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LEP - Lei 7210_84

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MATERIAL DE APOIO | DEPEN 2020 
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1 
 
 
Lei de Execução Penal 
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2 
Sumário 
LEI 7.210/1984 – LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEP) ...................................................................................... 6 
1. DAS FINALIDADES DA LEP .............................................................................................................................. 6 
2. JURISDIÇÃO COMUM DA LEP E APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL NA LEP ................................................ 7 
2.1. DA EXECUÇÃO DAS PENAS APLICADAS PELA JUSTIÇA ESPECIALIZADA. ................................................................... 7 
3. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA SENTENÇA ......................................................................................................... 8 
3.1. LEGALIDADE – ART. 3º LEP. ....................................................................................................................... 8 
3.2. PRINCÍPIO DA IGUALDADE ........................................................................................................................... 8 
3.3. PRINCÍPIO DA PERSONALIZAÇÃO DA PENA ..................................................................................................... 8 
3.3.1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................... 9 
3.3.2. DA COMISSÃO TÉCNICA DE CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................ 9 
3.3.2.1. DA COMPETÊNCIA DA CTC: ..................................................................................................................... 9 
3.3.2.2. DA COMPOSIÇÃO DA CTC: ................................................................................................................... 10 
3.3.2.3. DAS FORMAS DE CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................................. 10 
3.4. PRINCÍPIO DA JURISDICIONALIDADE: ........................................................................................................... 10 
3.5. PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL ..................................................................................................... 11 
3.6. PRINCÍPIO DA REEDUCAÇÃO ...................................................................................................................... 11 
3.7. PRINCÍPIO DA HUMANIZAÇÃO ................................................................................................................... 11 
3.8. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE ...................................................................................................................... 12 
4. DO EXAME CRIMINOLÓGICO ......................................................................................................................... 12 
4.1. DO EXAME CRIMINOLÓGICO NA PROGRESSÃO DE REGIME. ............................................................................. 13 
4.2. DO LOCAL DE REALIZAÇÃO DO EXAME CRIMINOLÓGICO .................................................................................. 18 
5. IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO: ............................................................................................................. 18 
6. DAS ASSISTÊNCIAS ...................................................................................................................................... 20 
6.1. DAS FINALIDADES E BENEFICIÁRIOS DAS ASSISTÊNCIAS ................................................................................... 23 
6.2. ESPÉCIES DE ASSISTÊNCIAS ....................................................................................................................... 23 
6.2.1. DA ASSISTÊNCIA MATERIAL................................................................................................................... 24 
6.2.2. DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE ..................................................................................................................... 24 
6.2.3. DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA .................................................................................................................... 24 
6.2.4. DA ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL ............................................................................................................. 25 
6.2.5. DA ASSISTÊNCIA SOCIAL ....................................................................................................................... 26 
6.2.6. DA ASSISTÊNCIA RELIGIOSA................................................................................................................... 26 
6.3. DA ASSISTÊNCIA AO EGRESSO ................................................................................................................... 27 
6.3.1. DOS OBJETIVOS DA ASSISTÊNCIA AOS EGRESSOS ........................................................................................ 27 
6.3.2. DO CONCEITO DE EGRESSO ................................................................................................................... 27 
6.3.3. CONCLUSÃO ...................................................................................................................................... 27 
6.4. DOS BENEFICIÁRIOS DAS ASSISTÊNCIAS ....................................................................................................... 28 
6.5. DO RESUMO DE ASSISTÊNCIAS .................................................................................................................. 29 
7. DO TRABALHO ........................................................................................................................................... 30 
8. DO ESTATUTO JURÍDICO DOS PRESOS ............................................................................................................. 37 
8.1. DOS BENEFICIÁRIOS DOS DIREITOS E DEVERES DOS PRESOS. ............................................................................. 37 
8.2. DOS DEVERES DOS PRESOS ....................................................................................................................... 38 
8.3. DOS DIREITOS DOS PRESOS ...................................................................................................................... 39 
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3 
9. DA DISCIPLINA ........................................................................................................................................... 43 
9.1. CONCEITO DE DISCIPLINA ......................................................................................................................... 43 
9.2. SUJEITOS A DISCIPLINA ............................................................................................................................ 43 
9.3. CARACTERÍSTICAS DAS SANÇÕES DISCIPLINARES ............................................................................................ 44 
9.4. DA CIÊNCIA DAS NORMAS DISCIPLINARES .................................................................................................... 44 
9.5. DO PODER DISCIPLINAR ........................................................................................................................... 44 
9.6. DAS FALTAS DISCIPLINARES ...................................................................................................................... 45 
9.6.1. DO CONCEITO .................................................................................................................................... 45 
9.6.2. FALTAS GRAVES EXCLUSIVAS DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE .............................................................. 45 
9.6.3. FALTAS GRAVES EXCLUSIVAS DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ...............................................................48 
9.6.4. FALTAS GRAVES COMUNS DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE E RESTRITIVAS DE DIREITOS ............................ 48 
10. DAS SANÇÕES DISCIPLINARES .................................................................................................................... 49 
10.1. DAS SANÇÕES PRINCIPAIS ........................................................................................................................ 49 
10.2. CABIMENTO .......................................................................................................................................... 49 
10.3. PRAZO .................................................................................................................................................. 50 
10.4. COMPETÊNCIA DE APLICAÇÃO ................................................................................................................... 50 
10.5. PRESCRIÇÃO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES .................................................................................................... 50 
10.6. DOS CONSECTÁRIOS DA FALTA GRAVE ......................................................................................................... 51 
10.7. RESUMO DAS SANÇÕES DISCIPLINARES ....................................................................................................... 52 
11. DO REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO ..................................................................................................... 52 
11.1. DO CONCEITO ........................................................................................................................................ 53 
11.2. HIPÓTESES DE CABIMENTO ....................................................................................................................... 54 
11.3. CARACTERÍSTICAS DO RDD ....................................................................................................................... 54 
11.4. CUIDADOS A SEREM TOMADOS AO PRESO LÍDER DE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA .................................................... 57 
11.5. PROCEDIMENTO DE APLICAÇÃO ................................................................................................................. 57 
11.6. RESUMO DE REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO. ........................................................................................ 58 
12. DAS MEDIDAS CAUTELARES ...................................................................................................................... 58 
13. DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL ........................................................................................................... 60 
13.1. MINISTÉRIO PÚBLICO ........................................................................................................................ 68 
13.2. CONSELHO PENITENCIÁRIO ............................................................................................................... 69 
14. DOS DEPARTAMENTOS PENITENCIÁRIOS ...................................................................................................... 72 
14.1. PATRONATO ...................................................................................................................................... 73 
14.2. CONSELHOS DA COMUNIDADE ......................................................................................................... 74 
14.3. DEFENSORIA PÚBLICA .............................................................................................................................. 74 
15. DAS CARACTERÍSTICAS E CLASSIFICAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS .......................................................... 78 
15.1. DA PENITENCIÁRIA .................................................................................................................................. 80 
15.2. DA COLÔNIA AGRÍCOLA, INDUSTRIAL OU SIMILAR ......................................................................................... 81 
15.3. DA CASA DO ALBERGADO ......................................................................................................................... 81 
15.4. DO CENTRO DE OBSERVAÇÃO ................................................................................................................... 81 
15.5. DO HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO ............................................................................ 81 
15.6. DA CADEIA PÚBLICA ................................................................................................................................ 82 
15.7. DAS CARACTERÍSTICAS DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS ................................................................................. 83 
15.8. DIFERENCIAÇÃO DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE ................................................................................... 85 
16. ALTERAÇÕES DA LEI 13167/2015 (SEPARAÇÃO DOS PRESOS) ........................................................................ 85 
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4 
17. DAS AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA ................................................................................................................... 98 
17.1. DA PERMISSÃO DE SAÍDA ....................................................................................................................... 100 
17.1.1. BENEFICIÁRIOS ................................................................................................................................. 100 
17.1.2. CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DA PERMISSÃO DE SAÍDA .............................................................................. 100 
17.1.3. HIPÓTESES ....................................................................................................................................... 100 
17.1.4. COMPETÊNCIA .................................................................................................................................. 100 
17.1.5. DURAÇÃO........................................................................................................................................ 100 
17.2. DA SAÍDA TEMPORÁRIA ......................................................................................................................... 101 
17.2.1. BENEFICIÁRIOS ................................................................................................................................. 101 
17.2.2. CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS ................................................................................................................ 101 
17.2.3. HIPÓTESES ....................................................................................................................................... 101 
17.2.4. COMPETÊNCIA .................................................................................................................................. 102 
17.2.5. DURAÇÃO........................................................................................................................................ 102 
17.2.6. REQUISITOS ..................................................................................................................................... 102 
17.3. CAUSAS REVOGATÓRIAS DA SAÍDA TEMPORÁRIA ........................................................................................ 103 
17.4. RESUMO DE AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA ....................................................................................................... 104 
18. DA REMIÇÃO ....................................................................................................................................... 105 
18.1. DAS CARACTERÍSTICAS DA REMIÇÃO PELO ESTUDO ....................................................................................... 108 
18.1.1. BENEFICIO PELA CONCLUSÃO DO CURSO .................................................................................................108 
18.2. DA REMIÇÃO FICTA ............................................................................................................................... 109 
18.3. DA PERDA DOS DIAS REMIDOS ................................................................................................................. 109 
18.4. RESUMO DE REMIÇÃO ........................................................................................................................... 112 
19. DO LIVRAMENTO CONDICIONAL .............................................................................................................. 113 
19.1. LIVRAMENTO CONDICIONAL NO CÓDIGO PENAL ......................................................................................... 115 
20. DA SUSPENSÃO CONDICIONAL ................................................................................................................. 116 
20.1. DA SUSPENSÃO CONDICIONAL ................................................................................................................. 117 
20.2. REQUISITOS DO LIVRAMENTO CONDICIONAL .............................................................................................. 118 
20.2.1. REQUISITOS OBJETIVOS. ..................................................................................................................... 118 
20.2.2. REQUISITOS SUBJETIVOS. .................................................................................................................... 119 
20.3. DO PROCEDIMENTO DO PEDIDO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL ................................................................... 119 
20.4. DO PERÍODO DE PROVA E CONDIÇÕES. ..................................................................................................... 120 
20.5. REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIA DO LIVRAMENTO CONDICIONAL: ........................................................................ 121 
20.6. REVOGAÇÃO FACULTATIVA (ART. 87) ............................................................................................... 122 
20.7. PRORROGAÇÃO DO PERÍODO DE PROVA ..................................................................................................... 122 
20.8. DA EXTINÇÃO DA PENA .......................................................................................................................... 123 
21. DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA ............................................................................................................. 123 
21.1. HIPÓTESES LEGAIS DA MONITORAÇÃO ELETRÔNICA NA LEP ........................................................................... 124 
21.2. DOS DEVERES ...................................................................................................................................... 125 
21.3. 1.3. CONSEQUÊNCIAS DA VIOLAÇÃO ........................................................................................................ 125 
21.4. 1.4. O MONITORAMENTO ELETRÔNICO SEGUNDO A LEI Nº LEI 12.403/11 ...................................................... 125 
21.5. TABELA RESUMIDA ............................................................................................................................... 126 
22. DAS PENAS ......................................................................................................................................... 127 
22.1. DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS ....................................................................................................... 132 
22.1.1. CONCEITO ....................................................................................................................................... 132 
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5 
22.1.2. ESPÉCIES ......................................................................................................................................... 132 
22.1.3. REQUISITOS PARA SUBSTITUIÇÃO .......................................................................................................... 132 
22.1.4. DURAÇÃO DAS PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO ........................................................................................ 133 
22.2. TIPOS ................................................................................................................................................. 133 
22.2.1. PENA DE PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA: ....................................................................................................... 133 
22.2.2. PENA DE PERDAS DE BENS E VALORES: ................................................................................................... 133 
22.2.3. PENA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS À COMUNIDADE: ................................................................................. 134 
22.2.4. INTERDIÇÃO TEMPORÁRIA DE DIREITOS: ................................................................................................. 135 
22.2.5. LIMITAÇÃO DE FIM DE SEMANA: ........................................................................................................... 136 
22.3. DA PENA DE MULTA ............................................................................................................................. 136 
23. MEDIDAS DE SEGURANÇA NA LEI DE EXECUÇÃO PENAL ................................................................................ 138 
23.1. CONCEITO E FINALIDADES DA MEDIDA DE SEGURANÇA. ................................................................................ 141 
23.2. ESPÉCIES DE MEDIDA DE SEGURANÇA. ...................................................................................................... 141 
23.3. SUJEITOS QUE PODEM SER SUBMETIDOS À MEDIDA DE SEGURANÇA. ............................................................... 142 
23.4. REDUÇÃO DE PENA................................................................................................................................ 142 
23.5. DURAÇÃO MÁXIMA E MÍNIMA ................................................................................................................ 142 
23.6. DA POSSIBILIDADE DO EXAME CRIMINOLÓGICO E DE PERSONALIDADE PARA MEDIDA DE SEGURANÇA ................... 143 
23.7. SOBRE O EXAME DE VERIFICAÇÃO DA CESSAÇÃO DE PERICULOSIDADE .............................................................. 143 
23.8. DESINTERNAÇÃO CONDICIONAL. .............................................................................................................. 145 
23.9. SUBSTITUIÇÃO DA PENA POR MEDIDA DE SEGURANÇA .................................................................................. 145 
23.10. POSSIBILIDADE DA MEDIDA DE SEGURANÇA DE CARÁTER PROVISÓRIO. ......................................................... 145 
23.11. PRESCRIÇÃO E EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ............................................................................................. 146 
23.12. LOCAL DE CUMPRIMENTO DA MEDIDA DE SEGURANÇA ............................................................................. 147 
23.13. DA POSSIBILIDADE DE CONTRATAÇÃO DE MÉDICO PARTICULAR .................................................................. 148 
24. DOS INCIDENTES DE EXECUÇÃO ............................................................................................................... 148 
25. DOS INCIDENTES DE EXECUÇÃO ............................................................................................................... 149 
25.1. DAS CONVERSÕES ................................................................................................................................. 149 
26. ANISTIA, GRAÇA E INDULTO .................................................................................................................... 151 
26.1. ANISTIA: ............................................................................................................................................. 151 
26.2. DIFERENÇASENTRE A ANISTIA, GRAÇA E O INDULTO: .................................................................................... 152 
 
 
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6 
Lei 7.210/1984 – Lei de Execução Penal (LEP) 
 
1. Das Finalidades da LEP 
Art. 1º A execução penal tem por objetivo efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar 
condições para a harmônica integração social do condenado e do internado. 
 
Como percebemos este artigo está em consonância com o que há de mais moderno na doutrina, temos aqui 
uma dupla finalidade ou também conhecida como eclética ou mista. Como percebemos temos um duplo 
objetivo, na primeira parte o legislador tem como objetivo propiciar meios para que a sentença seja 
integralmente cumprida e na parte final o legislador tem como objetivo a reintegração do sentenciado ao 
convívio social (ressocialização). 
Como outrora comentado há a concordância entre o que está previsto no artigo primeiro da LEP e com a 
finalidade da pena, conforme prevê a doutrina moderna, vejamos, então, esta teoria: 
 
A pena tem tríplice finalidade (polifuncional), Rogerio Sanches as elenca: 
⇨ Preventiva (geral e especial); 
⇨ Retributiva 
⇨ Reeducativa 
 
O mesmo ainda divide as penas da seguinte forma: 
 Pena em abstrato tem a finalidade de prevenção geral, já que a simples cominação legal protegendo 
um bem jurídico já preveni as condutas que possam afetar esses bens jurídicos pela sociedade em 
geral, não possuindo, portanto, uma figura específica. 
 Já a pena na sentença tem a finalidade de prevenção especial e finalidade retributiva. Aquela, pois 
visa uma pessoa de forma especifica prevenindo a reincidência no cometimento de crimes, já essa 
visa punir, ou seja, pagar com o mal um mal causado. Restringido direitos e garantias individuais. 
 Já a pena na execução tem finalidade pedagógica, quando visa a ressocialização (trazer de forma 
harmônica esse condenado a sociedade) e a efetivação real das disposições da sentença como aduz 
a primeira parte do artigo 1° da LEP. 
 
 
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7 
Vale também entender a quem a LEP abarca: 
 Preso em sentido lato, ou seja, tanto o provisório, bem como o definitivo. 
 Submetido a medida de segurança 
 
OBS.: Vale instar que o menor infrator não é abarcado pela LEP, uma vez que os mesmos possuem instituto 
próprio. 
Execução da 
Pena aos Presos 
Pressupõe fato ilícito, típico e praticado 
por agente culpável. 
Efetivar as disposições da 
sentença e ressocialização 
Visa o passado 
Medida de 
Segurança 
Pressupõe fato ilícito, típico e praticado 
por agente não imputável, porém perigoso 
(periculosidade) 
Visa curar, quando 
possível ou tratar 
Visa o futuro 
 
 
2. Jurisdição comum da LEP e aplicação do Código de Processo Penal na LEP 
Art. 2º A jurisdição penal dos Juízes ou Tribunais da Justiça ordinária, em todo o Território Nacional, será exercida, no 
processo de execução, na conformidade desta Lei e do Código de Processo Penal. 
 
a) Em regra, compete a justiça comum estadual a execução, ressalvando-se os casos de pena cumprida em 
estabelecimento federal de segurança máxima. 
b) A aplicação do CPP é sempre subsidiária, quando não houver disposição expressa na LEP. Havendo conflito 
prevalecerá a LEP, por ser norma específica e posterior. 
 
2.1. Da Execução das penas aplicadas pela justiça especializada. 
Parágrafo único. Esta Lei aplicar-se-á igualmente ao preso provisório e ao condenado pela Justiça Eleitoral ou 
Militar, quando recolhido a estabelecimento sujeito à jurisdição ordinária. 
 
Nas palavras de Marcelo Uzeda de Faria – “As execuções das sentenças proferidas nas justiças especializadas 
competem à justiça estadual quando os presos estiverem recolhidos em estabelecimento penais estaduais, 
submetendo-se ao regramento da LEP. Assim, por exemplo, um militar condenado pela justiça militar à pena 
superior a 2 anos, que tenha sido excluído (praça) ou perdido o posto e a patente (oficial), será recolhido a 
estabelecimento penal comum e executado à luz da LEP (art. 61, do Código Penal Militar).” 
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8 
3. Princípios Norteadores da Sentença 
3.1. Legalidade – Art. 3º LEP. 
“Art. 3º Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou pela lei”. 
 
Percebam que o princípio da legalidade deixa claro que o rol dos direitos do preso e internado é 
exemplificativo sendo afetado somente a partir do momento que houver sentença ou lei restringindo. 
A LEP se aplica ao preso em definitivo, ao preso provisório no que couber e ao internado, sujeito a medida 
de segurança de internação. Menor Infrator não, pois o mesmo possui legislação própria. 
Importante frisar também, por último, que a LEP possui um instituto próprio que versa sobre o princípio da 
legalidade, sem necessitar de recorrer a outra lei. 
 
3.2. Princípio da igualdade 
Este princípio está previsto no § único, do artigo 3º. Uma possível questão de prova pode envolver este 
princípio da legalidade, perguntando, por exemplo, se pode existir algum tipo de desigualdade, o candidato 
deve estar atento, pois pode haver uma desigualdade material, por exemplo, no que tange a idade (aos 
maiores de 60 anos) e ao sexo (Mulheres cumprindo pena). 
Parágrafo único, do art. 3°, da LEP – “Não haverá qualquer distinção de natureza racial, social, religiosa ou 
política.” 
 
3.3. Princípio da Personalização da Pena 
Art. 5º Os condenados serão classificados, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a 
individualização da execução penal. 
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador e 
acompanhará a execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, devendo propor, à 
autoridade competente, as progressões e regressões dos regimes, bem como as conversões. 
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da 
pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, 
de 2003) 
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e 
composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente 
social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. 
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais 
do serviço social. 
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9 
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame 
criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à 
individualização da execução. 
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da 
pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. 
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a ética profissional 
e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: 
I - entrevistar pessoas; 
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do condenado; 
III - realizar outras diligências e exames necessários. 
 
3.3.1. Introdução 
Ou seja, o Princípio da individualização penal previsto na LEP advém do princípio constitucional de mesma 
nomenclatura (art. 5°, XLVI), porém por este ser norma de eficácia contida necessitou de leis inferiores que 
instrumentasse com minucia os meios de iniciação. 
Esse princípio consiste noamoldamento da pena a cada condenado. 
Vale instar ainda que, como desdobramento deste princípio surge o da proporcionalidade da pena, que 
consiste em estabelecer a efetiva correspondência entre a classificação do preso e o modo pelo qual a pena 
será executada, de acordo com o art. 5º, da Lei 7.210/84. Além do mencionado dispositivo, o item 26 da 
Exposição de Motivos da Lei de Execução Penal disciplina que o princípio em evidência é atendido na medida 
em que se classificam os condenados, "de modo que a cada sentenciado, conhecida a sua personalidade e 
analisado o fato cometido, corresponda o tratamento penitenciário adequado" (GOMES, L. F. Idem, p. 483). 
O candidato deve ter cuidado com os tempos da individualização, existem dois momentos na pena, realizado 
pelo juiz da sentença e outro feito na execução penal, realizado pelo juiz da execução. 
Percebemos ainda que os condenados serão classificados, mas a pergunta que paira é, quem classifica? 
 
3.3.2. Da Comissão Técnica de Classificação 
3.3.2.1. Da competência da CTC: 
A classificação cabe a Comissão Técnica de Classificação (CTC), temos que ter cuidado, pois as suas 
atribuições, foram diminuídas, vejamos como eram e como ficou agora: 
 
Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador e 
acompanhará a execução das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, devendo propor, à 
autoridade competente, as progressões e regressões dos regimes, bem como as conversões. 
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Art. 6º A classificação será feita por Comissão Técnica de Classificação que elaborará o programa individualizador da 
pena privativa de liberdade adequada ao condenado ou preso provisório. (Redação dada pela Lei nº 10.792, 
de 1º.12.2003). 
 
Lei 10792/03 
Antes Depois 
Acompanhava as Penas 
a) Privativa de Liberdade 
b) Restritiva de Direitos 
 
Intervinha 
a) Progressões/Regressões 
b) Conversão da Pena 
Somente individualiza e acompanha 
pena privativa de liberdade 
 
Percebemos que após advento da lei 10792/03 as competências da CTC foram reduzidas passando hoje a 
tão somente acompanhar e individualizar as penas privativas de liberdade. 
 
3.3.2.2. Da Composição da CTC: 
Art. 7º A Comissão Técnica de Classificação, existente em cada estabelecimento, será presidida pelo diretor e 
composta, no mínimo, por 2 (dois) chefes de serviço, 1 (um) psiquiatra, 1 (um) psicólogo e 1 (um) assistente 
social, quando se tratar de condenado à pena privativa de liberdade. 
Parágrafo único. Nos demais casos a Comissão atuará junto ao Juízo da Execução e será integrada por fiscais 
do serviço social. 
 
3.3.2.3. Das formas de classificação 
Art. 9º A Comissão, no exame para a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a ética profissional 
e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: 
I - entrevistar pessoas; 
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do condenado; 
III - realizar outras diligências e exames necessários. 
 
3.4. Princípio da Jurisdicionalidade: 
Art. 194. O procedimento correspondente às situações previstas nesta Lei será judicial, desenvolvendo-se perante o 
Juízo da execução. 
 
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Os incidentes da LEP serão decididos pelo poder judiciário. A autoridade administrativa somente pode definir 
pontos secundários da execução penal (ex: dia de visitas, horário do banho de sol, imposição de sanções 
disciplinares previamente previstos em lei, etc.). Mesmo nos pontos secundários pode haver intervenção 
judicial. 
Por Exemplo, o delegado ou o diretor do presídio, proíbe o dia de visitas, caso o condenado discorde pode 
recorrer ao juiz. 
 
3.5. Princípio do Devido Processo Legal 
Temos aqui um gênero com várias espécies, por exemplo, ampla defesa, contraditório, publicidade, 
imparcialidade... 
O princípio do contraditório encontra-se previsto no texto constitucional, o qual deve estar presente em 
todos os processos judiciais e administrativos. Assim, dispõe o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal que 
"aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e a ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes." 
 
3.6. Princípio da Reeducação 
Durante a execução penal deve-se buscar a ressocialização dos presos, coincidindo com as finalidades da 
LEP. Nós temos para isso os instrumentos que buscam a ressocialização, que desdobraremos futuramente. 
 
3.7. Princípio da Humanização 
Aqui se visa apenas o que já a própria Constituição federal já previa, proibindo penas cruéis, desumanas ou 
degradantes, como: 
O princípio da humanização da pena encontra-se previsto na Constituição Federal, que estabelece em 
seu art. 5º, inciso LXVII, que "não haverá penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos 
termos do art. 84, XIX; b) de caráter perpétuo; c) de trabalhos forçados; d) de banimento; e) cruéis." 
Pelo princípio da humanização da pena, a execução penal deve obedecer aos parâmetros modernos 
de humanidade, consagrados internacionalmente, mantendo-se a dignidade humana do condenado. 
As penas mencionadas ferem o estágio atual da civilização humana, tendo sido, portanto, abolidas de 
nosso ordenamento jurídico (MESQUITA JÚNIOR, 1999, p. 29). 
 
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3.8. Princípio da Publicidade 
Sobre a publicidade dos atos processuais, consta do art. 5º, da Constituição Federal, em seu inciso LXI, que 
"a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse 
social o exigir." 
Os atos processuais da execução penal são públicos, e a publicidade só poderá ser limitada por lei quando a 
defesa da intimidade do sentenciado ou o interesse social o exigirem. 
A publicidade dos atos processuais conduz a uma garantia de independência, imparcialidade, autoridade e 
responsabilidade do juiz. Encontra exceção nos casos em que o decoro ou o interesse social aconselhem que 
eles não sejam divulgados. 
Neste diapasão, não podemos desprezar o art. 198, da Lei de Execução Penal, que prevê ser defeso ao 
integrante dos órgãos da execução penal, e ao servidor, a divulgação de ocorrência que perturbe a segurança 
e a disciplina dos estabelecimentos, bem como exponha o preso à inconveniente notoriedade, durante o 
cumprimento da pena. 
 
4. Do Exame Criminológico 
Como percebemos o exame criminológico, ao contrário de algumas correntes, ainda é previsto na LEP, 
apenas sofreu uma redução em seu rol com o advento da lei 10792/03, como vimos na tabela acima. 
A corrente que defende a extinção do exame criminológico, só leve em consideração a destinação do exame 
criminológico a tão somente à aferição do mérito que se exigia expressamente para a progressão do regime 
prisional e outros benefícios. Porém, e com maior relevância esta classificação se mostra imprescindível para 
a individualização executória, que por um acaso nada mudou. 
Percebemos que somente será submetido ao exame criminológico obrigatoriamente o preso que cumpre a 
pena em regime fechado, ficando, então, o preso em regime semiaberto a faculdade do juiz da execução 
penal caso ache necessário, como prevê o art. 8º e seu parágrafo único. 
 
Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame 
criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à 
individualização da execução. 
Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da 
pena privativa de liberdade em regime semi-aberto. 
Art. 9º A Comissão, no examepara a obtenção de dados reveladores da personalidade, observando a ética profissional 
e tendo sempre presentes peças ou informações do processo, poderá: 
I - entrevistar pessoas; 
II - requisitar, de repartições ou estabelecimentos privados, dados e informações a respeito do condenado; 
III - realizar outras diligências e exames necessários. 
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Que fique claro que existem, então, dois momentos possíveis para a realização do exame criminológico, um 
durante a execução e outra na sentença, assim. 
Quando no ingresso do apenado, nada mudou em relação a realização do exame criminológico e apesar de 
algumas correntes que divergem em relação a esse assunto, pois o próprio Código penal e LEP também não 
se entendem, tentarei ser o mais simples possível. 
Segundo o artigo 8° e parágrafo único da LEP o exame criminológico é obrigatório somente quando no 
ingresso no regime fechado, sendo, portanto, nos demais regimes facultativos. 
Já quando falamos em exame criminológico para progressão de regime, após advento da lei 10792/03 que 
derroga o artigo 112, da LEP, passando a não mais trazer expresso em seu texto legal a necessidade de exame 
criminológico como requisito subjetivo para progressão de regime, apesar de alguns doutrinadores 
interpretarem que com isso não se poderia mais impedir a progressão com base no exame criminológico, 
ouso discordar e ir ao encontro dos tribunais superiores pátrios, que com a edição das súmulas 439, STJ que 
traz um espectro de abrangência maior que a da súmula vinculante n° 26, STF, súmula essa que possibilita a 
realização de exame criminológico para crimes hediondos e equiparados, Diante disso concluo que o exame 
criminológico poderá ser realizado, desde que analisado a peculiaridade, inclusive para progressão de 
regime. 
A fim de enriquecer nosso estudo a LEP, ainda prevê de forma expressa em seu artigo 174, a possibilidade 
de realização de exame criminológico aos submetidos a medida de segurança, conforme podemos analisar 
abaixo. 
 
Art. 174. Aplicar-se-á, na execução da medida de segurança, naquilo que couber, o disposto nos artigos 8° e 9° desta 
Lei. 
 
4.1. Do exame Criminológico na Progressão de Regime. 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva, com a transferência para regime menos 
rigoroso, a ser determinada pelo Juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos 1/6 (um sexto) da pena no 
regime anterior e seu mérito indicar a progressão. 
Parágrafo único. A decisão será motivada e precedida de parecer da Comissão Técnica de Classificação e do 
exame criminológico, quando necessário. 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos 
rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime 
anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, 
respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) 
§ 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. 
(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) 
§ 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de 
penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003). 
 
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Súmula 439, STJ 
“Admite-se o exame criminológico pelas peculiaridades do caso, desde que em decisão motivada”. 
 
Súmula Vinculante 26, STF 
Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime hediondo, ou equiparado, o juízo da 
execução observará a inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de 
avaliar se o condenado preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, 
para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. 
 
Precedente Representativo 
"A Constituição Federal, ao criar a figura do crime hediondo, assim dispôs no art. 5º, XLIII: (...) Não fez menção 
nenhuma a vedação de progressão de regime, como, aliás - é bom lembrar -, tampouco receitou tratamento 
penal stricto sensu (sanção penal) mais severo, quer no que tange ao incremento das penas, quer no tocante à 
sua execução. (...) Evidente, assim, que, perante a Constituição, o princípio da individualização da pena 
compreende: a) proporcionalidade entre o crime praticado e a sanção abstratamente cominada no preceito 
secundário da norma penal; b) individualização da pena aplicada em conformidade com o ato singular praticado 
por agente em concreto (dosimetria da pena); c) individualização da sua execução, segundo a dignidade humana 
(art. 1º, III), o comportamento do condenado no cumprimento da pena (no cárcere ou fora dele, no caso das 
demais penas que não a privativa de liberdade) e à vista do delito cometido (art. 5º, XLVIII). Logo, tendo 
predicamento constitucional o princípio da individualização da pena (em abstrato, em concreto e em sua 
execução), exceção somente poderia aberta por norma de igual hierarquia nomológica." HC 82.959, Voto do 
Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, julgamento em 23.2.2006,DJ de 1.9.2006. 
"Essas colocações têm a virtude de demonstrar que a declaração de inconstitucionalidade in concreto também 
se mostra passível de limitação de efeitos. (...). É que, nesses casos, tal como já argumentado, o afastamento do 
princípio da nulidade da lei assenta-se em fundamentos constitucionais e não em razões de conveniência. Se o 
sistema constitucional legitima a declaração de inconstitucionalidade restrita no controle abstrato, esta decisão 
poderá afetar, igualmente, os processos do modelo concreto ou incidental de normas. Do contrário, poder-se-ia 
ter inclusive um esvaziamento ou uma perda de significado da própria declaração de inconstitucionalidade 
restrita ou limitada. (...) No caso em tela, observa-se que eventual declaração de inconstitucionalidade com 
efeito ex tunc ocasionaria repercussões em todo o sistema vigente.(...) Com essas considerações, também eu, 
Senhor Presidente, declaro a inconstitucionalidade do artigo 2º, §1º, da Lei n.º 8.072, de 1990. Faço isso, com 
efeito ex nunc, nos termos do artigo 27 da Lei n.º 9.868, de 1999, que entendo aplicável à espécie. Ressalto que 
esse efeito ex nunc deve se entendido como aplicável às condenações que envolvam situações ainda suscetíveis 
de serem submetidas ao regime de progressão." HC 82.959, Voto do Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, 
julgamento em 23.2.2006, DJ de 1.9.2006. 
 
Jurisprudência Destacada 
Inconstitucionalidade da vedação à progressão de regime para os crimes hediondos 
"(...) o julgamento do Supremo Tribunal Federal em processos subjetivos, relacionados ao caso concreto, não 
alterou a vigência da regra contida no art. 2º, § 1º da Lei nº 8.072/90 (na sua redação original). Assim, houve 
necessidade da edição da Lei nº 11.646/07 para que houvesse a alteração da redação do dispositivo legal. 
Contudo, levando em conta que - considerada a orientação que passou a existir nesta Corte à luz do precedente 
no HC 82.959/SP - o sistema jurídico anterior à edição da lei de 2007 era mais benéfico ao condenado em matéria 
do requisito temporal (1/6 da pena) comparativamente ao sistema implantado pela Lei nº 11.646/07 (2/5 ou 3/5, 
dependendo do caso), deve ser concedida em parte a ordem para que haja o exame do pedido de progressão do 
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regime prisional do paciente, levando em conta o requisito temporal de 1/6 da pena fixada." RHC 91.300, Relatora 
Ministra Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julgamento em 5.3.2009, DJe de 3.4.2009. 
 
Modulação de efeitos da declaraçãode inconstitucionalidade 
"É bem certo que, no Habeas Corpus n. 82.959, Rel. Ministro Marco Aurélio (DJ 1º.9.2006), o Plenário deste 
Tribunal modulou os efeitos da decisão, para firmar que 'a declaração incidental de inconstitucionalidade" do §1º 
do art. 2º da Lei n. 8.072/90, não geraria 'conseqüências jurídicas com relação às penas já extintas' na data 
daquele julgamento. Ocorre que, conforme bem ressaltou o eminente Ministro Sepúlveda Pertence no voto que 
então proferira - e fazendo referência ao voto do eminente Ministro Gilmar Mendes, que propôs a modulação ao 
final acolhida pelo Plenário -, a modulação dos efeitos da decisão objetivou evitar, sobretudo, quaisquer 
'conseqüências de ordem cível, patrimonial'. A dizer, afastou-se a possibilidade de ser questionada a validade das 
penas já extintas e que, eventualmente, teriam sido cumpridas em regime integralmente fechado por força do 
art. 2º, §1º, da Lei n. 8.072/90." HC 91.631, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, julgamento em 
16.10.2007, DJede 9.11.2007. 
 
Possibilidade de realizar exame criminológico para progressão de regime 
"2. O silêncio da lei, a respeito da obrigatoriedade do exame criminológico, não inibe o juízo da execução do 
poder determiná-lo, desde que fundamentadamente. Isso porque a análise do requisito subjetivo pressupõe a 
verificação do mérito do condenado, que não está adstrito ao 'bom comportamento carcerário', como faz parecer 
a literalidade da lei, sob pena de concretizar-se o absurdo de transformar o diretor do presídio no verdadeiro 
concedente do benefício e o juiz em simples homologador, como assentado na ementa do Tribunal a quo."HC 
106.678, Relator para o Acórdão Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgamento em 28.2.2012, DJe de 17.4.2012. 
 
"1. O Supremo Tribunal Federal, por jurisprudência pacífica, admite que pode ser exigido fundamentadamente o 
exame criminológico pelo juiz para avaliar pedido de progressão de pena. Trata-se de entendimento que refletiu 
na Súmula vinculante 26: (...)'." HC 104.011, Relatora para o Acórdão Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, 
julgamento em 14.2.2012, DJe de 22.3.2012. 
 
 "Quanto ao tema de fundo, ressalvo a óptica pessoal, porquanto convencido de que a alteração procedida no 
artigo 112 da Lei de Execuções Penais implicou a supressão do exame criminológico do ordenamento jurídico. No 
entanto, ante a edição do Verbete Vinculante n.º 26, curvo-me ao entendimento do Pleno, no que assentou a 
possibilidade de o Juízo da execução determinar, em decisão fundamentada, a realização do mencionado exame 
a fim de ocorrer a progressão do regime de pena." HC 99.721, Voto do Ministro Marco Aurélio, Primeira Turma, 
julgamento em 4.5.2010, DJe de 1.7.2010. 
 
No mesmo sentido: HC 111.830, Relatora Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, julgamento em 
18.12.2012, DJe de 18.2.2013; HC 88.272, Relator Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, julgamento em 
19.6.2007, DJe de 1.2.2013; HC 101.316, Relator Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, julgamento em 
22.6.2010, DJe de 26.11.2012; HC 113.454, Relator Ministro Gilmar Mendes, Decisão Monocrática, julgamento 
em 27.9.2012, DJe de 2.10.2012;HC 115.169, Relator Ministro Joaquim Barbosa, Decisão Monocrática, 
julgamento em 18.9.2012, DJe de 25.9.2012; HC 112.464, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda 
Turma, julgamento em 14.8.2012, DJe de 14.9.2012; HC 113.940, Relator Ministro Gilmar Mendes, Decisão 
Monocrática, julgamento em 14.6.2012, DJe de 22.6.2012; HC 108.738, Relatora Ministra Rosa Weber, Primeira 
Turma, julgamento em 10.4.2012, DJe de 10.5.2012. 
 
 
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Impossibilidade de aplicação retroativa da Lei 11.464/2007 e regime inicial fechado para os crimes hediondos 
"Pena - Regime de cumprimento - Definição. O regime de cumprimento da pena é norteado, considerada a 
proteção do condenado, pela lei em vigor na data em que implementada a prática delituosa. Pena - Regime de 
cumprimento - Progressão - Fator temporal. A Lei nº 11.464/07, que majorou o tempo necessário a progredir-se 
no cumprimento da pena, não se aplica a situações jurídicas que retratem crime cometido em momento anterior 
à respectiva vigência - precedentes.'" RE 579.167, Relator Ministro Marco Aurélio, Tribunal Pleno, julgamento em 
16.5.2013, DJe de 17.10.2013. 
 
"(...) consigno que os embargos merecem parcial acolhida. Isso porque a condenação da recorrente assentou a 
obrigatoriedade do regime integralmente fechado para o cumprimento da pena (...). Motivo pelo qual concedo 
a ordem, de ofício, para afastar o óbice à progressão de regime, bem como para determinar que o exame de 
eventual progressão de regime prisional seja feito à luz do art. 112 da LEP. É que, nada obstante haver a 
declaração de inconstitucionalidade do § 2º do art. 2º da Lei 8.072/1990 sido proferida em sede de habeas 
corpus, esta nossa Casa de Justiça restringiu os efeitos de sua decisão apenas às penas já extintas. Nesse sentido, 
faço menção ao HC 91.631 da ministra Cármen Lúcia. 6. Não bastasse, o fato delituoso ocorreu antes do advento 
da Lei 11.464/2007. Logo, não se admite a aplicação retroativa da norma penal que institui requisito mais gravoso 
para a progressão de regime daqueles condenados por delitos hediondos." AI 757.480 AgR-ED, Relator Ministro 
Ayres Britto, Primeira Turma, julgamento em 10.5.2011, DJe de 16.6.2011. 
 
No mesmo sentido: HC 113.355, Relatora Ministra Rosa Weber, Decisão Monocrática, julgamento em 
3.5.2012, DJe de 24.5.2012; Rcl 10.816, Relator Ministro Ayres Britto, Decisão Monocrática, julgamento em 
11.4.2011, DJe de 15.4.2011; RcL 10.103 MC, Relator Ministro Gilmar Mendes, Decisão Monocrática, julgamento 
em 15.12.2010, DJe de 1.2.2011. 
 
Inconstitucionalidade da obrigatoriedade do regime inicial fechado para crimes hediondos 
"Entendo que, se a Constituição Federal menciona que a lei regulará a individualização da pena, é natural que ela 
exista. Do mesmo modo, os critérios para a fixação do regime prisional inicial devem-se harmonizar com as 
garantias constitucionais, sendo necessário exigir-se sempre a fundamentação do regime imposto, ainda que se 
trate de crime hediondo ou equiparado. Deixo consignado, já de início, que tais circunstâncias não elidem a 
possibilidade de o magistrado, em eventual apreciação das condições subjetivas desfavoráveis, vir a estabelecer 
regime prisional mais severo, desde que o faça em razão de elementos concretos e individualizados, aptos a 
demonstrar a necessidade de maior rigor da medida privativa de liberdade do indivíduo, nos termos do § 3º do 
art. 33 c/c o art. 59 do Código Penal.A progressão de regime, ademais, quando se cuida de crime hediondo ou 
equiparado, também se dá em lapso temporal mais dilatado (Lei nº 8.072/90, art. 2º, § 2º). (...) Feitas essas 
considerações, penso que deve ser superado o disposto na Lei dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início 
do cumprimento de pena no regime fechado) para aqueles que preencham todos os demais requisitos previstos 
no art. 33, §§ 2º, b, e 3º, do CP, admitindo-se o início do cumprimento de pena em regime diverso do fechado. 
Nessa conformidade, tendo em vista a declaração incidental de inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº 
8.072/90, na parte em que impõe a obrigatoriedade de fixação do regime fechado para início do cumprimento 
da pena aos condenados pela prática de crimes hediondos ou equiparados, concedo a ordem para alterar o 
regime inicial de cumprimento das reprimenda impostas ao paciente para o semiaberto." HC 111.840, Relator 
Ministro Dias Toffoli, Tribunal Pleno, julgamento em 27.6.2012, DJe de 17.12.2013. 
 
"4. A Corte Constitucional, no julgamento do HC no 111.840/ES, de relatoria do Ministro Dias Toffoli, removeu o 
óbice constante do § 1o do art. 2º da Lei no 8.072/90, com a redação dada pela Lei no 11.464/07, o qual 
determinava que '[a] pena por crime previsto nes[s]e artigoserá cumprida inicialmente em regime fechado', 
declarando, de forma incidental, a inconstitucionalidade da obrigatoriedade de fixação do regime fechado para 
o inicio do cumprimento de pena decorrente da condenação por crime hediondo ou equiparado. 5. Esse 
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entendimento abriu passagem para que a fixação do regime prisional - mesmo nos casos de trafico ilícito de 
entorpecentes ou de outros crimes hediondos e equiparados - seja devidamente fundamentada, como ocorre 
nos demais delitos dispostos no ordenamento. 6. No caso, as instâncias ordinárias indicaram elementos concretos 
e individualizados aptos a demonstrar a necessidade da prisão do paciente em regime fechado, impondo-lhe o 
regime mais severo mediante fundamentação adequada, nos termos do que dispõe o art. 33, caput e parágrafos, 
do CP." HC 119.167, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julgamento em 26.11.2013, DJe de 16.12.2013. 
 
"O STF já teve a oportunidade, por ocasião da análise do julgamento do HC n. 82.959/SP, rel. Min. Marco Aurélio, 
Dje 1º.9.2006, de declarar, incidenter tantum , a inconstitucionalidade da antiga redação do art. 2º, § 1º, da Lei 
n. 8.072/90, a qual determinava que os condenados por crimes hediondos ou a eles equiparados deveriam 
cumprir a pena em regime integralmente fechado. Naquele caso, ficou assentado que essa imposição contraria 
o princípio constitucional da individualização da pena (CF, art. 5º, XLVI). Pois bem. Sobreveio a Lei n. 11.464/2007 
que, ao promover mudanças no já mencionado art. 2º, § 1º, da Lei n. 8.072/90, determinou que a pena agora 
fosse cumprida no regime inicial fechado. É aqui que faço uma indagação: Esse dispositivo, em sua nova redação, 
não continuaria a violar o princípio constitucional da individualização da pena? Essa discussão, inclusive, já vem 
sendo alvo de debates nas instâncias inferiores e nesta Suprema Corte. No ponto, destaco, ainda, à guisa de 
ilustração, julgado recente proferido pelo próprio STJ que, ao analisar o HC n. 149.807/SP lá impetrado, concluiu 
pela inconstitucionalidade desse dispositivo, ao fundamento de que, a despeito das modificações preconizadas 
pela Lei 11.464/2007, persistiria ainda a ofensa ao princípio constitucional da individualização da pena e, também, 
da proporcionalidade. No caso concreto, com fundamento nessas considerações, entendo que o disposto na Lei 
dos Crimes Hediondos (obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado) há de ser 
superado. É que o paciente preenche os requisitos previstos no art. 33, § 2º, c, do CP, para o início do 
cumprimento de pena no regime aberto." HC 106.153, Relator Ministro Gilmar Mendes, Segunda Turma, 
julgamento em 22.11.2011, DJe de 19.12.2011. 
 
"2. É vedada, em recurso exclusivo da defesa, a utilização de fundamentos inovadores, após o afastamento 
daquele adotado na decisão recorrida, para justificar a adoção do regime prisional mais gravoso, sob pena 
de reformatio in pejus". HC 121.449, Relator Ministro Dias Toffoli, Primeira Turma, julgamento em 19.8.2014, DJe 
de 7.10.2014. 
 
Declaração incidental de inconstitucionalidade da vedação à conversão da pena privativa de liberdade em restritiva 
de direitos nos crimes de tráfico de drogas 
"12. Confirmo, então, que o centrado desafio temático deste voto é saber se a proibição estabelecida pela nova 
lei, isto é, a Lei 11.343/06, encontra ou não encontra suporte no sistema de comandos da Constituição Federal. 
O que demandará elaboração teórica mais cuidadosa para a perfeita compreensão da natureza e do alcance da 
garantia constitucional da individualização da pena. (...) 13. Leia-se a figura do crime hediondo, tal como descrita 
no inciso XLIII do art. 5º da Constituição Federal: (...). 14. Daqui já se pode vocalizar um primeiro juízo técnico: 
em tema de vedações de benefícios penais ao preso, ou, então, ao agente penalmente condenado, o Magno 
Texto Federal impõe à lei que verse por modo igual os delitos por ele de pronto indicados como hediondos e 
outros que venham a receber a mesma tarja. Sem diferenciação entre o que já é hediondo por qualificação 
diretamente constitucional e hediondo por descrição legal. Isonomia interna de tratamento, portanto, 
antecipadamente assegurada pela nossa Constituição. 15. Um novo e complementar juízo: embora o Magno 
Texto Federal habilite a lei para completar a lista dos crimes hediondos, a ela impôs um limite material: a não-
concessão dos benefícios da fiança, da graça e da anistia para os que incidirem em tais direitos. É como dizer, a 
própria norma constitucional cuidou de enunciar as restrições a ser impostas àqueles que venham a cometer as 
infrações penais adjetivadas de hediondas. Não incluindo nesse catálogo de restrições a vedação à conversão da 
pena privativa de liberdade em restritiva de direitos. Ponto pacífico. Percepção acima de qualquer discussão ou 
contradita. 16. Insista-se na idéia: no tema em causa, a Constituição da República fez clara opção por não admitir 
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tratamento penal ordinário mais rigoroso do que o nela mesma previsto." HC 97.256, Relator Ministro Ayres 
Britto, Tribunal Pleno, julgamento em 1.9.2010, DJe de 16.12.2010. 
 
Progressão de regime de estrangeiro preso com decreto de expulsão 
"Ementa: Penal. Processual penal. Habeas corpus. Tráfico de drogas. Estrangeiro. Decreto de expulsão. 
Progressão de regime. Possibilidade. Precedente. Ordem concedida. I - A exclusão do estrangeiro do sistema 
progressivo de cumprimento de pena conflita com diversos princípios constitucionais, especialmente o da 
prevalência dos direitos humanos (art. 4º, II) e o da isonomia (art. 5º), que veda qualquer discriminação em razão 
da raça, cor, credo, religião, sexo, idade, origem e nacionalidade. Precedente. II - Ordem concedida para para 
afastar a vedação de progressão de regime à paciente, remetendo-se os autos ao juízo da execução para que 
verifique a presença dos requisitos do art. 112 da LEP." HC 117.878, Relator Ministro Ricardo Lewandowski, 
Segunda Turma, julgamento em 19.11.2013, DJe de 3.12.2013. 
 
"Ementa: Execução Penal. Pena privativa de liberdade. Progressão de regime. Admissibilidade. Condenação por 
tráfico de drogas. Estrangeira sem domicílio no país e objeto de processo de expulsão. Irrelevância. HC concedido. 
Voto vencido. O fato de o condenado por tráfico de droga ser estrangeiro, estar preso, não ter domicílio no país 
e ser objeto de processo de expulsão, não constitui óbice à progressão de regime de cumprimento da pena." HC 
97.147, Relator Ministro Cezar Peluso, Segunda Turma, julgamento em 4.8.2009, DJe de 12.2.2010. 
 
4.2. Do local de Realização do Exame Criminológico 
Do Centro de Observação 
Art. 96. No Centro de Observação realizar-se-ão os exames gerais e o criminológico, cujos resultados serão 
encaminhados à Comissão Técnica de Classificação. 
Parágrafo único. No Centro poderão ser realizadas pesquisas criminológicas. 
Art. 97. O Centro de Observação será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal. 
Art. 98. Os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação, na falta do Centro de Observação. 
 
5. Identificação do perfil genético: 
Da Identificação do Perfil Genético 
Art. 9o-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa, ou por 
qualquer dos crimes previstos no art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, serão submetidos, 
obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, 
por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) 
§ 1o A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a 
ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) 
§ 1º-A. Aregulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos, observando 
as melhores práticas da genética forense. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inquérito 
instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) 
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§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis 
genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou esse dado, de maneira que 
possa ser contraditado pela defesa. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à identificação 
do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser submetido ao 
procedimento durante o cumprimento da pena. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 5º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 6º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 7º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação do perfil 
genético. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) 
 
Comentários 
Assunto já tormentoso e discutido anteriormente nas nossas cortes supremas acerca da possível lesão do 
princípio da não produção de provas contra si mesmo, mostra-se bastante questionável à luz da garantia de 
não autoincriminação (art. 5º, LXIII, da CRFB; art. 14, 3, g, do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e 
Políticos da ONU; art. 8º, 2, g, da Convenção Americana de Direitos Humanos / Pacto de San Jose da Costa 
Rica), sendo inclusive questionado na Corte Suprema em recurso extraordinário (RE n. 973837) com 
repercussão geral reconhecida. 
O novo texto proposto previa: “Art. 9º-A. Os condenados por crimes praticados com dolo, mesmo antes do 
trânsito em julgado da decisão condenatória, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil 
genético, mediante extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor, quando do 
ingresso no estabelecimento prisional.” 
Perceba que a ampliação do rol dos sujeitos a submissão da extração da identificação do perfil genético deixa 
de ser uma exceção e torna-se uma regra em nosso ordenamento jurídico. Diante do texto proposto 
primeiramente pelo nosso ministro Sergio Moro percebemos que referido projeto estaríamos sujeitos a 
lesão do dispositivo constitucional previsto no artigo 5°, LVII (ninguém será considerado culpado até o trânsito em 
julgado de sentença penal condenatória), bem como também ao dispositivo comentado anteriormente no que 
tange ao princípio da não autoincriminação. 
Imagine diante desse cenário pessoas condenadas (ou até mesmo diante de sentença recorrível) por crimes 
contra a honra como calúnia, difamação e injúria estariam sujeitas a extração do DNA. 
Ademais, diante desses argumentos e ainda por não preverem essa possibilidade para todos os condenados 
por crimes hediondos, por impedir a utilização do material genético para práticas de fenotipagem genética, 
busca familiar e por fim, obrigar o poder público a descartar imediatamente a amostra biológica após a 
identificação do perfil genético, razão pela qual o nosso presidente vetou alguns dispositivos. 
Outro ponto Acrescentado pelo pacote anticrime que acredito que será assunto de muita discursão e que 
para mim foi o principal incremento trazido pela lei nº 13.964, de 2019, foi a adição do parágrafo 8° no artigo 
9-A, que adiciona mais uma falta grave ao rol previsto no artigo 50 da LEP, que é o fato de se recusar a 
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submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético, vislumbro aqui uma falta que fere 
claramente o princípio da não autoincriminação, uma vez que além de obrigar o condenado a se submeter 
ao procedimento de identificação do perfil genético ainda o punirá por um direito previsto em nossa carta 
magna. Entretanto como faremos uma prova que não se discutirá a constitucionalidade dessa falta até que 
haja uma revogação expressa iremos continuar considerando como mais uma falta grave prevista no artigo 
50 da lei 7210/84. 
 
6. Das Assistências 
CAPÍTULO II 
Da Assistência 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à 
convivência em sociedade. 
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. 
Art. 11. A assistência será: 
I - material; 
II - à saúde; 
III -jurídica; 
IV - educacional; 
V - social; 
VI - religiosa. 
 
SEÇÃO II 
Da Assistência Material 
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e 
instalações higiênicas. 
Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, 
além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração. 
 
SEÇÃO III 
Da Assistência à Saúde 
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento 
médico, farmacêutico e odontológico. 
§ 1º (Vetado). 
§ 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, 
esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento. 
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§ 3º Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, 
extensivo ao recém-nascido.(Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009) 
 
 
SEÇÃO IV 
Da Assistência Jurídica 
Art. 15. A assistência jurídica é destinada aos presos e aos internados sem recursos financeiros para constituir 
advogado. 
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica nos estabelecimentos penais. 
Art. 16. As Unidades da Federação deverão ter serviços de assistência jurídica, integral e gratuita, pela Defensoria 
Pública, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Redação dada pela Lei nº 12.313, de 2010). 
§ 1º As Unidades da Federação deverão prestar auxílio estrutural, pessoal e material à Defensoria Pública, no 
exercício de suas funções, dentro e fora dos estabelecimentos penais. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). 
§ 2º Em todos os estabelecimentos penais, haverá local apropriado destinado ao atendimento pelo Defensor 
Público. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). 
§ 3º Fora dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública 
para a prestação de assistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e 
seus familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado. (Incluído pela Lei nº 12.313, de 2010). 
 
SEÇÃO V 
Da Assistência Educacional 
Art. 17. A assistência educacional compreenderá a instrução escolar e a formação profissional do preso e do internado. 
Art. 18. O ensino de 1º grau será obrigatório, integrando-se no sistema escolar da Unidade Federativa. 
Art. 18-A. O ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou educação profissional de nível médio, será 
implantado nos presídios, em obediência ao preceito constitucional de sua universalização. (Incluído pela Lei 
nº 13.163, de 2015) 
§ 1o O ensino ministrado aos presos e presas integrar-se-á ao sistema estadual e municipal de ensino e será 
mantido, administrativa e financeiramente, com o apoio da União, não só com os recursos destinados à 
educação, mas pelo sistema estadual de justiça ou administração penitenciária. (Incluído pelaLei nº 13.163, 
de 2015) 
§ 2o Os sistemas de ensino oferecerão aos presos e às presas cursos supletivos de educação de jovens e 
adultos. (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
§ 3o A União, os Estados, os Municípios e o Distrito Federal incluirão em seus programas de educação à 
distância e de utilização de novas tecnologias de ensino, o atendimento aos presos e às presas. (Incluído pela Lei 
nº 13.163, de 2015) 
Art. 19. O ensino profissional será ministrado em nível de iniciação ou de aperfeiçoamento técnico. 
Parágrafo único. A mulher condenada terá ensino profissional adequado à sua condição. 
Art. 20. As atividades educacionais podem ser objeto de convênio com entidades públicas ou particulares, que 
instalem escolas ou ofereçam cursos especializados. 
Art. 21. Em atendimento às condições locais, dotar-se-á cada estabelecimento de uma biblioteca, para uso de todas 
as categorias de reclusos, provida de livros instrutivos, recreativos e didáticos. 
Art. 21-A. O censo penitenciário deverá apurar: (Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
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22 
I - o nível de escolaridade dos presos e das presas;(Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
II - a existência de cursos nos níveis fundamental e médio e o número de presos e presas atendidos;(Incluído 
pela Lei nº 13.163, de 2015) 
III - a implementação de cursos profissionais em nível de iniciação ou aperfeiçoamento técnico e o número de 
presos e presas atendidos;(Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
IV - a existência de bibliotecas e as condições de seu acervo;(Incluído pela Lei nº 13.163, de 2015) 
V - outros dados relevantes para o aprimoramento educacional de presos e presas. (Incluído pela Lei nº 13.163, 
de 2015) 
 
SEÇÃO VI 
Da Assistência Social 
Art. 22. A assistência social tem por finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade. 
Art. 23. Incumbe ao serviço de assistência social: 
I - conhecer os resultados dos diagnósticos ou exames; 
II - relatar, por escrito, ao Diretor do estabelecimento, os problemas e as dificuldades enfrentadas pelo 
assistido; 
III - acompanhar o resultado das permissões de saídas e das saídas temporárias; 
IV - promover, no estabelecimento, pelos meios disponíveis, a recreação; 
V - promover a orientação do assistido, na fase final do cumprimento da pena, e do liberando, de modo a 
facilitar o seu retorno à liberdade; 
VI - providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no 
trabalho; 
VII - orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima. 
 
SEÇÃO VII 
Da Assistência Religiosa 
Art. 24. A assistência religiosa, com liberdade de culto, será prestada aos presos e aos internados, permitindo-se-lhes 
a participação nos serviços organizados no estabelecimento penal, bem como a posse de livros de instrução 
religiosa. 
§ 1º No estabelecimento haverá local apropriado para os cultos religiosos. 
§ 2º Nenhum preso ou internado poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa. 
 
SEÇÃO VIII 
Da Assistência ao Egresso 
Art. 25. A assistência ao egresso consiste: 
I - na orientação e apoio para reintegrá-lo à vida em liberdade; 
II - na concessão, se necessário, de alojamento e alimentação, em estabelecimento adequado, pelo prazo de 
2 (dois) meses. 
Parágrafo único. O prazo estabelecido no inciso II poderá ser prorrogado uma única vez, comprovado, por 
declaração do assistente social, o empenho na obtenção de emprego. 
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23 
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: 
I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento; 
II - o liberado condicional, durante o período de prova. 
Art. 27.O serviço de assistência social colaborará com o egresso para a obtenção de trabalho. 
 
6.1. DAS FINALIDADES E BENEFICIÁRIOS DAS ASSISTÊNCIAS 
O artigo 10° trouxe o objetivo das assistências, percebemos que o objetivo está em consonância com a 2° 
finalidade da lei de execução penal, que é a ressocialização. 
 
Art. 10. A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à 
convivência em sociedade. 
Parágrafo único. A assistência estende-se ao egresso. 
Percebemos ainda, que o legislador utilizou aqui de forma genérica o conceito preso, logo, nos cabe 
interpretar que esse conceito se estende para todos aqueles recolhidos em estabelecimento prisional, 
cautelarmente ou em razão de sentença penal condenatória com trânsito em julgado. Sendo incluindo aqui 
o preso provisório e o definitivo. 
Além do preso que cumpre lhe foi imposta a pena, o legislador inclui expressamente o internado, nas 
palavras de Renato Marcão, internado é “aquele que se encontra submetido a medida de segurança 
consistente em internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, em razão de decisão judicial.” 
E para finalizar no parágrafo único estendeu a assistência ao egresso, a qual seu conceito está definido no 
artigo 26. 
 
Art. 26. Considera-se egresso para os efeitos desta Lei: 
 I - o liberado definitivo, pelo prazo de 1 (um) ano a contar da saída do estabelecimento; 
 II - o liberado condicional, durante o período de prova. 
 
6.2. ESPÉCIES DE ASSISTÊNCIAS 
Art. 11. A assistência será 
 I - material; 
 II - à saúde; 
 III -jurídica; 
 IV - educacional; 
 V - social; 
 VI - religiosa. 
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6.2.1. DA ASSISTÊNCIA MATERIAL 
Consiste no fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas. Percebemos que além da 
assistência material fornecida pelo próprio poder público, o estabelecimento prisional contará com uma 
instalação que disponibilizará objetos e produtos não fornecidos pela administração, que é conhecida como 
cantina. 
 
Art. 12. A assistência material ao preso e ao internado consistirá no fornecimento de alimentação, vestuário e 
instalações higiênicas. 
 Art. 13. O estabelecimento disporá de instalações e serviços que atendam aos presos nas suas necessidades pessoais, 
além de locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração. 
 
6.2.2. DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE 
Visa o tratamento físico do executado, seja em caráter preventivo como em caráter curativo, 
compreendendo o tratamento médico, farmacêutico e odontológico. 
O parágrafo segundo assegura o tratamento médico do preso, pois caso não haja o tratamento adequado 
no estabelecimento do reeducando esse será prestado em outro local, mediante autorização do diretor do 
estabelecimento. Percebam que essa é uma hipótese de permissão de saída que veremos mais a frente 
(capítulo de autorizações de saída). 
O parágrafo terceiro foi acrescentado em 2009 pela lei 11.942, garantindo à presa mãe toda a assistência 
inerente à saúde de seus filhos, acrescentando, então como beneficiário das assistências, também, os filhos 
da presa, que no decreto 8897/86, que trata do Regulamento do Sistema Penal do Estado do Rio de Janeiro, 
já previa aos filhos da presa a extensão de certas assistências. 
 
Art. 14. A assistência à saúde do preso e do internado de caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento 
médico, farmacêutico e odontológico. 
 § 1º (Vetado). 
 § 2º Quando o estabelecimento penal não estiver aparelhado para prover a assistência médica necessária, 
esta será prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento. 
 § 3o Será assegurado acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, 
extensivo ao recém-nascido. (Incluído pela Lei nº 11.942, de 2009) 
6.2.3. DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA 
É destinada ao preso e ao internado sem recursos financeiros para garantir seus direitos

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