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Fundamentos da Estética e Cosmética - EAD

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Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo 
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá.
 Primeiramente, deixo uma frase de Só-
crates para reflexão: “a vida sem desafios não 
vale a pena ser vivida.”
 Cada um de nós tem uma grande res-
ponsabilidade sobre as escolhas que fazemos, 
e essas nos guiarão por toda a vida acadêmica 
e profissional, refletindo diretamente em nossa 
vida pessoal e em nossas relações com a socie-
dade. Hoje em dia, essa sociedade é exigente 
e busca por tecnologia, informação e conheci-
mento advindos de profissionais que possuam 
novas habilidades para liderança e sobrevivên-
cia no mercado de trabalho.
 De fato, a tecnologia e a comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, 
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e 
nos proporcionando momentos inesquecíveis. 
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino 
a Distância, a proporcionar um ensino de quali-
dade, capaz de formar cidadãos integrantes de 
uma sociedade justa, preparados para o mer-
cado de trabalho, como planejadores e líderes 
atuantes.
 Que esta nova caminhada lhes traga 
muita experiência, conhecimento e sucesso. 
Reitor: 
Prof. Me. Ricardo Benedito de 
Oliveira
Pró-reitor: 
Prof. Me. Ney Stival
Diretora de Ensino a Distância: 
Profa. Ma. Daniela Ferreira Correa
PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Designer Educacional: 
Clovis Ribeiro do Nascimento Junior
Diagramador:
Alan Michel Bariani
Revisão Textual:
Letícia Toniete Izeppe Bisconcim / 
Mariana Tait Romancini Domingos
Produção Audiovisual:
Eudes Wilter Pitta / Heber Acuña 
Berger
Revisão dos Processos de 
Produção: 
Rodrigo Ferreira de Souza
Fotos: 
Shutterstock
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 4
HISTÓRIA DA BELEZA ............................................................................................................................................... 5
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS PELO PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E A RE-
GULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO .......................................................................................................................... 14
O PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E O MERCADO DE TRABALHO ......................................................................... 16
HISTÓRIA DA BELEZA E A ATUAÇÃO DO 
TECNÓLOGO EM ESTÉTICA E COSMÉTICA
PROF.A DRA. TUANE KRUPEK 
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INTRODUÇÃO
Desde os tempos mais antigos as mulheres e homens desenvolveram diversos artifícios 
para melhorar a aparência, esses foram evoluindo no decorrer dos anos, transformaram-se de 
produtos de beleza feitos em casa em cosméticos com alta tecnologia produzidos por grandes 
indústrias.
Assim, também surgiu e se aprimorou a pro� ssão de esteticista, anteriormente formado 
apenas por conhecimentos empíricos, depois cursos livres e técnicos, hoje os pro� ssionais de es-
tética possuem uma formação ampla em curso superior de tecnologia ou bacharelado, podendo 
aprimorar seus conhecimentos em cursos de pós-graduação. Fatores estes que contribuíram, e 
continuam a contribuir com o avanço nos tratamentos estéticos e nos cosméticos disponíveis à 
população.
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ENSINO A DISTÂNCIA
HISTÓRIA DA BELEZA
No decorrer da história da humanidade se observa constantemente a busca por atingir o 
padrão de beleza vigente, vivemos sob a ditadura de um corpo perfeito e, constantemente surgem 
inovações em cosméticos, equipamentos e procedimentos estéticos visando atender essa deman-
da, segundo Menezes (2006). Muitos � lósofos se preocuparam em explicar o conceito de beleza, 
entre eles Platão, e segundo ele, o belo está identi� cado como o que é bom, verdadeiro e perfeito, 
conforme Silva, Santos e Oliveira (2014).
Porém, o padrão de beleza foi mudando ao longo do tempo, seguindo os valores mais 
proeminentes de cada época, e no século XX, de acordo com Martins (2010), essa preocupação 
com o corpo tomou uma dimensão maior, cada indivíduo é responsável por sua beleza, juven-
tude e saúde, assim, o corpo também se tornou capital, que recebe grande investimento visando 
sua melhoria estética. Considerando a in� uência e atuação direta dos Tecnólogos em Estética e 
Cosmética na promoção da beleza, saúde e bem-estar, veremos um breve panorama do padrão 
de beleza ao longo dos anos, e os cuidados e recursos estéticos utilizados para atingi-lo, estes 
padrões estão representados em obras de arte ou imagens de cada respectivo período histórico.
Na antiguidade, em torno de 10 mil anos atrás, a maquiagem era realizada com pós co-
loridos, conforme é relatado na bíblia. A classe nobre das mulheres egípcias (1372 a.C.) realizava 
rituais de beleza todas as manhãs, que consistiam de banhos, uso de pasta de argila, esfoliação de 
pés, mãos e corpo com pedra pomes, massagem com óleo vegetal para hidratar, proteger do sol 
e afastar os mosquitos, e maquiavam todo o corpo. Neste período, é muito marcante a maquia-
gem nos olhos, como pode ser visto em diversas representações artísticas, e assim observamos 
na imagem do Sarcófago de Tutankamon, e a maquiagem não era restrita à classe nobre, mas era 
realizada até pelos escravos, assevera Faux (2000).
Figura 1 - Sarcófago de Tutankamon. Fonte: Só história (2017).
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Na Grécia antiga, a maquiagem foi proibida por algum tempo, � cou restrita às cortesãs, 
e o ideal helênico é de que a harmonia era alcançada por meio de cuidados de higiene interna e 
externa. Nesta época, os conselhos de Hipócrates, considerado o pai da medicina, salientavam a 
importância dos cuidados com o corpo que estão diretamente ligados à higiene, ele indicava re-
alizar jejum regularmente, praticar exercícios físicos, tomar banhos frequentes, escovar os dentes 
e lavar os cabelos. A maquiagem � cou ausente até o século III, o que era salientado no período 
eram as sobrancelhas, que para serem consideradas belas deviam se unir formando um arco úni-
co, mas com o tempo a maquiagem foi levada do Egito e da Ásia menor para a Grécia. Em Roma, 
a dedicação das mulheres à beleza era ainda maior, elas realizavam banhos demorados, esfolia-
ção, depilação total, mastigavam ervas para combater o mal hábito e se maquiavam, corrobora 
Faux (2000).
Porém, isto muda durante a Idade Média quan-
do tem-se o dualismo de Eva e Maria, tendo Eva a bele-
za corruptora que levou o homem ao pecado original, e 
Maria a mãe e pura. O espelho é chamado de “porta do 
inferno” e a maquiagem é amaldiçoada e considerada 
diabólica. O padrão de beleza é a mulher de pele bran-
ca, corpo virginal, esguio e gracioso, membros longos, 
quadris arrebitados, ventre arredondado e cintura � na, 
os cabelos loiros, o rosto com testa grande e arredon-
dada, sobrancelhas separadas e delicadas, boca peque-
na e olhos claros, conforme Faux (2000).
Figura 2 - Vênus de Arles mostrando o ideal grego de beleza. Fonte: Fernández (2016). 
Com o Renascimento ocorre uma mudança total nesta visão, a mulher tem que ser bela 
e atraente, e tem lugar a imagem de Vênus. Segundo o padrão de beleza a mulher bela é alta, tem 
ombros largos, cintura � na, quadris amplos e redondos, pernas roliças, pés pequenos, os seios 
têm formato de pêra invertida e no peito não devem aparecer ossos salientes. Tem pescoço longo, 
testa alta, nariz reto e delicado, boca pequena, olhos escuros, sobrancelhas e cílios escuros, lábios, 
face e unhas vermelhos, a pele deve ser tão branca a ponto de se poder ver o vinho correr pela 
garganta,e os cabelos loiros e soltos (FAUX, 2000). 
No século XVI a ênfase recaía sobre a parte de 
cima do corpo (a delicadeza da pele, a intensidade dos 
olhos, a regularidade dos traços), surgiram então o em-
poamento do rosto, os espartilhos e os regimes episó-
dicos contra a obesidade, salientando sempre o rosto, 
os ombros, o busto, para os quais a parte inferior do 
corpo serve de pedestal (MORENO, 2008). 
Figura 3 - Virgem com o menino, simbolizando o padrão de beleza da Idade Média. Fonte: Mottaz (2015). 
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Figura 4 - O nascimento de Vênus, um grande símbolo do Renascimento. Fonte: Botticelli (1485).
No século XVI a ênfase recaía sobre a parte de cima do corpo (a delicadeza da pele, a 
intensidade dos olhos, a regularidade dos traços), surgiram então o empoamento do rosto, os 
espartilhos e os regimes episódicos contra a obesidade, salientando sempre o rosto, os ombros, o 
busto, para os quais a parte inferior do corpo serve de pedestal (MORENO, 2008).
Pois, segundo Faux (2000), a Reforma e a Contra-Reforma combatem a exuberância do 
Renascimento, novamente a vaidade foi condenada. Os cabelos em geral eram presos em um 
coque baixo, as roupas bem fechadas, a beleza devia ser majestosa, digna e solene.
Nos séculos seguintes, começa a valori-
zação das partes baixas, a linha dos � ancos, as 
pernas, quadris e cintura. O penteado também 
evolui, acompanhando e compondo a cabeça. O 
retrocesso das perucas, no � m do século XVIII, e 
a busca da personalização dos penteados favore-
ceram o aprimoramento deles. Os cosméticos se-
guem a mesma necessidade de se adaptar a cada 
pessoa, variando em tons e misturas ou, ainda, 
em sua origem, atestando os primórdios da indi-
vidualização, expõe Moreno (2008).
Figura 5 - A infanta Maria Teresa mostrando toda a solenidade e poder do século XVII. Fonte: Velázquez 
(1693).
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Figura 6 - Madame de Pompadour representando a elegância do século XVIII. Fonte: Boucher (1759).
No século XVIII, fazia-se maquiagem até para dormir (FAUX, 2000). A beleza é indivi-
dual e a singularidade realçada e encorajada, é a expansão do indivíduo, da identidade. As mu-
danças da cultura se � zeram acompanhar das diferenças na postura, as silhuetas aristocráticas 
(ombros para trás, barriga saliente, cabeça recuada, honra e arqueadura do cortesão clássico) 
passaram às silhuetas pós-revolucionárias (ombros e cabeça avançados, cintura apertada, segu-
rança, vontade de fazer, contorno do corpo humano � rmemente delineado), conforme Moreno 
(2008). Posteriormente, no Romantismo do século XIX, a pele devia ser branca e pálida, olhar 
melancólico, cabelos ondulados, frisados e despenteados, presos em coques altos com cachos 
soltos enquadrando o rosto, e as sobrancelhas bem desenhadas, mostra Faux (2000). 
Figura 7 - Elizabete da Áustria, símbolo da beleza romântica. Fonte: Happy Family (2015).
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O quadro abaixo apresenta as principais características das décadas de 1900 até os dias 
de hoje, revela Faux (2000), estes podem ser melhor entendidos pelas imagens de cada uma das 
décadas.
Quadro 1 - A beleza nas décadas do século XX.
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Figura 8 - Liane de Pougy, retratando a beleza 
de 1900.Fonte: Asaro (2017).
Figura 9 - Mary Pickford, na década de 1910.
Fonte: Library and Archives Canada (2017).
Figura 10 - Louise Brooks, na década de 1920.
Fonte: Fashion Gone Rogue (2017).
Figura 11 - Greta Garbo, década de 1930.
Fonte: Birmingham (2017).
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Figura 12 - Veronika Lake, década de 1940.
Fonte: Rogers (2015).
Figura 13 - Marilyn Monroe, década de 1950.
Fonte: Blume (2017).
Figura 14 - Twiggy, década de 1960.
Fonte: Daily Mail (2015).
Figura 15 - Farah Fawcett, década de 1970.
Fonte: Blume (2014).
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Figura 16 - Madonna, década de 1980.
Fonte: Beautilish (2014).
Figura 17 - Kate Moss, década de 1990.
Fonte: Klein (1993).
As mudanças do relacionamento entre homens e mulheres, transformando as relações 
de dependência e a divisão de papéis sexuais, levaram à transformação do modelo de mulher. 
Esta, que até anteriormente era sinônimo de acolhimento ou inatividade, evoluiu até incorporar 
o modelo de mulher ativa, com iniciativa e trabalho, e com isso precisando cada vez mais de pro-
cedimentos de beleza rápidos e práticos, conforme Moreno (2008).
De acordo com Eco (2004), a beleza passou a ser determinada pelo interesse econômico 
da sociedade, sendo denominada por ele de Beleza do Consumo. A difusão da fotogra� a também 
contribuiu para que a importância da aparência física se acentuasse, a contemplação de si mesmo 
no espelho se tornou uma necessidade diária, expõe Sant’Anna (2014). A cirurgia plástica esté-
tica contribuiu para isso, porém até a década de 1950, era considerada pelos próprios cirurgiões 
plásticos como imoral, até então ela era voltada apenas para a cirurgia plástica reconstrutiva, ou 
seja, apenas para reparar ou reconstruir algum tecido ou área dani� cada, e não para melhorar 
estruturas normais, para adequá-las aos padrões de beleza (Neto e Caponi, 2007).
Assim, ao mesmo tempo em que traduz a leveza, a mobilidade e o “estar bem consigo 
mesma”, a beleza se “democratiza” e parece estar “ao alcance de todas”. Além da cirurgia plástica, 
centenas de instrumentos, produtos e procedimentos hoje à venda “garantem”, com preços e con-
dições de pagamento, que a beleza seja alcançada por quase todas, o que faz com que atualmente 
só não seja bela quem não quer ou não tiver um mínimo de vaidade, expõe Moreno (2008).
Segundo Silva, Santos e Oliveira (2014), no século XX houve um grande avanço na área 
da química que aliada à preocupação crescente com os cuidados com o corpo, rosto e cabelos 
proporcionou grande avanço na estética e na cosmética. Neste cenário surgiram os grandes no-
mes que são referência na cosmética até hoje: Helena Rubinstein, Harriet Ayer e Elizabeth Arden, 
elas abriram seus salões onde realizavam os tratamentos estéticos, estes foram se desenvolvendo 
e a com isso aumentando necessidade de um pro� ssional cada vez mais capacitado para o aten-
dimento, surgindo a pro� ssão de esteticista.
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Atualmente, o padrão de beleza é bastante variável, e vai desde corpos bastante magros, 
aos muito malhados e de� nidos, porém a beleza está muito ligada à saúde. A magreza continua 
na moda, mas também há o seguimento de moda para as mulheres acima do peso, e o apelo 
publicitário de que a moda é ser saudável não importa o tamanho de seu manequim, destaca 
Moreno (2008).
Para Biase, Nunes e Alma (2013), sempre houve um padrão de beleza que estava sendo 
seguindo, mas esse é bastante mutável. Atualmente vivemos numa cultura � tness, e a velhice, 
obesidade e feiura devem ser atenuadas enquanto a beleza é uma exigência. Apesar disto, devido 
a essa grande preocupação com o padrão de beleza, surgiram algumas doenças relacionadas a 
obsessão em seguir esse padrão, são exemplos a anorexia, bulimia, entre outros, e muitas pessoas 
buscam a resolução de suas disfunções estéticas em tratamentos “milagrosos” que possam resol-
ver a questão do dia para a noite, esquecendo-se das consequências que isso pode trazer à sua 
própria saúdem, conforme Martins (2010). 
Segundo Moreno (2008), para ser bela há de sofrer, esse ideal de beleza cria abusca 
pela perfeição que culmina em ansiedade, inadequação e baixa autoestima, chegando a levar a 
distúrbios como anorexia e bulimia, além de fazer com que grande parte do orçamento familiar 
seja gasto em produtos e serviços ligados à estética. O Tecnólogo em Estética e Cosmética como 
possui formação ampla em relação aos conhecimentos da área da saúde, aos distúrbios estéticos e 
aos tratamentos recomendados, pode a partir deste conhecimento direcionar os pacientes ao tra-
tamento mais indicado e fazer todas as recomendações de forma a não causar danos à sua saúde, 
bem como de identi� car outros distúrbios na saúde dos indivíduos que o procuram e instruí-los 
a procurar o pro� ssional da saúde que possam tratá-los. E ainda, é preciso conscientizar os pa-
cientes de que alguns padrões não podem ser atingidos já que cada indivíduo tem características 
próprias que precisam ser respeitadas. Ou seja, o importante é buscar tratamentos que realcem a 
beleza de cada um, e acima de tudo a saúde do corpo como um todo.
Figura 18 - Helena Rubinstein. Fonte: Fitoussi (2013).
Helena Rubinstein criou a beleza científica, valorizando a hidratação da pele, a 
proteção contra a radiação ultravioleta, as massagens, a higiene, etc. Iniciou sua 
marca de cosméticos com a fórmula de um creme que sua mãe fazia, Helena os 
fabricava em seu quartinho nas horas vagas do trabalho, e com sua dedicação 
aos estudos foi aprimorando a fórmula e criando outras, em 1902 abriu seu pri-
meiro instituto de beleza. Também foi ela quem criou a classificação dos tipos 
de pele que conhecemos hoje em oleosa, seca, mista e normal, e assim oferecia 
cosméticos específicos para cada tipo, conforme Fitoussi (2013).
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COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A SEREM 
DESENVOLVIDAS PELO PROFISSIONAL DE 
ESTÉTICA E A REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO
O curso superior de Tecnologia em Estética e Cosmética surgiu para atender a demanda 
de um pro� ssional quali� cado e especializado para o mercado de trabalho, e que possa contribuir 
para o desenvolvimento cientí� co e tecnológico na estética e na cosmética. Este curso se enqua-
dra na subárea da saúde e os pro� ssionais formados atuam na saúde preventiva, para tanto, a for-
mação deve ser ampla, de forma que possa unir conhecimentos técnicos e cientí� cos na prática 
clínica, expõe Carvalho (2006). De acordo com o Catálogo Nacional de Cursos de Tecnologia 
(BRASIL, 2016, p.10), sobre as atuações do Tecnólogo em Estética e Cosmética:
Identi� ca, seleciona e executa procedimentos estéticos faciais, corporais e capi-
lares, utilizando produtos cosméticos, técnicas e equipamentos especí� cos. Apli-
ca técnicas de visagismo e maquiagem. Utiliza equipamentos especí� cos para 
cada procedimento estético. Elabora e aplica programa de avaliação do cliente 
submetido a procedimentos estéticos. Propõe e participa de estudos cientí� cos 
para o desenvolvimento de novas tecnologias na área de tratamentos estéticos 
inovadores, bem como para a avaliação de novos produtos, procedimentos, pro-
tocolos e sua aplicabilidade. Planeja, organiza e gerencia empresas da área de 
estética e cosmética. Avalia e elabora parecer técnico em sua área de formação.
No Brasil, de acordo com o Sindicato de Empregadores e Pro� ssionais Liberais em Esté-
tica e Cosmetologia do Estado do Rio de Janeiro (SINDESTETIC-RJ, 2014), a pro� ssão de este-
ticista teve início na década de 1950 por meio de Anne Marie Klotz. Ela era � lha de franceses, e 
quando veio para nosso país trouxe diversas técnicas de estética aprendidas na França, seu país de 
origem, começou trabalhando em sua própria casa, e assim a pro� ssão foi se difundindo.
A Classi� cação Brasileira de Ocupações tem como objetivo identi� car as ocupações no 
mercado de trabalho brasileiro, ela descreve os pro� ssionais da área de estética como pro� s-
sionais da área da saúde que devem ter formação técnica (nível médio) ou de tecnologia (nível 
superior), e denomina ambos de esteticistas, destaca CBO (2017).
Silva, Santos e Oliveira (2014) pontuam as competências e habilidades do pro� ssional de 
estética, as principais são:
- Competências: conhecer o código de ética da pro� ssão, dominar técnicas e manuseio 
de aparelhos estéticos, dar assistência na realização de cuidados preventivos e personalizados, 
aplicar técnicas de tratamentos faciais e corporais, tratamentos para terceira idade, gestantes e 
homens utilizando materiais e equipamentos adequados, atuar no limite de suas competências 
encaminhando os pacientes para outros pro� ssionais quando necessário, realizar trabalho em 
equipe multidisciplinar, aplicar normas de exercício pro� ssional e princípios éticos, aplicar prin-
cípios e normas de higiene e saúde pessoal e ambiental, entre outras.
- Habilidades: a habilidade é uma aptidão desenvolvida ou aperfeiçoada que proporciona 
facilidade na realização de determinadas atividades. Na estética elas compreendem conhecer e 
aplicar os conhecimentos de anatomia e � siologia humana, patologia, microbiologia e imuno-
logia, cosmetologia, equipamentos estéticos, saúde coletiva, terapias complementares, estética 
facial, estética corporal, nutrição estética, psicologia, ética e língua portuguesa. 
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Apesar de o pro� ssional da estética atuar no mercado desde a década de 1950, e de diver-
sos projetos de lei terem sido apresentados, a regulamentação da pro� ssão se iniciou no Brasil 
apenas no ano de 2011, segundo e Silva, Santos e Oliveira (2014).
O projeto de lei nº 959 de 2003 (BRASIL, 2003), de� ne de forma bastante simplista as 
competências e habilidades atribuídas ao técnico e ao tecnólogo em estética, sendo que ao tecnó-
logo em estética ou terapeuta esteticista são atribuídas as seguintes competências:
- Direção, coordenação, supervisão e ensino de disciplinas relativas à estética facial e 
corporal;
- Treinamento institucional nas atividades de ensino e de pesquisa na área de estética 
facial e corporal;
- Auditoria, consultoria e assessoria sobre cosméticos e equipamentos especí� cos de es-
tética;
- Gerenciamento de projetos de desenvolvimento de produtos cosméticos e serviços cor-
relacionados à Estética;
- Elaboração de informes, de pareceres técnicos cientí� cos, de estudos, de trabalhos e de 
pesquisas mercadológicas ou experimentais relativos à Estética e à Cosmetologia;
- Atuação em equipes multidisciplinares dos estabelecimentos de saúde quanto aos pro-
cedimentos de dermatologia e de cirurgia plástica.
E no ano de 2012 foi sancionada pela presidência da república a lei nº 12.592 que reco-
nhece a pro� ssão do esteticista em todo território nacional (BRASIL, 2012), porém esta, também, 
abrange os pro� ssionais cabeleireiros, manicuros, pedicuros, depiladores, maquiadores e este-
ticistas, que atuam na área de higiene e embelezamento. Sendo assim, ainda se faz necessário o 
reconhecimento dos tecnólogos e bacharéis em estética, que são pro� ssionais com nível superior 
de ensino. Este reconhecimento está em andamento, mais recentemente, no dia 06 de dezembro 
de 2017, a Comissão de Assuntos Especiais aprovou o Projeto de Lei da Câmara nº 77, de 2016, 
que regulamenta a pro� ssão de esteticista, dividindo a mesma em estetacosmetólogo, com nível 
superior, e o técnico em estética, com nível médio (VIEIRA, 2017). O mesmo seguiu para a vota-
ção no Plenário do Senado e foi aprovado no dia 13 de dezembro de 2017. Para entrar em vigor, 
agora o projeto precisa da aprovação do Presidente da República (SENADO, 2017).
No Paraná, a Lei 264/2016, reconhece o Tecnólogo em Estética e Cosmética como um 
pro� ssional habilitado para responder tecnicamente por clínicas ou consultórios de estética, 
sendo assim, em estabelecimentos onde não são realizadas atividades privativas à pro� ssão de 
médico, não haverá necessidade de permanênciado médico responsável no local. E também re-
conhece os técnicos em estética como legalmente habilitados para responder tecnicamente pelos 
trabalhos por eles realizados (PARANÁ, 2016).
Salienta-se a importância de o Tecnólogo em Estética e Cosmética ter a habilidade de 
trabalhar com uma equipe multidisciplinar, ou seja, trabalhar com uma equipe formada por pro-
� ssionais de diferentes áreas de atuação trabalhando por um mesmo objetivo, conforme Silva, 
Santos e Oliveira (2014). Atuando desta forma os tratamentos de seus pacientes serão mais com-
pletos, pois atuarão nas diferentes causas do distúrbio, e assim serão mais e� cientes.
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A Esteticista Rosaline Kelly Gomes é uma das idealizadoras do Mutirão de re-
gulamentação da profissão de esteticista. O movimento se intensificou em 2015 
quando os profissionais e acadêmicos da estética foram às ruas expor a neces-
sidade de regulamentação da profissão. Conheça mais sobre a regulamentação 
assistindo a entrevista com a professora Rosaline: 
https://www.youtube.com/watch?v=QDoe-xw0nlA.
Continuam sendo coletadas assinaturas para o abaixo assinado requerendo a 
regulamentação da profissão de esteticista: 
https://goo.gl/zb2abn.
O PROFISSIONAL DE ESTÉTICA E O MERCADO 
DE TRABALHO 
 
A estética é considerada a ciência da modernidade, e o campo de atuação do pro� ssional 
com graduação de nível superior são clínicas de estética, clínicas de cirurgia plástica, clínicas 
de dermatologia, consultoria em indústrias de cosméticos, SPAs, hotéis fazenda, eventos, entre 
outros, segundo Almeida (2012). E ainda, pode atuar na docência, pesquisa, em tratamentos es-
téticos faciais, corporais, capilares e de embelezamento, na orientação aos pacientes em relação 
aos cuidados com a saúde, no pré e pós-operatório de cirurgias estéticas, atuar com equipe mul-
tipro� ssional e reconhecer quando deve direcionar o paciente aos cuidados de outro pro� ssional, 
na avaliação, pesquisa e desenvolvimentos de novas técnicas e tratamentos estéticos, orientação 
dos pacientes sobre a correta utilização de produtos cosméticos, administração e gestão de esta-
belecimentos estéticos, avaliação de equipamentos estéticos e produtos cosméticos por meio de 
pareceres técnicos, entre outros (BRASIL, 2016).
De acordo com Silva, Santos e Oliveira (2014) as pro� ssões deste setor são destaque no 
Brasil, justamente por esta expansão das indústrias cosméticas e de equipamentos estéticos, bem 
como de instituições de ensino que precisam de docentes capacitados na área, pois estas encon-
tram di� culdade para encontrar estes pro� ssionais, visto isso, a carreira se mostra promissora e 
rentável.
Hoje, o mercado da estética está em franco crescimento e é muito rentável, sendo voltado 
não somente para a beleza, mas para o bem-estar e saúde dos indivíduos, conforme Almeida 
(2012). A estética e a cosmética ainda têm como característica não se restringirem a determina-
das classes sociais, pois há tratamentos e cosméticos de diversos preços e � nalidades, salientado a 
importância de pro� ssionais quali� cados, que conheçam as técnicas e fundamentos teóricos para 
desempenhar tratamento de qualidade à população, pondera Alma e Costa (2011). 
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NETO, Paulo Poli; CAPONI, Sandra NC. A medicalização da beleza. Interface-Co-
municação, Saúde, Educação, v. 11, n. 23, 2007.
FITOUSSI, Michèle. A mulher que inventou a beleza. São Paulo: Editora Objetiva, 
2013.
UNIDADE
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ENSINO A DISTÂNCIA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................ 19
EMBELEZAMENTO PESSOAL ................................................................................................................................. 20
TERAPIAS COMPLEMENTARES ............................................................................................................................ 20
ESTÉTICA FACIAL ..................................................................................................................................................... 21
ESTÉTICA CORPORAL ............................................................................................................................................. 23
ESTÉTICA CAPILAR ................................................................................................................................................. 24
CONDUTA PROFISSIONAL E AMBIENTE DE ATENDIMENTO ............................................................................. 25
PELE HUMANA ......................................................................................................................................................... 27
ÁREAS DE ATUAÇÃO DO TECNÓLOGO EM 
ESTÉTICA E COSMÉTICA E A PELE HUMANA
PROF.A DRA. TUANE KRUPEK 
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INTRODUÇÃO
As cinco grandes áreas de atuação do Tecnólogo em Estética e Cosmética são a estética 
corporal, estética facial, terapia capilar, embelezamento pessoal e terapias complementares, se-
gundo Krupek (2012). Conforme mostra a � gura:
De acordo com Alma e Costa (2011), o pro� ssional de estética não atua apenas no embe-
lezamento, mas também proporciona o bem-estar e qualidade de vida aos pacientes, atuando na 
reestruturação da imagem e melhora da autoestima, o que vai de encontro com de� nição ampla-
mente difundida da Organização Mundial de Saúde, que diz que saúde é um estado de completo 
bem estar físico, mental e social, não apenas a ausência de doença ou de enfermidade, evidencia 
OMS (2018). Sendo assim, veremos uma breve explicação do que compreende cada uma destas 
áreas, os principais distúrbios estéticos avaliados em cada uma e os respectivos tratamentos ou 
procedimentos realizados.
Figura 19 - Áreas de atuação do tecnólogo em estética e cosmética. Fonte: a autora.
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EMBELEZAMENTO PESSOAL
Compreende as técnicas utilizadas para promover o embelezamento propriamente dito, 
não envolve um tratamento e não visa tratar um distúrbio especí� co, são os procedimentos de 
maquiagem, design de sobrancelhas, depilação, permanente de cílios, entre outros. Sendo assim, 
para a realização dos procedimentos de embelezamento, sobretudo os faciais, é importante o 
conhecimento de visagismo. De acordo com Hallawell (2008), o termo visagismo vem do francês 
visage, que signi� ca rosto, neste busca-se o equilíbrio entre os elementos para criar uma imagem, 
para proporcionar a harmonia estética. Para analisar e aplicar o visagismo nos pacientes, além do 
formato de rosto, para o embelezamento facial e, sobretudo, na maquiagem é preciso conhecer os 
formatos dos olhos, nariz, queixo, boca e sobrancelhas.
Segundo Lacrimanti (2008), a maquiagem além de promover o embelezamento é uma 
ferramenta para consolidar o estilo pessoal de cada um e para enfatizar o que a pessoa mais 
gosta e disfarçar o que lhe incomoda. Molinos (2000) concorda que a maquiagem não serve 
apenas para embelezar, ela também para reforçar o estilo, personalidade e atitude que se deseja 
aparentar, sendo assim é importante conhecer mais sobre si, seu tipo de rosto e possibilidades. 
Além destes métodos de embelezamento outros muito frequentemente realizados são o design 
de sobrancelhas, aplicação de henna, permanente e alongamento de cílios, veremos mais sobre o 
embelezamento ainda nesta Unidade.
TERAPIAS COMPLEMENTARES
Compreende os tratamentos e procedimentos que visam proporcionar o bem estar dos 
pacientes. Estes tratamentos incluem banhos terapêuticos, argiloterapia,aromaterapia, cromo-
terapia, massagem ayurveda, shiatsu, re� exologia, entre outros. A Argiloterapia, ou seja, os tra-
tamentos com argila são utilizados desde as épocas mais antigas pelos egípcios, gregos e árabes. 
Atualmente é usada tanto na forma de cataplasmas, ou seja, como máscaras, no rosto, corpo e 
couro cabeludo, como de compressas. Ela atua como um descongestionante, eliminando líquidos 
e toxinas, e ainda tem a capacidade de absorver a oleosidade, tem ação hidratante, tensora e re-
mineralizante, segundo Lacrimanti (2008).
De acordo com Balduino (2016), elas podem ser encontradas em diversos tipos de solos 
e apresentam diferentes cores de acordo com os diferentes tipos de minerais que a compõe, o que 
irá determinar sua ação e função. Por exemplo, a argila verde que é uma das mais comumente uti-
lizadas tem ação adstringente, secativa, bactericida e cicatrizante; a branca atua como clareadora, 
cicatrizante, hidratante e remove a oleosidade da pele; a vermelha tem ação rejuvenescedora e 
redutora de medidas e a preta também atua como rejuvenescedora, clareadora e remove a oleo-
sidade. A Aromaterapia é o nome que foi dado pelo químico francês René Maurice Gattefossé ao 
uso de óleos essenciais para tratamento de doenças. Os óleos essenciais são a representação mais 
concentrada dos compostos das plantas e podem ser extraídos das folhas, � ores, raízes, caule ou 
frutas, esboça Price (1999).
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Na estética os óleos essenciais são utilizados em escalda-pés, ofurô, massagens terapêuti-
cas, máscaras, entre outros. Em procedimentos corporais são muito utilizados os óleos essenciais 
de limão, gengibre, laranja e erva doce para melhoria da circulação sanguínea e metabolismo 
celular, e nos faciais principalmente os de lavanda e tea tree para os quadros de acne, segundo 
Lacrimanti (2008). Outro tratamento considerando complementar é a Cromoterapia, ela utiliza 
as cores para restaurar e criar condições de recuperação das células debilitadas, para a escolha 
da cor deve-se considerar o que o paciente está buscando e precisando. Na estética é utilizada na 
iluminação, cosméticos, pedras, sachês, etc, informa Lacrimanti (2008). Segundo Wills (2017), 
a cromoterapia é o tratamento utilizando cores que visa alcançar todos os níveis do ser humano: 
físico, energético, emocional mental e espiritual. E lembra que as cores têm diferentes compri-
mentos de onda que nos atingem, sendo assim podem atuar sobre nosso organismo de diferentes 
formas. Lacrimanti (2008) apresenta as propriedades de cada uma das cores conforme mostra a 
tabela abaixo:
ESTÉTICA FACIAL
A estética facial consiste de tratamentos realizados na face tanto preventivos quanto de 
tratamento, entre os principais distúrbios estéticos faciais tratados estão acne, rugas, � acidez, 
discromias (manchas), e olheiras. Para tratá-los se utilizam cosméticos, equipamentos e proce-
dimentos como peelings, massagem, entre outros. O procedimento de três etapas de cuidados 
básicos com o rosto que conhecemos hoje, de limpeza, toni� cação e hidratação da pele, surgiu na 
década de 1950, conforme Silva, Santos e Oliveira (2015). Ele é realizado em praticamente todos 
os atendimentos faciais, e precisa ser dominado pelo pro� ssional de estética para explicar a seu 
paciente a importância de realizar o mesmo diariamente em seu domicílio.
Para a realização destes cuidados básicos e também para os demais tratamentos na área 
de estética facial é de suma importância conhecer os diferentes tipos de pele, a classi� cação em 
pele normal, oleosa, seca e mista foi desenvolvida por Helena Rubistein no início do século XX, 
e ainda hoje é utilizada, expõe Fitoussi (2013). A pele normal ou eudérmica apresenta textura 
lisa, suave e � exível, orifícios pilossebáceos pouco visíveis, secreções sebáceas e sudoríparas em 
equilíbrio e pH tendendo à neutralidade, como a pele de crianças, consolida Kede e Sabatovich 
(2009); Dal Gobbo (2010).
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Segundo Kede e Sabatovich (2010), a pele oleosa é untuosa e brilhante porque suas se-
creções sebácea e sudorípara estão aumentadas, também é mais espessa, tem os orifícios pilos-
sebáceos aumentados e tendência à formação de acne, seu pH tende ao alcalino, porém esse 
tipo de pele apresenta a vantagem de envelhecer mais lentamente. A pele seca é muito � na, tem 
produção sebácea insu� ciente, em geral, apresenta telangectasias e tendência a rosácea, seu con-
teúdo aquoso pode estar normal ou não, o pH é mais ácido, e tem maior tendência à formação de 
rugas. A pele mista é uma variação da pele oleosa, onde a zona T (testa, nariz e queixo) é oleosa 
e no restante do rosto a pele é normal ou seca. Além desta classi� cação básica, é preciso entender 
que pele também pode apresentar-se desidratada, devido ao grau de lubri� cação menor que o 
normal, isto pode ocorrer devido à baixa umidade do ar, vento e frio, apesar de a epiderme ser 
uma barreira e� ciente nestas condições ocorre maior perda de água, pelas trocas constantes com 
o meio ambiente. Apresenta-se ressecada, com descamação � na, quebradiça e opaca, ao contrário 
da hidratada que é lisa, viçosa e elástica. A classi� cação da pele em oleosa, seca, mista e normal é 
considerada por alguns estudiosos como insu� ciente, devido à grande complexidade que a pele 
apresenta. Por isso em 2006 a dermatologista Leslie Baumann desenvolveu uma classi� cação em 
16 tipos de pele, são combinados quatro fatores: grau de hidratação, sensibilidade, pigmentação 
e envelhecimento, e a combinação destes quatro possibilita a classi� cação em 16 diferentes tipos, 
expõe Baumann (2007).
Quadro 3 - Fatores avaliados para de� nição dos tipos de pele segundo Leslie Baumann.
A partir deste conhecimento dos tipos de pele pode-se escolher os cosméticos mais apro-
priados para o uso durante o atendimento em cabine, e para recomendar ao paciente que ele 
utilize (home care).
Veremos agora alguns dos principais tratamentos realizados na estética facial. O procedi-
mento de limpeza de pele é um dos mais realizados nesta área, pois é considerado precursor de 
qualquer tratamento, tendo por objetivo remover a oleosidade e sujidades super� ciais e profun-
das, além de retirar de conteúdos cutâneos que obstruem os poros e levam a formação de acne, 
destaca Borges e Scorza (2016).
Ela consiste na extração de comedões, pústulas e miliuns, que surgem devido à secreção 
anormal de sebo na pele juntamente com impurezas do ambiente, a� rma Silva, Santos e Oliveira 
(2015). Sendo assim, sua realização mantém a pele limpa e íntegra facilitando a permeação de 
agentes externos aplicados sobre ela para diversos objetivos, por isso é indispensável no preparo 
para os demais tratamentos faciais como os peelings e antes de recursos eletroterapêuticos.
Segundo Gomes (2013), outro procedimento muito realizado na estética facial é o peeling 
químico. Sua � nalidade é melhorar a textura da pele, através da renovação celular intensi� cada, 
reduzindo rugas super� ciais, manchas, acne e melhorando a textura. O termo peeling vem do 
inglês to peel que signi� ca descascar. 
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Sendo assim pode ser traduzido como a aplicação de uma substância com capacidade 
de acelerar o processo de renovação celular, agindo desde a camada super� cial (córnea), até a 
camada mais profunda da derme (reticular), com posterior reepitelização. Eles são classi� cados 
de acordo com a profundidade que atingem (PIMENTEL, 2012; SMALL, 2014):
- Muito super� cial: age apenas no estrato córneo;
- Super� cial: age na epiderme até a camada granulosa ou basal;
- Médio: age na derme papilar e só deve ser realizado por médico;
- Profundo: também age na derme reticular e só deve ser realizadopor médico.
Os Tecnólogos em Estética e Cosmética podem utilizar peelings que sejam no máximo 
super� ciais, ou seja, que atinjam apenas a epiderme, e com pH 3,5, pois em um pH menor que 
este o peeling é muito abrasivo.
ESTÉTICA CORPORAL
Na estética corporal as principais queixas de insatisfação corporal tratadas são as estrias, 
o � bro edema gelóide, a celulite e a � acidez. E esta área segue tendências da moda e da época, 
antigamente o padrão de beleza corporal era ter um corpo bem torneado, com formas bem arre-
dondadas, atualmente o padrão é o corpo magro, a� rma Lacrimanti (2008), conforme vimos na 
Unidade I.
As duas principais queixas dos pacientes que buscam tratamentos corporais são a lipo-
distro� a localizada e o � bro edema gelóide. Elas são popularmente conhecidas respectivamente 
como gordura localizada e celulite, e ambas estão relacionadas a alterações na distribuição do 
tecido adiposo, segundo Krupek e Mareze da Costa (2012).
A lipodistro� a localizada consiste de um aumento anormal de gordura na hipoderme, 
que acomete regiões especí� cas como quadris, oblíquo, abdome e coxas, expõe Gomes e Dama-
zio (2009). No � bro edema geloide, que é popularmente chamado de celulite, ocorre uma altera-
ção na superfície da pele, ela se torna irregular, com um aspecto semelhante à “casca de laranja”, 
ou seja, com pontos de depressão, segundo Borges (2010). Ele ocorre por múltiplos fatores, entre 
eles estão o gênero, pois é mais comum em mulheres do que em homens devido à diferenças na 
estrutura do tecido adiposo; a etnia, sendo bem mais comum em mulheres brancas do que em 
asiáticas e negras; o estilo de vida, com o consumo excessivo de carboidratos e com isso maior 
deposição de gordura no tecido adiposo; o sedentarismo, hábitos como passar muito tempo sen-
tado impende o � uxo sanguíneo normal; e gravidez, pois ocorrem diversas alterações hormonais 
que promovem o acúmulo de gordura e retenção de líquidos, segundo Khan (2010).
O que é pH?
O pH ou potencial hidrogeniônico é a medida do grau de acidez ou alcalinidade 
de uma substância. A escala de pH vai de 0 à 14, sendo que de 0 a 7 tem-se 
as substâncias ácidas, sendo 7 considerado neutro, e de 7 à 14 as substâncias 
alcalinas. O pH da pele é em torno de 5,5, sendo assim quando se aplica uma 
substância com pH menor, como é o caso dos peelings ocorrerá a descamação 
da pele. No caso dos peelings quanto menor o pH e maior a concentração, maior 
será a ação do ácido (BORGES e SCORZA, 2016). 
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Figura 20 - Diferença estrutural no tecido adiposo masculino e feminino, as � bras perpendiculares da 
mulher favorecem a celulite. Fonte: Drapalski (2016).
Para o tratamento do � bro edema gelóide e da lipodistro� a localizada existe no mercado 
diversos cosméticos com princípios ativos lipolíticos, ou seja, que promovem a lipólise, que é o 
processo bioquímico de degradação dos triglicérides (gordura armazenada presente em nosso 
organismo) em ácidos graxos e glicerol, que poderão ser metabolizados e consumidos pelo orga-
nismo ou serão armazenados novamente (KRUPEK e MAREZE DA COSTA, 2012). Bem como 
cosméticos com princípios ativos que melhoram a circulação sanguínea e linfática. Aos cosmé-
ticos são associados procedimentos manuais como a massagem modeladora, drenagem linfática 
manual, equipamentos como ultrassom, radiofreqüência, endermologia, criolipólise entre ou-
tros, cujas ações serão abordadas mais detalhadamente na Unidade 4.
ESTÉTICA CAPILAR
A estética capilar compreende os tratamentos realizados nos cabelos e no couro cabelu-
do, para isto são utilizados cosméticos e equipamentos especí� cos. Entre os principais distúrbios 
tratados estão: seborréia, caspa, queda excessiva e problemas na estrutura dos � os, conforme 
Lacrimanti (2008).
Observa-se deterioração dos � os quando estes apresentam alterações na coloração e res-
secamento, o cabelo dani� cado � ca mais poroso, opaco e perde a elasticidade. Estes danos são 
causados pela radiação solar, uso de secador muito quente, vento, falta de umidade no ar (ar con-
dicionado), xampu com grande concentração de detergente, descoloração, alisamento, tinturas, 
cloro da piscina, entre outros, destaca Wichrowski (2007).
O termo celulite foi descrito pela primeira vez no ano de 1922 pelos médicos 
franceses Alquier e Pavot, que a definiram como uma distrofia nos tecidos de-
vido a um evento de caráter traumático, tóxico ou infeccioso, afirma Terranova, 
Berardesca e Mailbach (2006). Por isto, a partir do que se conhece das altera-
ções que ocorrem neste distúrbio, o termo celulite quando relacionado a esta 
disfunção estética é considerado incorreto, porque até onde se sabe não ocorre 
inflamação do tecido celular. Ao longo dos anos, diversos termos foram propos-
tos para designar melhor esta disfunção estética, como: lipodistrofia ginóide, 
fibro edema gelóide, paniculopatia edematofibroesclerótica, lipodistrofia locali-
zada, mesenquimatose, lipoesclerose, dermatopaniculose vasculopática e pani-
culose. E todos eles podem ser encontrados na literatura científica para definir 
a mesma disfunção, expõe Borges (2010).
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A principal queixa nesta área é a queda excessiva, chamada de alopecia, ela ocorre por 
diversos fatores, por isso há diferentes tipos de alopecia. Porém uma das principais causas é o 
hiperandrogenismo, ou seja, o excesso de hormônios masculinos, por isso a alopecia afeta mui-
tos homens, explica Harris (2009). Os tratamentos realizados para as alterações nos cabelos e no 
couro cabeludo também incluem cosméticos, massagem e equipamentos, que estudaremos mais 
detalhadamente na Unidade 3.
CONDUTA PROFISSIONAL E AMBIENTE DE 
ATENDIMENTO
 
Segundo Lacrimanti (2008), o ambiente de trabalho do pro� ssional de estética pode ser 
dividido em macroambiente (a clínica, o salão, o consultório) e microambiente (a cabine de pro-
cedimentos), e estes ambientes devem estar de acordo com as normas da área da saúde, orga-
nizados e funcionalmente adequados para o trabalho. Além disto, ambos os ambientes devem 
estar sempre limpos, não só o espaço físico, mas também equipamentos e acessórios (eletrodos, 
cubetas, espátulas e outros), tanto entre os procedimentos, quanto com cronograma de limpeza 
semanal, explica, também, Borges (2010). Se esta limpeza não é feita corretamente tem-se um 
grande risco de contaminação microbiológica do paciente/cliente e do terapeuta. Este alto risco 
de transmissão de doenças é devido ao contato direto com vários clientes, e esta pode ocorrer 
de pessoa para pessoa ou de pessoa por um objeto inanimado contaminado, o que se denomina 
contaminação cruzada, expõe Nogaroto e Penna (2006).
Dentre os métodos de desinfecção ou métodos químicos de controle microbiano, Spicer 
(2002) inclui a lavagem que remove alguns micróbios de superfície e se torna mais efetiva com o 
uso de sabões, e o uso de substâncias químicas como os álcoois, compostos liberadores de cloro 
ativo, ácido peracético e glutaraldeído. Já, entre os agentes físicos temos o calor, este pode ser 
úmido (autoclave) ou seco (estufa), ele em geral mata por desnaturação das proteínas, danos a 
membrana e hidrólise enzimática do DNA dos microorganismos, declara Levinson (2005).
Um dos métodos químicos mais utilizados é o álcool etílico, que tem ação contra bactérias 
na forma vegetativa, vírus não-envelopados, micobactérias e fungos, e não tem ação sobre espo-
ros e vírus não-envelopados, por isso é caracterizado como desinfetante e antisséptico, sem ação 
esterilizante, pois não mata todos os tipos de microorganismos. Ainda, de acordo com Santos et 
al. (2002) e Levinson (2005), o álcool etílico atua causando desorganização na estrutura lipídica 
das membranas e desnaturação de proteínas, por isso causa a morte de microrganismos. En� m, 
o pro� ssionalda saúde deve adquirir uma postura que promova o máximo de segurança, não só 
a ele mesmo, mas também ao paciente, assim, utilizando equipamentos de proteção individual, 
realizando lavagem das mãos e procedendo a desinfecção/esterilização de artigos e superfícies 
com o método mais adequado e sua correta maneira de realização, conforme Mastroeni (2006).
Lacrimanti (2008) salienta que o Tecnólogo em Estética e Cosmética, quando da realiza-
ção dos procedimentos, deve estar com os cabelos presos, unhas curtas, sem adornos e utilizando 
os equipamentos de proteção individuais (EPIs): jaleco, touca, luva, máscara, óculos de proteção. 
Em geral, os pro� ssionais da estética, enquanto pro� ssionais da saúde, utilizam roupas brancas, é 
importante manter o asseio das roupas, unhas sempre curtas e cabelos arrumados, segundo Silva, 
Santos e Oliveira (2014). E um dos fatores primordiais e básicos para a segurança dos pacientes e 
do esteticista é a correta lavagem das mãos com água e sabão, com objetivo de remover micror-
ganismos transitórios e da microbiota da pele, sujidades, suor, oleosidade e células descamativas. 
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Este procedimento previne a infecção cruzada, ou seja, a transmissão de microrganismos 
entre o pro� ssional e os pacientes, ou de paciente para paciente, evidencia Borges (2010).
O procedimento correto de lavagem das mãos, conforme preconizado pelo Ministério da 
Saúde (BRASIL, 2009) encontra-se ilustrado abaixo, e deve ser realizado antes e após cada atendi-
mento, e sempre que necessário. Além dos cuidados com a biossegurança outro fator importante 
na conduta pro� ssional é a ética. A palavra ética é uma de origem grega (ethos), que signi� ca 
modo de ser, conduta ou caráter da pessoa e deve diz respeito à toda e qualquer atitude. Ou seja, 
a ética diz como devemos nos comportar e proceder diante das pessoas, pondera Silva, Santos e 
Oliveira (2014).
Figura 21 - Procedimento de lavagem das mãos de acordo com o Ministério da Saúde. Fonte: Improta 
(2016).
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Ter uma conduta ética na estética compreende manter o sigilo de todas as informações do 
paciente, pois a � cha de avaliação fornecerá muitas informações sobre o mesmo, bem como em 
relação à fatos pessoais que o paciente relatar. Em relação ao tratamento, deixar claro quais resul-
tados poderão ser alcançados, sem enganar o paciente, bem como na divulgação de seu trabalho 
não prometendo resultados impossíveis cienti� camente, segundo Silva, Santos e Oliveira (2014).
Também é comum na estética fazer o registro fotográ� co dos pacientes para que os mes-
mos possam acompanhar os resultados do tratamento de forma mais visível, bem como a divul-
gação desses resultados para a propaganda do serviço, para isso o pro� ssional de estética precisa 
ter autorização por escrito de seu paciente cedendo o uso de suas imagens e realizá-la de forma a 
não expor o nome do mesmo, expõe Borges (2010).
PELE HUMANA
Pode-se a� rmar que o Tecnólogo em Estética e Cosmética é o pro� ssional que cuida do 
maior órgão de nosso corpo, ou seja, da pele, sendo assim veremos uma breve explanação deste 
sistema para a melhor compreensão de como ocorrem as disfunções estéticas já citadas, do que 
determina o tipo de pele, e de como os tratamentos estéticos atuam. O sistema tegumentar é 
composto pela pele, hipoderme, glândulas sudoríparas e sebáceas, pelos e unhas. A pele é o maior 
órgão do corpo humano, composta por duas camadas, a epiderme e a derme, declara Lacrimanti 
(2008). E alguns autores citam a hipoderme ou tecido adiposo com uma terceira camada da pele, 
porém consideraremos a mesma como tecido subcutâneo, o tecido que se encontra abaixo da 
pele, que também tem alterações que causam disfunções estéticas. As funções da pele são reves-
timento e proteção formando uma barreira contra agentes externos, regulação da temperatura, 
sensibilidade (apresenta receptores de frio, calor, tato, pressão e dor), absorção e secreção de 
líquidos e metabolismo da vitamina D, conforme Lacrimanti (2008) e Harris (2009).
Figura 22 - Pele humana, imagem em microscopia eletrônica. Fonte: Atlas Virtual de Histologia e Patolo-
gia (2017).
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Acima podemos observar a imagem de microscopia eletrônica da pele humana, para me-
lhor ilustrar, o desenho abaixo mostra cada uma das estruturas da epiderme e da derme.
Figura 23 - Ilustração da pele humana. Fonte: Xavier (2017). 
Segundo Borges e Scorza (2016), a epiderme é formada por tecido epitelial estrati� cado 
pavimentoso queratinizado, ser estrati� cado signi� ca que ela possui mais de uma camada, pa-
vimentoso porque as células � cam lado a lado como se fosse um ladrilho e queratinizado por-
que sua camada mais superior contém a queratina para impermeabilizá-la. Ela é uma camada 
contínua que recobre todo o corpo e tem espessura de 0,07 mm até 1,6 mm. E como não possui 
vascularização, depende do suprimento sanguíneo da derme. A epiderme possui cinco camadas 
distintas, bem como diferentes tipos de células, os queratinócitos ou corneócitos constituem 80% 
da população de células da epiderme. Outros constituintes são as células de Langerhans (2 a 8%) 
que pertencem ao sistema imunológico, as células de Merkel (3%) que são receptores táteis, e os 
melanócitos (5 a 10%) que produzem a melanina, que é o pigmento que dá a coloração à nossa 
pele.
Abaixo temos as principais características de cada uma das camadas da epiderme, segun-
do Kede e Sabatovich (2009), Gomes (2013), e Borges e Scorza (2016):
• Camada basal: é a parte mais profunda da epiderme, localizada em contato com a 
derme. Esta camada é uma � leira de queratinócitos com formato cúbico ou cilíndrico dispostos 
lado a lado e com capacidade de multiplicação celular (mitose). Ou seja, a principal função desta 
camada é a de produzir novas células que vão se deslocando para a superfície, este processo é 
chamado de renovação celular, e demora em torno de 28 dias. Conforme as células vão se afas-
tando da camada basal que as nutre, elas passam a sofrer queratinização (a queratina endurece e 
impermeabiliza parcialmente a epiderme).
• Camada espinhosa: é assim chamada porque as células desta camada têm a aparência de 
células com espinhos na sua superfície. As células espinhosas ou estrato de Malpighi representam 
a camada mais espessa da epiderme, são células poliédricas (muitas faces planas) e pavimentosas.
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• Camada granulosa: � leiras de células achatadas, nucleadas e com citoplasma repleto 
de grânulos de querato-hialina. À medida que estes grânulos aumentam de tamanho, o núcleo 
das células se desintegra e ocorre a morte das células mais super� ciais do estrato granuloso, elas 
� cam então preenchidas por queratina o que proporciona resistência a essa camada.
• Camada lúcida ou de transição: é considerada uma camada adicional entre os estratos 
granuloso e córneo, que está presente nas regiões onde a pele é mais espessa, como, por exemplo, 
a planta dos pés e palma das mãos. As células são anucleadas e formam uma faixa clara e homo-
gênea.
• Camada córnea: é a camada mais super� cial, as células não têm núcleo e são achatadas, 
elas já completaram o processo de queratinização. A espessura dessa camada varia de acordo com 
a região anatômica, sendo mais espessa em áreas de atrito (até 15 mm). A capa córnea super� cial 
desidrata, descama e tem função de barreira protetora mecânica, prevenindo a passagem de água 
e substâncias solúveis do meio ambiente para o interior do corpo.
Unindo as duas camadas temos a junção dermoepidérmica, esta junção assegura a ade-
rência entre derme eepiderme, e, como a epiderme não tem vasos sanguíneos ela proporciona 
a nutrição e oxigenação da epiderme, conforme Borges e Scorza (2016). A derme é formada por 
tecido conjuntivo propriamente dito, sendo constituída por � bras de colágeno e elastina, � bro-
blastos (responsáveis pela produção de � bras de colágeno e elastina) e matriz extracelular. Outras 
células que compõe a derme são macrófagos, linfócitos e mastócitos, responsáveis pela defesa 
imunológica da pele. Também tem muitos vasos sanguíneos e linfáticos, estruturas nervosas sen-
soriais e musculatura lisa, explica Kede e Sabatovich (2009).
A derme é dividida em duas camadas: camada super� cial ou papilar, formada por tecido 
conjuntivo propriamente dito do tipo frouxo e localizada logo abaixo da epiderme; e camada re-
ticular ou profunda, composta de tecido conjuntivo propriamente dito do tipo denso não mode-
lado, expõe Harris (2009). O tecido conjuntivo compreende um gel viscoso, rico em mucopolis-
sacarídeos, que participa da resistência mecânica da pele diante de compressões e estiramentos, 
também tem as células chamadas de � broblastos que são responsáveis pela produção de colágeno 
e elastina, que dão a � rmeza e elasticidade à pele, e também glicoproteínas, proteoglicanas e ácido 
hialurônico, a� rma Kede e Sabatovich (2009), Borges e Scorza (2016). Na pele a musculatura é 
predominantemente lisa, ou seja, involuntária, e compreende os músculos eretores dos pelos, este 
músculo se insere nas extremidades das papilas dérmicas, e quando o músculo contrai desloca o 
pelo em posição perpendicular à superfície da pele, enfatiza Borges e Scorza (2016).
Os folículos estão em praticamente toda a superfície da pele (exceto nas palmas das mãos, 
plantas dos pés, lábios e região urogenital interna). O folículo é uma haste toda rodeada de reves-
timento epitelial, contínuo com a epiderme, a glândula sebácea e o músculo eretor do pelo. E a 
cor do pelo é em razão da presença de melanócitos. Há dois tipos de pelos: os velos que são cur-
tos, pigmentados e muito � nos presentes em toda superfície corporal, e os terminais mais longos, 
grossos e pigmentados, como veremos mais detalhadamente na Unidade 3, expõe Wichrowski 
(2007); Borges e Scorza (2016).
A hipoderme ou tecido adiposo, não é considerada uma camada da pele por alguns au-
tores. Localiza-se abaixo da derme e acima do tecido muscular, consiste de um agrupamento de 
células chamadas de adipócitos que armazenam gordura na forma de triacilglicerol e estão sepa-
radas por � nos septos conjuntivos, além de atuar como reservatório de energia do organismo, ele 
também sustenta e protege diversos órgãos, atua como isolante térmico e secreta muitas citocinas 
e hormônios que modulam diversas funções, a� rma Fonseca-Alaniz (2006). Seu metabolismo é 
controlado por hormônios e pelo sistema nervoso, expõe Curi (2003).
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Figura 24 - Tecido adiposo em imagem de microscopia eletrônica. Fonte: Abrahamsohn (2016).
A distribuição deste tecido em homens e mulheres é regulada por hormônios andrógenos 
e estrógenos. E também há diferenças na forma de disposição dos septos de tecido conjuntivo ao 
redor das células de gordura. Nos homens as células se encontram justapostas e sustentadas por 
� bras cruzadas como rede, o que di� culta o aumento dos adipócitos, já nas mulheres as � bras 
conjuntivas são paralelas, conforme mostra a � gura 20. No homem este tecido representa cerca 
de 10 a 14% da massa corpórea, já na mulher é de 18 a 20%, expõe Borges e Scorza (2016). Devido 
à essas diferenças, as mulheres têm maior tendência a ter � bro edema gelóide (celulite).
A hidratação de nossa pele é conferida pelo fator natural de hidratação, que são subs-
tâncias higroscópicas, ou seja, que atraem água, e pelos lipídeos intracelulares que formam uma 
barreira que impede a perda transepidérmica de água, a� rma Lyon (2015). Os componentes do 
fator natural de hidratação são: 40% de aminoácidos; 12% de lactatos; 12% de sal sódico de ácido 
pirrolidona carboxílico (PCA-Na); 7% de uréia; lipídeos: 40 a 65% são ceramidas e o restante 
ácidos graxos e colesterol. E ele se encontra entre os queratinócitos, principalmente na camada 
córnea, esclarece Kede e Sabatovich (2009). Também atua na hidratação da pele o manto hidroli-
pídico que é constituído do suor produzido pelas glândulas sudoríparas, juntamente com o sebo 
produzido pelas glândulas sebáceas, segundo Gomes (2013).
UNIDADE
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SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 32
TÉCNICAS DE EMBELEZAMENTO PESSOAL ........................................................................................................ 33
TERAPIA CAPILAR ................................................................................................................................................... 39
TÉCNICAS MANUAIS NA ESTÉTICA ...................................................................................................................... 44
TÉCNICAS DE EMBELEZAMENTO 
PESSOAL, TERAPIA CAPILAR E 
TÉCNICAS MANUAIS NA ESTÉTICA
PROF.A DRA. TUANE KRUPEK 
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INTRODUÇÃO
Nesta unidade vamos veri� car cada tipo de técnica ligada à nossa área. Portanto, é impor-
tante lê-la com bastante atenção.
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TÉCNICAS DE EMBELEZAMENTO PESSOAL
Conforme estudamos na unidade anterior, no embelezamento pessoal se realizam proce-
dimentos que visam unicamente a melhora da aparência, e não o tratamento de disfunções esté-
ticas. Para tanto, se faz importante o conhecimento do visagismo, que visa conhecer as diferentes 
características de cada pessoa para que sejam realizados procedimentos que proporcionem uma 
imagem pessoal mais harmônica, ou para proporcionar a imagem que deseja transmitir. Uma das 
diferenciações básicas feitas através de conhecimentos de visagismo é o dos diferentes formatos 
de rosto, con� rme ilustra a imagem e descrição abaixo, segundo Hallawell (2008):
• O rosto oval por muito tempo foi considerado o padrão de beleza para as mulheres por 
ser delicado e suave, porém hoje se busca maior expressividade. Neste formato de rosto a testa é 
arredondada e não muito larga, as têmporas não muito profundas e as linhas das maçãs do rosto 
e do queixo suaves e levemente arredondadas. 
• O rosto redondo tem poucos ângulos, a testa e o queixo são menores que os ovais, os 
olhos, nariz e linha do cabelo têm formato mais arredondado, este formato é muito encontrado 
em pessoas de origem asiática e indígena. 
• Os rostos quadrado e retangular apresentam ângulos mais retos, com testa retangular, 
linha do cabelo reta, as têmporas não são muito profundas e as maçãs do rosto não são muito 
salientes. A diferença entre eles é que o rosto retangular é um pouco mais longo que o rosto qua-
drado. 
• O rosto em triângulo invertido se caracteriza pela testa larga e a mandíbula estreita, 
o queixo pontudo e os olhos geralmente espaçados, este tipo é bastante comum em brasileiros, 
especialmente os das regiões norte e nordeste do país. No rosto em triângulo ou em formato de 
pêra a mandíbula é bastante evidente, larga e quadrada, e a testa pequena e estreita, as maçãs do 
rosto não são pronunciadas, mas as têmporas são profundas. 
• O rosto hexagonal com as laterais retas é semelhante ao oval, porém com ângulos acen-
tuados, a testa é em forma de trapézio, a linha do cabelo curta e reta, as maçãs do rosto pouco 
pronunciadas e as têmporas mais profundas, queixo e curva da mandíbula mais pronunciados e 
angulares. Por outro lado, o hexagonal com a basereta apresenta a base e a testa reta, as maças do 
rosto salientes, a testa não é larga nem o queixo pontudo, e o queixo quadrado. 
• O rosto em formato de losango tem maças do rosto pronunciadas, quase nenhuma de-
� nição do maxilar, queixo pequeno, e a testa forma uma ponta ou curva pronunciada.
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Figura 25 - Formatos de rosto. Fonte: Montes (2015).
 
Considerando estes formatos, e também o formato dos olhos, nariz, boca e queixo, o visa-
gismo irá propor um formato de sobrancelhas, corte de cabelo e maquiagem que deixem o rosto 
mais harmônico, ou que visem passar a impressão que a pessoa deseja através de sua imagem. Em 
relação a como realizar a maquiagem para se ter um rosto mais harmônico em cada um dos tipos 
de nariz, olhos e boca, seguem as recomendações de Lacrimanti (2008), e as imagens de cada tipo 
de nariz, olhos e boca para facilitar a sua identi� cação:
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Quadro 4 - Maquiagem para os diferentes tipos de nariz, olhos e boca.
Figura 25 - Formatos de nariz. Fonte: Nunes (2016).
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Figura 26 - Diferentes formatos de olhos. 1) Olhos orientais. 2) Olhos com pálpebras caídas. 3) Olhos pe-
quenos. 4) Olhos grandes. 5) Olhos caídos. 6) Olhos fundos. 7) Olhos juntos. 8) Olhos separados. Fonte: Carmezim 
(2015).
Figura 27 - Diferentes formatos de lábios. Fonte: Kruger (2014).
 
Com isso podemos observar a grande variedade de formatos de cada parte do rosto, o que 
cria em cada pessoa uma aparência única, e apesar de o visagismo buscar essa harmonia do rosto 
é importante salientar que toda a beleza deve ser valorizada, e que apesar de termos sempre um 
padrão de beleza é preciso respeitar e valorizar as características de cada indivíduo. E também, 
que apenas essas características, não quali� cam uma pessoa como bonita ou não. Biase, Nunes e 
Alma (2013) avaliaram a relação entre a percepção de beleza, a expressão facial e a simetria facial 
natural, em que os participantes da pesquisa avaliaram fotos e as classi� caram como pessoas bo-
nitas, ou não, e os pesquisadores veri� caram a simetria dos rostos nas fotos.
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A pesquisa mostrou que as fotos mais simétricas não foram as mesmas consideradas mais 
bonitas, os rostos selecionados como os mais bonitos foram as que transmitiam mais simpatia, 
enquanto que as pessoas classi� cadas como feias foram as cujas fotos provocavam a impressão de 
tristeza, mostrando que as expressões foram mais importantes que a simetria para uma pessoa 
ser considerada bonita.
A maquiagem é um dos artifícios utilizados desde a antiguidade para o embelezamento 
de homens e mulheres. Os principais cosméticos utilizados para maquiagem são, conforme La-
crimanti (2008):
- Corretivo: aplicado ao redor dos olhos, canto do nariz, boca e onde houver imperfei-
ções, ele tem um alto poder de cobertura e disfarça imperfeições e manchas.
- Base: é aplicada sobre toda a pele e tem por objetivo uniformizar sua cor e amenizar 
imperfeições, existem diferentes formas de apresentação (líquida, stick, pó, etc.), ela deve ser 
escolhida de acordo com o tipo de pele do cliente e de acordo com a necessidade de cobertura.
- Pós: dão um acabamento mais suave à pele, retirando o excesso de brilho pela oleosida-
de natural da pele e pelos outros produtos aplicados.
- Blush: é similar ao pó, porém tem coloração avermelhada, é aplicado sobre as maçãs do 
rosto para dar um aspecto saudável à pele. Ele também tem diferentes formas de apresentação: 
bastão, creme, líquido e pó compacto.
- Sombras: produto de diferentes cores aplicado sobre as pálpebras para dar aspecto atra-
ente aos olhos. Encontrados na forma de pó, em barra ou em creme.
- Delineador de olhos: aplicado nas pálpebras superiores e inferiores próximo aos cílios 
para deixar o olhar mais expressivo, encontrado em forma de lápis e líquido.
- Máscara de cílios: aplicada nos cílios para acentuar sua cor natural e alongar os cílios.
- Batom: aplicado nos lábios para colori-los, encontrados na forma líquida, bastão e lápis.
Para promover a harmonia ao rosto é preciso também modelar as sobrancelhas, o que 
também é chamado de design de sobrancelhas, segundo Ifould (2015), o método mais utilizado 
para isso é a retirada de pelos com pinças manuais, e sugere o seguinte procedimento:
- Realizar a correta medição e marcação conforme mostra � gura abaixo;
- Segurar a pele esticada e remover os pelos na direção de seu crescimento;
- Escovar as sobrancelhas constantemente para veri� car o desenvolvimento do formato;
- Não retirar os pelos apenas de uma, mas ir alternando para manter o equilíbrio;
- Remover apenas os pelos abaixo da linha das sobrancelhas;
- Os plos dispersos na área das têmporas e aqueles acima das sobrancelhas devem ser 
removidos apenas se não � zerem parte do crescimento natural das sobrancelhas;
- Ao � nalizar limpar a pele com um tônico calmante.
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A � gura abaixo mostra a forma correta de realizar a medição antes da retirada dos pelos, 
uma alternativa para facilitar na retirada dos pelos que é bastante utilizada é marcar com lápis 
branco ao redor das sobrancelhas, então são retirados os pelos dessa região, assim não se corre o 
risco de errar o desenho das sobrancelhas.
Figura 28 - Diretrizes para medição das sobrancelhas. Fonte: Ifould (2015).
Outro procedimento de embelezamento muito popular é a depilação, ela remove pelos 
indesejados de diversas áreas do corpo como pernas, virilhas, axilas, braços, buço, etc. Ela pode 
ser realizada com ceras quentes, ceras frias ou com linha, segundo Moren (2009). A depilação 
com linha, também chamada de depilação egípcia ou oriental, apresenta benefícios em relação 
às outras técnicas de depilação por promover a retirada dos pelos de forma rápida, sem deixar a 
pele irritada ou vermelha, a� rma Martins (2014).
O procedimento é ideal para o rosto, mas também pode ser utilizado nas demais regiões, 
possibilita a remoção de grupos de pelos em grandes áreas e cria formatos de� nidos (como nas 
sobrancelhas), pois a linha possibilita precisão para remover pelos individualmente, mas também 
é utilizado na depilação corporal, explica Ifould (2015).
As ceras quentes sólidas precisam ser aquecidas, então é aplicada uma camada grossa 
sobre a pele, e após resfriamento ela é removida. As ceras frias, conhecidas como depilação com 
folhas de papel ou roll on são aquecidas, aplicadas em uma camada � na sobre a pele, e removidas 
com folhas de papel antes de esfriar, declara Moren (2009).
TERAPIA CAPILAR
Consiste na técnica de avaliação das alterações do cabelo e do couro cabeludo, com o ob-
jetivo de tratar distúrbios dos mesmos, por exemplo, caspa, seborréia, alopecia (queda excessiva), 
entre outros, expõe Lacrimanti (2008). Segundo Wichrowski (2007), os cabelos sempre e em to-
das as culturas, foram ornamentos pessoais, por isso problemas nos mesmos afetam diretamente 
a autoestima de homens e mulheres. 
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Os pelos são produzidos nos folículos pilossebáceos e tem a função de proteção contra 
radiações, traumas, atritos, e variações térmicas, além de terem a função de adorno e funcionar 
como moldura do rosto, mostra Lacrimanti (2008).
O folículo pilossebáceo compreende o pelo, as glândulas sebáceas e o músculo eretor do 
pelo. Sendo quea haste do pelo consiste de três partes, conforme Wichrowski (2007):
- Medula: é a parte mais central do pelo, formado por células fracamente queratinizadas 
e mal interconectadas, ela só aparece em pelos mais grossos, sua função ainda não é bem esclare-
cida, mas acredita-se que dá a consistência ao � o.
- Córtex: representa a maior porção do pelo, é formada por células alongadas e querati-
nizadas, e nele se encontra a melanina que dá a coloração ao pelo.
- Cutícula: é a porção mais externa do pelo, constituída de células achatadas e queratini-
zadas, elas são dispostas na forma de escamas sobrepostas. Ela é responsável pelo brilho do cabe-
lo e é sua principal barreira protetora, sendo assim qualquer fator que altere a cutícula alterará a 
qualidade dos � os.
Figura 29 - Estrutura do folículo piloso e da haste capilar. Fonte: José (2014).
Os pelos são considerados anexos da pele e sua composição é de 90% proteína, 8% água, 
2% de minerais, sendo que a proteína que os compõe é a alfa-queratina. Sendo que há três dife-
rentes tipos, expõe Wichrowski (2007):
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Os humanos têm de 100 a 150 mil � os de cabelos na cabeça, e os � os crescem de 1 a 1,2 
cm/mês (WICHROWSKI, 2007). Justamente este fator, o crescimento dos � os, é um dos mais 
frequentes motivos de procura para tratamentos capilares. Vamos entender melhor como se dá 
o crescimento dos � os. Esse ciclo de crescimento compreende três fases: anágena, catágena e 
telógena.
A fase anágena em que as células germinativas apresentam grande atividade mitótica for-
mando o novo pelo, ou seja, é a fase de crescimento ativo dos � os, e esta fase dura em média 2 a 6 
anos dependendo da região do corpo em que está o pelo. Na fase catágena as células germinativas 
perdem a atividade mitótica e cessa a melanogênese, é a fase em que o pelo entra em repouso, e 
ela dura cerca de 3 semanas. Por � m, a fase telógena é quando ocorre a queda do pelo, ela dura de 
3 a 4 meses, nela ocorre uma regressão do folículo e o pelo se solta, permanecendo assim até que 
surja o novo pelo, a� rma Peyre� tte, Martini e Chivot (1998); Lacrimanti (2008).
Figura 30 - Fases de crescimento dos cabelos. Fonte: Santos (2016).
E entre os fatores que in� uenciam neste crescimento estão a genética, fatores hormonais, 
ambientais, alimentares e emocionais, informa Lacrimanti (2008). Peyre� tte, Martini e Chivot 
(1998) citam como fatores que interferem no ciclo pilar o local onde eles se encontram (os cabe-
los tem um ciclo mais longo do que os demais pelos do corpo), o sexo (nas mulheres o crescimen-
to é mais rápido), as estações do ano (o máximo de crescimento é no � m da primavera e início do 
verão, e a queda máxima no início do outono), e os fatores que in� uenciam no crescimento são 
os genéticos, alimentares (é necessário um aporte de aminoácidos e vitaminas A, B5 e C) e hor-
monais. Os cuidados cosméticos básicos com os cabelos incluem xampu e condicionador, mas 
também podem ser utilizado outros cremes de tratamento, cremes para pentear, entre outros.
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Wichrowski (2007) a� rma que o xampu foi inventado a cerca de 100 anos pelo químico 
alemão Hans Schwarzkopf, e sua função é de remover a sujeira da haste do cabelo e do couro 
cabeludo, podendo também ter outros princípios ativos de tratamento. Os xampus que comu-
mente usamos geralmente têm detergentes aniônicos (com cargas elétricas negativas) que abrem 
as escamas da cutícula capilar e assim fazem a limpeza dos � os.
De acordo com Bolognia, Jorizzo e Scha� er (2015), os xampus removem do cabelo e do 
couro cabeludo o sebo, suor, estrato córneo descamativo, produtos para modelamento e sujeira 
proveniente do ambiente, entretanto se esta remoção de sebo for excessiva os cabelos � cam sus-
ceptíveis à eletricidade estática e difíceis de pentear tornando-se necessário o uso de condiciona-
dores. Os autores apresentam os diferentes tipos de xampus e sua função como mostra o quadro 
abaixo.
Quadro 5 - Tipos de xampus e suas funções.
Wolverton (2015) apresenta os xampus terapêuticos que são utilizados para eliminar a 
descamação (caspa) e o prurido (coceira) do couro cabeludo através da emulsi� cação das se-
creções oleosas, por isso devem ser preferidos aos xampus cosméticos. Após a lavagem com o 
xampu deve ser aplicado o condicionador, ele tem a função de selar as escamas das cutículas que 
foram abertas pelos xampus através de suas cargas positivas, seus princípios ativos têm peso mo-
lecular pequeno que permite que eles penetrem no córtex capilar e recomponham sua estrutura, 
expõe Wichrowski (2007). E de acordo com Bolognia, Jorizzo e Scha� er (2015) eles são neces-
sários pela remoção de sebo que o xampu faz, pelos danos que os permanentes, colorações e ou-
tros tratamentos químicos trazem à cutícula, e também porque eles proporcionam a redução da 
eletricidade estática dos cabelos ao depositar íons positivamente carregados na haste do cabelo, 
assim quando são penteados ou escovados os cabelos não irão arrepiar. Wichrowski (2007) sa-
lienta que há diferentes tipos de condicionadores, sendo eles intensivos que são usados durante o 
banho durante 3 minutos, profundos que são para cabelos ressecados, utilizados com uma fonte 
de calor ou não, e os leave-in ou leave-on que são os produtos sem enxágue. 
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ENSINO A DISTÂNCIA
Entre os pacientes que buscam tratamentos capilares também é muito frequente a pre-
ocupação com a queda dos � os, porém o normal é que caiam cerca de 100 � os por dia, pois ao 
analisar o couro cabeludo tem-se 85% dos � os na fase anágena, 1% na fase catágena e 14% na 
fase telógena. Quando esta queda ultrapassa os valores normais, tem-se um distúrbio capilar, 
chamado de alopecia, que é conhecido popularmente como calvície. Há vários tipos de alopecia 
relacionados diretamente às suas causas, porém a mais frequente é a alopecia androgenética que 
afeta os homens e tem in� uência dos hormônios masculinos, como a testosterona, destaca Wi-
chrowski (2007) e Lacrimanti (2008).
Outros distúrbios do couro cabeludo é a ptiríase, que é uma forma de dermatite seborréia 
no couro cabeludo, é chamada de caspa ou escamação do couro cabeludo, e se não for tratada 
pode evoluir. E, também, a seborreia, em que há um aumento da secreção e da quantidade das 
glândulas sebáceas, também causa descamação e pode ocorrer queda de cabelo (LACRIMANTI, 
2008).
Entre os tratamentos capilares, além dos cosméticos, podemos citar a massagem com 
movimentos de deslizamento, fricção e amassamento em todo o couro cabeludo, nuca e trapézio, 
a massagem promove melhora da circulação sanguínea, da nutrição e ativa o metabolismo ce-
lular, com isso também melhora a absorção de princípios ativos, por isso podem ser utilizados 
óleos essenciais, como os de alecrim e sálvia que atuam estimulando o couro cabeludo e o cresci-
mento capilar, explica Wichrowski (2007).
Segundo Wichrowski (2007), na terapia capilar também é comum o uso da Geoterapia 
ou Argiloterapia, ou seja, de argilas, elas têm ação esfoliante, redutora da oleosidade, renovadora 
e fortalecedora do couro cabeludo, de acordo com cada um de seus tipos (cores), e podem ser 
utilizados em compressas ou máscaras. As argilas indicadas são a argila verde (cicatrizante, esti-
mulante e adstringente), argila rosa (cicatrizante, adstringente e anti-séptica) e a branca (sebos-
tática e cicatrizante). Os óleos essências também podem ser utilizados em conjunto com a argila.
Outra forma de tratamento dos distúrbios capilares é com o vapor de ozônio, um equipa-
mento em que se coloca água e quando aquecida libera vapor juntamente com ozônio. O ozônio 
tem efeito bactericida e antisséptico, por isso é indicado em caso de seborréia, o vapor aquecido

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