SEMINÁRIO AGRONOMIA III

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	IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR PARA A PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS RIOS E NASCENTES 
	Camila Ruchinski da Silva
Eduardo Marques do Carmo
Fátima Cristina Deodato
Juliana Kuss dos Santos
Thiago Figueiredo Goulart¹
Sibelle Caron²
1. INTRODUÇÃO
	A Constituição Federal, datada 5 de outubro de 1988 tem uma grande preocupação com a preservação e manutenção do meio ambiente, dentre os vários artigos, podemos destacar: Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos: II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio ambiente; Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
Nota-se que o Estado, impõe responsabilidades a todos, inclusive a si mesmo, através dos seus entes Federativos. Sabemos que a água é essencial à vida, sendo a maior riqueza existente no planeta, como também sabemos que é um recurso finito, importante para o consumo humano, para o meio ambiente, para a agricultura e também para a pecuária. Destacamos que mais de 97% da água no planeta é salgada e que aproximadamente 2,5% é doce. Dessa quantidade de água doce, quase 70% está congelada e apenas 31,1% se apresenta em forma líquida. Entretanto, a maior parte da água líquida está detida em locais de difícil acesso e tem apenas uma pequena parcela de água superficial que podemos utilizar para o nosso consumo e para as atividades agropecuárias e industriais. Sendo assim uma forma de proteger essa agua doce tão escassa, seria a preservação das matas ciliares, que é considerada uma área de Preservação Permanente.
O artigo 3º da Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012 (Novo Código Florestal), em seu inciso II, nós dá a definição de Área de Preservação Permanente - APP: área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.
“Entende-se por vegetação ciliar ou ripária, aquela que margeia as nascentes e os cursos de água” (CHAVES, 2009).
As matas ciliares são protegidas pela Lei 12.651 de Maio de 2012, por serem áreas de preservação permanente. Esta faixa de vegetação que é formada pelo homem ou de decorrência natural localiza-se nas margens dos rios e nascentes evitando assoreamento e protegendo da erosão causada pelas chuvas (MOCELLIN, 2014).
As matas ciliares desempenham um importante papel na proteção dos rios, tornando fundamental a sua conservação e recuperação. A sua existência é benéfica para a boa qualidade de vida aos seres vivos, tanto animais quanto vegetais. Ela possui funções ambientais e ecológicas importantes tanto para a natureza quanto para a humanidade (CASTRO ET AL, 2017).
Quanto às penalidades, a Lei de Crimes Ambientais 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, (Artigo 38), determina que é proibido “destruir ou danificar floresta da área de preservação permanente, mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção”. É prevista pena de detenção de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas, cumulativamente. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade (CALHEIROS ET AL, 2009).
1.1 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA E JUSTIFICATIVA DA PESQUISA
		A preservação e recuperação dos rios e nascentes está em constante confronto, muitos seres humanos não respeitam a preservação permanente e desmatam com queimadas, corte de árvores para extração da madeira, entre outros. O crescimento da pecuária e agricultura tornaram-se ameaças para a continuidade do desmatamento de matas ciliares e isto acaba afetando diretamente o meio ambiente. Sem a mata ciliar, a água da chuva escoa pela superfície, o que impede sua infiltração e armazenamento no lençol freático, consequentemente, reduzem-se as nascentes, os córregos, os rios e os riachos, as nascentes sem proteção vegetal secam, logo acontece o assoreamento de rios, erosões, extinção de espécies animais e vegetais. Secando nascentes e olhos de águas, isso afeta ainda mais o principal problema mundial que é a escassez de água. A crise hídrica está cada vez mais crítica, a falta de água já é nítida em muitas regiões e mesmo assim as pessoas não se conscientizam, continuam realizando o desmatamento das áreas de preservação. 
 Hoje grande parte do território nacional é destinado a agricultura e pecuária, cujo qual é o mais importante para o desenvolvimento do mesmo, porém o que se torna prejudicial é a ganância das pessoas, o fato de elas quererem mais e mais ao invés de implantarem as técnicas de produtividade nas terras. Principalmente os pecuaristas que simplesmente soltam o gado no pasto natural e não corrigem o solo, não fazem adubação, não implantam outras espécies, entre outros. Assim em poucos anos este solo que era fértil é degradado e se torna infértil e improdutivo pela falta de cuidados, o que faz com que os produtores desmatem novas áreas preservadas para colocação de seu gado. 
	A resolução de tal fato está nas práticas conservacionistas e produtivas dentro da agricultura e pecuária. Cabe a técnicos e engenheiros da agricultura corrigirem tais problemas, através da implantação destas práticas, mostrarem aos pecuaristas e agricultores que não precisam desmatar para terem mais produção e sim simplesmente fazerem com que as terras que eles já possuem sejam o suficiente para sua produção. A análise de solo, permite a recuperação de solos degradados através das técnicas de calagem para a correção da acidez do solo e adubação para que reposição dos nutrientes essenciais para o desenvolvimento das culturas. Associado ao manejo de fertilidade, a implantação de pastagens na época adequada, ou seja, culturas de inverno e verão, a rotação de espécies, o consórcio de poáceas com fabáceas, através de várias espécies de sementes que tenham tanto espécies leguminosas que fixam nitrogênio ao solo quanto, gramíneas que possuem mais carbono, são consideradas práticas que visam a recuperação de áreas degradadas.
Conforme requerido pela Lei Federal 12.651/2012, que é a Lei de Proteção de Vegetação Nativa (popularmente conhecida como Código Florestal), a área a ser preservada deve equivaler a uma borda de 50 metros no entorno da nascente, no caso de áreas em que não houve intervenção. Já no caso de áreas rurais consolidadas (ou seja, sob o uso agropecuário) é admitida a manutenção de atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo ou de turismo rural, sendo obrigatória a recomposição de um raio mínimo de 15 metros (PRADO; BALLEITO; MORAES, 2017).
A largura mínima em metros de mata ciliar a se preservar a cada lado do rio, irá depender da largura do mesmo, conforme mostra a imagem:
 
FIGURA 1: CONSERVAÇÂO DA MATA CILIAR
FONTE: MONGELLI (2016)
Espera-se com essas medidas que o desmatamento seja cada vez mais erradicado e as áreas de matas ciliares preservadas, consequentemente os rios, olhos de águas, nascentes e córregos, assim estaremos cuidando do bem mais precioso para a humanidade, a água.
1.2 OBJETIVO GERAL
	O propósito da pesquisa pretende analisar a importância das áreas de mata ciliares para preservação e conservação de rios e nascentes.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
		O trabalho abordado apresenta algumas propostas a serem analisadas como: mostrar a importância das áreas de preservação permanente para a conservação das águas, identificar problemas que afetam a preservação das matas ciliares e buscar solucionar o principal problema decorrente do desmatamento.
4. REFERÊNCIAS
	A IMPORTÂNCIANA PRESERVAÇÃO DAS MATAS CILIARES. 2017. Disponível em: https://corredorecologico.com.br/imprensa/artigos/11/a-importancia-na-preservacao-das-matasciliares. Acesso em: 16/10/2021. 
CALHEIROS, R. O. et al. Cadernos da Mata Ciliar. 2.ed. São Paulo: SMA, 2009.
CASTRO, J. L. S. et al. Mata Ciliar: Importância e Funcionamento. 2017. Disponível em: https://www.ibeas.org.br/congresso/Trabalhos2017/XI-016.pdf. Acesso em: 08/10/2021.
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. 5 de outubro de 1988. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 16/11/2021.
MOCELLIN, G. M. Conscientização da Importância da Mata Ciliar no Ensino Fundamental na Região Rural do Município de Colombo-PR. 2014. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/4793/1/MD_ENSCIE_IV_2014_43.pdf. Acesso em: 09/10/2021.
MONGELLI, E. Conservação da mata ciliar. 2016. Disponível em: https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/reducao_de_impactos2/agricultura/agr_acoes_resultados/agr_solucoes_mata_ciliar/. Acesso em 12/11/2021.
NOVO CÓDIGO FLORESTAL LEI Nº 12.651. 25 de maio de 2012. Disponível em: https://www.saema.com.br/files/Novo%20Codigo%20Florestal.pdf. Acesso em: 16/11/2021.
PRADO, R. B.; BALLEITO, F. C.; MORAES, L. F. D. Preservação e Recuperação de Nascentes. 2017. Disponível em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/167064/1/Folder-nascentes-2017.pdf. Acesso em: 18/11/2021.
1 Camila Ruchinski da Silva, Eduardo Marques do Carmo, Fátima Cristina Deodato, Juliana Kuss dos Santos, Thiago Figueiredo Goulart
2 Sibelle Caron
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Agronomia (AGM0223) – Seminário III - 29/11/2021
1 Camila Ruchinski da Silva, Eduardo Marques do Carmo, Fátima Cristina Deodato, Juliana Kuss dos Santos, Thiago Figueiredo Goulart
2 Sibelle Caron
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Agronomia (AGM0223) – Seminário III - 29/11/2021
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Camila Ruchinski da Silva, Eduardo Marques do Carmo, Fátima Cristina Deodato, Juliana Kuss dos Santos, 
Thiago Figueire
do Goulart
 
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Sibelle Caron
 
Centro Universitário Leonardo da Vinci 
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UNIASSELVI 
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Agronomia (AGM0223
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Seminário
 
III 
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29/11/2021
 
 
IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR PARA A 
PRESERVAÇÃO 
E CONS
ERVAÇÃO DOS RIOS 
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NASCENTES 
 
 
Camila Ruchinski da Silva
 
Eduardo Marques do Carmo
 
Fátima Cristina Deodato
 
Juliana Kuss dos 
Santos
 
Thiago Figueiredo Goulart
¹
 
Sibelle
 
Caron
²
 
 
1. INTRODUÇÃO
 
 
A
 
Constituição Federal, datada 5 de outubro de 1988 tem uma grande preocupação 
com a preservação e manutenção do meio ambiente, 
d
entre os vários artigos, podemos 
destacar: 
Art. 23. É 
competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios:
 
VI 
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proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas 
formas;
 
Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, segundo 
critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes 
requisitos:
 
II 
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utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio 
ambiente;
 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso co
mum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo
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se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê
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lo e preservá
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lo para as presentes e futuras gerações.
 
Nota
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se que o Estado, impõe responsabilidades a todos, inclusive a si mesmo, através 
dos seus entes Federativos. 
Sabemos que a água é essencial à
 
vida, sendo a maior riqueza 
existente no planeta, como também sabemos que é um recurso finito, importante para
 
o 
consumo humano, para o meio ambiente, para a agricultura e também para a pecuária. 
Destacamos que mais de 97% da água no planeta é salgada e que aproximadamente 2,5% é 
doce. Dessa quantidade de água doce, quase 70% está congelada e apenas 31,1% se apres
enta 
em forma líquida. Entretanto, a maior parte da água líquida está detida em locais de difícil 
acesso e tem apenas uma pequena parcela de água superficial que podemos utilizar para o 
nosso consumo e para as atividades agropecuárias e industriais. Sendo 
assim uma forma de 
 
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1 Camila Ruchinski da Silva, Eduardo Marques do Carmo, Fátima Cristina Deodato, Juliana Kuss dos Santos, 
Thiago Figueiredo Goulart 
2 Sibelle Caron 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Agronomia (AGM0223) – Seminário III - 29/11/2021 
 
IMPORTÂNCIA DA MATA CILIAR PARA A 
PRESERVAÇÃO E CONSERVAÇÃO DOS RIOS 
E NASCENTES 
 
Camila Ruchinski da Silva 
Eduardo Marques do Carmo 
Fátima Cristina Deodato 
Juliana Kuss dos Santos 
Thiago Figueiredo Goulart¹ 
Sibelle Caron² 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A Constituição Federal, datada 5 de outubro de 1988 tem uma grande preocupação 
com a preservação e manutenção do meio ambiente, dentre os vários artigos, podemos 
destacar: Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios: VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas 
formas; Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, 
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos seguintes 
requisitos: II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio 
ambiente; Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de 
uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à 
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. 
Nota-se que o Estado, impõe responsabilidades a todos, inclusive a si mesmo, através 
dos seus entes Federativos. Sabemos que a água é essencial à vida, sendo a maior riqueza 
existente no planeta, como também sabemos que é um recurso finito, importante para o 
consumo humano, para o meio ambiente, para a agricultura e também para a pecuária. 
Destacamos que mais de 97% da água no planeta é salgada e que aproximadamente 2,5% é 
doce. Dessa quantidade de água doce, quase 70% está congelada e apenas 31,1% se apresenta 
em forma líquida. Entretanto, a maior parte da água líquida está detida em locais de difícil 
acesso e tem apenas uma pequena parcela de água superficial que podemos utilizar para o 
nosso consumo e para as atividades agropecuárias e industriais. Sendo assim uma forma de