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PRINCIPIOS GERAIS DA HISTORIA DO DIREITO - RESUMO

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- PRINCIPIOS GERAIS DA HISTÓRIA DO DIREITO
 1.1 - Conceitos do Direito Consuetudinário
 1.1.1 - Direito e Moral 
Ponto de partida → Direito e Moral = instrumentos de controle social
O dever moral não é exigível por ninguém, reduzindo-se a dever de consciência, ao tu deves, enquanto o dever jurídico deve ser observado sob pena de sofrer o devedor os efeitos da sanção organizada, aplicável pelos órgãos especializados da sociedade. Assim, no direito, o dever é exigível, enquanto na moral, não.
O direito, apesar de acolher alguns preceitos morais fundamentais, garantidos com sanções eficazes, aplicáveis por órgãos institucionais, tem campo mais vasto que a moral, pois disciplina também matéria técnica e econômica indiferente à moral, muitas vezes com ela incompatíveis, como por exemplo, alguns princípios orientadores do direito contratual, fundados no individualismo e no liberalismo, inconciliáveis com a moral cristã e, portanto, com a moral ocidental. Mas, apesar disso, o jurídico não está excluído de julgamentos éticos.
 
 1.1.2 - Direito e Religião
O inglês, John Locke, afirmou: “O fim do Direito não é abolir nem restringir, mas preservar e ampliar a liberdade”. 
A Religião, por sua vez, sempre norteou sua finalidade em aprimorar o homem, ensinando-o e alicerçando-o nos axiomas éticos e morais. Destarte e unida das lições de fé, esperança, perdão e fraternidade, a Religião deixa cravada sua marca na sociedade. 
Juntos, Direito e Religião conseguiram e conseguem equilibrar a sociedade diante de situações ásperas do cotidiano.
 1.1.3 - Objetivo e conceito de História do Direito – 
De acordo com Volkmer, pode-se conceituar a História do Direito “como parte da História geral que examina o Direito como fenômeno sócio-cultural, inserido em um contexto fático, produzido pela interação dos homens entre si e com o ambiente, e materializado evolutivamente através de fontes históricas, documentos jurídicos, agentes operacionais e instituições legais reguladoras; ”.
 1.2 - ANTIGUIDADE:
Luhmann divide em três os grupos de manifestação do Direito:
- O Direito Arcaico (sem escrita)
- O Direito Antigo (com as primeiras civilizações urbanas)
- O Direito Moderno (próprio das sociedades posteriores à Revolução Francesa e Americana).
A transição das formas arcaicas para as civilizações deu-se mediante três fatores históricos:
- Surgimento das cidades
- Invenção da escrita
- O advento do comércio
 1.2.1 - Mesopotâmia: breve relato sobre sua organização; outros códigos menos relevantes.
Característica: 1ª escrita mais complexa, a cuneiforme.
Documentos jurídicos - 2140 a 2004 aC (Suméria) sob a dinastia de Ur, Código de Ur-Nammu. As normas sustentam o perfil de costumes realizados, escritos ou então de decisões anteriormente proferidas em algum caso concreto. A estrutura da sociedade é transmitida por este código.
 1.2.2 - Código de Hamurabi: análise interna e externa do Direito e principais institutos
 Trata-se de um conjunto de leis formulada pelo monarca homônimo, governante mais importante da disnatia amorita, que, entre 1792 a 1750 a.C transformou a Babilônia na Capital do primeiro império multiético da região.
Está grafado num monólito talhado em rocha de diorito, sobre o qual se dispõem 46 colunas de escrita cuneiforme acádica. Seu local de origem era o templo do deus babilônico Marduk, em Sippar, às margens do rio Eufrates – atual Tell Abu Habbah, nas cercanias de Bagdá.
Este “Código” versa sobre inúmeras matérias que abordam relações cotidianas, comerciais, civis e penais. Tinha como objetivo nortear as condutas rotineiras e punir os cidadãos caso as leis não fossem respeitadas. O texto não distingue ‘alçadas’ (penal, comercial, civil), legislando sobre todos indistintamente.
Veja , a seguir, alguns exemplo do texto:
“1 – Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então aquele que enganou deve ser condenado à morte,
…
14 – Se alguém roubar o filho menor de outrem, este alguém deve ser condenado à morte,
…
21 – Se alguém arrombar uma casa, ele deverá ser condenado à morte na frente do local do arrombamento e ser enterrado,
…
48 – Se alguém tiver um débito de empréstimo e uma tempestade prostrar os grãos ou a colheita for ruim, ou os grãos não crescerem por falta d’água, naquele ano a pessoa não precisa dar ao seu credor dinheiro algum. Ele deve lavar sua tábua de débito na água e não pagar aluguel naquele ano,
…
129 – Se a esposa de alguém for surpreendida em flagrante com outro homem, ambos devem ser amarrados e jogados dentro d’ água, mas o marido pode perdoar a sua esposa, assim como o rei perdoa a seus escravos,
…
138 – Se um homem quiser se separar e sua esposa que lhe deu filhos, ele deve dar a ela a quantia do preço que pagou por ela e o dote que ela trouxe da casa de seu pai, e deixá-la partir,
…
194 – Se alguém der seu filho para uma ama (babá) e a criança morrer nas mãos desta ama, mas a ama, com o desconhecimento do pai e da mãe, cuidar de outra criança, então eles devem acusá-la de estar cuidando de uma outra criança sem o consentimento do pai e da mãe. O castigo desta mulher será ter os seus seios cortados”( Adaptado de: Revista História Viva, n.º 50).
Na História do Direito Penal encontramos as seguintes fases: ‘Vingança privada’, ‘Vingança divina’, ‘Vingança pública’, ‘Período Humanitário’ e ‘Período criminológico’.
O Código de Hamurabi situa-se na fase da ‘Vingança Privada’, época em que a reação às agressões era regra e não exceção: reação de indivíduo contra indivíduo, reação do grupo contra o indivíduo, reação de grupos contra grupos, o jus puniendi não era reservado ao Estado, pertencia ao ofendido ou a quem quer que tomasse parte na querela.
Todavia, não raro havia uma desproporção entre a ofensa impingida e seu respectivo revide, e este, não raro resultava em extinção de grupos sociais por outros.
Como primeira vitória neste campo, surge o talião (olho por olho, sangue por sangue, carne por carne, dente por dente), que estabelecia, ainda que de forma tosca, certa proporção entre a ofensa e o revide.
 O que mais se destaca do Código de Hamurabi é a primeira vista da Lei do Talião usada como base da escala das punições.
A Lei do Talião tem origem no latim Lex Talionis, que significa lei parelha. Consiste na rigorosa reciprocidade do crime e da pena. Esta lei tem por sua máxima “olho por olho, dente por dente”, o que expressa a punição igual ao dano causado a outrem.
Como exemplo da rigorosidade do Código de Hamurabi, se uma pessoa matasse o filho de alguém a pena seria a morte do filho do assassino. Assim, pessoas que não tiveram culpa do crime eram punidas, com o objetivo de fazer ao delinquente o sofrimento igual ao causado à vítima.
Não só o Código de Hamurabi adotou o talião (§§ 196, 197, 229 e 230), como também a lei hebraica (Êxodo 23, 24 e 25; Levítico 17 a 21), quanto o Código de Manu. São 282 artigos que retratam a dinâmica da sociedade babilônica, as penas, o domínio econômico. Trata-se das principais fontes históricas disponíveis para estudo de Mesopotâmia. Indica ser uma compilação de normas anteriores, dispostos em outros documentos e decisões tomadas em caso concreto.
Com a evolução das leis e a solidificação de estudos a respeito das penalizações, o Direito percebeu que não se aplicava a justiça pela Lei do Talião. Fazer uma pessoa pagar o preço por erro de outra não alcançava a segurança social e não privilegiava o bom cidadão.
 1.2.3 - Legislação Mosaica (1400 a 1300 a. C): análise interna e externa do Direito e principais institutos
A Legislação Mosaica foi criada por Moisés, um líder religioso que viveu no século 12 a.C. A referida legislação se encontra no código Pentateuco ou Torá (5 livros do Velho Testamento: 1. Gênese; 2. Êxodo; 3. Levíticos; 4. Números; 5. Deuteronômio (segundas leis).), que é considerado um dos códigos mais importantes daquela época. Vale dizer que as regras ali contidas tinham uma vertente mais social e humana, pois previa formas de assistência social paraviúvas, órfãos e pobres.
O Deuteronômio foge às narrações e fixa os princípios básicos de conduta, as normas a serem seguidas e as sanções a que ficavam sujeitas as suas transgressões. Ele representa uma consolidação dos quatros livros anteriores, determina a destruição dos ídolos, condena os falsos profetas, especifica os animais limpos e os animais imundos, fala do pagamento dos dízimos, nos deveres dos juízes, na eleição e deveres do rei, na herança e nos direitos dos sacerdotes, nas testemunhas, nas leis de guerra, nos direitos da primogenitura, na desobediência filial, na usura, no divórcio, nas disposições sobre penas corporais, nas regras para os pesos e medidas, nos direitos de sucessão, etc., etc. 
Muitas dessas normas tinham incidência em praticas religiosas, morais e higiênicas e outras o caráter propriamente legal. O Direito, na lei Mosaica, é concebido como de origem divina. Deus é a última fonte e a sanção de toda regra de comportamento; todo crime é um pecado, pelo qual a comunidade é responsável perante Deus e não perante o governo humano. As prescrições jurídicas, morais e religiosas estão confundidas. Muitas normas tinham fins higiênicos, certamente com o propósito de melhor serem compreendidas e obedecidas. Era proibido comer carne de porco, por exemplo, porque essa era tida como a responsável pelo mal de Hansen (lepra) que grassava naquela época, quando os hábitos higiênicos eram ainda muito primários. Naquelas de caráter legal, sobre tudo tratou Moisés, no Deuteronômio, dispondo sobre a boa administração da justiça, sobre a educação e cultura, sobre o descanso semanal, sobre disposições de direito internacional, sobre limites de propriedades, sobre normas processuais, sobre assistência social, sobre direito do trabalho, com disposições como esta: “quando teu irmão hebreu ou tua irmã hebréia se vender a ti, seis anos te servirá, mas no sétimo ano o despedirás vazio”. Abordou ainda: repressão ao charlatanismo, homicídio involuntário, prova testemunhal, divórcio, adultério, impenhorabilidade de bens, inviolabilidade de domicílio, etc., etc.
 Houvesse causado um mal ao semelhante sofria idêntico mal, em forma de castigo, traduzida na conhecida expressão: “olho por olho”, “dente por dente”, “vida por vida”, etc. 
À falta de um melhor discernimento, à época, para a punição dos vários delitos, a idéia da expiação do criminoso, pagando na mesma moeda o mal cometido, surgia como forma justa de punição. Quem com ferro fere com ferro será ferido. Matou, morre. Furou os olhos do seu semelhante terá seus olhos também furados. Isto, aliás, ainda soa até hoje com certa aceitação ou razoabilidade (Lei de Talião). A pena de morte seria um resquício do Talião. Naquela época, por exemplo, punia-se rigorosamente o falso testemunho, apedrejava o filho desobediente, permitia o divórcio, proibia o casamento com estrangeiros, vedava empréstimos a juros a patrícios, mas o permitia a estrangeiros, tratava de locação, direito de vizinhanças, indenizações, pena de morte por blasfêmia, idolatria e adultério, proibia as filhas de herdarem, admitem o usufruto etc.
 Conquanto ainda baseado na Lei Mosaica, o Direito Hebreu moderno já não é o mesmo, posto que sofreu influências do direito oral, que acabou de ser escrito com o nome de Michná (repetição), e igualmente dos comentários ao Michná conhecidos como Guemara (de tudo resultando o Talmud), além de novas leis promulgadas a partir da criação do estado de Israel, em 1948.
 
Governo de Deus.
 O Direito hebraico é um direito religioso, de cunho monoteísta. O direito é “dado” por Deus ao seu povo, e, por conseguinte, imutáveis; só Deus pode modificá-lo. Aos intérpretes - os rabinos -, cabe interpretá-lo para adaptá-lo à evolução social, contudo em hipótese alguma alterá-lo.
 
Individualismo.
 No que diz respeito à família, ela desempenha um papel muito especial no judaísmo. Pois é dela que os judeus recebem sua identidade cultural e sua educação básica. O casamento é considerado o modo de vida ideal, instituído por Deus, e é o único tipo de coabitação permitido. 
Não obstante, durante um largo espaço de tempo, a poligamia representou a regra do regime matrimonial, bem como o levirato, forma de união em que se determinava o dever do homem de contrair núpcias com a viúva do irmão que falecesse sem deixar filho varão. Porém, depois do cativeiro a que foi submetido o povo Hebreu pelos Babilônios (587- 537 a.C.), o regime matrimonial passou a ser o monogâmico, sendo abolidos a poligamia e o levirato.
 
Justiça Social.
 No que diz respeito à dissolução da sociedade conjugal, cabe ressaltar que, a não ser na legislação babilônica, em que a quebra do vínculo podia partir de qualquer uma das partes, tal iniciativa era exclusiva do homem na legislação mosaica, cujo fato gerador, em regra, era a falta de virgindade da noiva. No entanto, o conceito de divórcio tinha conotação diferente da atual, pois era uma forma de repúdio do homem em relação à mulher. Contudo, o marido ficava obrigado a provar as razões que o levam a repudiar a mulher. Caso contrário, estaria sujeito a uma pena corporal (açoites) e uma pena pecuniária (100 siclos de prata pagos ao pai da esposa), além de não despedi-la.
 Já no que concerne ao adultério, era ele condenado com rigor por afetar a segurança da família, considerada célula mater da sociedade.
 
As Normas de caráter legal impostas por Moisés.
 a) Direito Penal
a.1 ) Boa administração da justiça.
 A legislação mosaica regulava sobre o comportamento reto e probo dos julgadores.
 Estabelecerás juízes magistrados em todas as cidades que Jeová, teu Deus te der, de acordo com as tribos, e eles julgarão o povo com justiça. Não torcerás o direito, não terás consideração pelas pessoas e não receberás quaisquer presentes, pois os presentes cegam os olhos perspicazes e corrompem as palavras dos justos. Seguirás estritamente a justiça, a fim de que vivas e possuas a terra que te dá Jeová, teu Deus (18-20).
Legislação brasileira. CRFB, art. 37, sS 4º ; CP, art. 317 – Corrupção passiva.
a.2) Crimes contra a saúde pública. Repressão ao charlatanismo.
Moisés sempre abominou a religião egípcia e não deixou o seu espírito se impregnar pela charlatanice dos sacerdotes do Nilo. Sua lei condenou todas aquelas mistificações usuais na Caldéia, no Egito e na Fenícia. Seus poderes promanavam de Deus e eles podiam vencer as incredulidades do seu povo recorrendo à autoridade divina, que sempre lhe acudiu nos momentos dramáticos de sua existência. Essas determinações deuteronômicas são evidentes, como se verá a seguir:
Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo a seu filho ou sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiros (18, v. 10).
 
Legislação brasileira. O nosso Código Penal, art. 283, reprime o charlatanismo, assim estabelecendo: Inculcar ou anunciar a cura por meio secreto ou infalível: Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa.
 
a.3) Crimes contra a vida. Homicídio involuntário (culposo) e legítima defesa.
A lei de Moisés previa os casos de homicídio involuntário (culposo) e legítima defesa, hipóteses em que a pena taliônica não se explicava com todo seu rigorismo, estabelecendo as cidades asilo para os criminosos de tal natureza.
 Como aquele que entrar com o seu próximo no bosque para cortar lenha e, pondo força na sua mão com o machado para cortar a árvore, o ferro saltar do cabo e ferir seu próximo e morrer, o tal se acolherá a uma destas cidades e viverá (19, v. 5).
 Quando houver contenda entre alguém e vierem a juízo para que os julguem, ao justo justificarão e ao injusto condenarão (25:1).
 
Legislação brasileira. Para o homicídio culposo o CP, art. 121, sS 3 , prevê uma pena bem mais branda (detenção, de 1 a 3 anos) do que a prevista para o homicídio simples (art. 121, caput: reclusão de 6 a 20 anos).
a. 4) Inviolabilidade do domicílio.
O respeito ao lar era coisa sagrada para os Hebreus. A ação da justiça respeitava sua inviolabilidade. Moisés mais de uma vez diz fora das portas, querendosignificar esse preceito.
 
Legislação brasileira. A nossa Magna Carta, art. 5, XI, assim dispõe: a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela pode penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial.
 
Por sua vez, o CP, art. 150, contém regras contra a violação do domicílio.
 
b) Direito do trabalho. 
Além do descanso semanal, abaixo, a legislação mosaica contém versículos considerados do Direito que atingiu sua quase saturação nos dias atuais, prevendo, inclusive, uma espécie de indenização ao hebreu após o tempo trabalhado:
 
Quando o teu irmão hebreu ou tua irmã hebréia se vender a ti, seis anos te servirá, mas no sétimo ano o despedirás forro (livre, liberto) de ti (15, v. 12).
 
E quando o despedires de ti, forro (livre, liberto), não o despedirás vazio (15, v. 13).
 
b. 1) descanso semanal. 
Coube a Moisés a determinação do descanso semanal, coisa que não se encontra no próprio Código de Hamurabi, onde há especificação de salário para diferentes misteres:
 
Guarda o dia de sábado para o santificar, como te ordenou o Senhor teu Deus (5, v. 12).
 
Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus: não farás nenhuma obra nele, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu servo, nem tua serva, nem teu boi, nem teu jumento, nem animal algum teu, nem estrangeiro que está dentro de tuas portas: para que teu servo e tua serva descansem como tu (5, v. 20).
 
Legislação brasileira. A consolidação das leis do trabalho (CLT) estabelece no art. 67: Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de vinte e quatro horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Em nossa Carta Maior o assunto está regulado no art. 7, XV.
 
c) Direitos individuais e coletivos. 
 c. 1)Direito internacional. 
Conquanto haja divergências a respeito, a maioria dos juristas entende que já se fazia presente esse direito nas relações entre povos de épocas bem remotas, através de uma prática recíproca de imunidades diplomáticas.
 
Em Israel, no reinado de Salomão (1015-977 a.C.), foram celebrados tratados de amizade e comércio com a Fenícia, o Egito e reinos da Mesopotâmia. Nessa fase, Israel representava importante via de acesso para o intercâmbio comercial, entre os povos mesopotâmicos e o país do Nilo. Daí, graças a esses tratados, ter Salomão estabelecido um direito de passagem pelo território de seu reino e mandado construir, ao longo do percurso seguido pelos mercadores, estalagens para os membros das caravanas e galpões para suas mercadorias. Consolidava-se com isso uma política de Direito Internacional que já vinha desde o reinado de Davi (1055-1015 a.C.). E, se retrocedermos às leis de Moisés, constataremos que já pregava o respeito ao direito do estrangeiro, mediante diversos incisos sobre a situação do estrangeiro, sobre a paz e a guerra, estabelecendo igualdade de julgamento para os nacionais e os estrangeiros:
 
Pelo que amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito (10, v. 19).
Não abominarás o edumeu, pois fostes estrangeiros na terra do Egito (23, v. 7).
Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão, nem tomarás em penhor a roupa da viúva (24, v. 17).
 
Legislação brasileira. CRFB, art. 5, capult: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade, 
 
d) Direito Civil. 
 
d.1) Propriedades – Limites de propriedades.
Sem sombra de dúvida, foi à força de um dever sagrado que a princípio garantiu o direito de propriedade, e o exemplo mais expressivo do vínculo entre a religião e o solo é dos hebreus. O conceito de propriedade imóvel para os antigos hebreus é de que o solo pertencia a Deus e sua ocupação expressava o testemunho da vontade do criador. Tal concepção determinou o critério de divisão das terras entre famílias das tribos que, após a fuga do Egito, chegaram à Palestina.
 O domínio da propriedade, por conseguinte, era intransferível fora dos limites do hereditário. Dessa maneira, qualquer contrato, no qual a terra fosse objeto de transação, só poderia versar sobre a posse e ter vigência temporária, tendo por base o Ano do Jubileu (grande festa comemorativa do estado judaico) como limite máximo de duração dos contratos.
 Outrossim, considerando que os israelitas viviam basicamente do pastoreio, da vinha, dos trigais e do cultivo da oliveira, uma rigorosa fiscalização estatal foi estabelecida, para resguardar a produção e os direitos dos possuidores.
 
Não mudes o limite do teu próximo, que limitaram os antigos na tua herança, que possuíres na terra, que te dá o Senhor teu Deus para a possuíres.
 
Legislação brasileira. Nossa Legislação dispõe de normas destinadas à proteção possessória; vide o art. 523 do CC de 1916 (sem dispositivo correspondente no novo CC) e art.1228 do Código Civil, valendo consignar este último: A lei assegura ao proprietário o direito de usar, gozar e dispor de seus bens, e de reavê-los do poder de quem quer que injustamente os possua.
 
O direito de propriedade também é garantido pela CRFB, art. 5, XXII.
 
e) Direitos Sociais.
e.1) Assistência Social.
O espírito de solidariedade está presente em toda a legislação mosaica. Moisés procurava, através da caridade, suprir as carências sociais de seu estado:
 
Então virá o levita (ministro do culto – pois nem parte nem herança têm contigo) e o estrangeiro e o órfão e a viúva, que estão dentro de tuas portas e comerão e fartar-se-ão: para que o Senhor teu Deus te abençoe em toda a obra das tuas mãos, que fizeres (14, v. 29).
Quando entre ti houver algum pobre de teus irmãos, em alguma de tuas portas, a tua terra que o Senhor teu Deus te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre (15, v. 7).
Antes, lhe abrirás de todo a tua mão e livremente lhe emprestarás o que lhe falta, quanto baste para a sua necessidade (15, v. 8).
 
Legislação brasileira. A CRFB, art. 6, assim dispõe: São direitos sociais (...), a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. Complementa o dispositivo citado o art. 203 do mesmo diploma legal: A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.
 
e.2) Educação e cultura.
Recomendações sobre o ensino e a sabedoria do povo:
Vedes aqui vos tenho ensinado estatutos e juízes, como mandou o senhor meu Deus: para que assim façais no meio da terra a qual ides herdar (4, v.5).
Guardai-os, pois, e fazei-os, porque esta será a vossa sabedoria e vosso entendimento perante os olhos dos povos, que ouvirão todos estes estatutos e dirão: - Este grande povo só é gente sábia e entendida (4, v.5).
 
Legislação brasileira. CRFB, art. 6: São direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição. O art. 205 complementa o artigo citado: A educação, direitos de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho . ( Fonte: http://juridicodigital.webnode.com.br/news/lei-mosaica/)
OBS: Comparação entre o Código de Hamurabi e as Leis de Moisés:
Texto I: Artigos do Código de Hamurábi
— Se um homem furar o olho de um homem livre, furar-se-lhe-á um olho.
— Se ele fura o olho de um escravo alheio ou quebra um membro ao escravo alheio, deverá pagar a metade do seu preço.
— Se um arquiteto constrói uma casa para alguém, porém não a faz sólida, resultando daí que a casa venha a ruir e matar o proprietário, este arquiteto é passível de morte.
— Se, ao desmoronar, ela mata o filho do proprietário, matar-se-áo filho deste arquiteto.
(AQUINO; FRANCO; LOPES, 1980, p. 114).
Texto II: Extratos da Lei Mosaica
— Se um homem der um soco no olho do seu escravo ou da sua serva, e, em consequência, eles perderem esse órgão, serão alforriados como compensação.
— Não se punirá o homicida antes de ouvidas as testemunhas. Ninguém será condenado pelo testemunho de um só.
— Aquele que ferir seu pai ou sua mãe será punido de morte.
— Aquele que ferir um dos seus concidadãos será tratado como o tratou: receberá fratura por fratura e perderá olho por olho, dente por dente.
(ARRUDA, 1981, p. 98).
A leitura desses códigos jurídicos levanta uma série de conceitos de justiça partilhados pelas civilizações hebraica e babilônica. Vivendo em regiões próximas do Crescente Fértil, essas duas populações vão ter uma semelhança em seus princípios jurídicos que faz clara referência ao ancestral Princípio de Talião. Além disso, é possível destacar um expressivo grau de organização política no simples fato de hebreus e babilônios terem a preocupação em registrar graficamente suas leis.
Outros pontos, como a utilização de castigos físicos e a interferência de cunho social na programação das penas, ainda podem ser percebidos. Não sem motivo diversos historiadores definem o Crescente Fértil como sendo um verdadeiro “caldeirão de povos”.
 1.3 - IDADE CLÁSSICA:
 1.3.1 - 1 Legislação Grega - Esparta e Atenas: análise interna e externa do Direito e principais institutos
Para o estudo do Direito Grego é particularmente interessante o período que se inicia com o aparecimento da polis e vai até o seu desaparecimento e surgimento dos reinos helenísticos. Corresponde a um período de cinco séculos, denominado “época arcaica” e “período clássico”.
Atenas foi onde a democracia melhor se desenvolveu e o direito atingiu sua mais perfeita forma quanto a legislação e processo. 
É comum utilizar direito grego e direito ateniense como sinônimos. No entanto, deve-se observar que nem sempre é a mesma coisa.
Os gregos não elaboraram tratados sobre o direito, limitando-se apenas à tarefa de legislar (criação de leis) e administrar a Justiça pela resolução de conflitos (direito processual). Adicionalmente, devido à precariedade dos materiais de escrita utilizados na época (inscrições em pedra e madeira e textos escritos em papiro), um texto literário, filosófico ou lei escrita, somente chegaria aos nossos dias, não pela conservação do original, mas pelas contínuas reproduções e citações de autores posteriores.
Podem-se categorizar as leis gregas em crimes, família, pública e processual. A categoria denominada por crimes, que corresponderia ao nosso direito penal, inclui o homicídio que os gregos, diferenciavam entre voluntário, involuntário e em legítima defesa. Classificadas como família, encontramos leis sobre casamento, sucessão, herança, adoção, legitimidade de filhos, escravos, cidadania, comportamento das mulheres em público etc.
Como leis públicas temos as que regulam as atividades e deveres políticos dos cidadãos, as atividades religiosas, a economia, finanças, vendas, aluguéis, o processo legislativo, relações entre as cidades, construção de navios, dívidas etc.
Algo notável no direito grego era a clara distinção entre lei substantiva e lei processual. Enquanto a primeira é o próprio fim que a administração da justiça busca, a lei processual trata dos meios e dos instrumentos pelos quais o fim deve ser atingido, regulando a conduta e as relações dos tribunais e dos litigantes com respeito à litigação em si, enquanto que a primeira determina a conduta e as relações com respeito aos assuntos litigados.
Um exemplo significativo de quão evoluído era o direito processual grego é encontrado no estudo dos árbitros públicos e privados. Trata-se aqui de duas práticas que se tornaram comuns, no direito grego, como alternativas a um processo judicial normal: a arbitragem privada e a arbitragem pública. A arbitragem privada era um meio alternativo mais simples e mais rápido, realizado fora do Tribunal, de se resolver um litígio, sendo arranjada pelas partes envolvidas que escolhiam os árbitros entre pessoas conhecidas e de confiança. Nesse caso, o árbitro (ou árbitros) não emitia um julgamento, mas procurava obter um acordo, uma conciliação, entre as partes. A arbitragem privada corresponderia a nossa moderna mediação.
Embora os gregos não estabelecessem diferença explícita entre direito público e direito privado, civil e penal, é no direito processual que se encontra uma diferenciação quanto à forma de mover uma ação: a ação pública e a ação privada. A ação pública podia ser iniciada por qualquer cidadão que se considerasse prejudicado pelo Estado, por exemplo, por ação corrupta de funcionário público. A ação privada era um debate jurídico entre dois ou mais litigantes, reivindicando um direito ou contestando uma ação, e somente as partes envolvidas podiam dar início à ação.
Exemplos de ações privadas: assassinato, perjúrio, propriedade, assalto, ação envolvendo violência sexual, ilegalidade, roubo.
Exemplos de ações públicas: contra oficial que se recusa a prestar contas, por impiedade, contra oficial por aceitar suborno, contra estrangeiro pretendendo ser cidadão, por registro falso etc.
A lei ateniense era essencialmente retórica. Não havia advogado, juízes, promotores públicos, apenas dois litigantes dirigindo-se a centenas de jurados.
O direito a um julgamento por um júri formado por cidadãos comuns (em vez de pessoas tendo alguma posição especial e conhecimento especializado) é comumente visto nos estados modernos como uma parte fundamental da democracia. Foi uma invenção de Atenas.
A heliaia era o tribunal popular que julgava todas as causas, tanto públicas como privadas, à exceção dos crimes de sangue que ficavam sob a alçada do areópago. Os membros da heliaia, denominados helialistas, eram sorteados anualmente dentre os cidadãos atenienses. O número total era de seis mil e, para julgar diferentes causas, eram sorteados novamente para evitar fraudes. O número de heliastas atuando como júri em um processo variava, mas atingia algumas centenas. Para permitir que o cidadão comum pudesse participar como heliasta sem prejuízo de suas atividades, recebiam um salário por dia de sessão de trabalho.
As sessões de trabalho para julgar os casos apresentados eram chamadas dikasterias, e as pessoas que compunham o júri eram referidas como dikastas em vez de heliastas. Os dikastas eram apenas cidadãos exercendo um serviço público oficial, e sua função se aproximava mais da de um jurado moderno. A decisão final do julgamento era dada por votação secreta, refletindo a vontade da maioria.
A apresentação do caso era feita por discurso contínuo de cada um dos litigantes, interrompido somente para a apresentação de evidências de suporte, e era dirigido aos dikastas, cujo número poderia variar em algumas centenas, por exemplo 201 ou 501, por julgamento; o número total era sempre ímpar para evitar empate. A votação era feita imediatamente após a apresentação dos litigantes, sem deliberação. Não havia Juiz: um magistrado presidia o julgamento, mas não interferia no processo.
Os litigantes dirigiam-se diretamente aos jurados através de um discurso, sendo algumas vezes suportados por amigos e parentes que apareciam como testemunhas. O julgamento resumia-se a um exercício de retórica e persuasão. Cabia ao litigante convencer a maior parte de jurados e para isso valia-se de todos os truques possíveis. O mais comum, e que passou a ser uma das grandes características do direito grego, foi o uso de logógrafos, escritores profissionais de discursos forenses. Podemos considera-los como um dos primeiros advogados da história.
Apesar de ser requerido por lei que os litigantes apresentassem seus próprios casos aos jurados, era difícil cumprir essa lei, que aos poucos foi transformando-se em lei morta. O júri regularmente permitia que um parente, ou associado, auxiliasse um litigante. Alguns litigantes faziam uma breve introdução e solicitavam que um amigo o representasse.Os logógrafos escreviam para seus clientes um discurso que este último deveria recitar como se fosse de sua autoria. Eles suprimiam sua própria personalidade e escreviam um discurso que parecesse o mais natural possível para o litigante cliente e desse a impressão de ser extemporâneo.
Por fim, vê-se que os gregos antigos não só tiveram um direito evoluído, como influenciaram o direito romano e alguns dos nossos modernos conceitos e práticas jurídicas: o júri popular, a figura do advogado, a diferenciação de homicídio voluntário, involuntário e legítima defesa, a mediação e a arbitragem, a gradação das penas de acordo com a gravidade dos delitos. (Adaptado do site: http://www.viajus.com.br/viajus.php?pagina=artigos&id=613).
 1.3.2 - Direito Romano: análise interna e externa do Direito, principais institutos e influência.
O Direito Romano sofreu uma longa gestação, no longo percurso entre a fundação de Roma até a constituição do Império Bizantino.
Assim, três fases características se assinalam:
1ª - quando a ideia de unificação do Direito surgiu com Tarquínio, o Soberbo, sem que houvesse participação do povo;
2ª - quando, sob a República, todas as classes, de comum acordo, reclamam a codificação, cuja necessidade ficou acentuada com o aparecimento da complilação Papiriana. Nesta 2ª fase são elaboradas as chamadas Leis das XII Tábuas, as Leis das Ações;
3ª - quando aos imperadores e ao povo se juntam os jurisconsultos, que elaboram o Edicto Perpétuo, os Códigos Gregoriano e Hermogeniano, o Código Teodosiano, e, sob Justiniano, o Corpus Juris Civilis Romanorum.
No desenvolvimento do Direito Romano se distinguem, de outro lado, 4 partes:
1ª - Direito arcáico ou quiritário (desde a fundação de Roma até a codificação das XII Tábuas); direito rigoroso, formalista, apto só a um povo de economia agrária;
2ª - o período de Augusto, poucos anos antes da vinda de Cristo (fim da República Romana); prevalência do jus gentium, o direito comum a todos os povos do Mediterrâneo, a fundação sobre o bonum et aequum e a boa-fé, o direito universal se aplica a todos os homens livres; constrói-se um istema jurídico magistratural, o jus honorárium que, por influência do jus gentium auxilia, supre, emenda com elasticidade o cepo originário do jus civile.
3ª - O período do direito clássico, constitui a época áurea da jurisprudência, chegando até o imperador Diocleciano. O direito recebe a maior elaboração científica dos jurisconsultos. O direito magistratural é substituído pelo cognitio extra órdinem, administração da justiça assumida diretamente pelo imperador.
4ª - Depois de Diocleciano, no IV século depois de Cristo, começa o direito post-clássico. Faltam os grandes jurisconsultos, porém o direito se adapta aos novos princípios sociais firmados pelo Cristianismo. Nesse período se forma o direito moderno, que vem codificado no VI século pelo imperador Justiniano (Sciascia).
Lei das Doze Tábuas "lex duodecim tabularum"
Antecedentes históricos
A causa que originou a compilação da Lei das XII Tábuas foi, como afirmam os estudiosos, a exigência da plebe de ser equiparada aos patrícios para que fosse colocado um termo ao arbítrio dos cônsules e para que houvesse igualdade de direito e deveres frente à lei, e foi feita porque as leis do período monárquico não mais se adaptavam à nova forma de governo, isto é, à República.
Com aqueda da monarquia, fazia-se necessária a renovação das normas que eliminavam as diferenças de classes.
Menciona Pompônio uma classificação de direito em três partes, sendo a primeira a Lei das XII Tábuas, que deu origem ao Direito Civil e às ações da lei. Cabia aos Pontífices o direito de interpretar as leis, fixar as ações e nomear os juízes que as deviam julgar. Tal uso se manteve durante quase um século.
As conquistas da plebe 
É na primeira metade do século V que a plebe consegue conquistar os órgãos e os institutos que a colocaram em condições de alcançar as metas desejadas. Com a instituição das tribos territoriais como distritos para servir de recrutamento, podendo-se reunir em tribos conforme a localização da posse fundiária; antes feita por cúrias, quebra-se a preponderância da plebe urbana e das clientelas patrícias. 
Tais comícios adquiriram logo grande importância a ponto que os plebeus se dispuseram até a usar a violência para defender essas suas reuniões e impor ao estado a observância dos plebiscitos, isto é, das deliberações que se tomavam, de forma que a autoridade dos chefes da plebe, os tribunos, crescia sempre mais.
Foi assim que a plebe, na primeira metade do século V a.C., pode constituir-se em estado dentro do estado para combater os privilégios dos patrícios e conquistar a igualdade civil e política. A civil foi obtida através da legislação das XII Tábuas.
Tais leis tomaram o nome de leges de imperio consulari (Leis sobre o império consular). Isto significava a integração do município plebeu dentro do estado, segundo a tendência da secessão.
A luta teve bom êxito: os patrícios finalmente acabaram concordando que fossem nomeados os decemviri legibus scribundis (decêmviros para escrever as leis), decisão esta que remonta ao ano 455 a.C. 
Portanto, a importância básica das XII Tábuas foi a de ter estabelecido o princípio da igualdade jurídica entre patrícios e plebeus, que é a igualdade de todos os homens perante alei, e ter mencionado na lei, promulgada para o interesse do povo, o fundamento do estado. Elas codificaram em grande parte o direito consuetudinário preexistente e representam um sistema ainda rudimentar de direito civil e penal.
A influencia da legislação grega
Para que fosse possível a compilação da lei que regulasse as relações entre patrícios e plebeus e os colocassem num mesmo plano de direito e deveres, teria sido enviada à Grécia uma embaixada de três personagens para estudar as leis de Sólon, e quando da volta dos triúmviros (ano 453 a.C.) teriam sido criados para a compilação das leis e o governo da cidade, dez magistrados novos, todos patrícios, tendo nesta parte os plebeus cedido. Tal proposta veio do tribuno Terentillo Arsa (Lex Terentilla), pela qual deveriam ser escolhidos dez homens experientes, de reconhecida sabedoria e boa reputação, para organização de leis que abrangessem o direito público e o privado, a serem fixados no Forum para o conhecimento de todos.
Houve logo a reação patrícia contra a proposta de Terentillo Arsa, cuja lei previa, como se disse, a nomeação de dez membros, embora Edouard Cuq, e também Bonfante afirmem que a lei previa uma comissão de cinco e não de dez membros.
Após a primeira reação dos patrícios, alguns anos depois, chegaram as partes a um aparente acordo, sugerindo-se que fosse nomeada uma comissão de dez membros para que estudasse e elaborasse um código de leis tendo por base as leis de Solon e outras leis helênicas, para que fossem adaptadas às exigências romanas. Era cônsul na época Romilio, que fez a proposta através de um senatusconsulto, ratificado por um plebiscito que aprovou o envio para a Grécia e três deputados para tal finalidade.
Quando da volta dos embaixadores, trouxeram eles abundante material legislativo, que serviu de base ao trabalho dos decêmviros.
Os decêmviros nomeados, compuseram no ano 451 a.C. des tábuas de leis, mas, diz Bonfante que “O colégio renovado - e esta vez diz-se, misto de patrício e de plebeus por ambição demagógica de Apio Cláudio -, compôs no segundo ano mais duas Tábuas”.
A influência do direito greco foi larguíssima no direito pretório na adaptação aos novos escopos dos vetados institutos civis.
Administração da justiça
A justiça era administrada pelos magistrados que pertenciam à classe patrícia e a eles cabia a nomeação de outros magistrados e, logicamente, houve uma decenal resistência por parte dos patrícios antes de ceder às exigências dos plebeus. As penalidades para os devedores insolventes eram pesadas visando garantir os interesses privados dos credores. Com efeito, o processo executivo da sentença é totalmente privado e dirigido não contra os bens, mas contraa pessoa. O condenado, se dentro de trinta dias não satisfizesse seu débito, era entregue ao credor, o qual procedia à manus iniectio, isto é, com o auxílio dos seus, tomava-se dono dele e depois de tê-lo tido sessenta dias acorrentado e exposto inutilmente durante três dias no mercado, sem que alguém se apresentasse para liberá-lo, tinha direito de matá-lo ou vendê-lo além do Tibre porque nenhum cidadão romano podia ser reduzido à escravidão dentro do território. 
Portanto, nas XII Tábuas o que mais prevalece e é colocado em evidência é a parte processual. O código, como já amplamente escrito, foi o resultado de um contraste entre plebeus devedores e patrícios credores. Os plebeus na impossibilidade de pagar suas dívidas tomavam-se sempre mais sujeitos, através de novos empréstimos extorsivos, aos patrícios que adquiriam sempre maior força e poder. Portanto, a reação dos plebeus era uma necessidade de sobrevivência que os impelia a lutar cada vez com maior vigor. 
Surgiram então novas magistraturas, como a questura, a edilidade curul, a pretura, a censura que eram funções de centralizadas e que foram conquistadas aos poucos visando o equilíbrio econômico, político e até religioso; em suma, todo contraste e toda luta girava em torno dos interesses das duas classes. 
O texto da lei das XII tabuas
Os decêmviros deviam estudar as leis recolhidas na Grécia e elaborar o código. Tais leis foram distribuídas em dez tábuas de carvalho e expostas ao público para as eventuais observações e, no ano 451 a.C. depois de aprovada pelo povo nos comícios centuriados, foram gravadas em bronze para perpétua lembrança.
Faltavam, porém, outras leis para atender as exigências da justiça, de forma que, depois da queda do decemvirado, os cônsules promulgaram mais duas tábuas (questão duvidosa esta) constituindo assim o Corpo das XII Tábuas, que Tito Lívio chama a fonte do direito público e privado. (Década 1ª Lib. 3, 14).
As tábuas foram perdidas no incêndio de Roma por obra dos Gálegos (364/390) e não consta que tivesse sido feita uma nova redação; acredita-se que tenha havido uma transmissão oral ou que se fizeram redações particulares. 
O tempo não nos deixou nada mais que fragmentos. Do século VII para frente, em Roma, os cultores de estudos antiquários e gramaticais costumavam referir-se à XII Tábuas para ilustrar a língua e os estudos arcaicos, frequentemente reproduzindo inteiros trechos de lei comentada.
Escreve Pasquale Voci que: “O conteúdo das XII Tábuas, pode de maneira aproximada, ser reconstituído por meio dos testemunhos dos antigos autores, juristas e não juristas, que atribuem a elas a origem de uma determinada norma: assim alguns estudiosos reuniram estes testemunhos, que às vezes reportam as mesmas frases da lei, remodemizadas e por estas coletâneas se pode ter uma ideia do conteúdo complexo e da natureza .da lei decemviral). (Pág. 44).”
Pelos resultados foram estabelecidos os seguintes pontos: Que nas XII Tábuas está contido o Direito Privado, incluindo os crimes privados; regulam o direito consuetudinário constituindo a base do sistema do Direito Romano. Que as primeiras três tábuas cuidavam, como foi dito, do processo e são aquelas que apresentam um tratamento quase orgânico. As outras continham, em breve exposição, as várias partes do direito, tratado segundo as concepções da época primitiva a que remontam as XII Tábuas.
Destruídas no incêndio de Roma, o que se achou serviu de base para a reconstrução aproximada do texto da Lei das XII Tábuas, mas nem sempre ao menos aquela aproximação foi possível, tanto que é duvidosa a fidelidade de quaisquer reproduções dela, conforme é opinião dos estudiosos da matéria. Mesmo assim há unanimidade quanto ao fato de que, independente da qualidade literal de qualquer reprodução do que fora aquela Lei, ela presta para dar uma noção geral e um conhecimento satisfatório deste código que é considerado o pai do direito romano.
Divisão do Império Romano
Após a morte do imperador Teodósio em 395, a unidade do Império é definitivamente quebrada com a divisão feita pelos seus dois filhos: Arcádio (Augusto desde 383), o mais velho, obteve o Oriente com sede em Constantinopla; Honório (Augusto desde 393), recebeu o Ocidente com sede em Milão ou Ravena. Na época, este ato não representava qualquer inovação, já que a partilha das responsabilidades e atribuições era prática corrente. Além disso, a ideia de unidade mantinha-se devido à figura de Estilicão, general de origem vândala, imposto por Teodósio como tutor dos jovens soberanos. Nas duas partes do império mantinham-se também idênticas instituições, tanto nas províncias como nos organismos centrais. Porém, não há dúvida que se vinha já produzindo uma diferenciação econômica e social profunda entre Ocidente e Oriente, iniciada muito antes de 395, e que se acentuou nos anos seguintes, entre 395 e 410, devido, sobretudo, ao problema germânico. 
O Ocidente apresentava-se militarmente frágil e permeável às investidas bárbaras. A partir de 401, os Ostrogodos invadem as províncias do Danúbio superior. A partir de 406, são os Vândalos, os Sármatas, os Alanos e os Alamanos que devastam a Gália Ocidental, e Alarico saqueia Roma (410). O próprio Estilicão, internamente perseguido pelo partido antibárbaro, é decapitado a 22 de agosto de 408. O Ocidente ficou sob o poder dos chefes bárbaros e em 476, Odoacro, chefe dos Hérulos, depôs o último imperador romano do ocidente, Rómulo Augusto, e devolveu as insígnias ao imperador do Oriente cujos sucessores reinaram em Constantinopla até 1453.
Corpus Juris Civilis
Após a divisão do Império Romano, a invasão dos bárbaros destruiu o Império Romano do Ocidente. O Império Bizantino era governado desde 527 d.C. por um imperador ambicioso, Justiniano 1º (482-565). Ele visava o restabelecimento do grande Império Romano, o qual vinha abalado nos últimos séculos, tanto pela ação dos germanos, que ocupavam a Europa Central, como pela dos hunos, vindos do Oriente.
Este, por sua vez, agrupou e selecionou o que de mais importante havia sobre o Direito, como Constituições e pareceres dos principais jurisconsultos da época (como Gaio, Ulpiano), realizando uma compilação que continha toda a legislação romana revisada desde o Imperador Adriano.
 A obra legislativa de Justiniano, por conseguinte, consta de quatro partes: Institutas (manual escolar), Digesto ou Pandectas (compilação dos iura), Código (compilação das leges) e Novelas (reunião das constituições promulgadas depois de 535 por Justiniano). 
A esse conjunto, o romanista francês Dionísio Godofredo, em 1538, na edição que dele fez, denominou Corpus Iuris Civiles (Corpo de Direito Civil), designação essa que é hoje universalmente adotada.
É a base da jurisprudência latina (incluindo o direito canónico eclesiástico: ecclesia vivit lege romana) e é também um documento único sobre a vida no Império Romano no seu tempo. É uma coleção que reúne muitas fontes nas quais as leges (leis) e outras regras eram expressas ou publicadas: leis propriamente ditas, consultas senatoriais (senatus consulta), decretos imperiais, lei das sentenças e opiniões e interpretações dos juristas (responsa prudentum). Foi mérito dessa codificação a preservação do direito romano para a posteridade.
O Corpus representou uma revolução jurídica, organizando o direito romano numa forma conveniente e sob um esquema orgânico, que se tornou a base do moderno Direito Civil.
A importância do Corpus Juris Civilis pode ser assim avaliada: “Foi neste Corpus Juris Civilis, obra-prima do Direito Romano, que os legistas da Idade Média e dos Tempos Modernos estudaram esta ciência, e foi também ele que serviu de base aos nossos códigos atuais.” – Segundo GENICOT, L. e HOUSSIAU, P., in “Le Moyen Age”, Coleção Histoire et Humanités).
Institutos do Direito Romano
Das coisas
Segundo a concepção de Moreira Alves (1983), há duas possíveis acepções para o termo “coisa”: a vulgar, onde seria tudo o que existe na natureza, ou que a inteligência do homem é capaz de conceber e a jurídica, na qual coisaé aquilo que pode ser objeto de direito subjetivo patrimonial. A definição jurídica reflete exatamente a ideia de “coisa” na atualidade, já tendo sido anteriormente apregoada pelos Romanos. Interessam ao Direito somente os bens, que são as coisas na acepção jurídica, estando regulados seus tipos no Código Civil.
Da posse
Houve um tempo em que a propriedade e a posse se encontravam confundidas entre os romanos. Posteriormente, distinguiu-se, pertencendo, até os dias de hoje, aos jurisconsultos romanos, a glória de terem criado a Teoria da Posse.
O desenvolvimento da ideia de posse no direito romano constitui-se em uma das mais árduas e difíceis investigações históricas dos pesquisadores do Direito ao longo da humanidade. Tudo isso em virtude da deficiência dos arquivos jurídicos dos primeiros tempos de Roma, sendo certo que todos os institutos e, principalmente, a posse experimentaram notáveis alterações ao entrar na compilação justiniana.
Da propriedade
Sucintamente, propriedade pode ser conceituada como sendo o pleno poder sobre a coisa, plena in re potestas. Tal conceito decorre de somente a propriedade poder apresentar todos os direitos sobre a coisa, ou seja, o de ser possuidor, jus possidendi, usar, jus utendi, fruir, jus fruendi, e, exclusivamente, modificá-la, reformá-la, vendê-la, jus abutendi.
Da falência
No Direito Romano, a obrigação era essencialmente pessoal, isto é, na falta de cumprimento, o devedor respondia com o seu próprio corpo e não com o patrimônio. Não se exigia a intervenção do Estado, pois todo problema era resolvido pelas próprias mãos dos credores. A fase mais primitiva do direito romano foi o direito quiritário, época essa, que a pessoa do devedor era adjudicada ao credor e reduzida a cárcere privado. O direito quiritário (período mais primitivo do direito romano) admitia a adjudicação do devedor insolvente que, por sessenta dias, permanecia em estado de servidão para com o credor. Não solvido o débito, podia vendê-lo como escravo no estrangeiro e até mesmo matá-lo9.
A partir da Lei das XII Tábuas se delinearam a execução singular e a execução coletiva, sendo essa fase de grande contribuição do direito romano a este instituto. No ano de 428 ou 441 a.c surgiu a Lex Poetelia Papiria, onde os bens do devedor e não mais o seu corpo passa a constituir garantia dos credores.
Depois, no ano de 149 a.c, surgiu a Lex Aebutia, que fez substituir o processo das legis actiones, pelo processo formular, atribuindo ao pretor a possibilidade de redigir uma “formula”, espécie de programa de averiguação dos fatos e de sua valorização, a fim de serem julgados pelo juiz. Á vista da bonorum sectio, instituiu a missio in bona ou missio possessionem, que consistia no desapossamento dos bens do devedor, a pedido do credor e por ordem do magistrado. Perdia, então o devedor a administração de seus bens, que passavam ao curador, nomeado pelo magistrado. O credor dava, então, publicidade a missio, bonorum proscriptio, para que os outros credores pudessem vir a concorrer, dentro de trinta dias.
Se passado esse prazo, o devedor não solvesse seus compromissos, o curador alienava, bonorum venditio, ao melhor ofertante, bonorum emptor, o patrimônio do devedor e que o sucedia a título universal e respondendo, consequentemente, pelas obrigações assumidas pelo devedor, pagando proporcionalmente caso o ativo fosse insuficiente para a satisfação completa de todos e obedecendo a mais perfeita igualdade. Se o devedor preferisse, podia usar da cessio bonorum, isto é, fazer cessão de seus bens ao credor que podia vendê-los separadamente por intermédio do curador, bonorum distractio, a fim de pagar, em rateio aos demais credores.
Do casamento
No Direito Romano, apresentam-se dois tipos de casamento: Cum Manu e Sine Manu.
No casamento Cum Manu, a mulher estava sujeita a forte autoridade do marido, sendo considerada sua propriedade; a mulher renunciava a seus costumes, crenças e patrimônio para incorporar-se a família do marido, abraçando as crenças e costumes dele; a mulher desligava-se da Patria Potestas, passando ao poder do marido, Pater Famílias.
Com o passar do tempo, em consequência de uma nova visão da vida, que gerou uma nova concepção do instituto do casamento, a autoridade forte do marido passou a ser cada vez menos aceita e o casamento Cum Manu cedeu lugar ao casamento Sine Manu. Nesse novo tipo de casamento, a autonomia da mulher passou a ser preservada tanto no aspecto patrimonial, como no de suas crenças e costumes.
O divórcio
No Direito Romano, o instituto do divórcio, Divortium, acontecia mediante o consentimento recíproco; em caso contrário, havia o, Repudium, para os casos graves como adultério. No casamento Cum Manu, só o marido podia repudiar, a mulher não tinha igual direito; no casamento Sine Manu, o repúdio podia ser exercido tanto pelo homem como pela mulher.
Durante toda a história de Roma, cerca de XIII séculos, sempre o divórcio foi plenamente permitido e praticado, como já o tinha sido pelos outros povos da antiguidade. Foi só na Idade Média, com o advento do Cristianismo e o domínio total da Igreja, que o casamento foi estabelecido como sacramento e as ações de divórcio passaram a ser dificultadas. 
(Adaptado a partir do site: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABXvIAI/direito-romano-principais-institutos).

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