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Diabetes Mellitus: Distúrbio metabólico -> hiperglicemia persistente por causa da deficiência na produção de insulina ou na sua ação (pode ser em ambos os mecanismos). HIPERGLICEMIA PERSISTENTE -> associada a alta taxa de complicações crônicas micro e macro vasculares, elevando assim a taxa de mortalidade. CLASSIFICAÇÃO: Depende da etiologia do diabetes. DIABETES TIPO I: Síndrome auto-imune, que se caracteriza pela destruição das células Beta-pancreáticas, levando à deficiência completa de insulina. Mais comum de ser diagnosticada em crianças e adolescentes (as vezes é diagnosticada em adultos jovens -> forma lentamente progressiva da doença, ou seja, latente -> LADA); Prevalência em homens e mulheres é igual; Sintomas iniciais costumam se apresentar de maneira abrupta -> cetoacidose diabética é a primeira manifestação em 1/3 dos casos; DIVIDIDA EM TIPO 1A E 1B (diferenciada pela presença ou não de anticorpos circulantes, respectivamente): • 1A -> Forma mais frequente de DM1, sendo confirmada pela positividade de 1 ou mais anticorpos (esses anticorpos ficam elevados, anos antes do aparecimento dos sintomas doença). Envolve predisposição genética e fatores ambientais que desencadeiam a resposta auto-imune (infecções virais, dietas inflamatórias e certas composições da microbiota intestinal); • 1B -> Também conhecido como idiopático, pois não são encontrados auto-anticorpos na circulação -> diagnóstico pode se confundir com o DM2, devido a não presença de auto anticorpos circulantes (necessita de insulinoterapia precoce). DIABETES TIPO II: Estima-se que cerca de 90% a 95% dos casos de diabetes mellitus são do tipo 2, que se trata de uma doença com etiologia complexa e multifatorial, que geralmente acomete indivíduos acima da 4ª década de vida, porém, em alguns países, podemos observar o crescimento do índice de DM2 em indivíduos jovens e crianças; A hiperglicemia ocorre devido à resistência periférica à insulina e concomitantemente à hiperglucagonemia, ao aumento da produção hepática de glicose (não está no tecido, o corpo entende que está em falta), aumento da reabsorção renal de glicose, disfunção incretínica, aumento da lipólise (para a produção de formas alternativas de energia) e graus variados de deficiência na síntese de insulina (falência das células beta-pancreáticas, devido à tentativa de aumentar a síntese para conseguir compensar a resistência insulina periférica); É uma doença, na maioria dos casos, assintomática, sendo difícil a ocorrência de cetoacidose diabética -> a descoberta da doença, geralmente vem pelo rastreio laboratorial, quando o indivíduo possui os fatores de risco associados (quando o paciente é sintomático, podem aparecer os 4 P’s da diabetes -> polifagia, polidipsia, poliúria e perda de peso); Doença poligência e com forte herança familiar e sua ocorrência tem forte contribuição de dieta hipercalórica e sedentarismo. Além disso, temos outros fatores de risco que podem ser associados, sendo eles presença de síndrome metabólica, diagnóstico prévio de diabetes mellitus gestacional DMG) e avançar da idade. A presença destes fatores de risco, já impõem a realização do rastreio, para diagnóstico precoce. Investigação laboratorial com resultados normais = repetição do rastreio em intervalos de 3 anos; Pré-diabetes = reavaliação anual; ***Desde 2017, ADA propôs o questionário de risco para DM2 na investigação. Este leva em consideração a idade, sexo, história prévia de DMG ou hipertensão arterial, história familiar de DM2 e nível de atividade física. DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG): Gestação é uma condição diabetogênica: Placenta produz hormônios hiperglicemiantes, e degradadores de insulina -> leva ao aumento da Faculdade Ciências Médicas MG // Clínica médica I Luísa Trindade Vieira (@medstudydalu) – 72D produção de insulina pelo pâncreas, o que pode levar a uma falência de células Beta-Pancreáticas. DMG = Intolerância a carboidratos, de níveis variáveis -> riscos tanto para a mãe, como para o feto -> GERALMENTE DIAGNOSTICADAS NO 2º E 3º TRIMESTRE DE GESTAÇÃO (teste de tolerância a glicose – TOGT). Pode ser transitório ou persistente -> eleva o risco para o desenvolvimento de DM2; FATORES DE RISCO PARA O DESENVOLVIMENTO: DIAGNÓSTICO: Para que o diagnóstico de DM2 seja feito, devemos fazer os seguintes exames (apresentados na tabela abaixo), por 2 vezes consecutivas (devem estar alterados por 2 vezes): ***Pacientes com sintomas clássicos de hiperglicemia (4 P’s), devem ser testados instantaneamente, mesmo sem o jejum, e não precisam de repetir o diagnóstico, caso sua glicemia aleatória der ≥ 200mg/dL. TRATAMENTO: Assim como no tratamento de outras doenças crônicas, o tratamento do diabetes tem como objetivo a prevenção contra complicações associadas a doença. Diante disso, é de extrema importância a educação do paciente no sentido de fazê-lo entender como ele deve regularizar a sua prática de exercícios físicos, passar a ter uma dieta equilibrada, o porque ele deve fazer o controle de outras comorbidades, caso ele seja portador e como é de extrema importância a adesão ao tratamento medicamentoso proposto a ele, para que ele atinja as metas de glicemia propostas: **É sempre bom destacar que em crianças e idosos, o valor tolerado da HcA1c (hemoglobina glicada) é < 8% e não < 7%, em vista da maior probabilidade de hipoglicemia, que acarreta riscos muito maiores a estes indivíduos do que a baixa hiperglicemia em si (crianças -> comprometimento do SNC e do crescimento, maiores exacerbações devido ao metabolismo naturalmente acelerado; idosos -> risco de comprometimento do SNC – desenvolvimento precoce de demência – além do aumento da probabilidade de quedas em casos de hipoglicemias – desmaios – e de possíveis fraturas de membros). Caso o paciente ainda esteja em um quadro de pré-diabetes, a hiperglicemia pode ser revertida por meio da mudança de hábitos e com o auxílio de uma equipe multidisciplinar, abordando o indivíduo como um todo, levando em consideração o contexto em que ele está inserido, e buscando fazer essas mudanças da maneira mais gradual possível, para que o tratamento seja aderido e eficiente. Caso o paciente já seja diagnosticado com diabetes, o tratamento dependerá do tipo que ele é portador e da gravidade da doença (caso seja DM2). O tratamento farmacológico é composto por: COMPLICAÇÕES: Caso o paciente não seja tratado de maneira eficiente ou até mesmo precoce, ou em caso de não adesão ao tratamento, podem surgir algumas complicações graves da doença: **Essas complicações representam mais um motivo do porque a educação do paciente é tão importante, quando se trata de diabetes e levar à adesão do tratamento.
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