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INCLUSÃO DE ALUNOS AUTISTAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
KAREN AUGUSTA RINALDI
A INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
ITUIUTABA
2019.
A INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL.
Projeto de Ensino apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de Pedagogo.
Orientador: Prof.ª Natalia Gomes dos Santos.
Tutor à distância: Giane Sirlene Ferreira.
Tutor de sala: Nerci Roseli Medeiros Martins.
ITUIUTABA
2019.
RINALDI, Karen Augusta. A INCLUSÃO DE ALUNOS COM AUTISMO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. 2019. 28. Projeto de Ensino (Graduação em Pedagogia) – Unopar. Universidade Norte do Paraná, Ituiutaba, 2019.
Resumo 
O presente projeto de ensino tem como linha de pesquisa os docentes da educação infantil. E como tema; A inclusão de alunos com autismo na educação infantil. Justificando-se que o projeto de ensino tem o propósito analisar os desafios que os professores da educação infantil enfrentam diante da inclusão dos alunos com autismo pois muitas vezes as escolas não oferecem subsídios para se trabalhar com esses alunos e suas dificuldades.E como problema quais as concepções de professores da educação infantil do município de Ituiutaba têm sobre a inclusão na educação infantil? Estes desenvolvem um trabalhado diferenciado com as crianças da educação infantil? Caso positivo de que forma e qual a frequência? Objetivos, Investigar a prática predominante das professoras do pré de 4 anos com o intuito de saber como se dá a inclusão de alunos com autismos .Específicos compreender, dentro do processo de inclusão desenvolvido pela escola pesquisada; Identificar quais os problemas significativos relativos à convivência, sentimentos em relação aos alunos deficientes e alunos em geral. Verificar quais são as estratégias didática pedagógica utilizada pela professora da sala. Nos conteúdos os docentes trabalharão as áreas de habilidades tais como cognitivas e metaconitivas, motoras e psicomotoras, interpessoais /afetivos, comunicacionais, Língua portuguesa e matemática. O projeto foi construído em quatro meses, o recurso humano utilizado foram os próprios alunos, os seus professores, Para os recursos de materiais usamos pesquisas em acervos da internet, análise de informações obtidas a partir de artigos, e alguns teóricos que falam sobre a inclusão na educação infantil, e leis que discorrem sobre o tema. A avaliação será contínua. 
Palavras-chave: Educação Infantil. Professor. Inclusão. 
SUMÁRIO
5INTRODUÇÃO
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
7
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
17
3.1 Tema e linha de pesquisa
17
3.2 Justificativa
17
3.3 Problematização
17
3.4 Objetivos
17
3.5 Conteúdos
18
3.6 Processo de desenvolvimento
19
3.7 Tempo para a realização do projeto
24
3.8 Recursos humanos e materiais
24
3.9 Avaliação
24
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
25
REFERÊNCIAS
27
1- INTRODUÇÃO
Este projeto de ensino tem como tema; A inclusão de alunos com autismo na educação infantil. À escolha do tema se deu do interesse de realizarmos o meu projeto de ensino, diante de minhas inquietações pessoais referentes à inclusão, onde é possível perceber a dificuldade que a escola comum e seus profissionais apresentam no cotidiano da sala de aula, ao trabalhar a inclusão na educação infantil. E tem como linha de pesquisa os docentes da educação infantil.
Justificamos que o projeto de ensino tem como propósito analisar os desafios que os professores da educação infantil enfrentam diante da inclusão dos alunos com autismo pois muitas vezes as escolas não oferecem subsídios para se trabalhar com esses alunos e suas dificuldades. E como problema quais as concepções de professores da educação infantil do município de Ituiutaba têm sobre a inclusão na educação infantil? Estes desenvolvem um trabalhado diferenciado com as crianças da educação infantil? Caso positivo de que forma e qual a frequência?
Temos como objetivo geral Investigar a prática predominante das professoras do pré de 4 anos com o intuito de saber como se dá a inclusão de alunos com autismos na educação infantil, de uma escola pública Municipal, situada na cidade de Ituiutaba verificando se ali existe o compromisso com a proposta de educação inclusiva e se, de fato eles promovem a inclusão.
E com os objetivos específicos compreender, dentro do processo de inclusão desenvolvido pela escola pesquisada, quais as práticas usadas pelos professores para identificação dos alunos autistas matriculados na educação infantil. Identificar quais os problemas significativos relativos à convivência, valores e sentimentos em relação aos alunos deficientes e alunos em geral. Verificar quais são as estratégias didático pedagógica utilizada pela professora da sala, já aludida, para garantir a promoção da aprendizagem . 
Sabemos que muitas professoras possuem dificuldades na sua prática, por isso a professora responsável pela sala de aula tende a fazer um trabalho em conjunto com a professora da brinquedoteca, de educação física, sabemos que esse trabalho em conjunto na escola tende a ajudar a professora da Educação Infantil oferecendo-lhe a possibilidade de usar vários fatores como a lateralidade, organização e noção espacial; esquema corporal e até mesmo a estruturação espacial devem ser trabalhadas em prol do aluno.
Pretende-se com o desenvolvimento do projeto, a utilização de conteúdos diversos que serão trabalhados pelos docentes como nas áreas de habilidades tais como cognitivas e metaconitivas, motoras e psicomotoras, interpessoais /afetivos, comunicacionais, Lingua portuguesa e matemática. 
A metodologia baseia-se na análise de informações obtidas a partir de artigos, e alguns teóricos que falam sobre a inclusão na educação infantil, e leis que discorrem sobre o tema e observações em salas de aula e nas aulas de brinquedoteca, e educação física, que podem proporcionar um melhor entendimento de como estas professoras usam o ambiente interno como as salas de aulas e externo da escola. O que se deseja com esse projeto é possibilitar uma reflexão, mais aprofundada, sobre a polêmica que gira em torno do que realmente seja o processo de inclusão no campo educacional. Embora muito já se tenha discutido, o tema está longe de uma abordagem consensual. 
 A avaliação será contínua, que possibilitará a observação e interação dos professores e das crianças durante a realização das atividades, a socialização, o desenvolvimento, e a assimilação dos conteúdos trabalhados com o recurso da psicomotricidade e o brincar. Pois muitos professores possuem uma visão diferenciada de qual é o verdadeiro sentido da inclusão na educação infantil e quais mecanismos contribuem para ajudar nesse processo. 
A estrutura do trabalho se apresenta, inicialmente, com a Introdução, que trata da importância do assunto escolhido e dos objetivos, o Referencial Teórico, a terceira parte apresentará a Metodologia da Pesquisa, delineando os caminhos percorridos para alcance dos resultados esperados e, ainda, um breve histórico da escola lócus da pesquisa. Finalmente, têm-se as Considerações Finais e as Referências consultadas. 
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 O PROCESSO DE INCLUSÃO SEGUNDO ALGUNS AUTORES.
 O processo de inclusão vem se estendendo ao decorrer da história da humanidade, de acordo com Silva (2007), nos períodos históricos ao que se tem conhecimento das pessoas com necessidades especiais, houve quatro movimentos que culminaram com o processo de inclusão. Inicialmente inicia com a negação dos indivíduos e até mesmo sacrificando-os, pois eram considerados impuros. Já com o passar dos tempos tem se o movimento da fase médica procura-se a cura a todo o momento não aceitado a diferença das pessoas com necessidades especiais. 
Em seguida descobre com não tornar todos perfeitos, então resolver criar um espapaço para eles no processo de segregação. E na atualidade defende que todos os cidadãos são pessoas de direitos e que todos terão acesso a todo o espaço sem distinção nominado inclusão.
Olhando para as conquistas de direito em âmbito mundial encontramos em 1948a Declaração Universal dos Direitos Humanos onde estabelece que “todos os seres humanos nascem livres e iguais, em dignidade e direitos sem distinção [...] todos são iguais perante a lei e, sem distinção, tem direito a igual proteção da lei e educação.” Já ai traz um grande avanço para as pessoas que necessitam de adequações aos espaços públicos. 
Outra conquista foi a Declaração de Jumtien em 1990 rege “a educação é um direito fundamental de todos, mulheres e homens, declaram também entender que a educação é de fundamental para o desenvolvimento das pessoas e das sociedades [...].” E o Brasil esteve presente em Jumtien na Tailândia e assinou o pacto juntamente com os outros países sinalizando outras grandes conquistas dos então excluídos do convívio social. Já em 1994 o Brasil novamente participa de um grande congresso em Salamanca e assina outra Declaração nominada de Declaração de Salamanca onde rege que a educação oferecida às pessoas com necessidades especiais deverá ser de qualidade e preferencialmente nas classes comum do ensino regular.
No Brasil, a garantia de inclusão das pessoas com necessidades especiais estão na Carta Magna de 1988 que vão desde assistência médica, social, previdenciária e educacional que é o foco deste trabalho e podemos visualizar no Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Já o Art. 207 no inciso III garante que o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.
Por sua vez a Lei de Diretrizes de Base da Educação Brasileira de nº 9394/96, sinaliza a inclusão das pessoas com necessidades especiais nas salas comuns do Ensino Regular. E no ano de 2015 houve uma grande conquista com a Lei Brasileira de Inclusão sendo sancionada em 6 de junho de 2015 com o nº 13146/2015, que visa “Art. 1o [...] assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”.
Já em relação à educação escolar traz o seguinte:
A educação constitui direito da pessoa com deficiência, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máximo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, interesses e necessidades de aprendizagem. (cap. IV no art. 27)
Pode-se perceber que as legislações vigentes garantem as pessoas com necessidades especiais, o acesso em todos os pilares essenciais para a vida como saúde, campo de trabalho, espaços públicos e educação, garantindo que a sociedade respeitem suas limitações e ofereçam oportunidades para que os mesmo adentrem a estes espaços com respeito e autonomia.
O Ministério de Educação dentro da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), disponibilizam vários documentos que nos direcionam rumo ao projeto de inclusão e entre eles esta o Documento Subsidiário de Política de Inclusão, que traz princípios norteadores para que aconteça a inclusão nas salas de aula comum do ensino regular.
Temos grandes defensores do processo de inclusão nas academias como a autora Tessarro (2007) que em sua tese de doutorado defende o processo de inclusão, mas alerta que estamos despreparados para tal, desde âmbitos orçamentários até a formação profissional. No entanto conclui que é possível o processo de inclusão, mas aleta que precisa de recursos e capacitações dos profissionais.
Frias e Menezes (2013), que defende o processo de inclusão, mas chama atenção que para incluir tem ir muito além da matricula e que nossas escolas ainda não possui estruturas humanas, físicas e tecnológicas que permita uma inclusão de qualidade, contudo dizem que o grande passo rumo à inclusão já foi iniciado, agora é questão de luta e aceitação.
Na visão de Sanches e Teodoro (2006), preocupam-se com esse processo de inclusão, faz uma longa discursão sobre o contexto histórico que está imbuído na fala de inclusão e alerta que mis que falar é necessário que se rompa com preconceito histórico rumo a verdadeiro inclusão.
Mendes (2006) faz uma ampla discursão sobre inclusão em âmbito mundial e alerta que o Brasil sempre embarca em oba, oba e modismo e tentam implantar aqui culturas estrangeiras. E mais, fala que inclusão é cultural e tem partir de movimentos populares reforçando a filosofia de vida do país.
Por outro lado, Mantoan (2015), faz uma análise da inclusão e defende que é possível, porém as escolas precisam de mudanças urgentes nas esferas pedagógicas, organização curricular e fala que receita não tem, mas cabe a cada um de nós reinventarmos a inclusão no nosso tempo.
Por conseguinte a Lei de Diretrizes e Bases da educação nacional 9394/96 (LDB) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), afirma que é incumbência dos docentes zelar pela aprendizagem do aluno com necessidades especiais na modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino. Promover a inclusão é dever da escola, mas sabemos que isso está longe do objetivo esperado, que é uma escola para todas, sem distinção, que acolha a criança, suprindo suas deficiências. 
Ao observarmos percebemos que em âmbito mundial existe uma política de inclusão muito grande e no Brasil não é diferente, mas que ainda temos muitos entraves para serem vencidos em busca desta educação de qualidade para todos. Com bases em todos os estudos e discussões dos autores podemos finalizar dizendo que ambos pensam numa escola para todos, mas as escolas precisam de mudanças urgentes. 
É importante pontuar que no desenvolvimento das práticas pedagógicas para inclusão de um aluno, o diálogo entre o professor regente e os profissionais de suporte: como o professor da sala de recursos ou o professor itinerante, é fundamental para que se pensem conjuntamente propostas para que a ampliação do conhecimento, e que seja organizado continuamente em todos os eixos do desenvolvimento do indivíduo.
2.2 O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISMO NA PERSPECTIVA INCLUSIVA
O tema da inclusão escolar vem sendo difundido com grande intensidade nos últimos anos, em decorrência do conjunto de eventos e marcos legal, tanto nacional como internacionais. Visto que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) autismo é um transtorno psicológico que engloba questões sociais, emocionais, afetivas, cognitivas e motoras. Embora a compreensão desse transtorno possa ser feito por meio de diversas abordagens psicológicas, para atuar de maneira correta na educação, isto é, sem gerar preconceitos e produzir estigmas, é preciso olhar para o aluno autista e o seu processo único de aprendizagem.
Nesse sentido, as relações que ele estabelece consigo, com os outros e com o mundo ocorrem de forma diferente do padrão de normalidade, gerando dificuldades para quem trabalha na educação.
 O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é classificado em três graus: autismo leve, moderado e severo. Etimologicamente falando, autismo vem da palavra de origem grega "autos" cujo significado é "próprio ou de si mesmo", sendo caracterizado como um distúrbio neurológico que surge ainda na infância causando atrasos no desenvolvimento (na aprendizagem e na interação social) da criança.
É importante ressaltar que a “história da Educação Especial no Brasil iniciou-se no século dezenove e foi inspirada por experiências norte-americanas e europeias”. (MANTOAN, 2005, p.25). 
Atualmente, não existe uma diretriz clara de como trabalhar com crianças autistas na educação infantil , afinal, cada sujeito expressa o transtorno de forma diferente e deve ser olhado na sua subjetividade e na relação com os outros.
Uma análise da história da Educação Especial em diferentes países, dentre eles o Brasil, Miranda (2008) afirma que estudosdemarcam períodos mais ou menos distintos uns dos outros que demarcam mudanças na concepção de deficiência. De acordo com a autora, na Antiguidade, os deficientes eram abandonados, perseguidos e até eliminados (fase da exclusão social). Já na Idade Média, o tratamento variava segundo as concepções de caridade ou castigo predominantes na comunidade em que a pessoa com deficiência estava inserida, sendo ainda uma forma de exclusão.
No contexto da Idade Moderna, no cenário do surgimento do capitalismo, Miranda (2008) destaca o início da preocupação da ciência, em especial da medicina, com a pessoa com deficiência, uma preocupação com seu processo de socialização e educação. No entanto, tal preocupação é marcada por uma visão patológica do indivíduo que apresentava deficiência, trazendo como consequência o menosprezo da sociedade.
No final do século XIX e meados do século XX, tem o surgimento das escolas e/ou classes especiais em escolas públicas, visando oferecer à pessoa com deficiência uma educação à parte. Já, por volta da década de 1970, presencia-se um movimento de integração social dos indivíduos que apresentavam deficiência, onde a preocupação era integrá-los em ambientes escolares, o mais próximo possível daqueles oferecidos à pessoa dita normal (MIRANDA, 2008).
Por fim, Miranda (2008) afirma que o cenário atual assiste a um apelo ao discurso da inclusão que ocorre em nível mundial. Nos últimos anos, a temática da Educação Inclusiva ganha uma dimensão consistente com um movimento teórico de nível internacional e por consequência nacional. Um dos eventos que teve forte repercussão nesse movimento foi a Conferência Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem, realizada em 1990, em Jomtien, Tailândia, que contou com a participação de muitos países que aprovaram a Declaração Mundial sobre Educação para Todos.
No Brasil, a garantia de inclusão das pessoas com necessidades especiais está na Carta Magna de 1988 que vão desde assistência médica, social, previdenciária e educacional que é o foco deste trabalho e podemos visualizar no Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Já o Art 207 no inciso III garante que o “atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”.
Pode-se perceber que as legislações vigentes garantem as pessoas com necessidades especiais, o acesso em todos os pilares essenciais para a vida como saúde, campo de trabalho, espaços públicos e educação, garantindo que a sociedade respeite suas limitações e ofereçam oportunidades para que os mesmos adentrem a estes espaços com respeito e autonomia.
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva de 2008 assegura o direto ao AEE pelo Decreto 7611/2011 e pela Resolução n° 04//2009 ​ CNE/CEB (Conselho Nacional de Educação/Conselho de Educação Básica) e pela Constituição de 1988.
O Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 10.172/2001, destaca que “o grande avanço que a década da educação deveria produzir seria a construção de uma escola inclusiva que garanta o atendimento à diversidade humana”. Tendo como objetivo o PNE uma nova visão na construção de escola inclusiva estabelecendo metas, objetivos que fortaleçam os atendimentos de crianças especiais, entretanto isso ainda ocorre em passos lentos tanto na oferta de matriculas para alunos especiais, enquanto a formação dos docentes do professor do AEE e mesmo da estrutura física da escola e a acessibilidades destes alunos. 
Percebemos que um dos principais problemas enfrentados pelos professores é a insegurança em atuar frente ao novo, e isso, de certa forma, influencia a sua prática pedagógica em sala de aula. O fator insegurança se agrava no momento em que o professor, mesmo diante de situações que não tem muito domínio, precisa organizar a dinâmica de suas aulas de maneira a propiciar o desenvolvimento e aprendizagem e ao mesmo tempo trabalhar de forma eficaz as diferenças inerentes à sala de aula. Para além dessas incumbências, o professor ainda deve estar preparado para lidar com outras demandas que possam surgir acerca da educação inclusiva.
O atendimento na sala do AEE funciona como uma mediação com a sala de aula, respeitando as competências de cada aluno, nos dias atuais as salas de aulas estão lotadas e não respeitam a lotação por aluno. Muitos dos nossos docentes não conseguem obter um olhar diferenciado aos alunos especiais, cabendo nesse momento o AEE, pois este dá atenção especial ao aluno, especialmente nas suas dificuldades. Hoje o AEE funciona da seguinte forma, os alunos especiais são incluídos na sala de aula regular e são atendimentos contra- turno na sala do AEE.
 Neste sentido o professor do AEE avalia se este aluno esta tendo a devida inclusão e se está conseguindo o crescimento educacional dentro da sala de aula. Isto acontece quando o professor do AEE trabalha juntamente com o professor do ensino regular. Quando o professor do AEE faz os relatórios, a Secretaria da Educação tem acesso à situação do aluno tanto na escola enquanto na família. O convívio de escola e família e de suma importância para o desenvolvimento de cada criança especial. Nesse sentido o professor responsável pela sala do AEE necessita estar em constante formação para que estejam sempre aptos a usar qualquer material que possa ajudar na inclusão de crianças especiais tais como computadores, livros, brinquedos, pois os mesmos estão presentes na sala do atendimento de modo que cada um se sinta incluído e não excluído a uma educação de qualidade. 
2.3 NOVAS FORMAS DE ENSINAR E A INCLUSÃO.
A inclusão social e consequentemente a escolar comporta também a luta pela eliminação das desigualdades sociais e é almejada por todo aluno com dificuldades de aprendizagem, pois a “inclusão total e irrestrita é uma oportunidade que temos para reverter à situação da maioria de nossas escolas, as quais atribuem aos alunos às deficiências que são do próprio ensino ministrado por elas” (Mantoan, 2003p. 18) 
Para se adotar as novas formas de ensinar é preciso que tanto do professor quanto da escola se conscientizem para assumir novas perspectivas e mudança de paradigma dos sistemas educacionais focando não mais nos resultados quantitativos com ênfase para a aprendizagem dos conteúdos, mas no processo de desenvolvimento de acordo com a especificidade de cada aluno garantindo dessa maneira o acesso e a participação de todos valorizando a diversidade propondo ações que garantam o acesso e permanência de todos os alunos com ou sem deficiência no ensino regular.
De acordo com Mantoan (2003) para que a escola seja de fato inclusiva é urgente que seus planos se redefinam para uma educação voltada para a cidadania global, plena, livre de preconceitos que reconheça e valoriza as diferenças. A realidade brasileira tem um sistema educacional tradicional, e o paradigma da segregação está enraizado nas escolas e somando com a falta de preparo do professor, as dificuldades e desafios reforçam o desejo de mantê-los em espaços especializados visto que nos documentos oficiais as propostas que visam à inclusão são conservadoras e orientam o professor para ações que ressaltam o respeito e a tolerância sentimentos estes que não necessitam ser evidenciados já que é regra social geral. De acordo com Mantoan(2003).
A tolerância como um sentimento aparentemente generoso, pode marcar certa superioridade de quem tolera. O respeito, como conceito, implica certo essencialíssimo, uma generalização, que vem da compreensão de que as diferenças são fixas, definitivamente estabelecidas, de tal modo que só nos resta respeitá-las. Observando que a família do aluno especial não se sente confiante e por vezes resiste a este processo inclusivo.
 Esta orientação implica para o entendimento que a pessoaprecisa ser aceita, o que ocorre de fato na maioria das escolas que se dizem inclusiva, pois pouco é oferecido pedagogicamente para que aquela criança evolua e tenha desafios que a estimulem novas aprendizagens. A autora apresenta a inclusão como processo inovador que requer esforços e compromisso de toda a sociedade com ensino especializado não para um aluno, mas para todos indistintamente. Trabalhar na perspectiva inclusiva significa respeitar os diferentes saberes, rever paradigmas e quebrar preconceitos, rompendo com o velho modelo educacional. (Mantoan, 2003, p, 16) 
Mantoan (2003) ressalta que superar o sistema tradicional de ensinar é um propósito que temos de efetivar com toda a urgência, deixando claro que as escolas de qualidade são espaços educativos de construção de personalidades humanas autônomas, críticas, espaços onde crianças e jovens aprendem a serem pessoas. Neste contexto o processo inclusivo é exatamente como se propõe os novos parâmetros de ação educativa. 
Quanto à atuação dos professores a autora sugere que se adote uma pedagogia ativa, dialógica, interativa, integradora que incentive o progresso de todos os alunos. Assim, entendemos que para ensinar o professor precisa aprender numa perspectiva de mudança e então coloca-las em pratica. Nesse sentido, é fundamental reconhecer que o processo de ensino mais adequado às necessidades dos alunos é o que possibilita a novas aprendizagens, a interação professor-aluno é imprescindível para que se efetive a construção do conhecimento, sendo necessário o comprometimento ativo do professor no processo educativo.
Consideramos que a educação inclusiva embora com avanços teóricos na concepção metodológica, no que se refere à prática escolar cotidiana há uma imensa lacuna, fomentada pela deficiência de recursos humanos e institucionais resultados estes da falta de investimento na educação e da omissão política o que não condiz com o proposto nos documentos que referenciam a educação no Brasil. 
De acordo com autora apesar do crescente reconhecimento sobre educação inclusiva esta não é uma proposta difundida e compartilhada e sim um grande desafio a ser enfrentado quando nos propomos a reorganizar as escolas, cujo paradigma é meritocrático, elitista, condutista e baseado na transmissão dos conhecimentos, não importa o quanto estes possam ser acessíveis ou não aos alunos. (Mantoan, 2003p. 37). Embora a autora demonstre paixão pela educação e pela escola quando ela fala dos pioneiros da educação que ultrapassam as fronteiras do conhecimento propondo maneiras de efetivar as propostas de educação inclusiva. 
2.4 A INCLUSÃO E A INTEGRAÇÃO DO ALUNO NA ESCOLA.
A inclusão, portanto, implica mudança desse atual paradigma educacional, para que se encaixe no mapa da educação escolar que estamos vivendo. As diferenças culturais, sociais, étnicas, religiosas, de gênero, enfim, a diversidade humana está sendo cada vez mais desvelada e destacada e é condição imprescindível para se entender como aprendemos e como compreendemos o mundo e a nós mesmos. 
O processo de integração ocorre dentro de uma estrutura educacional que oferece ao aluno a oportunidade de transitar no sistema escolar, da classe regular ao ensino especial, em todos os seus tipos de atendimento: escolas especiais, classes especiais em escolas comuns, ensinoitinérante, salas de recursos, classes hospitalares, ensino domiciliar e outros. Trata-se de uma concepção de inserção parcial, porque o sistema prevê serviços educacionais segregados.
O objetivo da integração é inserir um aluno, ou um grupo de alunos, que já foi anteriormente excluído, e o mote da inclusão, ao contrário, é o de não deixar ninguém no exterior do ensino regular, desde o começo da vida escolar. As escolas inclusivas propõem um modo de organização do sistema educacional que considera as necessidades de todos os alunos e que é estruturado em função dessas necessidades. (MARIA TERESA EGLÉR MOANTOAN 2003.).
E muito bonito o discurso, mas na prática na maioria das vezes este aluno se torna mais excluído ainda, pois o professor não esta capacitado e não sabe como agir, na experiência de estagio o que foi observado foi que não há uma grande quantidade de alunos com necessidades especiais frequentando as escolar publicas, eles ainda estão indo para as APAES, onde eles e a própria família se sente mas à-vontade, pois eles acham que na escola regular os seus filhos irão ser excluídos pelos outros colegas ou ate mesmo pelos professores.
Tem que quebrarem os paradigmas e modelos abstratos que se materializam de modo imperfeito no mundo concreto, sair da teoria e agir para se capacitar e formar professores preparados e hábitos, pois e fácil receber os alunos que aprendem nas escolas e mais fácil ainda e mandar para as escolas especiais alunos com dificuldades de aprendizagem sendo ou não aluno com alguma deficiência, os professores mandam esses alunos para programas de aceleração e se veem livres deles, pois eles não estão preparados para lidar com alunos com dificuldades.
A questão da inclusão vai além de incluir somente o aluno com necessidade especial e incluir todos de todas as crenças, religião e promover a dignidade para o ser humano, e dar um bem estar para todas as crianças sem preconceitos quaisquer e sem nenhuma forma de descriminação, e preparar as crianças para a cidadania e mostrar que todos têm direitos iguais. 
Nós, professores, temos de retomar o poder da escola, que deve ser exercido pelas mãos dos que fazem, efetivamente, acontecer a educação. Temos de combater a descrença e o pessimismo dos acomodados e mostrar que a inclusão é uma grande oportunidade para que alunos, pais e educadores demonstrem as suas competências, os seus poderes e as suas responsabilidades educacionais. (MARIA TERESA EGLÉR MOANTOAN 2003.).
A escola só vai dar conta de assumir estas responsabilidades se ela mesma acreditar nela e nos seus educadores, tem que partir a mudança da própria escola, e não ficar cômoda esperando que os governantes tomem esta decisão, já esta na hora da educação brasileira reagir e por em pratica o que esta no papel.
3. Processo de Desenvolvimento do Projeto de EnsinO
3.1Tema e linha de pesquisa
Este trabalho tem como tema a inclusão de alunos com autismo na educação infantil. A escolha do tema se deu do interesse de realizarmos o meu projeto de ensino, diante de minhas inquietações pessoais referentes à temática em discussão, onde é possível perceber a dificuldade que a escola comum e seus profissionais apresentam no cotidiano da sala de aula, ao trabalhar a inclusão na educação infantil. E como linha de pesquisa a docência na educação infantil.
3.2 Justificativa
Justificamos que o projeto de ensino tem como propósito analisar os desafios que os professores da educação infantil enfrentam diante da inclusão dos alunos com autismos, pois muitas vezes as escolas não oferecem subsídios para se trabalhar com esses alunos e suas dificuldades.
3.3 Problematização
E como problema quais as concepções de professores da educação infantil do município de Ituiutaba/MG têm sobre a inclusão na educação infantil? Estes desenvolvem um trabalhado diferenciado com as crianças da educação infantil? Caso positivo de que forma e qual a frequência?
3.4 Objetivos
Temos como objetivo geral Investigar a prática predominante das professoras do pré de 4 anos com o intuito de saber como se dá a inclusão de alunos com autismos na educação infantil, de uma escola pública Municipal, situada na cidade de Ituiutaba verificando se ali existe o compromisso com a proposta de educação inclusiva e se, de fato eles promovem a inclusão.
E com os objetivos específicos compreender, dentro do processo de inclusão desenvolvido pela escola pesquisada, quais as práticas usadas pelos professores para identificação dos alunos deficientes matriculados na educação infantil. Identificar quais os problemas significativos relativos à convivência, valores e sentimentos em relação aos alunos deficientes e alunos em geral. Verificar quais são as estratégiasdidático pedagógico utilizado pela professora da sala, já aludida, para garantir a promoção da aprendizagem. 
3.5 Conteúdos
Pretende-se com o desenvolvimento do projeto, a utilização de conteúdos diversos que serão trabalhados pelos docentes como nas áreas de habilidades tais como cognitivas e metaconitivas, motoras e psicomotoras, interpessoais /afetivos, comunicacionais, Lingua portuguesa e matemática. 
Cognitivas e Metaconitivas – trabalharem jogos pedagógicos , brincadeiras lúdicas individual e em grupo.
Motoras e Psicomotoras- jogos de percurso, bola, corda, atividades equilíbrio, coordenação dinâmica e global, lateralidade.
Interpessoais/ afetivos- histórias seriadas, filmes, teatro, brincadeiras livres, rodas de conversa, reconto, músicas, texto coletivo, atividades em grupo,atividades que estimulem a atenção, memorização e a concentração.
Comunicações – Reconto de pequenas histórias e gravuras, brincadeiras, música, pintura.
Língua portuguesa – Sequência do alfabeto usando histórias e gravuras, jogos pedagógicos, música e dança, bingo.
Matemática – Cores , formas geométricas, quantificar, noção de temporalidade, jogos pedagógicos e memória, quebra-cabeça, jogos pedagógicos, tampinhas, palitos, música, massinha.
Em educação física o professor vai trabalhar a inclusão montando o circuito psicomotor que são atividades relacionadas com psicomotricidade para desenvolver as áreas cognitivas e sociais. E no desenvolvimento cognitivo ajudar a criança a desenvolver um pensamento questionador.
3.6 Processos de desenvolvimento
Escola Lunar caminhos escolhidos e percorridos para a realização dessa pesquisa.
A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Lunar
, localizada na cidade de Ituiutaba-Mg. “Que tem como missão, promover o desenvolvimento integral de suas crianças o acolhimento à estimulação, favorecendo a cidadania, a inserção cultural, a construção de valores e autonomia”. Mediante essa missão, podemos afirmar que a escola tem o intuito de trabalhar a inclusão de forma a atender a proposta da mesma, incluindo o público que dela faz parte de uma forma significativa, buscando através de suas ações promoverem a inclusão educacional. 
A escola Lunar atende 178 alunos, na educação infantil, nos turnos matutino e vespertino, Sabe-se que que a Educação Especial, é uma modalidade transversal a todas as modalidades de ensino e é parte integrante da educação regular, destinada aos alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação, prevista no Projeto Político- Pedagógico e Regimento Escolar da escola. Ambos devem contemplar as condições de acesso, percurso e permanência desses alunos descritos acima. 
Nessa perspectiva, a Escola Lunar oferece o Atendimento Educacional Especializado (AEE) com o intuito de identificar, elaborar, organizar e oferecer recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas, em constante articulação com os demais serviços oferecidos. Estão sendo atendidos no AEE, cerca de 17 alunos. Esse atendimento acontece no contra turno de matricula do aluno, funcionado nos dois turnos: matutino e vespertino. 
Mediante observação na sala e através de conversas com os professores, identificamos que a escola possui uma visão sócia construtivista, pois os professores desenvolvem atividades para as crianças deficientes através da mediação, respeitando a especificidade de cada educando, além disso, busca incluir esse aluno, fazendo-o se sentir parte integrante e atuante da sala de aula. Outro ponto positivo é que a escola busca manter um relacionamento de parceria com os pais, sugerindo sempre estratégias que irão beneficiar o aluno dentro e fora do contexto escolar, pois sabemos que a participação dos pais é fundamental para o desenvolvimento das crianças, e segundo a fala de algumas professoras essa participação tem sido parcial, pois alguns participam outros não. 
A escola e a família em parcerias tende-se a ter um papel fundamental. O apoio aos pais e professores por outros profissionais é indispensável, mas há um fator ainda mais importante: a afetividade. O aluno com deficiência necessita ser acima de tudo respeitado, aceito e ter acesso aos mesmos materiais que os demais sem nunca deixar de ser recebido tanto pelos colegas, professores e funcionários de maneira afetiva, sem deixar de colocá-lo a par das regras de funcionamento da instituição. Ter uma deficiência, não significa ter privilégios e para que ele sinta-se realmente incluído ele deve perceber que tem as mesmas responsabilidades que os demais colegas.
Enquanto a professora não é só vista como facilitador, mas sim aquele que media a aprendizagem de seus alunos, ajudando-os a encontrar caminhos e investigando novas indagações, a fim de que este busque por seus próprios meios e tentativas solucionar seus problemas e acreditar que tem condições dentro de suas potencialidades de participar efetivamente do funcionamento da escola e do processo de construção do conhecimento. Diante das observações, tivemos a oportunidade de observamos que a grande queixa por parte dos educadores é a falta de um assessoramento pedagógico que dê conta de responder algumas dúvidas, encaminhar alguns casos especiais, ou até mesmo, trocar atividades ou ideias úteis à prática diária, muitas vezes esses alunos eram colocados no final da sala. 
E essas crianças muitas vezes eram vistas só como alunos com dificuldades. Oliveira e Machado (2007) afirmam: tais serão abandonados no “fundo da sala de aula” e ainda incrementam que eles correram o risco de serem rotulados com “dificuldade de aprendizagem”. Alguns se manifestaram dizendo que sentem a inclusão como um desafio. Assim como é para o educando é também para o profissional que o recebe, pois, terá que dar conta de incluir esse sujeito, sem também excluir os demais. Dividir o foco de atenção e planejar-se de forma flexível para que contemple as duas ou três demandas de aprendizagem. 
Cabe à coordenação pedagógica contribuir ativamente e com intuitos participativos na realidade de cada sala de aula, da escola e também das relações com a comunidade escolar. Percebe-se que a grande maioria tem tentado se adequar a essa proposta de inclusão, muitos estão se mobilizando, buscando aperfeiçoamento e buscando estratégias que viabilizem a prática da sala de aula. Nota-se também que a escola está aberta para atender a demanda desse público e tem se preparado para proporcionar uma permanência significativa, mas muito ainda precisa ser feito.
A professora Marcela do pré de 4 anos realizou uma atividades com todas as crianças, mas voltada em especial para o aluno Bruno que possui autismo e possui uma grave dificuldade de interação e com a socialização, a professora nos disse que não impossível que eles não sintam nada com respeito ao afeto, eles apenas não conseguem expressar. Mas nessa atividade, as crianças da sala deverão mostrar para ele o quanto é querido. Essas atividades se chamam cidadania e inclusão social: 
Recursos para atividade sobre cidadania e inclusão social: Criação de brinquedo de pareamento
· Cartelas de ovos vazias
· Bolinhas coloridas ou peças de lego colorida
Passo a passo da atividade sobre cidadania e inclusão: Criação de brinquedo de pareamento
1. Você poderá pegar caixas de ovos mesmo, e diversas bolinhas colorida ou lego, em um balde.
2. Crianças com autismo, de certa forma possuem um lugar na escola em que gostam de ficar. Se for possível, leve a turminha até lá, mas combine com eles para não fazerem barulho.
3. Peça a eles que, devagar, circulem o coleguinha com muita calma, para não irritá-lo.
4. Coloque no chão o balde com as bolinhas coloridas ou lego, e as cartelas de ovos.
5. Deixe que as crianças separem as bolinhas por cores, colocando cada cor em um espaço na cartela.
6. Crianças com autismo podem gostar dessa atividade, e começar também a separar as bolinhas, embora não suportem ficar por muito tempo no mesmo lugar.7. O importante é que ele sinta os coleguinhas por perto, e outros alunos também observem  como o amiguinho precisa deles.
Geralmente, crianças com autismo, não gostam de muito barulho, mas precisam sentir o calor do afeto dos colegas. Essa tarefa é bem tranquila de se fazer, e que pode dar certo na interação social entre as crianças.
O aluno participou da atividade, mas no começo ele veio a ficar um pouco nervoso, mas a sua professora de apoio Catiane , ajudou ele para o mesmo conseguisse interagir e participar da atividade proposta pela professora regente. 
REFERÊNCIAS: https://demonstre.com/projeto-apis-educacao-infantil/
Matemática
Tampinhas coloridas
Outra dica é a junção de tampinhas coloridas. Esta atividade é ideal para se desenvolver nos pequenos a percepção de formas, tamanhos; além de ensiná-las detalhes como diferença e semelhança dos objetos. 
Nessa atividade Bruno interagiu muito bem, e adorei vê como ele trabalhava a atividade. Em todas as atividades eu pedia a professora à referência das atividades e a mesma me entregava junto com o plano da atividade. 
REFERÊNCIAS: https://neurosaber.com.br/quais-atividades-sao-adequadas-para-criancas-com-autismo/
TV Musical
Esta atividade tem como objetivo estimular a participação física da criança e o contato dela com imagens coloridas. A brincadeira consiste em reproduzir canções infantis acompanhadas de gestos com os dedos. Tudo isso feito em um televisor de papelão, para estar realmente próximo da criança.
A ação motivadora nesse caso é cantar as músicas que a criança pode gostar a fim de estabelecer uma relação de interação entre ela e o adulto. Lembre-se que a imitação de vozes e trejeitos de um personagem infantil é extremamente relevante.
Bruno gostou muito da atividade, percebi o tanto que ama dançar. Em relação às atividades, percebi que primeiro ele observa depois ele repete tudo o que foi dito. Observei algumas vezes ele fazendo repetições de algumas coisas, a professora de apoio me disse que o mesmo apresenta muitas ecolalias. 
REFERÊNCIAS: https://neurosaber.com.br/quais-atividades-sao-adequadas-para-criancas-com-autismo/
Cócegas
A atividade de cócegas é responsável pela aproximação da criança com o adulto, mas principalmente quando a brincadeira é feita por um personagem infantil (de preferência aquele que a criança tenha afeição). Importante salientar que as cócegas devem ter moderação. Se você perceber que a criança não está se sentindo bem, pare imediatamente.
O objetivo da atividade é fazer com que a criança se divirta, mas também desenvolva sua comunicação verbal ao pedir mais cócegas, tudo de maneira livre e sem cobrança (como deve ser em todas as atividades).
Uma vez estimulada de maneira divertida, o personagem (o adulto) de desenho ou programa que ela mais gosta será responsável por essa aproximação e desenvolvimento das habilidades em questão. Outro benefício desta atividade é despertar na criança a atenção compartilhada de 5 minutos ou mais, o olho no olho.
Nessa atividade percebi o tanto que Bruno interagiu, mas não foi com as crianças, pois o mesmo não aceita o toque dos pequenos, mas sim dos adultos e nesse momento a professora regente e apoio, interagiram muito com ele, quando era proposto para uma criança fazer o mesmo não aceitava e chorava e ficava nervoso. 
REFERÊNCIAS: https://neurosaber.com.br/quais-atividades-sao-adequadas-para-criancas-com-autismo/
Com essas atividades pudemos perceber o tanto que a professora regente e a de apoio tenta interagir e socializar Bruno ao ambiente escolar. Sabemos que é um processo lento, mas não impossível. 
3.7 Tempo para a realização do projeto
Esse projeto foi construído em um período total de quatro meses, deste a escolha do tema, o levantamento bibliográfico, a elaboração do projeto, A apresentação do projeto, a Coleta de dados, a Análise dos dados, a Organização do roteiro/partes, a Redação do trabalho e Revisão e redação final. Na escola o projeto teve uma carga horaria de 60 horas divididos entre observação, brincadeiras, e atividades juntas com os professores e alunos. 
3.8 Recursos humanos e materiais
Para o desenvolvimento do projeto foi necessário diversas pesquisas na internet, usamos trabalhos acadêmicos. Mas o recurso humano mais importante que utilizado foram os próprios alunos, os seus professores, que participaram diretamente e indiretamente na aplicação do projeto. Para os recursos de materiais usamos diversos materiais, tais como, livros, brinquedoteca, Data Show, papéis, canetas, cartelas de bingo, linha de movimento, trajeto psicomotor, entre outros. 
3.9 Avaliação
 A avaliação será contínua, que possibilitará a observação e interação das crianças e até mesmo dos professores durante a realização das atividades, a socialização, o desenvolvimento, o movimento do corpo e a assimilação dos conteúdos trabalhados para a inclusão da educação infantil. 
Considerações finais
Neste estudo buscou-se entender como se dá; a inclusão de alunos com autismo a educação infantil, visto que a inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade. O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência na escola comum. É preciso fazer algo para que a inclusão realmente aconteça. É necessário identificar o problema, fornecer soluções, e o mais importante é o comprometimento dos educadores em fazer a diferença e realmente fazer a inclusão, usando de recursos físicos e os meios materiais para a efetivação de um processo escolar de qualidade. Devem dar prioridade ao desenvolvimento de novas atitudes e formas de interação na escola, exigindo mudanças no relacionamento pessoal e social e na maneira de se processar a aprendizagem. 
A ideia é indiscutivelmente relevante, pois uma educação inclusiva é aquela que aquiesce a todos, independente de suas distinções de raça, classe, aprendizagem, inteligência, etc. É aquela escola que adere a tal inclusão, se adapta a seus alunos, tornando-se flexível e proporcionando as adaptações curriculares indispensáveis à aprendizagem de todos. Não é trabalhar para o grupo de alunos ditos “especiais”, pois isso também é excluir, a questão é trabalhar com eles na construção de subjetividade, do conhecimento e do mundo que o currículo envolve.
O trabalho de inclusão deve acontecer por meio de uma equipe de profissionais que incluam professores e especialistas, estabelecendo parcerias com a família, profissionais da saúde e professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE), que é um apoio fundamental para o educador da educação infantil, contribuindo para a construção de uma prática pedagógica diferenciada que favorecesse a maioria das crianças proporcionando a construção da concepção da escola inclusiva.
Os educadores devem acreditar que a inclusão de crianças autistas na escola de educação infantil se faz necessária e é possível desde que as políticas repensem a formação de professores a partir da diversidade e em condições necessárias para que seja construída uma educação de qualidade para todos. Afinal, o que fica claro, por fim, é que na educação inclusiva não se espera que a pessoa com deficiência se adapte à escola, mas que esta se transforme de forma a possibilitar a inserção desse aluno especial. E para isso acontecer é preciso despertar a consciência e a dedicação de todos os envolvidos nessa questão, sem preconceitos, sem distinção de raça, classe, gênero ou características pessoais para que a escola se torne aberta às diferenças e competente para trabalhar com todos os educandos.
 Contudo, para conseguirmos a educação inclusiva não podemos esperar que as crianças que estão inclusas se adaptem a escola, mas que a escola se adapte para possibilitar a integração desse aluno. 
REFERÊNCIAS
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https://demonstre.com/projeto-apis-educacao-infantil/
https://neurosaber.com.br/quais-atividades-sao-adequadas-para-criancas-com-autismo/
�Nome fictício da escola pesquisada
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