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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA
 Maria Luiza De Oliveira
Matrícula: 01426704
ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA ESTÁGIO 1
RECIFE
2022
Fazer uso de medicamentos é a forma mais comum de terapia para alívio de sintomas em nossa sociedade, quem nunca ao sentir um incômodo ou dor foi na farmácia e comprou um remédio para sentir um alívio. E os medicamentos realmente salvam vidas. A facilidade de acesso aos medicamentos, inúmeras drogarias, a famosa empurro terapia de alguns estabelecimentos comerciais e influência da mídia tem contribuído para a automedicação, ou seja, ingerir medicamentos sem a intervenção médica ou de outro profissional habilitado. Segundo o Conselho Federal de Farmácia 77% dos brasileiros fazem uso de automedicação (CFF, 2009) e 35% dos medicamentos adquiridos são sem prescrição médica (Aquino, 2008).
A automedicação é um problema de saúde pública, pois dados publicados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxicos-Farmacológicos demonstra que os medicamentos ocupam primeira posição entre os três principais agentes causadores de intoxicação em seres humanos (SINITOX, 2000).
No caso em questão, o que pode ter levado J.P.S. a desenvolver hepatite aguda foi o uso indiscriminado do paracetamol em uma dosagem maior do que é indicado diariamente. O paracetamol é um dos medicamentos mais populares e pode ser comprado livremente, sendo comum encontrá-lo em formulações que incluem outros princípios ativos como os antigripais e analgésicos. Sendo assim não é incomum as pessoas tomar várias medicações contendo o paracetamol e ultrapassar sua dosagem recomendada. O problema é que por ser um medicamento hepatotóxico, seu mau uso atinja diretamente as células do fígado. Cerca de 10% das hepatites agudas internadas e 25% das hepatites fulminantes, tem etiologia medicamentosa. Outra hipótese é que J.P.S. apresente hipersensibilidade a esse medicamento. 
Há também outro agravante no caso citado. O uso de álcool pode aumentar a toxicidade de um medicamento. Um estudo publicado no jornal científico ‘Molecular Pharmaceutics’ provou que ingerir bebidas alcoólicas enquanto há uso de medicamentos pode ser mais perigoso do que se imagina.
O farmacêutico poderia e deveria ter orientado o paciente quanto ao uso de medicamentos conforme a bula, seus possíveis efeitos colaterais, interação medicamentosa, e sugerido que o paciente procurasse auxílio médico visto que o mesmo relatou um problema de sinusite recorrente. Nesse ponto o farmacêutico torna-se corresponsável pela saúde e qualidade de vida dos pacientes. Através da orientação ao paciente, promoção da saúde e vigilância das doenças, ele, cumpre seu papel perante a sociedade, contribuindo efetivamente para o uso racional de medicamentos e para que não haja grandes perdas, sejam essas de ordem financeiras ou de vidas.
	
FONTE BIBLIOGRÁFICA
AQUINO, D. S. da; Por que o uso racional de medicamentos deve ser uma prioridade? Ciência & Saúde Coletiva, v.13, p.733–736, 2008. ARRAIS, P. S. D.; BRITO, L. L.; BARRETO, M. L.;
COELHO, H. L. L. Prevalência e fatores determinantes do consumo de medicamentos no Município de Fortaleza, Ceará, Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v.21, n.6, p.1737-1746, nov./dez. 2005. BORTOLETTO, M. E.; BOCHNER, R. Impacto dos medicamentos nas intoxicações humanas no Brasil. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 15, n. 4, p. 859-869, out./dez. 1999. BRASIL. Ministério da Saúde. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Portaria GM nº 3.916, 30 de outubro de 1998a. Lex: Diário Oficial da União, Brasília, 10 de nov 1998 
DE ARAÚJO, Lílian Valéria; QUEIROZ, Lucas Ian Souza; DA COSTA PINHEIRO, Mayra Joyce. DOENÇA HEPÁTICA E DROGAS DE AMPLO USO: REVISÃO DA LITERATURA. 
de Araújo, L. V., Queiroz, L. I. S., & da Costa Pinheiro, M. J. DOENÇA HEPÁTICA E DROGAS DE AMPLO USO: REVISÃO DA LITERATURA. 
Vieira, Fabíola Sulpino. “Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde.”Ciência & saúde coletiva 12.1 (2007): 213-220. 
OLIVEIRA, Anabela et al. Hepatite aguda medicamentosa tratada com corticoesteroides–caso clínico. Medicina Interna, v. 12, n. 1, p. 27-31, 2005. 
Oliveira, A., Rodrigues, S., Jesus, G., & Jorge, R. (2005). Hepatite aguda medicamentosa tratada com corticoesteroides–caso clínico.Medicina Interna,12(1), 27-31.
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Vieira, F. S. (2007). Possibilidades de contribuição do farmacêutico para a promoção da saúde. Ciencia & saude coletiva,12(1), 213-220.

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