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PRINCIPIOS CONTRATUAIS (5)

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PRINCIPIOS CONTRATUAIS
PRINCÍPIO DA AUTONONIA DA VONTADE – as pessoas são livres para contratar. Essa liberdade consiste em contratar se quiserem, com quem quiserem e sobre o que quiserem – estão livres para contratar ou não, com quem contratar e estabelecer o conteúdo do contrato. Podem fazer contratos nominados ou inominados – entretanto, esse principio tem aplicabilidade relativa – pois a vida em sociedade obriga as pessoas a contratarem frequentemente – agua, luz, telefone – assim como a escolha do contraente e ainda a liberdade de estabelecer o conteúdo do contrato. ;
PRINCIPIO DA SUPREMACIA DA ORDEM PUBLICA – um limite ao principio da autonomia, a liberdade de estabelecer as clausulas do contrato – artigo 2035 do C.C;
PRINCIPIO DO CONSENSUALISMO – É a manifestação de vontade é a regra, enquanto o formalismo é a exceção – instrumento escrito para venda de automóveis, compra e venda imóveis registro no cartório imobiliário – artigo 107 do CC . Portanto, alguns contratos se efetivam com a vontade das partes, e outros vontade e entrega do objeto. 
PRINCIPIO DA RELATIVIDADE DOS EFEITOS DO CONTRATO – Os efeitos dos contratos se produzem em relação as partes , sem afetar Terceiros – essa regra foi modificada com o código civil de 2002 – que não concebe mais o contrato como instrumento de satisfação de interesses pessoais dos contraentes, mas lhe reconhece sua função social – o Terceiro pode influir se foi diretamente ou indiretamente atingido pelo contrato. 
PRINCIPIO DA OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS – forca vinculante das convenções – a irreversibilidade das palavras – o contrato faz leis entre as partes – isso gera uma segurança para as partes – pacta sund servanda – os contratos so podem ser alterados por força maior ou caso fortuito - artigo 393 do CC. 
PRINCIPIO DA REVISÃO DOS CONTRATOS OU DA ONEROSIDADE EXECESSIVA – a teoria da imprevisão recebeu o nome de clausula da rebus sic stantibus – nos contratos de contratos trato sucessivo, comutativos e de execução diferida prevê uma clausula implícita que o contrato pode ser alterado por acontecimentos extraordinários que o torne excessivamente oneroso para o devedor o seu cumprimento. Gerando o desfazimento do contrato ou sua revisão. 
PRINCÍPIO DA BOA-FE E DA PROBIDADE – artigo 422 do CC – esse principio exige que as partes se comportem de forma correta durante as tratativas, a formação e o cumprimento do contrato. Recomenda ao juiz que presuma a boa –fe objetiva – que impõe ao contratante um padrão de conduta, o de agir com retidão, honestidade e lealdade nos moldes do homem comum, atendidas as peculiaridades dos usos e costumes do lugar – ter ética. Portanto, esse princípio se divide em boa fé objetiva – regra de conduta do CC de 2002 e subjetiva – esta é a concepção psicológica da boa -fe que se leva em consideração o conhecimento ou a ignorância da pessoa em relação a certos fatos – protege aquele que acha que esta agindo de forma adequada – esse tipo de boa –fé era a regra do CC de 1916 – considera a intenção da parte, seu estado psicológico ou sua intima convicção – errônea aparência do ato. 
O STJ proclamou que viola a boa fé objetiva quando um plano de saúde se nega a arcar com uma cirurgia que esta no contrato. Gerando assim dano moral ao agente. A boa fé objetiva se funda em tres artigos – 422, 113 e o 187 do CC. O artigo 422 se funda na lealdade, no comportamento ético do homem comum, cabendo ao juiz definir qual a conduta que deveria ter sido adotada pela parte naquela circunstancia, levando em conta os usos e costumes do lugar. O artigo 113 trata da função de interpretar o contrato – deve ser interpretado de acordo com a boa-fe objetiva, a função social do contrato e a complementação do artigo 112 – nas declarações das vontades se ndera mais a intenção do que o sentido literal da linguagem. Por fim, o artigo 187 – função de controle ou de limite – abuso de direito – comete ato ilícito quem exceder os limites impostos pela boa fé. 
Ha alguns deveres anexos, secundários, como o dever deate informação, de esclarecimento, de conservação, de cooperação – e quando esses deveres são violados constitui uma espécie de inadimplemento, independentemente de culpa. Esses deveres excedem o dever de prestação e derivam diretamente do principio da boa-fé objetiva. 
Uma das principais funções da boa-fe é limitadora – proibição de ‘venire contra factum proprium’ – a teoria dos atos próprios - veda o abuso da posição jurídica – veda o comportamento contrario do comportamento assumido anteriormente – com surpresa e prejuízo a outra parte – conduta contraditória e incoerente – caracterizando quebra de confiança – artigos 422, 187 do CC e Sumula 370 do stj 
Alguns conceitos correlatos a boa –fe objetiva – são conceitos correlatos a boa fé objetiva, oriunda do direito comparado – e devem ser usados com função integrativa, suprindo as lacunas do contrato e trazendo deveres implícitos as partes. 
Supressio – um direito não exercido durante certo lapso de tempo, por falta de iniciativa do credor, não poderá ser mais motivo de exigência, se o devedor teve motivo para pensar que estava extinta a obrigação – artigo 330 do CC; 
Surrecti – é uma outra face da supressio – consiste no nascimento de um direito – a continuada pratica de certos atos em desacordo com o contrato gera o direito de recebe-los – exemplo a distribuição de lucros da empresa. 
Tu quoque – aquele que descumpriu certa norma legal ou contratual não pode exigir do outro o cumprimento do preceito. Aqui se faz a aplicação do mesmo principio da exceção do contrato não cumprido - veda que alguém faça contra o outro o que não faria contra si mesmo. 
Duti to mitigate he loss – mitigação do prejuízo – o principio da boa-fé objetiva deve levar o credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo – muito aplicado nos contratos bancários – inercia dos bancos na expectativa de que a divida atinja valores elevados em função dos juros. Artigos 760 e 771 do CC – Contrato de seguro;
Nachfrist – desconhecido seu conceito na experiência nacional – possibilidade de conceder um prazo suplementar para cumprimento da obrigação – prazo adicional ou período de carência – caso dos pes de galinha.

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