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PEOV - 03

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Introdução à Pavimentação
Pavimentação Asfáltica
 É uma estrutura composta por um sistema de múltiplas 
camadas de espessuras finitas.
 A camada superior está constituída por uma associação de 
asfalto e agregado.
 As demais camadas decaem de qualidade, quanto à 
resistência, à medida que se afastam da superfície.
Pavimentação Asfáltica
 A espessura total do pavimento depende da resistência do 
subleito, (fundação do pavimento) e do tráfego (seu 
carregamento).
 Destinado a distribuir os esforços verticais recebidos do 
tráfego ao terreno de fundação (subleito)
 Deve resistir aos esforços horizontais que atuam na sua 
superfície 
Pavimento Asfáltico
 Suas qualidades não deverão ser alteradas sob qualquer 
condição climática 
 Deve oferecer aos usuários melhoria nas condições de 
rolamento com conforto e segurança
 A concepção da sua estrutura deverá ser contemplar a 
máxima qualidade e o menor custo 
Elementos que constituem o pavimento
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Estrutura do Pavimento Asfáltico (Camadas)
Revestimento
Base
Sub-base
Reforço do Subleito
Subleito
(terreno de fundação)
Camadas da Pavimentação Asfáltica
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Sub-base (Ex. Macadame, Rachão)
Reforço do subleito (Ex. Solo argiloso)
Subleito (terreno de fundação)
Camadas que constituem o pavimento
 Subleito: 
– É o terreno de fundação do pavimento (solo natural ou aterro).
 Regularização de subleito: 
– Camada posta sobre o subleito destinada a uma conformação 
transversal e longitudinal (não é uma camada do pavimento)
 Não se constituem em camadas estruturais, apenas servem de 
preparação para o recebimento das camadas do pavimento.
Camadas da Pavimentação Asfáltica
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Sub-base (Ex. Macadame, Rachão)
Reforço do subleito (Ex. Solo argiloso)
Subleito (terreno de fundação)
Camadas que constituem o pavimento
 Reforço do subleito: 
– Camada de espessura constante, posta por razões técnicas e 
econômicas e colocada acima da regularização do subleito. 
– Possui características geotécnicas inferiores ao material que será 
usada na camada superior, porém melhores que as do subleito.
– Importante na transição de camadas principalmente quando o 
subleito não for constituído de material de boa capacidade de 
suporte, também podendo auxiliar na drenagem do pavimento.
Camadas da Pavimentação Asfáltica
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Sub-base (Ex. Macadame, Rachão)
Reforço do subleito (Ex. Solo argiloso)
Subleito (terreno de fundação)
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Reforço do subleito
Camadas da Pavimentação Asfáltica
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Sub-base (Ex. Macadame, Rachão)
Reforço do subleito (Ex. Solo argiloso)
Subleito (terreno de fundação)
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 Sub-base: 
– Camada complementar à base usada por questões técnicas quando 
não seja aconselhável construir a base diretamente sobre a camada de 
regularização ou reforço do subleito.
– Pela sua posição em relação à superfície do pavimento suporta 
pressões e esforços de cisalhamento menores que as outras duas 
camadas. Sua resistência é devida unicamente ao atrito interno.
– Seu emprego é justificado por razões econômicas uma vez que seu 
custo é muito menor que os da base e do revestimento.
Camadas que constituem o pavimento
Camadas da Pavimentação Asfáltica
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Sub-base (Ex. Macadame, Rachão)
Reforço do subleito (Ex. Solo argiloso)
Subleito (terreno de fundação)
 Base: 
– Camada destinada a resistir e distribuir os esforços verticais oriundos do 
tráfego e sobre a qual se constrói o revestimento 
– Recebe as pressões transmitidas pelo revestimento e as transmitem à 
sub-base e/ou subleito, reduzindo os valores desta pressão com a 
espessura e coesão da base.
– Ela suporta todos os esforços de compressão através da estrutura ou 
esqueleto formado pelo contato das partículas.
– Resiste, também, aos esforços de cisalhamento, pelo elevado atrito 
interno das bases granulares
Camadas que constituem o pavimento
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Camadas da Pavimentação Asfáltica
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Sub-base (Ex. Macadame, Rachão)
Reforço do subleito (Ex. Solo argiloso)
Subleito (terreno de fundação)
Brita Graduada
 Revestimento: 
– É a camada, tanto o quanto possível impermeável, que recebe 
diretamente a ação do rolamento dos veículos, devendo 
proporcionar o rolamento com segurança, conforto e resistir ao 
desgaste.
– Tem a função de transmitir à base as pressões reduzidas, 
resultantes das aplicadas à sua superfície pelos eixos dos veículos, 
e também, confina a base.
– A influência das intempéries é maior no revestimento que nas 
demais camadas do pavimento.
Camadas que constituem o pavimento Camadas da Pavimentação Asfáltica
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Sub-base (Ex. Macadame, Rachão)
Reforço do subleito (Ex. Solo argiloso)
Subleito (terreno de fundação)
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Concreto Asfáltico
Pavimentação Asfáltica
 Quando o subleito é heterogêneo ou de baixa resistência, se constrói uma 
camada de solo selecionado sobre ele, e abaixo da sub-base (ou base) , 
chamada de reforço do subleito. A função é dar segurança ao pavimento e 
reduzir seu custo de construção.
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Sub-base (Ex. Macadame, Rachão)
Reforço do subleito (Ex. Solo argiloso)
Subleito (terreno de fundação)
Pavimentação Asfáltica
 Quando o subleito for de razoável resistência, e a carga que o mesmo deva ser 
submetido seja compatível é possível que a estrutura seja reduzida as 
camadas de revestimento, base e reforço do subleito.
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Reforço do subleito (Ex. Solo argiloso)
Subleito (terreno de fundação)
Pavimentação Asfáltica
 No caso geral, o pavimento terá a composição indicada na figura, em 
que as camadas recebem denominações genéricas: revestimento, 
base e sub-base. No caso da utilização de sub-base de rachão esta 
também pode servir como uma camada drenante.
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Sub-base (Ex. Macadame, Rachão)
Subleito (terreno de fundação)
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Pavimentação Asfáltica
 No caso do subleito ser homogêneo e possuir uma excelente capacidade de 
suporte e a carga que o mesmo deva ser submetido seja compatível também é 
possível que a estrutura seja reduzida as camadas mínimas de revestimento 
e base.
Revestimento (Ex. Concreto asfáltico)
Base (Ex. Brita graduada)
Subleito (terreno de fundação)
Pavimentação Asfáltica
 Para a determinação das camadas a serem utilizadas é 
necessário o conhecimento da capacidade de suporte 
do solo de fundação (subleito), da carga que o 
mesmo estará submetido durante o período de projeto 
(tráfego) e também dos materiais envolvidos no processo.
Pavimentação Asfáltica
 Pavimentos que não contemplem as camadas mínimas de 
revestimento e base (como somente a camada de 
revestimento sobre o subleito) não podem ser 
considerados estruturais e servem apenas para a melhoria 
das condições de tráfego em determinadas regiões e 
podem, dependendo das condições, dar um bom resultado 
por períodos normalmente menores de tempo.
Função do Pavimento
 A função primária do pavimento é dar ao 
usuário conforto e segurança durante um 
determinado número de anos, com o mínimo 
de investimento inicial e de manutenção.
Qualidades que o pavimento deve possuir
 Um pavimento deve apresentar um conjunto de 
qualidades de forma a atender satisfatoriamente ao 
usuário, por um período de anos, chamado de 
“período de projeto” (geralmente 10, 15 ou 20 
anos).
Qualidades que o pavimento deve possuir
 Estabilidade: 
– Cada uma das camadas do pavimento devem 
suportar, sem romper, as cargas e pressões 
aplicadas peloseixos dos veículos que se 
deslocam na superfície do pavimento.
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Qualidades que o pavimento deve possuir
 Flexibilidade:
– o pavimento deverá se adaptar aos inevitáveis ajustes 
das camadas de base, sub-base e subleito, sem romper. 
– As aplicações dos eixos dos veículos produzem 
deformações na superfície do pavimento, se removida a 
carga, a superfície retornar à posição inicial, a 
deformação é chamada de elástica ou recuperável . 
Qualidades que o pavimento deve possuir
– Estudos têm demonstrado que estas deformações são 
responsáveis pela ruptura do pavimento, por fadiga. 
– O número de deformações elásticas que produzem a ruptura 
depende do valor da deformação elástica. 
– Quanto maior este valor, menor o número de deformações 
elásticas e, portanto, de aplicações de eixos dos veículos 
(tráfego), que suportará o pavimento até a ruptura.
– O pavimento deve apresentar uma composição que resista a este 
fator negativo.
Qualidades que o pavimento deve possuir
 Resistência à abrasão: 
– O pavimento em si e os materiais que compõem a camada de 
rolamento deverão apresentar propriedades mecânicas para 
suportar a ação abrasiva dos pneus, sem que ocorra um 
desgaste anormal.
– Este desgaste pode ocorrer nas partículas do agregado ou pode 
resultar duma desagregação do revestimento, quando o 
agregado apresenta má adesividade ao asfalto, e não foram 
adotadas medidas para corrigi-la.
Qualidades que o pavimento deve possuir
 Durabilidade: 
– Os materiais que compõem o pavimento deverão ser capazes 
de resistir à forças destrutivas e à ação da intempérie (calor, 
frio, sol, chuvas, etc) sem se decompor ou desintegrar ao 
ponto de comprometer a estrutura do pavimento. 
– Assim teremos por vários anos a manutenção das 
características iniciais dos materiais.
Qualidades que o pavimento deve possuir
 Segurança e Conforto: 
– O alvo principal a ser atingido pelo pavimento é o usuário, 
devendo permitir a este um deslocamento confortável e possuir 
uma superfície antiderrapante, em todas condições climáticas.
– Deve manter sua superfície sem ressaltos ou depressões ou 
sulcos longitudinais que possam ocasionar condições de 
desconforto e insegurança.
– A superfície deve apresentar resistência à derrapagem quando 
úmida.
Classificação dos Pavimentos
 As operações de manutenção e restauração dos pavimentos são 
definidas pelo tipo de revestimento utilizado. 
 Assim os pavimentos podem ser divididos em dois grupos:
– Pavimentos Rígidos 
(Placas de concreto)
– Pavimentos Flexíveis 
(Concreto asfáltico e Blocos de concreto)
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Pavimentos Semi-rígidos
 Um outro grupo de pavimento também conhecido como semi-rígido, 
semi flexível ou composto é constituído por diversas camadas, pelo 
menos duas delas com propriedades elásticas muito diferentes, ou seja, 
materiais rígidos e flexíveis são postos em contato e solicitados 
simultaneamente, resultando num elevado grau de complexidade no que 
se refere ao cálculo de tensões e deformações.
 Ex. Uma base de brita graduada tratada com cimento revestida por uma 
camada asfáltica ou blocos de concreto.
Classificação dos Pavimentos
 Diferenças Básicas 
 Materiais 
 Métodos construtivos 
 Camadas (quantidade e espessuras) 
 Distribuição de carga no subleito 
Distribuição da Tensões
Pavimento Rígido (Placa) Pavimento Flexível 
 Grande área de distribuição de 
carga 
 Pequena pressão na fundação do 
pavimento
 Pequena área de distribuição de 
carga 
 Grande pressão na fundação do 
pavimento
Pavimentos Rígidos (Placa)
 São constituídos por 
uma placa de concreto 
que absorve toda a 
solicitação, 
transmitindo-a ao 
subleito de forma 
suficientemente 
amortecida (devido a 
um espalhamento das 
tensões verticais)
Pavimentos Flexíveis
 São os revestidos com materiais 
betuminosos ou asfálticos. 
 Chamados de flexíveis porque a sua 
estrutura “flete” quando submetida às 
cargas do tráfego. 
 Estrutura geralmente composta de 
diversas camadas de materiais para 
absorver as tensões verticais de 
compressão até aos níveis em que o 
terreno de fundação possa suportar 
sem que haja deformações excessivas 
na estrutura do pavimento.
Camadas dos pavimentos
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Funções Estruturais
Os pavimentos possuem três componentes primários em sua 
estrutura:
 Revestimento
 Estrutura do pavimento
 Fundação (Subleito)
Função estrutural – pavimentos flexíveis
As camadas de base, sub-base e 
reforço do subleito são de grande 
importância estrutural. 
Limitar as tensões e deformações na 
estrutura do pavimento, por meio da 
combinação de materiais e 
espessuras das camadas 
constituintes, é o objetivo da 
Mecânica dos Pavimentos. 
Função estrutural – pavimentos rígidos
 A placa de concreto funciona como revestimento e 
base e também é a camada superior destinada a resistir 
diretamente às ações do tráfego e transmiti-las de forma 
atenuada às camadas inferiores, impermeabilizar o 
pavimento, além de melhorar as condições de rolamento 
(conforto e segurança). 
Camadas do pavimento rígido
SUB-BASE
Ex. CCR
Ex. BG
SOLO
BASE e REVESTIMENTO
CCR – Concreto Compactado com Rolo (magro)
BG – Brita Graduada
Placa de concreto
Dimensionamento do pavimento
Condições para que o pavimento possua um desempenho 
satisfatório ao longo de sua vida útil:
 Boa concepção de projeto com um dimensionamento estrutural 
adequado e aplicação de misturas corretamente formuladas
 Execução caprichada com controle de qualidade permanente
 Implantação de um sistema de drenagem eficaz
Dimensionamento do pavimento
 Consiste na determinação de camadas (reforço de subleito, 
sub-base, base e revestimento) de forma que as mesmas 
sejam suficientes para resistir, transmitir e distribuir as 
pressões resultantes da passagem dos veículos do subleito, 
sem que o conjunto sofra ruptura, deformações apreciáveis 
ou desgaste superficial excessivo.
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 A espessura total do pavimento depende, de forma geral, da 
resistência do subleito, (fundação do pavimento) e do tráfego 
(seu carregamento).
 O tráfego é representado por um parâmetro chamado Número 
N, que representa o número de aplicações de um eixo padrão 
(eixo simples, rodado duplo com 8,2t) que produz no 
pavimento o mesmo dano que o tráfego real, num determinado 
período de anos, chamado período de projeto.
Dimensionamento do pavimento Dimensionamento do pavimento
 Número de solicitações 
 Cargas aplicadas 
– Estáticas 
– Repetidas
 Deformações 
– Permanentes 
– Elásticas 
 Fadiga dos materiais
Estudo do Subleito
 Para uma boa concepção de projeto o subleito deve ser estudado até a 
profundidade onde atuam, de forma significativa, as cargas impostas 
pelo tráfego.
 Em termos práticos esta profundidade situa-se em uma faixa de 0,50m 
até 1,5m de profundidade.
 Entre diversos estudos a serem feitos salienta-se a caracterização do 
material, seu Índice de Suporte (CBR ou ISC), sua expansão, índices 
físicos (LL e LP) e grau de umidade local.
Estudo do Subleito
 O estudo do subleito é feito em duas fases:
– Execução de sondagens de campo no eixo e nas bordas da 
plataforma da rodovia para identificação das camadas 
(horizontes) e coleta de amostras. Estas sondagens podem ser 
a pá, picareta, trado manual ou mecânico, rotativa, SPT, etc.
– Realização de ensaios tecnológicos com as amostras coletadas 
para obtenção de suas características e capacidade de suporte.
Degradação do pavimento
 O pavimento, se comparado com outras estruturas usuais 
da engenharia civil, tem vida curta. 
 É na realidade, construído para ser destruído pelo tráfego 
ao longo de 10, 20 ou no máximo 50 anos. 
 Por esse motivo a compreensão dos processos de 
deterioração e destruição do pavimento é de vital 
importância. 
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Degradação do pavimento
 Do ponto de vista funcional, o pavimento tem a tarefa de 
suportaro tráfego em condições de velocidade, segurança, 
conforto e economia. 
 Essa função está intimamente relacionada com o estado da 
superfície de rolamento. 
 A evolução das condições de rolamento, por sua vez, depende 
das intempéries, do tráfego e das características estruturais do 
pavimento
Degradação do pavimento
 No entanto, o pavimento vai se degradando de forma contínua com o 
passar do tempo, por meio de mecanismos complexos e ainda não 
inteiramente equacionados. 
 Desde a abertura do pavimento ao tráfego vão se acumulando 
deformações plásticas de forma gradativa e sendo formadas trincas 
nas camadas asfálticas e cimentadas, decorrentes de uma combinação 
entre a ação das cargas de tráfego e os efeitos do intemperismo.
Degradação do pavimento
 Ao final da sua vida útil, o pavimento perde sua capacidade de 
servir ao tráfego de maneira satisfatória devido ao constante 
aparecimento de defeitos na superfície. 
 Nesta fase devem ser executadas manutenções periódicas, pois 
ao entrar na fase de fadiga a degradação do pavimento é 
acelerada, podendo ocorrer colapso na estrutura.
Deformação no pavimento
Manutenção dos pavimentos (recomendação) Pavimentos
Logo após a execução
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Pavimentos
Ausência de manutenção no 
tempo aconselhável
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