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FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 1 TRAÇÃO DE BARRAS 5 -DIMENSIONAMENTO DE BARRAS À TRAÇÃO 5.1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS As peças tracionadas aparecem mais freqüentemente como: - barras de treliças em pontes, torres e edifícios; - barras componentes de contraventamentos; - tirantes-pendurais- estais. Contraventamento Estrutura de torre p/ LT Tirante em passarela Torre de LT em forma humana 5.2 – CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO A norma brasileira, NBR-8800/2008, utiliza para dimensionamentos de barras tracionadas, o método dos “Estados Limites Últimos (ELU)”. Devemos então verificar a ocorrência de dois estados limites últimos, a saber: - escoamento da área bruta (EAB); (fy, Ag) Ag ≥ Ae - ruptura da área líquida efetiva (RALE) (fu, Ae). - fy = tensão limite de escoamento (MR-250 – fy=250MPa) - fu = tensão limite de ruptura (MR-250 – fu = 400 MPa) FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 2 TRAÇÃO DE BARRAS Sd ≤ Rd (Sn x γ = Sd), γ = coeficiente de segurança ou coeficiente de ponderação das ações (majoradas γ ≥ 1,0) (Rn x γ = Sd), γ = coeficiente de segurança ou coeficiente de ponderação das ações (minoração γ ≤ 1,0) Momento Fletor: X 30MPa – 20x40 - fck 25 MPa – 20x50 - I Viga metálica: 250MPa / 300MPa/ 350MPa A verificação ao estado limite último de escoamento da área bruta é mais direto porque utiliza os valores já previamente conhecidos de área bruta ou total da seção transversal do material e a tensão de escoamento do aço. Porém a ruptura da área líquida efetiva necessita de um estudo mais aprofundado para sua determinação. 5.3 – DETERMINAÇÃO DA ÀREA LÍQUIDA EFETIVA Ae 5.3.1 – LINHAS DE RUÍNA EM ELEMENTOS PLANOS Linha de ruína (LR) é a linha pela qual deverá romper-se uma peça tracionada, numa região onde existam furos. Quando a barra não tem qualquer tipo de redução de seção transversal, a área líquida é igual à área bruta e portanto An (área líquida) é igual a Ag (área bruta). Quando há a existência de furos, tem-se: - An = área líquida; (net = liquida) - Ag = área bruta (gross = total ou bruta). ��� = �� � � . � + � �� �. � 4. � � , (fórmula de Wilson Cochrane), onde: - df = diâmetro / largura do furo na direção perpendicular à direção do esforço de tração na peça; - t = espessura do elemento possuidor do furo ou furos; - s = espaçamento entre dois furos consecutivos na linha de ruptura, paralelamente à direção do esforço de tração na peça; - g = espaçamento entre dois furos consecutivos na linha de ruptura, perpendicularmente à direção do esforço de tração na peça. A linha de ruína adotada será aquela que levar ao menor valor de An calculada. EAB FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 3 TRAÇÃO DE BARRAS Nt (em B) é o mais carregado Nt/2 ( em B e D) é o 2º mais carregado Nt/3 (em B, D e F) é o mais folgado (é o menos carregado) Td (em F) é o mais carregado Td/2 ( em F e D) é o 2º mais carregado Td (em B) é o mais folgado (é o menos carregado) Ag = b x t (largura x espessura) Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3 Fig. 4 Fig. 1 – linha de ruína “ABC” (1 furo e nenhuma diagonal); Fig. 2 – linha de ruína “ABDE” (2 furos e diagonal BD); Fig. 3 – linha de ruína “ABDFG” (3 furos e diagonais BD e DF). O diâmetro do furo a ser considerado no cálculo da área líquida deverá ser: a) Para furos executados com broca: neste caso o furo deverá ser considerado 1,5mm maior que o diâmetro do parafuso a ser utilizado para folga de montagem ⇒ df = dp + 1,5mm; (furo padrão) b) Para furos executados à punção: neste caso o furo deverá ser considerado 3,5mm maior que o diâmetro do parafuso a ser utilizado, sendo 1,5mm para folga de FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 4 TRAÇÃO DE BARRAS montagem e 2,0mm para considerar deformação devido ao processo de puncionamento ⇒ df = dp + 1,5mm (folga) + 2 x1,0mm (deformação) = dp + 3,5mm. Fig. 1 Linhas de ruina de chapas planas F – Td / Ag ⇒ f = E x ε 5.3.1 – ESTUDO DA SEÇÃO DE FUROS (AULA DE 26 DE AGOSTO DE 2021) A seção transversal de uma barra reduzida por ocorrência de furos é denominada área líquida. Na região de ocorrência de furos ocorre concentração de tensões, conforme mostrado na figura 2 abaixo. Estas tensões não são uniforme e as que ocorrem nas bordas dos furos são aproximadamente três vezes maior que as tensões na borda externa da chapa. Assim que a tensão na borda dos furos alcança o valor da tensão de escoamento, esta se torna constante e aumenta gradativamente para a borda até que toda a seção líquida esteja escoada (ft = fy, seção considerada plastificada). Fig 2 – concentração de tensões Fig 3 – seção do furo plastificada em bordas de furos σ = Fy (escoamento da seção). - fy – Ag fu - An 5.3.2 – LINHAS DE RUÍNA EM PERFIS Em perfis compostos de mais de um elemento plano deve-se utilizar a forma adequada abaixo: �� = �� − 4. � . � � − 3. � . ��� + ∑ ���.�� .� !, onde: - tf = espessura das mesas do perfil; FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 5 TRAÇÃO DE BARRAS - tw = espessura da alma do perfil; - n = número de parafusos nas linhas de ruínas das mesas (considerando duas mesas) - m = número de parafusos nas linhas de ruínas da alma. 5.3.3 – CASO PARTICULAR DA CANTONEIRA No caso particular de uma cantoneira, quando tiver furos nas duas abas, fica mais fácil visualizar as linhas de ruína em uma chapa equivalente oriunda de uma cantoneira planificada. Porém para isto necessitamos desenvolver um largura equivalente “b” para a chapa planificada. Também para a distância entre furos nas duas abas necessitamos da distância equivalente “f”. Ambos valores são determinados abaixo: 5.3.4 – DETERMINAÇÃO DA ÁREA LÍQUIDA EFETIVA (Ae) Em perfis compostos por mais de um elemento plano, pode ocorrer que apenas um, ou alguns, destes elementos componentes estejam fixados por parafusos. Neste caso os elementos parafusados participam da ligação ativamente, enquanto aqueles outros não participam Neste caso, o trecho referente às diagonais, (última parte da equação) só acontece nas almas dos perfis por incapacidade de se colocar mais de uma linha de parafusos nas mesas superior ou inferior. FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 6 TRAÇÃO DE BARRAS diretamente. Na região dos furos em elementos parafusados pode ocorrer então uma concentração de tensões fazendo com que estes elementos trabalhem mais que os outros. As tensões se distribuem de forma não uniforme. Determina-se assim um coeficiente para minoração deste efeito de concentração, chamado “Ct - coeficiente de redução da área líquida”. Os valores de Ct são aproximados e determinados por intermédio de ensaios de laboratório. Os valores de Ct são calculados pela formula abaixo: "� = 1 − $%&% , onde: -ec = excentricidade considerada na ligação. Esta é medida desde o centro geométrico da seção transversal G, até o plano de cisalhamento da ligação, conforme figuras abaixo: -Lc = a distância entre o primeiro e o último furo de uma mesma linha de furos na direção do esforço de tração. excentricidade considerada na ligação. Esta é medida desde o centro geométrico da seção transversal G, até o plano de cisalhamento da ligação, conforme figuras abaixo: Cantoneiras Perfis I/U ligados pela alma Perfis I/U ligados pelas mesas. Quando calculado o valor de Ct deve variar entre 0,60 e 0,90 quando calculado. Estudos demonstram que o valor de Ct aumenta quando a distância de “G” até o plano de cisalhamento se reduz (ec) e também quanto maior for o comprimento da ligação (Lc). Caso a ligação seja feita por todos os elementos componentes do perfil, a tensãonormal não uniforme na barra terá variação pouco significativa e portanto poderá ser considerado um valor de Ct = 1,0. Neste caso as chapas terão sempre o valor de Ct = 1,0. No caso de chapas planas, quando a força de tração for transmitida somente por soldas longitudinais ao longo da duas bordas paralelas, temos: FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 7 TRAÇÃO DE BARRAS - Ct = 1,00, quando '� ≥ 2*; - Ct = 0,87, quando 2* ≤ '� ≤ 1,5*; - Ct = 0,75, quando 1,5* ≤ '� ≤ 1,0*. '� = comprimento dos cordões de solda; * = '/0�10/ / 2ℎ/4/, 51 6��â826/ 98�09 /� �5' /� �6�1/ /� 8/� *50 /�. - f = P / Ag Deformação: f = E x ε ⇒ ε = f / E Em barras com seções tubulares retangulares, quando a força de tração for transmitida por meio de uma chapa de ligação concêntrica ou por chapas de ligação em dois lados opostos da seção, desde que o comprimento da ligação, ':, não seja inferior à dimensão da seção na direção paralela à(s) chapa(s) de ligação, Ct será definido a partir do valor de “ec” obtido das fórmulas abaixo: Em barras com seções tubulares circulares, quando a força de tração for transmitida por meio de uma chapa de ligação concêntrica: - se o comprimento da ligação, ':, for superior ou igual a 1,30 do diâmetro externo da barra ⇒ Ct = 1,00. - se o comprimento da ligação, ':, for superior ou igual ao diâmetro externo da barra e menor que 1,30 este diâmetro então Ct será definido a partir do valor de “ec” obtido das fórmulas abaixo: FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 8 TRAÇÃO DE BARRAS Obs: os valores descritos acima estão de acordo com as prescrições da norma brasileira de projeto de estruturas em aço intitulada “NBR-8800:2008 – Projeto e Execução de Estruturas de Aço e de Estruturas Mistas de Aço e Concreto de edifícios”. 5.3.5 – DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE ESBELTEZ MÁXIMO A norma brasileira NBR-8800:2008recomenda que o índice de esbeltez de barras tracionadas λ= ;<, não supere o valor 300, exceptuando-se os casos de tirantes de barras redondas pré- tensionadas ou outras barras que tenham sido montadas com pré-tensão. A dita norma recomenda ainda que perfis ou chapas, separados uns dos outros por distância igual à espessura das chapas espaçadoras, sejam interligados através desta chapas de forma que o maior índice de esbeltez não ultrapasse 300, conforme figura abaixo. 5.3.6 – RESISTENCIAS DE CÁLCULO Temos que verificar as possibilidades de ruptura do material considerando a atuação do esforço de tração: 1) - Escoamento da área bruta (EAB); (fy, Ag): O perfil/chapa vai romper em uma região onde não existam furos. Então tomaremos as propriedades geométricas e mecânicas do ligação: - Ag = área da seção transversal; - fy = tensão limite de escoamento; FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 9 TRAÇÃO DE BARRAS =>?�@ = �� A B@CDE ; CDE = 1,10. 2) - Ruptura da área líquida efetiva (RALE) (fu, Ae). O perfil/chapa vai romper em uma região onde existam furos. Então tomaremos as propriedades geométricas calculadas para a redução de área (Ae = An x Ct) e mecânicas do ligação no regime de ruptura final: - Ae = área líquida efetiva da seção escolhida da ligação; - fu = tensão limite de ruptura; =>?�F = �$ A BFCD� ; CD� = 1,35. FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 10 TRAÇÃO DE BARRAS 6) EXEMPLOS DE CALCULO: 1) Verificar a carga de tração resistente da viga soldada abaixo. Considerar aço CG-28 e parafusos M20 (dp). Verificar ainda a espessura mínima que deverá ter as duas chapas de ligação em aço MR-250. - Imperial (USA, UK, JAPÃO): polegadas, pés, milhas, jardas, etc: - Parafusos: ½” (12,7 mm), 5/8”(15,9 mm), ¾”(19,1 mm), 1” (25,4mm), 1 ¼”, 1 ½”, 1 ¾”, etc. (1” = 25,4 mm, 1’(pé) = 12” = 12 x 25,4 mm = 305 mm) - Métrica (“ISO”, Europa): medidas em dimensões métricas, mm, cm, m. Parafusos: M12, M16, M20, M24, M33. BROCA OU PUNÇÃO? - Parafusos M20 (dp = 20 mm) – df = 20 + 3,5 = 23,5 mm. (furação por punção) - broca: df = dp + folga= dp + 1,5mm; = folga=1,5mm. - punção: df = dp + folga + deformação = dp + 1,5 + 2,0 = dp + 3,5 mm - Aço CG-28 (perfil) – fy = 27,5 kN/cm2; fu = 44,0 kN/cm2; - Aço MR-250 (chapas) – fy = 25,0 kN/cm2; fu = 40,0 kN/cm2. - Ag = 18 x 0,95 x 2 + 20,1 x 0,48 = 43,85 cm2. FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 11 TRAÇÃO DE BARRAS a) Análise do Perfil s = 35mm, s = 45mm, g = 50mm. -Ag = 2 x (18 x 0,95) + (20,1 x 0,48) = 43,85 cm2; área bruta da chapa LR’s: 1- ABCD – 2 furos – nenhuma diagonal – An1; 2 – ABECD - - 3 furos – 2 diagonais (BE e EC) – An2. An1 = 43,85 – 2 x 2,35 x 0,48 = 41,59 cm2; An2 = 43,85 – 3 x 2,35 x 0,48 + 2 x (3,5)2 x 0,48 / ( 4 x 5,0) = 41,05 cm2; ‘An = An2 = 41,05 cm2; Ct < 1,0 : porque o perfil é ligado por apenas uma das três chapas. "� = 1 − 9:': A1 = 9 x 0,95 = 8,55 cm2; x1 = 4,5 cm. A2 = 20,1 x 0,24 = 4,82 cm2; x2 = 0,12 cm. A3 = 9 x 0,95 = 8,55 cm2; x3 = 4,5 cm. AT = 21,92 cm2. A� = ∑ ��A A�∑ �� = 2A(8,55A4,50) + 4,82 A 0,12 21,92 A� = 3,54 2K. ‘ ec = 3,54 – 0,24 = 3,30 cm. FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 12 TRAÇÃO DE BARRAS ':E = 7,0cm; ':� = 0cm; ':L = 7,0cm; ': = 7,0cm (tomar o maior valor) Determinação de ec: - A1 = 9,0 x 0,95 = 8,55 cm2;(área da metade da mesa superior); - A2 = 20,1 x 0,24 = 4,82 cm2;(área da metade da alma); - A3 = 9,0 x 0,95 = 8,55 cm2;(área da metade da mesa inferior). - X1 = 9,0 / 2 = 4,5 cm;(posição do CG da metade da mesa superior); - X2 = 0,24 / 2 = 0,12 cm;( posição do CG da metade da alma); - X3 = 9,0 / 2 = 4,5 cm;(posição do CG da metade da mesa inferior). XCG = (2 x 8,55 x 4,5 + 4,82 x 0,12) / (2 x 8,55 + 4,82) = 3,54 cm. - ec = XCG – tw/2 = 3,54 – 0,24 = 3,30 cm. "� = 1 − 9:': = 1 − 3,30 7,0 = 0,53 Porém 0,60 ≤ Ct ≤ 0,90. Devemos modificar a ligação. Tomemos um valor mínimo de Lc.: "� ≥ 1 − 9:': ⇒ 0,60 ≥ 1 − 3,30 ': ⇒': ≥ 8,252K 0,60 < 1 – 3,3/Lc, então Lc ≥ 8,25 cm ⇒ Tomar Lc = 9,0 cm (2 x 4,5 cm). Ct = 1 – 3,30 / 9,0 = 0,63 (0,60 ≤ Ct ≤ 0,90). OK! ‘Ae = Ct x An = 0,63 x 41,05 = 25,86 cm2. Estados Limites Últimos: 1-EAB (escoamento da área bruta): =�>?@ = �� A BOC/1 = 43,85 A 27,51,10 = 1096,25 P= 2-RALE (ruptura da área líquida efetiva): =�>?F = �9 A B1C/2 = 25,86 A 44,01,35 = 842,84 P= Vamos resolver o exercicio a partir deste ponto NRd = 842,8 kN. (carga resistente de cálculo do perfil). FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 13 TRAÇÃO DE BARRAS - utiliza a tensão de escoamento fy: γa1 = 1,10. (NBR-8800/2008); - utiliza a tensão de ruptura fu: γa2 = 1,35. (NBR-8800/2008) a)Análise das Chapas: -Ag = 17 x t = 17t cm2(para uma das chapas); - df = dp + 1,5mm (broca) ou 3,5mm (punção) – parafuso M20 (métrico dp=20mm); Considerando furos executados por punção. - df = dp + 3,5mm = 20 + 3,5 = 23,5mm = 2,35 cm; - s=45mm, g=50mm Aço das chapas é MR-250 (fy = 250 MPa = 25 kN/cm2; fu = 400 MPa = 40 kN/cm2) LR’s: 1- ABCD – 2 furos – nenhuma diagonal – An1; 2 – ABECD - - 3 furos – 2 diagonais (BE e EC) – An2; ��� = ��� � . � + � �� �. � 4. � � , An1 = 17t – 2 x 2,35 x t = (17 – 4,7) x t = (12,3 x t) cm2; An2 = 17t – 3 x 2,35 x t + 2 x (4,5)2 x t / ( 4 x 5,0) = (11,98 x t) cm2; ‘An = An2 = 11,98 x t cm2; Ct = 1,0 (chapas). ⇒ ‘Ae = Ct x An = 1,0 x 11,98 x t = 11,98 x t cm2 (para uma chapa). Estados Limites Últimos: 1-EAB: NRdty = 2 A �� A BOC/1 = 2 A (17 A �) A 251,10 = 772,73 x t ≥ 842,84 kN ⇒ ty ≥ 1,09 cm; 2-RALE: NRdtu = 2A �9 A B1C/2 = 2 A (11,98 A �) A 401,35 = 709,93 x t ≥ 842,84 kN ⇒ tu ≥ 1,19 cm. FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICASpg. 14 TRAÇÃO DE BARRAS - t ≥ 1,19 cm ⇒ t = 12,7 mm (1/2”) - 0,476 / 0,635 / 0,794 / 0,953 / 1,270 1-EAB: NRdy = 2 A �� A BOC/1 = 2 A (17 A 1,27) A 251,10 = 981 P= 2-RALE: NRdu = 2A �9 A B1C/2 = 2 A (11,98 A 1,27) A 401,35 = 902 kN. NRd = 842,8 kN. (carga resistente de cálculo do perfil). FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 15 TRAÇÃO DE BARRAS 2) Verificar a carga de tração resistente da viga soldada abaixo. Considerar aço CG-28 e parafusos M20. Verificar ainda a espessura mínima que deverá ter as duas chapas de ligação em aço MR-250. - Parafusos M20 – df = 20 + 3,5 = 23,5 mm. - Aço CG-28 (perfil) – fy = 27,5 kN/cm2; fu = 44,0 kN/cm2; - Aço MR-250 (chapas) – fy = 25,0 kN/cm2; fu = 40,0 kN/cm2. a)Análise do Perfil -Ag = 2 x 18 x 0,95 + 20,1 x 0,48 = 43,85 cm2; 45 45 Nsd Nsd 180 9, 5 20 1 9, 5 4,8 18 0 35 55 55 35 A B C D E F G H A B C D G H FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 16 TRAÇÃO DE BARRAS LR’s: 1- ABCD-EFGH – 2 x 2 furos – nenhuma diagonal – An1; An1 = 43,85 – 2 x (2 x 2,35 x 0,95) = 34,92 cm2; ‘An = An1 = 39,42 cm2; Ct = 1 – ec / ': ; ': = 9,0cm; Ct = 1 – ec / ': Determinação de ec: - A1 = 18,0 x 0,95 = 17,10 cm2;(área da mesa superior); - A2 = 10,05 x 0,48 = 4,82 cm2;(área da metade da alma); - y1 = 0,95 / 2 = 0,475 cm;(posição do CG da mesa superior); - y2 = 0,95+(10,05/2) = 5,98 cm;( posição do CG da metade da alma em relação ao topo da mesa superior); - yCG = (17,10 x 0,475 + 4,82 x 5,98) / (17,10 + 4,82) = 1,69 cm. - ec = yCG = 1,69 cm. Ct = 1 – 1,69/ 9,0 = 0,81 ( 0,60 ≤ Ct ≤ 0,90). Ae = Ct x An = 0,81 x 34,92 = 28,29 cm2. Estados Limites Últimos: 1-EAB: NRdy = Q� R @ STU = L,VW R �X,WE,EY = 1096,25 kN; 2-RALE: NRdu = Q$ R F ST� = �V,�Z R ,YE,LW = 922,04 kN. NRd = 922,04 kN. 9, 5 10 0, 5 4,8 180 yc g FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 17 TRAÇÃO DE BARRAS b)Análise das Chapas: -Ag = 18 x t = (18 x t) cm2(para uma das chapas); LR’s: 1- ABCD – 2 furos – nenhuma diagonal – An1; An1 = 18t – 2 x 2,35 x t = (13,3 x t) cm2; ‘An = An1 = 13,3 x t cm2; Ct = 1,0 (chapas). ⇒ ‘Ae = Ct x An = 1,0 x 13,3 x t = 13,3 x t cm2 (para uma chapa). Estados Limites Últimos: 1-EAB: NRdy = 2 A �� A BOC/1 = 2 A 18� A 251,10 = 818,18 x t ≥ 922,04 kN ⇒ ty ≥ 1,13 cm; 2-RALE: NRdu = 2A �9 A B1C/2 = 2A13,3� A 401,35 = 788,15 x t ≥ 922,04 kN ⇒ tu ≥ 1,17 cm. - t ≥ 1,17 cm ⇒ t = 12,7 mm (1/2”) 18 0 35 55 55 35 NsdNsd A B C D FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 18 TRAÇÃO DE BARRAS 3) Verificar a carga de tração resistente da viga soldada dos dois exemplos anteriores, parafusada por todos os três elementos (alma e mesas). Considerar aço CG-28 e parafusos M20. Verificar ainda a espessura mínima que deverá ter as chapas de ligação em aço MR-250, para as mesas e para a alma. a)Análise do Perfil s = 45mm, g = 50mm. -Ag = 2 x (18 x 0,95) + (20,1 x 0,48) = 43,85 cm2; LR’s: 1- ABCD – 2 furos – nenhuma diagonal – An1; 2 – ABECD - - 3 furos – 2 diagonais (BE e EC) – An2. An1 = 43,85 – 2 x 2,35 x 0,48 – 2 x ( 2 x 2,35 x 0,95) = 32,66 cm2; An2 = 43,85 – 3 x 2,35 x 0,48 + 2 x (4,5)2 x 0,48 / ( 4 x 5,0) – 2 x ( 2 x 2,35 x 0,95) = 32,51 cm2; ‘An = An2 = 32,51 cm2; Todos os três elementos da viga estão presos por parafusos. Ct = 1,0. "� = 1 - Ae = An = 32,51 cm2. Estados Limites Últimos: 1-EAB (escoamento da área bruta): NtRdy = Q� R @ STU = L,VW R �X,WE,EY = 1096,25 kN; 2-RALE (ruptura da área líquida efetiva): NtRdu = Q$ R F ST� = L�,WE R ,YE,LW = 1059,59 kN. NRd = 1060 kN. (carga resistente do perfil). - utiliza a tensão de escoamento fy: γa1 = 1,10. (NBR-8800/2008); - utiliza a tensão de ruptura fu: γa2 = 1,35. (NBR-8800/2008) FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 19 TRAÇÃO DE BARRAS b)Análise das Chapas: Considerar que as chapas das mesas terão espessura de 9,5mm. Determinar a espessura mínima para chapas de ligação da alma. - Mesas: Agf = 18 x 0,95 x 2 = 34,2 cm2 (para as duas chapas das mesas) - Alma: Agw = 17 x t x 2 = 34 t (para as duas chapas da alma) LR’s: 1- ABCD – 2 furos – nenhuma diagonal – An1; 2- ABECD – 3 furos – 2 diagonais – An2; - An = LR nas duas mesas + LR na alma. An1 = {34,2 – 4 x 2,35 x 0,95} + 2 x {17t – 2 x 2,35 x t} = 25,27 + (24,6 x t) cm2; An1 = {34,2 – 4 x 2,35 x 0,95} + 2 x {17t – 3 x 2,35 x t + 2 x (4,52 x t)/ (4 x 5)} = 25,27+21,93 t; ‘An = An2 = (25,27+21,93 t)cm2; Ct = 1,0 (todos os elementos estão parafusados). Estados Limites Últimos: 1-EAB: NRdy = �� A BOC/1 = (34,2+34�) A 251,10 = (777,27 + 840,91xt) ≥ 1060 kN ⇒ ty ≥ 0,34 cm; 2-RALE: NRdu = Q$ R F ST� = (�W,�X[�E,ZL\) R YE,LW = (748,74 + 649,78t) ≥ 1060 kN ⇒ tu ≥ -0,48 cm. - t ≥ 0,48 cm ⇒ t = 4,76 mm (3/16”) 18 0 35 55 55 35 NsdNsd A B C D FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 20 TRAÇÃO DE BARRAS 4) Verificar a carga de tração resistente da ligação em duas chapas abaixo. Considerar aço CG-28 e parafusos 1”(25,4 mm). - CG-28 ( fy = 275MPa e fu = 440 MPa). Esquema da Ligação Chapa 1 (direita) Chapa 2 (esquerda) - fy, fu – resistência do aço - Ag, Aef – áreas resistentes FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 21 TRAÇÃO DE BARRAS Aula 17/03/2022: Exemplo 2 5) Verificar a carga de tração resistente da cantoneira de abas desiguais da figura abaixo. Considerar aço ASTM-A36 e parafusos M20. Área bruta Ag = 45,7 cm2; ey = 7,20 cm; ex = 2,26 cm; Ix = 1860 cm4; rx = 6,38 cm; Iy = 316 cm4; ry = 2,63 cm; rz = 2,11 cm; Iz = 204 cm4. - Parafusos M20 – df = 20 + 1,5(folga) + 2,0(deformação) = 23,5 mm (punção). - Aço ASTM-A36 – fy = 25,0 kN/cm2; fu = 40,0 kN/cm2--------. LR’s: 1- ABCD – 2 furos – nenhuma diagonal – An1; 2 – ABECD - - 3 furos – 2 diagonais (BE e EC) – An2. - s = 5,0 cm; g = 8,0 cm; g1 = (70 + 63) – 16 = 117 mm = 11,7 cm. ��� = ��� � . � + � �� �. � 4. � � , An1 = 45,7 – 2 x 2,35 x 1,6 = 38,2 cm2; An2 = 45,7 – 3 x 2,35 x 1,6 + 52 x 1,6 / ( 4 x 8,0) + 52 x 1,6 / ( 4 x 11,7) = 36,52 cm2; ‘An = An2 = 36,52 cm2; Ct = 1 (cantoneiras ligadas pelas duas abas); FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 22 TRAÇÃO DE BARRAS - Ae = An x Ct = Ae = Na = 36,52 cm2; - Ag (área bruta) ; fy (tensão limite de escoamento) – Escoamento da Área Bruta; - Ae (área líquida efetiva); fu (tensão limite de ruptura) – Ruptura da Área Líquida Efetiva Estados Limites Últimos: 1-EAB: NRdty = �� A BOC/1 = 45,7 A 251,10 = 1038,64 kN; rompe primeiro 2-RALE: NRdtu = Q$ R F ST� = L],W� R YE,LW = 1082,07 kN. -NRd = NRdty = 1039 kN. 6) Verificar a carga de tração resistente da cantoneira anterior para a figura abaixo. Considerar aço ASTM-A36 e parafusos M20. Área bruta Ag = 45,7 cm2. Área bruta Ag = 45,7 cm2; ey = 7,20 cm; ex = 2,26 cm; Ix = 1860 cm4; rx = 6,38 cm; Iy = 316 - Parafusos M20 – df = 20 + 3,5 = 23,5 mm = 2,35 cm (punção). - Aço ASTM-A36 – fy = 25,0 kN/cm2; fu = 40,0 kN/cm2. LR’s: 1- ABC – 1 furo – nenhuma diagonal – An1; 2 – ABDE - - 2 furos – 1 diagonal (BD) – An2. FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 23 TRAÇÃO DE BARRAS - s = 5,0 cm; g = 8,0 cm. ��� = ��� � . � + � �� �. � 4. � � , An1 = 45,7 – 1 x 2,35 x 1,6 + 0 x 52 x 1,6 / ( 4 x 8,0) = 41,94 cm2; An2 = 45,7 – 2 x 2,35 x 1,6 + 1 x 52 x 1,6 / ( 4 x 8,0) = 39,43 cm2; ‘An = An2 = 39,43 cm2; - Ae = An x Ct (Ct < 1,0 e deve ser calculado) "� = 1 − 9:': = 1 − 2,26 20': = 4 x 5,0 = 20,0 cm; Ct = 1 – 2,26 / 20 = 0,887 (0,60 < Ct ≤ 0,90). OK! ‘Ae = Ct x An = 0,887 x 39,43 = 34,97 cm2. Estados Limites Últimos: 1-EAB: NRdty = �� A BOC/1 = �� A BOC/1=1,10 = 45,7 A 251,10 = 1038,64 kN; 2-RALE: NRdtu = Q$ R F ST� = Q^ R _ST�`E,LW = L ,ZX R YE,LW = 1036,28 kN. -NRd = NRdy = 1036 kN. FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 24 TRAÇÃO DE BARRAS 7) EXERCICIOS PROPOSTOS 1) Para a emenda da figura abaixo, determinar a resistência da chapa. Considerar aço MR250 e espessura 10mm para a chapa da esquerda e aço CG-28 e espessura a ser determinada para a chapa da direita e parafusos diâmetro 1”. 1) – chapa da esquerda: MR250 – parafuso 1” (broca), t = 10mm. - df = dp + 1,5mm = 25,4 + 1,5 = 26,9 mm = 2,69cm; - Ag = 19,5 x 1,0 = 19,5 cm2; - LR’s: 1) ABCD – 2 furos – nenhuma diagonal; An1 2) ABECD – 3 furos – 2 diagonais (BE , EC) – An2; - s= 6,0 cm; g1 = 5,0 cm; g2 = 5,5 cm. An1 = 19,5 – 2 x 2,69 x 1,0 = 14,12 cm2; An2 = 19,5 – 3 x 2,69 x 1,0 + [62 x 1 / 4 x 5] + [62 x 1 / 4 x 5,5] = 14,87 cm2; - Ct = 1,0 ⇒ Ae = An = 14,12 cm2; FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 25 TRAÇÃO DE BARRAS Estados Limites Últimos: 1-EAB: NRdty = �� A BOC/1 = 19,5 A 251,10 = 443,2 kN; 2-RALE: NRdtu = Q$ R F ST� = E ,E� R YE,LW = 418,4 kN. -NRd = NRdy = 418,4 kN. 2) – chapa da direita: CG-28 (fy = 27,5 kN/cm2; fu = 44,0 kN/cm2) – parafuso 1” (broca), t = 10mm. - df = dp + 1,5mm = 25,4 + 1,5 = 26,9 mm = 2,69cm; - Ag = 19,5 x t = 19,5t cm2; - LR’s: 1) ABC – 1 furo – nenhuma diagonal; An1 2) ABDE – 2 furos – 1 diagonal (BD) – An2; 3) ABDFG – 3 furos – 2 diagonais (BD e DF) – An3; - s1= 6,0 cm; s2= 6,0 cm; g1 = 5,0 cm; g2 = 5,5 cm. An1 = 19,5t – 1 x 2,69 x t = 16,81t cm2; An2 = 19,5t – 2 x 2,69 x t + [52 x t / 4 x 5] = 15,37t cm2; An2 = 19,5 t – 3 x 2,69 x t + [52 x t / 4 x 5] + [62 x t / 4 x 5,5] = 14,32 t cm2; - Ct = 1,0 ⇒ Ae = An = 14,32 cm2; Estados Limites Últimos: 1-EAB: NRdty = �� A BOC/1 = 19,5� A 27,51,10 = 487,5 A � kN ≥ 418,4 ⇒ t ≥ 418,4 / 487,5 = 0,86 cm; 2-RALE: NRdtu = Q$ R F ST� = E ,L�� R E,LW = 466,7 A � kN ≥ 418,4⇒ t ≥ 418,4 / 466,7 = 0,90cm. -t ≥ 0,90 cm. FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 26 TRAÇÃO DE BARRAS 2) – Determine a resistência de cálculo de uma ligação composta por duas chapas com dimensões (240 x 8) mm, ligadas à chapa de nó por parafusos de diâmetro 19 mm, com a distribuição indicada na figura. Adote aço classe MR-250. FACULDADES KENNEDY ESTRUTURAS METÁLICAS 03/03/2022 ESTRUTURA METÁLICAS pg. 27 TRAÇÃO DE BARRAS 3) – Determine a resistência de cálculo da ligação abaixo composta por duas chapas e duas cantoneiras. Considerar chapa 1 com espessura 3/8” e determinar a espessura mínima necessária da chapa 2, todas as duas em aço MR250. Cantoneiras em aço AR-350. Parafusos diâmetro ¾”. 1.3 – Determine a resistência de cálculo de uma ligação composta por duas chapas com dimensões (240 x 8) mm, ligadas à chapa de nó por parafusos de diâmetro 19,1 mm, com a distribuição indicada na figura. Adote aço classe MR-250.
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