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MAPA CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES

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Classificação dos Crimes 
Crime próprio 
É aquele que só pode ser praticado por pessoas específicas (ex. 
peculato, concussão, corrupção passiva). 
O crime próprio pode ser puro: quando a conduta não é praticada pelo 
sujeito indicado no tipo penal, deixa de ser crime. Exemplo: advocacia 
administrativa (art. 321 do Código Penal) - se não for praticado por 
funcionário público não constitui crime. 
Ou impuro: são aqueles que se não praticados pelo agente descrito no 
tipo, transformam-se em outro ilícito penal, como é o caso de pessoa 
que mata recém-nascido sem ajuda da mãe; neste caso, ela não 
responderá por infanticídio, mas sim por homicídio. 
 
 
 
Crime comum 
É aquele que pode ser praticado por 
qualquer pessoa (ex. homicídio, furto, 
roubo, estupro...) 
Mão própria: 
 Pode ser chamado de atuação pessoal ou conduta 
infungível. É aquele que só pode ser praticado por 
pessoas expressamente indicadas no tipo penal (ex. 
falso testemunho – apenas a testemunha pode 
cometer o crime de falso testemunho). 
QUANTO AO SUJEITO ATIVO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTO AO MOMENTO 
CONSUMATIVO 
Crimes instantâneos: 
A consumação se dá com uma única conduta, não 
produzindo um resultado prolongado no tempo. 
Mesmo que as ações se prolonguem no tempo, o 
resultado é instantâneo. 
Ex.: homicídio, furto, roubo, etc. 
Crimes permanentes 
 São os que se consumam com uma única conduta, 
embora a situação antijurídica gerada se prolongue 
no tempo até quando queira o agente. 
Ex.: sequestro e cárcere privado, extorsão mediante 
sequestro, porte ilegal de arma, entorpecentes, etc. 
 
Crimes instantâneos de efeitos 
permanentes (crimes de estado) 
 São crimes instantâneos com a aparência de 
permanentes em virtude do método de execução 
ex.: bigamia, injúria, matrimônios ilegais, ameaça, 
etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO 
Comissivos: 
São cometidos por intermédio de uma ação, uma 
conduta positiva ex.: estupro. 
Omissivos próprios 
São cometidos por uma abstenção, um deixar de 
fazer. Ex.: omissão de socorro. 
Comissivos por omissão ou omissivos 
impróprios 
É o que exige do sujeito uma concreta atuação 
para impedir o resultado que ele devia (e 
podia) evitar. Exemplo: guia de cego que no 
exercício de sua profissão se descuida e não 
evita a morte da vítima que está diante de 
uma situação de perigo. O agente responde 
pelo crime omissivo impróprio porque não 
evitou o resultado que devia e podia ter 
evitado. Figura do garante – art. 13, §2º, CP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTO À NECESSIDADE DE OCORRÊNCIA DE 
RESULTADO 
Delito de resultado 
O tipo legal prevê um resultado típico, natural ou 
material vinculado à conduta pelo nexo causal. Ex.: 
homicídio, lesão corporal, etc. 
Delito de mera atividade ou conduta 
 O comportamento exaure o conteúdo do tipo 
legal, isto é, a sua simples realização consuma 
o delito. Ex.: injúria, ameaça, violação de 
domicílio, corrupção ativa (333, CP). 
Delito de resultado cortado ou formais 
São crimes delitos de atividade que comportariam 
a ocorrência de um resultado naturalístico, 
embora não exista esse exigência. Ex.: 
prevaricação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crime de dano 
 São os que se consumam com a efetiva lesão ao 
bem jurídico tutelado. É lesão ou prejuízo efetivo e 
perceptível pelos sentidos humanos. 
Crime de perigo 
Se contentam para a consumação com a mera probabilidade de que 
haja um dano. 
Crime de perigo concreto: a probabilidade de ocorrência de um dato 
que necessita ser devidamente provada pelo órgão acusador. 
(disparo de arma de fogo). 
Crime de perigo abstrato: a probabilidade de dano presumida pela 
lei, que independe de prova no caso concreto. (ex.: tráfico de drogas 
e porte de entorpecentes). 
QUANTO ÀS ESPÉCIES DE RESULTADO PRODUZIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTO AO NÚMERO DE AGENTES 
Crime unissubjetivo 
Que podem ser praticados por uma só pessoa. Ex.: 
aborto, extorsão, etc. 
crime plurissubjetivo 
Que somente podem ser cometidos por mais de uma 
pessoa ex.: rixa, associação criminosa, bigamia, etc. 
Crime plurissubjetivo ou convergentes, delitos de 
encontro, crimes de concurso necessário, delitos 
coletivos, crimes multitudinário e crimes de autoria 
múltipla. 
Crime complexo 
É aquele que se dá pela junção de dois ou mais 
tipos penais (ex. roubo – que pode ser furto + lesão 
corporal). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crime simples 
 É aquele que se amolda em um único tipo penal. 
QUANTO À FORMAÇÃO DE TIPOS PENAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIME PROGRESSIVO/PROGRESSÃO CRIMINOSA E 
CRIME HABITUAL 
Crime progressivo 
A intenção do agente é voltada para determinado 
resultado que, passa pelo cometimento de outros 
crimes, como “caminho” para o crime-fim. Ex.: 
homicídio (passa pela lesão). 
Requisitos: a) reiteração de vários fatos; b) identidade ou 
homogeneidade de tais fatos; c) nexo de habitualidade 
entre os fatos. 
Progressão criminosa 
A intenção do agente é a ofensa a determinado bem 
jurídico, mas, deliberadamente progride para outro 
crime. 
Crime habitual 
Pressupõe prática reiterada e contínua de várias ações, 
traduzindo um estilo de vida indesejado pela lei penal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTO AO NÚMERO DE ATOS PARA A 
CONFIGURAÇÃO DO CRIME 
Crimes unissubsistentes 
Para o cometimento do crime admitem um único 
ato. Ex.: injúria verbal. 
Crimes plurissubsistente: 
Exigem para o cometimento do crime vários atos. Ex.: homicídio, 
roubo, furto, estupro e etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTO AO MODO DE EXECUÇÃO PREVISTO 
Crime de forma livre 
São os crimes que podem ser praticados por 
qualquer forma ou modo pelo agente. Ex.: 
homicídio, roubo, etc. 
Crime de forma vinculada 
Tratam dos crimes que somente podem ser 
cometidos pela forma eleita pelo legislador. Ex.: art. 
130, CP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
QUANTO AO SUJEITO PASSIVO 
Crimes vagos – multivitimários ou de vítimas 
difusas 
Crimes vagos são os que não possuem sujeito passivo 
determinado, sendo este a coletividade, sem 
personalidade jurídica. Ex.: crimes contra o respeito à 
memória dos mortos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES REMETIDOS E CRIMES CONDICIONADOS 
Crimes remetidos 
Quanto à forma de construção do tipo 
penal, o legislador remete o intérprete a 
outros tipos penais expressamente. Ex.: uso 
de documento falso (art. 304, CP). 
Crimes condicionados 
Quanto ao elemento constitutivo da 
consumação, são condicionados os 
delitos que dependem do advento de uma 
condição qualquer, prevista no tipo ou 
não. Ex.: crime falimentar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES DE ATENTADO OU DE ARREPENDIMENTO 
Crimes de atentado 
São crimes aos quais o legislador previu no tipo 
penal a forma tentada equiparada à consumada, por 
isso denominam-se crimes de atentado. 
Ex.: art. 352, CP “Evadir-se ou tentar evadir-se o 
preso ou indivíduo submetido a medida de 
segurança detentiva, usando violência contra a 
pessoa.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIMES MILITARES PRÓPRIOS E IMPRÓPRIOS 
Militares próprios 
Cometidos somente por militares, submetidos ao 
Código Penal Militar. 
Militares impróprios 
 Podem ser cometidos por militares e por 
civis, submetem-se ao Código Penal. 
 
CRIMES COMUNS E CRIMES POLÍTICOS 
Por exclusão conceitua-se crimes políticos aqueles que sejam 
previstos na Lei de Segurança Nacional (Lei7.170/1983) e 
que atentam contra o Estado Democrático de Direito. 
Os crimes políticos são de competência da Justiça Federal

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