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Clínica Médica de ruminantes i Universidade Federal de Alagoas - Medicina Veterinária BIANCA SANTOS Comum no gado leiteiro e bovinos de engorda confinados; Dieta com forragens de baixa digestibilidade (palha ou arbustos) utilizadas em período de escassez. Associadas abaixo consumo de proteínas; Mudança no tipo de cereal ofertado; Aumento repentino na oferta de concentrado, excedendo a capacidade digestiva do animal; Acesso acidental a grande quantidade de cereais, quando o animal escapa para se alimentar por exemplo; Uso prolongado ou doses altas de antibióticos prejudicam a flora ruminal, e também podem propiciar a indigestão simples; É auto-limitante, ou seja, começa e termina de forma rapida. PARTE I - INDIGESTÃO INDIGESTÃO SIMPLES PATOGENIA Os desequilíbrios na dieta, alteram o pH ruminal e consequentemente a motilidade ruminal (diminuição ou parada dos movimentos ruminais); Mesmo sem alteração do pH, a atividade ruminal pode ser prejudicada pelo acúmulo de forragem não digerida; Essas condições causam acidose ruminal, que altera o equilíbrio entre as bactérias celulolíticas e as bactérias que usam carboidratos (S. bovis); Ocorre aumento acentuado da população de Streptococcus bovis que usa carboidratos para produção de ácido lático; Dessa forma, a quantidade excessiva de ácido lático diminui mais ainda o pH ruminal, destruindo as bactérias celulolíticas e os protozoários; bianc a sant os DIAGNÓSTICO Baseia-se nos sinais clínicos, anamnese, e informações sobre o manejo alimentar da propriedade; Existem testes laboratoriais para avaliar a atividade da flora bacteriana ruminal, porém são menos utilizados; Acidose láctica ruminal (+ semelhante); Alcalose ruminal (+ ligada a intoxicação por ureia, por exemplo); Putrefação ruminal; Cetose ( distúbio metabólico); Reticuloperitonite traumática( ingestão de corpos estranhos). fibras não digeridas nas fezes INDIGESTÃO SIMPLES Anorexia (1-2d); Hipomotilidade ruminal (em 5minutos -5-7 MR) Extremidades frias (hipocalcemia) importante na hora da avaliação de desidratação; Redução no consumo de alimentos; Queda da produção de leite; Apatia; FC pode aumentar para 80 BPMs; Pode ocorrer diarréia (odor fétido) Timpanismo leve; Em casos crônicos, podem aparecer fibras não digeridas nas fezes; Diminuição da duração e frequência dos sons ruminais (auscultação). Os sons podem ficar em torno de 1 a cada 4 minutos (muito pouco); A indigestão simples pode passar para o grau de acidose ruminal (mais grave), que se subdivide em hiperaguda, aguda e subaguda. SINAIS CLÍNICOS Vaca com anorexia bianc a sant os Flotação; Sedimentação; Avaliação do pH. ANÁLISE DO FLUIDO RUMINAL Consistência aquosa; Pouca formação de bolhas e flotação; Poucos infusórios; Rápida sedimentação; pH levemente alcalino (ou pouco ácido); Redução tardia do azul de metileno. CARACTERÍSTICAS DO FLUIDO RUMINALIndigestão simples Distensão ruminal moderada (o intestino se enche de líquido, tensionando o mesentério); Distensão do quadrante inferior direto; Pode haver sinais de cólica (apresenta arqueamento da postura. Tensionando o mesentério; Alimentos de boa qualidade; Laxante (2-3d); Acidificantes (vinagre); Cálcio parenteral (borogluconato de Ca); Transfaunação (3-5L)- técnica de manipulação de microbiota ruminal que consiste na transferência de líquido ruminal de um doador saudável para um receptor, que pode estar doente ou não. TRATAMENTO Manter uma boa qualidade dos alimentos fornecidos; Cuidado na mudança da dieta - período de adaptação de 10-14d; Garantir o mínimo de 18-20% de fibra na matéria seca total fornecida aos animais. PREVENÇÃO bianc a sant os Alta ingestão de grãos; Mudança na microbiota -> Predomínio de Streptococcus bovis -> Produz ácido láctico ; Redução pH - Destruição de bactérias celulolíticas e protozoários; pH- Proliferação lactobacilos - Produção ácido láctico; Aumento de Osmolaridade; Líquido drenado para o rúmen- Desidratação; Hemoconcentração Atonia ruminal; Ácido láctico absorvido pelo intestino (pode chegar a corrente sanguínea e causar uma acidose metabólica); Acidose láctica sistêmica; Ruminite micótica; Peritonite; Ruminite química; Abcessos hepáticos; Trombose da veia cava PATOGENIA Ingestão de grãos, frutas, massa, resíduos, cevada; Mudança abrupta na alimentação; Alimentos finamente triturados; Beber ruminal(leite no canto errado); Morbidade (10-50%) e letallidade (90%) depende: Espécie do grão e Quantidade ingerida; Experiência anterior do animal. aCIDOSE RUMINAL INDIGESTÃO POR CARBOIDRATOS ACIDOSE LÁCTICA RUMINAL SOBRECARGA POR GRÃOS INDIGESTÃO TÓXICA RÁPIDA INGESTAÃO DE GRANDE QUANTIDADE DE CARBOIDRATOS(MILHO) FERMENTÁVEIS. Beber ruminal bianc a sant os aCIDOSE RUMINAL SINAIS CLÍNICOS Anorexia; Apatia; Decúbito esternal; Abdômen distendido (devido ao sequestro de líquido); Desconforto abdominal; Desidratação; Taquicardia; Respiração superficial; Temperatura baixa; Hipomotilidade/ atonia ruminal; Diarreia; Som metálico (obtido através da percussão auscultatória); Incoordenação; Reflexo pupilar diminuído; Reflexo palpebral diminuído ou ausente. Reticulo de bovino com conteúdo amarelado espumoso. Característicamente, este conteúdo possuí odor e fermentação. bianc a sant os PATOGENIA CLÍNICA: -Fluido ruminal: -Coloração: leitosa; -Consistência: aquosa; - Odor: ácido -Teste de sedimentação e flutuação diminuído -PRAM (Prova de redução de Azul de Metileno) > 15 minutos -PH (5,5- 7,4- aceitável); -PH 5,0 a 4,5: grau leve; -PH 4,5 a 4,0: grau moderado -PH<4,0: grau severo Indica o prognóstico e auxilia na conduta terapêutica: -Predomínio de bactérias gram positivas; -Protozoários: atividade ruminal -Hemograma: -Hemoconcentração - VG: 30%-50%; -Leucograma: normalou aumentado, neutrófilo, linfopenia; -Ácido láctico: aumentado -Urina- -pH diminuído Lesões no epitélio ruminal; mudança de epitélio - Ruminite Micótica; Abcessos hepáticos; Peritonite; Trombose da veia cava. CONSEQUÊNCIAS Mucosa ruminal de bovino com hiperemia difusa acompanhada por edema severo bianc a sant os ACIDOSE RUMMINAL Indigestão simples; Peritonite; Paresia da parturiente; Mastite superaguda por califormes; Diagnóstico diferencial Depende do quadro clínico; BOM: PH ruminal 4,5-5,0 Micção e diarreia RESERVADO: PH ruminal 4,0-4,5 RUIM: PH ruminal < 4,0; desidratação >10%; PH sanguíneo <7,0; >130bpm Prognostico Práticas adequadas de manejo 3 semanas para a adaptação a nova dieta; Uso de aditivos: Tamponantes: carbonatos de Mg, óxido de Mg, bicarbonato de sódio; Antibióticos ionóforos> monensina, lasalocida. Prevenção Remoção da fonte de ácido láctico; Correção da acidez: Antiácido: bicarbonato (0,5- 1,0g/ kg PV); Fluidoterapia endovenosa- Ringer lactato ou Bircarbonato 8,3%; Antibióticos; Transferência de suco ruminal; Lavagem do rúmen; Ruminotomia de emergência(retirada de objetos estranhos) Tratamento bianc a sant os acidose subclinica / subaguda Hábito de consumo errático; Alta variabilidade na produção de leite; Fezes em consistentes; Pouca ruminação; Também chamada de SARA; Produção acentuada de ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) excede a capacidade tamponamento e absorção ruminal; Sem sinais clínicos; Mais comum em bovinos de leite de alta produção. A acidose subclinica ocorre quando o pH do rúmen cai abaixo de 5,8. Com isso o crescimento bacteriano é reduzido, principalmente das espécies responsáveis pela degradação da fibra, de forma que a digestibilidade total da dieta fica comprometida. acidose clínica / aguda Produção acentuada de ácido lático; Consumo excessivo de concentrado rapidamente; Bovinos sem adaptação prévia; Mais comum em bovinos de corte É a acidose mais clássica, quando o animal consome uma grande quantidade de carboidratos fermentescíveis, o que gera a produção acentuada de ácido lático, levando a um processode acidose que pode, inclusive, levar o animal à morte. É o caso, por exemplo, de bovinos de corte que não estão acostumados com ração e acabam consumindo uma grande quantidade quando têm acesso a essa ração. Devido à grande quantidade de carboidratos fermentescíveis que serão transformados em lactato pelos microrganismos do rúmen. O acúmulo de lactato reduz cada vez mais o pH ruminal. Se o animal não for tratado, pode chegar ao óbito. bianc a sant os funções DO TRATO GASTRO INTESTINAL DO RUMINANTE Acidose RUMINAl - laminite A laminite é um processo inflamatório agudo que atinge as estruturas da parede do casco e resulta em claudicação(manqueira) e deformidade permanente do casco; Ocorre principalmente devido á ingestão excessiva de grãos, mas fatores genéticos, idade, umidade e toxemia também podem estar associados a causa da doença; A ingestão excessiva de grão leva a um aumento A acidose ruminal provoca uma lesão na mucosa na produção de ácido lático no trato digestsivo, com detruição de grande número de bactérias e liberação de suas toxinas; do rúmen e assim tem-se aumento de sua permeabilidade o que leva a uma endotoxina e acidoses sistêmicas. bianc a sant os bianca santos Gratidão! Gostou? Curti, salva e comenta! E SE NÃO GOSTOU, MANDA PARA AS INIMIGAS!
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