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- -1 TRICOLOGIA E ESTÉTICA CAPILAR UNIDADE 4 - COSMÉTICA APLICADA A TERAPIA CAPILAR Flávia Garramone - -2 Introdução Durante anos, o cuidado com os cabelos e o couro cabeludo limitou-se ao uso de produtos para remover o sebo e a sujidade. Atualmente, os objetivos dos cosméticos capilares disponíveis no mercado vão muito além disso, procurando acrescentar brilho e suavidade, possibilitando, também, a realização de mudanças temporárias ou relativamente definitivas na estrutura do cabelo, bem como tratar suas alterações disfuncionais. Para o protocolo de tratamento capilar estético, os profissionais dispõem de uma gama de cosmecêuticos com princípios ativos que agregam ótimos resultados, com destaque atualmente à argiloterapia e à aromaterapia, utilizadas isoladamente ou combinadas. Você conhece os tipos de argilas, seus princípios ativos e seu efeito fisiológico? E as características funcionais dos óleos essenciais? Compreende a importância de realizar anamnese detalhada do couro cabeludo e dos fios de cabelo? Conhece os critérios para elaborar um protocolo de tratamento? À vista disso, a abordagem dos nossos estudos nessa unidade se pautará nas características físico-químicas desses recursos cosméticos muito utilizados na terapia capilar. Vamos conhecer os princípios ativos, as indicações e as precauções de uso da argila e dos óleos essenciais. Também abordaremos os critérios da ficha de avaliação do cliente. Ao final, teremos analisado os principais conceitos que orientam a elaboração do protocolo de tratamento capilar. Vamos lá? Acompanhe com atenção! 4.1 Argiloterapia O cabelo é reflexo da saúde do indivíduo. Atualmente, a indústria cosmética oferta produtos cada vez mais direcionados e específicos, como os bio e neurocosméticos, nanotecnologias, demonstrando a evolução da cosmetologia. Contudo, a utilização de cosméticos naturais, como argilas, extratos, óleos e bálsamos advindos das plantas possui registros arqueológicos de mais de cinco mil anos (GOMES e DAMÁSIO, 2013). A argiloterapia, segundo Rebelo (2006), é uma técnica terapêutica que utiliza a argila, um material natural, terroso, de granulação fina, que, quando hidratada, adquire plasticidade, o que facilita sua aplicação na superfície corporal. Você, conhece os tipos, características, composições e funções das argilas para a elaboração de protocolos capilares? Ao estudar os conteúdos a seguir, você compreenderá como ela é utilizada na cosmética capilar. 4.1.1 Classificação e Propriedades das Argilas Cada argila carrega em si propriedades distintas tais como: excelente capacidade de troca catiônica, plasticidade etc, que, segundo Draelos (2005), ocorre devido sua composição e forma estrutural. Isso se dá devido às variadas condições geológicas de formação, o que contribui para as diferentes espécies de argilas, as quais são usadas na estética por apresentarem funções como absorção de impurezas, hidratante, tensora, entre outras. Figura 1 - Diferentes tipos de argilas: vermelha, amarela, preta, branca e verde. Fonte: Alina Kholopova, Shutterstock, 2019. Pela complexidade e quantidade de vários minerais, pode se inferir que não existem duas argilas iguais, pois - -3 Pela complexidade e quantidade de vários minerais, pode se inferir que não existem duas argilas iguais, pois cada uma apresenta, pelo menos, uma propriedade distinta. Segundo Halal (2014), o silicato de alumínio hidratado é o mineral presente em todas as argilas cosméticas, além de outros como magnésio, ferro, cálcio, cobre e outros, que as diferenciam, inclusive, em tonalidades conforme a concentração prevalecente de cada um deles. Conforme Rabelo (2006), as argilas utilizadas para fins cosméticos e farmacêuticos devem seguir uma série de requisitos de segurança química, física e toxicológica, buscando a inocuidade química e microbiológica, ou seja, a pureza das argilas, oferecendo produtos com alto grau de qualidade, que beneficiem a saúde humana. Além dessas características ideais para uso no ramo cosmético, as argilas podem ser classificadas pela sua cor e finalidade terapêutica, como demonstrado no quadro a seguir. Quadro 1 - Classificação das argilas quanto à cor, composição e finalidades. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOMES; DAMÁSIO, 2013. Em suma, dadas as características e propriedades de sua composição, rica em oligoelementos, as argilas proporcionam muitos benefícios para a terapia estética capilar, principalmente devido sua ação adstringente, anti-inflamatória, bactericida e absorvente, que propiciam melhora na qualidade do couro cabeludo, além de hidratar os fios de cabelos e estimular a renovação celular pela ação esfoliante. VOCÊ QUER LER? Os oligoelementos beneficiam o tratamento de várias afecções dermatológicas. No artigo, “Revisão histórica das águas termais”, de Samanta Nunes e Bhertha Miyuki Tamura, você conhecerá as propriedades e os efeitos biológicos desses elementos. Disponível em: <http://www.surgicalcosmetic.org.br/detalhe-artigo/220/Revisao-historica-das-aguas- >.termais - -4 Agora que você, caro aluno, já conhece as especificidades físico-químicas dos diferentes tipos de argilas, a seguir entenderemos melhor como ela se aplica na terapia capilar, quais são mais utilizadas e sua interação fisiológica para tratar as afecções do couro cabeludo e do folículo piloso. Vamos lá? Acompanhe! 4.1.2 Utilização das Argilas para Terapia Capilar A terapia capilar, de maneira simplificada, vai tratar as afecções do pelo e do couro cabeludo. No entanto, para entendermos os efeitos do recurso cosmético integrante do protocolo de tratamento, é preciso conhecer a anatomia dessas estruturas, já que é por elas que ocorrerá a permeação dos ativos e, também, o fundamento fisiopatológico das doenças mais comuns que acometem os cabelos e que são queixas frequentes dos nossos pacientes. Anatomicamente, conforme Rivitti (2014), o couro cabeludo possui as mesmas características da pele que reveste outras partes do corpo, com o diferencial de possuir fios de cabelo, que nada mais são que pelos desenvolvidos. Os pelos, independentemente da região do corpo, são estruturas filiformes, constituídas de células queratinizadas produzidas pelo folículo piloso, o qual possui um segmento inferior, o bulbo capilar, onde ocorre a atividade mitótica. Fisiologicamente, Costa (2012) destaca que os pelos crescem continuamente, alternando as fases. Clique nos itens para conhecer quais são. Anágena Que é a fase de crescimento, quando ocorre intensa atividade mitótica e a papila dérmica está vascularizada e nutrida pelas substâncias dos fluidos circulantes; Catágena Também chamada de regressão, que é quando os folículos regridem, ainda há diferenciação celular, a haste do pelo fica contínua até que o bulbo se reduza a uma coluna desorganizada de células epiteliais. Telógena É a fase de desprendimento/remoção, quando as papilas dérmicas se liberam da epiderme, ocorre reorganização do bulbo piloso e o pelo se solta, dando, novamente, início a fase de crescimento de um novo pelo. Observe a figura a seguir. VAMOS PRATICAR? Na antiguidade, gregos e egípcios faziam uso da argila para a limpeza e tratamento da pele. Segundo Toyoki e Oliveira (2015), Cleópatra fazia uso da argila como máscara de tratamento para a conservação da pele e para destacar seu rosto. Considerando isso, faça uma pesquisa detalhada sobre a Argila Verde, dando destaque, principalmente, a sua composição, características e funções fisiológicas. - -5 Figura 2 - Ciclo capilar com as fases (1) fase anágena, (2) fase catágena e (3) fase telógena. Fonte: Blamb, Shutterstock, 2019. Para o desenvolvimento saudável do pelo, alguns fatores são indispensáveis, dentre eles, boa irrigação sanguínea do folículo piloso, que permite a chega de oxigênio, e nutrientes essenciais, como aminoácidos, vitaminas, entre outros. Uma característica importante em qualquer tratamento cosmético, segundo Halal (2014), é sabermos o pH da estrutura em que será aplicado o produto, de modo a garantir uma boatolerância dos produtos. No caso dos cabelos, o pH é em torno de 4,5. Ao utilizar produtos com pH muito alcalino ou muito ácido, pode ocorrer um aumento de porosidade do cabelo, o que não é a condição das argilas, que possuem pH neutro. Com relação as afecções capilares, Clique na interação a seguir para ler. Azulay (2017) classifica as afecções capilares em grupos: as alopecias, malformações dos pelos, hipertricose e hirsutismo. A alopecia é a queda dos fios de cabelo, sendo a forma mais comum em adultos, a alopecia androgenética (AAG) masculina e feminina; as malformações morfológicas e/ou estruturais dos pelos, que podem ser hereditárias ou não, congênitas ou adquiridas; a hipertricose, que é o crescimento desproporcional de pelos em qualquer parte do corpo; e o hirsutismo, que é o aumento de pelos na mulher em áreas que são usuais no homem, devido ao desequilíbrio androgênico. Na alopecia androgenética, segundo Rivitti (2014), ocorre alteração no ciclo do cabelo, levando à miniaturização folicular progressiva, o que resulta em fios terminais mais finos, curtos e menos pigmentados. O diagnóstico diferencial é de eflúvio telógeno, um tipo de queda dos fios sem miniaturização, usualmente autolimitada e que raramente causa calvície extensa. Nas mulheres devemos avaliar ainda a presença de acne, hirsutismo e seborreia. A dermatite seborreica, segundo Azulay (2017), é uma inflamação crônica da pele onde existe um maior número de glândulas sebáceas. Está associada ao fungo , presente na pele, e a fatores externos, comoPityrosporum ovale estresse, frio etc. O couro cabeludo é o local mais comprometido e pode levar à queda dos cabelos, sendo a caspa, a manifestação mais frequente. O diagnóstico diferencial, nesse caso, é a psoríase. O uso da argila na terapia capilar tem o propósito de amenizar as afecções e restaurar o equilíbrio fisiológico do couro cabeludo e dos fios de cabelo. Diante dos benefícios que ela proporciona, de acordo com Rebelo (2006), é possível mobilizar resíduos metabólicos do espaço intersticial e das glândulas sudoríparas e sebáceas da - -6 possível mobilizar resíduos metabólicos do espaço intersticial e das glândulas sudoríparas e sebáceas da superfície externa da pele, assim como aumentar a nutrição e a resistência aos patógenos. Quando a argila é aplicada no couro cabeludo, segundo Vanzin e Camargo (2015), promove um peeling superficial capilar ao remover as células córneas. Com isso, ativa a circulação sanguínea e o metabolismo celular, libera as toxinas e absorve as impurezas e resíduos fisiológicos. Vale lembrar que o silício de sua composição é também um mineral abundante nas estruturas capilares, o que o torna biocompatível, agindo na nutrição das células dessas estruturas. Todas as argilas têm propriedade desintoxicante, adstringente e cicatrizante. No entanto, Gomes e Damásio (2013) destacam as argilas verde, branca e rosa para a terapia capilar. A é a mais tradicional e ageargila verde na regulação da produção sebácea; a possui pH próximo ao da pele, por isso, é mais suave e temargila branca ação catalisadora metabólica, podendo ser utilizada também em associação com outras argilas, originando a (branca + vermelha), cuja ação é renovar e fortalecer o couro cabeludo. A associação de outrasargila rosa técnicas terapêuticas à argiloterapia pode potencializar seus efeitos, trazendo mais benefícios ao tratamento, devido à sinergia de efeitos fisiológicos combinados, dentre os quais se destaca a aromaterapia. Você já ouviu falar em aromaterapia? Vamos tratar dela agora, acompanhe! 4.2 Aromaterapia De todos os nossos sentidos, o olfato talvez seja o mais importante, pois tem uma qualidade, chamada afetiva, que pode de ser agradável ou desagradável. Você, com certeza, tem lembranças que trazem à memória algum cheiro: um perfume, aquele cheirinho da casa da avó, cheiro de carro novo, dentre outros. Apesar do destaque ao cheiro, a aromaterapia trata do uso terapêutico dos óleos essenciais e vegetais. Segundo Brito et al (2013), a aromaterapia é a ciência que visa promover a saúde e o bem-estar do corpo, da mente e das emoções, através do uso terapêutico do aroma natural das plantas, por meio de seus óleos essenciais, substâncias orgânicas muito concentradas e voláteis, extraídas de diversas partes das plantas, resultantes do metabolismo secundário das plantas aromáticas. Vamos compreender melhor? Acompanhe! 4.2.1 Características e Composição dos Óleos Essenciais Assim como outras terapias naturais, o uso das plantas e de seus extratos ou óleos é antiga. Segundo Gomes e Damásio (2013), pesquisas arqueológicas relatam que desde a pré-história os homens utilizavam as plantas aromáticas para afugentar maus espíritos. Ao longo da história, tiveram diferentes usos: incenso, perfumes e para fins medicinais e terapêuticos. Os óleos essenciais são extraídos de todas as partes das plantas: folhas, flores, caules, sementes, raízes ou cascas. No entanto, para se obter um litro desse óleo, segundo Rebelo (2006), são necessárias grandes quantidades, até toneladas, de matéria-prima. Como são muito concentrados, às vezes, basta uma gota de óleo essencial para se VOCÊ O CONHECE? O termo aromaterapia foi dado por René Maurice Gatefossé, na década de 1920. Impulsionado por uma experiência pessoal, na qual queimou o braço em um acidente em seu laboratório. Quando mergulhou o braço em um barril de liquido que estava próximo contendo NOx Ph232 (óleo de lavanda), houve alívio da dor sem sinais e sintomas de queimadura. Posteriormente, publicou um livro intitulado “Aromatherapy”. - -7 toneladas, de matéria-prima. Como são muito concentrados, às vezes, basta uma gota de óleo essencial para se obter o efeito desejado. Segundo Brito, et al (2013), apesar de serem chamados de óleo, sua estrutura física é similar ao álcool e ao éter: são voláteis e insolúveis em água. Têm consistência fluida, límpida e não deslizam facilmente quando aplicados diretamente sobre a pele. Essa última característica faz com sejam diluídos em óleos vegetais, argilas ou outras bases cosméticas para aplicação nos cabelos e corpo. Os óleos vegetais, também chamados de óleos base ou carreadores, são ricos em vitaminas, ácidos graxos e nutrientes. Segundo Amaral (2018), são substâncias obtidas pela prensagem a frio, para não perder essas propriedades, de sementes de plantas oleaginosas. Conseguem penetrar nas camadas mais profundas dos tecidos, transportando os componentes nutritivos, porque também são biocompatíveis, e não deixam a pele oleosa. É importante que você saiba a diferença entre os óleos essenciais e óleos vegetais. Clique no botão a seguir. Diferença entre os ó l e o s essenciais e os vegetais A principal diferença entre os óleos essenciais e os vegetais é que o essencial não é um óleo em si, enquanto que o vegetal é considerado quimicamente óleo, por solubilizar-se em fase oleosa e não em água. Ou seja, os óleos vegetais são gorduras boas, ácidos graxos repletos de vitaminas, ômegas, proteínas e sais minerais, de ação hidratante, umectante, cicatrizante, antioxidante e regeneradora da pele e cabelos. Curioso é que o óleo essencial possui o odor, por ser um subproduto do metabolismo das plantas com o propósito de defesa, fertilização e proteção da radiação solar. Segundo Gomes e Damásio (2013), esse composto orgânico é formado basicamente por carbono, oxigênio e hidrogênio, além de elementos que, através de reações químicas, formam os grupos funcionais aromáticos, terpenos, derivados terpênicos e fenilpropano. Note que a composição que utiliza óleos essenciais contém elementos orgânicos, ou seja, o óleo essencial é compatível com nossas estruturas corporais, por isso, são altamente permeáveis, absorvidos por difusão transepidérmica e pelos folículos pilossebáceos, podendo atingir a corrente sanguínea (REBELO, 2006). Com a compreensão dessas peculiaridades dos óleos essenciais, é hora de entendermos, a seguir a interação de seus princípios ativos, que promovem efeitos fisiológicos para a terapiacapilar, bem como, conhecermos alguns dos óleos mais utilizados. Acompanhe com atenção! 4.2.2 Utilização dos Óleos Essenciais para Terapia Capilar Antes de conhecermos os óleos essenciais para as afecções pilares é preciso fazermos uma distinção: para a aromaterapia, utilizamos óleo essencial de alta qualidade (botânico) para obter efeito terapêutico, não utilizamos as essências ou óleos essenciais sintéticos, pois estes não contêm valor terapêutico, que é oriunda da seiva vital e essencial das plantas (BRITO et al, 2013). Como saberemos distinguir, então, um óleo essencial natural de um sintético? As essências são destinadas a VOCÊ QUER VER? A composição e a qualidade dos óleos essenciais podem variar devido a região de cultivo, clima, relevo, processo de colheita e método de extração utilizado. No vídeo ,“Óleos Essenciais” o Prof. Fernando Amaral explica como eles são extraídos e como suas propriedades são ativadas. Assista em: < >.https://www.youtube.com/watch?v=yrIwkJDyfuA - -8 Como saberemos distinguir, então, um óleo essencial natural de um sintético? As essências são destinadas a perfumação do ambiente e são financeiramente bem acessíveis. Já os óleos essenciais possuem efeito terapêutico e, para garantir a qualidade e suas características químicas, sempre são envazados em frascos de vidro na cor âmbar. Mesmo assim, por medida de segurança, nossa e do cliente, é preciso nos certificarmos quanto ao fabricante e ao fornecedor, adquirindo apenas produtos que conhecemos a qualidade. Figura 3 - Embalagem de apresentação dos óleos essenciais. Fonte: New Africa, Shutterstock, 2019. Na terapia capilar, os métodos de aplicação dos óleos essenciais, segundo Rebelo (2006), podem ser: diluídos em óleos vegetais para a massagem no couro cabeludo e nutrição dos fios de cabelo; associados à máscara de argila; ou, em alguns casos e conforme o óleo essencial, aplicado diretamente sobre o couro cabeludo. O quadro a seguir descreve alguns óleos essenciais, suas características e propriedades terapêuticas. - -9 Quadro 2 - Óleos essenciais utilizados na terapia capilar. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em GOMES; DAMÁSIO, 2013. Todavia, mesmo sendo um óleo orgânico, antes de iniciar o tratamento é aconselhável fazermos um teste de sensibilidade, pois algumas pessoas podem (raramente) apresentar alergia. Conforme Gomes e Damásio (2013), a exceção do óleo de lavanda e de melaleuca, nenhum outro deve ser aplicado diretamente na pele, sendo importante diluí-los, aplicá-los sobre uma pequena área da pele e observarmos a reação, física e psicológica do cliente. Ademais, há contraindicações e precauções, como a fotossensibilidade dos óleos cítricos, os quais não devem ser - -10 Ademais, há contraindicações e precauções, como a fotossensibilidade dos óleos cítricos, os quais não devem ser utilizados em gestantes e portadores de doenças graves; alecrim, sálvia e tomilho devem ser evitados em hipertensos; e óleos que atuam sobre o sistema nervoso devem não devem ser usados em epiléticos (REBELO, 2006). Com que vimos até aqui sobre a argiloterapia e a aromaterapia, podemos elaborar protocolos de tratamentos cosmético. Vale começar a correlacionar as inúmeras possibilidades de tratamento, mas não esqueça de considerar os efeitos fisiológicos dos princípios ativos e os mecanismos da patologia que irá tratar. A seguir, conheceremos melhor os critérios da técnica cosmética. 4.2.3 Formulação de Máscaras para Terapia Capilar Diferentemente das preparações cosméticas industrializadas, a proposta desta técnica capilar é o próprio profissional criar sua formulação. Para a preparação da máscara capilar, os ingredientes, argilas e óleos essenciais, devem estar em quantidades e proporções equilibradas, não somente relacionadas a questão da área do corpo abrangida, mas da composição que irá resultar. Segundo Rebelo (2006), toda máscara cosmética deve ser fácil de aplicar e remover. Na forma de pó, como as argilas, são úteis ao profissional, pois podem ser preparadas no momento da aplicação, diluídas por loções tônicas ou água mineral/destilada e permitem incorporar outros ativos à preparação. O efeito dessa formulação está diretamente relacionado às substâncias ativas presentes, podendo ser adstringente, nutritiva, emoliente etc. Para a máscara capilar, Amaral (2018) recomenda a utilização de 10g (1 colher de sopa rasa) de Argila, diluída em 10 ml de água, ao que acrescentamos duas gotas de óleo essencial. Não mais que isso, pois, são substâncias altamente concentradas. Porém, se área de aplicação for grande, pode-se duplicar a quantidade, mantendo essa proporção. O quadro a seguir mostra algumas sugestões de máscaras capilares. VAMOS PRATICAR? Sobre os efeitos da argiloterapia e da aromaterapia para o tratamento das afecções capilares, considere, especificamente, aqueles relacionados aos aspectos fisiopatológicos da dermatite seborreica e elabore uma formulação para a máscara cosmética que pode ser aplicada para o tratamento do couro cabeludo afetado. Esteja atento que, tanto as argilas, quanto os óleos essenciais, estabelecem sinergia entre si, ou seja, você pode escolher dois tipos de argila e dois óleos essenciais, se assim desejar. - -11 Quadro 3 - Máscaras utilizadas na terapia capilar. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em AMARAL. 2018. Na formulação da máscara também podem ser acrescidas 28 gotas de óleos vegetais, como rosa mosqueta, abacate, macaúba ou amêndoa, os quais, segundo Amaral (2018), estimulam a produção de colágeno, são ótimos hidratantes para os cabelos, auxiliam no fortalecimento, estimulam o crescimento e diminuem a queda dos fios. Assim, fica estabelecida uma proporção de 2:28, representando uma composição com 7% de óleo essencial. Adicional a isso, podemos tratar da hidratação e nutrição dos cabelos, devolvendo a força e brilho, pois há uma quantidade grande de óleos essenciais disponíveis. Inclusive, você pode indicar um deles para que o cliente dê continuidade ao tratamento em casa, fornecendo sempre todas as orientações necessárias para a segurança dessa utilização pelo cliente. Nesse momento, concluímos os nossos estudos sobre a argiloterapia e aromaterapia no tratamento das afecções capilares. Ao longo do aprendizado, você pode notar a premissa de se estabelecer uma relação entre a patologia tratada e o efeito fisiológico que se quer obter. Para que isso seja possível, é preciso realizarmos uma anamnese detalhada e documentada por meio da ficha de avaliação. Você conhece esse documento? Acompanhe para descobrir do que se trata. 4.3 Anamnese, ficha de avaliação e prontuário do cliente Na atualidade, a procura por tratamentos estéticos é crescente. Logo, é cada vez mais importante não só a qualidade do trabalho do profissional, como a metodologia estabelecida por ele e o respeito pela ética profissional. De fato, o diferencial profissional está na obtenção de resultados satisfatórios, aliada à inovação e conhecimento que o trabalho diário possibilita. Segundo Soriano (2002), devemos registrar a metodologia adotada na ficha de avaliação do cliente, para que sua experiência na sequência de tratamentos desenvolvidos possa ser readequada quando necessário. Ademais, devemos comunicar ao cliente a comprovação da efetividade ou não do tratamento proposto e nos assegurarmos - -12 experiência na sequência de tratamentos desenvolvidos possa ser readequada quando necessário. Ademais, devemos comunicar ao cliente a comprovação da efetividade ou não do tratamento proposto e nos assegurarmos que as informações constantes na ficha de avaliação são da ciência do cliente, o qual também é parte responsável pela evolução progressiva da melhora desejada. A ficha de avaliação é nossa ferramenta e a base para o exercício profissional. Como parte integrante, a anamnese representa, conforme Soares et al (2014), uma entrevista que tem o objetivo de reconhecimento da pessoa, preconizando o cuidado para além da doença e do biológico. Ou seja, além de focar o questionamento sobre ossinais e sintomas da queixa do cliente, é preciso direcionarmos o olhar para os aspectos psicológicos e hábitos de vida. No desenvolvimento do registro dessas informações, a ficha de avaliação abre com os dados pessoais, e segue com perguntas a respeito da investigação da queixa principal. Clique nos itens e veja alguns exemplos. Desde quando sofre desse problema? Relaciona com alguma circunstância especifica? Tem antecedentes familiares? Já fez algum tipo de tratamento? O questionamento dos hábitos de vida, incluem também: sono, uso de tabaco e bebidas alcoólica, alimentação etc. Adicional a isso, devemos verificar o histórico médico do cliente. Ou seja, a presença de doenças como: diabetes, alterações circulatórias e de pressão sanguínea, alergias, depressão, ansiedade, câncer, dentre outros. Também devemos estar atentos a antecedentes cirúrgicos, incluindo a presença de próteses metálicas e marca passo, além de observações que o profissional achar adequado para investigar a origem dos sinais e sintomas da queixa, podendo concluir a fisiopatologia da afecção. Após essa etapa, é momento de avaliarmos as características da afecção. Isso é, estabelecermos o contato direto com o tecido e a área corporal da queixa. Para Soriano (2002), a investigação de caráter físico exige atenção do profissional a todos os detalhes dos achados, tantos visíveis como de palpação. Sendo assim, devemos observar alterações pigmentarias, inflamações, dor, edema, feridas visíveis etc, e anotar na ficha de avaliação do cliente. Com base nesses resultados, não teremos dúvidas com relação a queixa e poderemos decidir tratar ou não da patologia. Após a avaliação física, o profissional tem segurança para escolher a conduta e o tratamento adequado, o qual deve ser reportado no prontuário do paciente (LUPI; BELO; CUNHA, 2012). Sendo assim, o prontuário é um acompanhamento da evolução do tratamento, datado sessão a sessão. Por isso, é importante perguntarmos ao cliente sua opinião com relação ao resultado até o momento, mudando a conduta terapêutica, se for o caso. VOCÊ SABIA? Não há um prazo estabelecido para o arquivamento da ficha de avaliação/prontuário do cliente, por isso, este pode ser baseado na Lei dos Direitos do Consumidor. Para saber mais leia: “Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990”. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br >./ccivil_03/Leis/L8078.htm - -13 A ficha de avaliação é um registro amplo de todos os dados do cliente e do programa de tratamento que foi estabelecido pelo profissional. Esteja atento, ainda, que este documento é confidencial. Adicional à ficha de avaliação, é interessante fazermos um registro fotográfico da evolução do tratamento (antes e depois) e anexá-lo ao prontuário. Ainda, a presença do termo de consentimento informado para procedimento estético mantém afastada qualquer situação de conflito na relação profissional-cliente. Esse documento deve estar assinado pelo cliente desde o início do tratamento. A seguir, temos um modelo como exemplo. Quadro 4 - Exemplo de termo de consentimento/responsabilidade. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em BEL COL, 2019. Agora que compreendemos todo o processo de avaliação e a conduta ética profissional, vamos estudar a elaboração do protocolo de tratamento capilar. Acompanhe a seguir o pensamento analítico para eleger as combinações de técnicas. A ficha de avaliação é o documento e instrumento de trabalho mais utilizado em várias áreas da saúde. Tem como objetivo definir corretamente os problemas correlacionados à queixa dos pacientes, sendo impossível desenvolvermos um tratamento apropriado sem ela. Considerando isso, elabore a sua própria ficha de avaliação estética, relacionando os itens de seu interesse na investigação das afecções capilares que estudamos até aqui. Lembre-se de incluir os dados do paciente, as queixas e uma sessão para acompanhamento do tratamento. VAMOS PRATICAR? - -14 4.4 Elaboração de protocolos de tratamento Ao nos certificarmos da disfunção ou afecção do cliente, estabelecemos o planejamento do tratamento e a elaboração do protocolo de tratamento. Para Soriano (2002), a conduta terapêutica deve ser individualizada, considerando a extensão e tipo da disfunção. Assim, a combinação de diferentes modalidades estéticas terapêuticas é importante para obtenção de resultados satisfatórios no controle e melhora das afecções capilares. Nesse sentido, as modalidades fotoeletroterapia, massoterapia e os recursos cosméticos se unem numa combinação somatória de efeitos fisiológicos para tratar a queda de cabelo, a dermatite seborreica, a caspa, a foliculite e outras afecções do cabelo e couro cabeludo, mantendo a saúde dessas estruturas ao fortalecer sua atividade fisiológica, ofertando nutrição, oxigenação e hidratação. Dessa forma, claramente, o protocolo não é pré-determinado, ou seja, o profissional, amparado pelo embasamento fisiopatológico da afecção/disfunção capilar, dos mecanismos de interação fisiológica e ação da energia dos eletroterápicos, bem como das características dos princípios ativos cosméticos e dos benefícios das técnicas de massagem e drenagem, elabora uma sequência de aplicação para agregar efeitos fisiológicos em cada etapa. Como sugestão e exemplificação, o quadro a seguir mostra algumas possibilidades de combinação das técnicas eletroterápicas e cosméticas para a terapia capilar. Quadro 5 - Protocolos capilares. Fonte: Elaborado pela autora, baseado em AMARAL, 2018; GOMES; DAMÁSIO, 2013; FERREIRA et al, 2018; - -15 Fonte: Elaborado pela autora, baseado em AMARAL, 2018; GOMES; DAMÁSIO, 2013; FERREIRA et al, 2018; SORIANO, 2002. A elaboração de protocolo abrange vastas possibilidades, o mais importante é, sem dúvida, nos aprofundarmos nos estudos sobre as técnicas utilizadas, a realização minuciosa da ficha de avaliação e a aplicação prática adequada para aproveitarmos ao máximo os efeitos terapêuticos e obtermos ótimos resultados e satisfação do cliente. Por fim, note que a cosmética aplicada à terapia capilar agrega valor substancial ao protocolo de tratamento, pois a biodisponibilidade de nutrientes às células do couro cabeludo e do folículo piloso é garantida pela quantidade de princípios ativos e oligoelementos essenciais contidos na formulação do produto ou da máscara argilosa que se aplica. Síntese Ao concluirmos nossos estudos sobre a cosmética aplicada à terapia capilar, você pode conhecer o conceito da argiloterapia e da aromaterapia, bem como seus efeitos fisiológicos, indicação e contraindicações de uso estético; identificar a importância da ficha de avaliação para o trabalho diário; e reconhecer o pensamento técnico envolvido na elaboração de protocolos de tratamento do couro cabeludo e da haste pilar. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • compreender as características físico-químicas dos diferentes tipos de argilas e seus efeitos terapêuticos nos folículos pilosos, bulbo capilar e couro cabeludo; • identificar a biocompatibilidade dos óleos essenciais a partir de sua composição química e o mecanismo de ação fisiológico de alguns tipos para o tratamento capilar; • reconhecer a importância da realização detalhada da ficha de avaliação, bem como os critérios investigativos a se seguir no questionamento ao cliente; • compreender o pensamento técnico necessário para a elaboração de protocolos, bem como a combinação de técnicas para o tratamento das afecções capilares. CASO Ao observarem a queixa de queda de cabelo ser comum nos salões de beleza, Santos et al (2019), se questionaram sobre a Alopecia feminina, numa abordagem do processo fisiopatológico e dos tratamentos no segmento da cosmética e estética aplicados nessa patologia. Abordaram, em sua pesquisa, a Aromaterapia utilizando os óleos essenciais: alecrim, capim limão, lavanda, sálvia e milefólio azul, aliados as manobras de massagem; e Eletroterapia com a Alta frequência e a técnica de Desincruste. Concluíram, após revisão bibliográfica, que essas técnicas terápicas isoladas e/ou associadas contribuempara a limpeza profunda do couro cabeludo, estimulam o metabolismo celular, melhoram a nutrição, oxigenação e umectação do tecido capilar e do folículo piloso, controlando assim, a queda de cabelos nas mulheres. Temos aqui, portanto, exemplos de combinações de técnicas e princípios ativos para a elaboração de protocolos de tratamento capilar. • • • • - -16 Bibliografia ÓLEOS ESSENCIAIS. Fernando Amaral. Vídeo. Brasil. 2015. Duração: 5:30min. Disponível em: <https://www. >. Acesso em: 19/08/2019.youtube.com/watch?v=yrIwkJDyfuA AMARAL, F. : cuidados naturais da cabeça aos pés. 10. ed. São Paulo, 2018.Manual Técnico AZULAY, R. D. . 7. ed. 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