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1 Diabetes Mellitus tipo 2 Critérios diagnósticos • Glicemia aleatória > 200mg/dL em paciente sintomático confirma o diagnóstico. • Glicemia aleatória > 200mg/dL em paciente assintomático deve-se repetir para confirmar. Complicações crônicas: • Microvasculares o Oftalmopatia o Nefropatia o Neuropatia • Macrovasculares o Doença cardiovascular → coronariana, cerebrovascular e periférica. Critérios para rastreamento 2 Tratamento • O que considerar? 6Ps o Patogênese: depende se a condição do paciente é decorrente da resistência à insulina ou da deficiência da produção de insulina. o Potência: efeito do medicamento na glicemia, no peso e na proteção do miocárdio e dos rins. o Precauções: contraindicações e efeitos adversos. o Plus: comorbidades do paciente que se beneficiariam desse remédio. (Ex.: obesidade → aGLP1, iSGLT2 e metformina; doença cardiovascular → iSGLT2 e aGLP1; esteatohepatite → pioglitazona, aGLP1 e isGLT2) o Praticidade o Preço • Tipos de tratamento o Não medicamentoso/Comportamental → mudança no estilo de vida, com dieta, atividade física e higiene do sono. o Insulinoterapia o Medicamentoso • Tipos de medicamentos o Biguanidas: ▪ Atua na redução da produção hepática de glicose, aumenta a sensibilidade periférica à insulina e altera a microbiota intestinal. 3 ▪ É uma droga muito segura, não provoca hipoglicemias, reduz a HbA1c e é útil na prevenção de DM2. ▪ O efeito adverso mais significativo é o desconforto abdominal, sendo que a apresentação de liberação prolongada (XR) causa menos efeitos colaterais. ▪ Contraindicações: insuficiência renal (TFG < 30), se a TFG for menor que 45 deve-se ajustar a dose; insuficiência hepática. ▪ Metformina → 1000 a 2550 mg, em duas a três tomadas por dia. o Agonista do receptor do GLP1 ▪ Essa classe de medicamentos aumentam a secreção de insulina mediada pela alimentação (efeito incretínico), reduz a secreção do glucagon, retarda o esvaziamento gástrico e diminui o apetite. ▪ É uma classe que estimula a perda de peso, seu uso contribui para a redução de eventos cardiovasculares, possui potência elevada e hipoglicemias são raras. ▪ Infelizmente são medicamentos de alto custo e que apresentam efeitos colaterais gastrointestinais – diarreia, náuseas, vômitos e refluxo gastroesofágico. ▪ Liraglutida → 0,6 – 1,2 e 1,8 mg, subcutâneo, diariamente. ▪ Gulaglutida → 1,5 mg, subcutâneo, uma vez por semana. ▪ Semaglutida (ozempic) → 0,5 a 1mg, subcutâneo, uma vez por semana. ▪ Semaglutida oral → eficácia em reduzir HbA1c semelhante à subcutânea, mas tem menor potencial de perda de peso e apresenta um custo elevado. ▪ Tirzepatida – ainda não está disponível no Brasil. o Inibidores do SGLT2 ▪ Os medicamentos dessa classe reduzem a reabsorção renal de glicose. ▪ Os medicamentos dessa classe reduzem o risco de internação e mortalidade em pacientes com insuficiência cardíaca, reduzem a progressão da DRC, apresenta perda de peso discreta e tem um baixo risco de hipoglicemias. ▪ Infelizmente, ocorre um aumento de infecções geniturinárias e aumenta o risco de cetoacidose diabética. ▪ Dapagliflozina → 10mg, VO, uma vez ao dia ▪ Empagliflozina → 10 a 25 mg, VO, uma vez ao dia ▪ Canagliflozina → 100 a 300mg, VO, uma vez ao dia. Associado ao aumento do risco de fraturas e de amputação. o Inibidores da DPP4 4 ▪ Essa classe de medicamentos reduz a degradação do GLP1 endógeno. ▪ Medicamentos seguros e muito toleráveis, sendo que as hipoglicemias são raras e apresenta efeito neutro sobre o peso. ▪ Infelizmente a potência desses medicamentos é relativamente baixa e não apresenta benefícios adicionais para os rins ou coração. ▪ Sitaglipina → 100mg, VO, uma vez ao dia ▪ Vildagliptina → 50mg, VO, duas vezes ao dia ▪ Saxagliptina → 5mg, VO, uma vez ao dia ▪ Linagliptina → 5mg, VO, uma vez ao dia ▪ Alogliptina → 25mg, VO, uma vez ao dia o Tiazolinedionas (glitazonas) ▪ Os medicamentos dessa classe ativam os receptores nucleares PPAR gama, dessa forma, aumentando a sensibilidade periférica à insulina. ▪ São medicamentos de alta potência, que não causam hipoglicemias, tem custo intermediário e são potencialmente benéficos em pacientes com doença hepática gordurosa não alcoólica. ▪ Infelizmente, aumentam o risco de internação por insuficiência cardíaca, causa retenção hídrica e ganho de peso, além de aumentar o risco de fraturas e de câncer de bexiga. ▪ Pacientes com ICC NYHA 3 ou 4 são contraindicados de utilizar esse medicamento. ▪ Pioglitazona → 15, 30 ou 45mg, VO, uma vez por dia. o Sulfoniluréias ▪ Estimula a secreção pancreática de insulina (bloqueia os canais de potássio) ▪ É uma droga de potência elevada, de baixo custo e que reduz complicações microvasculares. ▪ Os efeitos adversos mais significativos são favorecer o ganho de peso e aumentar o risco de hipoglicemias. ▪ Essa classe de medicamentos é contraindicada em caso de insuficiência renal, hepática, cardíaca e pulmonar ou em casos de acidose grave. ▪ Gliclazida MR → 30 a 120 mg (é o mais seguro) ▪ Glibenclamida → 2,5 a 20mg ▪ Glipizida → 2,5 a 20mg ▪ Glimepiridina → 1 a 8mg. ▪ Todas essas doses devem ser divididas em uma ou duas vezes por dia. o Metiglinidas 5 ▪ São medicamentos que contribuem para a redução da variabilidade da glicose pós-prandial, apresentam uma variabilidade de dose e a repaglinidina reduz o espessamento médio intimal carotídeo. ▪ Infelizmente aumenta o risco de hipoglicemia e os pacientes apresentam um ganho ponderal discreto. ▪ Não deve ser utilizado em gravidas ▪ Repaglinida → 0,5 a 16mg ▪ Nateglinida → 120 a 360mg o Inibidores da Alfa-Glicosidase ▪ É muito útil na prevenção de DM2, melhora o perfil lipídico, reduz a variabilidade de glicose pós-prandial, diminui eventos cardiovasculares, hipoglicemias são raras, reduz discretamente a HbA1c e reduz o espessamento médio intimal carotídeo. ▪ Infelizmente o paciente experimenta flatulências e diarreias. ▪ Não deve ser utilizado em gravidas ▪ Acarbose → 50 a 300mg • Tipos de insulina: o Dose inicial 0,1 a 0,2 UI/kg/dia, podendo aumentar. o Associar a tratamento não insulínico. • Indicações para insulinoterapia para DM2: o Falência de células Beta; o Intercorrências clínicas com descompensações agudas; o Internações; o Cirurgias; o Gestação; o Insuficiência renal ou hepática; o Ao diagnóstico, se sintomático, se glicemia jejum >300 ou HbA1c >10% ou cetonuria e cetonemia. • Recomendações para tratamento: 6 o DM2 sem complicações cardiovasculares ou renais: o DM2 + doença cardiovascular aterosclerótica: o DM2 + ICC 7 o DM2 + DR • Metas de tratamento 8 • Cuidado centrado no paciente
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