Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 PROJETOS E PRÁTICAS EDUCACIONAIS I ORIENTAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE I Prezado (a) Licenciando (a), Nesse documento, você possui acesso às orientações para a construção e desenvolvimento da sua atividade 1, envolvendo uma “Curadoria Digital” e uma “Aprendizagem Expedicionária”, por meio da observação do tema apresentado pela disciplina em contexto real educacional. A atividade deve ser realizada, preferencialmente, em grupo de até 6 participantes. Essa construção é mediada sob a orientação do (a) professor (a) da Unyleya, responsável pela disciplina, compartilhe as suas dúvidas e sugestões em nosso Fórum de Dúvida e nos encontros on-line que realizaremos. Leia com atenção as orientações. Bons Estudos. Professores (a) das Licenciaturas Unyleya. OBS: Mesmo o trabalho sendo construído em grupo, cada licenciando (a) deverá postar na sala de aula virtual, esse arquivo preenchido, para o registro da realização da atividade avaliativa. 2 DATA DE INÍCIO DA SALA DE AULA DE PROJETOS E PRÁTICAS 1 DATA 27/07/2021 Licenciandos (a) Componentes do Grupo Nome ANDERSON ALEX DO NASCIMENTO Nome PATRICIA CAROLINA GOMES PEREIRA Nome HENRIQUE AGNIS BARBOSA DE MELO Nome FRANCISCO ADRIANO MENDES MARIANO ATIVIDADE 1 – INVESTIGAÇÃO/ CURADORIA DIGITAL Nesse primeiro momento, o (a) licenciando (a) deve realizar a leitura atenta das diretrizes divulgadas e, posteriormente, iniciar o seu processo de pesquisa, de acordo com as solicitações apresentadas. O quadro a seguir, tem como objetivo orientar a organização da sua investigação, 1º. momento, bem como apoiar o registro das informações encontradas ao longo das pesquisas realizadas. Portanto: a) Realize a pesquisa bibliográfica e audiovisual sobre o tema da disciplina “Educação Inclusiva e Educação Especial” na Internet, na nossa Biblioteca Virtual, entre outros espaços disponíveis e gratuitos; b) Selecione um material (pode ser texto, áudio, vídeo, entre outras possibilidades) e registre as informações necessárias à sua identificação no quadro a seguir; c) O primeiro material a ser pesquisado tem como conceito “Educação Especial”; d) O segundo material a ser pesquisado tem como conceito “Educação Inclusiva”; e) O terceiro e o quarto material, são de livre escolha, ou seja, o (a) licenciando (a) deve aproveitar esse espaço para buscar conteúdos que favoreçam a compreensão do desafio educacional apresentado na disciplina; f) Após todo o processo investigativo e de reflexão, realize o registro do quadro a seguir. 3 1º. Momento - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA E AUDIOVISUAL SOBRE O TEMA DA DISCIPLINA “Educação Inclusiva e Educação Especial” Pesquise um artigo e um vídeo sobre os conceitos em destaque. Importante: Todos os textos e todos os materiais audiovisuais deverão ser lidos/assistidos na íntegra. Você é um (a) licenciando (a) pesquisador (a)! a) Conceito: Educação Especial http://portal.mec.gov.br https://www.infoescola.com/pedagogia/educacao-especial/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_especial http://icg.edu.br/eduacacao-inclusiva-especial/ https://todospelaeducacao.org.br/noticias/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre- educacao-inclusiva/ SIMÃO, Antoniette & SIMÂO, Flavia. Inclusão: Educação Especial – educação essencial. São Paulo: Livro pronto, 2004. b) Conceito: Educação Inclusiva http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf c) Conceito: Livre Escolha do (a) Licenciando (a) Inclusão na Educação Infantil http://revista.fundacaoaprender.org.br/?p=88 https://novaescola.org.br/conteudo/15224/como-pensar-na-inclusao-durante-a-educacao-infantil d) Conceito: Livre Escolha do (a) Licenciando (a) Plano Educacional Individualizado http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf 2º. Momento - RESUMO E REFLEXÃO A PARTIR DO MATERIAL PESQUISADO – Principais questões presentes nos materiais pesquisados de acordo com cada conceito estudado. Importante: Informe apenas os títulos do material selecionado, pois os links já foram disponibilizados na etapa anterior. Conceito: Educação Especial A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os serviços e recursos próprios desse atendimento e orienta os alunos e seus professores quanto a sua utilização nas turmas comuns do ensino regular. A perspectiva da Educação Especial não é a deficiência, nem a dificuldade, mas a POTENCIALIDADE. Todas as pessoas têm direito à escola e devem ser aceitas nessa diferença. Inicio meu texto me pautando em duas diretrizes que regem a educação brasileira, sendo elas, a Constituição brasileira (1998) e a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional (9394/96). Constituição brasileira (1988) Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno http://portal.mec.gov.br/ https://www.infoescola.com/pedagogia/educacao-especial/ https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_especial http://icg.edu.br/eduacacao-inclusiva-especial/ https://todospelaeducacao.org.br/noticias/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-educacao-inclusiva/ https://todospelaeducacao.org.br/noticias/conheca-o-historico-da-legislacao-sobre-educacao-inclusiva/ http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf http://revista.fundacaoaprender.org.br/?p=88 https://novaescola.org.br/conteudo/15224/como-pensar-na-inclusao-durante-a-educacao-infantil http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf 4 desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; LDBEN (9393/96) Segundo o art. 58 da Lei de diretrizes e bases da educação nacional, nº 9394 de 20 de dezembro de 1996; “entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de Educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais”. Os objetivos da educação especial são os mesmos da educação em geral, o que difere é o atendimento, que passa ser de acordo com as diferenças individuais do educando. E quais seriam essas diferenças? Conforme descrito na convenção de Nova Iorque, em seu artigo 1, pessoas com deficiência, “são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas.” A educação inclusiva abrange três grupos de estudantes. São eles: alunos com deficiência; alunos com transtornos globais de desenvolvimento ou transtorno do espectro autista; alunos com altas habilidades ou superdotação No Brasil, por volta do século XIX, as crianças com deficiências passaram a ser cuidadas por instituições religiosas, que passaram a crer que Essas pessoas tinham alma e não mereciam o sacrifício de suas vidas. No início do século XX, houve o surgimento das escolas com atendimentos especiais, porém, uma educação a parte, esse alunado teria convívio apenas com outras pessoas com deficiência, eram instituições de natureza filantrópica, porém a oferta de atendimento era muito abaixo da demanda. A escola especial é uma educação organizada para atender especifica e exclusivamente alunos com determinadas necessidades especiais. Algumas escolas dedicam-se apenasa um tipo de necessidade, enquanto outras se dedicam a vários. As escolas especiais tem sido alvo de criticas por não promover o convívio entre as crianças especiais e as demais crianças. Por outro lado, a escola direcionada para a educação especial conta com materiais, equipamentos e professores especializados. O sistema regular de ensino precisa ser adaptado e pedagogicamente transformado para atender de forma inclusiva. 5 No Brasil, o Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009, promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, assinados em Nova York, e m 30 de março de 2007, rege os direitos da pessoa com deficiência, onde esses, teriam o direito a educação inclusiva, pois os atendimentos em salas especiais o tornaram excluídos da sociedade. Conforme parágrafo 2 artigo 24 que se refere a convenção, não pode haver exclusão do sistema de ensino regular, pelo fato de ser portadores de deficiências, devem ter acesso à educação inclusiva, acomodação, suporte e apoio individual caso seja necessitado. Na Educação Inclusiva, os alunos são respeitados em suas diversidades. Sua deficiência é entendida como diferença, que faz parte da diversidade humana e não pode ser negada, porque é essa diferença que caracteriza cada pessoa, sua forma de agir, sentir e ser. Segundo a Declaração de Salamanca, para promover uma Educação Inclusiva, os sistemas educacionais devem assumir que “as diferenças humanas são normais e que a aprendizagem deve se adaptar às necessidades das crianças ao invés de se adaptar a criança a assunções preconcebidas a respeito do ritmo e da natureza do processo de aprendizagem” (BRASIL, 1994, p. 4). A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais, em classes comuns, exige que a escola regular se organize de forma a oferecer possibilidades objetivas de aprendizagem a todos os alunos, especialmente àqueles com deficiências. Atendimento Educacional Especializado O atendimento educacional especializado (AEE) tem a função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas. É amparado juridicamente por um conjunto de legislações no Brasil que asseguram a inclusão de alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, oferecendo recursos pedagógicos e de acessibilidade que atendam às demandas de suas necessidades específicas. O atendimento às necessidades educacionais especiais, além de exigir uma sólida formação inicial e contínua de professores e profissionais, também requer que o professor do AEE busque articulação com as demais áreas de políticas setoriais para fortalecer uma rede intersetorial de apoio ao desenvolvimento integral do aluno. 2009 – Resolução Nº 4 CNE/CEB O foco dessa resolução é orientar o estabelecimento do atendimento educacional especializado (AEE) na Educação Básica, que deve ser realizado no contraturno e preferencialmente nas chamadas salas de recursos multifuncionais das escolas regulares. Sala de Recursos são espaços (salas) destinados ao atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais que estão inseridos na educação regular por meio da política de Educação Inclusiva. Trata-se de salas com materiais diferenciados, além de 6 contar com profissionais preparados especificamente para o atendimento às diversas necessidades educativas especiais dos educandos. Exemplificando, a criança com deficiência visual tem direito a estar na escola com todos. Então, no contraturno na sala de recurso ela aprenderá mais sobre o braile, potencializando a capacidade de leitura e escrita dentro de sua necessidade, esse atendimento deverá se adequar a qualquer pessoa e sua deficiência. Devemos todos lutar por uma educação verdadeiramente inclusiva e para todos. Conceito: Educação Inclusiva Encontramos na Nota de Aula, página 8 a seguinte definição de Educação Inclusiva: Por Educação Inclusiva entende-se o atendimento educacional de pessoas com deficiência, isto é, daqueles que apresentam impedimentos de longo prazo, de natureza mental, física, sensorial, múltiplas deficiências, distúrbios de conduta e os superdotados. É preciso esclarecer que ter uma deficiência não quer dizer que o sujeito precise de atendimento educacional especializado. Isto só é necessário quando os impedimentos mencionados restringem a participação plena e efetiva na escola e na sociedade. A Educação Inclusiva vem se transformando ao longo do tempo, desde as denominações até a estrutura de todo o escopo que se pretende realizar. Educação Inclusiva visa literalmente incluir crianças, adolescentes e jovens com deficiências em escolas de ensino regular. De acordo com a nota de aula, até 1970 os alunos atípicos tinham que se adaptar às escolas e graças ao Relatório de Warnock (1978), apresentado no Parlamento Britânico, surgiu o conceito de necessidades educacionais especiais devido ao grande número de alunos que não conseguiam acompanhar o ensino. Este relatório tirou o foco sobre o aluno e colocou sobre as necessidades que a escola deve atender para receber os alunos com necessidades, atípicos ou não. Daí o relatório BRASIL,MEC, 2010 inovou com a proposta de educação para todos, atualmente as escolas se adaptam aos alunos. Para isso a escola deve se preparar para se transformar e adequar o seu ambiente às especificidades de cada aluno, tanto em suas estruturas físicas como preparação pedagógica de seu corpo docente. Desde a Declaração de Salamanca ficou estabelecido que a Educação é para todos, dessa forma os alunos com deficiência precisam ser incluídos. Fazem parte deste grupo alunos com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento ou transtorno do espectro autista e a partir de 1990 os alunos com altas habilidades ou superdotação, assim como as crianças de rua, nômades e outras. O Brasil possui toda a legislação necessária para garantir a inclusão desses alunos, entretanto há um abismo entre a teoria e a prática. Em nossa nota de aula, na página 11, menciona que ainda há muitas barreiras para serem transpostas. A nossa sociedade em geral é muito egoísta, não se preocupa e nem se permite refletir sobre isso, passando a ser uma guerra a ser travada pela família 7 contra a escola, pais de alunos e principalmente os professores. Percebe-se que a escola em geral não faz investimentos para receber estes alunos e muito menos tem a preocupação de capacitar o seu corpo docente. Algumas escolas quando procuradas informam que são inclusivas, mas quando as atividades começam fica nítido que elas não sabem o que fazem. Contratam uma psicóloga- estagiária para conversar com os pais e só. A inclusão deve fazer parte da rotina da escola, todos devem se comprometer com a causa. Professores, diretores, coordenadores, pais de alunos e alunos devem assistir palestras para se despertarem a respeito com sentimento de amor ao próximo e acolher a família e o aluno com deficiência. Antes da Sala de aula o professor precisa ser capacitado, conhecer o diagnóstico do aluno, quais as suas limitações e competências, para fazer uma adaptação curricular, procurar suporte pedagógico para aplicar técnicas de aprendizagem, elaborar um plano educacional especializado onde constará o que vai ser ensinado, como vai ser ensinado e cobrado. Em sala de aula o professor priorizará e incentivará um aprendizado colaborativo e não o competitivo, a fim de permitir que os alunos se ajudem para que todos alcancem as metas estabelecidas. A melhor ferramenta que o professor pode ter é o amor, somente ele minimiza toda a dificuldade e com boa vontade até um professor inábil conseguiráobter sucesso. O professor precisa focar nas competências e não nas dificuldades, as competências indicarão as técnicas que terão melhores resultados e outras técnicas serão empregadas para desenvolver as dificuldades. A pedagogia tem um papel importantíssimo na inclusão, pois é ela quem indicará o caminho e sensibilizará todo o corpo docente. É a pedagogia que ao lado da família irá conduzir todo o processo. Somente um pedagogo saberá como lidar com a inclusão. Os professores se preocupam em preparar as aulas para os alunos típicos porque é para isso “que são pagos”. Muitos não entendem ou aceitam ter que trabalhar muito mais sem receberem nada mais pelo esforço, como se o aluno com deficiência fosse um óbice para o seu trabalho, por isso somente o amor e por que não, a compaixão pode facilitar este processo. Toda a escola precisa abraçar a causa, do diretor ao colaborador da limpeza. Conceito: Livre Escolha do (a) Licenciando (a) A inclusão na Educação Infantil Quando lemos sobre a trajetória histórica da Educação Infantil e da Educação especial encontramos muitas semelhanças. Tanto a Educação Infantil quanto a Educação especial inicialmente eram assistencialistas e o poder público transferiu a responsabilidade por oferecer a educação às instituições filantrópicas. A educação de crianças de zero a seis anos no século XX ministrada em creches, escolas maternais ou internatos era direcionada a crianças pobres filhas de mães trabalhadoras. O objetivo desses locais era a manutenção da vida e nos locais de atendimento a pessoas com algum tipo de deficiência também buscava pelo mesmo, sendo que não se acreditava na possibilidade de transformação dessas pessoas. Atualmente, após muito estudo e pesquisa, foi constatado que se a criança com necessidades especiais for atendida respeitando suas limitações e necessidades, ela se 8 desenvolverá e a transformação antes vista como impossível será alcançada. Para que a inclusão seja feita de fato é preciso começar combatendo a descriminação e capacitando os profissionais da escola. Pois capacitados farão com que aquele aluno se sinta pertencente aquele lugar e não só um aluno que a escola aceitou para cumprir a lei. Salientamos que o ambiente escolar ideal para a criança com deficiência deve ser um espaço rico e desafiador, onde a interação com os demais colegas concorra para o desenvolvimento de suas potencialidades, possibilitando a construção e a troca de saberes e valores. (SOUZA, 2012). As escolas que ofertam a Educação Infantil, públicas ou privadas, devem buscar implementar a inclusão em seu espaço escolar. Segundo Emilio (2007, apud FRELLER, FERRARI, SEKKEL, 2008, p. 83): […] a inclusão na escola particular, se feita de forma ética e responsável, não significa receber e incluir todos os alunos com necessidades educacionais especiais na escola regular, mas implica tanto reconhecer às dificuldades e limitações existentes quanto – e principalmente – a disponibilidade para buscar condições para que isso aconteça […]. Além disso, de acordo com Freller, Ferrari e Sekkel (2008), a oferta de vagas na educação infantil, na rede pública, em todo o país e menor do que a demanda, isto dificulta profundamente o processo de inclusão já que as crianças com deficiência também engrossam esse grande número de crianças excluídas das creches públicas e EDIs (Espaços de Desenvolvimento Infantil). Alguns pais de crianças com necessidades especiais adiam a entrada dessas crianças a escola, pois tem receio que a criança não seja incluída nas atividades escolares e até por achar que seus filhos não são capazes de participar ativamente das aulas. Com isso, muitos professores tem pouca experiência sobre a educação especial e não buscam se aprimorar para quanto receberem uma criança com necessidades especiais possam realizar plenamente o seu trabalho. Quem conhece a essência da Educação Infantil acredita que a esse é o melhor lugar para uma criança com necessidades especiais estar. As instituições de educação infantil são lugares que tem como objetivo o desenvolvimento dos aspectos físico, motor, cognitivo, social e emocional, além de fomentar a exploração, as descobertas e a experimentação. Contudo, antes de receber o aluno com deficiência, é fundamental conhecer o seu histórico e diagnóstico. Mas temos ciência que muitas crianças entram nas creches e EDI’s e é nesses espaços que os profissionais que com elas trabalham começam a observar suas dificuldades e/ou limitações e as encaminham a especialistas para que possam ser avaliadas, se for confirmada alguma deficiência ou transtorno, serem 9 diagnosticadas. Os profissionais de educação não dão diagnóstico. Mas o laudo importa? Claro que sim, mas a falta dele não impede de realizar um bom trabalho com aquele aluno. O professor deve buscar conhecimento, tanto teórico quanto da vida do seu aluno para que as adaptações sejam feitas. E quando esse aluno já tiver o laudo? O professor não deve usar o laudo como única fonte de conhecimento do seu aluno, o laudo é só mais uma informação, a inclusão deve sempre focar nas potencialidades do aluno e não nas suas limitações. Os profissionais da educação devem estudar as leis, como: Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1999) e as Diretrizes Nacionais para e Educação Especial na Educação Básica (BRASIL, 2002), que destacam a necessidade da adaptação curricular, sendo necessárias adaptações tanto físicas quanto pedagógicas e de pessoal, em virtude das necessidades apresentadas pelos alunos com deficiências. Um dos aspectos a se considerar dentro da proposta da Educação Inclusiva na Educação Infantil é a diminuição do número de alunos por sala, de maneira a facilitar à interação dos seus membros e o atendimento as especialidades de cada um. Estudos têm comprovado que a limitação do número de crianças por grupo é fundamental para a qualidade da abordagem aos alunos com deficiências e a realização das atividades educativas diferenciadas. O estudo sobre a educação infantil, o planejamento focado nas potencialidades dos alunos e o conhecimento das leis vigentes fará com que o professor realize a inclusão plena em sua sala de aula. “Como nos ensinou Arendt (1997), a criança é a possibilidade de que esse amanhã seja melhor, desde que não a abandonemos e a excluamos, com tudo o que ela traz de novo e surpreendente, na originalidade de seu ser e na singularidade imprevista de seu viver” (MANTOAN, 2006, p.185 apud DRAGO, 2011, p. 72) Conceito: Livre Escolha do (a) Licenciando (a) Plano Educacional Individualizado Acessando o http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha05.pdf, teremos acesso a um estudo feito sobre todas as adaptações necessárias para uma escola ser inclusiva. Uma das adaptações mais importantes é a construção do Plano Educacional Individualizado (PEI).Schimidt (2008) explicou que o Plano Educacional Individualizado (PEI), é um instrumento que promove a acessibilidade curricular. Trata-se de recurso pedagógico, elaborado pelo professor e orientado pelo pedagogo, centrado no aluno, que estabelece metas acadêmicas e funcionais para os educandos com deficiência. Segundo a Nota de Aula Educação Inclusiva cita em sua conclusão que, as adaptações curriculares são medidas pedagógicas adotadas em diversos setores: no nível do projeto pedagógico da escola, da sala de aula, das atividades e, somente quando absolutamente necessário, aplicam-se ao aluno individualmente. Tendem ao atendimento das dificuldades de aprendizagem e das necessidades especiais dos educandos e ao favorecimento de sua escolarização. Analisam os critérios de aptidão acadêmica dos alunos, tendo 10 como identificador o currículo regular e buscam elevar ao máximo as suas potencialidades, sem desconhecerou se insurgir às limitações que apresentam e suas necessidades especiais. Com o PEI, a forma de ensino é com planejamento e acompanhando o desenvolvimento do aluno. Dessa forma, eles conseguem analisar e ajudar no ensino e desenvolvimento do aluno. Sendo assim, com o plano de ensino individualizado, os professores podem pensar em um modo de alcançar os objetivos da criança no aprendizado. O site https://educacao.imaginie.com.br/praticas-inclusivas/, acessado no dia 17/09/21, às 20:00h, apresenta 6 práticas inclusivas para serem implementadas nas escolas e essas práticas corroboram na construção do PEI. O PEI possui vários modelos e propostas, normalmente possui 4 etapas: 1 - Conhecer o aluno: é preciso traçar um perfil com suas habilidades e potencialidades, assim como suas dificuldades. Conhecer sua história, seus gostos, seus conhecimentos já adquiridos e o que ele precisa aprender. Quais são os comportamentos inapropriados, suas reações e possíveis causas. Neste campo constará todas as informações sobre o aluno, desde os seus dados básicos, como diagnóstico, medicação, ambiente familiar, avaliação pedagógica e psicológica que contribuirá muito para o professor adaptar o currículo. Esta adaptação abrange o tempo de realização das atividades, como elas serão construídas e pontuadas, além de mencionar se há ou não a necessidade de equipamento ou meio auxiliar para o aluno. A avaliação verificará a percepção visual e retenção de conhecimento na memória, avaliação intelectual, sugestões de adaptação da escola e da sala de aula, orientações sobre como o professor deve agir para obter sucesso com o aluno, estratégias metodológicas de cada matéria. Dependendo do diagnóstico as questões devem ser elaboradas de forma diferente assim como o tempo e a apresentação na folha. 2 - Estabelecer metas: essa etapa é preciso definir as metas de curto, médio e longo prazo. Avaliar o que o aluno deve aprender em cada espaço de tempo a partir do seu perfil. Definir quais tipos de comportamento trabalhar e como. 3 - Elaboração do cronograma: com as metas traçadas, definir como e quando elas serão realizadas, trabalhadas e como. 4 - Avaliação: necessário realizar o registro avaliativo do aluno organizando procedimentos e avaliando as metas alcançadas. É muito importante elaborar a prova sempre pensando no aluno levando em consideração o seu diagnóstico. Em alguns casos será necessário um mediador para ler as questões e interpretá-las para o aluno. O tempo de duração levará em conta a coordenação motora e mental do aluno. Não há inclusão escolar sem o PEI para orientar o professor e aluno/pais. 3º. Momento – APRESENTAÇÃO DA CURADORIA DIGITAL – Após o estudo dos materiais selecionados, o (a) licenciando (a) deverá apresentar as ideias centrais presentes nos conteúdos pesquisados com o apoio de uma tecnologia digital da informação e comunicação, disponível na web. A 11 apresentação poderá ser no formato de fichamento, resumo, mapa mental, áudio, vídeo, entre outras possibilidades. EDUCAÇÃO ESPECIAL https://www.canva.com/design/DAErHdgBqnU/iiLzfEY9- dnNItAAsNaV3Q/view?utm_content=DAErHdgBqnU&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=sharebutton Como o material selecionado e estudado em sua curadoria pode ajudar responder à pergunta norteadora da nossa disciplina? Pergunta norteadora: Quais os valores e atitudes que, objetiva ou subliminarmente, observados no cotidiano escolar, constroem e consolidam mecanismos de inclusão ou de exclusão? A Educação Inclusiva vem se transformando ao longo do tempo, desde as denominações até a estrutura de todo o escopo que se pretende realizar. Educação Inclusiva visa literalmente incluir crianças, adolescentes e jovens com deficiências em escolas de ensino regular. No início os alunos atípicos tinham que se adaptar às escolas e atualmente as escolas se adaptam aos alunos. Para isso a escola deve se preparar para se transformar e adequar o seu ambiente às especificidades de cada aluno, tanto em suas estruturas físicas como preparação pedagógica de seu corpo docente. Desde a Declaração de Salamanca ficou estabelecido que a Educação é para todos, dessa forma os alunos com deficiência precisam ser incluídos. Fazem parte deste grupo alunos com deficiência, com transtornos globais de desenvolvimento ou transtorno do espectro autista e alunos com altas habilidades ou superdotação. O Brasil possui toda a legislação necessária para garantir a inclusão desses alunos, entretanto há um abismo entre a teoria e a prática. A nossa sociedade em geral é muito egoísta e não se preocupa e nem se permite refletir sobre isso, passando a ser uma guerra a ser travada pela família contra a escola, pais de alunos e principalmente os professores. Percebe-se que a escola em geral não faz investimentos para receber estes alunos e muito menos tem a preocupação de capacitar o seu corpo docente. Algumas escolas quando procuradas informam que são inclusivas, mas quando as atividades começam fica nítido que elas não sabem o que fazem. Contratam uma psicóloga- estagiária para conversar com os pais e só. A inclusão deve fazer parte da rotina da escola, todos devem se comprometer com a causa. Professores, diretores, coordenadores, pais de alunos e alunos devem assistir palestras para se despertarem a respeito com sentimento de amor ao próximo e acolher a família e o aluno com deficiência. Antes da Sala de aula o professor precisa ser capacitado, conhecer o diagnóstico do aluno, quais as suas limitações e competências, para fazer uma adaptação curricular, procurar suporte pedagógico para aplicar técnicas de aprendizagem, elaborar um plano educacional especializado onde constará o que vai ser ensinado, como vai ser ensinado e como será cobrado. Em sala de aula o professor priorizará e incentivará um aprendizado colaborativo e não o competitivo, a fim de permitir que os alunos se ajudem para que todos alcancem as metas estabelecidas. A melhor ferramenta que o professor pode ter é o amor ao ensinar, somente ele minimiza toda a dificuldade e com boa vontade até um professor inábil conseguirá obter sucesso. O professor precisa focar nas competências e não nas dificuldades, as competências indicarão as técnicas que terão melhores resultados e outras técnicas serão empregadas para desenvolver as dificuldades. O pedagogo tem um papel importantíssimo na inclusão, pois é ele quem indicará o caminho e sensibilizará todo o corpo docente. É o pedagogo que ao lado da família irá conduzir todo o processo. https://www.canva.com/design/DAErHdgBqnU/iiLzfEY9-dnNItAAsNaV3Q/view?utm_content=DAErHdgBqnU&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=sharebutton https://www.canva.com/design/DAErHdgBqnU/iiLzfEY9-dnNItAAsNaV3Q/view?utm_content=DAErHdgBqnU&utm_campaign=designshare&utm_medium=link&utm_source=sharebutton 12 ETAPA 2 - APRENDIZAGEM EXPEDICIONÁRIA - IMERSÃO NA VIVÊNCIA PRÁTICA Seja um (a) pesquisador (a)! O nosso objetivo é que você reflita sobre o contexto real em que a questão norteadora apresentada está inserida, por meio de um roteiro que nomeamos “Guia de Campo”. Esse documento, “Guia de Campo”, destaca pontos importantes e essenciais para sua observação e análise crítica. Após as pesquisas realizadas na etapa, acreditamos que você é capaz de identificar questões e problemas em contextos reais de ensino-aprendizado, bem como propor estratégias para a superação do que foi encontrado. No “Guia de Campo” estão os aspectos que devem ser observados no contexto real, ou seja, o campo da prática pedagógica. Nossa intenção é que você apresente um problema inserido na sua realidade, de modo que você possa pensar em possibilidades de transformação de uma realidade vivenciada e/ou observada por você. Assim, preferencialmente, pedimos queesta instituição seja identificada dentro de seu contexto de vivência (comunidade, bairro, trabalho, etc.), porém, caso isso não seja possível, não acarretará nenhum problema para a sua atividade. Então vamos à imersão no campo pedagógico? 1 - Buscar conhecer, em seu município, uma escola inclusiva – Aproveite a oportunidade para observar os aspectos estudados nos materiais da etapa anterior. Vale destacar que, analisar a estrutura física/pedagógica é importante para se pensar a inclusão. Pergunte/pesquisa a proposta pedagógica da escola e analise-a. Busque construir um perfil institucional crítico do local escolhido por você. 2 - Observe/participe de uma atividade educacional neste espaço – Busque estar imerso no cotidiano da Instituição, analisando a prática pedagógica existente à luz dos conhecimentos construídos. Nesta etapa, procure perceber como a teoria e a prática estão se relacionando no dia a dia escolar da inclusão. Nesse momento Pandêmico, sugerimos que as atividades sejam realizadas de forma remota/ on-line. Portanto, pesquise na Internet instituições de ensino ou até mesmo relato de experiências (vídeos, depoimentos, reportagens, documentários, entre outros) em que possa ser observado um caso de inclusão no cotidiano escolar. Toda a escola precisa abraçar a inclusão, do diretor ao colaborador da limpeza. 13 3 - Faça uma análise dos aspectos mais interessantes e dos mais “frágeis” percebidos ao considerar a inclusão escolar – Aproveite este espaço para colocar-se com o seu olhar crítico e projetivo. Ao descrever os pontos frágeis, busque sugerir alternativas para a Instituição. Este é um importante exercício para a sua formação. 4. Registre as informações da Instituição observada no quadro a seguir. Utilize-o como um registro de memória, com imagens de documentos da instituição (folder, por exemplo), fotos, desenhos, bem como outras informações relevantes, na sua perspectiva. APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO OBSERVADA Nome do espaço ESPAÇO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL PROFESSORA KATIA MIRANDA SANTOS Endereço/link da Internet do espaço: https://www.facebook.com/pages/EDI%20K%C3%A1tia%20Miranda%20Santos/1735384366721314/about/?ref Área de Atuação: Educação Infantil Público-alvo: Crianças de 0 a 6 anos Como este espaço atua para a transformação social do contexto na qual está inserida? O Espaço busca conhecer a realidade da comunidade onde está inserido, dialogando com a comunidade escolar (pais, alunos, professores, funcionários da EDI e moradores da localidade) para saber quais as ações necessárias para serem desenvolvidas em prol do coletivo. Análise dos dados da observação Descrição da análise a partir da perspectiva do (a) licenciando (a). Como estamos em um período pandêmico optei em não ir presencialmente a Unidade escolar e para que a minha pesquisa fosse feita conversei com a Professora Adjunta de Educação Infantil Carmem Cristina dos Santos Oliveira Índio do Brasil. Através de uma conversa ela me contou quais são as propostas com foco na inclusão que são desenvolvidas na EDI (Espaço de Desenvolvimento Infantil) na qual ela trabalha. Análise dos relatos da PAEI Carmem: A Carmem trabalha nessa unidade desde o dia 3 de Novembro de 2019 e pode observar que professores, Agentes de Educação Especial (AEE) e os estagiários se revezam para melhor atender as crianças com deficiência. A creche inaugurou em abril de 2016 e desde então as crianças com necessidades especiais sempre estiveram presentes, apesar disso as Agentes de Educação Especial só chegaram no ano de 2018. Antes da chegada das Agentes de Educação Especial, as Auxiliares (que tinham muito amor por essas crianças, porém não tinham conhecimento adequado) que eram responsáveis em auxiliar as PEIS( Professoras de Educação Infantil) que tinham crianças com deficiência em sua turma . A unidade atende crianças com todos os tipos de deficiência e os alunos da educação especial são atendidos na sua classe juntamente com os demais alunos, cada turma tem uma média de 25 a 28 crianças. Na Pré-escola as professoras ficam sozinhas, quando há alguma criança com deficiência que tenha laudo a turma não pode ultrapassar o número de 25 crianças e é necessário uma mediadora ou até mesmo estagiários para dar um suporte a essa criança. Na creche são três categorias em sala de aula: PEI (PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL), PAEI (PROFESSOR ADJUNTO DA EDUCAÇÃO INFANTIL), AEI (AGENTE DE EDUCAÇÃO INFANTIL). O AEE (AGENTE DE EDUCAÇÃO ESPECIAL) só trabalha na turma que tem criança com deficiência. Após uma conversa com os professores e equipe pedagógica sobre atendimento especializado a informaram que nem todos os alunos possuem laudo ou fazem acompanhamento https://www.facebook.com/pages/EDI%20K%C3%A1tia%20Miranda%20Santos/1735384366721314/about/?ref 14 médico como, psicólogos, fonoaudiólogos e fisioterapias. Na verdade alguns alunos passam apenas pela avaliação da coordenadoria do Município. Ainda há outra barreira que é quando os pais, mesmo sendo orientados pela equipe da escola, não fazem acompanhamento ou mesmo levam a criança a um especialista. Os AEE’s fazem o trabalho de desenvolver junto com o PEI o plano educacional individualizado e a adaptação de materiais para melhor atender as necessidades das crianças com deficiência. As professoras não são formadas em Educação especial e ao conversar com as mesmas pode perceber que não se sentem devidamente capacitadas e preparadas para os desafios que se apresentam, porém buscam pelo conhecimento da inclusão para atendê-los da melhor forma. A Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, eventualmente promove capacitações. As professoras periodicamente participam de cursos do Instituto Helena Antipoff (IHA) que é um estabelecimento público de ensino especializado em Educação Especial, pertencente à Secretária Municipal de Educação da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro A partir da análise realizada destaque um desafio percebido nesse cotidiano que se relaciona com a questão geradora da nossa disciplina: Questão Geradora - Quais os valores e atitudes que, objetiva ou subliminarmente, observados no cotidiano escolar, constroem e consolidam mecanismos de inclusão ou de exclusão? A inclusão para acontecer plenamente precisa que todos estejam envolvidos, é preciso que os pais, alunos e profissionais da escola estejam engajados na busca de um atendimento que faça com que o aluno se sinta parte daquele espaço. É muito difícil para o professor quando os pais não buscam o atendimento especializado fora da escola, pois esses profissionais os auxiliam dando um norte de quais os melhores caminhos para que esse aluno se desenvolva. Os profissionais da escola devem buscar conhecimento sobre melhores formas de incluir um aluno com deficiência no cotidiano da turma e precisa realizar um planejamento individualizado. O cotidiano escolar deve buscar a inclusão e não a integração, o espaço escolar deve ser antes de tudo um lugar de oferta de educação para todos. O foco não é a deficiência e sim o potencial dos alunos.
Compartilhar