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ATIVIDADE 1 - SPRIV - PROTEÇÃO CONTRA FURTOS E VIOLAÇÃO DE NORMAS - 51-2022

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ATIVIDADE 1 - SPRIV - PROTEÇÃO CONTRA FURTOS E VIOLAÇÃO DE NORMAS - 51/2022
A 31ª edição da Operação Desmanche em Capão da Canoa e Torres marcou, nesta quinta-feira (16), um ano de atividades e a primeira força-tarefa executada no Litoral. Dois estabelecimentos foram vistoriados e interditados. A operação foi designada pelo governador José Ivo Sartori após a Lei dos Desmanches entrar em vigor em 2015, com o objetivo de combater crimes e a atuação de estabelecimentos ilegais e comerciais. Em Capão da Canoa, o dono do estabelecimento foi autuado pelo Comando Ambiental da Brigada Militar por dano e pelo Corpo de Bombeiros de Capão pela ausência do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios. Cerca de 10 toneladas de sucata automotiva foram apreendidas e trituradas. O local foi lacrado e interditado. 
Em Torres, a ação teve a participação do Batalhão de Aviação da BM, da Patrulha Ambiental de Torres, do Corpo de Bombeiros e da Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (Smic). Cerca de 60 toneladas foram apreendidas e os responsáveis, além de autuados pelo Detran, receberam um termo circunstanciado da Patrulha Ambiental e uma notificação de infração para regularizar itens apontados pelo Corpo de Bombeiros. Os Bombeiros passaram a integrar a operação para fiscalizar a existência e a validade do Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndios das empresas.
Adaptado de: https://estado.rs.gov.br/operacao-desmanche-completa-1-ano-com-primeira-forca-tarefa-no-litoral
A partir do exposto acima, somados aos estudos realizados até o presente momento, é possível identificar que o José Ivo Sartori após a Lei dos Desmanches entrar em vigor em 2015, objetivava a diminuição de um crime em específico. Dessa forma, identifique: qual é este crime? Quais os elementos necessários para a sua caracterização? Ele ocorreu na forma simples ou qualificada? Justifique.
 
O crime é o de receptação, previsto no artigo 180, do Código Penal, que prevê pena de reclusão de 01 a 04 anos, e multa (comprador). Para quem comercializa a pena é ainda maior, reclusão de 03 a 08 anos, e multa (receptação qualificada).
A forma qualificada prevê pena de reclusão de três a oito anos e multa, caso o sujeito ativo pratique o crime de receptação durante o exercício de atividade comercial ou industrial.
O Art. 180 do Código Penal tipifica a conduta de adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio, algo que sabe ser produto de crime, ou influir para que terceiro, de boa-fé, adquira-a, receba ou oculte, o que culmina em pena de um a quatro anos e multa. Podemos visualizar no caput do Art. 180 do Código Penal duas espécies de receptação: própria e imprópria. Diz-se própria quando a conduta do agente se amolda a um dos comportamentos previstos na primeira parte do caput quando o agente: adquire, recebe, transporta, conduz ou oculta, em proveito próprio ou alheio, algo que sabe ser produto de crime. E imprópria quando o agente leva a efeito o comportamento previsto na segunda parte do caput, ou seja, quando influi para que terceiro, de boa-fé, adquira-a, receba ou oculte.
O agente, na receptação própria, pratica as seguintes condutas: ■ Adquirir. ■ Receber. ■ Transportar. ■ Conduzir. ■ Ocultar.
Consuma-se o delito em estudo quando o agente, depois de tomar conhecimento de que a coisa alheia móvel chegou ao seu poder por erro, caso fortuito . A prática de atos exteriores, no entanto, como no caso de descoberto, mas recusa a devolução da coisa ou dela se desfaz como se fosse dono, demonstra o elemento subjetivo necessário à caracterização do delito, entendendo-se por consumada a infração penal (GRECO, 2017).
O § 2º do art. 180 do Código Penal, inserido pela Lei n. 9.426, de 24 de dezembro de 1996, criou uma cláusula de equiparação, em que se equipara à atividade comercial, para efeito do parágrafo anterior, qualquer forma de comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência. A origem dessa inserção se deveu, basicamente, às hipóteses de desmanches clandestinos de veículos, “muito comuns desde muito em nossa sociedade” (GRECO, 2017, p. 960). Somente aqueles que estiverem no exercício de atividade comercial ou industrial, seja ela irregular ou clandestina, ainda que praticada em residência, poderão figurar como sujeito ativo da receptação qualificada, prevista pelo § 1º do Art. 180 do Código Penal, tratando-se, pois, nesse sentido, de crime próprio. Ao contrário, qualquer pessoa poderá figurar como sujeito passivo da receptação qualificada, visto que não há nenhuma qualidade ou condição especial exigida pelo tipo penal do § 1º do Art. 180 do diploma repressivo. 
Consuma-se o delito de receptação qualificada (§ 1º do art. 180 do CP) quando o agente, efetivamente, adquire, recebe, transporta, conduz, oculta, tem em depósito, desmonta, monta, remonta, vende, expõe a venda ou de qualquer forma utiliza, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime (GRECO, 2017,p. 961). Tratando-se de crime plurissubsistente, composto de fases que podem ser bem definidas separadas em uma, faz-se possível a ação penal por tentativa.

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