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resumo etica e direitos humanos

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ÉTICA & Moral
Ética: vem do grego, ethos e significa: “o modo de ser, o caráter”
Moral: vem de morales e faz inferência ao significado de “costume” de uma cultura (Motta, 1984). 
ÉTICA [grego: ethos]
Éthos: morada dos homens, costume, estilo de vida remete à ideia de uma exterioridade, refere-se aos valores de uma sociedade em um determinado momento, que são incessantemente (re)construídos remete à ideia de uma reflexividade do sujeito sobre si mesmo, refere-se a uma construção permanente de si; caráter pessoal, “padrão relativamente constante de disposições morais, afetivas, comportamentais e intelectivas de um indivíduo”. (Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa)
MORAL [latim: mos ou mores]: Usado (provavelmente por Cícero) para traduzir o vocábulo ethos: quase idêntica história semântica ao termo grego ethos. 
Designando originariamente a morada dos homens e dos animais, amplia gradualmente seu significado para denotar, do ponto de vista coletivo, os costumes, e de um ponto de vista individual, o modo de ser — o caráter. (Gontijo, 2006)
Apesar da divergência de significados, há uma forte relação e articulação entre estes dois termos, na medida em que a ética tem como principal objetivo o estudo da moral;
Tem-se uma relação dialética entre o construto da ética e o constructo da moral e, nessa relação, é possível observar algumas implicações como, por exemplo, a forma pela qual a moral implica a ética para se repensar e como a ética é construída pela moral vigente
A moral refere se às leis que normatizam as condutas humanas e a ética corresponde aos ideais que dão sentido à vida.
Código civil de 1916
Art. 233. O marido é o chefe da sociedade conjugal.
Compete-lhe: O direito de autorizar a profissão da mulheres a sua residência fora do tecto conjugal.
Como se não bastasse, o artigo 242, inciso VII ainda reforça a impossibilidade de exercer a profissão sem o consentimento do marido:
Art. 242. A mulher não pode, sem autorização do marido (art. 251)
VII. Exercer profissão (art. 233, nº IV).
1) As mulheres casadas eram consideradas relativamente incapazes
Por incrível que pareça, enquanto a mulher fosse casada, ela era considerada relativamente incapaz.
Vejamos o artigo 6º, inciso II do CC/16:
Art. 6. São incapazes, relativamente a certos atos (art. 147, n. 1), ou à maneira de os exercer:
As mulheres casadas, enquanto subsistir a sociedade conjugal.
O que é certo? O que é errado?
Construindo a linha do tempo sobre o conceito de ética
Filosofia grega clássica e sua relação com a ética
Século IV: Surgimento da polis grega e da democracia grega;
Lugar epistemológico da filosofia grega clássica: a partir de Sócrates, o objeto passa a ser o ser humano; 
Filosofia da Natureza – Filosofia política 
Antropocentrismo
Quem foi Sócrates?
Autor da frase: “Só sei que nada sei”; “conhece-te a ti mesmo”, filósofo ateniense do período clássico da Grécia Antiga; Falecimento: 399 a.C., Atenas Clássica
A ética para Sócrates - Método socrático;
Maiêutica: “parto da ideia”; parir a ideia que já está dentro de você;
Sócrates se considerava um parteiro de ideias; 
O MÉTODO SOCRÁTICO:
Ironia: faz um monte de perguntas
Agora que você sabe que não sabe:
Indução do parto: uma nova série de perguntas;
construção: depois que ela é parida, cuidamos igual criança... 
Pariu a ideia: o conhecimento sobre o conceito que me leva a agir conforme aquele conceito;
Agir mau é agir por ignorância;
Para Sócrates, é por meio da maiêutica me torno “ético”
A ética para Platão
Você saindo da doxa (opinião) para a episteme;
A ética platônica tem como finalidade conduzir o homem à prática do bem.
O racionalismo;
A ética para Aristóteles
Ética como um determinado tipo de saber: designa o exercício das excelências humanas ou virtudes morais, assim como o exercício da reflexão crítica e metódica sobre os costumes.
O vício não como ignorância, mas como excesso ou falta com relação à virtude, que é o meio-termo;
A ética de Aristóteles: a virtude como um meio-termo entre o excesso e a falta; a ética das virtudes
Em "Ética a Nicômano" Aristóteles nos fala, grosso modo, de dois tipos de Ética: 
Pessoal, onde o indivíduo deve lidar com a tensão entre as paixões e a razão que o habitam.
Social: que implica no dever em contribuir para a o bem da coletividade. 
Estes dois tipos de Ética, no entanto, nem sempre são convergentes ou complementares, ao contrário, muitas vezes o que o bom para a pessoa não o é para a coletividade. 
ÉTICA PROFISSIONAL E CÓDIGO DE ÉTICA DO PSICÓLOGO
Princípios Universais dos Direitos Humanos
Princípios Fundamentais consagrados pelo Código de Ética dos Psicólogos (as), refletem os princípios universais dos Direitos Humanos e ressaltam:
A responsabilidade profissional na promoção da "saúde das pessoas e coletividade" (ArtII)
A importância de analisar crítica e historicamente a "realidade política, econômica, social e cultural" (Art. III).
Ética na Psicologia e Direitos Humanos
A regulamentação da profissão da psicologia, ocorreu pela Lei nº 4.119 de 27 de agosto de 1962
20 de dezembro de 1971, foi aprovada a Lei no 5.766, sobre a criação dos Conselhos Profissionais de Psicologia e do Conselho Federal de Psicologia. 
Em 1973 foi criado oficialmente o Sindicato dos Psicólogos no Estado de São Paulo (Spesp) e foi instalado o Conselho Federal de Psicologia. 
Apenas em 1974 é que foram criados os Conselhos Regionais de Psicologia.
O psicólogo pode utilizar seus saberes e práticas para promover ou induzir convicções morais, ideológicas, políticas ou religiosas?
O que diz o Código de Ética da Psicologia?
Art. 2º –Ao psicólogo é vedado:
b) Induzir a convicções políticas, filosóficas, morais, ideológicas, religiosas, de orientação sexual ou a qualquer tipo de preconceito, quando do exercício de suas funções profissionais.
Regulamentação da Profissão do Psicólogo - 1962
Lei nº 4.119 de 27 de agosto - Regulamentação da Profissão
1971 - Lei no 5.766 Criação do Conselho Federal de Psicologia
1974 - Criação dos Conselhos Regionais
Discussão teórica
F. F. Psicologia no contexto da ditadura civil-militar e ressonâncias na contemporaneidade. Psicologia: Ciência e Profissão, 37(n. spe), 8290.
Como agir em situações não previstas pelo Código de Ética ou que exijam uma interpretação crítica do seu conteúdo?
Fundamentos, princípios e normas do Código de Ética Profissional do Psicólogo
Código de Ética – Deontologia 
Estudo da moral que estabelece os limites da prática profissional na sua relação com a sociedade!
A ética, por definição, não ignora a existência de regras e normas morais que organizam as relações numa sociedade. Ao contrário, reconhece a sua existência, ao mesmo tempo em que a analisa criticamente.
Código de Ética Profissional do Psicólogo(COEPP) 1987 – 2004 - 2005
Processo reflexivo e dinâmico
Código de Ética: Profissão - Práticas e Condutas - Demandas Sociais - Padrões Técnicos - Normas Éticas, Princípios e Normas – Autorreflexão
Fundamentos Éticos: A atuação dos(as) psicólogos(as), segundo a lógica ÉTICA, deve manter um padrão técnico que assegure o respeito aos valores MORAIS considerados relevantes para a sociedade. Ao eleger como ideal os valores expressos na Declaração Universal de Direitos Humanos, o Código de Ética da Psicologia estabelece, como norte, a construção de uma sociedade igualitária e justa, ideais que traduzem o compromisso social da profissão.
Código de Ética Profissional: A versão atual do nosso Código de Ética, possui um caráter orientador, que prima pela autorreflexão, exigindo de cada profissional uma avaliação constante acerca da sua práxis de modo a responsabilizá-lo, pessoal e coletivamente, por suas ações e consequências no exercício profissional.
Compromisso – Responsabilidades - Cidadania e Direitos Humanos
Estrutura do COEPP
Apresentação (p. 5) –Princípios gerais
Princípios Fundamentais (p. 7) –I ao VII
Das Responsabilidades dos Psicólogos (p. 8) –Art. 1 ao 20.
DasDisposiçõesGerais (p. 16) –Art. 21 ao 25
Total:20 páginas
Quais são os limites?
“EXCETUANDO-SE OS CASOS PREVISTOS EM LEI, O PSICÓLOGOPODERÁ DECIDIR PELA QUEBRA DE SIGILO, BASEANDO SUA DECISÃO NA BUSCA DO MENOR PREJUÍZO” (CFP, 2005, p.13).
É dever do(a) psicólogo(a) respeitar o sigilo profissional, mas poderá decidir pela quebra de sigilo quando decidir que essa decisão causará um prejuízo menor do que mantê-lo? 
Estudo de Caso: Uma terapeuta psicóloga atende um paciente por muitos anos. Durante uma das sessões, ele relata que decidiu matar sua esposa e filhos e se matará em seguida. Diferente das outras vezes, nesse dia, a terapeuta acredita que ele vá cumprir sua “promessa” e partir para a ação, ou seja, cometer um assassinato e, logo depois, se suicidar. Cria-se, então, um dilema para a psicóloga: manter o sigilo sabendo que pode ser cúmplice de um crime anunciado ou alertar as pessoas que podem intervir na situação, evitando assim um “mal maior”?
Estudo de Caso
A psicóloga resolve, então, comunicar aos responsáveis a situação do paciente e as suas conclusões. O evento trágico é evitado. Meses depois, a terapeuta é chamada à Comissão de Orientação e Ética.
Ante a um desfecho pouco favorável para a psicóloga, poderíamos conjecturar:
Imaginemos que a terapeuta resolva respeitar o sigilo, mas, tragicamente, o paciente cumpre sua promessa. Tempos depois, para sua surpresa, a terapeuta é chamada à Comissão de Orientação e Ética (COE): parentes alegam que a morte dos seus familiares poderia ser evitada, se a psicóloga...quebrasse o sigilo!
Ante uma aparente contradição e a ausência de respostas corretas diante de certas situações que envolvem ética profissional, cabe-nos REFLETIR!
Eis o dilema mais concreto da ética, que se realiza numa prática que conclama à reflexão permanente e contínua!
ÉTICA SOB OS HOLOFOTES TELEVISIVOS
Durante um reality show, um artista é chamado para contar a sua história. Ao longo de 15 minutos, a plateia do estúdio e os espectadores assistem ao vivo, escutam e observam atentamente enquanto o homem conta sobre angústias, medos, conflitos e desafios pessoais. Atrás das câmeras, uma psicóloga ouve atentamente o relato, faz suas anotações e elabora perguntas que fará logo depois, a fim de esclarecer algum ponto que, porventura, o artista considere importante.
A psicóloga está a postos, com seu diagnóstico completo, pronto para ser lido perante as câmeras para cativar a multidão de espectadores que esperam ansiosos a interpretação técnica daquela história.
Durante a exposição da psicóloga, nada escapa ao seu olhar atento e minucioso. Sua fala desfila complexos, neuroses, personalidades mal estruturadas e traumas psíquicos que se sucedem numa sequência de teorias e autores. Tudo organizado numa ordem previamente concebida para cativar o público e demonstrar seu domínio da técnica. 
Ao final do quadro: o choro do artista, o abraço da psicóloga e os aplausos efusivos denunciam o sucesso da atração. Ela considera não ver nada de errado no formato do reality show, aliás, considera que sua participação divulga a profissão.
				 ÉTICA SOB OS HOLOFOTES TELEVISIVOS
Art. 19:
“O PSICÓLOGO, AO PARTICIPAR DE ATIVIDADE EM VEÍCULOS DE COMUNICAÇÃO, ZELARÁ PARA QUE AS INFORMAÇÕES PRESTADAS DISSEMINEM O CONHECIMENTO A RESPEITO DAS ATRIBUIÇÕES, DA BASE CIENTÍFICA E DO PAPEL SOCIAL DA PROFISSÃO” (CFP, 2005, p. 15)
Qual o posicionamento ético mais adequado?
Caso1: Violência física contra a mulher
MariadaPenhaéfuncionáriadeumaempresaTerceirizadaqueatuacomlimpezapredial.Recentemente,apareceunoespaçodetrabalho(umprédiocommuitaslojasconhecidasdacidade),comhematomanoolho.Esteepisódiocausouumburburinhoentreasvendedoras,comquemelamantêmconvivênciadiária.AspessoascomeçaramacomentarquePenha–comoéchamadapelasfuncionáriaslocais–emenfrentadosériosproblemascomseucompanheiro.Diantedofato,algunsrepetiramochavão“embrigademaridoemulherninguémmeteacolher”.Diasdepois,Penhafoitrabalharmuitomachucadaepediuajudaàdonadeumadaslojas,queacionouoServiçodePsicologiadaEmpresaTerceirizadanaqualelapossuivínculo.
Qual o posicionamento ético mais adequado?
Caso2:Violandoodireitodelivreexpressãodaorientaçãosexual
CássiaeDanielasãoestudantesdoCursodePsicologiaeestãonamorandohádoismeses.NasemanapassadaumcolegafoiatéaCoordenaçãodeCursoindignadoporterassistidoasduassebeijandoemfrenteaInstituição.
Oaluno,comentouissocomcolegas,quenasemanaseguintecercaramasduasmulheresnohoráriodointervalo,dizendoqueelasprecisavamdehomensparaaprenderemasermulheresdeverdade.Disseramaindaqueiriamdar“umjeitonisso”.Apsicólogaeducacionalobservouaaglomeraçãoeaproximou-sedogrupofazendocomquevoltassemassuassalasdeaula.DesdeentãoasmulheresestãocommuitomedocircularnoespaçodaUniversidade,masnãoquiseramcomentarofatocomafamíliapormedodeseremrepreendidasporestaremnamorandoumaaoutra.
Qual o posicionamento ético mais adequado?
Caso3:ViolênciacontraEstudanteNegranaescola
OpenteadodaCarlade12anoscausoupolêmicaemumaescoladaRedePúblicaEstadualemCuritiba.Aescolarepreendeuàestudante,queénegradizendoquedeveria“manterseucabelosobcontrole”.Elalevaoassuntoparasuapsicóloga,contandoquefoialvodediscriminaçãoracial,porcontadoseucabelo,oquealevouaprocuraradireçãodaescolaparaseprotegerdeseusagressores.Porém,Carlarelataqueosadministradoresdaescolaafirmaramqueeladeviamudarseucabelo.Aestudantecomentousobreseupenteado,afirmandoterorgulhoqueeleconfereasuapersonalidade.Comessasituação,ameninacogitatrocardeescola:
“Estoudeprimidaemdeixarmeusamigosepessoasqueeuconheçoháumtempo,maseuprefiroissodoqueosdiretoreseadministradorespegandonomeupéedizendoqueeudeveriamudarmeucabelo”
Amãedela,apoiaafilhaeafirmouquenãoirárecuardiantedasameaças,buscandotodososseusdireitos:
“Elavaimanterseucabeloassim!Elaélindadojeitoqueelaé!”–ressaltouamãedamenina,afirmandoqueirálutarporCarla.
CÓDIGO DE ÉTICA À LUZ DOS DIREITOS HUMANOS
DIREITOS HUMANOS UNIVERSAIS
Reconhecer os direitos humanos universais como diretrizes que orientam as práticas psicológicas
“TODAS AS PESSOAS NASCEM LIVRE E IGUAIS, EM DIGNIDADE E DIREITOS.”
Direitos humanos universais = inspiram os ideais expressos pelo Código de Ética Profissional do Psicólogo
Vão estabelecer os parâmetros éticos que orientam a Psicologia nas suas práticas, a relação entre os psicólogos com outras profissões e com a sociedade em geral.
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (DUDH)
1948: surge da necessidade de estabelecer uma legislação que, uma vez pactuada por todas as nações, servisse como guia para se evitar as atrocidades vivenciadas, especialmente após duas guerras mundiais. Formula que os direitos humanos são inalienáveis (direitos que não podem ser retirados ou modificados) e abrangem todas as pessoas por elas serem humanas. 
Possui 30 artigos e promulga que todas as pessoas devem ser tratadas de maneira igualitária, não podendo ser discriminadas por sua cor, sexo, religião, idioma, nacionalidade ou condição econômica e cultural. Isso significa que todos, sem exceção, têm direito à vida, à liberdade de expressão, à educação e à saúde.
CASO BRASILEIRO
Como um dos signatários da Declaração, o Brasil se comprometeu a cumprir e fazer cumprir os princípios da DUDH. Mas, esses direitos não se fizeram presentes de imediato no Brasil, pois somente após a redemocratização, com a promulgação da Constituição de 1988 (chamada de “constituição cidadã”), os direitos universais passaram a figurar como fundamentais, marcando, de forma indelével, os direitos pessoais e as obrigações do Estado brasileiro na garantia de sua execução.
Art 5º da Constituição de 1988, na parte dos “Direitos e Garantias Fundamentais”, expressa:
TODOS SÃO IGUAIS PERANTE A LEI, SEM DISTINÇÃO DEQUALQUER NATUREZA, GARANTINDO-SE AOSBRASILEIROS E AOS ESTRANGEIROS RESIDENTES NOPAÍS A INVIOLABILIDADE DO DIREITO À VIDA, ÀLIBERDADE, À IGUALDADE, À SEGURANÇA E ÀPROPRIEDADE.
DIREITOS HUMANOS PARA HUMANOS DIREITOS?
“Direitos humanos é para proteger bandido! Cadê os direitos humanos das vítimas?”, “Bandido bom é bandido morto!”.
Historicamente, essa forma de perceber o mundo tem motivado todo tipo de violência, guerras e genocídios; ódio a uma determinada etnia, a uma religião, aos emigrantes, a um pensamento político.
Pela via moral,o ódio e a vingança são sempre afetos indesejados
DIREITOS HUMANOS –ÉTICA –MORAL
Para que os direitos humanos se estabeleçam, precisamos, num exercício constante, pessoal ou profissional, refletir sobre nossa moralidade, em especial quando ela busca impor ao outro “normalidades” pretensamente universais, mas que refletem somente uma visão restrita de si e do mundo. 
As formulações da Declaração Universal dos Direitos Humanos surgem como um ideal a ser permanentemente perseguido. Para isso servem os ideais: eles nos apontam o caminho a seguir e o que devemos alcançar.
Princípios x normas.
DIREITOS HUMANOS E PSICOLOGIA
Direitos fundamentais e universais
Identidade da Psicologia
Código de Ética: princípios norteadores
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS –CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA
“O PSICÓLOGO BASEARÁ O SEU TRABALHO NO RESPEITO E NA PROMOÇÃO DA LIBERDADE, DA DIGNIDADE, DA IGUALDADE E DA INTEGRIDADE DO SERHUMANO, APOIADO NOS VALORES QUE EMBASAM ADECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS.”
ESTUDO DE CASO
Um paciente transexual procura terapia porque se sente descriminado e oprimido por seus familiares e pela sociedade em geral. Durante os atendimentos, ele narra cenas de agressão, violência e, não raro, desprezo, indiferença e até mesmo “nojo” por parte de algumas pessoas que repudiam sua identidade de gênero e orientação sexual. Mesmo estranhando o comportamento do(a) terapeuta quando este(a) pergunta sobre um suposto desejo de “voltar a ser hétero-cis”, as sessões se sucedem até que um dia o(a) terapeuta torna-se mais explícito e afirma que “ele deveria se reconverter, adequar-se a seu gênero biológico, pois só assim conseguiria uma solução para suas demandas”.
RESOLUÇÃO 01/99 DO CFP
Proíbe aos(às) profissionais da Psicologia de exercer ou promover práticas que favoreçam a patologizaçãode comportamentos ou de práticas homoeróticas e LGBT.
Expressa as conclusões de uma série de lutas, debates e reflexões desenvolvidos pela categoria: regulamentam o entendimento de que a homossexualidade não é uma patologia, em consonância com a OMS e DUDH.
“NÃO SE PODERIA MAIS TRATAR AQUILO QUE NÃO É DOENÇA”
O psicólogo não teria mais liberdade de adotar tratamentos não solicitados ou de promover terapias de cunho “reconversivo” (homo/hétero), práticas que, anos depois, receberam o nome de “cura gay”. 
Décadas depois, essa regulamentação continua a repercutir, pois ainda existem psicólogos(a) que defendem, mesmo sem evidências técnicas ou teóricas, o direito de exercer as técnicas reconversivase consideram que as limitações impostas pela Resolução seriam uma restrição à “liberdade de pensamento e crença”.
Dogmatismo moral.
RESOLUÇÃO CFP 01/2018
Reforça os princípios expressos na Resolução 01/99, ampliando sua interpretação, com “normas de atuação para as psicólogas e os psicólogos em relação às pessoas transexuais e travestis”. Em seu Art. 4º, a Resolução CFP 01/2018 afirma:
“AS PSICÓLOGAS E OS PSICÓLOGOS, EM SUA PRÁTICA PROFISSIONAL, NÃO SE UTILIZARÃO DE INSTRUMENTOS OU TÉCNICAS PSICOLÓGICAS PARA CRIAR, MANTER OU REFORÇAR PRECONCEITOS, ESTIGMAS, ESTEREÓTIPOS OU DISCRIMINAÇÕES EM RELAÇÃO ÀS PESSOAS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS.”
DIMENSÃO RACIAL -RESOLUÇÃO 18/2002
Necessidade de reafirmar que, aos psicólogos, é vedado exercer ações que favoreçam o preconceito de raça ou etnia, que não podem ser omissos ante ao crime de racismo e, por fim, que não devem utilizar os instrumentos ou as técnicas da Psicologia para manter ou reforçar preconceitos, estigmas, estereótipos ou discriminação racial.
A DECLARAÇÃO UNIVERSAL DE DIREITOS HUMANOS REFLETE O NOSSO CÓDIGO DE ÉTICA DA PSICOLOGIA E VICE-VERSA!
Qual visão da sociedade que desejamos como profissionais de Psicologia?
Ao promover a discriminação e a opressão, psicólogos(as) da área não refletem os avanços e as conquistas de uma profissão que tem como ideal a promoção da “liberdade, da dignidade, da igualdade e da integridade do ser humano”. Reproduzir os preconceitos, reflete em deficiência técnica, limitação pessoal e profissional, características incompatíveis com a responsabilidade social que assumimos quando escolhemos a Psicologia.
CONCLUSÕES
ÉTICA
Código de Ética do Psicólogo - Declaração Universal dos Direitos Humanos - Técnicas
Teorias
Atuação
PARÂMETROS E DIRETRIZES
CÓDIGO DE ÉTICA DA PSICOLOGIA
Processo Histórico
Documento norteador e não prescritor de prática
Reflexão sobre as bases e ideais sociais
NOÇÕES DE DIREITO QUE IMPACTAM NA ATUAÇÃO PROFISSIONAL DA PSICOLOGIA
LEGISLAÇÕES VINCULADAS À PRÁTICA DO PSICÓLOGO RESPEITO À DIVERSIDADE, À INCLUSÃO E À MULTICULTURA
Noção geral acerca das legislações e regulamentos vinculados a prática dos psicólogos em âmbito nacional e internacional.
A constituição Federal do Brasil, de 1988, diz, em seu Art. 5º que "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se, aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País, a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade". Neste documento é uma obrigação precípua do Estado garantir que os tais direitos sejam respeitados, usando todos os meios a seu dispor para isso. Historicamente, no entanto, o Estado Brasileiro vem sendo denunciado por diferentes órgãos e instituições Internacionais (Anistia Internacional, Comissão Interamericana de Direitos Humanos OEA, Conselho de Direitos Humanos da ONU, dentre outros por reiterados atos de violação de Direitos Humanos que deveria garantir. 
Qual é a situação dos Direitos Humanos no Brasil da atualidade?
Refletir sobre a efetividade dos princípios fundamentais, expressos no art. 5º, em diferentes situações do cotidiano, relacionando a aplicabilidade dos mesmos, com a atuação profissional do(a) psicólogo(a).
Violações X Garantia de Direitos = Papel do Estado
INTERDISCIPLINARIDADE E ÉTICA: Importante conhecer o ordenamento jurídico, os parâmetros da Constituição de 1988, da Declaração Universal dos Direitos Humanos e de todas as legislações que impactam em um exercício profissional assertivo e ético.
Psicologia + Direito = Atuação Profissional
REFLETIR SOBRE O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL, É LAPIDAR UM OLHAR AGUÇADO SOBRE O FAZER NOS DIFERENTES CAMPOS DE ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA!
CONSTITUIÇÃO CIDADÃ: Reconhecer os preceitos que compõem Carta Constitucional de 1988 e a legislação brasileira, no que tange aos direitos humanos. Especificidades em âmbito nacional e internacional. Valores fundamentais, estabelecidos na Constituição Federal e nos Tratados Internacionais que versam sobre Direitos Humanos
CONCEITUAÇÃO DO DIREITO: Conjunto de normas de conduta social, imposto coercitivamente pelo Estado, para a realização da segurança, segundo os critérios de justiça (NADER, 2003).
Normas - Conduta Social
Com base no conjunto de normas, o Estado exige uma conduta social e um modelo de organização política. 
Coerção x Imposição.
O Estado regula a vida em sociedade, por meio da sua divisão de poderes: 
Costumes e decisões recorrentes dos tribunais = jurisprudência.
Legislativo – Executivo – Judiciário = Estado
JUSTIÇA
Deve ter normas inteligíveis, ou seja, ao alcance social. A população em geral deve ter acesso ao conhecimento da ordem jurídica, que deve estar acessível, principalmente no que tange aos seus direitos mais básicos. 
JUSTIÇA = ORDENAMENTO E NORMAS JURÍDICAS
ÉTICA = BEM COMUM E BEM ESTAR DA COLETIVIDADE
RELAÇÕES INTERPESSOAIS = GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
ORDENAMENTO JURÍDICO
Adaptação comportamental de um grupo social aos padrões de convivência da sociedade em que está inserido = Surgimento do Direito
O Direito não pretende transformar a “natureza humana”, mas sim o exercício dos valores fundamentais, do bem comum, da coletividade.
Necessita de constante atualização.
Conflitos e Disputas.
CONTEXTUALIZANDO O ESTADO DE DIREITO BRASILEIRO
Estado de Direito= Nação politicamente organizada = Ordem Jurídica Constitucional.
Constituição da República Federativa Brasileira (CRFB) Atuação do Estado Funções, Determinações, Direitos Garantias e Limitações
DIREITO POSITIVO 
Processoregulador do Estado= denomina-se Direito Positivo.
Estado deve intervir no comportamento social basilarmente em função dos princípios e garantias fundamentais. E por existir uma variação infinita de fatos sociais, a lei não se propõe a abranger todas as possibilidades, utilizando como parâmetros as fontes do direito:
A legislação (principal), 
A doutrina,
A jurisprudência
A analogia,
Os costumes,
Os princípios gerais do direito (fontes secundárias).
Em virtude de sua função disciplinadora, o Direito Positivo, sustentado pela chancelado Estado, estabelece o nexo de causalidade entre três aspectos: relações sociais (fato),justiça: causa final (valor) e regras impostas pelo Estado (norma jurídica).
EXEMPLO:
Fumar em lugar público fechado(fato) – proteção a saúde do não fumante(valor) – lei antifumo em lugares públicos fechados (norma).
A ORGANIZAÇÃO, AS ATRIBUIÇÕES E AS FUNÇÕES DO ESTADO – Governo
Legislativo – faz as leis
Executivo – administra as leis
Judicial- aplica as leis
FINALIDADE DO ESTADO, SEGUNDO O ARTIGO 3º DA CF88
A constituição de uma vida social justa, solidária e livre; 
o desenvolvimento nacional; 
a erradicação da marginalização e da pobreza e a redução das desigualdades sociais e regionais; 
a promoção do bem de todos, afastando as atitudes preconceituosas relacionadas a sexo, raça, cor, origem, idade e demais formas de discriminação.

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