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AUDITORIA-EM-ENFERMAGEM

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1 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4 
2 HISTÓRIA DA AUDITORIA ..................................................................... 5 
2.1 Auditoria em saúde .......................................................................... 6 
3 TIPOS DE AUDITORIA ........................................................................... 7 
3.1 Auditoria operacional ........................................................................ 9 
3.2 Auditoria retrospectiva .................................................................... 14 
3.3 Outras classificações...................................................................... 14 
4 AUDITORIA EM ENFERMAGEM ......................................................... 17 
4.1 A enfermagem e a auditoria ........................................................... 19 
4.2 O Enfermeiro auditor ...................................................................... 20 
4.3 Atribuições do Enfermeiro Auditor – COFEN ................................. 22 
4.4 Processos das auditorias relacionadas à Enfermagem .................. 25 
5 TIPOS DE AUDITORIAS DO SISTEMA COFEN – CONSELHO 
FEDERAL DE ENFERMAGEM ............................................................................. 28 
5.1 Auditoria de gestão (Cofen, 2015) .................................................. 29 
5.2 Auditoria de programas .................................................................. 29 
5.3 Normas relativas à pessoa do auditor (Cofen, 2015) ..................... 31 
5.4 Conhecimento técnico (Cofen, 2015) ............................................. 32 
5.5 Outras normas (Cofen,2015) .......................................................... 33 
6 AUDITORIA PELO SUS – MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017 .................. 34 
6.1 Processo de auditoria.(BRASIL, 2017) ........................................... 35 
6.2 Procedimento da auditoria (BRASIL, 2017) .................................... 36 
6.3 Fase analítica (BRASIL, 2017) ....................................................... 37 
 
3 
 
6.4 Fase operativa ou in loco ............................................................... 38 
6.5 Fase de Relatório Final .................................................................. 40 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 43 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum 
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão 
a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as 
perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão 
respondidas em tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da 
semana e a hora que lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
2 HISTÓRIA DA AUDITORIA 
 
Fonte: contabilidade-financeira.com 
Etimologicamente, o termo auditoria deriva-se do latim audire, que significa 
ouvir. Inicialmente foi traduzido pelos ingleses como auditing, para designar termos 
técnicos para a revisão dos registros contábeis, mas atualmente o entendimento de 
seu sentido é mais amplo e consiste na ação independente de confrontar 
determinada condição com um critério preestabelecido, que se configura como a 
situação ideal para que se possa opinar ou comentar a respeito de algo ou de 
alguma situação. (ARAÚJO, 2001 apud SOUZA, et al, 2010.) 
A auditoria tem origem no início da atividade mercantil, tendo como objetivo 
principal conferir os registros das transações comerciais para encontrar e punir os 
infratores, conforme dados históricos do século XIII. Com o início do capitalismo, no 
século XIX, e a crescente exploração dos mercados consumidores, surgiu a 
necessidade de aumentar a capacidade produtiva das empresas — ou seja, 
começaram os anseios da produção em larga escala para o alcance desse 
objetivo.(CORDEIRO, 2011 apud SILVA, 2020) 
 
6 
 
Mas, para alguns autores como Sá (apud SOUZA, DYNIEWICZ, 
KALINOWSKI, 2010), a auditoria nasceu na era antes de Cristo na Antiga Suméria, 
e em seguida, surgiu nas províncias romanas no primeiro século depois de Cristo; 
porém, foi no século 18 na Inglaterra, com a Revolução Industrial, que houve grande 
desenvolvimento da auditoria mediante o surgimento das grandes empresas, das 
necessidades por parte dos investidores de acompanhamento do capital investido 
e da taxação do imposto de renda com base no lucro. 
No Brasil, a primeira evidência concreta pode ser constatada no Decreto n° 
2.935, de 16 de junho de 1862, que aprovava a reorganização da Cia. de 
Navegação por Vapor – Bahiana – Anonyma, e determinava que os auditores 
deveriam ser convocados anualmente em assembleia ordinária, os quais teriam 
como função analisar e examinar as contas da empresa. (SOUZA, DYNIEWICZ, 
KALINOWSKI, 2010) 
2.1 Auditoria em saúde 
A Auditoria votada para a área da saúde, teve início quando o enfoque 
passou a ser não apenas contábil, mas em uma linha também administrativa, que 
tinha como objetivo avaliar a eficácia e a efetividade da aplicação dos controles 
internos. (ALBERTON, 2002 apud SOUZA, DYNIEWICZ, KALINOWSKI, 2010) 
Nessa área, as atividades em auditoria foram iniciadas pelo médico George 
Gray Ward, em 1918, nos Estados Unidos, que analisou a qualidade do atendimento 
prestado aos pacientes através da verificação dos prontuários (ARAÚJO, 1978 apud 
WATANABE, KUBOTA, LIMA, 2009). 
No Brasil a auditoria em saúde foi instituída em 1984, por meio da resolução 
45 de 12 de julho de 1984, pelo extinto Instituto Nacional de Assistência Médica da 
Previdência Social (INAMPS), que a exprime como um conjunto de ações 
administrativas, técnicas e observacionais, que buscam a caracterização definida 
do desempenho assistencial, efetuado pelos integrantes de todos os níveis de 
execução, notadamente os referenciados às unidades médico-assistenciais 
 
7 
 
próprias, contratadas, conveniadas e em regime de cogestão.(ALBERTON, 2002 
apud SOUZA, DYNIEWICZ, KALINOWSKI, 2010) 
A auditoria na área da saúde surgiu com o objetivo de avaliar a eficácia e a 
efetividade dos processos nas diversas áreas de uma instituição, averiguando se 
os serviços disponibilizados são de qualidade e cumprem com as normas e leis 
estabelecidas. Além disso, a assistência prestada ao paciente envolve diversos 
recursos, entre eles, os recursos financeiros, pois estes são responsáveis pela 
manutenção do cuidado. É imprescindível, portanto, que eles sejam controlados a 
fim de assegurar a qualidade da assistência no que tange a esses aspectos. 
(MOURA, 2019) 
3 TIPOS DE AUDITORIA 
 
Fonte: sstonline.com.br 
A auditoria é peça-chave em uma organização, seja ela operada por uma 
equipe interna ou externa. O fato é que, tratando-se de um mercado extremamente 
competitivo, é de extrema importância que as operações empresariais sejam 
realizadas de forma justa, ou seja, sem margens para desvios operacionais. Neste 
 
8 
 
sentido, a auditoria trabalha para apoiar na otimização da operação e na 
manutenção de um ambiente de controles internos sustentável. Além disso, a 
auditoria, em determinadas circunstâncias,poderá apoiar a alta administração na 
tomada de decisões futuras. (MATTOS, 2016) 
Na área da saúde, segundo Santos (2014 apud SILVA, 2020), a auditoria em 
saúde utilizando os termos que envolvem a definição de auditoria, como fiscalização 
e exame sistemático, adotados pela auditoria contábil. Acrescenta ainda a 
fiscalização, baseada em ensaio e outras técnicas apropriadas para uma atividade 
que tem como propósito verificar e adequar os resultados obtidos com os 
determinantes previamente almejados, de acordo com normas e legislações 
vigentes. 
Os auditores que têm formação em áreas além da saúde são também de 
extrema importância e realizam alguns tipos de auditorias, como, por exemplo, a 
externa, entre outras. (SOUZA, DYNIEWICZ, KALINOWSKI, 2010) 
Considerando que a auditoria em saúde tem como base as normas e 
legislações vigentes, pode-se admitir outra característica dos fundamentos da 
auditoria: a intenção regulatória. O perfil regulador resulta em parâmetros que, por 
conseguinte, evoluem para o estabelecimento de níveis de serviço — no caso, dos 
serviços de saúde. (SILVA, 2020) 
Assim sendo, quando estabelecidos níveis ou classificações para 
determinado conjunto ou grupo de serviços, podem-se destacar qualidades, e se 
pode estabelecer uma relação entre auditoria e qualidade nos serviços de saúde, 
incluindo a qualidade da assistência. (BURMESTER, 2017 apud SILVA, 2020) 
 
9 
 
3.1 Auditoria operacional 
 
Fonte: José Moreira da, Silva Neto & Ribeiro, Ricardo,2012. 
A auditoria operacional é uma das frentes de trabalho no mercado de 
auditoria que está em constante crescimento. Muitas empresas estão percebendo 
a necessidade de manter em suas estruturas uma equipe de auditoria interna e, por 
vezes, quando consideram muito alto o custo de manutenção de uma equipe 
interna, acabam contratando equipes externas. Porém, com o intuito de que 
realizem o trabalho de uma auditoria operacional. (MATTOS, 2016) 
Essa auditoria também é conhecida como auditoria dos 3 Es (Economia, 
Eficiência e Eficácia), sendo o conceitos desses termos são definidos como: (JUND, 
2002 apud MATOS, 2009) 
Economicidade 
É o grau em que uma organização, programa, processo, projeto, operação, 
atividade, função ou sistema minimiza o custo de recursos humanos, financeiros 
e materiais, adquiridos ou utilizados, tendo em conta a quantidade e qualidade 
apropriada, ou seja, é a prática por parte da gerência das virtudes de poupança e 
boa economia doméstica (gastando menos). 
 
10 
 
Eficiência 
É a relação entre os produtos, bens e serviços produzidos ou outros resultados 
atingidos por uma unidade ou entidade econômica, tendo em conta a quantidade 
e qualidade apropriada e os recursos utilizados para produzi-los ou atingi-los; 
menor custo, maior velocidade, melhor qualidade. 
Eficácia 
É o grau que uma organização, programa, processo, projeto, operação, atividade, 
função ou sistema atinge os objetivos da política, as metas operativas 
estabelecidas e outros resultados e feitos previstos. 
 
Etapas da auditoria operacional 
Uma auditoria operacional é baseada em método, que, se adequadamente 
aplicado, melhora de forma signifi cativa a qualidade da auditoria. Logo, ao fi nal do 
processo, a probabilidade do trabalho gerar bons resultados também aumenta. Se 
tratando de metodologia, cabe salientar que existem duas abordagens para a 
auditoria operacional, porém os conceitos do método de ambas as formas serão 
semelhantes à prática de gestão PDCA. (MATTOS, 2016) 
O Ciclo PDCA, também conhecido como Ciclo de Shewhart ou Ciclo 
de Deming, é uma ferramenta de gestão muito utilizada pelas empresas do mundo 
todo e tem como foco principal a melhoria contínua. Seu objetivo principal é tornar 
os processos da gestão de uma empresa mais ágeis, claros e objetivos. Pode ser 
utilizado em qualquer tipo de empresa, como forma de alcançar um nível de gestão 
melhor a cada dia, atingindo ótimos resultados dentro do sistema de gestão do 
negócio.(PERIARD, 2011) 
P = Plan (planejamento): Nesta etapa, o gestor deve estabelecer metas e/ou 
identificar os elementos causadores do problema que impede o alcance das 
metas esperadas. É preciso analisar os fatores que influenciam este problema, 
bem como identificar as suas possíveis causas. Ao final, o gestor precisa definir 
um plano de ação eficiente. 
 
11 
 
D = Do (fazer, execução) : Aqui é preciso realizar todas as atividades que foram 
previstas e planejadas dentro do plano de ação. 
C = Check (checagem, verificação) : Após planejar e por em prática, o gestor 
precisa monitorar e avaliar constantemente os resultados obtidos com a execução 
das atividades. Avaliar processos e resultados, confrontando-os com o planejado, 
com objetivos, especificações e estado desejado, consolidando as informações, 
eventualmente confeccionando relatórios específicos. 
A = Act (ação) : Nesta etapa é preciso tomar as providências estipuladas nas 
avaliações e relatórios sobre os processos. Se necessário, o gestor deve traçar 
novos planos de ação para melhoria da qualidade do procedimento, visando 
sempre a correção máxima de falhas e o aprimoramento dos processos da 
empresa. 
 
 
Fonte: sobreadministracao.com 
 
12 
 
Aplicando na auditoria operacional, as etapas do cicllo PDCA, a primeira 
abordagem do PDCA é relacionada ao ponto de vista das pessoas que irão 
coordenar os trabalhos de auditoria operacionais, uma vez que esses indivíduos 
têm uma função extremamente importante: a missão de dar cobertura aos riscos 
aos quais a empresa e os processos estão expostos e, ainda, atender aos anseios 
da alta administração em relação a outros fatores, como trabalhos especiais de 
cunho ético e retornos financeiros na identificação de perdas e 
oportunidades.(MATTOS, 2016) 
Em seguida, outras etapas devem ser seguidas, ainda na primeira 
abordagem: (MATTOS, 2016) 
Após o planejamento, o coordenador acompanhará os trabalhos, orientando os 
auditores em relação a montagem do plano de testes e garantindo a qualidade da 
execução do trabalho 
O coordenador analisará se todos os aspectos de riscos do processo auditado 
foram cobertos no trabalho 
O coordenador deve fazer o acompanhamento do tempo, para que o trabalho seja 
realizado dentro do prazo inicialmente previsto. 
Ao final de cada trabalho, é importante que o gestor/coordenador exercite o 
feedback com os auditores. 
 
Já na segunda abordagem referente ao PDCA, o auditor também precisa 
cumprir algumas etapas importantes que irão garantir a qualidade do trabalho. 
(MATTOS, 2016) 
Planejamento 
Nesta fase o auditor deve conhecer o tema que será auditado, se existe relatórios 
anteriores, de outras auditorias. Se existirem, recomenda-se a realização da 
leitura para conhecer as fragilidades anteriormente identificadas. 
Se a equipe possuir um mapeamento de riscos, deve-se avaliar essa matriz, para 
entender os riscos da área que será auditada, se não tiver uma matriz, deve-se 
 
13 
 
mapear os riscos e criar um plano de testes direcionado a eles. Além disso, a 
leitura das diretrizes operacionais do processo também é primordial nessa fase. 
Execução 
O auditor iniciará a coleta de dados e a seleção das amostras que serão utilizadas 
durante o trabalho. Após a seleção das amostras, serão realizados os testes, 
tanto substantivos como de observância. 
A integração com a área auditada durante o processo é de extrema importância 
para a manutenção de uma boa relação e, consequentemente, facilitará o 
encerramento do trabalho, que é a última parte na execução do trabalho de 
auditoria. 
No encerramento do trabalho serão apresentadas à área auditada, todos os 
desvios e inconformidades identificadas durante o trabalho; e será feito o 
alinhamento das causas e planos de ação que devem ser executados para corrigir 
as possíveis falhas. 
Acompanhamento e avaliação 
Após a realização do trabalho, é importanteque o auditor realize uma 
autoavaliação e, também, uma avaliação formal do trabalho junto ao seu gestor, 
para que revisem se o plano e os objetivos iniciais foram atingidos. 
 Ainda nessa etapa, cabe ao auditor acompanhar a implantação das ações que 
foram acordadas com os auditados no final dos trabalhos, garantindo que os 
riscos identificados foram mitigados. 
Por fim, cabe salientar que os resultados de uma auditoria operacional podem 
contribuir com as empresas em diversos aspectos, desde o ajuste de processo 
para atender demandas legais até a identificação de perdas recuperáveis. 
Além disso, em alguns casos, a auditoria operacional acaba por identificar 
fraudadores, o que resulta na demissão desses indivíduos. 
 
 
14 
 
3.2 Auditoria retrospectiva 
É o tipo de auditoria que avalia os resultados obtidos e, se possível, corrige 
determinadas falhas. Ela é a mais comum nas instituições de saúde e é realizada 
quando o paciente tem alta e quando o seu documento/prontuário se encontra por 
completo no setor administrativo da instituição. (MOURA, 2019) 
A auditoria retrospectiva é realizada após o cliente receber os serviços 
(MARQUIS; HUSTON, 2005), acompanhando os fatos depois de sucedidos os 
fenômenos (SÁ, 2000), ou seja, consiste na análise da relação entre os critérios 
estabelecidos e os dados encontrados na revisão dos registros após a saída do 
cliente.(apud MATOS, 2009) 
3.3 Outras classificações 
A auditoria também pode ser classificada ainda quanto aos tipos, conforme 
Ribeiro (2009 apud SOUZA, DYNIEWICZ, KALINOWSKI, 2010): 
Auditoria analítica: é o conjunto de procedimentos especializados para 
análise de relatórios, processos e documentos, visando avaliar se os serviços ou 
sistemas de saúde atendem às normas e padrões previamente definidos; 
Auditoria operativa: é a verificação de processos e documentos 
comparados aos requisitos legais/normativos que regulamentam o 
SUS/Operadoras de Saúde (OPS) e as atividades relativas à área de saúde, por 
meio do exame direto dos fatos, documentos e situações; 
Auditoria de gestão: atividades que abrangem áreas de controle, 
fiscalização orçamentária, financeira e contábil, avaliação técnica da atenção à 
saúde, avaliação de resultados e comprovação de qualidade; 
Auditoria contábil: avaliação sistemática de transações, procedimentos, 
rotinas e demonstrações contábeis de uma entidade versus cumprimento de metas 
previstas em planos de saúde e/ou de trabalho, apuração de resultados, 
 
15 
 
comprovação de qualidade, para o cumprimento das atividades de controle 
financeiro, contábil e patrimonial nas instituições. 
Quanto à forma de intervenção, a auditoria se classifica em interna e externa: 
(MATOS, 2009) 
 Auditoria interna: a avaliação é realizada por profissionais da própria 
instituição, constituindo um serviço, uma seção ou um departamento, 
que pode interferir em todos os setores de forma autônoma, ou seja, 
sem subordinação às linhas de autoridade que venham prejudicar as 
suas possibilidades de indagação. 
 Auditoria externa: é realizada por elementos que não compõem o 
quadro de pessoal da instituição, tais como: profissionais liberais ou 
por associações de profissionais liberais. 
 
Quanto à forma de intervenção 
Auditoria interna: a avaliação é 
realizada por profissionais da própria 
instituição, constituindo um serviço, 
uma seção ou um departamento, que 
pode interferir em todos os setores de 
forma autônoma, ou seja, sem 
subordinação às linhas de autoridade 
que venham prejudicar as suas 
possibilidades de indagação. 
Auditoria externa: é realizada 
por elementos que não compõem o 
quadro de pessoal da instituição, tais 
como: profissionais liberais ou por 
associações de profissionais liberais. 
 
Quanto ao tempo 
Auditoria contínua – ou permanente 
ou de acompanhamento, se executa 
sem interrupção, em períodos certos, 
especialmente mensais ou no máximo 
trimestrais. As diversas avaliações têm 
o caráter de continuidade – iniciada a 
Auditoria periódica – ou temporária, 
é executada apenas em períodos pré-
definidos, geralmente semestrais ou 
anuais, ou mesmo qüinqüenais. Não 
possuindo características de 
continuidade quanto aos pontos de 
 
16 
 
partir da anterior e direcionando à 
posterior. Com ela, é realizada uma 
permanente assistência ao cliente, 
fazendo cobertura integral quanto ao 
tempo de execução, ou seja, durante 
todo o exercício ou todo um período 
determinado. 
partida das verificações, observa 
apenas isoladamente determinados 
períodos. 
Quanto à natureza 
Auditoria normal – é aquela que se 
realiza com objetivos regulares de 
comprovação, sem finalidades isoladas 
ou específicas, abrangendo a gestão 
administrativa sem particularização de 
fatos de qualquer natureza. 
Auditoria especial – ou específica. 
Realizada para obtenção de resultados 
e conclusões sobre fatos particulares 
da gestão ou da atividade de um 
elemento certo, visando a um objeto 
específico. 
Quanto ao limite 
Auditoria total: atinge todo o 
patrimônio, não deixando de objetivar 
sequer um componente, ou seja, 
abrange todos os setores, programas, 
processos, projetos, operações, bem 
como os produtos, bens e serviços 
produzidos pela instituição. 
Auditoria parcial:, a avaliação se situa 
em alguns pontos, podendo ser um 
setor, um serviço, etc. 
Fonte: adaptado de MATOS, 2009. 
A auditoria pode ser agrupada ainda quanto à área (BRASIL,1996 apud 
SOUZA, DYNIEWICZ, KALINOWSKI, 2010): 
Auditoria interna ou de 1ª parte: executada por auditores habilitados da 
própria organização auditada, que tem como função examinar os controles e avaliar 
a eficiência e eficácia da gestão. Essa área da auditoria tem por finalidade promover 
melhoria nos controles operacionais e na gestão de recursos; 
 
17 
 
Auditoria externa ou de 2ª parte: executada por auditores ou empresa 
independente contratada para verificar as atividades e resultados de uma 
determinada organização ou sistema. É o exame das demonstrações contábeis ou 
de alguma área específica ou procedimento predefinido como objeto de trabalho 
especial; 
Auditoria de 3ª parte: avaliação aplicada por uma entidade certificadora 
4 AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
 
Fonte: aherj.com.br 
Embora fatos históricos, que datam de mais de 4.500 anos antes de Cristo, 
evidenciem a origem da auditoria como sendo da área contábil, em épocas mais 
remotas, desde a antiga Suméria (SÁ, 2000 apud MATOS, 2009), a história da 
auditoria se perdeu no tempo, continuando ignorado, talvez para sempre, o nome 
do primeiro auditor (JUND, 2002 apud MATOS, 2009 ). 
Diante do papel assumido pela auditoria, com a pretensão de conferir 
documentos, o vocábulo foi muito bem apropriado aos setores administrativos e de 
contabilidade. Porém, mesmo nessa área, e com a evolução do conceito — 
 
18 
 
considerando-se as possibilidades que uma auditoria confere —, ainda assim ele 
remete, primeiramente, ao senso comum de fiscalização, como se fosse esse o 
único propósito a ser atendido.(SILVA, 2020) 
Segundo Moura, Lopes e Barbosa (2017 apud SILVA, 2020) a auditoria tem 
uma postura observacional e analítica perante o objeto auditado, seja ele um 
demonstrativo, um registro, um dado, um documento, entre outros. 
Resumidamente, a auditoria tem um princípio controlador e carece de algo que 
possa ser medido, para a emissão de relatórios e pareceres, visando à proteção de 
bens e direitos das instituições contra danos como fraudes, desvios e desfalques. 
As atividades da auditoria concentram-se nos processos e resultados da 
prestação de serviços e pressupõem o desenvolvimento de um modelo de atenção 
adequado em relação às normas de acesso, diagnóstico, tratamento e reabilitação. 
Consistem em controlar e avaliar o grau de atenção efetivamente prestada pelo 
sistema, comparando-a a um modelo definido. (CALEMAN, MOREIRA e SANCHEZ, 
1998) 
Atualmenteé grande o número de profissionais que realizam auditoria em 
saúde e, para que seja realizada de forma efetiva, é preciso que os auditores 
(internos) conheçam as atividades que estão sendo auditadas, além do fluxo de 
auditoria e custos de materiais e medicamentos. (SOUZA, DYNIEWICZ, 
KALINOWSKI, 2010) 
Isso torna a auditoria em saúde ainda mais específica, pois é necessário um 
auditor médico para auditar os procedimentos médicos, um enfermeiro para os 
procedimentos de enfermagem e, assim, para cada classe de profissionais da 
saúde, pois o auditor atua junto aos profissionais da assistência, a fim de monitorar 
o estado clínico de paciente internado, verificando a procedência e gerenciando o 
internamento, auxiliando na liberação de procedimentos ou materiais e 
medicamentos de alto custo, e também verificando a qualidade da assistência 
prestada. (BRASIL, 2001 apud SOUZA, DYNIEWICZ, KALINOWSKI, 2010) 
 
19 
 
4.1 A enfermagem e a auditoria 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
Em sua evolução histórica, a enfermagem sempre teve que responder às 
mudanças tecnológicas e às forças sociais. As responsabilidades administrativas 
têm evoluído em resposta às necessidades institucionais, mercadológicas e 
assistenciais, tornando decisivo o papel do enfermeiro para o cuidado, efetivo e com 
qualidade, do paciente (MARQUIS; HUSTON, 2005 apud MATOS, 2009). 
 A equipe de enfermagem é a mais próxima do paciente, sendo responsável 
por uma assistência direta e contínua e, por isso, está diretamente envolvida com o 
processo de auditoria dentro das instituições de saúde na sua rotina de trabalho 
(SANTANA; SILVA, 2009 apud MOURA, 2019). 
A auditoria tem diversas características e funcionalidades, no entanto, na 
enfermagem, ela pode ter dois enfoques e ser realizada por meio de duas 
perspectivas. Na auditoria de custos, o auditor avalia as contas hospitalares, 
verificando a compatibilidade de informações presentes no prontuário e a cobrança 
efetuada pelo setor financeiro por meio de cruzamento de informações. Em geral 
essa auditoria é realizada após a alta do paciente. (MOURA, 2019). 
 
20 
 
Na auditoria da qualidade, a análise é realizada sob as atividades da equipe 
de enfermagem e também pela análise do prontuário do paciente com foco nos 
registros de enfermagem, visando a avaliar a assistência prestada para garantir a 
qualidade do cuidado (KURCGANT, 2005 apud MOURA, 2019). Com isso, a 
auditoria pode verificar inadequações do trabalho assistencial da equipe de 
enfermagem, apontando falhas e necessidades de melhorias. 
Na Enfermagem, a auditoria faz comparação entre a assistência prestada 
com os padrões definidos. Sendo assim, a melhoria da qualidade da assistência de 
Enfermagem tem configurado uma necessidade de revisar e modificar a prática e o 
papel do profissional de Enfermagem no sentido de imprimir uma nova característica 
à sua atuação.(MATOS, 2009) 
Quanto à finalidade da auditoria em Enfermagem, de acordo com Pereira e 
Takahashi (1991 apud MATOS, 2009), esta abrange a identificação das áreas 
deficientes no serviço de Enfermagem. Essas áreas podem ser uma unidade, um 
programa e/ou as ações de Enfermagem (assistencial, administrativa, educativa). 
Busca-se fornecer informação visando à elaboração de novos programas de 
Enfermagem e a melhoria dos programas já existentes; fornecer dados para 
melhoria da qualidade assistencial e seus registros; obter subsídios para a 
elaboração de programas de desenvolvimento de recursos humanos em 
Enfermagem. 
4.2 O Enfermeiro auditor 
Através da Resolução 266/2001 do COFEN- Conselho Federal de 
Enfermagem, instituída em 05 de outubro de 2001, foi aprovada as atividades do 
Enfermeiro Auditor. Além da apovação, essa resolução também especificou as 
atividades que o Enfermeiro Auditor pode desenvolver.(COFEN, 2001) 
O conhecimento sobre a prática dos enfermeiros auditores, ainda esta 
começando no Brasil, onde poderá contribuir para a melhor utilização dos recursos 
físicos e materiais disponíveis nos serviços de saúde, também poderá contribuir 
 
21 
 
com o desenvolvimento das pessoas, melhorando, o planejamento e a execução 
técnica do trabalho, a relação custo-benefício para o paciente, o hospital e o 
comprador de serviços de saúde. A auditoria, quando entendida como um processo 
educativo fornece subsídios para a implantação e gerenciamento de uma 
assistência de qualidade (PINTO; MELO, 2009 apud MARCON, 2014). 
A qualidade da assistência à saúde deve maximizar medidas abrangentes 
para o completo bem-estar do cliente, equilibrando ganhos e perdas, inerentes ao 
processo da atenção médico-hospitalar. Na enfermagem, a qualidade da 
assistência prestada aos clientes pode ser mensurada através da auditoria, um dos 
instrumentos internos que o serviço de enfermagem dispõe para o gerenciamento 
da qualidade (ADAMI, 2000 apud SOUZA, DYNIEWICZ, KALINOWSKI, 2010) 
O enfermeiro auditor tem uma participação importante na administração de 
um hospital, dando maior ênfase ao paciente, verificando a qualidade dos serviços 
prestados e a satisfação deste e seguindo todo padrão ético e legal da sua função 
(BRASIL, 2001 apud MOURA, 2019). 
Ele desenvolve todas as atividades de sua competência na auditoria de 
acordo com aspectos técnicos, atentando às legislações vigentes do Ministério da 
Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar, Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária, às Normas de Auditoria de Enfermagem, ao Código de Ética de 
Enfermagem e Legislação do Conselho Federal de Enfermagem, Conselho 
Regional de Enfermagem, lei 9.656/1998, Lei do Código de Defesa do Consumidor, 
contratos e coberturas contratuais, exclusões de cobertura e Tabelas contratuais, 
sempre mantendo os padrões de qualidade da instituição. (VAITSMAN, 2008 apud 
SOUZA, DYNIEWICZ, KALINOWSKI, 2010 
Dessa forma, o profissional enfermeiro auditor que audita as contas 
hospitalares poderá ser membro da instituição onde atua, realizar a auditoria 
correlacionada aos representantes dos planos de saúde que executam os 
pagamentos ou, ainda, ser um auditor externo sem qualquer vínculo empregatício 
com o local auditado. (MOURA, 2019) 
 
22 
 
Devido às exigências das instituições e do cenário de saúde atual, o 
enfermeiro auditor acaba direcionando o seu trabalho mais para questões 
financeiras do que para a qualidade assistencial, no entanto, mesmo nesse aspecto, 
ou nessa condição, ele ainda contribui com a equipe de enfermagem, o paciente e 
a instituição, uma vez que busca pela manutenção do equilíbrio financeiro das 
organizações, de modo a possibilitar diretamente a continuidade dos atendimentos 
prestados (GARCIA; FERREIRA; SILVA, 2018 apud MOURA, 2019). 
O processo de auditagem visa o benefício dos pacientes através da melhoria 
dos serviços prestados. Estas melhorias tornam-se possíveis por meio de obtenção 
de conhecimento, e de capacitação dos profissionais envolvidos no processo 
assistencial. Além do paciente, a equipe também apresenta benefícios, sendo estes 
evidenciados através de reflexão de aspectos positivos e negativos, gerados a partir 
do desenvolvimento profissional, perante a equipe e/ou a si próprio (KURGANT, 
2008 apud SOUZA, DYNIEWICZ, KALINOWSKI, 2010). 
4.3 Atribuições do Enfermeiro Auditor – COFEN 
O COFEN - Conselho Federal de Enfermagem é uma autarquia federal e 
órgão disciplinador do exercício da profissão dos profissionais de enfermagem no 
Brasil. Portanto ele delibera e institui resoluções sobre as diversas atuações da 
Enfermagem. Dentre elas, através do anexo da Resolução 266/2001, estabeleceu 
as atividades atribuídas ao Enfermeiro Auditor:(COFEN, 2001) 
I- É da competência privativa do Enfermeiro Auditor no Exercício de suas 
atividades: 
Organizar, dirigir, planejar, coordenar e avaliar, prestar consultoria, auditoria 
e emissão de parecer sobre os serviços de Auditoria de Enfermagem. 
II- Quanto integrante de equipe de Auditoriaem Saúde: 
a) Atuar no planejamento, execução e avaliação da programação de 
saúde; 
 
23 
 
b) Atuar na elaboração, execução e avaliação dos planos assistênciais 
de saúde; 
c) Atuar na elaboração de medidas de prevenção e controle sistemático 
de danos que possam ser causados aos pacientes durante a assistência de 
enfermagem; 
d) Atuar na construção de programas e atividades que visem a 
assistência integral à saúde individual e de grupos específicos, particularmente 
daqueles prioritários e de alto risco; 
e) Atuar na elaboração de programas e atividades da educação sanitária, 
visando a melhoria da saúde do indivíduo, da família e da população em geral; 
f) Atuar na elaboração de Contratos e Adendos que dizem respeito à 
assistência de Enfermagem e de competência do mesmo; 
g) Atuar em bancas examinadoras, em matérias específicas de 
Enfermagem, nos concursos para provimentos de cargo ou contratação de 
Enfermeiro ou pessoal Técnico de Enfermagem, em especial Enfermeiro 
Auditor, bem como de provas e títulos de especialização em Auditoria de 
Enfermagem, devendo possuir o título de Especialização em Auditoria de 
Enfermagem; 
h) Atuar em todas as atividades de competência do Enfermeiro e 
Enfermeiro Auditor, de conformidade com o previsto nas Leis do Exercício da 
Enfermagem e Legislação pertinente; 
i) O Enfermeiro Auditor deverá estar regularmente inscrito no COREN da 
jurisdição onde presta serviço, bem como ter seu título registrado, conforme 
dispõe a Resolução COFEN Nº 261/2001; 
j) O Enfermeiro Auditor, quando da constituição de Empresa Prestadora 
de Serviço de Auditoria e afins, deverá registrá-la no COREN da jurisdição onde 
se estabelece e se identificar no COREN da jurisdição fora do seu Foro de 
origem, quando na prestação de serviço; 
 
24 
 
k) O Enfermeiro Auditor, em sua função, deverá identificar-se fazendo 
constar o número de registro no COREN sem, contudo, interferir nos registros 
do prontuário do paciente; 
l) O Enfermeiro Auditor, segundo a autonomia legal conferida pela Lei e 
Decretos que tratam do Exercício Profissional de Enfermagem, para exercer 
sua função não depende da presença de outro profissional; 
m) O Enfermeiro Auditor tem autonomia em exercer suas atividades sem 
depender de prévia autorização por parte de outro membro auditor, Enfermeiro, 
ou multiprofissional; 
n) O Enfermeiro Auditor para desempenhar corretamente seu papel, tem 
o direito de acessar os contratos e adendos pertinentes à Instituição a ser 
auditada; 
o) O Enfermeiro Auditor, para executar suas funções de Auditoria, tem o 
direito de acesso ao prontuário do paciente e toda documentação que se fizer 
necessário; 
p) O Enfermeiro Auditor, no cumprimento de sua função, tem o direito de 
visitar/entrevistar o paciente, com o objetivo de constatar a satisfação do mesmo 
com o serviço de Enfermagem prestado, bem como a qualidade. Se necessário 
acompanhar os procedimentos prestados no sentido de dirimir quaisquer 
dúvidas que possam interferir no seu relatório. 
III- Considerando a interface do serviço de Enfermagem com os diversos 
serviços, fica livre a conferência da qualidade dos mesmos no sentido de coibir o 
prejuízo relativo à assistência de Enfermagem, devendo o Enfermeiro Auditor 
registrar em relatório tal fato e sinalizar aos seus pares auditores, pertinentes à área 
específica, descaracterizando sua omissão. 
IV- O Enfermeiro Auditor, no exercício de sua função, tem o direito de solicitar 
esclarecimento sobre fato que interfira na clareza e objetividade dos registros, com 
fim de se coibir interpretação equivocada que possa gerar 
glosas/desconformidades, infundadas. 
 
25 
 
V- O Enfermeiro, na função de auditor, tem o direito de acessar, in loco toda 
a documentação necessária, sendo-lhe vedada a retirada dos prontuários ou cópias 
da instituição, podendo, se necessário, examinar o paciente, desde que 
devidamente autorizado pelo mesmo, quando possível, ou por seu representante 
legal. Havendo identificação de indícios de irregularidades no atendimento do 
cliente, cuja comprovação necessite de análise do prontuário do paciente, é 
permitida a retirada de cópias exclusivamente para fins de instrução de auditoria. 
VI- O Enfermeiro Auditor, quando no exercício de suas funções, deve ter 
visão holística, como qualidade de gestão, qualidade de assistência e quântico-
econômico-financeiro, tendo sempre em vista o bem estar do ser humano enquanto 
paciente/cliente. 
4.4 Processos das auditorias relacionadas à Enfermagem 
 
Fonte: nucleodoconhecimento.com.br 
 
26 
 
As auditorias utilizadas no serviço de Enfermagem incluem avaliações de 
resultado, de processo e de estrutura (MARQUIS;e HUSTON, 2005 apud MATOS, 
2009): 
Resultado 
O resultado significa uma mudança do status na saúde do paciente que possa ser 
atribuída à prestação de algum cuidado de saúde (DONABEDIAN, 1994) e, dessa 
forma, conforme Marquis e Huston (2005) afirmam, as “auditorias de resultados 
determinam quais resultados foram alcançados em conseqüência de 
intervenções específicas de Enfermagem” (apud MATOS, 2009) 
Auditorias de processos 
As auditorias de processos residem na procura da qualidade do conjunto de 
atividades desenvolvidas, pela equipe de Enfermagem, voltadas para o 
atendimento das expectativas dos clientes. Este conjunto de atividades recebe o 
nome de Processo de Enfermagem, e é esse processo de trabalho que deve ser 
enfocado e analisado quando os indicadores assistenciais apontam falhas no 
resultado do atendimento de Enfermagem (FONSECA et al., 2005). Para 
D’INNOCENZO (2006), elas “focalizam se os padrões da prática foram satisfeitos 
ou não, presumindo a relação entre a qualidade do enfermeiro e a qualidade do 
cuidado oferecido” (apud MATOS, 2009) 
Auditoria de estrutura 
A auditoria de estrutura, por sua vez, monitora o local em que se dá o cuidado ao 
paciente. Inclui a aplicação de recursos, como o ambiente em que é prestado o 
atendimento, além de todos aqueles elementos existentes antes da interação 
entre o cliente e o profissional de saúde, como, por exemplo, dimensionamento 
de pessoal, tempo de espera em setores de atendimento de emergência, 
equipamentos de transporte interno de paciente, que são componentes 
estruturais para exame da qualidade dos cuidados. Pressupõe-se existir uma 
relação entre o cuidado qualificado e a estrutura adequada (D’INNOCENZO, 
2006; MARQUIS; HUSTON, 2005 apud MATOS, 2009). 
Auditoria prospectiva 
 
27 
 
O método de auditoria prospectiva, sob o foco da função assistencial, não incide 
diretamente sobre o cuidado de Enfermagem, ocorrendo quase sempre sobre 
procedimentos médicos, como, por exemplo: “emissão de um parecer pelo 
médico auditor da operadora de plano de saúde sobre um determinado tratamento 
ou procedimento, sendo que cabe a ele [...], recomendar ou não o procedimento.” 
(MOTTA, 2003 apud MATOS, 2009). 
No entanto sob o enfoque da função administrativa do enfermeiro, a auditoria 
prospectiva assume o papel de auditoria de gestão, que, de acordo com o autor 
Gil (2000 apud MATOS, 2009), representa a avaliação e/ou emissão de opinião 
sobre processos ou resultados exercidos na produção de serviços no horizonte 
temporal presente/futuro. 
Auditoria operacional 
É feita enquanto o paciente está hospitalizado ou em atendimento ambulatorial, é 
orientada para uma revisão dos cuidados prestados, dentro de um esquema 
preventivo de resultados finais de menor qualidade. Pode ser realizada através 
do exame do paciente, confrontando as necessidades de assistência com a 
prescrição, bem como com a realização de entrevistas com o paciente, os 
familiares, o funcionário da equipe de Enfermagem, etc. (PEREIRA e 
TAKAHASHI, 1999; POSSARI, 2005; D’INNOCENZO, 2006 apud MATOS,2009) 
Auditoria retrospectiva 
A auditoria retrospectiva, que é realizada após a alta hos pitalar, ou após a 
realizaçãoda assistência ambulatorial, por meio dos registros em prontuário, não 
possibilita a reversão de benefícios diretos para o paciente, mas contribui para a 
melhoria da assistência de maneira global e futura (PEREIRA; TAKAHASHI, 
1991), em função de não ir diretamente ao(s) fato(s), e sim aos elementos que o 
evidenciam (POSSARI, 2005 apud MATOS,2009). 
 
 
28 
 
5 TIPOS DE AUDITORIAS DO SISTEMA COFEN – CONSELHO FEDERAL DE 
ENFERMAGEM 
 
Fonte: Cofen 
Em 2015 o Cofen – Conselho Federal de Enfermagem, elaborou e publicou 
o Manual de Auditoria do Sistema COFEN/Conselhos Regionais, que objetiva 
fornecer aos membros de todo o sistema uma visão detalhada dos procedimentos 
de auditoria aplicados nos trabalhos desenvolvidos pela Controladoria Geral do 
COFEN, bem como propiciar aos gestores das Autarquias o gerenciamento dos 
controles internos, aplicados no desenvolvimento das rotinas executadas em suas 
unidades. (COFEN, 2015) 
Esse manual tem como objetivo, informar e orientar sobre os procedimentos 
básicos e auxiliares dos serviços de auditoria, permitindo a visualização dos 
objetivos a serem alcançados no cumprimento dos trabalhos da competência da 
Controladoria Geral, servindo como ferramenta de facilitação ao desempenho 
destas atribuições. (COFEN, 2015) 
 
29 
 
5.1 Auditoria de gestão (Cofen, 2015) 
Atua nas áreas inter-relacionadas da Autarquia, certificando a regularidade 
das contas, verificando a execução de contratos, convênios, acordos ou ajustes, 
avaliando a eficácia dos seus resultados em relação aos recursos materiais, 
humanos e tecnológicos disponíveis, bem como a economicidade e eficiência dos 
controles internos existentes para a gestão dos recursos públicos, compreendendo 
entre outros os seguintes aspectos: 
a) exame das peças que instruem os processos de tomada ou prestação de 
contas; 
b) exame da documentação comprobatória dos atos e fatos administrativos; 
c) verificação da existência física de bens e outros valores; 
d) verificação da eficiência dos sistemas de controles administrativos; e) 
verificação do cumprimento da legislação pertinente; 
f) análise da realização físico financeira em face dos objetivos e metas 
estabelecidos; 
g) análise dos demonstrativos e dos relatórios de acompanhamento 
produzidos com vistas à avaliação dos resultados alcançados e a eficiência 
gerencial; 
h) análise da adequação dos instrumentos de gestão - contratos, convênios, 
acordos, ajustes e outros congêneres - para consecução dos planos, programas, 
projetos e atividades desenvolvidas pelo gestor, inclusive quanto à legalidade e 
diretrizes estabelecidas; 
i) análise da compatibilização das contratações, desligamentos e 
remunerações de pessoal, com a legislação vigente. 
5.2 Auditoria de programas 
Objetiva acompanhar, examinar e avaliar a execução de programas e 
projetos específicos, bem como a aplicação de recursos descentralizados como 
 
30 
 
exemplo, termos de cooperação e convênios, compreendendo, entre outros, os 
seguintes aspectos: 
a) análise da realização físico financeira em face dos objetivos e metas 
estabelecidos; 
b) análise dos demonstrativos e dos relatórios de acompanhamento 
produzidos com vistas à avaliação dos resultados alcançados e a eficiência 
gerencial; 
c) verificação da documentação instrutiva e comprobatória, quanto a 
propriedade dos gastos realizados, e 
d) análise da adequação dos instrumentos de gestão – contratos, convênios, 
acordo, ajustes e outros congêneres – para consecução dos planos, programas, 
projetos e atividades desenvolvidas pelo gestor, inclusive quanto à legalidade e 
diretrizes estabelecidas. 
 
AUDITORIA CONTÁBIL 
Utilizada no exame dos registros e documentos e na coleta de informações e 
confirmações, mediante procedimentos específicos, pertinentes ao controle do 
patrimônio da Autarquia, objetiva obter elementos comprobatórios suficientes que 
permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os 
princípios fundamentais de contabilidade. 
AUDITORIA DE SISTEMA 
Objetiva assegurar a adequação, privacidade dos dados e informações oriundas 
dos sistemas eletrônicos de processamento de dados, observando as diretrizes 
estabelecidas e a legislação específica. 
AUDITORIA ESPECIAL 
Objetiva o exame de fatos ou situações consideradas relevantes, de natureza 
incomum ou extraordinária, sendo realizadas para atender determinação dos 
dirigentes da autarquia ou pela própria Controladoria. Abrange a realização de 
trabalhos especiais de auditoria, não compreendidos na programação anual da 
área. 
 
31 
 
Os trabalhos de Auditoria Especial dependem de designação formal, devendo ser 
objeto de relatório próprio, específico e circunstanciado dos fatos examinados, 
elaborados em caráter restrito ou confidencial. 
Incluem-se nesta modalidade os exames de fraudes, irregularidades, 
desmobilização, contratos especiais de grande vulto, entre outros. 
AUDITORIA OPERACIONAL 
Atua nas áreas inter-relacionadas do órgão/autarquia, avaliando a eficácia dos 
seus resultados em relação aos recursos materiais, humanos e tecnológicos 
disponíveis, bem como a economicidade e eficiência dos controles internos 
existentes para a gestão dos recursos públicos. Sua filosofia de abordagem dos 
fatos é de apoio, pela avaliação do atendimento às diretrizes e normas, bem como 
pela apresentação de sugestões para seu aprimoramento. 
 
DILIGÊNCIAS - As diligências promovidas pela Controladoria-Geral visam 
buscar informações e esclarecimentos externamente ou junto aos gestores e a 
funcionários do Coren, sobre as razões que levaram a prática de qualquer ato 
orçamentário, financeiro, patrimonial e operacional, seja ele omissivo ou comissivo, 
executado por dirigente ou funcionário da Entidade, a fim de subsidiar os exames, 
atendendo designação, inclusive no apoio institucional ao Sistema de Controle 
Interno. 
Após a diligência, poderá ser emitida nota técnica sobre os assuntos 
levantados, contendo as revelações, conclusões, recomendações e ações 
corretivas adotadas, conforme o caso. 
5.3 Normas relativas à pessoa do auditor (Cofen, 2015) 
Independência: o Auditor no exercício da atividade de auditoria deve manter 
uma atitude de independência que assegure a imparcialidade de seu julgamento, 
nas fases de planejamento, execução e emissão de seu parecer, bem assim nos 
demais aspectos relacionados com sua atividade profissional. 
 
32 
 
Soberania: durante o desenvolvimento do seu trabalho, o Auditor deverá 
possuir o domínio do julgamento profissional, pautando-se, exclusiva e livremente 
a seu critério, no planejamento dos seus exames, na seleção e aplicação de 
procedimentos técnicos e testes de auditoria, na definição de suas conclusões e na 
elaboração de seus relatórios e pareceres. 
Imparcialidade: durante seu trabalho, o Auditor está obrigado a abster-se de 
intervir nos casos onde há conflito de interesses que possam influenciar a absoluta 
imparcialidade do seu julgamento. 
Objetividade: na execução de suas atividades, o Auditor se apoiará em fatos 
e evidências que permitam o convencimento razoável da realidade ou a veracidade 
dos fatos, documentos ou situações examinadas, permitindo a emissão de opinião 
em bases consistentes. 
5.4 Conhecimento técnico (Cofen, 2015) 
O Auditor necessita possuir conhecimentos técnicos das diversas áreas 
relacionadas com as atividades auditadas, de tal forma que o permitam comprovar 
a legalidade e legitimidade dos atos de gestão e avaliar a economicidade, eficiência 
e eficácia alcançadas no desempenho dos objetivos da Autarquia sob exame, a 
saber: 
I. Economicidade: operacionalidade ao mínimo custo possível. Administração 
correta dos bens, boa distribuição do tempo, economia de trabalho, tempo e 
dinheiro, redução dos gastos num orçamento. É a administração prática e 
sistemática das operações de uma autarquia ou projeto, assegurandocustos 
operacionais mínimos ao realizar as funções que lhe são atribuídas. 
II. Eficiência: rendimento efetivo sem desperdício desnecessário. A consecução 
das metas e outros objetivos constantes de programas de maneira sistemática, 
contribuindo para minimizar os custos operacionais, sem diminuir o nível, 
qualidade e oportunidade dos serviços a serem oferecidos pela autarquia, ou 
projeto. 
 
33 
 
III. Eficácia: considera se eficaz a administração, plano projeto ou autarquia que, 
na consecução de seus objetivos, consegue os efeitos necessários, ou seja, 
atinge as metas a que se propôs. 
5.5 Outras normas (Cofen,2015) 
Capacidade profissional: A capacidade profissional é adquirida pela 
aplicação prática dos conhecimentos técnicos. O somatório de experiências obtidas 
entre diversas situações contribuem para o amadurecimento do julgamento 
profissional, possibilitando o discernimento entre situações gerais e particulares. 
Atualização dos conhecimentos técnicos: O Auditor deve manter sua 
competência técnica, atualizando-se quanto ao avanço de normas, procedimentos 
e técnicas aplicáveis à auditoria. 
Cautela e zelo profissional: no desempenho de suas funções, na 
elaboração do relatório e emissão de sua opinião, o Auditor necessita agir com a 
devida precaução e zelo profissional, devendo acatar as normas de ética 
profissional, o bom senso em seus atos e recomendações, o cumprimento das 
normas gerais de auditoria e o adequado emprego dos procedimentos de aplicação 
geral ou específica. 
Cautela profissional: no desenvolvimento do seu trabalho, o Auditor deve 
manter atitude prudente, com vistas a estabelecer uma adequada extensão dos 
seus exames, bem como aplicar metodologia apropriada à natureza e complexidade 
de cada exame. 
Zelo profissional: o Auditor, no desempenho de suas atividades, deverá 
atuar com habilidade, precaução e esmero de modo a reduzir ao mínimo possível a 
margem de erro. 
Comportamento ético: no desenvolvimento de seu trabalho, o Auditor, 
independentemente de sua formação profissional, deve ter sempre presente que, 
como servidor público, se obriga a proteger os interesses da sociedade, respeitar 
as normas de conduta que regem os servidores públicos, não podendo valer-se da 
 
34 
 
função em benefício próprio ou de terceiros. Ficando, ainda, obrigado a guardar 
confidencialidade das informações obtidas, não devendo revelá-las a terceiros, sem 
autorização específica, salvo se houver obrigação legal ou profissional de assim 
proceder. 
6 AUDITORIA PELO SUS – MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2017 
 
Fonte: saude.rj.gov.br 
O Ministério da Saúde publicou em 2017, um manual para definir os 
princípios e os padrões que norteiam a conduta do servidor, bem como aqueles que 
orientam a realização das auditorias visando à qualificação do processo. (BRASIL, 
2017) 
Esse manual,refere-se as etapas para a realização da auditoria,e envolve 
desde o cadastro da demanda até a elaboração e publicação do Relatório Final. Ele 
também apresenta as atribuições dos servidores lotados no DENASUS - 
Departamento Nacional de Auditoria do SUS, e na Seaude seus princípios éticos e 
profissionais que regulam as atividades executadas. (BRASIL, 2017) 
Dentro do DENASUS, o SUS criou o Sistema Nacional de Auditoria (SNA) do 
em 1993 pela Lei n.º 8.689 e regulamentado pelo Decreto n.º 1.651, de 1995. O 
 
35 
 
SNA atua de forma descentralizada, conforme preconiza o referido Decreto, e, por 
corolário, possui entes em cada unidade federativa do Brasil. (BRASIL, 2017) 
Uma das atividades do DENASUS foi criar e estabelecer um método para 
executar suas auditorias. Esse método fundamenta padrões, inclusive de conduta, 
com regras quanto à documentação que deve respaldar todo o processo de 
trabalho. A equipe que realiza as auditorias a nível do DENASUS, são lideradas por 
um coordenador e acompanhadas por um supervisor técnico As finalidades de 
auditoria do SUS, incluem: (BRASIL, 2017) 
 
Aferir a observância dos padrões estabelecidos de qualidade, quantidade, custos 
e gastos da atenção à saúde. 
Avaliar os elementos componentes dos processos da instituição, serviço ou 
sistema auditado, objetivando a melhoria dos procedimentos por meio da 
detecção de desvios dos padrões estabelecidos. 
Conferir a qualidade, a propriedade e a efetividade dos serviços de saúde 
prestados à população. 
Produzir informações para subsidiar o planejamento das ações que contribuam 
para o aperfeiçoamento do SUS. 
6.1 Processo de auditoria.(BRASIL, 2017) 
O processo de auditoria, o qual será processado no Sistema Eletrônico de 
Informação (SEI), iniciará de ofício ou a pedido de interessado, desde que 
preenchidos os requisitos mínimos necessários à identificação da atividade a ser 
realizada. (BRASIL, 2017) 
Os requisitos mínimos necessários referem-se aos aspectos de 
 competência, 
 interesse público, 
 materialidade, 
 relevância 
 
36 
 
 oportunidade. 
 
Ao iniciar o processo de auditoria, ele deve ser protocolado através de um 
documento contendo (BRASIL, 2017) 
 
I. órgão ou autoridade administrativa a que se dirige; 
II. identificação do interessado ou de quem o represente; 
III. domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações, se for o 
caso; 
IV. formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos; 
V. data e assinatura do requerente ou de seu representante (BRASIL, 1999, art. 
6º apud BRASIL, 2017). 
6.2 Procedimento da auditoria (BRASIL, 2017) 
O procedimento de auditoria, continua após a criação do processo no SEI, 
deverá haver despacho de designação da equipe que conduzirá as respectivas 
atividades, a qual, preliminarmente, elaborará, sob a orientação do supervisor 
técnico, documento que contenha a tarefa a ser executada. As orientações para a 
equipe, deve conter: (BRASIL, 2017) 
a) o objetivo da auditoria; 
b) as questões a serem respondidas para alcançar o objetivo proposto; 
c) o período de abrangência da auditoria; 
d) as localidades e as unidades organizacionais a serem visitadas; 
e) os processos e as atividades que serão examinados. 
E as principais informações da tarefa deverão ser inseridas no Sisaud/SUS, 
para que se inicie as três fases da atividade de auditoria: (BRASIL, 2017) 
(a) fase analítica; 
(b) fase operativa ou in loco; e 
(c) fase de Relatório Final. 
 
37 
 
6.3 Fase analítica 
A fase analítica corresponde ao planejamento da auditoria para que seja 
adequadamente executada pela equipe dentro do prazo estabelecido. O objetivo 
principal é preparar os servidores para a fase operativa ou in loco, propiciando o 
desenvolvimento de uma compreensão mais acurada sobre as atividades 
administrativas imprescindíveis ao bom êxito das fases subsequentes. As etapas 
para a fase analítica, incluem: (BRASIL, 2017) 
Levantamento de informações sobre o objeto da auditoria; 
Construção das matrizes de coleta e análise de informações; 
Elaboração dos papéis de trabalho; 
Cronograma de trabalho; 
Elaboração do Relatório Analítico. 
 
Levantamento de informações sobre o objeto da auditoria 
A equipe deve levantar informações sobre o objeto da auditoria de modo a obter 
conhecimento suficiente para executar as fases subsequentes. 
Essa etapa possui a finalidade de definir o foco e delimitar a extensão dos 
trabalhos por meio da revisão e do aprimoramento da definição de objetivos e do 
escopo da auditoria, construídos durante a tarefa. 
A equipe deve procurar informações que indiquem os critérios que possam ser 
utilizados para avaliar a situação do objeto de auditoria, tais como: 
a) setores responsáveis, competências e atribuições do órgão auditado; 
b) legislações aplicáveis; 
c) objetivos do órgão ou programa de governo; 
d) desempenho recente por meio da análise de indicadores e resultados; 
e) pontos fracos e deficiências do controle; 
f) outras informações relevantes. 
 
38Podem ser buscadas informações de diversas fontes, desde que permitam à 
equipe estabelecer uma visão geral sobre o objeto e seu contexto, tais como: 
a) auditorias anteriores realizadas pelo DENASUS e pelas Seções de 
Auditoria; 
 b) sistemas de informação; 
c) relatórios do órgão responsável e sítio na internet; 
d) bases de legislação e normas; 
e) atividades de controle realizadas por outros órgãos; 
f) artigos acadêmicos; 
g) informações da mídia; 
h) outras fontes relevantes. 
6.4 Fase operativa ou in loco 
Na fase operativa, é realizado, colocado em prática tudo o que foi planejado 
na fase anterior, ou seja, a analítica. Identificar e obter evidências para que se possa 
caracterizar as constatações previamente estabelecidas, de forma consistente, 
resume o objetivo geral dessa fase. E para dar continuidade ao processo, a fase 
operativa possui dois produtos principais: (BRASIL, 2017) 
 Matriz de Constatações e o 
 Relatório Preliminar. 
A identificação do responsável deverá ser comprovada por meio de atos 
administrativos, na hipótese de servidor público, ou de outro documento oficial, nos 
demais casos, desde que contenham todos os dados necessários à sua 
qualificação, cujos documentos deverão ser anexados ao Relatório Preliminar: 
(BRASIL, 2017) 
 
39 
 
 As evidências servem para validar o trabalho da equipe e devem ser suficientes, 
adequadas e pertinentes de forma a permitir à equipe obter constatações que 
fundamentem as suas conclusões, razão pela qual devem conter os seguintes 
requisitos: 
 Validade – A evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em 
informações precisas e confiáveis. 
 Confiabilidade – Garantia de que serão obtidos os mesmos resultados 
se a auditoria for repetida. 
 Relevância – A evidência é relevante se for relacionada, de forma clara 
e lógica, aos critérios e objetivos da auditoria. 
 Suficiência – A quantidade e a qualidade das evidências obtidas devem 
demonstrar que as constatações, as conclusões e as recomendações da 
auditoria estão bem fundamentadas. 
A constatação é o resultado da comparação entre o critério e a situação 
encontrada, a qual deve apresentar os seguintes elementos: 
a) a situação encontrada do objeto, caracterizada por evidências; 
b) a fonte da evidência; 
c) o critério que define a situação ideal do objeto; 
d) a causa que levou à situação; 
e) o efeito gerado; 
f) as recomendações. 
A matriz é a ferramenta utilizada para analisar e organizar as informações 
necessárias à sustentação das constatações obtidas. 
Para as constatações que constituírem irregularidades, deverá ser preenchida a 
Matriz de Qualificação de Responsáveis, contendo a identificação da 
constatação: 
 Nome do responsável, 
 CPF 
 Período de exercício, 
 
40 
 
 Conduta, 
 Nexo de causalidade 
 Culpabilidade, cujas informações deverão figurar, também, nas evidências 
das constatações 
 
Ao finalizar essa fase, é emitido um documento, denominado Relatório 
Preliminar de auditoria, que é elaborado pela equipe com base nas constatações 
preliminares resultantes dos trabalhos desenvolvidos. O conteúdo desse relatório, 
não poderá ser divulgado, exceto para as partes interessadas. (BRASIL, 2017) 
6.5 Fase de Relatório Final 
O Relatório Final é o instrumento formal e técnico utilizado para comunicar o 
objetivo e as questões de auditoria, a metodologia utilizada, as constatações 
encontradas, as recomendações e a conclusão dos trabalhos. Além disso, é 
referência para o monitoramento da atividade. Ele será baseado no Relatório 
preliminar, elaborado no final da fase operativa. (BRASIL, 2017) 
Para redigir esse relatório, a equipe envolvida deverá basear-se e seguir, os 
seguintes critérios: (BRASIL, 2017) 
Clareza: linguagem clara, a fim de que o leitor entenda facilmente, ainda que não 
versado na matéria, o que se quer transmitir, sem necessidade de explicações 
adicionais. 
Concisão: conter apenas informações relevantes para elucidação dos fatos 
auditados, com linguagem direta. Logo, deve-se evitar o uso excessivo de 
adjetivos e emprego de termos que contenham em si só juízo de valor. 
Convicção: relatar de forma consistente as constatações e as evidências, 
permitindo que qualquer pessoa chegue às mesmas conclusões que chegou a 
equipe de auditoria. 
 
41 
 
Confiabilidade: apresentar as necessárias evidências para sustentar as 
constatações, conclusões e recomendações, procurando não deixar espaço para 
contra argumentações. 
Tempestividade: deve ser emitido em tempo hábil, a fim de que as providências 
necessárias sejam tomadas oportunamente. 
Imparcialidade: a análise contida no relatório deve ser pautada pelo ceticismo e 
julgamento profissional, livres de opiniões que não se sustentam diante de 
argumentos válidos. 
 
Além de seguir os critérios estabelecidos, o Relatório Final deverá abordar 
alguns contextos da auditoria, que incluem: (BRASIL, 2017) 
Abordando origem 
Antecedentes, 
Objetivos, 
Escopo e visão geral do objeto 
Os métodos adotados na execução dos trabalhos na fase analítica e na 
fase operativa, incluindo os tipos de documentos analisados, os sistemas 
de informações verificados, as origens/fontes dos recursos financeiros 
analisados (se possível, o percentual), as instituições visitadas na 
atividade, a realização de eventuais visitas domiciliares, a utilização e o 
tipo de instrumentos para coleta de dados, e, se for o caso, circularização, 
entrevistas com usuários, com trabalhadores de Saúde e com gestores. 
 
Recomendações a serem implementadas pelos gestores competentes, que 
devem ser inclusas no relatório final. 
 a) promover a sanação das possíveis irregularidades encontradas; e 
 b) melhorar os processos de gerenciamento de riscos, controle e governança. 
As recomendações propostas deverão seguir as seguintes orientações: 
a) não recomendar o que não foi objeto de análise conclusiva; 
b) a redação deverá ser clara e objetiva, com o fim de detalhar a forma que se 
efetuará a providência que deve ser adotada; e 
c) sempre deverá abordar os resultados esperados com a proposta. 
Fonte: Adaptado de BRASIL, 2017 
 
42 
 
Após a conlusão do Relatório final, ele será analisado pelo supervisor técnico 
e validada pela COAUD. A versão final será iserida no Processo de auditoria e será 
encaminhada para análise do CGAUD. E somente após essa última análise, ele 
será concluiído e encaminhado à direção do DENASUS. (BRASIL, 2017) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
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Departamento Nacional de Auditoria do SUS. Princípios, diretrizes e regras da 
auditoria do SUS no âmbito do Ministério da Saúde [recurso eletrônico] / 
Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa, 
Departamento Nacional de Auditoria do SUS. – Brasília: Ministério da Saúde, 2017. 
COFEN – Conselho Federal de Enfermagem. RESOLUÇÃO COFEN-266/2001. 
Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2662001_4303.html. Acesso 
em set. 2021. 
MARCON, J.M. AUDITORIA EM ENFERMAGEM: UMA REVISÃO INTEGRATIVA. 
Disponível em: https://inisa.ufms.br/files/2019/08/AUDITORIA-EM-ENFERMAGEM-
UMA-REVIS%C3%83O-INTEGRATIVA.pdf. 
MATTOS, J.G. Tipos de auditoria. [S. l.], p. 1-12. dez. 2016. 
MOURA, L.P. Auditoria em enfermagem. [S. l.], p. 1-20. jul. 2019. 
PERIARD.G. O Ciclo PDCA e a melhoria contínua. Disponível em: 
http://www.sobreadministracao.com/o-ciclo-pdca-deming-e-a-melhoria-continua/. 
Acesso em: set. 2021. 
SANTANA, Ricardo Matos. Auditoria em enfermagem: uma proposta 
metodológica / Ricardo Matos Santana, Verônica Gonçalves da Silva. – Ilhéus: 
Editus, 2009. 67p. 
SILVA, W.A. Auditoria em saúde. [S. l.], p. 1-16. jul. 2020. 
SOUZA, L.A.A. ANA MARIA DYNIEWICZ, A.M. KALINOWSKI, L.C. Auditoria: uma 
abordagem histórica eatual. Disponível em: http://sentidounico.com.br/wp-
content/uploads/2018/05/artigo-9.pdf. Acesso em: set. 2021. 
 
44 
 
WATANABE, C.Y.C. KUBOTA, D.Y. LIMA, K.T. AUDITORIA EM ENFERMAGEM: 
importância no processo sistemático do atendimento. Disponível em: 
https://xdocs.com.br/doc/auditoria-em-enfermagem-2017pdf-280qy3vjrdow. 
Acesso em: set. 2021.

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