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Universidade Estácio de Sá 
Curso: Pedagogia – Disciplina: Pesquisa e prática em Educação 
Aluna: Danielly O. Coelho Matrícula: 201804001831
Fichamento texto: Fenomenologia. 
Assunto: O texto relata a construção da fenomenologia em torno da teoria do conhecimento. Apontando relações entre a perspectiva de Husserl e a Teoria do conhecimento de Hermann Cohen. Relata sobre as principais obras de Husserl, e como progrediu. 
Contexto filosófico: 
[…] No final do século XIX, a psicologia não só gozava de grande prestígio, mas para muitos parecia a chave de explicação da teoria do conhecimento e da lógica. Para rejeitar essa tese, Edmund Husserl elaborou seu método fenomenológico, produzindo uma obra gigantesca em extensão e profundidade que desafia seus intérpretes até hoje. p.216 
Insatisfeito com a afirmação feita por muitos de que a psicologia parecia a chave de explicação da teoria do conhecimento e da lógica Edmund Husserl elaborou o seu método fenomenológico. Suas pesquisas pareciam muito parecidas com a tese de Hermann Cohen, de que a lógica deve ser fundamento do sistema filosófico. 
[…] Desde o começo Husserl tem o objetivo de superar a oposição entre objetivismo e subjetivismo. p.217
Apesar de sua teoria da fenomenologia ter semelhança com as pesquisas de Cohen, Husserl tentou superar a teoria do neokantismo, ele visualizava conceitos fundamentais da matemática, ou aritmética numa psicologia descritiva. 
No seu ensaio de Filosofia da Aritmética (1891), é possível notar o seu fascínio pelo ideal do conhecimento das ciências da natureza. Husserl quer satisfazer a objetividade do conhecimento seja ele ideal ou real, e a subjetividade do cognoscente. 
[…] O psicologismo defendia a tese de que a lógica compreende as normas que valem para todo o pensamento certo da mesma maneira como a engenharia apresenta as regras para construir bem. p.217
Psicologismo: Tendência para tentar fazer com que prevaleça o ponto de vista da psicologia sobre o de outra ciência qualquer, numa questão comum. 
Porém Husserl rejeitava o psicologismo. Ele afirmava que as proposições lógicas contém verdades necessárias, puramente ideais. E as proposições da psicologia generalizam interpretações das experiências. A psicologia pressupõe a existência de seus objetos e a lógica não. 
[…] Pela crítica ao psicologismo Husserl pensa a propriedade dos atos de pensar, perceber etc., a partir do seu conteúdo de sentido, ou seja, do pensado e percebido. p.217 
Crítica ao psicologismo. 
[…] No decurso da elaboração da fenomenologia, Husserl concentra seu interesse sempre mais nos seguintes problemas: a) Como o mundo real em sua temporalidade, em sua consistência intersubjetiva, em sua objetividade se constitui em nossa consciência? b) Como passar da atitude natural para a atitude filosófica? p.217 
Em seu primeiro volume com subtítulo Prolengomena (amplo texto introdutório que contém as noções preliminares necessárias à compreensão de um livro; introdução, prefácio) ele tenta mostrar que a lógica é a principal coisa para uma teoria da ciência. Husserl rejeita a ideia de que os fundamentos de uma lógica normativa e de uma teoria do conhecimento se encontram na psicologia, nem aceita a consequência impírica do psicologismo. 
 […] Diante isso, Husserl persegue as condições que possibilitam ciência ou teoria em geral. Distingue dois campos da lógica pura: de um lado, a lógica das categorias de significação (como conceito, proposição, conclusão, etc.) e, de outro, a lógica das categorias objetivas (como objeto, conteúdo, unidade, pluralidade, relação, etc.). Dentro dessa esfera de essências ideais, distingue, mais uma vez, entre um sistema de categorias semióticas e outro sistema objetivo para o qual o primeiro indica. p.217
Dois campos da lógica pura: lógica das categorias, e lógica das categorias objetivas. 
[…] No segundo volume das Investigações lógicas, com o subtítulo Investigações sobre fenomenologia e teoria do conhecimento, desenvolve, programaticamente, pela primeira vez, o método fenomenológico. p.217 
Elabora esse tema de maneira mais clara, Ideias para uma fenomenologia pura e uma filosofia fenomenológica (1913). Aspecto do noemático o sentido das coisas. 
FUNDAMENTAÇÃO DA FENOMENOLOGIA 
[…] Para Husserl, a fenomenologia é o acabamento da tentativa de Descartes de fundamentar todo o conhecimento na certeza reflexiva do ego cogito e de suas cogitationes. A reflexão fenomenológica parte da correlação de cada cogito com seu cogitatum, que nunca é um objeto isolado, mas desde logo deve ser concebido como objeto em seu mundo. P.217
Visão de Husserl sobre a fenomenologia. 
[…] A fenomenologia, ao contrário, busca uma fundamentação totalmente nova, não só da filosofia, mas também das ciências singulares p. 218
A fenomenologia tematiza o sujeito, o eu transcendental que coloca os objetos. 
A consciência é consciência de algo, esse algo chama-se fenômeno. 
[…] Para Husserl, a fenomenologia é o acabamento da tentativa de Descartes de fundamentar todo o conhecimento na certeza reflexiva do ego cogito e de suas cogitationes. A reflexão fenomenológica parte da correlação de cada cogito com seu cogitatum, que nunca é um objeto isolado, mas desde logo deve ser concebido como objeto em seu mundo. p.217
Husserl acredita que a psicologia é uma ciência empírica, (Empírico: Tipo de evidência inicial para comprovar alguns métodos científicos, partindo da observação para a partir daí iniciar as pesquisas.) 
e por isso nega que as leis lógicas possam ser fundamentadas por ela. 
[…] Tudo isso Descartes designa com o cogito. O mundo não é outra coisa para mim que o consciente em tais cogitationes (Husserl, 1992). O “eu penso” cartesiano apresenta aquele caráter a priori necessário e absoluto, sem o qual a filosofia é impossível, porque ver-se-ia lançada na contingência das coisas empíricas e jamais poderia pen
Urbano Zilles
sá-las como apodíticas. O cogito permanece idêntico sob a multiplicidade das vivências. p. 217/218. 
A partir do momento que o objeto torna-se parte do seu mundo o mesmo é nomeado por “cogito”, é real para mim na medida em que o vivencio, percebo, lembro, penso, julgo, valorizo, desejo, etc. 
	O cogito permanece idêntico sob a multiplicidade das vivências. O cogito não sofre alterações, porém é possível desenvolver várias visões e perspectivas a partir do olhar de cada pessoa. 
 A atitude natural do homem é ver o mundo com o olhar ingênuo, sem grandes reflexões. Já o estudo da fenomenologia nos permite uma observação do mundo com outra perspectiva, mais aprofundada e objetiva em relação ao mundo que nos cerca. 
A fenomenologia coloca o sujeito como o observador, que somente a partir dessa observação, torna real e com significado o objeto, o fenômeno.
[…] O primeiro passo do método fenomenológico consiste em abster-se da atitude natural, colocando o mundo entre parênteses (epoqué). Isso não significa negar sua existência, mas metodicamente renunciar ao seu uso. p.218
 O primeiro passo do método fenomenológico baseia-se na atitude de ver o mundo com um olhar crítico, refletir sobre o fenômeno não somente pelas nossas vivências. 
[…] Para Husserl, a fenomenologia é uma descrição da estrutura específica do fenômeno (fluxo imanente de vivências que constitui a consciência) e, como estrutura da consciência enquanto consciência, ou seja, como condição de possibilidade do conhecimento, o é na medida em que ela, enquanto consciência transcendental, constitui as significações e na medida em que conhecer é pura e simplesmente apreender (no plano empírico) ou constituir (no plano transcendental) os significados naturais e espirituais. p.218
A fenomenologia representa o percurso para a compreensão do fenômeno, a descrição da consciência para a explicação do objeto. 
A redução fenomenológica seria caracterizada como o estreitamento das conclusões das pesquisas com a finalidade de maior compreensão do objeto para chegar a consciência. 
FILOSOFIA RADICAL: 
[…] Nesse sentido, todo o conhecimento filosófico fundamenta-secomo “conhecimento universal de si mesmo”. Toda a filosofia husserliana resume-se, em grandes linhas, como filosofia transcendental enquanto análise da constituição da subjetividade transcendental. Seu princípio metodológico é a tentativa de descrever a vida da consciência como se apresenta à reflexão. Pretende purificar a filosofia transcendental iniciada por Kant, distinguindo seu trabalho através da elaboração do método e construção sistemática. p.218
A base de todo conhecimento parte do princípio das vivências de cada um. A filosofia Husserliana baseia-se nas demais teorias filosóficas, porém o mesmo busca a distinção do seu trabalho e conforme avança em suas pesquisas evolui em suas reflexões e em suas conclusões. Pretende prosseguir com as pesquisas iniciadas por Kant, porém diferenciando com o seu trabalho através da elaboração do método e construção sistemática. 
DESAFIO PARA A FENOMENOLOGIA 
[…] Depois de 1900, a filosofia foi desafiada pelas ciências empíricas nos meios acadêmicos. Os docentes de filosofia, nas Faculdades, tentavam recuperar seu papel de liderança no mundo do saber. Nesse contexto, Husserl quer consolidar a filosofia no status de ciência fundamental. Esse fundamento, ao contrário do que acontece nas ciências empíricas, não deveria situar-se na empiria como a priori último, mas na consciência transcendental. p.219
Após 1.900 a filosofia foi desafiada pelas ciências empíricas nos meios acadêmicos. Os professores de filosofia buscavam por melhores colocações no ramo do saber. Husserl por sua vez buscava consolidar a filosofia como ciência fundamental. 
[…] Para isso Husserl recorreu ao argumento do cogito cartesiano. Como excluíra tudo que é empírico, através da epoqué ou colocação entre parênteses, na sua construção mental se fixava nos noemata, que são determinação formal. Dessa maneira não existe transição da abstração para as ciências. Husserl afirma, de maneira apodítica, que esses noemata são os últimos momentos transcendentais. Com isso não se evidencia grande vantagem da fenomenologia para uma teoria fundamental e uma metodologia das ciências. p.219
Por essa questão a filosofia fenomenológica é a única ciência absolutamente rigorosa, pois fornece a si própria os seus fundamentos e os das demais ciências. 
Husserl recorre ao argumento do “cogito cartesiano’’ utilizando de que a intuição não poderia partir de um fundamento estável. 
[…] Desde o começo, tinha como meta buscar um fundamento último para toda a argumentação filosófica na consciência do eu pensado transcendentalmente. Por isso essa redução ou epoqué, colocando o empírico entre parênteses, tinha que conduzir 
forçosamente à suspensão do eu empírico. Entretanto, como outros pensadores contemporâneos, queria salvar esse eu. p.219 
Husserl percebe a dificuldade da estratégia do empírico pois o mesmo tinha como objetivo buscar um último fundamento para a argumentação filosófica da consciência do eu transcedental. Teve que forçar a suspensão do eu empírico porém queria salvar o eu assim como os demais pensadores, utilizando assim a redução transcedental.
Teoria da Intersubjetividade e Mundo da Vida.
[…] A teoria da intersubjetividade de Husserl, que modifica sua egologia radical até certo ponto, apóia-se, em grande parte, na psicologia do sentimento, recorrendo a elementos semióticos do pragmatismo de Charles Peirce (1830-1914). p.220
A teoria da interdisciplinaridade de Husserl apoia-se na psicologia do sentimento, recorrendo a elementos semióticos do pragmatismo de Charles Pierce. Essa ascendência aparece sobre tudo na exploração dos signos, expressão, e sentido. 
[…] Com a idéia da semiótica abstrativa do corpo, de uma hermenêutica cotidiana prática, Husserl busca uma compreensão intersubjetiva de sentido. Não olha o mundo que o cerca de fora, de maneira objetiva, mas quer compreendê-lo exclusivamente na perspectiva do sujeito. p.220 
Com a ideia da semiótica abstrativa do corpo, Husserl busca uma compreensão com um olhar crítico, olha o mundo de maneira objetiva e sim busca entender na perspectiva do sujeito. O mundo da vida é dado como horizonte de experiência.

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