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Atenas x Roma - Diferença entre Democracia e República no período clássico

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Universidade Federal da Bahia
Política I-A - FCH330
Docente: Roberta Carnelos Resende
Discente(s): Melissa Oliveira Pardo
Atividade 1 - No que se refere ao período clássico, discorra sobre as formas de organização da
vida social e política em Atenas (Democracia) e Roma (República), destacando os pontos
convergentes e divergentes.
A Democracia Ateniense foi um regime político originado em Atenas, na Grécia
Antiga. Tal regime foi de extrema importância para a organização das cidades-estado gregas,
dando origem ao primeiro regime democrático da história. Antes de Atenas implementar a
Democracia, a cidade-estado era comandada por uma elite aristocrática e oligárquica que era
composta por “eupátridas” ou “bem nascidos”. Elite essa que detinha o poder político e
também econômico na polis grega (modelo das antigas cidades gregas). Contudo, foram
surgindo outras classes sociais como: comerciantes, camponeses e artesãos, as quais
aspiravam participar da vida política.
Após o aparecimento das classes sociais citadas, a elite aristocrática resolveu rever a
composição política das cidades-estado, dando origem ao processo que possibilitou a
implementação da Democracia. Posteriormente Atenas foi dividida em dez unidades
denominadas “demos”, que passou a ser o elemento principal da reforma e, por esse motivo, o
novo regime passou a se chamar “demokratía”. A palavra Democracia é a junção de “demos”
(povo) e “kratos” (poder), ou seja, poder do povo.
Democracia direta era a que prevalecia na sociedade ateniense, todos os cidadãos
atenienses participavam diretamente das questões políticas da polis. Como forma de garantir o
processo democrático na cidade, foi adotado o “ostracismo”, um tipo de punição onde os
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cidadãos que manifestassem ameaças ao regime democrático acabariam sofrendo um exílio de
10 anos. As principais características da Democracia Ateniense eram: isonomia, que consistia
na igualdade perante a lei; isocracia, igualdade de acesso aos cargos públicos e a isegoria,
igualdade para falar na Assembleia. Além de reformas políticas e sociais e reformulação da
antiga Constituição.
Assembleia era o local onde votavam as leis, escolhiam os magistrados, decidia em
que gastar o dinheiro público, entre outras coisas. Além disso, existia o Conselho dos
Quinhentos, formado por quinhentos cidadãos escolhidos por sorteio (em Roma, os cargos
eram escolhidos por meio do voto), todo ano, ou seja, tanto os ricos quantos os pobres tinham
chance de serem eleitos. A função do Conselho era preparar os projetos para serem votados
pela Assembleia. Já tais projetos aprovados eram postos em prática por dez cidadãos eleitos,
os estrategos. Dentro de Atenas também existia o Tribunal Popular, que consistia em um
conjunto de cidadãos eleitos para julgar todo tipo de causa.
Como o poder não estava mais concentrado na mão dos eupátridas, os demais cidadãos
livres e maiores de 18 anos poderiam participar das Assembleias, porém, eram considerados
cidadãos somente aqueles nascidos em Atenas e de pai e mãe ateniense. Por fim, podemos
intuir que a democracia ateniense não era para todos os cidadãos, afinal, mulheres, escravos e
estrangeiros (denominados metecos) não desfrutavam de nenhum tipo de participação política.
Dessa forma, a democracia ateniense apresentava caráter excludente, limitado e elitista. É
estimado que apenas um décimo da população participava do mundo político.
Já a República Romana tem sua origem quando o último rei etrusco é deposto, em razão
disso, os romanos acabaram optando por não deixar o poder nas mãos de um só indivíduo.
Após isso, decretaram que todos os cargos deveriam ser exercidos por duas ou mais pessoas.
Sendo assim, Roma passou a ser administrada pelos Magistrados, com auxílio do Senado
(formado por trezentos membros vitalícios, sua principal função era controlar o tesouro
público) e das Assembleias.
O Magistrado romano era composto por seis grupos, entre eles os: cônsules (comandavam o
exército, administravam a cidade e presidiam o Senado, era o cargo mais alto da República e
um deles deveria ser plebeu), os pretores (responsáveis pela aplicação da justiça), os questores
(que arrecadavam impostos), os edis (responsáveis pela segurança, abastecimento e
preservação da cidade, os censores (exerciam o papel da contagem da população,
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classificando as pessoas de acordo com as posses) e por fim, o Tribunal da Plebe, detentor do
poder de anular leis contra os plebeus. Havia também o ditador (eleito pelo Senado), que
governava Roma com plenos poderes por seis meses em caso de grave ameaça à República,
como por exemplo, guerras.
Existiam, na República Romana, três Assembleias (diferente de Atenas, que tinha como a
principal, a Eclésia, assembleia popular). Sendo elas, a das tribos, que reunia os cidadãos
conforme o local de origem e elegia os questores e edis; a centuriata, responsável por reunir
os cidadãos em centúrias - unidade do exército - segundo o grau de riquezas e que
deliberavam sobre as declarações de guerra, os acordos de paz e elegiam os cônsules e a da
plebe, composta exclusivamente por plebeus (diferente da Democracia Ateniense, onde
somente os homens livres com mais de 18 anos, filho de pai e mãe atenienses podiam
participar da política) que votavam assuntos do seu interesse.
A sociedade romana estava organizada entre patrícios (cidadãos que pertenciam às famílias
mais antigas e detentores de grandes propriedades), plebeus (grupo social composto por
artesãos, comerciantes e camponeses, que constituíam, assim, a imensa maioria da população
romana), escravos (em sua maioria povos estrangeiros capturados em outras regiões como
prisioneiros de guerra ou membros da sociedade que contraíram dívidas) e clientes (plebeus
que para alçar certa posição social serviam a uma família patrícia em troca de proteção). As
mulheres e os escravos, assim como na Democracia Ateniense, não eram considerados
cidadãos, sendo impedidos de participar da política.
Se diferenciavam na medida que a Democracia Ateniense era limitada a algumas
cidades-estado, enquanto a República de Roma se expandia por meio das conquistas militares,
que acabava sendo imposta a uma série de outros povos. Em contrapartida, A Democracia
Ateniense, afinal, se assemelhava à República Romana no que diz respeito à maioria da
população não participar da política e sobre privilegiar os nativos, colocando os estrangeiros
em desvantagem.
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