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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ –UVA LICENCIATURA ESPECIFICA EM HISTÓRIA. ALDENIR NEVES DE FRANÇA HISTÓRIA DA AMÉRICA I FORTALEZA-CE 2022 2 ALDENIR NEVES DE FRANÇA METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA Trabalho apresentado à universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA, como requisito parcial para aprovação na disciplina - Metodologia do ensino de história Aprovado em _______\_______\________ __________________________________________________________________ Supervisão do Curso 3 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO --------------------------------------------------------------------- -- 4 2- RESUMO----------------------------------------------------------------------------- -- 5 3- O QUE É HISTÓRIA E SUA IMPORTÂNCIA-------------------------------- --- 6 4- HERÓDOTO------------------------------------------------------------------------- -- 7 5- O MÉTODO HISTÓRICO -------------------------------------------------------- --- 8 6- A FUNÇÃO DA ESCOLA NO ENSINO DE HISTÓRIA.------------------- --- 9 E 10 7- A HISTÓRIA NAS ATUAIS PROPOSTAS CURRICULARES.----------- --- 11 8- BENEFICIOS DE ALIAR A BNCC A HISTÓRIA.--------------------------- -- 12 9- O PAPEL DO PROFESSOR.------------------------------------------------------ -- 13 10- IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I. --------------------------------------------------------------- -- 14 11- IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL I I -------------------------------------------------------------- -- 15 E 16 12- ANEXOS - EXEMPLO DE ATIVIDADE SOBRE - CULTURA AFRO- BRASILEIRA. FUNDAMENTAL II -------------------------------------------- --- 17 E 18 13- EXEMPLO DE ATIVIDADE SOBRE - CULTURA AFRO- BRASILEIRA. FUNDAMENTAL I -2º E 3ª ANO. --------------------------- ---------------------- 19 E 20 14- EXEMPLO DE ATIVIDADE SOBRE - CULTURA AFRO- BRASILEIRA. FUNDAMENTAL I -4º E 5ª ANO. --------------------------- ---------------------- 21 A 23 15- PERGUNTAS E RESPOSTAS.--------------------------------------------------- --- 24 A 25 16- SLIDES ------------------------------------------------------------------------------ --- 26 E 27 17- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ------------------------------------------- 28 E 29 4 Introdução. Este trabalho aborda o tema metodologia do ensino de história e possui subtemas sobre a função da escola, a história na educação básica , história e cultura afro-brasileira e africana. é importante que os alunos sejam capazes de compreender as diversidades históricas do passado humano reconstituído pela historiografia. Isso implica na capacidade de produzir conhecimentos a partir da consciência de que o entendimento sobre o passado é realizado com base na evidência histórica. Esta investigação tem como suporte teórico e metodológico os pressupostos da investigação em educação histórica, no sentido de que a forma como os indivíduos mobilizam os conhecimentos históricos e constroem a sua consciência histórica conferem sentido à história e a eles próprios. 5 Resumo Aqui está representado uma análise sobre os principais métodos e materiais utilizados no ensino de história e no processo de ensino aprendizagem. Este estudo leva em conta os materiais do livro didático a memória de pessoas que vivenciaram a história. Atualmente ensinar história não pode ser feito somente mecanicamente é preciso usar recursos diversos pois vivemos em mundo midiático no qual é preciso que estejamos constantemente em atualização para despertar o interesse de nossos alunos. Segundo Proença (1999), o ensino de história pode contribuir para o desenvolvimento pessoal e social do indivíduo não apenas pelo conteúdo formativo do saber histórico, mas também pela metodologia adotada. O desejo e o prazer de compreender, e explicar a realidade, de questionar para procurar alternativas, de conhecer para agir conscientemente são sem dúvida fatores poderosos na formação de indivíduos responsáveis e intervenientes. Não foi decerto por acaso que os regimes totalitários declaram morte à cultura e reduziram drasticamente o tempo de escolaridade e o acesso ao saber (Roldão, apud Proença, 1999, p. 25-26). https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR990BR990&sxsrf=APq-WBsuTWEtY6dyHtE79vJDr8aURtRDTA:1646067157599&q=O+desejo+e+o+prazer+de+compreender,+e+explicar+a+realidade,+de+questionar+para+procurar+alternativas,+de+conhecer+para+agir+conscientemente+s%C3%A3o+sem+d%C3%BAvida+fatores+poderosos+na+forma%C3%A7%C3%A3o+de+indiv%C3%ADduos+respons%C3%A1veis+e+intervenientes.+N%C3%A3o+foi+decerto+por+acaso+que+os+regimes+totalit%C3%A1rios+declaram+morte+%C3%A0+cultura+e+reduziram+drasticamente+o+tempo+de+escolaridade+e+o+acesso+ao+saber+(Rold%C3%A2o,+apud+Proen%C3%A7a,+1999,+p.+25-26).&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwj2wdGB7qL2AhWprpUCHfoYAoYQBSgAegQIARA3 https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR990BR990&sxsrf=APq-WBsuTWEtY6dyHtE79vJDr8aURtRDTA:1646067157599&q=O+desejo+e+o+prazer+de+compreender,+e+explicar+a+realidade,+de+questionar+para+procurar+alternativas,+de+conhecer+para+agir+conscientemente+s%C3%A3o+sem+d%C3%BAvida+fatores+poderosos+na+forma%C3%A7%C3%A3o+de+indiv%C3%ADduos+respons%C3%A1veis+e+intervenientes.+N%C3%A3o+foi+decerto+por+acaso+que+os+regimes+totalit%C3%A1rios+declaram+morte+%C3%A0+cultura+e+reduziram+drasticamente+o+tempo+de+escolaridade+e+o+acesso+ao+saber+(Rold%C3%A2o,+apud+Proen%C3%A7a,+1999,+p.+25-26).&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwj2wdGB7qL2AhWprpUCHfoYAoYQBSgAegQIARA3 https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR990BR990&sxsrf=APq-WBsuTWEtY6dyHtE79vJDr8aURtRDTA:1646067157599&q=O+desejo+e+o+prazer+de+compreender,+e+explicar+a+realidade,+de+questionar+para+procurar+alternativas,+de+conhecer+para+agir+conscientemente+s%C3%A3o+sem+d%C3%BAvida+fatores+poderosos+na+forma%C3%A7%C3%A3o+de+indiv%C3%ADduos+respons%C3%A1veis+e+intervenientes.+N%C3%A3o+foi+decerto+por+acaso+que+os+regimes+totalit%C3%A1rios+declaram+morte+%C3%A0+cultura+e+reduziram+drasticamente+o+tempo+de+escolaridade+e+o+acesso+ao+saber+(Rold%C3%A2o,+apud+Proen%C3%A7a,+1999,+p.+25-26).&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwj2wdGB7qL2AhWprpUCHfoYAoYQBSgAegQIARA3 https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR990BR990&sxsrf=APq-WBsuTWEtY6dyHtE79vJDr8aURtRDTA:1646067157599&q=O+desejo+e+o+prazer+de+compreender,+e+explicar+a+realidade,+de+questionar+para+procurar+alternativas,+de+conhecer+para+agir+conscientemente+s%C3%A3o+sem+d%C3%BAvida+fatores+poderosos+na+forma%C3%A7%C3%A3o+de+indiv%C3%ADduos+respons%C3%A1veis+e+intervenientes.+N%C3%A3o+foi+decerto+por+acaso+que+os+regimes+totalit%C3%A1rios+declaram+morte+%C3%A0+cultura+e+reduziram+drasticamente+o+tempo+de+escolaridade+e+o+acesso+ao+saber+(Rold%C3%A2o,+apud+Proen%C3%A7a,+1999,+p.+25-26).&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwj2wdGB7qL2AhWprpUCHfoYAoYQBSgAegQIARA3 https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR990BR990&sxsrf=APq-WBsuTWEtY6dyHtE79vJDr8aURtRDTA:1646067157599&q=O+desejo+e+o+prazer+de+compreender,+e+explicar+a+realidade,+de+questionar+para+procurar+alternativas,+de+conhecer+para+agir+conscientemente+s%C3%A3o+sem+d%C3%BAvida+fatores+poderosos+na+forma%C3%A7%C3%A3o+de+indiv%C3%ADduos+respons%C3%A1veis+e+intervenientes.+N%C3%A3o+foi+decerto+por+acaso+que+os+regimes+totalit%C3%A1rios+declaram+morte+%C3%A0+cultura+e+reduziram+drasticamente+o+tempo+de+escolaridade+e+o+acesso+ao+saber+(Rold%C3%A2o,+apud+Proen%C3%A7a,+1999,+p.+25-26).&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwj2wdGB7qL2AhWprpUCHfoYAoYQBSgAegQIARA3https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR990BR990&sxsrf=APq-WBsuTWEtY6dyHtE79vJDr8aURtRDTA:1646067157599&q=O+desejo+e+o+prazer+de+compreender,+e+explicar+a+realidade,+de+questionar+para+procurar+alternativas,+de+conhecer+para+agir+conscientemente+s%C3%A3o+sem+d%C3%BAvida+fatores+poderosos+na+forma%C3%A7%C3%A3o+de+indiv%C3%ADduos+respons%C3%A1veis+e+intervenientes.+N%C3%A3o+foi+decerto+por+acaso+que+os+regimes+totalit%C3%A1rios+declaram+morte+%C3%A0+cultura+e+reduziram+drasticamente+o+tempo+de+escolaridade+e+o+acesso+ao+saber+(Rold%C3%A2o,+apud+Proen%C3%A7a,+1999,+p.+25-26).&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwj2wdGB7qL2AhWprpUCHfoYAoYQBSgAegQIARA3 https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR990BR990&sxsrf=APq-WBsuTWEtY6dyHtE79vJDr8aURtRDTA:1646067157599&q=O+desejo+e+o+prazer+de+compreender,+e+explicar+a+realidade,+de+questionar+para+procurar+alternativas,+de+conhecer+para+agir+conscientemente+s%C3%A3o+sem+d%C3%BAvida+fatores+poderosos+na+forma%C3%A7%C3%A3o+de+indiv%C3%ADduos+respons%C3%A1veis+e+intervenientes.+N%C3%A3o+foi+decerto+por+acaso+que+os+regimes+totalit%C3%A1rios+declaram+morte+%C3%A0+cultura+e+reduziram+drasticamente+o+tempo+de+escolaridade+e+o+acesso+ao+saber+(Rold%C3%A2o,+apud+Proen%C3%A7a,+1999,+p.+25-26).&spell=1&sa=X&ved=2ahUKEwj2wdGB7qL2AhWprpUCHfoYAoYQBSgAegQIARA3 6 O que é História? História é uma palavra com origem no antigo termo grego "historie", que significa "conhecimento através da investigação". A História é uma ciência que investiga o passado da humanidade e o seu processo de evolução, tendo como referência um lugar, uma época, um povo ou um indivíduo específico. Através do estudo histórico, obtém-se um conjunto de informações sobre processos e fatos ocorridos no passado que contribuem para a compreensão do presente. A história pode relatar a evolução não só de uma comunidade, mas também de eventos ou organizações de diversos tipos. Em sentido amplo, é tudo o que se refere ao desenvolvimento das comunidades humanas, assim como os acontecimentos, fatos ou manifestações da atividade humana no passado, por exemplo: História do Brasil. História é o conjunto dos acontecimentos referidos pelos historiadores. O historiador grego Heródoto é considerado o "pai da História". A ele são atribuídas as primeiras pesquisas sobre o passado do homem, tornando-se pioneiro não só no estudo da história, como também da antropologia e etnografia. A importância do estudo da história A história é uma ciência que estuda a vida do homem através do tempo. Ela investiga o que os homens fizeram, pensaram e sentiram enquanto seres sociais. Nesse sentido, o conhecimento histórico ajuda na compreensão do homem enquanto ser que constrói seu tempo. A história é feita por homens, mulheres, crianças, ricos e pobres; por governantes e governados, por dominantes e dominados, pela guerra e pela paz, por intelectuais e principalmente pelas pessoas comuns, desde os tempos mais remotos. A história está presente no cotidiano e serve de alerta à condição humana de agente transformador do mundo. Ao estudar a história nos deparamos com o que os homens foram e fizeram, e isso nos ajuda a compreender o que podemos ser e fazer. Assim, a história é a ciência do passado e do presente, mas o estudo do passado e a compreensão do presente não acontecem de uma forma perfeita, pois não temos o poder de voltar ao passado e ele não se repete. Por isso, o passado tem que ser “recriado”, levando em consideração as mudanças ocorridas no tempo. As informações recolhidas no passado não servirão ao presente se não forem recriadas, questionadas, compreendidas e interpretadas. A história não se resume à simples repetição dos conhecimentos acumulados. Ela deve servir como instrumento de conscientização dos homens para a tarefa de construir um mundo melhor e uma sociedade mais justa. “fundamenta-se na ideia de que ensinar é transmitir um conhecimento e aprender é repetir tais conhecimentos da maneira como foi transmitido, sustentando a visão de que o aluno não possui nenhum saber sobre o que está sendo apresentado como objeto de ensino” (BITTENCOURT, 2004: 230). 7 Embora acontecimentos anteriores já houvessem sido registrados, Heródoto é considerado o "Pai da História", por ter sido o primeiro homem a tentar um estudo ordenado e objetivo das inter-relações entre os eventos históricos. Heródoto viajou para o Egito e percorreu o Mediterrâneo, estudando as culturas dessas regiões e registrando os fatos do modo mais fiel possível para a época. Ao teorizar sobre a História, ele aplicou a tradicional ideia grega da moderação, ou meio termo, segundo a qual o equilíbrio é desejável, e o excesso e o desequilíbrio são a receita para o desastre. Devido a essa teoria, o arrogante Xerxes I estava inevitavelmente condenado à derrota. Mais tarde, Heródoto ajudou a fundar o povoado grego de Turim, na Itália. Heródoto faleceu provavelmente em Túrio, na Magna Grécia (sul da Itália) em 425 a.C. Frases de Heródoto • Mais vale ser invejado que lastimado. • Entre as penas humanas, a mais dolorosa é a de prever muitas coisas e não poder fazer nada. • São as circunstâncias que governam os homens, não os homens que governam as circunstâncias. • De todos os infortúnios que afligem a humanidade, o mais amargo é que temos de ter consciência de muito e controle de nada. • Não tentes curar o mal com o mal. Muitas pessoas preferem a medida justa à justiça rigorosa. Historiador grego (485-425 a.C.). Foi somente por meio de seus relatos que podemos ter informações precisas sobre a Antiguidade. Também conhecido como o "Pai da História". Enquanto muitos homens recebem o crédito de terem "moldado" a história, há um de quem se pode dizer que a "criou". Heródoto desenvolveu os meios pelos quais nós, do mundo ocidental, podemos saber e avaliar a história e seus momentos mais importantes. Nascido em Halicarnasso, na Ásia Menor, ele teve um papel importante na revolução contra o tirano Lídames. Posteriormente, mudou-se para Atenas, onde começou a anotar sistematicamente a história de sua própria época – particularmente as guerras entre Grécia e Pérsia – e os fatos que a precederam. 8 O método histórico, também chamado de método crítico ou crítica histórica, compreende o conjunto de técnicas, métodos e procedimentos usados pelos historiadores para gerenciar fontes primárias e outras evidências (arqueologia, arquivística, disciplinas auxiliares da história, etc.) para investigar eventos passados relevantes para as sociedades humanas. O objetivo é a elaboração da historiografia (ou produção historiográfica). A questão da natureza do método histórico, e mesmo da própria possibilidade de sua existência como método científico, é discutida pela epistemologia (filosofia da ciência, metodologia das ciências sociais) e pela filosofia da história, e pela historiografia e historiologia (ou teoria da história). O método histórico pode ser compreendido como resultado de duas operações a saber: análise e síntese. A análise compreende, por sua vez, quatro operações: a heurística, as críticas interna e externa, e a hermenêutica. 1. Heurística é a operação pela qual se procede a recolha das fontes de informação necessárias à análise histórica. 2. Crítica, onde se avalia a validade ou não das versões contraditórias. É o mais complexo. A crítica interna visa verificar a validade e coerência a partir da própria fonte. Por sua vez, a crítica externa confere a validade e veracidade considerando fatores externos e o contexto. 3. Hermenêutica é a operação pela qual se procede a interpretação dos documentos em termos de se saber em que medida as informações fornecidas por estes responde a questões inicialmente levantadas. Não nos é possível descrever nosso próprio arquivo, já que é no interior de suas regras que falamos, já que é ele que dá ao que podemosdizer( ... ) seus modos de aparecimento, suas formas de existência e de coexistência, seu sistema de acúmulo, de historicidade e de desaparecimento (Foucault, 1987, p.l50). https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADntese https://pt.wikipedia.org/wiki/Heur%C3%ADstica https://pt.wikipedia.org/wiki/Hermen%C3%AAutica https://pt.wikipedia.org/wiki/Heur%C3%ADstica https://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%ADtica https://pt.wikipedia.org/wiki/Hermen%C3%AAutica 9 A função da escola no ensino de história. Em uma instituição escolar o ensino de História deve ser explorado de uma maneira simples e objetiva, pois o educador pode basear-se nas atividades propostas nos PCN’S adaptando-as na sua realidade escolar, porque muitos docentes fazem uso do material didático adotado pelas escolas, mas costumam falar que os livros têm poucas informações e é fora da realidade dos alunos. Porém, vimos que alguns livros são bons, apresentam conteúdos que podem ser trabalhados de uma maneira criativa, sendo reelaborado para o público de acordo com sua especificidade. As aulas de História em seus aspectos gerais e específicos têm uma grande contribuição na formação humana, principalmente quando a escola apresenta na sua proposta pedagógica um ensino inovador que valorize o conhecimento prévio do aluno, embora que seja um conhecimento informal que pela mediação do professor esse saber tenha um progresso em relação a sua ampliação. Infelizmente o ensino de História nas escolas públicas vem sendo uma prática simplesmente de decorar conteúdos (salvo algumas exceções) que serão cobrados nas avaliações bimestrais sem ter uma relação de apropriação pelo aluno, porque muitas vezes os assuntos não são contextualizados. O aluno não pode ser apenas um receptor de informações, seus conhecimentos prévios devem ser levados em consideração, pois o papel da educação é formar cidadãos reflexivos possibilitando sua interação na sociedade. Logo, o docente deve buscar uma aproximação com o aluno permitindo que ocorra diálogo entre ambos com o intuito de que haja troca de informações, porque não existe saber acabado, ninguém sabe de tudo nem mesmo o professor, além disso, o conhecimento é contínuo e relativo. Da leitura dos artigos e relatórios, verifica- se que se privilegia uma perspectiva construtivista na aprendizagem da didática, o que remete para o papel do professor concebido não como mero transmissor do saber, mas como facilitador e gestor das aprendizagens e mobilizador dos recursos. Esta concepção exige dos alunos uma participação ativa 6 na construção do seu conhecimento, o que tem levantado algumas reações iniciais. (ALARCÃO, 2006, p. 176). A função social da escola é o desenvolvimento das potencialidades físicas, cognitivas e afetivas do indivíduo, capacitando-o a tornar um cidadão, participativo na sociedade em que vivem. A função básica da escola é garantir a aprendizagem de conhecimento, habilidades e valores necessários à socialização do indivíduo sendo necessário que a escola propicie o domínio dos conteúdos culturais básicos da leitura, da escrita, da ciência das artes e das letras, sem estas aprendizagens dificilmente o aluno poderá exercer seus direitos de cidadania. Para DURKHEIN a educação deve formar indivíduos que se adapte a estrutura social vigente instituindo os caminhos e normas que cada um deve seguir, tendo sempre como horizonte a instituição e manutenção da ordem social, a educação é um forte instrumento de coesão social e cabe ao estado ofertá-la e supervisioná-la. Para KARL MARX a educação deve ser vista como um instrumento de transformação social e não uma educação reprodutora dos valores do capital, para MARX a uma necessidade de uma escola politécnica estabelecendo três pontos principais: o ensino geral que é o estudo da literatura, ciências, letras etc. 10 Para MAX WEBER a educação é um modo pelo qual os homens são preparados para exercer as funções dentro da sociedade, sendo uma educação racional, a visão de educar está vinculada enquanto formação integral do homem, uma educação para habilitar o indivíduo para a realização de uma determinada tarefa para obtenção de dinheiro dentro de uma sociedade cada vez mais racionalizada e burocrática e estratificada. Cabe à escola formar alunos com senso crítico, reflexivo, autônomo e conscientes de seus direitos e deveres tendo compreensão da realidade econômica, social e política do país, sendo aptas a construir uma sociedade mais justa, tolerante as diferenças culturais como: orientação sexual, pessoas com necessidades especiais, etnias culturais e religiosas etc. Passando a esse aluno a importância da inclusão e não só no âmbito escolar e sim em toda a sociedade. Bueno (2010) se posiciona um tanto crítico sobre a realidade da função social da escola, nestas o social é ignorado. A escola torna-se uma instituição abstrata e homogênea, quando na realidade como coloca Bueno, cada escola é ímpar, e não deve ser vista de forma genérica, uma intervenção não funciona em todas as instituições, cada meio tem que ser vista de acordo com a sua história, com a sua cultura, colocando em pauta que cada instituição é única. Atualmente existem projetos para promover cultura na escola, estes visando que os alunos ampliem sua visão de mundo, valorizando as diferentes manifestações culturais ao seu redor (...) por meio de ações que estimulem práticas culturais e educacionais nas escolas com parcerias com instituições artísticas (museus, parques arqueológicos, etc.). (FONSECA; M. C. G. T. SILVA; M. A. M. SILVA. 2010). A escola pública nos dias atuais deixa muito a desejar quando se fala de educação e de formar cidadãos para viver numa sociedade tão multicultural e pluriétnicas, como a nossa. A falta de investimentos e de capacitação de professores, escolas sem infraestrutura adequada para o recebimento desse aluno. O modelo segregado e homogêneo que com muito esforço está mudando para o modelo de escola inclusiva, mesmo escolas sem condições adequadas para receber esse aluno. 11 A história nas atuais propostas curriculares. O ensino de História, segundo a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). É pautado em promover a cidadania, trazendo inferências do passado, abordando o respeito pelas estruturas constituídas com o tempo, e pensando em como construir uma sociedade melhor agora e no futuro. Com a BNCC, o formato das aulas se modifica quanto à formação do aluno, que assume papel mais questionador, crítico, autônomo, assim como de um cidadão atuante na comunidade. Relação BNCC e História. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) surgiu a partir da necessidade de firmar um documento normativo, estabelecendo diretrizes de ensino para a rede educacional brasileira, através de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver.Com o intuito de tornar a educação mais justa, oportunizando o desenvolvimento pleno de estudantes de escola pública e privada, a BNCC começou a ser desenhada a partir do Plano Nacional da Educação (PNE), previsto na Constituição Federal de 1988. A primeira versão foi redigida em 2014, porém, após ajustes e demais etapas, foi finalmente homologada em dezembro de 2017.Segundo o documento, há 10 competências que devem ser inseridas como base ao Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola e cumpridas, obrigatoriamente, para que a educação no Brasil atinja níveis mais elevados de ensino, preparando melhor os alunos para a sociedade. Os professores e gestores são beneficiados com esta transformação pois aplicarão, em suas escolas, temáticas e abordagens pedagógicas mais interessantes e que vão ao encontro das necessidades de aprendizagem dos alunos atuais. Objetivosdo ensino de História com base nas diretrizes da BNCC. BNCC e História prometem, juntas, trabalhar o pensamento crítico e também a empatia dos alunos. A BNCC orienta que, no ensino de História, o professor estimule o aluno a compreender acontecimentos históricos, relações de poder e processos, assim como mecanismos de transformação e manutenção das estruturas sociais, políticas, econômicas e culturais, ocorridas ao longo do tempo e em diferentes espaços. Dessa forma, possuem um elo importante no ensino, pois a formação do aluno como um indivíduo crítico, ético, democrático e solidário, é constituída através das interferências dos estudos de História e os projetos interdisciplinares que possam surgir a partir disso. O grande objetivo é que o aluno conheça o seu passado, valorize suas raízes, mas, também, saiba abordar, crítica e ativamente, os fatos do presente, fazendo conexões e questionamentos sobre eles. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ https://bncc.saseducacao.com.br/ https://blog.saseducacao.com.br/o-que-e-pne/ https://blog.saseducacao.com.br/competencias-da-bncc/ https://blog.saseducacao.com.br/projeto-politico-pedagogico/ https://blog.saseducacao.com.br/identificar-as-lacunas-de-aprendizado-causadas-pela-pandemia/ 12 Benefícios de aliar a BNCC e História. • Alunos mais ativos A relação entre fatos do passado e do presente auxiliam na constituição da aprendizagem e na contextualização da realidade. Solicitar que problematizam as leituras, questionando-os e os instigando para que criem suas próprias hipóteses é dar ferramentas para a formação de indivíduos mais autônomos e ativos. • Potencializar o pensamento crítico No momento em que o docente promove debates em sala de aula, buscando, por meio de questionamentos, o ponto de vista dos estudantes, o pensamento crítico começa a ser formatado. Problematizar os fatos históricos, fazer analogias com o presente, buscar olhares diversos sobre os temas, por exemplo, são formas de elaborar melhor a criticidade dos estudantes. Trazer fontes de informação variadas A BNCC e a História não podem ser separadas de outro tema importante no documento, que é o preparo do aluno no ambiente digital. Dessa forma, procurar fontes de informação seguras e variadas também contribui neste aspecto, auxiliando o aluno a ter cautela com as informações que procura, se baseando, apenas, em fontes corretas e confiáveis. As mudanças no ensino de História. O ensino, unindo BNCC e História, se modifica, uma vez que, o docente precisa seguir o de livro didático e dar sentido aos conteúdos, e estes devem ser conectados com situações atuais e reais vivenciadas pelos alunos. O aluno, com o novo formato da BNCC e História, passa a atuar como agente ativo no processo de aprendizagem, em que todos precisam aprender a pensar historicamente, traçando pensamentos paralelos entre os fatos do passado com os da realidade atual. O ensino, todavia, passou de uma ordem cronológica e com conteúdos altamente pré- estipulados, para agregar o que as Leis 10.639/03 e 11.645/08 estabelecem para o ensino da cultura e história afro-brasileira, indígena e africana, oportunizando novos formatos curriculares. É com mais realismo e coerência que a BNCC e o ensino de História caminham rumo a uma educação mais envolvente para o aluno, no qual o papel de ler e apenas responder questões, não lhe compete mais. O professor deve, portanto, convidar o aluno para aulas com mais criticidade, cidadania, posicionamento, com mais análise, contextualização e interpretação do passado, mas fazendo comparações com a atualidade. https://blog.saseducacao.com.br/letramento-digital/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm https://blog.saseducacao.com.br/curriculo-escolar/ 13 Papel do professor O professor tem um papel muito importante em todas as matérias, e, nesse caso, não é diferente. Para isso, é necessário que ele traga a História para a realidade, tornando-a mais “palpável”, e tornando possível que o aluno enxergue as melhorias e mudanças para o presente e para o futuro. BNCC e História apontam a necessidade de inferir um ensino realista e coerente. Dessa maneira, o docente é um mediador, um provocador, que estimula o aluno a fazer as conexões necessárias e se preparar para agir na sociedade como um sujeito ativo e consciente. O professor pode promover projetos interdisciplinares, como: construir blogs, organizar debates, manifestações artísticas, de modo a colocar o ensino sobre diversos ângulos e apresentar formas variadas de aprendizagem. Como ensinar História para diferentes públicos Independente do segmento, as palavras “contextualização, interpretação, comparação, identificação e análise” devem acompanhar os planejamentos dos educadores no ensino da disciplina de História, de acordo com a BNCC. Alguns pontos importantes na aprendizagem, em diferentes segmentos da Educação Básica: Ensino Fundamental É possível pontuar algumas mudanças e exigências da BNCC e História no Ensino Fundamental, por exemplo: • Pensar sobre os diferentes povos e as diversidades; • Adquirir noções dos direitos, deveres e de cidadania; • Comparar, contextualizar e discutir sobre soluções de problemas; • Problematizar sobre marginalização de culturas, meio urbano e rural; • Compreender o tempo e o espaço, buscando a sua identidade enquanto sujeito; • Constituir noção de construção, reconhecendo a si mesmo e ao outro, bem como o ambiente em que vive. Ensino Médio • Refletir sobre a História a partir das próprias vivências • Diferenciar escravidão, servidão e trabalho livre no mundo antigo; • Relações étnico-raciais e ensino de História e cultura afro-brasileira; • Desenvolver a capacidade dos estudantes de estabelecer diálogos entre si, grupos sociais e cidadãos de diversas nacionalidades, saberes e culturas distintas; • Aprofundar os conhecimentos sobre os modos de organizar a sociedade e sobre as relações de produção, trabalho e de poder, sem deixar de lado o processo de transformação de cada indivíduo, da escola, da comunidade e do mundo; • No Ensino Médio, os estudantes precisam desenvolver noções de tempo que ultrapassam a dimensão cronológica, ganhando diferentes dimensões, tanto simbólicas 14 Importância da história nos anos iniciais do ensino fundamental I. Nos anos iniciais do ensino fundamental a criança deverá desenvolver várias de suas habilidades, competências e conhecimentos e, sendo assim, é preciso que as disciplinas abordem conteúdos que sejam significativos a ela, para que possa utilizá-los de alguma forma no decorrer de sua vida escolar e, também, na sua vivência em sociedade. A disciplina de História se faz presente nos anos iniciais do ensino fundamental por meio de vários conteúdos que proporcionam à criança uma formação de pensamento transformador, permitindo a ela que se perceba como sujeito histórico e que tudo que a cerca também faz parte desse processo. Além de contextualizar a sociedade civil na qual o aluno se encontra o educador pode trabalhar temas como: a história familiar, o bairro, a cidade e outros, na perspectiva de transformações e permanências, também fazendo de datas comemorativas uma oportunidade de se trabalhar a disciplina. Vale salientar que ao estudar determinados conteúdos o aluno buscará entender o porquê de determinadas situações existentes no meio em que está inserido. Neste sentido, Neves (1985, p 35) defende que, “a criança vive no 29 Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro SP, 5 (1): 22-42, 2018. presente. Não conhece outro lugar que não seja aqui, nem outro tempo que não seja agora [...]”. Portanto, a disciplina deve abordar aquilo que é considerado mais significativo, utilizando-se de diferentes recursos e metodologias, de formaa possibilitar ao aluno a compreensão acerca da realidade que o cerca. A História é uma disciplina que está inserida na grade curricular e, sendo assim, de acordo com Brodbeck (2012, p.10), seu ensino “[...] deve ter como ponto de partida a compreensão da vida cotidiana de cada aluno, 24 Cadernos de Educação: Ensino e Sociedade, Bebedouro SP, 5 (1): 22-42, 2018. para que ele possa, pelas experiências, entender a dimensão destas experiências na vida de todos os homens”. Dessa forma, cabe ao educador introduzir os conteúdos de modo com que ele perceba que gente como a gente faz história, e que o mesmo como individuo social também tem seu papel nesse processo (PINSKY, 2004). É preciso que a mesma construa uma noção de tempo e que compreenda sua realidade, construindo dessa forma sua identidade social. As práticas pedagógicas devem ser baseadas nas mais diversas metodologias, recursos e caminhos a serem seguidos. Desde tecnologia, textos, charges, jogos, filmes, livros, entre outras, o professor não deixa de ser o responsável pelo êxito da aprendizagem significativa do aluno. Segundo Borges (1987, p.47) “o que é preciso fazer é uma história que, mesmo estudando o passado mais remoto, faça explicar a realidade presente”. Sendo assim, o educando deve compreender o conteúdo específico da disciplina, articulando principalmente com seu contexto de vida. 15 Importância da história nos anos iniciais do ensino fundamental II. O Ensino Fundamental 2 é a etapa da Educação Básica que vai do 6º ao 9º ano (antigas 5ª a 8ª série), na qual se aprofundam conhecimentos introduzidos no Ensino Fundamental 1 e prepara- se o aluno para o Ensino Médio. Para isso, o estudante passa a contar com mais disciplinas e professores especialistas em cada uma delas. Nesse ciclo, além de retomar e ressignificar os conteúdos vistos anteriormente, os professores têm o desafio de apresentar conceitos mais complexos aos alunos, que serão importantes para facilitar a aprendizagem no ciclo seguinte, o Ensino Médio. É ainda um grande desafio para o corpo docente conseguir interligar os conteúdos de várias disciplinas, para promover um aprendizado interdisciplinar e desenvolver no aluno uma visão holística do seu processo de aprendizado, que será essencial não só para a continuidade dos seus estudos, mas também para a vida em sociedade. Já o aluno, que, nessa etapa, geralmente está na faixa etária de 11 a 15 anos, precisa aprender a ser mais autônomo e independente, pois não terá mais o apoio de um único professor para orientá-lo, e mais organizado, pois precisará lidar com diferentes tipos de conhecimentos e fontes de informação. As Diretrizes Curriculares da Educação Básica preveem que, além dos componentes obrigatórios comuns da BNCC, a escola pode complementar a grade curricular com uma parte diversificada para “enriquecer o currículo, assegurando a contextualização dos conhecimentos escolares em face das diferentes realidades”. Por isso, em algumas escolas é possível encontrar disciplinas de Iniciação Teatral, Música, Robótica, Estudos Amazônicos, Técnicas de Redação, outras línguas estrangeiras etc. https://conteudos.edocente.com.br/lp-e-book-a-evolucao-das-habilidades-ao-longo-da-bncc https://conteudos.edocente.com.br/lp-e-book-a-evolucao-das-habilidades-ao-longo-da-bncc https://www.edocente.com.br/importancia-do-ensino-socioemocional-para-bncc/ https://www.edocente.com.br/contexto-e-realidade-local-na-bncc/ https://www.edocente.com.br/contexto-e-realidade-local-na-bncc/ 16 O PARECER CNE/CP Nº 003/2004, DE 10/3/2004, homologado em 19 de maio de 2004, estabelece as diretrizes curriculares nacionais para a educação das relações étnico-raciais e traz orientações de como a lei 10.639/2003 deve ser implementada. Este Parecer é pertinente às Diretrizes Curriculares para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, e visa regulamentar a alteração ocasionada à Lei 9394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pela Lei 10639/2003 que estabelece a obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica. Desta forma, busca cumprir o estabelecido na Constituição Federal nos seus Art. 5º, I, Art. 210, Art. 206, I, § 1° do Art. 242, Art. 215 e Art. 216, bem como nos Art. 26, 26 A e 79 B na Lei 9.394/96 de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que asseguram o direito à igualdade de condições de vida e cidadania, assim como garantem igual direito às histórias e culturas que compõem a nação brasileira além do direito de acesso às diferentes fontes da cultura nacional a todos brasileiros. De acordo com a lei 10.639/2003, promulgada pelo Presidente da República em 9 de fevereiro de 2003, de autoria da deputada Esther Grossi, o conteúdo programático das diversas disciplinas deve abordar o estudo de História da África e dos africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-brasileira devem ser ministrados no âmbito de todo o currículo escolar e principalmente nas áreas de Educação Artística, Literatura e História Brasileira. A promulgação da lei 10.639 foi antecedida por leis municipais em Belém, Aracaju e São Paulo, e todas elas são resultado de um longo procedimento de ativismo do Movimento Negro. O Brasil é o segundo país de maior população negra do mundo, sendo que, o primeiro é a Nigéria. De acordo com o Censo do IBGE de 2002 constatamos que 45% da população do País é negra. A proeminência do estudo de assuntos decorrentes da história e cultura afro-brasileira e africana, deve ser componente dos estudos do cotidiano escolar , uma vez que os alunos devem educar-se enquanto cidadãos participativos em uma sociedade multicultural e pluriétnica, tornando-se capazes de construir uma pátria democrática. Além disso, deve-se incluir no contexto dos estudos e ações escolares , as contribuições histórico- culturais dos povos indígenas, além das de ascendência africana e europeia. É preciso ter clareza que a admissão de novos conteúdos, estabelece que se repensem relações étnico-raciais, sociais e pedagógicas. E isso não constitui liberação de uma velha inquietude, passagem à consciência luminosa de uma preocupação milenar, acesso à objetividade do que, durante muito tempo, ficara preso em crenças ou em filosofias: foi o efeito de uma mudança nas disposições fundamentais do saber. O homem é uma invenção cuja recente data a arqueologia de nosso pensamento mostra facilmente. E talvez o fim próximo. (FOUCAULT, 2000, p. 536) 17 Exemplo de atividade sobre - CULTURA AFRO-BRASILEIRA O Brasil tem a maior população de origem africana fora da África e, por isso, a cultura desse continente exerce grande influência, principalmente na região nordeste do Brasil. Hoje, a cultura afro-brasileira é resultado também das influências dos portugueses e indígenas, que se manifestam na música, religião e culinária. Devido à quantidade de escravos recebidos e também pela migração interna destes, os estados de Maranhão, Pernambuco, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul foram os mais influenciados. No início do século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos, pois não faziam parte do universo cultural europeu e não representavam sua prosperidade. Eram vistas como retrato de uma cultura atrasada. Mas, a partir do século XX, começaram a ser aceitos e celebrados como expressões artísticas genuinamente nacionais e hoje fazem parte do calendário nacional com muitas influências no diaa dia de todos os brasileiros. Em 2003, a lei nº 10.639 passou a exigir que as escolas brasileiras de ensino fundamental e médio incluíssem no currículo o ensino da história e cultura afro-brasileira. Para ajudar na criação das aulas e na abordagem pelos professores. Música A principal influência da música africana no Brasil é, sem dúvidas, o samba. O estilo hoje é o cartão-postal musical do país e está envolvido na maioria das ações culturais da atualidade. Gerou também diversos sub-gêneros e dita o ritmo da maior festa popular brasileira, o Carnaval. Mas os tambores de África trouxeram também outros cantos e danças. Além do samba, a influência negra na cultura musical brasileira vai do Maracatu à Congada, Cavalhada e Moçambique. Sons e ritmos que percorrem e conquistam o Brasil de ponta a ponta. Capoeira Inicialmente desenvolvida para ser uma defesa, a capoeira era ensinada aos negros cativos por escravos que eram capturados e voltavam aos engenhos. Os movimentos de luta foram adaptados às cantorias africanas e ficaram mais parecidos com uma dança, permitindo assim que treinassem nos engenhos sem levantar suspeitas dos capatazes. Durante décadas, a capoeira foi proibida no Brasil. A liberação da prática aconteceu apenas na década de 1930, quando uma variação (mais para o esporte do que manifestação cultural) foi apresentada ao então presidente Getúlio Vargas, em 1953, pelo Mestre Bimba. O presidente adorou e a chamou de “único esporte verdadeiramente nacional”. Religião A África é o continente com mais religiões diferentes de todo o mundo. Ainda hoje são descobertos novos cultos e rituais sendo praticados pelas tribos mais afastadas. Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir o Catolicismo. Porém, a conversão não tinha efeito prático e as religiões de origem africana continuaram a ser praticadas secretamente em espaços afastados nas florestas e quilombos. Na África, o culto tinha um caráter familiar e era exclusivo de uma linhagem, clã ou grupo de sacerdotes. Com a vinda ao Brasil e a separação das famílias, nações e etnias, essa estrutura se fragmentou. Mas os negros criaram uma unidade e partilharam cultos e conhecimentos diferentes em relação aos segredos rituais de sua religião e cultura. 18 As religiões afro-brasileiras constituem um fenômeno relativamente recente na história religiosa do Brasil. O Candomblé, a mais tradicional e africana dessas religiões, se originou no Nordeste. Nasceu na Bahia e tem sido sinônimo de tradições religiosas afro-brasileiras em geral. Com raízes africanas, a Umbanda também se popularizou entre os brasileiros. Agrupando práticas de vários credos, entre eles o catolicismo, a Umbanda originou-se no Rio de Janeiro, no início do século 20. Culinária Outra grande contribuição da cultura africana se mostra à mesa. Pratos como o vatapá, acarajé, caruru, mungunzá, sarapatel, baba de moça, cocada, bala de coco e muitos outros exemplos são iguarias da cozinha brasileira e admirados em todo o mundo. Mas nenhuma receita se iguala em popularidade à feijoada. Originada das senzalas, era feita das sobras de carnes que os senhores de engenhos não comiam. Enquanto as partes mais nobres iam para a mesa dos seus donos, aos escravos restavam as orelhas, pés e outras partes dos porcos, que misturadas com feijão preto e cozidas em um grande caldeirão, deram origem a um dos pratos mais saborosos e degustados da culinária nacional. Responda as questões de acordo com o texto. 1ª) Qual a região brasileira onde contém a maior população africana? 2ª) Por ser o Brasil o país que contém a maior população africana fora da África, de que é o resultado da cultura afro-brasileira e como elas se manifestam? 3ª) Por que no século XIX, as manifestações, rituais e costumes africanos eram proibidos? 4ª) O que mudou na cultura brasileira a partir do século XX? 5ª)Criada em 2003, o que a lei nº 10.639 exige? Em sua opinião que benefício essa lei contribuiu para todos os brasileiros? 6ª) Qual a principal influência da música africana no Brasil? Como este estilo está atuando no Brasil hoje? 7ª) Que tradição africana foi desenvolvida para ser uma defesa? E em que momento ela foi criada? 8ª) Por qual presidente foi oficializada a capoeira no Brasil e em que ano? E que expressão ele pronunciou sobre ela? 9ª) Que religião os escravos africanos quando chegavam no Brasil eram obrigados a seguir? No entanto, como eram as suas conversões? 10ª) Como o culto dos africanos eram desenvolvidos aqui no Brasil? 11ª) Localize no texto características da cultura afro-brasileira. 12ª) Escreva algumas culinárias da cultura africana. Quais delas você ainda conhece ou já comeu? 13ª) A feijoada também tem raízes da cultura africana, mas como foi a origem desta deliciosa refeição? 14ª) Agora faça um relato sobre a cultura afro-brasileira. 19 Exemplos de atividades para series iniciais. 20 21 A miscigenação entre os negros e os brancos resultou no mulato. Mas a origem africana está na cara. E também no coração. Ser africano é ser diferente de ser italiano ou francês. A África não é um país, mas um continente com muitos países, e cada qual com etnias diferentes. Os povos africanos e a escravidão. Quando os portugueses chegaram à África, no século XV, o escravismo já existia nesse continente. Com os portugueses, começou o tráfego de escravos para o Brasil. Os traficantes portugueses trocavam escravos por armas de fogo, munição, tecidos, sal, aguardente, fumo, açúcar, etc. A origem dos escravos. Em geral, os africanos que vieram para o Brasil pertenciam a dois grupos culturais: -bantos: originários da Angola, Moçambique e Congo. -sudaneses: procedentes da Guiné, Daomé e Costa do Marfim. O trabalho escravo no Brasil Após 1550, os escravos negros vieram para o Brasil para trabalhar nos engenhos de açúcar. Antes disso, os portugueses tentaram escravizar os índios. Mas tarde, quando da descoberta de ouro e pedras preciosos, eles foram fundamentais para o desenvolvimento da atividade de mineração. Eles estavam também nas vilas e nas cidades que foram surgindo e crescendo, e ali faziam todo tipo de trabalho. Na época da economia açucareira, os escravos eram vendidos aos senhores de engenho. Em seguida, eram levados para a fazenda, onde os aguardavam um trabalho exaustivo. A habitação dos escravos era a senzala. No engenho Ao amanhecer, o feitor reunia os escravos na porta da senzala e levava-os para o local de trabalho nas lavouras e na produção do açúcar. Os escravos que trabalharam nos serviços domésticos acordavam muito cedo para atender seus senhores: acendiam o fogo, preparavam as refeições, limpavam e lavavam. Se houvesse algum bebê na família do senhor, ele era geralmente amamentado pela ama-de- leite. O tráfego de escravos marcou o povoamento do Brasil por povos que viviam em diversas regiões do continente africano. Os africanos e seus descendentes influenciaram sobremaneira a formação cultural brasileira. A presença africana e afro-brasileira é notável na família, no vocabulário, na religião, na música, na dança, na culinária e na arte. A miscigenação entre os negros e os brancos resultou no mulato. https://1.bp.blogspot.com/-0a6umGezdF0/YFeIwT3tc5I/AAAAAAAAa-0/y5hl_W8U4wcV4gXfVEJjpka2N6sbLj5qACLcBGAsYHQ/s1080/historia.png 22 Por volta das 11 horas, os escravos interrompiam o trabalho para alimentar-se. Comiam feijão e farinha de mandioca. Em seguida voltavam a trabalhar. A jornada era mais de 15 horas. em certas épocas do ano, a cana era moída sem interrupção para fabricar o açúcar. Os escravos ficavam exaustos. Reunidos pelo feitor, voltavam para a senzala. Dormiam amontoados no chão. Na mineração especialmente noatual território do estado de Minas Gerais, os escravos enfrentavam péssimas condições de trabalho. Abrindo as galerias para extrair ouro, ficavam em lugares pouco ventilados, na água atolados no barro. Frequentemente sofriam acidentes porque eram perigosos os lugares onde mineravam. Muitos morriam soterrados ou por causa da queda de penhascos. Eram vigiados pelo feitor e seus ajudantes, que os puniam por qualquer falta cometida. Recebiam uma alimentação reduzida: feijão, farinha de milho e toucinho. No final do dia paravam de trabalhar. formavam uma fila e eram revistados, para verificar se não haviam escondido ouro. De volta a senzala, faziam uma refeição e muitas vezes eram acorrentados para dormir. A luta pela liberdade. É importante saber que os negros sempre reagiam à sua condição de escravos, assim como os indígenas. Muitos escravos se suicidavam e outros fugiram, embrenhando-se na mata. Ocorreram até assassinatos de feitores e senhores. Quando os escravos conseguiam se organizar em grupo, faziam sabotagem nas instalações do engenho, organizavam revoltas ou fugiam. Nas fugas coletivas, escondiam-se em lugares de difícil acesso, onde fundavam comunidades, conhecidas como quilombos. Praticavam a pesca, a agricultura de alguns produtos e a criação de animais de pequeno porte. Muitos quilombos chegaram até fazer comércio com os povoados próximos. Os quilombos representaram a mais importante forma de resistência dos escravos. Apesar de existirem quilombos em todo território brasileiro, o mais conhecido foi o Quilombo dos Palmares, em Alagoas. Esse quilombo cresceu tanto que chegou a atingir os atuais estados de Pernambuco e Sergipe. Várias expedições militares foram enviadas para destruir o quilombo, mas todas fracassaram. Em 1624, o bandeirante Domingos Jorge Velho foi contratado pelo governo de Pernambuco para destruir o quilombo. Organizou uma grande expedição e atacou Palmares. Zumbi foi atingido por tiros e seus homens foram massacrados. Zumbi conseguiu sobreviver e escondeu-se. Mas foi denunciado às forças do governo. Em 20 de novembro de 1695, ele foi morto em Recife. 23 Responda com atenção. 1- Por que o tráfego de escravos marcou o povoamento do Brasil? 2- Quais os povos influenciaram na formação cultural brasileira? 3- Como podemos perceber que a presença africana e afro-brasileira é notável nas famílias? 4- Como se resultou o mulato? 5- A África é um país? Justifique sua resposta. 6- Quando os portugueses chegaram na África? 7- Como os povos portugueses conseguiram os seus escravos? 8- Que povos começaram o tráfico de escravos para o Brasil? 9- Quantos e quais eram os grupos culturais que pertenciam os africanos que vieram para o Brasil? 10- Quem eram os bantos e os sudaneses? 11- Qual era o trabalho dos escravos negros, após 1.550? 12- Para quem os escravos eram vendidos na época da economia açucareira? E para onde eram levados? 13- Onde era a habitação dos escravos? 14- Como era o trabalho dos escravos que faziam serviços domésticos? 15- Qual era a alimentação dos escravos? 16- Como era o trabalho dos escravos na min mineração? 17- O que aconteciam com os negros que resistiam a condição de escravos? 18- Onde os escravos escondiam nas fugas coletivas? 19- Como viviam os quilombos? 20- Qual foi o quilombo mais conhecido do território brasileiro? 21- Quais os dois estados que o Quilombo dos Palmares atingiu? 22- Quem foi contratado pelo governador de Pernambuco para destruir o quilombo? Em que ano? 23- Quando e onde Zumbi foi morto? 24 Perguntas e respostas sobre o conteúdo. O que diz o PCN de História? Os PCNs de História fazem uma crítica ao uso restrito e exclusivo de fontes escritas e, ao mesmo tempo, a defesa da ampliação das fontes utilizadas em função da necessidade de se ampliar as abordagens Qual a diferença entre os PCNs E a BNCC? A BNCC organiza os conteúdos em relação ao ano escolar, ou seja, para cada ano da vida escolar há uma enumeração de assuntos a serem abordados e consequentemente apreendidos pelos alunos, em contrapartida o PCN é organizado em ciclos, em que cada ciclo do PCN corresponde a 2 anos escolares da BNCC. O que não mudou da PCN para BNCC? Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), normas orientadoras e não obrigatórias, em regra não serão substituídos pela BNCC. A ideia é que sejam direções para os currículos dos sistemas de ensino. A atuação é integrada. A Educação Infantil tem uma base diferente dos Ensinos Fundamental e Médio Como a metodologia do ensino da história pode contribuir no processo formativo do aluno? As aulas de história podem contribuir para a formação da consciência histórica, construindo identidade, auxiliando o sujeito a analisar o vivido, possibilitando a intervenção social (individual ou coletiva). Quais são os três conceitos fundamentais para o ensino de história? Os conceitos de “compreensão geral” e de “determinações específicas”, “básicos” e “específicos”, “universais e “específicos” são bastante citados, a exemplo do que fazem alguns historiadores (cf. Bezerra, 2004, Mendonça, 1994). Há, no entanto, três singularidades nas tipificações características da área do ensino. Como deve ser a metodologia de ensino? A metodologia tradicional de ensino parte do princípio em que o professor é o narrador dos fatos e os alunos, os ouvintes. Dentro do espaço da sala de aula, o educador prepara o conteúdo previamente e o transmite aos estudantes, que têm a função de assimilar e memorizar o que foi ensinado O que é metodologia de ensino Exemplos? A metodologia ativa é um modelo de ensino e aprendizagem centrado nos estudantes e, para isso, conjugam uma série de estratégias que visam potencializar os processos educativos. Alguns exemplos das principais estratégias da metodologia ativa são: Sala de aula invertida. Gamificação. https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR990BR990&sxsrf=APq-WBtsHwTpZPSgyQkz-X7iDVwlWVHYTA:1646061920294&q=Como+deve+ser+a+metodologia+de+ensino?&tbm=isch&source=iu&ictx=1&vet=1&fir=MDVoJqqHBwr0nM%252CAbWF_4CfnXKYpM%252C_&usg=AI4_-kRfJNMwzYFrC3e4hmEe-HZ5_Yz8bQ&sa=X&ved=2ahUKEwi37qXA2qL2AhWHq5UCHR0LArcQ9QF6BAgSEAE#imgrc=MDVoJqqHBwr0nM https://www.google.com/search?rlz=1C1FCXM_pt-PTBR990BR990&sxsrf=APq-WBtsHwTpZPSgyQkz-X7iDVwlWVHYTA:1646061920294&q=Como+deve+ser+a+metodologia+de+ensino?&tbm=isch&source=iu&ictx=1&vet=1&fir=MDVoJqqHBwr0nM%252CAbWF_4CfnXKYpM%252C_&usg=AI4_-kRfJNMwzYFrC3e4hmEe-HZ5_Yz8bQ&sa=X&ved=2ahUKEwi37qXA2qL2AhWHq5UCHR0LArcQ9QF6BAgSEAE#imgrc=MDVoJqqHBwr0nM 25 Como o estudo da História pode contribuir para a formação do cidadão? A História como disciplina escolar surgiu na Europa, nos fins do século XIX e através dos tempos teve, e continua tendo, papel relevante na formação e preparação dos sujeitos para a vida social, através de suas experiências didáticas, o ensino de História auxilia na construção da democracia e da cidadania. Qual a importância do ensino da História para a formação humana social e cultural do estudante? O ensino de História pode desempenhar um papel importante na configuração da identidade ao incorporar a reflexão sobre o indivíduo nas suas relações pessoais com o grupo de convívio, suas afetividades, sua participação no coletivo e suas atitudes de compromisso com classes, grupos sociais, culturais, valores O que são os afros brasileiros? Afro-brasileiro ou brasileiro negro são os termos oficiais no Brasil que designam racialmente e de acordo com a cor das pessoas que se definem como pertencentes a esse grupo. Quais as características do afrodescendente? Uma das principais características da cultura afro-brasileira é que não há homogeneidade cultural em todo território nacional. A origem distinta dos africanos trazidos ao Brasil forçou- os a apropriaçõese adaptações para que suas práticas e representações culturais sobrevivessem O que a BNCC fala sobre cultura afro? Algo que pode ser usado como reforço é a reafirmação desses conceitos no ambiente familiar. A Lei nº 10.639, de 2003 incluiu a história e a cultura afro-brasileira e indígena na educação básica. Apesar disso, muitas escolas nada fazem para mudar o currículo e deixá-lo mais plural, dinâmico e menos preconceituoso. Qual a lei da cultura Afro-brasileira? L10639. LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro- Brasileira", e dá outras providências. Qual é a habilidade EF05GE02? A habilidade EF05GE02 consiste em: Identificar diferenças étnico-raciais e étnico-culturais e desigualdades sociais entre grupos em diferentes territórios. 26 SLIDES. 27 “Todos nós, brasileiros, somos carne da carne daqueles pretos e índios supliciados. Todos nós brasileiros somos, por igual, a mão possessa que os supliciou. A doçura mais terna e a crueldade mais atroz aqui se conjugaram para fazer de nós a gente sentida e sofrida que somos e a gente insensível e brutal, que também somos. Descendentes de escravos e de senhores de escravos seremos sempre servos da malignidade destilada e instalada em nós, tanto pelo sentimento da dor intencionalmente produzida para doer mais, quanto pelo exercício da brutalidade sobre homens, sobre mulheres, sobre crianças convertidas em pasto de nossa fúria. A mais terrível de nossas heranças é esta de levar sempre conosco a cicatriz de torturador impressa na alma e pronta a explodir na brutalidade racista e classista.” (RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.) 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS. 1- ALVES, Ronaldo C. Aprender história com sentido para a vida: consciência histórica em estudantes brasileiros e portugueses. 2011. Tese (Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011. 2- BUENO, José Geraldo Silveira. Função social da escola e organização do trabalho pedagógico. Em Acesso em: 23 Maio 2015. 3- Base Nacional Comum Curricular http://basenacionalcomum.mec.gov.br 4- Bianca Bibiano, A escola perdeu sua função social no Brasil. Disponível em: Acesso em: 14 de Maio de 2015. 5- Bittencourt, Circe. O saber histórico em sala de aula 2.Ed. São Paulo: Contexto,1998.(Repesando o ensino) 6- Edilaine Vagula, Sandra Cristina Malzinoti Vedoato. Educação Inclusiva e Língua Brasileira de Sinais. São Paulo: UNOPAR, 2014. 7- Frédéric M. Litto, Repensando a Educação em Função de Mudanças Sócias e Tecnológicas e os Adventos de Novas Formas de Comunicação. Disponível em: Acesso em: 18 de Maio de 2015. 8- Foucault, 2000, p. 536) O homem pós-moderno . http://www.periodicoseletronicos.ufma.br › viewFile 9- Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Disponível em: Acesso em: 15 de Maio de 2015 10- Okçana Battini, Giane Albiazzetti, Fábio Luiz da Silva. Sociedade, Educação e Cultura. São Paulo: Pearson Education do BRASIL, 2013. 11- Ministério da Educação/Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais. Disponível em: Acesso em: 15 de Maio de 2015 12 (RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil. 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C. G. T. SILVA; M. A. M. SILVA. 2010). https://www.todamateria.com.br/durkheim/ https://www.todamateria.com.br/durkheim/
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