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32 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola 03. A frase cuja redação está inteiramente correta e apropriada para uma correspondência oficial é: (A) É com muito prazer que encaminho à V. Exª. Os convites para a reunião de gala deste Conselho, em que se fará homenagens a todos os ilustres membros dessa di- retoria, importantíssima na execução dos nossos serviços. (B) Por determinação hoje de nosso Excelentíssimo Chefe do Setor, nos dirigimos a todos os de vosso gabine- te, para informar de que as medidas de austeridade reco- mendadas por V. Sa. já está sendo tomadas, para evitar-se os atrasos dos prazos. (C) Estamos encaminhando a V. Sa. os resultados a que chegaram nossos analistas sobre as condições de funcio- namento deste setor, bem como as providências a serem tomadas para a consecução dos serviços e o cumprimento dos prazos estipulados. (D) As ordens expressas a todos os funcionários é de que se possa estar tomando as medidas mais do que importantes para tornar nosso departamento mais eficiente, na agilização dos trâmites legais dos documentos que passam por aqui. (E) Peço com todo o respeito a V. Exª., que tomeis pro- vidências cabíveis para vir novos funcionários para esse nosso setor, que se encontra em condições difíceis de agi- lizar todos os documentos que precisamos enviar. 04. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é INCORRETO afirmar que: (A) Deve conter o número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede. (B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, o local de onde é expedido e a data em que foi assinado. (C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto do documento. (D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e direta, respeitando-se a formalidade que deve haver nos expedientes oficiais. (E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como por exemplo: Agradeço a V. Sª. a atenção dispensada. 05. Haveria coerência com as ideias do texto e respei- taria as normas de redação de documentos oficiais se o texto apresentado fosse incluído como parágrafo inicial em um ofício complementado pelo parágrafo final e os fechos apresentados a seguir. Solicita-se, portanto, a divulgação desses dados junto aos órgãos competentes. E - Errada C - Correta RESPOSTAS 01-C / 02-B / 03-C / 04-E / 05-C (correta) NOÇÕES DE PROTOCOLO E ARQUIVO: ATAS DE CONSELHO DE CLASSE, ATAS DE RESULTADOS FINAIS E OUTROS. Protocolo e arquivo • Conceito e definição dos Arquivos “O conjunto de documentos produzidos e recebi- dos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades privadas, em decorrência do exercício de ativida- des específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documen- tos” (Art. 2ª da lei nº 8.159/1991). Assim sendo, podemos afirmar que os documentos de arquivo resultam das atividades realizadas pela enti- dade produtora, e devem ser compreendidos dentro do contexto orgânico de produção, a fim de que sejam man- tidas suas características e seus valores de prova. Segundo Luciana Duranti, os documentos de arquivo possuem as seguintes características: a) Imparcialidade: está relacionada ao fato de que a produção documental ocorre em determinado contexto e para determinado fim. Embora sejam redigidos por meio de uma ação humana eles são imparciais, pois são criados para atender um objetivo específico, como por exemplo, a compra de um material; b) Autenticidade: os documentos de arquivo são cria- dos, mantidos e custodiados de acordo com procedimen- tos que podem ser comprovados. c) Naturalidade: os documentos são acumulados de acordo com as atividades da instituição, ou seja, sua acu- mulação ocorre dentro das transações por ela executadas. d) Inter-relacionamento: os documentos estabele- cem relação entre si e com as atividades que o geraram. O documento de arquivo deve ser entendido como peça de todo orgânico e não como elemento isolado de um con- texto. e) Unicidade: cada documento de arquivo tem lugar único na estrutura documental a qual pertence. Este aspec- to não está diretamente relacionado ao número de cópias produzidas, mas sim à função “única” que os documentos executam dentro do contexto organizacional. • Finalidade dos Arquivos Os arquivos possuem duas finalidades: a primeira é servir à administração da entidade que o produziu; a segunda é servir de base para o conheci- mento da história desta entidade. 33 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Eles são utilizados, num primeiro instante, para o cumprimento das atividades administrativas da instituição que o pro- duziu, e constituem, com o decorrer do tempo, em meios de se conhecer oseu passado e a sua evolução. • Função dos Arquivos A função principal dos arquivos é possibilitar o acesso às informações que estão sob sua responsabilidade de guarda, de maneira rápida e precisa. • Classificação dos Arquivos a) Natureza dos documentos: Quanto à natureza dos documentos, classificam-se em especial e especializado O ar- quivo especial é constituído por documentos de diversos formatos, como DVD’s. CD’s, fitas e microfilmes que, devido as características do suporte, merecem tratamento especial quanto ao seu armazenamento e tratamento técnico. O arquivo especializado é constituído por documentos resultantes de uma determinada área do conhecimento humano, indepen- dentemente do suporte onde a informação encontra-se registrada. São exemplos de acervos especializados os arquivos médicos, os arquivos de engenharia, entre outros. b) Extensão: Quanto à extensão os arquivos podem ser setoriais, estabelecidos junto aos setores da instituição, ou arquivos centrais ou gerais que reúnem sob sua guarda documentos provenientes de diversos setores de uma instituição. c) Estágios de evolução: Quanto e estes estágios os arquivos são identificados como correntes, intermediários e permanentes, o que corresponde ao ciclo vital das informações, também chamado de teoria das três idades. A lei nº 8.159/1991, define em seu artigo 8º, estes três estágios da seguinte maneira: Arquivos correntes: são aqueles em curso, ou que, mesmo sem movimentação, constituam objeto de consultas fre- qüentes. Arquivos intermediários: são aqueles que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Arquivos permanentes: conjuntos de documentos de valor histórico, probatório e informativo que devem ser definiti- vamente preservados. d) Entidades mantenedoras: Conforme as características da entidade acumuladora de documentos, estes podem ser divididos em: Arquivos públicos: são aqueles produzidos por instituições públicas nas esferas federal, estadual e municipal. Também são considerados públicos os arquivos acumulados por empresas privadas encarregadas da gestão de serviços públicos. Arquivos privados: são aqueles produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas ativi- dades. (lei nº 8.159/1991, art. 11). Ex.: arquivos comerciais, institucionais, pessoais. Ressalta-se que os arquivos pessoais/familiares, os comerciais e os institucionais também podem ser chamados de arquivos privados. Observação: Tomar cuidado com a diferença de classificação dos documentos de arquivo visto no assunto classificação, codificação e catalogação de papeis e documentos que apesar da semelhança a classificação dos documentos de arquivo também podem ser: Quanto ao gênero (textuais, filmográficos etc), natureza do documento (ostensivo e sigiloso), especie do documento (ata, memorando, oficio), tipologia do documento ( ata de reunião, certidão de casamento, declaração de tal coisa). • Teoria das Três Idades Fundamentada na divisão do ciclo de vida dos documentos em três fases distintas, conforme os valores documentais e a freqüência de uso para a instituição produtora. 34 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliarde Secretaria e Secretário de Escola Valores Documentais O ciclo vital dos documentos agrega dois valores distintos para promover a avaliação documental: o valor primário ou administrativo, presente na primeira e na segunda idade, que deve ser temporariamente preservado por razões administra- tivas, legais ou fiscais; e o valor secundário ou histórico, presente na terceira idade, que diz respeito ao uso dos documentos para outros fins que não aqueles para os quais foram criados. O valor secundário deve ser preservado de maneira definitiva pela instituição ele se divide em probatório (quando comprova a existência, o funcionamento e as ações da instituição) ou informativo (quando contém informações essenciais sobre matérias com que a organização lida, para fins de estudo ou pesquisa). • Arquivos Correntes Os documentos da fase corrente possuem grande potencial de uso para a instituição produtora, e são utilizados para o cumprimento de suas atividades administrativas, como a tomada de decisões, avaliação de processos, controle das tarefas e etc. As principais atividades desempenhadas nesta fase são: protocolo, expedição, arquivamento, empréstimo, consulta e destinação. • Protocolo Os documentos da fase corrente apresentam grande potencial de tramitação dentro das áreas e setores da instituição; para que esta documentação não se perca, é necessário exercer o controle de sua movimentação por meio de instrumentos próprios que garantam sua localização e segurança. Bem, como já vimos para alcançar estas finalidades, o protocolo executa as seguintes atividades: 1 •• Recebimento: inclui a atividade de receber os documentos e efetuar a separação em duas categorias: oficial, que trata de matéria de interesse institucional e particular, que trata de conteúdo de interesse pessoal. Os documentos oficiais são divididos em ostensivos e sigilosos. Aqueles de natureza ostensiva deverão ser abertos e analisados. No momento da análise, deverá ser verificada a existência de outros registros relacionados ao documento recebido, para se fazer a devida referência. Os documentos de natureza sigilosa e aqueles de natureza particular deverão ser encaminhados diretamente aos respectivos destinatários. 35 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola 2 •• Registro: os documentos recebidos pelo protoco- lo são registrados em formulários ou em sistemas eletrôni- cos, nos quais serão descritos os dados referentes ao seu número, nome do remetente, data e assunto, espécie, entre outros elementos. 3 •• Autuação: após o registro, os documentos são nu- merados (autuados) conforme sua ordem de chegada ao arquivo. A palavra autuação também significa a criação de processo. 4 •• Classificação: análise e identificação do conteú- do de documentos, seleção da categoria de assunto sob a qual sejam recuperados, podendo atribuir a eles códigos. Esta tarefa é executada com o auxílio do plano de classifi- cação, caso a instituição possua esse instrumento. 5 •• Movimentação (expedição/distribuição): con- siste na entrega dos documentos aos respectivos desti- natários. A distribuição é a remessa dos documentos aos setores de trabalho, enquanto que a expedição consiste na remessa externa desses documentos. 6 •• Controle da tramitação: são as operações des- tinadas a registrar a localização do documento dentro da instituição. Tal controle pode ser executado por meio de cadernos de protocolo ou por meio de sistemas eletrôni- cos, estes garantem maior segurança e agilidade ao pro- cesso de controle de tramitação. • Arquivamento de Documentos O arquivamento consiste na guarda dos documentos em lugares próprios, como caixas e pastas, de acordo com um método de ordenação previamente estabelecido, e na guarda destas embalagens (caixas e pastas) em mobiliários específicos, como estantes e arquivos de aço. Para que os arquivos se tornem acessíveis é necessário que eles sejam corretamente arquivados de maneira a agilizar sua recu- peração. Antes do arquivamento, os documentos devem ser devidamente classificados de acordo com a função ou atividade a que se referem; esta tarefa é executada com o auxílio do plano de classificação. • Plano de classificação Instrumento que reflete as funções/atividades da em- presa que deram origem aos documentos, ele serve para orientar a operação de arquivamento e recuperação da informação. O plano tem a finalidade de classificar todo e qualquer documento produzido ou recebido pela insti- tuição no exercício de suas atividades. A classificação por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os docu- mentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacionadas ao processamento técnico da informação. Para ilustrar este instrumento segue abaixo um exemplo de Plano de Classi- ficação utilizado pelo Poder Executivo Federal. Modelo de Plano de Classificação 000 – ADMINISTRAÇÃO GERAL 001 – MODERNIZAÇÃO E REFORMA ADMINISTRATI- VA. 010 – ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO 012 – COMUNICAÇÃO SOCIAL 034 – MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAL • Operações de Arquivamento Tendo em vista a importância de se guardar correta- mente os documentos de arquivo, visando a sua localiza- ção, faz-se necessária a adoção das seguintes operações de arquivamento: •• inspeção: exame do documento para verificar a existência de despacho que indique se o ele seguirá para o arquivamento. •• estudo: leitura do documento para verificar a en- trada que será atribuída, a existência de outros documen- tos que tratam de matéria semelhante. •• classificação: análise e identificação do conteúdo de documentos, seleção da categoria de assunto sob a qual sejam recuperados. •• codificação: inserção de códigos nos documentos de acordo com o método de arquivamento adotado: le- tras, números, cores. •• ordenação: é a disposição dos documentos de acordo com a classificação e a codificação dadas. Para fa- cilitar a ordenação os documentos podem ser dispostos em pilhas ou escaninhos. •• guarda de documentos: é a colocação do docu- mento na respectiva pasta, caixa, arquivo ou estante. Métodos de Arquivamento Para que os documentos de arquivo estejam acessí- veis é necessário que eles sejam bem\rordenados e ar- quivados. O arquivamento é feito por meio de métodos específicos que\rchamamos de métodos de arquivamen- to. A escolha mais adequada do método de arquivamento depende da natureza dos documentos\ra serem arquiva- dos e da estrutura da organização acumuladora. A insti- tuição adotar quantos\rforem necessários para bem orga- nizar seus documentos.\r\ra) Metodo de arquivamento padronizado varia- dex: utiliza a combinação de cores e letras para o arqui- vamento dos documentos.\rCada sequência de letras re- cebe uma cor específica.\r\r Exemplos: sequência a,b,c,d,e............. prata\rsequência f,g,h,i,j....................... ouro\r\r b) métodos básicos: dividem-se em alfabético, geo- gráfico, numérico e ideográfico.\r\r •• alfabético: utiliza o nome como elemento principal de busca. A ordenação dos nomes é\rfeita de acordo com as regras de alfabetação.\r 36 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola •• geográfico: utiliza o local ou a procedência do documento como elemento principal de\rbusca. O método geográ- fico organiza os documentos conforme dois seguintes critérios: por\restado, país ou cidade.\r•• alfabético: utiliza o nome como elemento principal de busca. A ordenação dos nomes é feita de acordo com as regras de alfabetação.\r •• numérico: utiliza números para a recuperação da informação.\rDivide-se em simples, cronológico e dígito-termi- nal\r\rSimples: os documentos recebem um número de acordo com a sua ordem de entrada\rou registro no arquivo, sem qualquer preocupação com a ordem alfabética.\r\r Cronológico: utiliza número e data como forma de localização da informação.\r\r Dígito-terminal: os documentos são arquivados conforme uma seqüência numérica composta\rdeseis dígitos que são divididos em três pares. A leitura da sequência se dá\rda direita para a esquerda.\rEx.: o número 170482 será divido em três pares que serão lidos da direita\rpara esquerda, sendo 82 o primeiro par, 04 o segundo e 17 o terceiro.\r\r •• ideográfico: distribui os documentos conforme os assuntos a que eles se referem. Divide0se\rem:\r •• alfabético: os assuntos são divididos conforme a ordenação dicionária e a ordenação\renciclopédica. •• numérico: os assuntos recebem números específicos. Divide-se em decimal, duplex e unitermo. MÉTODOS DE ARQUIVAMENTO Com base na análise cuidadosa das atividades da instituição, aliada à observação de como os documentos são solicita- dos ao arquivo, é possível definir-se o método principal a ser adotado e quais os seus métodos auxiliares. Em cada caso pode-se organizar os Arquivos em: a) Ordem Alfabética b) Ordem Geográfica c) Ordem Numérica d) Ordem Ideográfica (de assunto) Essas duas classes pertencem a dois grandes sistemas: direto e indireto. • Sistema direto é aquele em que a busca é realizada diretamente no local onde estão guardados os documentos. • Sistema indireto é aquele em que, para se”ter acesso aos documentos guardados, primeiro têm se de consultar um índice ou código. 37 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Fonte: http://concurseirosdemaceio.blogspot. com/2014/11/tecnicas-de-arquivamento-classificacao. html ATAS DE CONSELHO DE CLASSE O Conselho de Classe se insere nos instrumentos cole- tivos de controle da ação educativa na escola. Ele é com- posto por todos os professores de cada turma que de- vem observar atentamente todos os alunos matriculados naquele ano escolar, pautando seu trabalho pela justiça, fraternidade, competência técnica, razoabilidade, propor- cionalidade e humanidade. O processo de desenvolvimento da aprendizagem deve ser objeto de rigorosa verificação e análise pelo Con- selho de Classe, soberano em suas decisões, obrigatório a cada bimestre letivo, composto por professores, coorde- nação pedagógica, representante dos alunos, dos pais, do conselho escolar e dos demais agentes educativos. O Conselho de Classe, além de cumprir o disposto no artigo 6º da Resolução CEE nº 194/2005, deve avaliar o processo de desenvolvimento da aprendizagem de todos os alunos de cada turma, separada e individualmente, to- mando as medidas que se fizerem necessárias para o seu aprimoramento e para a recuperação imediata daqueles que apresentarem dificuldades, qualquer que seja a sua natureza. Após cada Conselho de Classe, todos os pais ou res- ponsáveis devem ser comunicados, em reunião pedagógi- ca, do desenvolvimento da aprendizagem de seus filhos, e sobre as estratégias e medidas a serem tomadas, visando seu aprimoramento. Os Conselhos de Classe e as reuniões pedagógicas de que tratam os artigos 7º e 8º, da Resolução CEE nº 194/2005 de que participam os pais, os professores e os alunos, são considerados como atividades de efetivo trabalho escolar, integrantes dos dias letivos constantes do calendário de cada unidade escolar. As decisões do Conselho de Classe são soberanas e só podem ser revisadas e/ou modificadas por ele mesmo, mediante recurso interposto pelo interessado ou por seu representante legal, no prazo estabelecido no regimento escolar, que não pode ser inferior a 5 (cinco) dias, ficando vedada toda e qualquer ingerência ou interferência em sua autonomia e soberania, cabendo recurso ao Conselho Es- tadual de Educação. Ao final de cada semestre letivo, o Conselho de Classe deve realizar amplo debate sobre o processo pedagógi- co, o ensino ministrado, a aprendizagem, a avaliação, a re- cuperação paralela, desenvolvidos ao longo de seu curso, promovendo as mudanças e adaptações que se fizerem necessárias, com vistas ao seu aprimoramento, durante o semestre seguinte. Ao término do ano letivo, o Conselho de Classe deve realizar análise global sobre o desenvolvimento de cada aluno, ao longo de seu curso, tendo como parâmetros os aspectos elencados no artigo 4º da Resolução CEE nº 194/2005, com a finalidade de avaliar se ele dispõe de con- dições adequadas de ser promovido para o ano escolar se- guinte ou mais elevado, de forma integral ou parcial. Conforme § 1º, art.12 da Resolução CEE nº 194/2005, a conclusão do Conselho de Classe, por qualquer uma das alternativas possíveis, necessariamente, tem de ser circuns- tanciada, motivada e anotada, em seu inteiro teor, em ata própria e na ficha individual do aluno. Conforme § 2º, art. 12 da Resolução CEE nº 194/2005, a conclusão de que trata o § 1º deve constar, de forma sinté- tica, no histórico escolar e nos diários de classe. As reuniões do Conselho de Classe devem ser devida- mente registradas, em documento próprio, por secretário designado para isso, dando-se ciência de seu inteiro teor a todos os interessados, no prazo de 5 (cinco) dias contados a partir de sua realização. O registro feito em ata deve ser circunstanciado e motivado, isto é, sem discriminação. Por exemplo, esse registro não pode ser feito assim “A – bom aluno, Z – péssimo aluno”. É preciso que se diga com so- briedade por que um é considerado bom aluno e o outro é considerado péssimo aluno. Devem-se evitar análises sub- jetivas, morais ou preconceituosas. Como o processo de aprendizagem tem por objetivo contribuir para o pleno desenvolvimento do aluno, é veda- da sua dispensa, pelo Conselho de Classe, da análise global de que trata o artigo 12 da Resolução CEE nº 194/2005, quaisquer que sejam as notas ou conceitos por ele obtidos, ao longo do ano letivo. Os assuntos abordados, durante o Conselho de Classe deverão ser registrados detalhadamente em ata, constan- do, se for o caso, o nome do aluno, disciplina(s), avaliações, medidas tomadas, obedecendo às normas regimentais. A ata deve ser assinada por todos que participaram do Con- selho de Classe. O conselho de classe deve tomar medidas para garan- tir a aprendizagem do estudante, por isso, ele se reúne com regularidade, seu objetivo é ajudar todos a concluir com êxito e sucesso seus estudos. Mas, na maioria das vezes, ele é formal e burocrático e analisa somente notas e mé- dias. Ele deve ir, além disso. Deve propor procedimentos pedagógicos e didáticos para melhorar o rendimento da sala analisada. Os procedimentos decididos devem estar previstos no Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar. É comum a escola ter um regimento e não o se- guir, se isso ocorrer, todo o procedimento deve ser anula- do, pois não decorre de norma aprovada pela escola. É comum, o Conselho Estadual de Educação receber inúmeros processos sobre os conselhos de classe, mas o CEE não delibera sobre nota ou conceito, porém pode mandar refazer a avaliação quando o Conselho de Clas- se for subjetivo e superficial em sua análise ou que não obedecer as normas do regimento escolar. O Conselho de Classe é um espaço educativo é deve ter como objetivo ensinar a todos, de acordo com seu modo, seu estilo e seu tempo próprio de aprendizagem. Portanto, o Conselho de Classe não é, e não pode ser o tribunal da escola, ele deve ser o espaço da gestão democrática da aprendizagem. 38 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola ATA DO CONSELHO DE CLASSE Aos dias _________ do mês de ______________ do ano de ___________ reuniram-se o(a) Diretor(a) ________________________________________________________________, Secretária(o) _______________________________________ _______________________ Coordenador(a)Pedagógico(a)_________________________________________________ Comissão de Professo- res____________________________________________, representantes de pais e alunos ___________________________________________ ___ ______________________________________________________________________ para avaliarem os alunos ________________________________ ___________________ da ____________série, turno___________ turma ___________. Atade resultados finais ATA DE RESULTADOS FINAIS Ata de Resultados Finais é o principal documento de escrituração escolar onde se registra o resultado final da situação do aluno no ano letivo, sendo o documento que legitima sua vida escolar e que servirá de base para expedição do Histórico Escolar, Certificado e Transferência. As Atas de Resultados Finais devem ser elaboradas ou impressas através do SIGE, sem rasuras e abreviaturas. A relação nominal dos alunos deve estar de acordo com o Diário de Classe. No espaço destinado ao Resultado Final deverão constar as notas obtidas pelo aluno em conformidade com as registradas nos canhotos. A nomenclatura das áreas de conhecimento ou disciplinas deve ser registrada conforme o estabelecido na Matriz Curricular aprovada. A data de encerramento do processo de avaliação deve ser a data do último dia de atividade previsto no Calendário Escolar. No termo de encerramento deve constar a data da elaboração do documento e os espaços em branco devem ser cancelados. As Atas de Resultados Finais devem ser conferidas e assinadas pelo diretor e pelo secretário geral, cabendo-lhes inteira responsabilidade por esses atos. Após sua compatibilização pelo técnico da subsecretaria da jurisdição, essa documentação deverá ser encadernada em modelo brochura, sem rasuras e abreviatura e arquivada na unidade escolar. Ata de Resultados Finais: o que deverá conter: - Nome da instituição, dia, mês e ano da conclusão da série ou etapa. - Forma de organização do ensino (série, ciclo, turma e turno). - Níveis e modalidades. - Nome dos alunos por extenso, organizados em ordem alfabética, exatamente igual ao registrado no diário de classe que por sua vez deve estar conforme a certidão de nascimento ou casamento. - Apontamento de disciplinas. - Resultado final (aprovados, reprovados, afastados por transferência e abandono). - Assinaturas do diretor e do secretário escolar. Outras atas A Ata Descritiva: caracteriza-se por uma forma própria de ser elaborada. Para que considere todos os aspectos im- portantes e necessários, observe as seguintes orientações. Registra, de forma exata e sistemática, as ocorrências e decisões tomadas nas assembleias, reuniões ou sessões realizadas por comissões, conselhos, congregações corporações ou outras entidades semelhantes.\r - No termo de abertura do livro de Atas, deve constar o nome da instituição de ensino, conforme ato de criação, o nome do Estado, do Município onde está situado, data e ano, as ocorrências, decisões e encaminhamentos e ao final, a assinatura do secretário e do diretor da instituição de ensino e de todos os presentes. \r- Por ser de valor formal, a Ata deve ser lavrada de tal maneira que seja inviável introduzir modificações posteriores. Não se fazem parágrafos ou se deixam espaços entre as palavras.\r- A Ata é lançada em livro próprio devidamente autenti- cado, cujas páginas são rubricadas e numeradas.\r\r-Existem tipos de Atas que, por se referirem a rotinas e procedimentos padronizados, são lançadas em formulário com lacunas a serem preenchidas. Nesse tipo de Ata, é imprescindível prevenir qualquer tipo de fraude, preenchendo os eventuais espaços em branco com traços ou outros sinais convencionais. Nesse caso, também se registra o número da página e rubrica-se cada folha\r- Na Ata não se aceitam rasuras, para ressalvar erro constatado durante a redação, usa-se a palavra “DIGO”, depois da palavra errada, repetindo-se a palavra ou expressão de forma correta. (ex.: aos doze dias do mês de setembro, digo, do mês de outubro ...).\r\r- Ao ser constatado erro ou omissão após a redação, usa-se a expressão “EM TEMPO”, que é escrito após o texto da Ata, seguindo-se a emenda ou acréscimo: (ex.: em tempo onde se lê “abono”, leia-se “abandono”). - A Ata deve ser escrita por um secretário efetivo do órgão ou, na falta desse, por um secretário ad hoc, isto é, eventual, designado na ocasião. - A Ata é um registro fiel dos fatos ocorridos em determinado evento e sua linguagem deve ser simples, clara, precisa e concisa. 39 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Ata de eliminação de documentos É um procedimento peculiar à rotina escolar que obje- tiva a racionalização do espaço físico.\r• após análise, uma comissão poderá decidir pela eliminação de documentos escolares nos seguintes casos: • tenham sido dispensados por lei e/ou normas espe- cíficas; • tenham perdido a validade, em virtude do tempo de- corrido; • constituam duplicidade, ressalvada a existência dos documentos de registro individual do aluno e de docu- mentos de registro coletivo; • tenham se tornado dispensável, vencidos os prazos de guarda estabelecidos;\r• tenham sido reconstituídos. • a ficha individual do aluno deve ser eliminada, após a transcrição de dados para o histórico escolar, exceto aque- las cujos dados não podem ser transcritos. • a eliminação de documentos escolares deve ser rea- lizada de modo a assegurar sua total descaracterização, mediante processo indicado pela comissão constituída para este fim;\r• a comissão de eliminação de documen- tos escolares deve registrar em ata própria a especificação dos documentos eliminados, indicação de livros nos quais constam registros referentes aos documentos eliminados, se for o caso, e, ainda, constar a data e assinatura de seus membros;\r• ata de eliminação de documentos escola- res deve ser lavrada, observando as informações mínimas abaixo relacionadas: • número de ordem: sequência numérica; • relação dos documentos eliminados; • especificação quantos documentos; • etapa, nível e modalidade de ensino referentes aos documentos que estão sendo eliminados;\r• ciclo/ano/ série/semestre/segmento/período ou módulo, quando se referir aos documentos da Educação de Jovens e Adultos e módulo da Educação Profissional;\r• semestre e ano letivo correspondente aos documentos que estão sendo elimi- nados; • observações pertinentes; • cidade/estado e data; • assinaturas e nomes dos componentes da comissão de eliminação de documentos.\r Segundo estudiosos, a origem da palavra arquivo tem duas vertentes: a primeira diz que é originária do grego arché (palácio dos magistrados), passando depois a se chamar archeion (local utilizado para guardar e depositar documentos); e a segunda, que é originária do latim, archi- vum, quer dizer: local de guarda de documentos e outros títulos. O art. 2º da Lei nº 8.159/91 que: “dispõe sobre a políti- ca nacional de arquivos públicos e entidades privadas e dá outras providências”, traz a seguinte definição: “Consideram-se arquivos, para os fins desta lei, os con- juntos de documentos produzidos e recebidos por órgãos públicos, instituições de caráter público e entidades priva- das, em decorrência do exercício de atividades específicas, bem como por pessoa física, qualquer que seja o suporte da informação ou a natureza dos documentos.” Outras definições de arquivo: “designação genérica de um conjunto de documentos produzidos e recebidos por uma pessoa física ou jurídica, pública ou privada, caracterizado pela natureza orgânica de sua acumulação e conservado por essas pessoas ou por seus sucessores, para fins de prova ou informação”, CO- NARQ. “É o conjunto de documentos oficialmente produzidos e recebidos por um governo, organização ou firma, no de- correr de suas atividades, arquivados e conservados por si e seus sucessores para efeitos futuros”, Solon Buck (Souza, 1950) (citado por PAES, Marilena Leite, 1986). “É a acumulação ordenada dos documentos, em sua maioria textuais, criados por uma instituição ou pessoa, no curso de sua atividade, e preservados para a consecução dos seus objetivos, visando à utilidade que poderão oferecer no futuro.” (PAES, Marilena Leite, 1986). Obs.: O termo arquivo, em suas várias acepções, também é usado para designar: entidade; mobiliário; setor; repartição; conjunto documental; local físico designado para conservar o acervo; órgão do governo; títulode periódicos, etc. Finalidade e Função do Arquivo A principal finalidade do arquivo é servir como fonte de consulta à administração, pois, constitui-se em sua essência, em documentos produzidos e/ou recebidos pela entidade mantenedora do acervo, podendo, com o passar do tempo, servir de base para o conhecimento da História. O arquivo tem como função principal: tornar acessível/ disponível a informação contida no acervo documental sob sua guarda aos diversos consulentes e, como função básica: armazenar, guardar e conservar os documentos. Características do arquivo a) o arquivo possui essência funcional/administrativa, constituindo-se na maioria das vezes de um único exemplar ou de um limitado número de cópias; b) conteúdo exclusivamente formado por documentos produzidos e/ou recebidos por uma entidade, família, setor, repartição, pessoa, organismo ou instituição; c) tem origem no desempenho das atividades que o gerou (servindo de prova) e; d) possui caráter orgânico, ou seja, relação entre documentos de arquivo pertencentes a um mesmo conjunto (um documento possui muito mais valor quando está integrado ao conjunto a que pertence do que quando está desagregado dele). Obs.: Segundo PAES, “não se considera arquivo uma coleção de manuscritos históricos, reunidos por uma pessoa”. Arquivo, biblioteca e museu, respectivamente vinculados à Arquivologia, Biblioteconomia e Museologia, embora sejam ramificações da Ciência da Informação, distingue-se basicamente pelos seguintes aspectos: 40 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola O “boom” da informação, consequência do progresso científico e tecnológico (século XIX), possibilitou o surgimento de diversas profissões, especializações, descobertas, invenções etc., resultando na criação/produção de novos documentos e seus variados suportes. Originou-se a partir daí os chamados Centros de Documentação ou Centros de Informação (órgãos responsáveis pela reunião, análise, tratamento técnico, classificação, seleção, armazenamento e disseminação de todo e qualquer tipo de documento e informação). Neles se reúnem documentos de arquivo, biblioteca e museu, ou seja, são centros formados por elementos pertencentes as três entidades citadas. Arquivos Públicos Segundo a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, art.7º, Capítulo II, que dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências: “Os arquivos públicos são os conjuntos de documentos produzidos e recebidos, no exercício de suas atividades, por órgãos públicos de âmbito federal, estadual, do distrito federal e municipal, em decorrência de suas funções administrativas, legislativas e judiciárias”. Igualmente importante, os dois parágrafos do mesmo artigo diz: “§ 1º São também públicos os conjuntos de documentos produzidos e recebidos por instituições de caráter público, por entidades privadas encarregadas da gestão de serviços públicos no exercício de suas atividades. § 2º A cessação de atividades de instituições públicas e de caráter público implica o recolhimento de sua documentação à instituição arquivística pública ou a sua transferência à instituição sucessora.» Atenção! Todos os documentos produzidos e/ou recebidos por órgãos públicos ou entidades privadas (revestidas de caráter público – mediante delegação de serviços públicos) são considerados arquivos públicos, independentemente da esfera de governo. Ex: Arquivos Públicos das esferas: federal, estadual, distrito federal e municipal. Obs.: Conforme o art. 175 inserido na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988: “Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”, ou seja, a titularidade dos serviços públicos é do poder público, mas, estes serviços, poderão ser exercidos indiretamente pelo particular (entidades privadas) mediante concessão ou permissão. Arquivos Privados Segundo o art. 11 da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991: “Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em decorrência de suas atividades.” Para elucidar possíveis dúvidas na definição do referido artigo, a pessoa jurídica a qual o enunciado se refere diz respeito à pessoa jurídica de direito privado, não se confundindo, portanto, com pessoa jurídica de direito público, pois os órgãos que compõe a administração indireta da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, são também pessoas jurídicas, destituídas de poder político e dotadas de personalidade jurídica própria, porém, de direito público. Exemplos: • Institucional: Igrejas, clubes, associações, etc. • Pessoais: fotos de família, cartas, originais de trabalhos, etc. • Comercial: companhias, empresas, etc.1 1 Fonte: www.editorajuspodivm.com.br – Texto adaptado de George Melo Rodrigues 41 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Arquivística A arquivística é uma ciência que estuda as funções do arquivo, e também os princípios e técnicas a serem observados durante a atuação de um arquivista sobre os arquivos. É a Ciência e disciplina que objetiva gerenciar todas as informações que possam ser registradas em documentos de arquivos. Para tanto, utiliza-se de princípios, normas, técnicas e procedimentos diversos, que são aplicados nos processos de composição, coleta, análise, identificação, organização, processamento, desenvolvimento, utilização, publicação, fornecimento, circulação, armazenamento e recuperação de informações. O arquivista é um profissional de nível superior, com formação em arquivologia ou experiência reconhecida pelo Estado. Ele pode trabalhar em instituições públicas ou privadas, centros de documentação, arquivos privados ou públicos, instituições culturais etc. É o responsável pelo gerenciamento da informação, gestão documental, conser- vação, preservação e disseminação da informação contida nos documentos. Também tem por função a preservação do patrimônio documental de uma pessoa (física ou jurí- dica), institução e, em última instância, da sociedade como um todo. Ocupa-se, ainda, da recuperação da informação e da elaboração de instrumentos de pesquisa, observan- do as três idades dos arquivos: corrente, intermediária e permanente. O arquivista atua desenvolvendo planejamentos, estu- dos e técnicas de organização sistemática e conservação de arquivos, na elaboração de projetos e na implantação de instituições e sistemas arquivísticos, no gerenciamen- to da informação e na programação e organização de ati- vidades culturais que envolvam informação documental produzida pelos arquivos públicos e privados. Uma grande dificuldade é que muitas organizações não se preocupam com seus arquivos, desconhecendo ou desqualificando o trabalho deste profissional, delegando a outros profissio- nais as atividades específicas do arquivista. Isto provoca problemas quanto à qualidade do serviço e de tudo o que, direta ou indiretamente, depende dela. Arquivo é um conjunto de documentos criados ou recebidos por uma organização, firma ou indivíduo, que os mantém ordenadamente como fonte de informação para a execução de suas atividades. Os documentos preservados pelo arquivo podem ser de vários tipos e em vários suportes. As entidades mantenedoras de arquivos podem ser públicas (Federal, Estadual Distrital, Municipal), institucionais, comerciais e pessoais. Um documento (do latim documentum, derivado de docere “ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo gráfico, que comprove a existência de um fato, a exatidão ou a verdade de uma afirmação etc. No meio jurídico, documentos são frequentemente sinônimos de atos, cartas ou escritos que carregam um valor probatório. Documento arquivístico: Informação registrada, independente da forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer da atividade de uma instituição ou pessoa e quepossui conteúdo, contexto e estrutura suficientes para servir de prova dessa atividade. Desde o desenvolvimento da Arquivologia como disciplina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez nada tenha sido tão revolucionário quanto o desenvolvimento da concepção teórica e dos desdobramentos práticos da gestão. PRINCÍPIOS: Os princípios arquivísticos constituem o marco principal da diferença entre a arquivística e as outras “ciências” do- cumentárias. São eles: Princípio da Proveniência: Fixa a identidade do do- cumento, relativamente a seu produtor. Por este princípio, os arquivos devem ser organizados em obediência à com- petência e às atividades da instituição ou pessoa legitima- mente responsável pela produção, acumulação ou guarda dos documentos. Arquivos originários de uma instituição ou de uma pessoa devem manter a respectiva individuali- dade, dentro de seu contexto orgânico de produção, não devendo ser mesclados a outros de origem distinta. Princípio da Organicidade: As relações administra- tivas orgânicas se refletem nos conjuntos documentais. A organicidade é a qualidade segundo a qual os arquivos es- pelham a estrutura, funções e atividades da entidade pro- dutora/acumuladora em suas relações internas e externas. Princípio da Unicidade: Não obstante, forma, gênero, tipo ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu caráter único, em função do contexto em que foram pro- duzidos. Princípio da Indivisibilidade ou integridade: Os fundos de arquivo devem ser preservados sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não autorizada ou adição indevida. Princípio da Cumulatividade: O arquivo é uma for- mação progressiva, natural e orgânica. Gestão e Organização Administrar, organizar e gerenciar a informação é, hoje, uma preocupação entre as empresas e entidades públicas e privadas de pequeno, médio e grande porte de diversos segmentos, que encontram na Tecnologia da Gestão de Documentos uma poderosa aliada para a tomada de decisões e um facilitador para a gestão de suas atividades. A Gestão de Documentos é também um caminho seguro, rápido e eficiente para as empresas se destacarem dos seus concorrentes e conquistarem certificações. A Gestão de Documentos contribui no processo de Acreditação e Certificação ISO, porque assegura que a informação produzida e utilizada será bem gerenciada, garantindo a confidencialidade e a rastreabilidade das informações, além de proporcionar benefícios como: racionalização dos espaços de guarda de documentos, eficiência e rapidez no desenvolvimento das atividades diárias e o controle do documento desde o momento de sua produção até a destinação final. 42 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Com relação à Acreditação, a Gestão de Documentos é fator determinante também para cumprir a Resolução 1.639/2002, do Conselho Federal de Medicina, onde é definido que os prontuários médicos são de guarda definitiva e, portanto, não podem ser descartados sem o devido planejamento de como garantir a preservação das informações. Administrar e gerenciar documentos, a partir de conceitos da Gestão Documental, proporciona às empresas privadas e entidades públicas maior controle sobre as informações que produzem e recebem. A implantação da Gestão de Documentos associada ao uso adequado da microfilmagem e das tecnologias do GED (Gerenciamento Eletrônico de Documentos) deve ser efetiva visando à garantia no processo de atualização da documentação, interrupção no processo de deterioração dos documentos e na eliminação do risco de perda do acervo, através de backup ou pela utilização de sistemas que permitam acesso à informação pela internet e intranet. A eficiente gestão dos arquivos públicos municipais contribui para uma melhor administração dos recursos das cidades e municípios, além de resguardar os mesmos de penalidades civis e administrativas, que estes estão sujeitos se não cumprirem a legislação em vigor ou ainda, se destruírem documentos de valor permanente ou de interesse público e social. A Gestão de Documentos no âmbito da administração pública atua na elaboração dos planos de classificação dos documentos, TTD (Tabela Temporalidade Documental) e comissão permanente de avaliação. Desta forma é assegurado o acesso rápido à informação e preservação dos documentos. Protocolo: recebimento, registro, distribuição, tramitação e expedição de documentos. Para que todo esse processo acima seja desenvolvido é necessário trabalhar com a gestão de documentos, que nada mais é que um conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para a guarda permanente. Protocolo é a denominação geralmente atribuída a setores encarregados do recebimento, registro, distribuição e movimentação dos documentos em curso. É de conhecimento comum o grande avanço que a humanidade teve nos últimos anos, avanços esses que contribuíram para o aumento da produção de documentos. Cabe ressaltar que tal aumento teve sua importância para a área da arquivística, no sentido de ter despertado nas pessoas a importância dos arquivos. Entretanto, seja por descaso ou mesmo por falta de conhecimento, a acumulação de massas documentais desnecessárias foi um problema que foi surgindo. Essas massas acabam por inviabilizar que os arquivos cumpram suas funções fundamentais. Para tentar sanar esse e outros problemas, que é recomendável o uso de um sistema de protocolo. É sabido que durante a sua tramitação, os arquivos correntes podem exercer funções de protocolo (recebimento, registro, distribuição, movimentação e expedição de documentos), daí a denominação comum de alguns órgãos como Protocolo e Arquivo. No entanto, pode acontecer de as pessoas que lidam com o recebimento de documentos não saberem, ou mesmo não serem orientadas sobre como proceder para que o documento cumpra a sua função na instituição. Como alternativa para essa questão, sistemas de base de dados podem ser utilizados, de forma que se faça o registro dos documentos assim que eles cheguem às repartições. Algumas rotinas devem ser adotadas no registro documental, afim de que não se perca o controle, bem como administrar problemas que facilmente poderiam ser destaca-se: Receber as correspondências, separando as de caráter oficial da de caráter particular, distribuindo as de caráter particular a seus destinatários. Separar as correspondências de caráter ostensivo das de caráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos seus respectivos destinatários; Tomar conhecimento das correspondências de caráter ostensivos por meio da leitura, requisitando a existência de antecedentes, se existirem; Classificar o documento de acordo com o método da instituição, carimbando-o em seguida; Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao protocolo. Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando a segunda via da ficha ao documento; Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora com os dados das fichas de protocolo; Arquivar as fichas de protocolo. A tramitação de um documento dentro de uma instituição depende diretamente se as etapas anteriores foram feitas da forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com o auxílio do protocolo, saber sua exata localização, seus dados principais, como data de entrada, setores por que já passou, enfim, acompanhar o desenrolar de suas funções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro da instituição, acelerando assim, processos que anteriormente encontravam dificuldades, como a não localização de documentos, não se podendo assim, usá-los no sentido de valor probatório, por exemplo. Após cumprirem suas respectivas funções, os documentos devem ter seu destino decidido, seja este a sua eliminação ou recolhimento. É nesta etapa que a expedição de documentos torna-se importante, pois pormeio dela, fica mais fácil fazer uma avaliação do documento, podendo-se assim decidir de uma forma mais confiável, o destino do documento. Dentre as recomendações com relação à expedição de documentos, destacam-se: Receber a correspondência, verificando a falta de anexos e completando dados; Separar as cópias, expedindo o original; Encaminhar as cópias ao Arquivo. 43 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola É importante citar que essas rotinas são apenas sugestões, afinal, cada instituição desenvolverá os processos próprios, no entanto, a aplicação dessas rotinas inquestionavelmente facilita todo o processo de protocolo e arquivo. Sistemas de Classificação Os principais Sistemas ou Tipos de classificação utilizados em arquivos são: Classificação Alfabética Classificação Numérica Classificação Alfa-numérica Classificação Cronológica Classificação Geográfica Classificação Ideológica Classificação Decimal Classificação Decimal Universal (CDU) Classificação Automática A indexação é a operação que consiste em descrever e caracterizar um documento com o auxilio de representações dos conceitos contidos nesses documentos, isto é, em transcrever para linguagem documental os conceitos depois de terem sido extraídos dos documentos por meio de uma análise dos mesmos. A indexação permite uma pesquisa eficaz das informações contidas no acervo documental. A indexação conduz ao registro dos conceitos contidos num documento de uma forma organizada e facilmente acessível, mediante a constituição de instrumentos de pesquisa documental como índices e catálogos alfabéticos de matérias. A informação contida num documento é representada por um conjunto de conceitos ou combinações de conceitos. A indexação processa-se em duas fases: a. Reconhecimento dos conceitos que contêm informação: • Apreensão do conteúdo total do documento; • Identificação dos conceitos que representam esse conteúdo; • Seleção dos conceitos necessários para uma pesquisa posterior. b. Representação dos conceitos em linguagem documental com o auxílio dos instrumentos de indexação: • Servem ao indexador para indexar o documento; • Servem ao utilizador para recuperar a informação; • Contribuem para a uniformidade e consistência da indexação; Nos arquivos e centros, ou serviços de documentação, utilizam-se, normalmente, a indexação coordenada e a indexação por temas. Os parâmetros a ter em conta para realizar tarefa de indexação são: a) Exaustividade • Todos os assuntos (conceitos) de que trata o documento estão representados na indexação; • Não existe seleção de termos. Especificidade. • A descrição do conteúdo traduz, o mais próximo possível, a informação que o documento contém; • Não se utilizam termos de indexação demasiados genéricos ou demasiado específicos, relativamente aos conceitos expressos no documento. b) Uniformidade • É um parâmetro muito importante ligado a qualidade da indexação; • Procura anular a sinonímia (palavras de significação idêntica ou parecida, mas não tem o mesmo valor e emprego), representando para um mesmo conceito a escolha de um mesmo termo; • Utiliza, sempre que possível, termos de estrutura idêntica para a representação de conceitos análogos. c) Coerência • Aplicação dos mesmos princípios e critérios de escolha para a resolução de casos análogos, implicando uma uniformidade intrínseca ao próprio sistema. d) Pertinência • A indexação deve ser feita sempre em função do utilizador. e) Eficácia • Capacidade de um sistema de informação recuperar a informação relevante, nele armazenada de uma forma eficaz e com o mínimo de custo. A qualidade num processo de indexação é influenciada pelos seguintes parâmetros: • Características dos instrumentos de indexação utilizados; • Características do indexador: • Pessoais: objetividade, imparcialidade, espírito de análise, capacidade de síntese, desenvolvimento intelectual, sociabilidade, cultura geral, cultura específica e outras. • Profissionais: conhecimento técnicos que permitam decisões acertadas, conhecimentos profundos acerca do sistema de indexação em que está integrado. Conselho de classe O Conselho de Classe é órgão colegiado de natureza consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no Projeto Político Pedagógico da escola e no Regimento Escolar. É o momento em que professores, equipe pedagógica e direção se reúnem para discutir, avaliar as ações educacionais e indicar alternativas que busquem garantir a efetivação do processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. O Conselho de Classe pode ser organizado em três momentos: 44 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola Pré-conselho: levantamento de dados do processo de ensino e disponibilização aos conselheiros (professores) para análise comparativa do desempenho dos estudantes, das observações, dos encaminhamentos didático- metodológicos realizados e outros, de forma a dar agilidade ao Conselho de Classe. É um espaço de diagnóstico. Conselho de Classe: momento em que todos os envolvidos no processo se posicionam frente ao diagnóstico e definem em conjunto as proposições que favoreçam a aprendizagem dos alunos. Pós-conselho: momento e que as ações previstas no Conselho de Classe são efetivadas. As discussões e tomadas de decisões devem estar respaldadas em critérios qualitativos como: os avanços obtidos pelo estudante na aprendizagem, o trabalho realizado pelo professor para que o estudante melhore a aprendizagem, a metodologia de trabalho utilizada pelo professor, o desempenho do aluno em todas as disciplinas, o acompanhamento do aluno no ano seguinte, as situações de inclusão, as questões estruturais, os critérios e instrumentos de avaliação utilizados pelos docentes e outros. Cabe à equipe pedagógica a organização, articulação e acompanhamento de todo o processo do Conselho de Classe, bem como a mediação das discussões que deverão favorecer o desenvolvimento das práticas pedagógicas. Fonte: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/ modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=15 Todos sabem a importância dos documentos que nos são concedidos, nesse sentido a secretaria escolar responsabiliza-se pelos registros e anotações dos alunos. Esses documentos admitem um caráter de testemunho, de prova, que acompanhará o aluno e influenciará sua vida de forma significativa. Nos registros dos alunos devem constar: • Identidade de cada aluno; • A regularidade de seus estudos; • A autenticidade de sua vida escolar; • O funcionamento da escola. Procedimentos para registro Por ser um procedimento relativo ao arquivamento escolar, tendo caráter documental é importante que toda a unidade escolar tenha um arquivo bem instalado, organizado e atualizado, de maneira a proporcionar informações aos seus usuários, com rapidez e prontidão. Nesse sentido, as instituições de ensino podem contar com a velocidade da informação, o que permite a simplificação dos registros e o arquivamento dos documentos necessários e urgentes. Todavia, é importante lembrar que os documentos somente constituem arquivo quando são guardados em condições adequadas de segurança. Foco na organização A apresentação e organização dos documentos considerados arquivos deve mostrar-se classificados e ordenados de modo a possibilitar rapidamente a sua localização e consulta, observando: facilidade na busca de documentos; simplificação na manipulação; acessibilidade para qualquer pessoa; economia de tempo e espaço; resistência ao uso constante; capacidade de extensão; disposição lógica; acomodação que permita limpeza e conservação; segurança; resistência à ação do tempo, que assevere a invulnerabilidade dos documentos. Requerimento de matrícula Distingue-se pelo documento formal que vincula o aluno a uma unidade escolar, deve ser preparado pela unidade escolar, tendo informações deidentificação do aluno, endereço residencial, curso, série, turno, turma, ano letivo, cor, raça, data, assinatura do responsável legal, deferimento da Direção e espaço para observação; Pela sua importância, o requerimento não pode ser preenchido somente pelo próprio aluno ou responsável legal, porém com acompanhamento, assistência, conferência das informações, documentos e assinaturas por funcionários experientes ou treinados da Secretaria Escolar; A matrícula só pode ser deferida pelo(a) Diretor(a) quando for constatado que os documentos do aluno estão completos, conforme a legislação vigente, assumindo a responsabilidade sobre qualquer irregularidade na documentação apresentada pelo aluno ou responsável legal. De tal modo, não deve conter rasuras, espaços em branco ou aplicação de corretivos. Diário de classe O Diário de Classe é um instrumento de gestão e de escrituração escolar que acompanha e controla o desenvolvimento da ação do professor. Alista todos os alunos matriculados por série, ciclo ou etapa, turno e turma, registra o rendimento escolar, frequência, conteúdos programáticos, dias letivos, feriados e carga horária. Em hipótese alguma, o Diário de Classe poderá ser retirado da escola e levado para outros locais. É um documento de registro e deve ter sua autenticidade resguardada devendo, ser portado, exclusivamente, pelos professores ou pelo secretário escolar. Ao final de cada aula ministrada, o professor a registrará e aporá sua assinatura. Em nenhuma hipótese, o professor registrará nome de aluno no diário de classe. Essa é uma prerrogativa exclusiva do secretário escolar. As atribuições relativas ao preenchimento de dados obrigatórios no Diário de Classe são exclusivamente de dois profissionais – do professor e do secretário. Cada um fará as anotações e os lançamentos sob sua responsabilidade, não interferindo no campo do outro. Incumbe à Secretaria Escolar prover ao professor o Diário de Classe com a Relação Nominal dos Alunos, conforme a cópia da Certidão de Nascimento ou Casamento, de forma legível e sem rasuras e só a ela cabe adicionar o nome dos alunos matriculados no decorrer 45 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola do ano letivo e as observações referentes a transferência, cancelamento, remanejamento, classificação, especificando o amparo legal, bem como anular os espaços destinados à frequência dos mesmos. Cabe à Direção verificar e vistar, bimestralmente, os Diários de Classe e não consentir a sua retirada da unidade escolar, pois os mesmos devem estar sempre à disposição da Secretaria Escolar para as informações necessárias, mantidos em local apropriado, que assevere sua inviolabilidade. Necessita-se evitar qualquer tipo de rasuras. Caso haja precisão, as rasuras devem ser devidamente observadas e assinadas por quem às realizou. Livro de registros e atas de conselhos Ata de Resultados Finais: é o documento que registra o resultado final de todos os alunos matriculados no decorrer do ano letivo. Ata de Resultados Finais: o que deverá conter: - Nome da instituição, dia, mês e ano da conclusão da série ou etapa. - Forma de organização do ensino (série, ciclo, turma e turno). - Níveis e modalidades. - Nome dos alunos por extenso, organizados em ordem alfabética, exatamente igual ao registrado no diário de classe que por sua vez deve estar conforme a certidão de nascimento ou casamento. - Apontamento de disciplinas. - Resultado final (aprovados, reprovados, afastados por transferência e abandono). - Assinaturas do diretor e do secretário escolar. A Ata Descritiva: caracteriza-se por uma forma própria de ser elaborada. Para que considere todos os aspectos importantes e necessários, observe as seguintes orientações. Registra, de forma exata e sistemática, as ocorrências e decisões tomadas nas assembleias, reuniões ou sessões realizadas por comissões, conselhos, congregações corporações ou outras entidades semelhantes. - No termo de abertura do livro de Atas, deve constar o nome da instituição de ensino, conforme ato de criação, o nome do Estado, do Município onde está situado, data e ano, as ocorrências, decisões e encaminhamentos e ao final, a assinatura do secretário e do diretor da instituição de ensino e de todos os presentes. - Por ser de valor formal, a Ata deve ser lavrada de tal maneira que seja inviável introduzir modificações posteriores. Não se fazem parágrafos ou se deixam espaços entre as palavras - A Ata é lançada em livro próprio devidamente autenticado, cujas páginas são rubricadas e numeradas. -Existem tipos de Atas que, por se referirem a rotinas e procedimentos padronizados, são lançadas em formulário com lacunas a serem preenchidas. Nesse tipo de Ata, é imprescindível prevenir qualquer tipo de fraude, preenchendo os eventuais espaços em branco com traços ou outros sinais convencionais. Nesse caso, também se registra o número da página e rubrica-se cada folha - Na Ata não se aceitam rasuras, para ressalvar erro constatado durante a redação, usa-se a palavra “DIGO”, depois da palavra errada, repetindo-se a palavra ou expressão de forma correta. (ex.: aos doze dias do mês de setembro, digo, do mês de outubro ...). - Ao ser constatado erro ou omissão após a redação, usa-se a expressão “EM TEMPO”, que é escrito após o texto da Ata, seguindo-se a emenda ou acréscimo: (ex.: em tempo onde se lê “abono”, leia-se “abandono”). - A Ata deve ser escrita por um secretário efetivo do órgão ou, na falta desse, por um secretário ad hoc, isto é, eventual, designado na ocasião. - A Ata é um registro fiel dos fatos ocorridos em determinado evento e sua linguagem deve ser simples, clara, precisa e concisa. Ata de eliminação de documentos É um procedimento peculiar à rotina escolar que objetiva a racionalização do espaço físico. • após análise, uma comissão poderá decidir pela eliminação de documentos escolares nos seguintes casos: • tenham sido dispensados por lei e/ou normas específicas; • tenham perdido a validade, em virtude do tempo decorrido; • constituam duplicidade, ressalvada a existência dos documentos de registro individual do aluno e de documentos de registro coletivo; • tenham se tornado dispensável, vencidos os prazos de guarda estabelecidos; • tenham sido reconstituídos. • a ficha individual do aluno deve ser eliminada, após a transcrição de dados para o histórico escolar, exceto aquelas cujos dados não podem ser transcritos. • a eliminação de documentos escolares deve ser realizada de modo a assegurar sua total descaracterização, mediante processo indicado pela comissão constituída para este fim; • a comissão de eliminação de documentos escolares deve registrar em ata própria a especificação dos documentos eliminados, indicação de livros nos quais constam registros referentes aos documentos eliminados, se for o caso, e, ainda, constar a data e assinatura de seus membros; • ata de eliminação de documentos escolares deve ser lavrada, observando as informações mínimas abaixo relacionadas: • número de ordem: sequência numérica; • relação dos documentos eliminados; • especificação quantos documentos; • etapa, nível e modalidade de ensino referentes aos documentos que estão sendo eliminados; • ciclo/ano/série/semestre/segmento/período ou módulo, quando se referir aos documentos da Educação de Jovens e Adultos e módulo da Educação Profissional; • semestre e ano letivo correspondente aos documentos que estão sendo eliminados; • observações pertinentes; • cidade/estado e data; 46 CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Auxiliar de Secretaria e Secretário de Escola • assinaturas e nomes dos componentes da comissão de eliminação de documentos. Caderno de ocorrências Nele é importante registrar os fatos e as visitas de cunho administrativo e pedagógico, considerados relevantes e/ atípicos na rotina escolar. Além disso, determinadas escolas registram atos mais graves de indisciplina na escola,os quais diferem com os demais registros, podendo ser registrados fatos que descrevem brincadeiras, pouco estudo, uso de telefone celular em sala de aula, namoros, etc., expõem o cotidiano da escola. Em meio aos registros, podem ser encontrados aqueles que se referem. Fonte: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/ art igos/educacao/a-v ida-escolar-do-aluno-sua- importancia/39979 MODOS DE REGISTRAR: NORMAS GERAIS DE ORGANIZAÇÃO, ESCRITURAÇÃO E PROCEDIMENTOS, COMUNS E ESPECIAIS. Arquivo Escolar é o conjunto ordenado de papéis que documentam e comprovam os fatos relativos à vida escolar do aluno e à vida funcional do corpo docente e administrativo. Toda unidade escolar deve ter um arquivo bem instalado, organizado e atualizado, de forma a oferecer informações aos seus usuários, com rapidez e presteza. A unidade escolar tem que ter um arquivo ágil e moderno; um arquivo exemplar. As tarefas da Secretaria Escolar têm, essencialmente, um caráter de registro de documentação, entretanto vivemos agora o tempo da velocidade da informação, portanto a racionalização e a simplificação dos registros e arquivamento de documentos escolares são necessárias e urgentes. Do contrário, a unidade escolar estará expondo seu nome a justificadas críticas. O responsável direto por tudo isso é o secretário geral. O Arquivo Escolar deve obedecer a critérios pré- estabelecidos que norteiam o trabalho, proporcionando um mínimo essencial de diretrizes, capazes de conduzir com eficácia as atividades a que o serviço se destina. Os documentos constituem arquivo quando são guardados em satisfatórias condições de segurança. Apresentam-se classificados e ordenados de modo a permitir rapidamente a sua localização e consulta, observando: facilidade na busca de documentos; simplificação na manipulação; acesso para qualquer pessoa; economia de tempo e espaço; resistência ao uso constante; capacidade de extensão; disposição lógica; arranjo que possibilite limpeza e conservação; segurança; resistência à ação do tempo, que assegure a invulnerabilidade dos documentos. O Arquivo Escolar pode ser organizado como: ativo ou passivo. Ao arquivo ativo pertencerão todas as pastas de assentamentos individuais e todos os documentos que se referirem a alunos matriculados, a funcionários e a professores em atividades na unidade escolar. Ao arquivo passivo pertencerão todas as pastas de assentamentos individuais e todos os documentos de ex-alunos, ex-professores e ex-funcionários da unidade escolar. Assim, sempre que se elaborar um documento ou organizar um arquivo, deverá haver a preocupação de verificar se os servidores que vierem em futuro remoto, entenderão e saberão perfeitamente o que se escriturou e qual o seu adequado funcionamento. Nenhum documento pode ser retirado dos Arquivos Escolares sem a prévia autorização escrita do Diretor. Documentos que compõem o arquivo escolar: a. Arquivo Ativo ♣ Pasta individual dos alunos ♣ Livro de ata dos processos especiais de avaliação (classificação, reclassificação e aproveitamento de estudos) ♣ Livro de ata de descarte de documentos escolares ♣ Livro de ata de matrícula ♣ Livro de ata de resultados finais ♣ Livro de ata do Conselho de Classe ♣ Diários de classe (aproveitamento, frequência do aluno, execução dos programas, cumprimento da carga horária anual) ♣ Livro de registro de Diplomas e/ou Certificados; livro de Termo de visitas (duplas pedagógicas, pais, técnicos da SEDUC, etc.) b. Arquivo Passivo (Toda documentação dos alunos transferidos, dos que concluíram e dos desistentes) ♣ Ficha individual ♣ Histórico Escolar dos alunos transferidos para outra unidade escolar ♣ Cópia do Diploma ou do Certificado registrado, se for o caso ♣ Dossiês de ex-professores e ex-funcionários da unidade escolar ♣ Diários de Classe (devem ser assinados, guardados, após a conclusão do período letivo, em pastas, separados por períodos/ano, turno, séries, curso) ♣ Livros de registros Documentos obrigatórios nas pastas individuais dos alunos: ♣ Requerimento de matrícula e de transferência ♣ Histórico Escolar – quando se tratar de alunos transferidos de outra Unidade Escolar (devidamente conferidos) ♣Ficha Individual de aluno recebido por transferência no decorrer do ano letivo ♣ De aluno que teve sua matrícula renovada Fonte: http://www.seduc.go.gov.br/imprensa/ d o c u m e n t o s / A r q u i v o s / 1 5 % 2 0 - % 2 0 M a n u a l % 2 0 de%20Gest%C3%A3o%20Pedag%C3%B3gico%20 e%20Administrativo/2.15%20Arquivo%20Escolar/ Escritura%C3%A7%C3%A3o%20Escolar.pdf
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