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0.MA.Elemento Textual - Tricologia

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TRICOLOGIA 
Daniela Brant 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 TRICOLOGIA............................................................................................. 3 
2 TIPOS DE CABELO E AS CARACTERÍSTICAS DA HASTE CAPILAR .............. 11 
3 PATOLOGIAS DO COURO CABELUDO ..................................................... 17 
4 TRICOSES CAPILARES ............................................................................. 23 
5 TECNOLOGIAS APLICADAS À ESTÉTICA .................................................. 27 
6 DEPILAÇÃO DA ANTIGUIDADE AOS TEMPOS ATUAIS ............................. 34 
 
 
 
 
 
3 
 
 
1 TRICOLOGIA 
1.1 O que é tricologia? 
A palavra é bem diferente e pode assustar um pouco, mas esta é uma área que busca 
solucionar os problemas do cabelo e couro cabeludo. 
Segundo Dawber e Neste (1996) a palavra Tricologia vem do grego Thricos (cabelos) e 
Logos (estudo), logo, tricologia significa estudo dos cabelos. 
O estudo da tricologia começou na Inglaterra por volta de 1902 e só agora está se 
popularizando no Brasil. Através desse estudo foi possível reconhecer e tratar as 
patologias do couro cabeludo e haste capilar. O Brasil sempre se destacou na área de 
tratamentos estéticos e com a tricologia não poderia se diferente. Devido à grande 
diversidade de tipos de cabelos dos brasileiros, os conhecimentos na área estão se 
aprofundando cada vez mais para atender cada tipo de cliente. 
Tanto no Brasil quanto em outros países, cresceu muito o interesse pelos tratamentos 
alternativos e preventivos. Atendendo a este interesse, através do estudo da 
Tricologia, disponibilizamos o conhecimento sobre o couro cabeludo, suas patologias 
e tratamentos direcionados à área da estética. 
Nas aulas a seguir você irá conhecer melhor para que serve a tricologia e quais 
patologias ela abrange. Mas antes disso vamos conhecer um pouco sobre as bases 
históricas do cabelo e seus mais distintos penteados com o passar dos anos. 
 
1.2 O cabelo e suas bases históricas 
Desde o inicio da humanidade sabemos que os cabelos possuem papel fundamental no 
cotidiano do ser humano, com diferentes penteados, significados e importância. 
No antigo Egito, cuidar dos cabelos era um ritual de higiene e estética da época. A 
religião exigia boa aparência, pois para eles era importante estar preparado caso 
chegasse a hora de se apresentar ao outro mundo. Os faraós tinham perucas como 
forma de distinção social, quanto mais poder, mais enfeitadas eram as perucas. Os 
escravos eram obrigados a rasparem a cabeça, pois seus senhores diziam que os 
mesmos tinham piolhos. Já se fazia uso da henna para colorir as perucas. 
Na Grécia antiga, Venus era deusa do amor, a mesma era dona de uma vasta cabeleira 
longa e inspiradora para as mulheres da época. As imagens utópicas das divindades 
mitológicas inspiravam perfeição corporal, o que levou à preocupação de criar um 
espaço apropriado para cuidados com a beleza. Criando assim os primeiros salões de 
beleza da humanidade. 
 
 
 
4 
 
Nos séculos XVI e XVII a Europa ditou a moda das perucas com o rei Luiz XIV, que 
adotou as perucas para esconder a calvície. Mas como não eram adeptos da higiene, 
passou a proliferar diversos tipos de bichos nesses cabelos artificiais. As perucas eram 
usadas como símbolo de nobreza da época, deixando de ter tanta importância por 
volta de 1979, dando espaço aos penteados estilo Rococó. 
Predominaram-se então, por volta do século XVIII, penteados mais assimétricos, 
ganhando altura, curvas e dinamismo. Nesta época os penteados passaram a ganhar 
mais adereços e outros adornos. No final do século os penteados ganharam formas 
mais sóbrias e conservadoras. 
No século XIX com a revolução francesa, o luxo e o excesso saíram de moda, mas o 
volume passou a ser supervalorizado. Nesta época foi adotada a técnica de 
permanentes, deixando os cabelos mais encaracolados. 
Entre 1890 a 1920 o comportamento da sociedade mudou completamente. Todo 
aquele charme e a borbulhante vida noturna haviam terminado. Os cabelos ficam mais 
curtos e rebuscados. Os mais intrincados coques perdem espaço para simples chignon 
atrás da nuca. Em 1920, surge Coco Chanel, a pequena e dinâmica criadora da moda, 
promove uma revolução ao cortar seus cabelos curtos, com talhe reto e franja. 
O penteado Chanel foi usado durante muitos anos por uma musa do cinema chamada 
Luise Brooks. A maioria das jovens usava cabelo reto ou “à ventania” puxado para o 
rosto. O modelo mais popular era o “cloche”, enterrado ate os olhos. 
Nos anos 30 a empresa cosmética dá inicio à especialização na produção de 
cosméticos e cuidados pessoais, aperfeiçoando a tecnologia da ondulação dos cabelos 
e das tinturas. Usavam-se cabelos bem modelados, com ondulados perfeitos e 
penteados graciosos. 
Na década de 40 as atrizes de Hollywood lançam moda com o cabelo estilo pin-up girls. 
As atrizes usavam longos e macios cabelos soltos, sendo imitadas pelas mulheres da 
época. Com esta febre da imitação, muitas mulheres que trabalhavam em fábricas 
tiveram acidentes fatais envolvendo seus cabelos soltos nas engrenagens das 
máquinas. Em função disso foi implantada a obrigatoriedade do uso de redes nos 
cabelos, porém tornou-se moda. 
Já na década de 50, conhecida como período dos anos dourados, a moda se apresenta 
com muito glamour e sofisticação, cabelos com brilhantina e topetes compunham o 
visual da época. Nesse período surgiram as tinturas para serem aplicadas em casa, e o 
cabelo mais copiado era o tom de loiro da atriz Marilyn Monroe, surgindo na época um 
dito popular “os homens preferem as loiras, mas se casam com as morenas”. Foi a 
 
 
 
5 
 
época dos rabos de cavalo, franjas e lencinhos no pescoço. No final da década surgem 
os chapéus, uma peça usada pelas mulheres da alta sociedade. 
Os anos 60 foram uma década de variedade e modismo. A banda The Beatles também 
inspirou moda com o corte tigela, surgindo dessa forma a moda unissex. Todas as 
formas de comprimento, penteado, cores foram usadas. Nessa época os jovens se 
expressavam através de seus ídolos de cinema e de suas bandas favoritas. 
Os cabelos altos tomaram conta das cabeças femininas, utilizavam laquê para fixar os 
coques e eram utilizados apliques e enchimentos estofados com esponja para dar 
volume. 
Nos anos 70 os estilos de cabelos eram bem variados, começaram trazendo uma moda 
hippie que usavam cabelos displicentes, soltos, bagunçados e parecia não exigir muito 
tempo para cuidá-los. O estilo Bob Marley com tranças e miçangas africanas e os 
cabelos Black Power vieram com força na época. 
Para complementar a época, os jovens aderiram ao estilo Punk, usados por 
adolescentes estudantes e desempregados, sendo um modo de agredir a todos com 
suas roupas e acessórios, cores fortes e ousadas nos cabelos. 
A maioria das pessoas nesta época seguiam o estilo que mais lhe agradasse ou com o 
qual mais se identificassem, poderia ser liso e curto, armado e graduado, ou um estilo 
mais natural. 
Nos anos 80 a moda era ditada conforme a “tribo” que faziam parte, onde os opostos 
começaram a conviver em harmonia. Cabelos inspirados no passado por falta de 
opções de novidades; buscou-se no passado uma nova tentativa de identificação. 
Buscava-se inspiração na idade media, nos anos 50, em inúmeros outros estilos e 
épocas, servindo como referencial inspirador para a época. 
O cinema e as novelas ditavam moda na época, influenciando o comportamento das 
mulheres. O permanente já existia há muito tempo e voltou com toda força, 
ressaltando os cachos e cabelos volumosos. Lady Diana foi parâmetro para as 
mulheres mais tímidas e recatadas que adotaram seu penteado como visual. 
Nos anos 90, última década do século XX, segue-se mais o estado de espírito que as 
tendências ditadas por grandes nomes. Chega ao fim a ditadura dos estilos, e a moda é 
cada vez mais plural. Há espaço para cabelos curtos,médios e longos, identificando o 
estilo de cada um, surge um estudo mais elaborado da estética e formas do rosto 
chamado Visagismo. 
 
 
 
6 
 
Com o estudo do visagismo observou-se que um simples rabo de cavalo dependendo 
do tipo de rosto poderia ser tudo em questão de penteado. Poderia ser loira, morena, 
ruiva, oriental, cada um buscava seu estilo, de forma a se sentir bem e atraente. 
Ainda hoje algumas religiões ditam seus preceitos sobre cabelos. Muitos ritos 
religiosos prezam por cabelos longos. Enquanto em outros os homens são obrigados a 
rasparem a cabeça como forma de mostrar sua posição hierárquica ou como forma de 
devoção. 
Com o passar das décadas foram adotados vários tipos de técnicas e penteados. Do 
liso ao encaracolado. Várias cores e texturas foram utilizadas. Estrelas de TV ditaram 
moda. As tendências mais atuais não seguem um padrão definido. Quaisquer 
tendências escolhidas por homens e mulheres são aceitas e podem ser mudadas de 
acordo com suas necessidades. 
1.3 O couro cabeludo - Anatomia 
O couro cabeludo é formado de forma geral por pele. Esta por sua vez se divide em 
três partes principais: epiderme, derme e hipoderme. 
A epiderme é a parte mais externa ou superficial da pele e está visível a olho nu. Está 
em constante renovação, pois é formada por um epitélio pavimentoso estratificado e 
avascularizado. Fazem parte de seus anexos unhas, glândulas e pelos. Suas principais 
células são os queratinócitos que compõem cerca de 95% da camada. Os outros 5% 
são os melanócitos, células de Langerhans e as células de Merkel. 
A derme é a camada intermediaria da pele que se situa abaixo da epiderme, 
constituída por fibras de colágeno, elastina e matriz extracelular. Tem função de nutrir 
e dar sustentação à pele. Na derme do couro cabeludo encontramos folículo piloso, o 
músculo eretor do pelo, as glândulas sebáceas e as glândulas sudoríparas. 
A Hipoderme é a camada mais profunda da pele, situada abaixo da derme. Constituída 
por tecido adiposo. Tem em sua função preenchimento, proteção térmica, reserva de 
nutrientes, proteção contra traumatismo e manutenção de temperatura corporal. 
1.4 Principais estruturas do folículo piloso 
O folículo piloso é a estrutura que produz o pelo e se desenvolve durante os primeiros 
3 meses de vida intrauterina. Seu desenvolvimento está completo por volta do 8° mês 
de gestação. 
Segundo Pereira (2001), o primeiro sinal de aparecimento do folículo piloso é uma 
coleção de células que se juntam adjacentes à epiderme fetal, no estagio de periderme 
do desenvolvimento cutâneo, mesmo antes que a camada córnea tenha sido formada. 
 
 
 
7 
 
As principais estruturas do folículo piloso são: 
Papila dermal: é formada por um grupo de células dermais especializadas, 
entrelaçadas por vasos capilares. 
Bulbo piloso ou folículo piloso: situado sobre a papila dermal, se estreita à medida que 
alcança a superfície da pele. 
Vasos capilares: são pequeníssimos vasos sanguíneos que conectam as artérias e veias 
à papila. 
Glândulas sebáceas: produzem o sebo, material que determinará o grau de oleosidade 
de cabelo e couro cabeludo. 
Músculo eretor do pelo: está associado a cada um dos folículos pilosos. Cada pelo do 
nosso corpo está ligado a um pequeno músculo eretor, que permite a movimentação 
dos mesmos. O Músculo eretor do pelo é responsável pelo arrepio. 
O Bulge capilar é uma porção especializada do folículo piloso onde o músculo eretor do 
pelo se conecta com o mesmo e marca a região que abriga as células mãe do folículo 
piloso. 
Os fios de cabelos têm como função, proteção contra atritos, luz solar, frio e calor. 
 
1.5 A estrutura química dos cabelos 
No inicio do crescimento do cabelo se dá a divisão celular, que ocorre perto da base do 
bulbo. Quando as células atingem a zona da queratinização, perdem água e formam a 
proteína queratina. 
Os elementos químicos que compõem o cabelo são; 
 Carbono (C) 45% 
 Hidrogênio (H) 7% 
 Oxigênio (O) 28% 
 Nitrogênio (N) 15% 
 Enxofre (S) 5% 
Existem também em sua composição outros elementos que são água e lipídeos. 
O cabelo é formado por vinte aminoácidos que quando ligados entre si, formam uma 
ligação chamada ligação peptídica. Os aminoácidos formam as proteínas fundamentais 
 
 
 
8 
 
do cabelo, sendo a queratina a principal proteína capilar. O aminoácido mais 
importante para a formação das proteínas é a cisteína, que contém enxofre em sua 
molécula e está presente em todo o polímero da queratina. A ligação de duas cisteínas 
forma as ligações de sulfeto que contribuem para a força, resistência e durabilidade 
dos cabelos. 
Podemos ainda encontrar na composição dos fios: cálcio, ferro, chumbo e silício. 
Os fios capilares em sua estrutura dividem-se em três partes: 
Cutícula: parte externa do fio, com aproximadamente 3 a 10 camadas de queratina. 
Protege o córtex contra as agressões externas, como procedimentos químicos. Um 
cabelo com cutículas saudáveis é brilhante e macio. 
Córtex: é a parte interna abaixo da cutícula, responsável pela força, elasticidade e 
permeabilidade do cabelo. No córtex estão as células de melanina, responsáveis pela 
coloração natural dos fios. 
Medula: a medula também conhecida como núcleo não tem uma função conhecida no 
tratamento do fio. 
 
1.6 Fases de crescimento do cabelo 
Anagena: é a fase em que o fio cresce continuamente. Pode durar de 2 a 6 anos, 
caracterizando-se por intensa atividade de multiplicação das células da matriz. O 
cabelo cresce em média um centímetro por mês, mais de 80% dos folículos 
encontram-se nessa fase. 
Catagena: é a fase em que o cabelo se desprende da papila dérmica e se desloca no 
sentido da superfície da pele, o couro cabeludo, pois a matriz deixa de proliferar e o 
cabelo chega no tempo máximo de crescimento. Essa fase tem duração de 2 a 3 
semanas. Menos de 1% dos folículos pilosos se encontram nessa fase. 
Telogena: é a fase na qual o cabelo se desprende do couro cabeludo. Dura em media 3 
meses. Menos de 19% dos folículos encontram-se nessa fase. 
Conclusão 
O estudo da tricologia tem papel fundamental no conhecimento dos cabelos e suas 
propriedades. Através desse estudo é possível entender sobre o couro cabeludo e o 
cabelo. 
 
 
 
9 
 
Cada povo tem seus conceitos referentes ao modo de produzir suas madeixas. Para 
muitas mulheres, contemplar o visual dos cabelos é um fator determinante para a 
autoestima. 
Os cabelos podem passar uma imagem clássica ou radical, são repletos de significados 
associados à sedução, liberdade e poder. Mudaram muito com o passar dos tempos, e 
em cada época sua transformação foi importante, pois ditava a moda em sociedade. 
Por fim, conhecemos aqui como se dá fisiologicamente toda a fase de nascimento e 
crescimento do fio capilar, entendendo sua anatomia e composição química. 
 
 
REFERÊNCIAS 
BIOMEDICINA ESTÉTICA. Tricologia: para cada problema capilar uma técnica e 
tratamento adequados. Disponível em: <https://biomedicinaestetica.com.br/entenda-
o-que-e-tricologia/#.XIbboMlKjIU/> Acesso em: 04 jul. 2019. 
DAL’PIZZOL, C; PSCHEIDT, L; MOSER,D.K; MACHADO, M. História do Penteado: Uma 
revisão bibliográfica. Universidade do Vale do Itajaí. Balneario Camboriu/SC. Disponível 
em: 
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Cidimara%20Dal%E2%80%99Pizzol,%20Luciane%20Psc
heidt.pdf> Acesso 04 jul. 2019. 
DAWBER, R; NESTE, D.V. Doenças dos cabelos e do couro cabeludo: Sinais comuns de 
apresentação,diagnóstico diferencial e tratamento. 1ed. Editora Manole. São Paulo, 
1996. 
GOMES, Amanda. Tricologia o que é? E para que serve? Dermatologia Capilar. 
Disponível em: <http://dermatologiacapilar.med.br/tricologia-o-que-e-para-que-
serve/> Acesso em 04 jul. 2019. 
KAMIZATO, K.K. Imagem pessoal e visagismo. 1 ed. Editora Érica, 2014. 
SOUZA, E.L de. Estética do cabelo e comportamento psicossocial: um estudo 
comparativo entre Brasil, México e Chile. Monografia (pós-graduação)-Universidade 
do Vale do Itajaí. Balneário Camboriu/SC 2009. Disponível em: 
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Elita%20Luzia%20de%20Souza.pdf> Acesso em: 04 jul. 
2019 
 
 
 
10 
 
MILADY COSMETOLOGIA: Cuidados com os cabelos / Catherine M. Frangie [et al.] ; 
tradução: EZ2 Translate ; revisão técnica: Geovana Prado Vaz Feitosa. – São Paulo, SP: 
Cengage, 2016. Disponível em: 
<https://issuu.com/cengagebrasil/docs/milady_cosmetologia_cuidado_com_os_> 
Acesso em: 04 jul. 2019. 
PEREIRA, J.M. Propedêutica das doenças dos cabelos e do couro cabeludo. Editora 
Atheneu, São Paulo, 2001. 
SCHEID, Cintia Karina; LAZAROTTO, Sacha; MOSER, Denise Kruger. A inserção dos 
serviços de terapias capilares nos salões de beleza: Busca por um novo nicho de 
mercado. Pesquisa de caráter quantitativo. Universidade do vale do Itajaí, Balneário 
Camboriú/SC. Disponível em: 
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Cintia%20Karina%20Scheid,%20Sacha%20Lazzarotto.p
df> Acesso em: 04 jul. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
2 TIPOS DE CABELO E AS CARACTERÍSTICAS DA HASTE CAPILAR 
O cabelo passa por um processo de transformação durante o crescimento. A Lanugem 
é o pelo que cobre o feto e desaparece após o nascimento. O pelo vellus, é o pelo que 
substitui a lanugem após o nascimento. Encontrado normalmente nas faces das 
mulheres ou na área de calvície dos homens. 
O pelo terminal é o pelo que substitui o vellus. É mais comprido (>2 cm), mais grosso 
(até 0,6mm), pigmentado, visível e medulado. Ao contrário dos outros, o pelo terminal 
já está completo com córtex e cutículas. 
 
2.1 Curvatura e forma 
Existem três tipos básicos de cabelo de acordo com sua forma e curvatura. 
O cabelo mongoloide ou oriental tem formato mais simétrico e é o tipo mais resistente 
de todos por ser mais uniforme e bem liso. 
O cabelo caucasiano tem estrutura mediana no fator de resistência entre os outros 
dois tipos. 
O cabelo negroide tem fios mais retorcidos e menos uniformes, é o tipo mais frágil por 
ser muito fino. 
 
2.2. A cor dos fios 
Segundo Gray (2001) a cor do cabelo é determinada pela melanina. Ela é produzida 
pelos melanócitos presentes na matriz do bulbo capilar sendo depois transferidas em 
melanossomas para as células do córtex durante a anagenese. 
As células de melanocitos são responsáveis pela produção de melanina dentro do 
bulbo capilar. O catalisador de tirosina, encontrado no interior das células melanocitas, 
é o responsável pelo desencadeamento de uma reação química, resultando na 
formação da melanina. 
Os tipos de melanina que dão cor ao cabelo são classificados como eumelanina e 
feomelanina. Eumelanina é a mais abundante e é a responsável pela coloração dos 
 
 
 
12 
 
cabelos castanhos e pretos. A feomelania é a menos abundante é a responsável pela 
coloração dos cabelos loiros e ruivos. 
Com o tempo os melanócitos vão perdendo sua função por um processo biológico 
progressivo e que pode depender de vários fatores (hereditários, genéticos, 
envelhecimento, estresse, má alimentação, fatores ambientais, entre outros). Isso leva 
a uma diminuição das células causando a formação dos fios brancos. 
 
2.3 Potencial de hidrogeniônico: pH 
O termo potencial de hidrogeniônico é usado para determinar o grau de acidez ou 
alcalinidade de uma substância. O cabelo natural tem sua escala de pH levemente 
ácida, compreendida entre 4,5 (cabelos oxidados) e 6 (cabelos naturais). 
Entendendo melhor a sigla: 
 P (minúsculo) representa quantidade 
 H (maiúsculo) representa o íon de hidrogênio (H) 
Assim pH representa a quantidade de íons de hidrogênio em uma solução. Onde acidez 
significa íons de hidrogênio livres e alcalinidade íons de hidróxido livres. O pH 7,0 
denota uma faixa de neutralidade, não sendo nem acido, nem alcalino. 
 
Na tabela de pH acima podemos observar como a fibra capilar reage com cosméticos 
ácidos ou alcalinos e que tipos de produtos podem danificar mais a fibra capilar no seu 
todo. Vemos que quanto mais alcalino for o produto utilizado, mais danificadas serão 
as cutículas capilares, podendo atingir o córtex e chegar a quebra do fio. 
As propriedades mecânicas da fibra capilar são sensibilizadas em função dos extremos 
de pH. Esse fato está associado às quebras das pontes de hidrogênio e às interações 
iônicas; já as ligações de sulfeto são rompidas com ligações alcalinas. 
 As alterações cosméticas que mais agridem fibra capilar são os relaxamentos e 
alisamentos, os mais fortes são os hidróxidos por terem um poder de alcalinidade 
 
 
 
13 
 
maior que outros produtos. Por isso é muito importante que se faça uma avaliação da 
fibra antes de qualquer procedimento cosmético transformador. 
 
2.4 Nutrição e sistema capilar 
A síntese da fibra capilar é um processo proliferativo dinâmico, altamente influenciado 
pelo estado nutricional proteico e calórico. Como vimos anteriormente o fio do cabelo 
é 90% rico em aminoácidos e proteínas. 
A carência dos oligoelementos e proteínas também podem levar a alterações da 
síntese dos fios. A deficiência de proteína interfere no crescimento dos fios, causa 
afinamento capilar e aumento dos cabelos na fase telógena. 
Suas principais fontes são: carnes, ovos, derivados do leite e grãos. 
Algumas vitaminas hidrossolúveis são essenciais para a formação de uma fibra capilar 
saudável, entre elas as do complexo B, vitamina C e os bioflavonoides encontrados nos 
alimentos cítricos. 
Alguns minerais são importantes para força, crescimento e brilho, como o silício, iodo, 
cobre, cálcio e manganês. Suas principais fontes são: frutos do mar, aveia, milho, 
fígado, feijão, folhas escuras, nozes, castanhas, ostras, leite e seus derivados, ovos, 
batata doce, amendoim, etc. 
A biotina é muito importante para o cabelo, pois controla a queda capilar, melhora a 
saúde dos cabelos e é um coadjuvante nos tratamentos de dermatites. É uma vitamina 
do complexo B, também conhecida com B7. Suas principais fontes são: fígado, rim, 
farinha de soja, gema de ovos, cereais, levedo de cerveja. 
Também não podemos nos esquecer dos principais nutrientes que são os ácidos graxos 
essenciais, responsáveis pela hidratação dos cabelos e combatem as dermatites do 
couro cabeludo. Suas principais fontes são: peixes de água fria (atum, sardinha, 
bacalhau, salmão), grãos integrais. 
 
2.5. Os tratamentos capilares 
Atualmente existe uma grande procura nos salões de beleza para os famosos 
tratamentos capilares. Existe atualmente uma infinidade de produtos e ativos que 
devolvem a vida à fibra capilar, selando a cutícula e devolvendo o brilho, a maciez e a 
maleabilidade dos fios. 
 
 
 
14 
 
Segundo Gomes (1991) e Moser (2009), hidratar os cabelos é uma forma de reter 
umidade sobre a cutícula do fio, melhorando sua maleabilidade e flexibilidade. A perda 
da umidade da superfície do cabelo provoca a diminuição de coesão entre as cutículas, 
causando descamação e perda de brilho. 
Devemos estar sempre alerta ao tipo de ativo de cada produto, pois o uso de ativos 
errados ou desnecessários pode levar a um resultado indesejado. Por isso, devemos 
sempre alertar nossos clientes a procurar um especialista e realizar um diagnóstico 
correto para que o tratamento tenha ação correta e eficaz. 
Reconstrução capilar: Na reconstrução capilar ainda são encontrados ativos como 
colágenos, proteína do trigo, silicones, filtros solares e a queratina que contém baixo 
peso molecular para uma melhor fixação na fibra capilar. É responsável por reparar 
danos na cutícula, pois fornece aminoácidos e auxilia na hidratação. 
Cabelos que precisam de reconstrução geralmente são opacos, de difícil 
penteabilidade, porosos e sem elasticidade. O profissional deve fazer um diagnóstico 
do tipo de cabelo e necessidade de tratamento que pode ser quinzenal ou semanal. 
Cauterização capilar: é um tratamento onde o seu principal ativo é a queratina. 
Sabemos que ocabelo produz queratina naturalmente, mas com as agressões químicas 
ou mecânicas como secador e chapinha o cabelo perde um pouco desta importante 
proteína. 
Este procedimento deixa os cabelos mais fortes, brilhosos e macios. Pode ser feito a 
cada 30 dias de acordo co a necessidade de cada cabelo, podendo ser intercalada com 
outros tratamentos como nutrição e hidratação. 
Hidratação capilar: tem a função de devolver a maciez, maleabilidade e suavidade para 
os cabelos, pois os seus princípios ativos devolvem a água ao fio, selando a cutícula e 
protegendo o córtex no seu interior. Os princípios ativos são agentes formadores de 
filmes como a ceramida (lipídios) responsável por formar uma barreira de proteção 
contra certos processos químicos e físicos. Contém também regeneradores da 
estrutura interna que reduzem a lesão sobre os fios, como peptídeos, aminoácidos e 
proteínas. 
Pode ser aplicados a cada 15 dias de acordo com a necessidade de cada cliente e sua 
fibra capilar. 
Nutrição Capilar: tem a função de repor lipídeos à fibra capilar, conservando a 
hidratação dos fios. É indicada para cabelos porosos, opacos, sem definição, com 
volume excessivo e que embaraçam muito. É muito realizada em cabelo cacheado 
onde as características pedem esse tipo de tratamento. Tem como ativos principais os 
óleos vegetais como argan e coco, manteigas como a de karité, tutano, entre outros. 
 
 
 
15 
 
Este tipo de procedimento deve ser evitado em cabelos oleosos, pois pode piorar a 
condição da formação de sebo no couro cabeludo. 
 
Conclusão: 
Concluímos neste bloco que, durante seu processo de crescimento, o cabelo passa por 
diferentes transformações até chegar à sua forma terminal com cutícula e córtex. 
Podemos perceber também que existem diferentes formas e curvaturas de fios, o que 
influencia na resistência e densidade dos cabelos. A melanina formada pelas células 
dos melanócitos é a formadora da cor do cabelo e sua diminuição produz a formação 
dos cabelos brancos. 
Os ativos cosméticos de transformação como coloração e relaxamento influenciam nas 
alterações do pH capilar que determina o grau de acidez e alcalinidade do cabelo. 
Os alimentos têm grande influência na saúde capilar, mas também é importante que a 
fibra seja tratada externamente com produtos cosméticos de hidratação entre outros. 
 
 
REFERÊNCIAS 
ADDOR, Sant'Anna; ALVIM, F; DE MELO, V; DE ABREU, F; LIMA, S. Fatores nutricionais 
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Faculdade de Ciência da Saúde, Porto, 2013. Disponível em: 
<https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/3981/1/Cosmeticos_capilares_Dulce_Fernan
des.pdf> Acesso em: 04 jul. 2019. 
GOMES, Álvaro Luiz. O uso da tecnologia cosmética no trabalho do profissional 
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Tradução: EZ2 Translate ; revisão técnica: Geovana Prado Vaz Feitosa. – São Paulo, SP: 
Cengage, 2016. Disponível em: 
<https://issuu.com/cengagebrasil/docs/milady_cosmetologia_cuidado_com_os_> 
Acesso em: 04 jul. 2019. 
MOSER, Denise K. A inserção dos serviços de terapias capilares nos salões de beleza: 
a busca por um novo nicho de mercado. Universidade do Vale do Itajai, Balneário 
Camboriú/SC 2009. 
PORTAL EDUCAÇÃO. Estrutura da Haste Capilar. Disponível em: 
<https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/esporte/estrutura-da-haste-
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TRICOLOGIA. As Características dos cabelos – Disponível em: 
<http://www.tricologia.com.br/sobre_cabelos_2.asp/> Acesso em: 04 jul. 2019. 
 
 
 
 
17 
 
 
3 PATOLOGIAS DO COURO CABELUDO 
Existem vários fatores ligados a patologias do couro cabeludo, como estresse, falta de 
higiene pessoal, contato com utensílios contaminados como pentes, escovas, toalhas, 
uso inadequado de produtos químicos, são muitos os fatores que podem desencadear 
tais doenças. Alguns fatores que também contribuem para tais doenças são 
hormonais, tais disfunções podem causar queda, oleosidade excessiva ou 
ressecamento do couro cabeludo. 
3.1. Manifestações do couro cabeludo: 
As principais formas de manifestações de afecções do couro cabeludo são: 
 Pruriginosas: aquelas afecções que contém prurido quando se manifesta 
(dermatites seborreica, alérgica, infecciosas e irritativas). 
 Descamativas (caspa seca ou oleosa, dermatites no geral, psoríase em 
eritemato descamativas e infecções). 
 Secretivas (seborreia e dermatite seborreica), infecciosas (foliculites em geral). 
 Inflamatórias (dermatite irritativa de contato e dermatite alérgica de contato). 
3.2. Alopecias 
Alopecias são quadros onde encontramos perdas de cabelos, causando a redução da 
densidade ou a ausência total de fios. Podem ser generalizadas, onde ocorrem perdas 
de forma difusas. Localizadas, perda de cabelo em locais específicos, formando uma 
região pelada. Androgenética, formada por fatores genéticos masculinos e femininos, 
envolve também a alopecia areata. Podem ser classificadas também como alopecia por 
tração, alopecias cicatriciais e não cicatriciais. 
Segundo Mansur (2004) as alopecias cicatriciais seriam um grupo com as mais diversas 
etiologias que tem como características a irreversibilidade do crescimento do cabelo. 
Segundo Dawber (1996), as alopecias não cicatriciais são alopecias temporárias onde a 
perda do cabelo não é definitiva, se caracteriza por diminuição do cabelo, mas com 
resquícios dos folículos. Os cabelos são ausentes, mas os folículos são preservados, o 
que explica a natureza reversível deste tipo de alopecia. 
 
 
 
 
 
 
18 
 
3.3 Tipos de alopecia 
Alopecia Areata (AA) 
De acordo com Rivitti (2005), a alopecia areata é uma afecção crônica dos folículos 
pilosos e das unhas, de etiologia desconhecida, provavelmente multifatorial com 
evidentes componentes autoimunes e genéticos. Determina queda dos cabelos e/ou 
pelos, por interrupção de sal síntese, sem que ocorra destruição ou atrofia dos 
folículos, motivo pelo qual pode ser reversível. 
É uma afecção reversível onde não há atrofia dos folículos pilosos, frequente em 
aproximadamente 2% da população. Sua característica é a queda localizada formando 
blocos ovais no couro cabeludo e barba. Causa grande efeito psicossocial. 
É uma doença autoimune com substrato genética, também associada a doenças 
congênitas. Estima-se que 20% dos pacientes têm casos similares na família. 
Afeta indivíduos de ambos os sexos, é encontrada em qualquer idade, com picos de 
incidência entre 15 e 29 anos. A causa é desconhecida, mas fatores emocionais estão 
envolvidos. Ainda não existem recursos que podem impedir seu aparecimento, sendo 
que a AA não tem repercussão sistêmica, mas tende a recorrência. 
A Alopecia Areata pode ser classificada em: 
Pelada Decalvante: é a mais grave. Começa por áreas múltiplas que se juntam. 
Ofíase ou Pelada em coroa: é uma forma clássica, mais encontrada em crianças e 
também com prognóstico desfavorável. Tem início na nuca e progride para a frente 
pela orla do couro cabeludo. 
Total: quando a alopecia atinge todos os pelos do couro cabeludo. 
Universal: quando a alopecia atinge todos os pelos do couro cabeludo. 
O tratamentoconsiste na correção das causas, quando forem detectadas deficiências 
alimentares ou alterações emocionais. Dietas ricas em proteínas e certas vitaminas vão 
ajudar. Devem-se controlar doenças que possam ter relação com o caso. 
 
Alopecia Androgenética: 
Uma das formas mais comuns de alopecia em ambos os sexos. A diferença entre os 
padrões masculino e feminino são bem definidas por uma alteração do ciclo do 
folicular com encurtamento da fase anágena. Nesta patologia ocorre um processo de 
miniaturização do folículo piloso. 
 
 
 
19 
 
A alopecia androgenética ocorre porque a atividade da enzima 5 alfa redutase atua 
sobre a testosterona, transformando em DHT (di-hidrotestosterona) que liga-se aos 
receptores andrógenos e causam a queda. 
Durante o processo da alopecia androgenética pode ocorrer miniaturização do folículo, 
havendo o afinamento do fio do cabelo, perda qualitativa e quantitativa dos fios, 
hiperprodução sebácea devido ao aumento dos andrógenos, aumento dos fios na fase 
telógena. 
Nas mulheres esta disfunção também está relacionada aos hormônios, podendo ser 
acometidas através de distúrbios de tireoide, ovários policísticos, menopausa e uso de 
anticoncepcional. 
Os tratamentos com medicamentos e terapias alternativas ajudam em caso moderado 
da doença. 
Alopecia por tração: 
Ocasionada por tração excessiva no local onde houve a perda do cabelo. Pode ser 
ocasionada pelo excessivo uso de apliques e tranças. Pode haver alguma ligação com a 
tricotilomania. 
Deve-se buscar a causa exata para poder fazer um tratamento que muitas vezes são 
feitos a partir de terapias alternativas. 
3.4 Dermatites seborreica 
Inflamação na pele que causa principalmente descamação e vermelhidão em algumas 
áreas da face, couro cabeludo, sobrancelhas, nariz e orelhas. Não é contagiosa. 
Pode ou não causar pruridos. Muitas vezes pode haver presença de fungos durante a 
manifestação da doença. A inflamação pode ser de origem genética ou desencadeada 
por agentes externos, como quadros alérgicos, situações de fadiga ou estresse 
emocional. Pode ser crônica, ocasionando períodos de melhora e piora dos sintomas. A 
dermatite seborreica quando não tratada de forma adequada pode ocasionar queda 
de cabelo, por isso é sempre muito importante que se busque um profissional para 
diagnóstico e tratamento adequado. 
Pode ocorrer em recém-nascidos, conhecida como dermatite seborreica do lactante, 
sendo inofensiva e temporária. Pode afetar face, tronco, nuca, axilas e regiões genitais. 
Não existe uma forma de prevenir seu aparecimento, entretanto cuidados especiais 
com a higiene do couro cabeludo torna o tratamento mais fácil e eficaz. O diagnóstico 
deve ser feito por um médico e o tratamento vai desde a retirada do uso de produtos, 
como o não uso de bonés ou chapéus, e o uso de shampoo e pomada com corticoides. 
 
 
 
20 
 
3.5 Eflúvios 
Eflúvio é o termo dermatológico para designar a perda de cabelo decorrente de um 
distúrbio no ciclo da vida capilar. Classificam-se em dois tipos: 
Eflúvio anágeno: caracterizado por queda radical durante 1 a 4 semanas, promove a 
inibição súbita da produção de cabelos, perda generalizada de fios capilares. É 
assintomática. 
Suas causas principais são: diabetes tipo 2, deficiência de nutrientes ou vitamina c, uso 
de drogas. 
Eflúvio telógeno: caracteriza-se por queda difusa de aproximadamente 20% dos fios ao 
invés dos 10% normais. 
Pode ocorrer coceira no couro cabeludo, principalmente na região posterior. Tem uma 
duração predeterminada de 2 a 4 meses caso não haja nenhuma doença associada. 
Não é necessário tratamento, pois a condição melhora de um dia para o outro, caso 
não haja nenhuma condição associada com alopecia androgenética. 
3.6 Psoriase e caspa 
A psoríase é uma descamação severa com escamas branco-prateadas, com eritemas 
avermelhados e bordas bem definidas. O paciente consegue perceber os flocos de pele 
morta em seus cabelos, especialmente após coçar o couro cabeludo. Assemelha-se a 
caspa. Não é contagiosa. Tem causa desconhecida, sabendo-se apenas que está 
relacionada ao sistema imunológico, seus sintomas aparecem e desaparecem 
periodicamente. 
Existem diversos tipos de psoríase e somente um médico pode identificá-las e 
classificá-las para a indicação da melhor opção terapêutica aplicada no tratamento. 
Já a caspa é uma descamação fina, assintomática, em alguns casos pode haver prurido. 
Causa principalmente desconforto social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Conclusão 
Neste bloco foi possível perceber a existência de várias patologias do couro cabeludo e 
sua ligação com fatores emocionais, disfunções hormonais e fatores como falta de 
higiene e uso de utensílios contaminados. 
Diversas patologias podem acometer o couro cabeludo levando à calvície 
precocemente. A Alopecia Androgenética Masculina, acarretando a miniaturização 
dos folículos pilosos. A Alopecia Areata considerada uma doença autoimune, causando 
placas de queda capilar. Do mesmo modo as duas são consideradas doenças 
multifatoriais. 
Os apliques capilares ou a colocação de elásticos nos cabelos podem levar a calvície 
irreversível por trauma ou tração dos cabelos devendo ser evitados. 
Não podemos nos esquecer de que para tratar as afecções do couro cabeludo é 
sempre muito importante que se tenha um perfeito conhecimento para diagnosticar e 
tratar de forma adequada. 
 
 
REFERÊNCIAS 
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CARVALHO, Lara Trindade; D’ACRI, Antonio Macedo. Alopecia Areata: Revisão de 
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Janeiro/RJ. Disponível em: 
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CRUZ, Halina Francça da; MENEZES, Luana Renyelle de O; BRITO, Isabelle Andrade. 
Análise Capilar no Diagnóstico de Patologias do Couro Cabeludo: Um projeto de 
extensão. Projeto de extensão. Universidade Tiradentes, Aracaju/SE. 2016. Disponível 
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Dawber, R;Neste,D.V. Doenças dos cabelos e do couro cabeludo: Sinais comuns de 
apresentação,diagnóstico diferencial e tratamento. 1ed. Editora Manole. São Paulo, 
1996. 
 
 
 
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GOMES, Amanda. Doenças Capilares: conheça as 5 principais e entenda a importância 
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Tricologia Médica. 1 ed. Editora Caeci. São Paulo, 2013. 
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couro cabeludo: Uma abordagem sobre caspa e dermatite seborreica. Revisão 
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23 
 
 
4 TRICOSES CAPILARES 
Como vimos anteriormente, em todas as culturas e em todas as épocas, o cabelo é o 
ornamento mais relevante para o ser humano. Devido a sua importância estética passa 
a ser alvo fácil para mudanças culturais (corte, penteado, colorações de tons 
diferentes, descolorações e alisamentos) e comportamentos autoagressivos que levam 
os fios a serem alvo de manifestações conhecidas como tricoses. Muitas vezes, 
representa apenas um defeito isolado, sem comprometimento à saúde. 
Algumas formas de tricoses capilares que vocês vão conhecer a seguir são: tricorrexe 
nodosa, tricoptilose, triconodose, buble hair. 
4.1 Tricorrexe Nodosa 
É uma alteração dos pelos que se caracteriza pela formação de pequenos nódulos de 
coloração esbranquiçada, ao longo dos fios do cabelo, que se quebram com facilidade 
nestes pontos, pois a camada mais externa do fio foi danificada. 
Ocorre devido a uma resposta dos fios aos traumas físicos e químicos, como 
colorações, chapinhas, alisamentos cosméticos, escovação excessiva com uso de 
secador. Podendo acometer qualquer pessoa que se submeta a estes tipos de 
processos. Existem ainda outras causas que podem ser em decorrência de deficiências 
nutricionais ou doenças genéticas. Neste caso, o tratamento deve ser avaliado por um 
dermatologista. 
O tratamento consiste em suspender qualquer tipo de agressão física ou cosmética, 
deixando os fios crescerem de forma mais natural possível. Uma vez ocorrido o 
trauma, não há como revertê-lo. Os fios danificados serão eliminados com o 
crescimento em um período de 2 a 4 anos, considerando que a agressão dos fios seja 
evitada. 
4.2 Tricoptilose 
Conhecida popularmente como “pontas duplas” é caracterizada por cabelos frágeis, 
quebradiços e bifurcados. Resulta no desgaste das cutículas que expõe fibras do 
córtex. 
Segundo Pereira (2001), quando ocorre na extremidade, a mesma fica bifurcada ou 
com múltiplas pontas. 
A principal causa que leva à tricoptilose é o excesso de produtos químicos utilizados 
sobre os cabelos. O calor também é um grande inimigo, o uso de secadores e 
 
 
 
24 
 
chapinhas deve ser feito com muita cautela, pois produzem esse efeito negativo nos 
fios. 
O tratamento basicamente é a utilização de produtos de boa qualidade, que hidratem 
e devolvam a água ao fio, o uso de queratina é muito indicado, pois a mesma trata os 
fios deixando-os maleáveis e hidratados, além do uso de um bom reparador de pontas. 
4.3 triconodose 
Segundo Pereira (2001), triconodose é um nó que se forma no cabelo. Pode estar 
relacionada com desgastes mecânicos e/ou decorrência de procedimentos cosméticos. 
É mais observado em cabelos curtos e crespos e também em cabelos mais finos. No 
local do nó pode haver desgaste da cutícula com posterior exposição do córtex. 
O uso inadequado de secador, prancha e babyliss é uma das causas principais de 
triconodose. Por isso, hidratar os cabelos de forma correta e penteá-los com pentes de 
cerdas largas é um passo importante para evitar este tipo de tricose capilar. 
Também é muito importante que se evite lavar os cabelos com água muito quente ou 
muito fria, usar protetor térmico e aplicar sérum reaparador de pontas diariamente. 
4.4 Bubble Hair 
O cabelo bolha é uma anomalia adquirida da haste capilar devido a bolhas de gás que 
se desenvolvem em cabelos molhados após exposição ao calor excessivo. O 
desenvolvimento de bolhas no interior da haste capilar resulta em fios secos e que se 
quebram facilmente. 
Os profissionais pouco suspeitam sobre este tipo de tricose, por isso é muito 
importante considerar o diagnóstico em qualquer caso de quebra do cabelo com 
possibilidade de lesão térmica. É necessário que se faça um exame com dermatoscópio 
para identificar o problema. 
O tratamento consiste em não utilizar secador muito quente e evitar ao máximo o uso 
de chapinha. É importante lembrar a necessidade do uso de protetor térmico e o uso 
de tratamentos de recuperação dos fios ajuda neste processo. 
Curiosidades: 
Hisurtismo: é um aumento de quantidade de pelos na mulher em locais usuais ao 
homem, como queixo, buço, abdômem inferior, ao redor dos mamilos, entre os seios, 
glúteos e parte interna das coxas. 
Hiperticose: pode afetar tanto homens como mulheres. Nessa doença, os pelos 
crescem por todo o corpo, mesmo em áreas que não costumam ter cabelos. 
 
 
 
25 
 
Tricodinia: ocorre quando o paciente manifesta desconforto, dor ou aumento da 
sensibilidade do couro cabeludo. 
Tricoglifos: conhecidos popularmente como redemoinhos, grupos de cabelos 
formando imagem em espiral. 
Tricotlomania: ato compulsivo de extrair o cabelo, comum em crianças que produz 
área e alopecias consequência da manipulação continua e patológica dos cabelos. 
Tricotenomania: ocasionalmente os cabelos são cortados ao invés de puxados. 
Tricocriptomania: Cabelos cortados com as unhas. 
Tricofagia: extrai o cabelo e come. 
 
 
Conclusão 
Neste bloco observamos o que são e como se formam as tricoses capilares. Vimos a 
importância de se atentar ao uso excessivo de secadores, chapinhas, e produtos 
cosméticos muito agressivos, pois podem levar a desgastes da fibra capilar e em 
decorrência disso, à quebra da haste. 
Importante lembrar o uso de produtos como protetores térmicos e reparadores de 
pontas para a proteção dos fios contra agressões térmicas e cosméticas. 
 
REFERÊNCIAS 
PEREIRA, José Marcos. Tricoses Compulsivas. 2004. Disponível em: 
<http://www.scielo.br/pdf/abd/v79n5/v79n5a12.pdf> Acesso em: 05 JUL. 2019. 
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<https://www.dermatologia.net/cat-doencas-da-pele/tricorrexis-nodosa/> Acesso em: 
05 JUL. 2019. 
CERUTTI, Marta Izabel. Trocorexis Nodosa. Dermatologia e Saúde. Disponível em: 
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Pereira, J.M. Propedêutica das doenças dos cabelos e do couro cabeludo. São Paulo: 
Editora Atheneu, 2001. 
 
 
 
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Camboriú/SC. Disponível em: 
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EDUCARSAÚDE. Tricoptilose. Disponível em: 
<https://www.educarsaude.com/tricoptilose/> Acesso em: 05 jul. 2019. 
TUASAÚDE. Triconodose. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/triconodose/> 
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FOLYIC. O que é tricologia - a ciência por trás da saúde e da beleza dos cabelos. 
Disponível em: <http://folyic.com.br/tricologia/oqueetricologia/> Acesso em: 05 jul. 
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https://pdfs.semanticscholar.org/b0e1/b7519c79cefabfd69058fc0cf5ccc5983c3f.pdf?_
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jul. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
5 TECNOLOGIAS APLICADAS À ESTÉTICA 
Segundo Wichrowski (2007), as terapias capilares são métodos modernos de 
tratamentos dos fios e do couro cabeludo, na maioria das vezes, contra queda, caspa e 
seborreia. Estão sendo muito difundidas no meio profissional e para o estabelecimento 
prestador de serviços é mais um segmento a ser oferecido a seu cliente. 
O tecnólogo em cosmetologia e estética está preparado para aplicar as técnicas de 
terapias capilares em salões de beleza, pois para isto obteve os conhecimentos 
necessários. Saberá reconhecer a real necessidade da haste capilar ou couro cabeludo 
e poderá proceder corretamente com terapias, que muitas vezes, podem estar 
associadas a tratamentos dermatológicos. 
São vários os procedimentos e recursosque permitem o tratamento de forma 
preventiva, fortalecedora e recuperadora nas terapias capilares. Podem ser eles: 
recursos eletroterápicos, recursos cosmecêuticos e recursos físicos. Importante 
ressaltar que para um tratamento eficaz sempre é importante uma boa anamnese. 
5.1 Tricoscopia Capilar 
A tricoscopia capilar consiste em um exame avaliativo minucioso realizado através de 
um dermatoscópio para avaliar e identificar alterações no couro cabeludo e haste 
capilar. 
A tricoscopia tem ganhado popularidade crescente dado ao vasto leque de possíveis 
aplicações e sua facilidade de execução, tratando-se de uma técnica não invasiva que 
pode ser feita em consultórios dermatológicos ou clinicas estéticas, permitindo ajudar 
e monitorar o diagnóstico de diversas doenças do couro cabeludo. 
Através do uso do dermatoscópio é possível observar: 
 O couro cabeludo, descamação, eritema, oleosidade entre outras patologias. 
 Implantações foliculares como estão os fios do óstio folicular. 
 Avaliar as unidades foliculares, quantas unidades foliculares existem próximas, 
no mesmo óstio. 
 Verificar se há tricoses nas hastes capilares. 
Para realizar a tricoscopia, usa-se uma lente de aumento associada à imersão ou filtros 
polarizados de luz para reduzir a refração. No momento que a refração diminui a níveis 
insignificantes, a epiderme fica translucida, possibilitando a visualização de estruturas 
na profundidade do couro cabeludo. Este exame, anteriormente feito a olho nu, não 
 
 
 
28 
 
podia fornecer um resultado tão correto quanto o obtido na dermatoscopia capilar 
realizada hoje em dia. 
5.2 Alta frequência na terapia Capilar 
Oliveira e Perez (2008) descrevem alta frequência como: “técnica que utiliza correntes 
alternadas de alta frequência, em que os gases argón, chenon ou neon, em contato 
com o oxigênio do ar transformam-se em ozônio”. 
Os principais efeitos fisiológicos são: efeito térmico, vasodilatação e hiperemia, 
aumento da oxigenação celular, ação antibactericida e antisséptica e melhora do 
trofismo dérmico. 
A alta frequência quando utilizada nas terapias capilares tem efeitos fisiológicos; 
 Efeito térmico: entre o eletrodo e a pessoa tratada forma-se uma quantidade 
de energia em forma de calor, o aumento da temperatura produz um aumento 
do metabolismo e da oxigenação celular. 
 Efeito vasodilatador: estimula a circulação periférica pela produção de 
vasodilatação e hiperemia. 
 Efeito bactericida e antisséptico: o ozônio é um gás instável que reage com 
diferentes compostos provocando uma oxidação que explica suas propriedades 
germicidas e antissépticas. 
Tem em suas funções: 
 Bacteriostáticas: proliferação de bactérias aeróbicas (só crescem na presença 
de oxigênio). 
 Bactericida: elimina bactérias anaeróbicas (na presença de oxigênio estas são 
eliminadas). 
 Fungicida: elimina fungos do couro cabeludo e haste. 
 Estimulante: estimula a circulação sanguínea. 
 Cauterizadora: estancamento de sangue. 
O aparelho possui eletrodos que são tubos de vidro, de formas variáveis para se 
adaptarem as diversas regiões corporais. Usa-se apenas um eletrodo por vez, preso a 
um bocal, os efeitos obtidos dependem dos métodos de aplicação. 
 Aplicação direta: utiliza eletrodos de superfície plana tipo standard e pente. 
Mantém-se o eletrodo em contato com a pele, promovendo uma massagem 
suave. Tem efeito calmante e descongestivo. Deposita cargas positivas. 
Indicado para pós-transplante, psoríase. 
 
 
 
29 
 
 Método de faíscamento: eletrodo não encosta na pele, observa-se a formação 
de faísca que produzem ozônio. Tem efeito antisséptico, hiperemiante e 
bactericida. Acalma o couro cabeludo. Indicado para dermatite seborreica, 
caspa e seborreia. 
 Método indireto: a cliente segura o eletrodo, saturador, em suas mãos, o 
profissional realiza uma massagem no couro cabeludo do mesmo, enquanto 
aumenta-se gradativamente a corrente. Tem efeito de vasodilatação. Indicado 
para quedas de cabelo e permeação de cosméticos. 
 Método de fulguração: para esta técnica utiliza-se o eletrodo em forma de 
ponta para concentrar o efeito térmico de uma faísca. Deve-se manter o 
eletrodo em torno de 10mm da pele, para faiscar. Tem efeito de cicatrização e 
cauterização. Indicado para lesões na pele. 
Não se deve utilizar o aparelho alta frequência em casos de: 
 Portadores de marca-passo 
 Cardíacos descompensados 
 Neoplasias 
 Gestante 
 Epiléticos 
 Portadores de pinos e placas metálicas no local da aplicação 
5.3 Laser 
A palavra “laser” possui sua origem na língua inglesa abreviando “Light Amplification 
by Stimulated Emission of Radiation”. 
Segundo Oliveira, Perez, Sousa e Vasconcelos (2014), a utilização da laserterapia na 
estética ainda é uma prática bastante recente, mas que vem crescendo e se 
difundindo rapidamente em função da oferta de equipamentos para essa finalidade. 
Vários fabricantes oferecem equipamentos que combinam laser vermelho, 
infravermelho com LED azul e amarelo, com baixa intensidade de energia e baixo risco 
de utilização. 
Alguns estudos realizados no tratamento da queda capilar verificaram que a 
laserterapia é um tratamento alternativo com finalidade de prevenção e também 
serve para estimular o crescimento de cabelos no caso de alopecias androgenéticas. 
A capacidade que o laser de baixa intensidade possui de contribuir para o crescimento 
dos fios, pode estar relacionada ao fato de que a baixa potência da luz causa estímulo 
do bulbo capilar e não provoca termolise onde o calor é suficiente para estimular o 
crescimento do cabelo devido à diferenciação das células-tronco foliculares. 
 
 
 
30 
 
Os efeitos terapêuticos do laser de baixa frequência são: 
 Analgésico 
 Anti-inflamatório 
 Antiedematoso 
 Reparo tecidual 
Suas principais indicações são: 
 Dermatite seborreica 
 Seborreia 
 Caspa 
 Alopecia 
 Pós-transplante capilar 
É muito importante se atentar ao uso de óculos de proteção (EPIs), e as contra 
indicações no caso de tumores, células neoplásicas e gestantes. 
5.4. Vapor de Ozônio 
Segundo a Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ), a ozonioterapia é uma 
técnica bem antiga, utilizada desde o séc. XIX. Na primeira guerra mundial, os médicos 
usavam o ozônio para tratar as feridas de soldados em combate. O ozônio, em suas 
diversas formas de aplicação, é usado no tratamento de diversas doenças, possuindo 
propriedades cicatrizantes, bactericidas, fungicidas, entre outras. 
Na terapia capilar está sendo usado há pouco tempo, então ainda não se encontram 
muitos relatos sobre este processo. O tratamento é feito com ozônio olidificado, que 
promete recuperar a saúde dos cabelos. 
Os benefícios mais observados nos tratamentos são: 
 Ajuda no crescimento 
 Rejuvenesce os fios 
 Elimina infecções do couro cabeludo 
 Deixa os fios mais encorpados 
 Ajuda no tratamento da tricoptilose 
 Combate à caspa 
 Elimina o frizz 
 Proporciona brilho surpreendente 
 
 
 
31 
 
O tratamento é indicado para todo tipo de cabelos, inclusive cabelos quebradiços, sem 
brilho, com queda, etc. O tratamento com vapor de ozônio e óleo ozonizado ajuda 
para que haja uma melhor permeação dos produtos utilizados, o que garante um 
resultado mais eficaz. 
Importante tomar algumas precauções como não exceder o tempo de aplicação 10’, 
pois apesar do ozônio ser um gás de excelente efeito bactericida e fungicida, seu 
excesso pode provocar efeitos tóxicos quando inalado por um tempo prolongado. Não 
aplicar em gestantes, peles com inflamações agudas e células neoplásicas. 
5.5 Argiloterapia ou Geoterapia 
Segundo Santos (2004) a argila é comumente definida como material natural, terroso, 
de granulação fina que quando umedecida na água, apresenta certa plasticidade. 
Designa ainda o nome “argila” um grupo de partículas do solo cujas dimensões 
medem cerca de 2microns (milésimo de milímetro). Essas partículas minúsculas é que 
contribuempara seu grande poder de absorção. 
A argila nem sempre foi utilizada para fins estéticos. Inicialmente, suas propriedades 
medicinais eram utilizadas por médicos, romanos, gregos e árabes. Nos dias atuais, há 
um aproveitamento desse material de maneira mais intensificada nos produtos com 
ativos naturais. 
Segundo Andrade (2009), há vários tipos de argila e cada uma apresenta uma 
finalidade especifica. Cada tipo tem uma composição diferente de minerais. Essas 
diferenças conferem às argilas diversas colorações, propriedades e aplicações. Dentre 
elas a argila verde é uma das mais utilizadas para os cuidados com o corpo. Por 
possuir diversos componentes e ter muitas propriedades benéficas à saúde. Dessa 
forma, torna-se fundamental conhecer cada tipo de argila para o tratamento 
adequado. 
Na terapia capilar as argilas mais utilizadas são: a branca, a verde e a negra. A argila 
branca é a mais leve de todas as argilas. É indicada para peles sensíveis e desidratadas. 
Contém maior percentual de alumínio e é composta principalmente por sílica, mineral 
de extrema suavidade e alta compatibilidade com a pele e com o couro cabeludo. 
Possui ph mais próximo da pele e seu principal benefício é absorver a oleosidade sem 
desidratar a pele. Tem ação cicatrizante e desintoxicante. 
A argila verde possui maior diversidade em elementos como óxido de ferro associado 
a magnésio, cálcio, potássio, manganês, ferro, zinco, alumínio, silício, cobre, selênio, 
cobalto e molibdênio. Possui ação adstringente, cicatrizante e oxigenante. Promove 
desintoxicação e regula a produção sebácea. Pode ser utilizada para tratar caspa e 
seborreia, tem poder de oxigenar o bulbo capilar e promover o seu fortalecimento. É 
 
 
 
32 
 
muito indicada para peles oleosas. Não é indicada para peles muito sensíveis ou com 
inflamações. No caso de peles muito oleosas e sensíveis faz-se uma mistura com argila 
branca. 
A argila negra é a mais nobre de todas as argilas. É raramente encontrada e possui 
atributos e características muito peculiares. Possui um elevado teor de titânio, 
alumínio e silício. Ajuda a remover excesso de produtos da haste capilar, revitaliza e 
desintoxica o couro cabeludo. Tem ação anti-idade e antiestresse para pele e cabelos. 
Em peles sensíveis pode fazer uma mistura com argila branca. 
O uso da argila nos tratamentos capilares é indicado a cada 15 dias. Na terapia capilar 
as argilas têm poder de oxigenar, desintoxicar e descongestionar o couro cabeludo. 
Ainda auxilia no crescimento, hidrata, fortalece os fios e corrige disfunções como 
dermatites, seborreia, psoríase, caspa, oleosidade excessiva e calvície. 
Por serem produtos puros, as argilas não degradam o meio ambiente. São usadas 
tanto em estética quanto em terapias. É fundamental que as conheçamos, pois os 
tratamentos ficarão mais profundos e potencializados e haverá um melhor custo 
benefício, o que é fundamental. 
Conta indicações: cardíacos, gestantes, flebites, trombose, hipertensos, febre e células 
neoplásicas existentes. 
 
 
Conclusão: 
Neste bloco vimos à importância do conhecimento da eletroterapia no tratamento das 
patologias capilares. 
Vimos aqui os efeitos benéficos de cada aparelho, como ele pode ser usado e a 
importância de se estudar os métodos corretos de aplicação. Além do conhecimento 
em tecnologias, podemos observar que a argila também utilizada para fins 
terapêuticos, tem o poder de tratar e curar muitas patologias capilares tanto de haste 
como do couro cabeludo. 
Importante atentar-se para a utilização dos EPIs e as contra indicações de cada 
tratamento. 
 
 
 
 
 
33 
 
Referências: 
ABOZ. Ozonize-se: História da Ozonioterapia. Disponível em: 
<https://www.aboz.org.br/ozonize-se/historia-da-ozonioterapia/7/> Acesso em: 05 jul. 
2019. 
CADORE, Débora. Tricoscopia. Débora Cadore. Disponível em: 
<http://deboracadore.com.br/tricoscopia/> Acesso em: 05 jul. 2019. 
FERNANDES, Karina A.P. et al. Monilethrix: o uso da tricoscopia no diagnóstico clínico. 
Relato de caso. Medicina (Ribeirão Preto. Online). 2016.Disponível em: 
<http://revista.fmrp.usp.br/2016/vol49n3/CCLIN1_Monilethrix-O-uso-da-tricoscopia-
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GOVERNO DO BRASIL. Ozonioterapia é reconhecida como tratamento complementar 
no SUS. 2018. Disponível em: 
<http://www.brasil.gov.br/noticias/saude/2018/07/ozonioterapia-e-reconhecida-
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LOPES, J.C; PEREIRA, L.P; BACELAR, I.A. Laser de baixa potência na estética - Revisão 
de literatura. Revista Saúde em Foco. Ed n°10. Ano 2018. Disponível em: < 
http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2018/055_Arti
go_laser_de_baixa_potencia_na_estetica.pdf > Acesso em: 05 jul. 2019. 
OLIVEIRA, A. L; PEREZ, E; SOUZA, J. B; VASCONCELOS, M. Curso didático de estética. 2 
ed. Yendis. São Caetano do Sul, 2014. 
SANTOS, B. M. V. dos. A cura pela argila. [S.L] 3. ed. Terra Viva, 2004. 
SCHEID, Cintia Karina; LAZAROTTO, Sacha; MOSER, Denise Kruger. A inserção dos 
serviços de terapias capilares nos salões de beleza: Busca por um novo nicho de 
mercado. Pesquisa de caráter quantitativo. Universidade do vale do Itajaí, Balneário 
Camboriú/SC. Disponível em: 
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Cintia%20Karina%20Scheid,%20Sacha%20Lazzarotto.p
df> Acesso em: 04 jul. 2019. 
SILVA, E. F; STEINER, T; LACERDA, F. Alta frequência no Estimulo da Cicatrização: 
Revisão de literatura. Disponível em: 
<http://siaibib01.univali.br/pdf/Emanuelle%20da%20Silva,%20Taliane%20Steiner.pdf> 
Acesso em: 05 jul. 2019. 
WICHROWSKI, Leonardo: Terapia Capilar: uma abordagem complementar. 1 ed. 
Alcance, Porto Alegre, 2007. 
 
 
 
 
34 
 
 
6 DEPILAÇÃO DA ANTIGUIDADE AOS TEMPOS ATUAIS 
O hábito de se depilar já existia nas civilizações antigas apesar de ter se popularizado 
somente no inicio do século XX. 
Os primeiros relatos já encontrados sobre depilação surgiram no Egito Antigo. Há 
relatos de que a rainha Cleópatra já utilizava cera quente em tecidos finos. As 
mulheres egípcias criaram uma técnica de remover os pelos com argila, sândalo e mel. 
Na Grécia Antiga foi inventado um instrumento de depilação, chamado “estrigil.” O 
estrigil era feito de metal recurvado, usado para raspar a sujeira e suor do corpo. 
Segundo costumes da época aplicavam-se óleos perfumados na pele, que em seguida 
eram raspados, retirando assim também as impurezas e sujidades. Neste período a 
prática de depilação era utilizada por homens e atletas. 
Durante o Império Romano, pelos eram considerados vulgares e sua escassez era vista 
como uma marca de classe social. Homens e mulheres utilizavam navalhas feitas de 
pedra, pinças e cremes depilatórios, tudo para manter uma pele lisinha e mostrar um 
status de riqueza. Até os pelos pubianos eram considerados vulgaridade, por isso, se 
olharmos obras de arte famosas da época, as mulheres eram retratadas nuas e não 
havia pelos. 
Na Idade Media conhecida como Idade das Trevas, havia uma preocupação muito 
grande com o pudor, até hábitos básicos de higiene como tomar banho era tido como 
pecado. Nessa época quem ousasse se depilar poderia até mesmo ser acusado de 
bruxaria ou heresia e pagar com a vida por sua vaidade. 
De acordo com Feijo (2004) e Tafuri (2004), as índias não possuíam pelos pubianos. Em 
princípio imaginava-se que elas simplesmente nasciam sem eles, mas pouco tempo 
depois se descobriu que na verdade, elas raspavam os pelos com espinha de peixe lixa. 
Entre os séc. XVIII e XIX, a depilação masculina começou a se popularizar com a 
padronização de beleza para os homens sem barba. Nesta época foi inventado o 
aparelho de barbear, que mais tarde tornou-se útil para depilar qualquer região, sendo 
usado também pelas mulheres. 
É no sec. XX, porém, que a depilação se torna uma questão de higiene, bom gosto e 
elegância. 
Nos anos 20, a moda sofre uma revoluçãocom vestidos e blusas sem mangas. A partir 
daí, as axilas não depiladas começam a constranger as mulheres, pois as revistas e 
 
 
 
35 
 
editoriais de moda decretam que remover os pelos era essencial para adotar o novo 
modelo de vestuário. 
Nos anos 40, as pernas começaram a ganhar atenção quando o assunto era depilação, 
devido ao vestuário ganhar um ar mais curto de pernas de fora. Nesta época, por 
questão estética, não era agradável manter os pelos das pernas. 
Nos anos 60, houve uma controvérsia no ato de se depilar, por um lado o movimento 
Hippie de 1960 a 1979 pregava a liberdade e desprendimento das coisas materiais, 
defendendo a beleza do corpo como ele é, sem nenhuma intervenção estética, ou seja, 
sem remoção de pelos. Do outro lado à medida que as roupas foram ficando mais 
curtas e justas, o corpo foi se mostrando e não era agradável mostrar pernas e axilas 
peludas. 
Por volta dos anos 80 a maioria das mulheres passou a confiar em algumas formas de 
remoção de pelos para sua rotina de beleza. A depilação tornou-se profissionalizada, 
novas técnicas para remoção de pelos com ceras quentes surgiram e com isso os 
salões passaram a adotar o serviço. 
Com o passar dos tempos, os métodos foram ganhando modernidade e sendo aceitos 
cada vez mais por homens e mulheres. No sec. XXI a depilação adotou métodos mais 
seguro e indolores, que é o caso da depilação a laser ou depilação com luz pulsada. 
Hoje em dia, o hábito de arrancar os pelos passou de um conceito de estética e se 
tornou um habito de higiene pessoal entre homens e mulheres. 
6.1 Tipos de depilação 
Como vimos anteriormente, o pelo tem como função proteger a pele, mas diante de 
conceitos atuais de beleza, sobretudo em países tropicais onde a exposição corporal é 
costume, manter a pele depilada torna-se um fator fundamental para obtenção da 
saúde corporal. 
São vários os tipos de depilação utilizados atualmente, aqui veremos os mais 
utilizados, incluindo seu modo de utilização e cuidados necessários. 
Lâmina; é o método mais conhecido e prático, sendo também o que tem menos custo. 
Aparelhos de barbear diminuem a chance dos pelos encravarem, pois estes 
permanecem com a raiz. Ao contrario do muitos pensam, este método não engrossa 
os pelos, quando os pelos são raspados eles são cortados e crescem sem a ponta 
dando a sensação de estarem mais grossos. Porém como os pelos não são arrancados 
e sim cortados ele crescem no período de 3 dias. 
 
 
 
36 
 
Modo de utilização: passar sabonete ate formar espuma, manusear a lâmina com 
pouca pressão na pele na direção contrária do pelo. 
É necessário que tenha cuidados como usar a lâmina somente uma vez, pois a mesma 
é descartável e se guardada pode proliferar micro-organismos e transmitir doenças. 
Não utilize lâminas que foram utilizadas por outras pessoas. 
Cremes Depilatórios: Assim como a lâmina, esse método não elimina os pelos da raiz. 
A fórmula é composta por tioglicolato, uma substância que é utilizada para alisar 
cabelos. A formula quebra o pelo e deixa a superfície da pele lisa, e pode inibir o 
crescimento dos pelos em até 5 dias, após o uso. 
Modo de utilização: Deve seguir as instruções do fabricante, descritas na embalagem. 
É necessário que se faça um teste de sensibilidade em uma pequena área antes da 
aplicação total do produto, pois o mesmo pode causar reações alérgicas. 
Cera Quente: um dos métodos mais utilizados depois da lâmina. É encontrada em 
forma de plaquetas, cubos ou pastilhas prontas para serem utilizadas nos aquecedores 
de cera. 
 A cera quente é a mais antiga técnica depilatória, além de ser a mais utilizada entre 
mulheres, porque o calor tende a dilatar os poros facilitando a remoção dos pelos e 
consequentemente reduzindo a dor. 
Existem vários compostos na cera quente, cera de abelhas, carnaúba, cera de própolis, 
ceras parafinadas. 
Para sua utilização a cera deve ser aquecida em um recipiente adequado em uma 
temperatura media de 40°C até que amoleça. A mesma deve ser aplicada com uma 
espátula e deve ser retirada no sentido contrário do nascimento do pelo, para que haja 
uma remoção completa. 
No caso do aparelho “roll on” a cera deve ser aplicada em uma faixa depilatória e 
pressionada contra a pele, depois retirada no sentido contrário do pelo. 
É necessário cuidados com a temperatura da cera, aderência ao pelo, não utilizar o 
método em pessoas de pele muito sensível e com microvarizes, pois pode causar 
queimaduras e dilatar vasos. 
Cera Fria: Método ideal para depilação em pele sensível. É composta por cera de 
abelha, colofanos, derivados do látex e resinas sintéticas. 
 
 
 
37 
 
O processo é dolorido, mas reduz a chance dos pelos encravarem. É indicada para 
áreas maiores do corpo, como braços, tórax e pernas. É muito prática, higiênica e 
propicia resultados duradouros. 
Para sua utilização é necessário que se aqueça as faixas prontas com as mãos por 
aproximadamente 20 segundos, ate que amoleça a cera e possa ser aplicada no local 
desejado, removendo a faixa sempre do lado contrário do crescimento do pelo. 
É necessário que o profissional tenha prática e segurança ao utilizar o método, pois se 
não segurar bem a pele pode causar hematomas no cliente. A cera fria não causa 
vasodilatação, o que torna o método mais dolorido e desconfortável. 
Depilação Com Linha: segundo Rios ([200-]) é um procedimento delicado e não agride 
a pele, procurado por pessoas que apresentam algum tipo de sensibilidade aos outros 
tipos de depilação, pois na maioria das pessoas não é constatada irritações. 
A depilação com linha também conhecida como método egípcio elimina os pelos pela 
raiz, sem danificar a estrutura da pele. Pode ser utilizada em partes do corpo como, 
barriga, virilha, seios, pescoço, axilas, sendo mais eficaz em pelos curtos com intervalos 
de 20 a 30 dias. 
Seu modo de utilização é com a linha enrolada entre os dedos indicador e polegar, 
entrelaça pelo menos 8 vezes em forma de “X”, assim a linha desliza e arranca os 
pelos. 
É necessário habilidade, delicadeza e firmeza das mãos do profissional. Não há 
contraindicações. 
Pinça: utilizada para remoção dos pelos da sobrancelha, pois tem a facilidade de 
arrancar fio a fio, com precisão adequada para o delineamento e desenho da mesma. 
Também é utilizada para arrancar pelos resultantes de outros métodos que não foram 
removidos. Não há contra indicações. Por ser feita de aço inoxidável pode ser feita 
uma assepsia da pinça, permitindo que seja reutilizada. 
Laser: É um método definitivo, indicado para todas as regiões do corpo, feita de 8 a 10 
sessões, onde os pelos são gradativamente removidos. 
Seu mecanismo de ação é a fototermolise seletiva, ocorre quando há uma lesão 
térmica do tecido biológico específico. Como a melanina só é encontrada no bulbo 
piloso, na fase anágena, o laser será eficaz quando alcançar a porção do bulbo a uma 
determinada potência e produzir uma temperatura média de 60°. Aqueles bulbos que 
foram destruídos não produzem mais pelo. Entretanto todas as pessoas têm 
capacidade de produzir novos pelos. Mulheres produzem cerca de 10 a 20% de bulbo e 
 
 
 
38 
 
pelos novos em 2 anos e homens 15 a 30%. Pessoas com distúrbios hormonais podem 
produzis pelos mais precocemente. 
Em pele mais clara a intensidade do laser é maior e mais segura. Ou seja, é necessário 
um menor numero de sessões em peles claras e mais sessões em peles morenas. 
Durante a utilização é necessário proteger e esfriar a epiderme, com recursos como 
spray de criogênio, gel e outros produtos específicos, pois a fototermolise promove 
calor que além de destruir o bulbo piloso, pode também destruir a melanina na 
epiderme, alterando assim outras células, promovendo a alteração de pigmentação, 
queimaduras e cicatrizes. 
Borges (2006) recomenda a utilização do procedimento para pessoas de pele clara e 
pelo escuro. 
Vale lembrar que após a aplicação dolaser é importante que se tome precauções 
como, uso de protetor solar, não se expor ao sol, não utilizar nenhum produto que 
contenha álcool em sua composição por 48h, não frequentar saunas. Sua aplicação 
deve ser feita por profissionais treinados e qualificados para resultados seguros e 
eficazes. É contra indicado para gestantes. 
Luz Pulsada: De acordo com Coelho (2006), atualmente a ação da luz intensa pulsada 
vem sendo utilizada para vários tipos de tratamentos. 
A luz pulsada libera luzes azuis, verdes, amarelas e vermelhas. O sistema utiliza flash 
de luz pulsada de alta potência, provoca o aquecimento da raiz do pelo e a coagulação 
das proteínas do bulbo, atrofiando e destruindo por completo. Logo os pelos que não 
são eliminados com a aplicação crescem finos e claros. 
Procedimentos realizados com luz pulsada, assim como laser são indicados para 
pessoas de peles claras e pelos escuros. 
Segundo Pinheiro (2019) é contraindicado em caso de pessoas com pele morena, 
mulatas e negras, pois pode haver riscos de queimadura na pele, porque a melanina 
está presente em maior quantidade na pele destas pessoas. No entanto, existem 
alguns tipos de laser que podem ser usados nestes tipos de pele para eliminação de 
pelos. 
É contra indicado também durante o verão por causa do calor intenso e incidência de 
raios ultravioletas emitidos pelo sol, em caso de doenças fotossensibilizantes que 
favorecem o surgimento de manchas na pele, durante a gravidez, em caso de doenças 
de feridas na pele e câncer. 
 
 
 
39 
 
Segundo Pinheiro (2019) se o individuo não possui nenhuma contra indicação poderá 
fazer o tratamento com luz pulsada a cada 4-6 semanas. Após cada sessão é normal 
sentir a pele um pouco irritada e inchada nos primeiros dias e para diminuir este 
desconforto é fundamental usar cremes hidratantes, compressas geladas e filtro solar 
FPS 30 ou superior diariamente. 
Raramente ocorrem complicações, a dor depende da sensibilidade individual. 
 
6.2 A escolha do método para cada região 
Vimos anteriormente que existem vários tipos de depilação. Mas vale ressaltar que 
nem todas as regiões do corpo reagem ao tipo de remoção de pelos da mesma forma. 
As pernas suportam todo tipo de depilação, pois é pouco sensível. Nesta área pode se 
utilizar cera fria ou roll on, também se pode fazer o uso da cera quente. Já nas coxas e 
suas partes internas recomenda-se o uso de cera quente, por ser um método menos 
agressivo e dolorido. 
Lembre-se sempre de higienizar a área a ser depilada antes do procedimento. Nesta 
área em caso de depilação em casa pode ser utilizado a lamina ou cremes depilatórios, 
atentando-se ao fato de que lâminas não são recomendadas nas coxas. 
A axila é uma área muito fina e de pelos espessos. Os pelos não crescem todos na 
mesma direção. Pode-se utilizar cera quente, alternando-se ao fato de passar em 
direções diferentes para arrancar todos os pelos. Para pessoas mais sensíveis, o creme 
depilatório e a lamina podem ser opções mais adequadas, apesar de ser uma solução 
de curto prazo, pois os pelos crescem mais rápido. 
A cera fria é um método pouco recomendado devido à espessura dos pelos, o 
procedimento pode parti-los ao invés de arrancá-los. 
A virilha é uma região de grande sensibilidade e dolorida para depilar. Não se 
recomenda o uso de lâminas, pois provoca alergia e coceira, também não é 
recomendado o uso de aparelhos de roll on ou elétricos. 
A cera quente ou fria são ferramentas mais efetivas, tomando bastante cuidado em 
passar a cera na direção correta de crescimento dos pelos. Lembrando que os pelos 
dessa região nascem em varias direções, então é preciso atentar-se ao fato para não 
passar a cera no mesmo local por várias vezes, para evitar queimaduras. 
Região intima (ânus), existem mulheres que optam por retirar todos os pelos vaginais e 
anais, isso exige cuidados básicos de higiene e escolha de locais certificados para fazê-
lo. 
 
 
 
40 
 
No caso do uso de ceras, observar se o produto e utensílios utilizados são descartáveis 
para evitar qualquer tipo de contaminação. O uso de cremes depilatórios nessa área 
também deve ser evitado por serem químicos, podem causar reações alérgicas. 
Braços, alguns homens recorrem à depilação dessa área por estética ou por praticar 
esportes, para evitar a sudorese intensa. Neste caso, por terem pelos mais grossos, as 
opções de cera fria, quente e roll on são as mais indicadas. 
Peito, algumas mulheres tem tendência a terem pelos próximos ao mamilo, nesse caso 
eles podem ser removidos com pinça. Homens que recorrem à depilação do tórax 
podem utilizar o método de cera quente ou roll on. 
Rosto e buço, algumas mulheres possuem pelos em várias regiões do rosto. Neste caso 
podem recorrer ao uso de pinças e depilação com linha, pois estes métodos não 
causam flacidez tissular e não agridem a pele. Alguns homens recorrem ao método de 
cera quente (morna) para remoção de barba. 
Os métodos de depilação a laser e depilação com LIP (Luz Intensa Pulsada) são técnicas 
hoje utilizadas em todas as áreas do corpo, por ser menos invasivos e diminuir o 
volume dos pelos. Tal como o laser, a LIP pode provocar queimaduras e manchas se 
não for utilizada corretamente. 
Importante lembrar-se dos cuidados antes e depois da depilação: 
 Não use cremes, óleos ou hidratantes antes; 
 Limpe a pele com produtos antissépticos: 
 Tente alternar métodos para reduzir pelos encravados; 
 Após a depilação, nunca use álcool e nem cremes. A pele deve permanecer 
seca para inibir desenvolvimento de bactérias; 
 Use hidratantes só após 24hs; 
 Evite tomar sol 48hs antes e 78hs após a depilação, para não manchar ou se 
queimar durante o processo de remoção dos pelos. 
6.3 Banho de lua 
Banho de lua é uma técnica que consiste no clareamento de pelos, mas associa 
eliminação de células mortas, proporcionando maciez, suavidade e relaxamento. 
É um serviço estético que tem grande procura durante o verão, pois proporciona uma 
aparência mais bonita à pele e ao pelo. Proporciona nutrição e hidratação à pele, 
valorizando ainda mais a pele bronzeada. 
 
 
 
41 
 
O tempo de aplicação do procedimento varia de acordo com as técnicas associadas e o 
seu efeito pode durar em media 1 mês. O banho é aplicado nas regiões dos braços, 
pernas, glúteos, costas e abdômen. 
A base de tratamento é a aplicação de um produto descolorante sobre a pele por 
alguns minutos. A cor dos pelos é clareada, deixando-a mais próxima do loiro. 
Método de Aplicação: 
1° Proteja a pele com parafina. Passe o produto nas áreas onde os pelos serão 
descoloridos. 
2° Prepare uma mistura de 2 por 1 ou seja, 2 medidas de água oxigenada 30V para 
uma medida de pó descolorante, misture bem. Aplicar nas áreas onde foi aplicada a 
parafina. A mistura tem que ficar em uma consistência cremosa. Nem mole, nem dura, 
para facilitar a aplicação. Deixe agir 10min a 20min, sempre olhando a cada 5min se 
clareou. Para observar o tempo de clareamento retire um pouco do produto da área 
que está clareando com uma espátula e volte o produto caso ainda não esteja bom. 
Quando chegar ao clareamento desejado retire o excesso de produto com uma 
espátula e lave com água abundante para retirar todo o resíduo. 
3° Faça uma esfoliação no corpo inteiro com movimento circulares, para eliminar 
células mortas e evitar possíveis pelos encravados deixando a pele mais receptiva para 
receber hidratação. Elimine todos os grânulos do esfoliante. 
4° Por último faça hidratação corporal, com produto mais indicado para cada cliente. 
Para esse procedimento você irá usar: 
Água oxigenada 30v 
Pó descolorante 
Creme de parafinado 
Esfoliante Corporal 
Hidratante corporal 
OBS: Algumas empresas de cosméticos vendem Kits prontos para banho de lua. Neste 
caso siga o passo a passo da empresa. 
Lembre-se sempre de verificar se o cliente não tem alergia a algum componente dos 
produtos utilizados,

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