendo conhecido por 
linfopoiese o desenvolvimento dessas células. 
 
Granulocitopoiese: consiste na produção de células 
sanguíneas brancas que formam os granulócitos que, 
em circunstâncias normais, praticamente não é um 
componente ativo da hematopoese como é a 
eritropoese. 
 
Monocitopoiese: é a formação dos monócitos a partir 
das UFC-M (unidade formadora de colónias 
monocíticas ou monócitos). Os monócitos podem se 
localizar como células fixas em órgãos como no baço, 
alvéolos pulmonares, e no fígado. Sua função principal 
consiste em fagocitar bactérias, microbactérias, 
fungos, protozoários ou vírus. 
 
Linfocitopoiese: processo de formação dos linfócitos. 
A célula mais jovem da linhagem é o linfoblasto, que 
forma o prolinfócito, formando este, por sua vez o 
linfócito maduro. O linfócito B sai maduro da medula 
óssea, enquanto que os linfócitos T migram para o 
timo para completarem o processo de maturação. 
 
Megacariocitopoiese: é o processo de 
desenvolvimento celular, que conduz à produção de 
plaquetas. A proteína codificada por este gene é um 
fator humoral de crescimento necessário para a 
proliferação e maturação megacariocítica, bem como 
para a trombopoietina. 
 
Hemostasia 
Hemostasia é, o processo fisiológico do corpo humano 
responsável, em manter o sangue fluído no interior do 
vaso sanguíneo. É o que se costuma chamar de 
coagulação sanguínea. 
 Os componentes desse sistema são: vaso sanguíneo, 
plaquetas e fatores da coagulação. É preciso estar 
tudo em harmonia para evitar os maléficos extremos: 
hemorragia e trombose. 
 A integridade desse processo, faz com que quando 
temos um corte, por menor que seja o sangramento 
seja estancado através da formação do coágulo. 
Entretanto, esse coágulo deve ser transitório e ser 
dissolvido, de modo que também não cause um dano 
maior que é a trombose. Problemas em algum desses 
setores vão originar as doenças da coagulação. 
 A hemostasia acontece em três etapas que 
acontecem de forma rápida e coordenada e envolve 
principalmente plaquetas e proteínas responsáveis 
pela coagulação e fibrinólise. 
 
1. Hemostasia primária 
A hemostasia tem início a partir do momento que 
ocorre lesão no vaso sanguíneo. Como resposta à 
lesão, acontece a vasoconstrição do vaso lesionado 
com o objetivo de diminuir o fluxo sanguíneo local e, 
assim, evitar a hemorragia ou a trombose. 
 Ao mesmo tempo as plaquetas são ativadas e aderem 
ao endotélio dos vasos por meio do fator de von 
Willebrand (promove a fase de adesão plaquetária da 
hemostasia, por meio da ligação com um receptor na 
superfície da membrana das plaquetas, ligando assim 
as plaquetas à parede do vaso). Em seguida as 
plaquetas alteram o seu formato para que possam 
liberar o seu conteúdo no plasma, que tem como 
função recrutar mais plaquetas para o local da lesão, e 
passam a aderir umas as outras, formando o tampão 
plaquetário primário, que possui efeito temporário. 
 
2. Hemostasia secundária 
2.1 Cascata de coagulação Ao mesmo tempo que 
ocorre a hemostasia primária, a cascata de coagulação 
é ativada, fazendo com que as proteínas responsáveis 
pela coagulação sejam ativadas. Como resultado da 
cascata de coagulação há formação de fibrina, que 
tem como função reforçar o tampão plaquetário 
primário, tornando-o mais estável. 
 Os fatores da coagulação são proteínas que circulam 
no sangue em sua forma inativa, mas são ativadas de 
acordo com a necessidade do organismo e possuem 
como objetivo final a transformação do fibrinogênio 
em fibrina, que é essencial para o processo de 
estancamento do sangue. 
 Esse processo é chamado de cascata de coagulação, 
pois um fator depende do outro para que ocorra a sua 
ativação, sendo divididos em: 
 
Via INTRÍNSECA: após ocorrer a lesão tecidual, o vaso 
sanguíneo lesionado começa a liberar fatores 
tissulares, como colágeno e enzimas, que ativam o 
fator XII → XII-A. Agora ativa o fator XI → XI-A, esse 
quando na presença do cálcio ativa o fator IX → IX-A.Na presença do cálcio e do fator VIII, ativa o fator X → 
X-A. Junto ao cálcio e do fator V, ativa o fator II 
(protrombina) → II-A (trombina). Ativa o fator I 
(fibrinogênio) → I-A (fibrina). 
 
 
Via EXTRÍNSECA: após ocorrer a lesão tecidual, o vaso 
sanguíneo lesionado começa a liberar fatores 
tissulares, como a tromboplastina (inativa a heparina, 
que é um anticoagulante), essa ativa o fator VII → VII-
A, que ativa o fator X → X-A. A partir daqui o processo 
se assemelha com o da via intrínseca, chamado de via 
comum. O fator X-A, Junto ao cálcio e do fator V, ativa 
o fator II (protrombina) → II-A (trombina). Ativa o 
fator I (fibrinogênio) → I-A (fibrina). 
 
 
 
* A diferença entre a via intrínseca e a extrínseca se 
dá pelo local em que os componentes que atuam na 
coagulação se encontram. Sendo na intrínseca 
somente elementos do espaço intravascular e a 
extrínseca elementos intra e extravasculares. 
 
3. Fibrinólise 
A fibrinólise é a terceira etapa da hemostasia e 
consiste no processo de destruição do tampão 
hemostático, de forma gradual, para restaurar o fluxo 
sanguíneo normal. Esse processo é mediado pela 
plasmina, que é uma proteína proveniente do 
plasminogênio e que tem como função degradar a 
fibrina. 
Sistema fibrinolítico 
 A palavra fibrinólise é formada pela junção dos 
termos fibrina, nome de uma proteína essencial à 
formação do coágulo, e lise, que significa dissolução. 
Este é o processo de dissolução progressiva da fibrina 
e assim do coágulo, que posteriormente à sua 
formação deve ser dissolvido. O sistema fibrinolítico 
desempenha um importante papel nessa dissolução e 
na manutenção da integridade dos tecidos implicados. 
Normalmente, ela é degradada pela plasmina, 
levando à produção de fragmentos circulantes que 
são depois degradados por outras enzimas ou 
eliminados pelos rins e pelo fígado. 
 Nesses casos, a fibrinólise protege o organismo 
contra os riscos de uma trombose ou de uma embolia, 
que poderiam obstruir uma artéria, causando, entre 
outras coisas, infarto do miocárdio, embolia pulmonar 
ou acidente vascular cerebral, todas essas são 
condições potencialmente mortais. O processo da 
fibrinólise corresponde à recanalização dos vasos 
sanguíneos obstruídos. 
 O sistema fibrinolítico dissolve a fibrina e desfaz o 
coágulo. Existe uma proteína inativa de origem 
hepática, o plasminogênio, que quando ativada por 
um dos fatores da coagulação em plasmina é capaz de 
degradar a fibrina em produtos mais elementares. O 
processo de coagulação e o sistema fibrinolítico ficam 
sendo permanentemente ativados e desativados, 
fazendo que o sangue continue líquido. 
 
 
Processo: 
Vaso lesionado → vasoconstrição → adesão das 
plaquetas às fibras de colágeno da parede vascular → 
mudança na forma das plaquetas → liberação de 
grânulos (fatores ativos) → adesão ao colágeno do 
tecido e à proteína chamada fator de von Willebrand 
→ agregação plaquetária (junção de várias plaquetas) 
→ tampão plaquetário solto → formação de 
filamentos de fibrina → tampão plaquetário 
compacto. 
 
Mecanismos reguladores da coagulação 
A coagulação é modulada por alguns mecanismos: 
1. Diluição de pró-coagulantes no sangue em fluxo; 
2. Remoção de fatores ativados por meio do sistema 
retículo endotelial, em especial no fígado; 
3. Controle por vias antitrombóticas naturais. 
 
• Sistema Antitrombina–Heparan Sulfato: A AT é um 
inibidor de protease plasmático circulante. Inibe a 
trombina e o fator Xa, o fator XII ativado e o fator XI. 
Na ausência da glicosaminoglicana heparina, a AT 
inibe a trombina e o fator Xa de forma relativamente 
lenta (a inibição complete requer pouco minutos). 
Quando presente, a heparina se liga a um sítio 
discreto na molécula de AT, a qual então sofre uma 
alteração conformacional que inibe a trombina de 
forma instantânea e irreversível. Este aumento da 
inibição de trombina e fator Xa é a base do uso 
terapêutico da heparina como anticoagulante. 
 
• Proteína C e proteína S – Sistema de 
Trombomodulina: A trombomodulina é uma proteína 
integral de membrana encontrada no endotélio 
vascular. A ligação da trombina à trombomodulina 
resulta em mudança significativa das especificidades 
do substrato da trombina: esta deixa de formar 
coágulos de fibrinogênio ou de ativar plaquetas. Por 
outro lado, a trombina adquire a capacidade de ativar 
a proteína C no plasma. A proteína C ativada degrada 
o fator Va e fator VIIIa, que são os dois cofatores 
responsáveis pela montagem do complexo de 
protrombinase e tenase intrínseca na cascata de 
coagulação. 
 
• Fator Tecidual Via Inibidor: TFPI é um inibidor de 
protease plasmático circulante sintetizado pelo 
endotélio microvascular. Diferente de AT, a 
concentração plasmática de TFPI é baixíssima. O TFPI 
inibe o fator Xa. O complexo TFPI/fator Xa se torna 
um inibidor efetivo do fator tecidual/fator VIIa, 
mediando assim a inibição por feedback do fator 
tecidual/fator VIIa. Os níveis plasmáticos de TFPI 
aumentam bastante após a administração intravenosa 
de heparina. Esta liberação de TFPI endotelial pode 
contribuir para a eficácia antitrombótica da heparina 
e da heparina de baixo peso molecular. Embora 
estudos realizados com animais tenham sugerido usos 
terapêuticos para o TFPI recombinante, os estudos 
clínicos fracassaram. 
 
Referências: 
 
AIRES, M.M. - Fisiologia. Ed. Guanabara Koogan. 4ª 
edição, Rio de Janeiro, 2017 
 
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia 
Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017 
 
TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Princípios de 
anatomia e fisiologia. 12ª. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010.

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