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2ª. LICENCIATURA – HISTORIA 
ALUNO : CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA : Conceito de Historia 
 
DESAFIO 
 
a) Quais argumentos você utilizaria para comprovar o seu ponto de vista, caso você 
precisasse defender a história ciência? 
 
 
Os historiadores definem essa ciência de alguns modos distintos. Há uma linha de pensamento 
que acredita que a história estuda, na realidade, a ação dos seres humanos através do tempo, 
investigando seus comportamentos e suas consequências. 
Há também quem defenda que esse conhecimento se dedica à pesquisa das mudanças nas 
diversas sociedades ao longo dos anos. 
Assim, cabe ao profissional dessa área apurar a trajetória dos acontecimentos e eventos 
importantes, formulando algumas conclusões e ampliando o pensamento crítico na sociedade. 
Vale destacar a necessidade de um método de pesquisa ( é aqui o embasamento de defesa da 
historia como ciência), onde o profissional escolhe o documento ou fontes históricas no qual 
vai basear sua pesquisa. 
Exemplos de fontes históricas são vestimentas, artefatos artísticos, documentos, utensílios, 
construções, fósseis, obras de arte, fotografias e tudo que venha a servir como vestígios do 
passado. 
 
 
 
 
b) Quais argumentos você utilizaria para comprovar o seu ponto de vista, caso você 
precisasse defender a não cientificidade da história? 
 
Esse é o po de defesa complicada de se fazer, pois historia é ciência, de fato; tem uma 
metodologia por trás dela. 
Mas, vou me u lizar do argumento de dois pensadores, que conceituavam a não cien ficidade 
da história. 
Por exemplo, Veyne é incisivo ao afirmar que a história “não tem um método” que possa servir 
para caracterizá-la como ciência, além de que “não explica coisa alguma”; os historiadores 
“narram fatos reais que têm o homem como autor; a história é um romance real”. (VEYNE, 
1995, p.7-8). 
Já para o posi vista Burckhardt (Apud LOWITH, 1991, p.33), a história “não foi uma ciência 
obje va respeitante a fatos neutros, mas o registro de fatos que uma época considerada 
extraordinária noutra. 
Marrou (Apud HORAS, 1979, p.71) também afirma que “não existe uma ciência histórica, mas 
uma série de pontos de vista divergentes e irredu veis sobre 
o passado”. 
É forçoso admi r, como nos diz Veyne (1995, p.25), que o objeto histórico “escapa por entre os 
dedos” por sua subje vidade e que seu historicismo é a “projeção de nossos valores e a 
resposta às perguntas que achamos por bem fazer ele”. 
 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTORIA 
ALUNO : CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA : Historia e Consciência Historica 
 
DESAFIO 
 
Como você se posicionaria diante de tais questionamentos? 
 
 
a) O que existiu em 1964 não foi um Golpe, mas, sim, uma Revolução. 
 
Na historiografia brasileira existem muitas vertentes de interpretação acerca do Golpe Militar de 
1964, ou Ditadura Civil-Militar. Essas vertentes variam tanto em interpretação quanto em datas, 
e buscam escrever a história do Brasil a partir de diferentes perspectivas. 
 
b) Tenho parentes que viveram no período e afirmaram que não existia repressão 
porque o Governo Militar só perseguia comunistas que eram inimigos da Nação e 
queriam instaurar uma Ditadura Comunista no Brasil. 
 
A violência, em forma de tortura e morte, ocorrida durante a Ditadura Civil-Militar insere o evento 
no campo da História de “Eventos Traumáticos e Traumas Coletivos”. Diferente da grande maioria 
dos regimes ditatoriais, ocorridos na América Latina, contemporâneos à Ditadura brasileira de 
1964, como o caso da Argentina, a violência do Regime no Brasil, não foi exposta a sociedade 
como um todo. O historiador Carlos Fico, mostra-nos que “a Guerrilha do Araguaia foi censurada, 
as ações armadas urbanas eram vistas pela sociedade como terrorismo, a tortura era negada e 
ocultada do grande público[3]”. E mesmo após a abertura política, “lenta, gradual e segura”, como 
queriam os militares, os documentos da ditadura, enquadrados como “documentos sensíveis”, 
continuaram fechados para historiadores, cidadãos comuns e mesmo vítimas. 
 
 
c) A sociedade civil não pode ser culpada, porque o governo foi dos militares. 
 
Mais do que lembrar o passado e repudiar o regime no plano do discurso, faz-se necessário 
construir, a partir do importante papel das comissões, uma política que permita e exija punição. É 
inconcebível que criminosos sejam tratados como heróis, que se celebre as grandes vergonhas 
do nosso passado. É uma luta real. A história não pode ser escrita de acordo com os interesses 
de quem está no poder, de quem quer chegar ao poder. É de responsabilidade do Estado 
Brasileiro, mostrar ao nosso povo e ao mundo as feridas abertas na nossa história. As instituições 
da Sociedade Civil, incluindo aqui a Associação Nacional de Pós-Graduandos e Pós-
Graduandas, colocam-se como “sentinelas”, como soldados armados guardiões da memória, 
para garantir que o brado do Nunca Mais, de fato, nunca mais se repita. 
2ª. LICENCIATURA – HISTORIA 
ALUNO : CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA : Historia – Linguagem e Narra va 
 
DESAFIO 
 
Com base nessas informações, como você explicaria a mudança de 
mentalidade do professor Nelson ao longo do período ditatorial? 
O golpe militar de 1964 marcou fortemente a história do Brasil pelo retrocesso 
da democracia, educação e dos direitos civis. Significou a interrupção brusca do 
processo de incipiente democratização da sociedade brasileira. Com a intenção 
de interromper os avanços da vigência da República Populista, a ditadura militar 
e seus 
representantes tiveram como estratégia assumir o controle da nação por meio 
de repressão e tortura (não desconsiderando a violência, caso necessário). 
Estava então nas mãos dos comandantes ditatoriais todo o controle do Brasil, 
desde os aspectos econômicos, politico, social e consequentemente 
educacional, sendo assim, por forma clara de opressão. Citando FREIRE: “Daí 
que estabelecida a relação opressora, esta inaugurada à violência, que jamais 
foi até hoje, na história, deflagrada pelos oprimidos. E sem a posse direta, 
concreta e material do mundo e dos homens, os opressores, [...] tendem a 
transformar tudo o que os cerca em meros objetos de seu domínio”. 
Nas escolas esse período foi muito além do que censurar diversos conteúdos de 
História e Geografia de todos os níveis de ensino, e “Tampouco se limitou à 
criação das famosas disciplinas OSPB (Organização Social e Política Brasileira) 
e Educação Moral e Cívica, trazidas pela ditadura com o decreto-lei número 869, 
de 12 de setembro de 1969”. Ocasionaram, desde a vigia, repressão, e 
perseguição dos professores tanto universitários quanto aos do ensino 
fundamental. Já referido aos alunos “as entidades estudantis – como a União de 
Estudantes (UNE) – passou a existir clandestinamente, sendo consideradas 
ilegais, subversivas, e transgressoras”. Nas palavras de Freire “No momento, 
que o poder se enrijece em burocracia dominadora, se perde a dimensão 
humanista da luta e já não se pode falar em libertação”. 
Essa liberdade nos é tomada até hoje, época que vivemos os reflexos tanto na 
sociedade como um todo, quanto nas salas de aula, marcando um retrocesso 
imprescindível na consciência de fazer politica por meio da educação. Com 
pouco respaldo, lutam os que se sentem privados de exercer seu direito, logo 
seu papel como cidadão. 
Sim, o professor Nelson mudou de mentalidade ao longo desse processo por 
simples exposição ao regime. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: A nova História Cultural 
 
DESAFIO 
A Nova História Cultural é multi e interdisciplinar, utilizando-se, principalmente, da 
Antropologia, da Sociologia e da História da Arte e Literária para pesquisas e elaboração 
do conhecimento histórico. Assim, embora não se espere que os historiadores culturais 
sejam vistos como heróis a resolverem os problemas cotidianos contemporâneos, 
afirma que o estudo da história cultural deve permitir às pessoaspensarem com mais 
lucidez os problemas e questionamentos da vida. A emergência da Nova História 
Cultural trouxe um alargamento de temas e abordagens no historiográfico. Fruto do 
diálogo com várias disciplinas, configura-se como uma história polifônica, cuja expansão 
trouxe possibilidades. 
 
Imagine que você está na sala de aula discutindo com seus alunos sobre a história da 
mulher em diferentes contextos no decorrer do tempo. E a turma conduz a discussão 
para o sentido de o que é ser mulher, qual a definição biológica ou social, e qual dessas 
definições prevalece diante da sociedade nos dias atuais. 
 
Sendo assim, responda: 
a) Qual objeto de aprendizagem poderia ser utilizado para explanar a temática? 
 
b) Como você poderá mediar a curiosidade ingênua para transformá-la em 
curiosidade epistemológica? 
 
a) Com o espaço cada vez mais aberto para debates, desde o pós-guerra, os 
movimentos feministas e afins ampliam a sua discussão teórica chegando a propor 
uma nova categoria de análise para a história: o gênero. defendem que o gênero não 
é adquirido ao nascer nem determinado pelo biológico, mas é formado pela cultura. 
 
b) Pensando na perspectiva de gênero, poderá ser utilizada a Nova História Cultural 
para abordar a história da mulher e explanar sobre a ideia de que as categorias 
homem e mulher são socialmente construídas e não podem ser consideradas naturais, 
fixas ou predeterminadas. Sendo assim, não se pode negar a importância do processo 
cultural na formação de uma pessoa. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Educação multicultural e diretrizes básicas da lei brasileira 
 
 
DESAFIO 
 
Uma comparação de estudantes norte-americanos com estudantes chineses, japoneses 
e taiwaneses revelou que os norte-americanos tendem a realizar seus trabalhos de 
maneira mais independente, enquanto os estudantes asiáticos costumam trabalhar em 
grupos. Essas diferenças culturais foram descritas por John Santrock, em seu 
livro Psicologia Educacional (ArtMed, 2011), em dois termos apresentados logo 
abaixo: 
• Individualismo: refere-se a um conjunto de valores que priorizam objetivos pessoais 
em vez de objetivos de grupo. Valores individualistas incluem sentir-se bem, ter 
preferências pessoais e independência. Muitas culturas ocidentais como as dos Estados 
Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Holanda são descritas como individualistas. 
• Coletivismo: consiste em um conjunto de valores que dão suporte ao grupo. Objetivos 
pessoais estão subordinados à preservação da integridade do grupo, à 
interdependência e a relacionamentos harmoniosos. Muitas culturas orientais como as 
da China, Japão, Índia e Tailândia são rotuladas de coletivistas. A cultura mexicana 
também tem uma característica coletivista mais forte do que a cultura norte-americana, 
por exemplo. 
Críticos argumentam que a ênfase ocidental no individualismo enfraquece a 
necessidade da espécie humana de relacionamento. Alguns cientistas sociais acreditam 
que muitos problemas nas culturas ocidentais se intensificaram por causa dessa ênfase 
no individualismo. Comparada a outras culturas coletivistas, as culturas individualistas 
costumam apresentar taxas maiores de suicídio, consumo de drogas, criminalidade, 
gravidez precoce, divórcios, abuso infantil e problemas mentais. 
No entanto, independentemente da origem cultural, as pessoas precisam de um senso 
positivo do self e de conectividade com os outros para se desenvolverem plenamente 
como seres humanos. Um professor pode levar para a sala de aula e para o 
relacionamento com os responsáveis pelos alunos, colegas de trabalho e comunidade 
os traços de sua cultura originária. 
Diante do exposto, seu desafio consiste em apontar ao menos duas propostas de 
ação para os seguintes casos: 
 
1) Você é influenciado por uma cultura individualista e precisa interagir mais 
eficientemente com alunos, pais e equipe escolar de uma cultura coletivista. 
 
2) Você é influenciado por uma cultura coletivista e deverá interagir mais 
eficientemente com alunos, pais e equipe escolar de culturas individualistas. 
 
Respostas 
1) Você é influenciado por uma cultura individualista e precisa interagir mais 
eficientemente com alunos, pais e equipe escolar de uma cultura coletivista: 
 
Dê mais ênfase à cooperação do que à competição. Se for preciso criticar, faça isso com 
cuidado e somente em particular. Evite criticar aspectos culturais coletivistas, mesmo 
que você não concorde com eles. Cultive relacionamentos duradouros. Seja paciente. 
As pessoas de culturas coletivistas gostam de lidar com "velhos amigos". Demonstre 
boa vontade diante das tradições dos alunos e de seus familiares, além de seus colegas 
de trabalho. 
 
2) Se você for um coletivista, as estratégias a seguir o ajudarão a interagir mais 
eficientemente com alunos, pais e equipe escolar de culturas individualistas: 
 
Elogie a pessoa mais do que você está acostumado a fazer em sua cultura. Procure não 
se sentir ameaçado se o individualista agir de maneira competitiva. Procure não impor 
sua cultura, valores, tradições a outras pessoas. Tenha uma postura sem preconceitos. 
Sugira momentos de cooperação, mas aceite as exigências dos momentos de 
competição. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Etica e Questões étinicas 
 
 
DESAFIO 
O Fórum Social Mundial é um evento que foi idealizado por movimentos sociais do mundo 
inteiro com o objetivo de pensar estratégias de transformação social. Na primeira edição do 
evento, em 2001, foram realizadas 16 conferências e 22 testemunhos. 
Você foi convidado para palestrar nesse fórum em um dos painéis que trata de questões sobre 
ética, falando sobre ética e questões étnicas. 
 
 
 
Resposta: 
É comum ver os termos “raça” e “etnia” usados como sinônimos, mas, de modo geral, 
os significados são distintos. 
A raça é geralmente vista como biológica, referindo-se às características físicas de uma 
pessoa, enquanto a etnia é vista como um construto das ciências sociais que descreve 
a identidade cultural de uma pessoa. 
A etnia pode ser exibida ou ocultada, dependendo das preferências individuais, 
enquanto as identidades raciais estão sempre em exibição, em maior ou menor grau. 
O que é raça? 
Curiosamente, não há base biológica para a classificação racial. Na verdade, delinear 
ou separar as pessoas em raças diferentes é um conceito sociológico que busca 
segregar os humanos com base na cor de pele e aparência física semelhantes. 
Ainda assim, membros de diferentes “raças” geralmente têm apenas diferenças 
relativamente pequenas em tal morfologia – um ramo da biologia que trata da forma e 
estrutura de animais e plantas – e na genética. 
Todos os humanos pertencem à mesma espécie (Homo sapiens) e subespécies (Homo 
sapiens sapiens), mas pequenas variações genéticas desencadeiam aparências físicas 
variadas. 
Embora os humanos frequentemente sejam subdivididos em raças, as variações 
morfológicas reais não indicam grandes diferenças no DNA. O DNA de dois humanos 
escolhidos ao acaso geralmente varia em menos de 0,1%. 
Como as diferenças genéticas raciais não são fortes, alguns cientistas descrevem todos 
os humanos como pertencentes a uma única raça: a raça humana. 
De fato, em um artigo de março de 2020 no jornal de antropologia Sapiens, Alan 
Goodman, professor de antropologia biológica no Hampshire College em 
Massachusetts, observou que “a raça é real, mas não é genética”, acrescentando que: 
“Por mais de 300 anos, noções socialmente definidas de ‘raça’ moldaram vidas humanas 
em todo o mundo – mas a categoria não tem fundamento biológico.” 
O que é etnia? 
Etnia é o termo usado para designar a cultura de pessoas em uma determinada região 
geográfica ou de pessoas que descendem de nativos dessa região. Inclui seu idioma, 
nacionalidade, herança, religião, vestimenta e costumes. Uma mulher índia-americana 
pode exibir sua etnia vestindo um sari, bindi earte manual com hena, ou ela pode 
esconder isso vestindo trajes ocidentais. 
Ser membro de um grupo étnico envolve seguir algumas ou todas essas práticas 
culturais. Os membros de uma etnia tendem a se identificar com base nessas 
características compartilhadas. 
Exemplos de etnia incluem ser rotulado como irlandês, judeu ou cambojano, 
independentemente da raça. A etnia é considerada um termo antropológico porque se 
baseia em comportamentos aprendidos, não em fatores biológicos. Muitas pessoas têm 
origens culturais mistas e podem compartilhar em mais de uma etnia. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Relações étnico-raciais, ensino de História e Culturas 
 
DESAFIO 
Passados mais de 10 anos desde a criação da Lei nº 10.639/2003, o que se percebe na 
prática escolar, ainda, é o despreparo para trabalhar com as temáticas afro-brasileiras 
em sala de aula, juntamente com o desconhecimento, por parte dos professores, de 
uma historiografia que reconheça os negros em seu papel de protagonismo ou, então, 
a manutenção de materiais didáticos que os deixem à margem da História do Brasil. 
Em meados dos anos 1970, por exemplo, ocorreu no Brasil um fenômeno da juventude 
escolarizada pelo regime militar, dos jovens negros motivados pelos Direitos Civis 
conquistados nos Estados Unidos com o Movimento Black Power, as guerrilhas na 
África e o surgimento de novos países africanos de língua portuguesa. Esses jovens 
negros brasileiros empreenderam um esforço de apropriação das questões políticas e 
sociais dos negros norte-americanos e em diálogo com uma África – imaginada –, 
assim, diante do fracasso do projeto integrador dos anos 1960, organizaram-se em 
grupos que promoviam os Bailes Black. Artistas como Tony Tornado, Wilson Simonal e 
King Combo destacaram-se com suas performances musicais revestidas de cunho 
político, no que viria depois a ser conhecido como o Movimento Black Rio, conforme 
você pode ver no vídeo a seguir: 
 
Você, professor de uma escola pública de Ensino Fundamental, sabe que a História do 
Brasil é marcada por diversos recortes historiográficos como esse, mas que, no entanto, 
continuam desconhecidos no contexto escolar e na sociedade. Além disso, o livro 
didático disponibilizado em sua escola não traz contextualizações para além daquelas 
do período colonial brasileiro. 
Dessa forma, escreva um texto, amparado pelo que é previsto na Lei nº 10.639/2003, 
que explique os seguintes pontos: 
 
1. Como professor, qual o seu papel diante das histórias como a do 
Movimento Black Rio, abordada no vídeo? 
 
2. Qual o seu papel junto ao corpo docente e à comunidade escolar? 
 
3. Como desenvolver aulas que problematizem essa ausência historiográfica do livro 
didático? 
 
 
Respostas: 
1) Como professor, o conhecimento do que prevê a Lei nº 10.639/2003 deve sempre 
amparar a construção do conhecimento em sala de aula, mas não somente isso. Seu 
entendimento da legislação e da necessidade de sua prática deve projetar-se para além 
da sala de aula, de forma a contribuir com a disseminação do conhecimento sobre a Lei 
e sobre a importância de trabalhar-se a contribuição cultural dos africanos e dos 
afrodescentes na formação da cultura brasileira. Por esse motivo, histórias como a 
apresentada no vídeo não podem ser ignoradas pelos professores, pois representam 
uma importante fonte histórica, pautada pela memória dos personagens que viveram o 
período da Ditadura Militar, de protagonismo afro-brasileiro. 
2) Dessa forma, o professor precisa alinhar-se com o corpo docente e toda a 
comunidade escolar, a fim de garantir os meios necessários para tornar popular essa 
nova historiografia, priorizando, se for o caso, filmes, documentários, reportagens e 
livros independentes, que já operem dentro da lógica de ensino regulamentada pela 
nova legislação. 
3) Assim, o professor estará reconhecendo o espaço da sala de aula como um ambiente 
para pensar-se a cultura e a presença do negro no Brasil de maneira não estereotipada, 
apresentando suas lutas contemporâneas pela inclusão social, por políticas públicas 
destinadas à maior presença do negro no mercado de trabalho e nos campos 
educacionais, e também a efetiva aplicabilidade das leis que buscam a criminalização 
do racismo e a plena aceitação e o respeito à cultura e à herança histórica dos africanos 
e dos afrodescendentes. 
Além disso, é imprescindível que o professor também tenha ciência de que a aula, com 
base nos princípios previstos na Lei, deve servir ao propósito de problematizar as 
causas históricas que revelam por que o protagonismo dos movimentos negros esteve 
durante tanto tempo às margens da História do Brasil, contribuindo, dessa forma, para 
uma educação que permita aos alunos e às novas gerações um olhar crítico diante da 
historiografia, da mídia e das práticas sociais. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Diversidade sociocultural 
 
 
DESAFIO 
 
A diversidade étnica no Brasil ainda gera situações envolvendo preconceitos. Mesmo a 
escola não é um ambiente neutro. Nela a discriminação étnica pode ser percebida de 
várias maneiras. Apelidos, por exemplo, muitas vezes se mostram como formas brandas 
de racismo ou de intolerância. Os esteriótipos são também um outro elemento que 
traduz a dificuldade de se repeitar aquele que é etnicamente diferente. Assim o oriental 
leva fama de "japa", alguém inteligente mas pouco capaz de se entregar às práticas 
lúdicas e o nordestino é comumente o "cearense" ou o "baiano", pouco importando sua 
proveniência e ou a riqueza de sua cultura natal. 
Mas a escola é também capaz de contribuir para uma convivência pacífica entre 
pessoas de diferentes raças e proveniências, de modo que a temática do preconceito e 
da discriminação possam ser indubitavelmente trabalhadas em sala de aula. Imagine-
se agora como um professor do quinto ano do ensino fundamental em uma cidade como 
São Paulo, que recebe um grande número de imigrantes. Em sua sala, há alunos de 
múltiplas proveniências e uma multiplicidades de raças e etnias. 
Você sabe que alguns de seus alunos já foram vítimas de discriminação e preconceito, 
enquanto outros são muitas vezes valorizados por seus traços físicos ou pela cor de 
seus olhos. Seu desafio consiste em elaborar e descrever uma atividade a ser 
realizada nesta classe descrita acima. Como trabalhar com estes alunos, de maneira 
efetiva, a temática da discriminação e do preconceito, de modo a se estabelecer 
relações igualitárias e multiculturais em sua sala de aula? 
Resposta: 
A temática da discriminação e preconceito pode ser trabalhada em sala 
através do fortalecimento da autoestima a partir da representatividade. 
Como trabalhar representatividade nas escolas? 
Crianças e jovens se desenvolvem melhor por bons exemplos, mostrando 
histórias de vidas de pessoas conhecidas, procurando abranger através delas pessoas 
de várias etnias e raças. 
Para combater o racismo, por exemplo, pode contar a história de pessoas 
negras reconhecidas internacional e nacionalmente, principalmente figuras que 
se destacaram na luta contra o racismo e preconceito. Evidenciando e exaltando as 
culturas, mostrando como é bonito a diversidade. 
 
 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Parametros Curriculares Nacionais – Diversidade Cultural 
 
 
DESAFIO 
 
É comum que o professor, em sala de aula, sinta dificuldade para trabalhar com tanta 
diversidade e fazer com que ela seja aceita entre os alunos. A atuação do educador 
deve tentar construir entre os educandos conceitos de solidariedade, amizade, respeito 
e uma educação que se pretende diversificada e inclusiva. 
Imagine que você é desafiado a iniciar um trabalho com um quinto ano de uma grande 
escola pública. A turma é muito heterogênea, com repetentes e alguns alunos vindos de 
outras escolas por terem sido expulsos e, ainda, por apresentarem comportamentos 
preconceituososem relação a questões étnico-raciais. 
Que pedagogia a escola como um todo pode desenvolver para sensibilizar os alunos 
sobre a importância do respeito ao próximo, seja ele qual for? Descreva como entender 
e valorizar a diversidade para superar as dificuldades de aprendizagem. 
 
Resposta: 
 
Seria necessária uma capacitação para desenvolver atividades diferenciadas e 
estratégicas, porque é no espaço da sala de aula que o aluno tem oportunidade de 
demonstrar as habilidades e a cultura dele e desenvolver as potencialidades. 
Importante também refletir sobre a diversidade cultural, por meio da LDB - Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9.394/96), analisando as questões 
relativas à diversidade cultural e à pluralidade étnica encontrada no cotidiano escolar, 
além de debater sobre os PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais), elaborados pelo 
Ministério da Educação e do Desporto, que traz como um dos temas transversais à 
pluralidade cultural identificar o que pode ser trabalhado com os alunos. Esse trabalho 
poderia ser feito em conjunto com outros professores e com a direção da escola. Essa 
primeira ação daria subsídios para conhecer a cultura dos diversos grupos que estão à 
sua frente, na sala de aula, e ferramentas para posicionar-se contra qualquer tipo de 
discriminação, já que a escola é considerada o espaço sociocultural e instrucional 
responsável pela transmissão do conhecimento e pela cultura. 
Outra ação importante é conhecer quem são seus alunos. Conhecendo o meio, você, 
educador, poderá valorizar seus alunos em suas particularidades étnicas e culturais e, 
a partir da realidade de vida, das experiências e dos saberes, construir um ensino-
aprendizagem que contribua para que o aluno adquira conhecimentos que possam 
ajudá-lo a entender as diversidades da própria vida, tornando-se sujeito crítico e 
pensante. 
Observar o momento de aprendizagem de cada aluno também é outro ponto muito 
relevante, pois não se pode querer que os envolvidos tenham o mesmo grau de 
aprendizagem. Deverá ser cuidado para que não se utilizem os mesmos recursos 
didáticos, de forma igualitária, reduzindo, assim, a diversidade. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Diversidade Cultural – Cultura e Representações Sociais 
 
 
DESAFIO 
Há muito tempo, a cultura escolar se configura a partir de uma ênfase na igualdade, em 
detrimento de se considerar igualmente a diferença. Isto tem significado, entre outros 
aspectos, a hegemonia da cultura ocidental europeia na escola (seja no currículo, na 
didática, na arquitetura, nos tempos ou nos mais diversos elementos do cotidiano), e a 
ausência de outras vozes. No entanto, como se pode ler no livro-texto, este é um desafio 
que tem sido enfrentado. São diversos os movimentos sociais atualmente, 
especialmente de caráter identitário, que têm tensionado a cultura escolar 
consagrada, apresentando propostas das mais diversas para que os saberes populares 
tenham mais presença e os estereótipos (sociais, étnicos ou de gênero) sejam mais 
questionados. 
O desafio, mesmo assim, ainda é grande. A escola tem uma tradição cultural 
particular, associada a uma cultura de elite como referência. Esta é uma definição 
arbitrária, uma vez que não há lógica ou razão para esta associação, já que todas 
as outras culturas também apresentam seus próprios saberes e tradições. Desta forma, 
a escola tradicionalmente foi muito mais acessível para as pessoas que compartilham, 
em casa, desde o berço, a cultura da escola. As pessoas que têm outras trajetórias, 
além de precisarem de um esforço ainda maior, muitas vezes não conseguem encontrar 
sentido na escola e na cultura escolar. A escola precisa se reinventar para que estes 
diversos grupos culturais, que antes não estavam lá, encontrem na escola uma 
possibilidade de crescimento. 
Imagine que você começou a trabalhar como professor(a) de quinto ano em uma escola 
pública rural, frequentada por uma comunidade trabalhadora e de raça e etnia variada 
(branca, negra e indígena). Você sentiu que antes de iniciar o planejamento de seu ano, 
seria importante retomar alguns conceitos trabalhados em sua formação. Desta forma, 
você resolveu começar o planejamento com duas perguntas para si mesmo: “De quem 
são os conhecimentos que eu vou ensinar este ano?” “Quem se beneficia e quem é 
silenciado quando ensino estas coisas da forma tradicional?" Para desenvolver essas 
suas provacações, você resolveu estruturar sua linha de pensamento em dois tópicos: 
1) Escrever um parágrafo explicando por que essas duas perguntas podem ser 
importantes para o planejamento. 
2) Sugerir ainda uma terceira pergunta que seria importante de se fazer para si mesmo. 
 
 
Resposta: 
"De quem são os conhecimentos que eu vou repassar este ano?" 
O professor deve perceber que cada saber pertence a um grupo particular e entender a 
mediação que fará à sua comunidade escolar sobre esse saber específico. 
“Quem se beneficia e quem é silenciado quando ensino estas coisas da forma 
tradicional?” 
Esta é uma pergunta que ajuda o professor a apontar, também, quem é silenciado, ou 
seja, os grupos cujos saberes acabam não chegando na escola, desafiando o educador 
a aprofundar e complexificar seu trabalho. Ainda, aponta não apenas para o saber, mas 
para a didática, desafiando o professor a refletir sobre como a forma de se trabalhar 
com o aluno também é culturalmente constituída, podendo ser alterada. 
"Que outras possibilidades eu tenho de trabalhar o mesmo tema de forma mais justa e 
eficiente para essa turma?" 
Para além da problematização essencial, o professor poderia, ainda, ser provocado a 
agir, transformando o currículo de acordo com a cultura de sua comunidade, pensando 
tanto no que é justo para o aluno como no que melhor servirá para que ele aprenda os 
conteúdos. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Diversidade Cultural – Cultura e Representações Sociais 
 
 
DESAFIO 
Há muito tempo, a cultura escolar se configura a partir de uma ênfase na igualdade, em 
detrimento de se considerar igualmente a diferença. Isto tem significado, entre outros 
aspectos, a hegemonia da cultura ocidental europeia na escola (seja no currículo, na 
didática, na arquitetura, nos tempos ou nos mais diversos elementos do cotidiano), e a 
ausência de outras vozes. No entanto, como se pode ler no livro-texto, este é um desafio 
que tem sido enfrentado. São diversos os movimentos sociais atualmente, 
especialmente de caráter identitário, que têm tensionado a cultura escolar 
consagrada, apresentando propostas das mais diversas para que os saberes populares 
tenham mais presença e os estereótipos (sociais, étnicos ou de gênero) sejam mais 
questionados. 
O desafio, mesmo assim, ainda é grande. A escola tem uma tradição cultural 
particular, associada a uma cultura de elite como referência. Esta é uma definição 
arbitrária, uma vez que não há lógica ou razão para esta associação, já que todas 
as outras culturas também apresentam seus próprios saberes e tradições. Desta forma, 
a escola tradicionalmente foi muito mais acessível para as pessoas que compartilham, 
em casa, desde o berço, a cultura da escola. As pessoas que têm outras trajetórias, 
além de precisarem de um esforço ainda maior, muitas vezes não conseguem encontrar 
sentido na escola e na cultura escolar. A escola precisa se reinventar para que estes 
diversos grupos culturais, que antes não estavam lá, encontrem na escola uma 
possibilidade de crescimento. 
Imagine que você começou a trabalhar como professor(a) de quinto ano em uma escola 
pública rural, frequentada por uma comunidade trabalhadora e de raça e etnia variada 
(branca, negra e indígena). Você sentiu que antes de iniciar o planejamento de seu ano, 
seria importante retomar alguns conceitos trabalhados em sua formação. Desta forma, 
você resolveu começar o planejamento com duas perguntas para si mesmo: “De quem 
são os conhecimentosque eu vou ensinar este ano?” “Quem se beneficia e quem é 
silenciado quando ensino estas coisas da forma tradicional?" Para desenvolver essas 
suas provacações, você resolveu estruturar sua linha de pensamento em dois tópicos: 
1) Escrever um parágrafo explicando por que essas duas perguntas podem ser 
importantes para o planejamento. 
2) Sugerir ainda uma terceira pergunta que seria importante de se fazer para si mesmo. 
 
 
Resposta: 
"De quem são os conhecimentos que eu vou repassar este ano?" 
O professor deve perceber que cada saber pertence a um grupo particular e entender a 
mediação que fará à sua comunidade escolar sobre esse saber específico. 
“Quem se beneficia e quem é silenciado quando ensino estas coisas da forma 
tradicional?” 
Esta é uma pergunta que ajuda o professor a apontar, também, quem é silenciado, ou 
seja, os grupos cujos saberes acabam não chegando na escola, desafiando o educador 
a aprofundar e complexificar seu trabalho. Ainda, aponta não apenas para o saber, mas 
para a didática, desafiando o professor a refletir sobre como a forma de se trabalhar 
com o aluno também é culturalmente constituída, podendo ser alterada. 
"Que outras possibilidades eu tenho de trabalhar o mesmo tema de forma mais justa e 
eficiente para essa turma?" 
Para além da problematização essencial, o professor poderia, ainda, ser provocado a 
agir, transformando o currículo de acordo com a cultura de sua comunidade, pensando 
tanto no que é justo para o aluno como no que melhor servirá para que ele aprenda os 
conteúdos. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Diversidade Cultural – Cultura e Representações Sociais 
 
 
DESAFIO 
No que se refere às diversidades presentes na sociedade brasileira, pode-se mencionar 
a conquista do direito ao voto pelas mulheres, uma vez que antes do século XX o voto 
era exclusividade dos homens, no geral, homens ricos. 
Veja mais sobre esse tema importantíssimo para a sociedade e para a democracia. 
 
 
Diante desse quadro, você, enquanto assistente social, tem que lidar diretamente com 
a situação apresentada. Com base nas informações descritas, escreva um 
texto avaliando qual direção da atuação profissional do assistente social precisaria ser 
adotada. Para isso, considere que as ações profissionais precisam estar alinhadas ao 
Projeto Ético-Político Profissional e às legislações vigentes. 
 
Resposta: 
 
O Projeto Ético-político do Serviço Social, em consonância com o Código de Ética 
Profissional, assegura a defesa intransigente dos direitos humanos, considerando que 
todos os indivíduos são iguais perante a lei e têm direito à inviolabilidade de sua 
integridade física, dignidade e condições mínimas para sobrevivência. O Serviço Social 
é um mediador na defesa dos direitos humanos dessa população e defender tais direitos 
se constitui em uma forma de assegurar condições dignas a todos os indivíduos, 
independentemente de sua condição atual (nesse caso, de presidiário). 
Não se trata de desresponsabilizar o presidiário pelo ato realizado, mas resguardá-lo 
em sua condição de cidadão portador de direitos e deveres também. Além disso, cabe 
ao Serviço Social atuar no processo de ressocialização do indivíduo, oferecendo o apoio 
e as ferramentas necessárias para reinseri-lo na sociedade. Nesta perspectiva, cabe ao 
sistema prisional oferecer condições de saúde física e mental para o preso; alimentação 
adequada; atividades que favoreçam o convívio com a sociedade; desenvolvimento e 
aprimoramento de habilidades que possam vir a se transformar em atividade 
remunerada quando reinserido na sociedade, dentre outras. 
As situações de violação de direitos humanos dos presidiários têm sido uma questão 
recorrente e merecem atenção por parte dos governantes, inclusive no que se refere a 
oferecer condições adequadas para que os profissionais possam realizar o seu trabalho 
com eficiência e comprometimento. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Diversidade Cultural – Sociocultural 
 
 
DESAFIO 
A diversidade étnica no Brasil ainda gera situações envolvendo preconceitos. Mesmo a 
escola não é um ambiente neutro. Nela a discriminação étnica pode ser percebida de 
várias maneiras. Apelidos, por exemplo, muitas vezes se mostram como formas brandas 
de racismo ou de intolerância. Os esteriótipos são também um outro elemento que 
traduz a dificuldade de se repeitar aquele que é etnicamente diferente. Assim o oriental 
leva fama de "japa", alguém inteligente mas pouco capaz de se entregar às práticas 
lúdicas e o nordestino é comumente o "cearense" ou o "baiano", pouco importando sua 
proveniência e ou a riqueza de sua cultura natal. 
Mas a escola é também capaz de contribuir para uma convivência pacífica entre 
pessoas de diferentes raças e proveniências, de modo que a temática do preconceito e 
da discriminação possam ser indubitavelmente trabalhadas em sala de aula. Imagine-
se agora como um professor do quinto ano do ensino fundamental em uma cidade como 
São Paulo, que recebe um grande número de imigrantes. Em sua sala, há alunos de 
múltiplas proveniências e uma multiplicidades de raças e etnias. 
 
 
 
Você sabe que alguns de seus alunos já foram vítimas de discriminação e preconceito, 
enquanto outros são muitas vezes valorizados por seus traços físicos ou pela cor de 
seus olhos. Seu desafio consiste em elaborar e descrever uma atividade a ser realizada 
nesta classe descrita acima. Como trabalhar com estes alunos, de maneira efetiva, a 
temática da discriminação e do preconceito, de modo a se estabelecer relações 
igualitárias e multiculturais em sua sala de aula? 
 
 
 
Resposta: 
 
Em vista da multiplicidade de ideias e de respostas que atende ao desafio proposto, 
apresentamos a seguir, como padrão de resposta, algumas possibilidades inspiradas no 
artigo Como trabalhar relações raciais com crianças das séries iniciais: uma pesquisa-ação 
em uma escola da periferia do Recife, que contém a descrição de um trabalho realizado na 
periferia do Recife, cuja demanda é semelhante à do nosso desafio: 
"Como trabalhar relações raciais com crianças das séries iniciais" 
- Trabalhar com os alunos a realidade da comunidade onde a escola está inserida, e seus 
grupos de composição, valorizando as diferentes origens dos moradores. 
- Apresentar dados consultados em órgãos públicos sobre o número de imigrantes da cidade 
e apresentar contribuições destes grupos na construção cultural do município ou da 
comunidade. Resgatar as histórias dos diversos grupos. 
- Propor que os alunos façam pesquisas em que apresentem situações do cotidiano que 
manifestem a discriminação. 
- Promover uma série de debates sobre o tema do preconceito e da discriminação. 
- Trabalhar um texto literário que ajude a aprofundar a questão da alteridade e do se colocar 
"na pele" do outro. 
- Trabalhar filmes que abordem o tema, como por exemplo o filme Escritores da 
Liberdade (Título Original: Freedom Writers, 2007) 
- Trabalhar conceitos, questionando aos alunos sobre o que é o preconceito? O que é a 
discriminação? Qual a diferença entre os dois conceitos? Como abolir o preconceito e a 
discriminação? 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: LIBRAS – Uma Conquista Historica 
 
 
DESAFIO 
abemos que a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS – foi reconhecida como um meio 
legal de comunicação e expressão, por intermédio da Lei n.º 10.436, de 24 de abril de 
2002 e do Decreto n.º 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Por meio dela, a comunidade 
surda teve finalmente seu meio de comunicação habitual e natural reconhecido como 
língua. Antes disso, o sujeito surdo não tinha base legal forte para solicitar 
acessibilidade em diversos contextos educacionais e sociais. Em função disso, a 
hegemonia ouvintista preponderava. 
Com base, nesse contexto inicial, suponha o seguinte: 
 
 
 
Conforme a alteração constitucional,você tem 1 (um) ano para aprender (ou não) o 
novo idioma oficial (Inglês). Como você se sentiria com essa decisão? Justifique sua 
resposta com base no contexto inicial. 
 
Resposta: 
Me sentiria segregado e frustrado, pois não domino esse idioma. Para famílias de classe 
alta, talvez isso não afetaria muito, visto que, tradicionalmente eles aprendem esse 
idioma desde cedo. Ou seja, para eles a mudança seria mais tranquila. 
Agora, para todo o restante da população, a maior parte dela não tem a menor noção 
do idioma, e eu me incluo nesse caso, por isso me sentiria discriminado. Imagino-me 
entrando em qualquer estabelecimento (cinema, loja, restaurante, etc.) e tudo está 
escrito em inglês, inclusive os atendentes estão falando em inglês comigo. Eu me 
sentiria muito mal, pois minha língua natural é o português e não o inglês (faltaria 
acessibilidade comunicacional), do contrário eu seria excluído socialmente e vários 
outros integrantes da população mais pobre também. 
Nesse contexto, percebo que minha situação seria muito parecida com a experiência 
vivida todos os dias por pessoas surdas, que vive isso diariamente na pele (não é 
apenas uma suposição). Realmente, se o presidente fizesse isso, eu me sentiria 
extremamente mal e excluído da sociedade. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: LIBRAS – Apectos Linguisticos e Gramaticais 
 
 
DESAFIO 
As Línguas de Sinais têm sua base de produção e percepção em características da 
modalidade gesto-visual, a qual utiliza o corpo para fazer movimentos no espaço que 
configuram e estruturam os sinais e as frases. 
Sabemos que tanto nas Línguas Orais quanto nas Línguas de Sinais existem variações 
entre palavras. Na imagem a seguir, temos duas formas de efetuar o sinal: CAMA. 
Contudo, apesar de os sinais serem feitos de forma diferente, não chega a caracterizar 
mudança de sentido. 
 
 
 
Esse exemplo em Língua de Sinais seria o equivalente a que exemplo de articulação de 
palavra na Língua Portuguesa? Justifique sua resposta. 
 
Resposta: 
No caso poderíamos citar as diversas variações regionais que existem na palavra 
mandioca, por exemplo. 
Isso porque a referida palavra poderá ser falada das mais diversa formas no 
portugueses, como macaxeira, aipim, dentre outros. 
Nesse sentido, temos que por mais que haja diferenciações na foram de falar a 
palavra isso não significa dizer uma mudança de sentido, que é mesma coisa que 
ocorre com o sentido da palavra cama. 
 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: LIBRAS – Apectos Linguisticos e Gramaticais 
 
 
DESAFIO 
O país vive um paradigma educacional inclusivo, ou seja, a escola está apta a atender 
à toda diversidade de alunos que compõe as infâncias e juventudes. Parte integrante 
dessa diversidade são os alunos surdos que, em grande parte, chegam às escolas sem 
uma proficiência em Libras e, consequentemente, com um conhecimento precário da 
Língua Portuguesa. 
A Lei Brasileira de Inclusão, também conhecida como Estatuto da Pessoa com 
Deficiência, publicada em 6 de julho de 2015, destaca no Capítulo IV, que trata sobre o 
Direito à Educação, no artigo 28 inciso IV, a "oferta de educação bilíngue, em Libras 
como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda 
língua, em escolas ou classes bilíngues e em escolas inclusivas" (BRASIL, 2015). 
 
 
Considerando esse contexto, o que você faria: defenderia a continuidade das aulas de 
Libras ou não? Justifique. 
 
Resposta: 
 
Sim. Porque, na realidade, a Libras é importante para a inclusão social de pessoas 
em ambientes públicos e/ou privados. 
O que é Libras? 
A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é a língua falada 
pelas pessoas com deficiência auditiva. Na prática, a Libras representa o segundo 
idioma oficial da República Federativa do Brasil (com base na Lei Nº 10.436). 
Ainda, vale destacar que as aulas de Libras contribuem para a formação 
daquelas pessoas que desejam ser professores do idioma em questão. 
Por fim, a gente pode notar que muitos deficientes auditivos tiveram suas vidas 
mudadas a partir do aprendizado da Libras. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: LIBRAS – Escrita de Sinais 
 
 
DESAFIO 
 
A escrita de sinais ainda é uma temática que requer muito estudo; no Brasil ainda não 
existe uma escrita de sinais oficial. O sistema mais utilizado no momento é 
o SignWriting. Este também é utilizado em mais de 35 países, não sendo um sistema 
fechado. Muitos estudiosos, tanto surdos como ouvintes, estão trabalhando e pensando 
maneiras de adaptar e melhorar o sistema para cada realidade. 
Você é professor fluente em língua de sinais e foi convidado para trabalhar em uma 
escola de surdos, a qual utiliza o sistema SignWriting. 
De acordo com esse contexto, descreva uma estratégia pedagógica que você utilizaria 
em suas aulas de modo a contribuir para o processo de aquisição da escrita da língua 
de sinais pelas crianças. 
 
 
Resposta: 
Já que as aulas devem auxiliar a compreensão da língua de 
sinais no sistema SignWriting, é necessário trazer a ludicidade para os ambientes 
digitais, com a implementação dos teclados virtuais para a construção 
de palavras, frases e apresentando de maneira ativa as funcionalidades para os alunos. 
Atividade lúdica a partir do SignWriting 
É interessante desenvolver a ludicidade neste sistema, visto que a compreensão total 
do que está sendo expresso será mais fácil. Através dele, é possível brincar com os 
alunos como a atividade "imagem e ação" em que eles terão que adivinhar o que se 
trata, trazendo objetos comuns da sala de aula para que eles apresentem no programa. 
Também é interessante trabalhar com os sentimentos, trazendo situações 
do cotidiano comuns para eles descreverem a maneira como se sentem através 
do SignWriting, para através dos gestos, conseguirem se expressar integralmente. 
 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: LIBRAS – A pratica de LIBRAS 
 
 
DESAFIO 
 
A língua de sinais é, predominantemente, visual; os sinais são compostos por meio de: 
configuração de mãos (CM); movimento (M); locação (L); ponto de articulação (PA) e 
expressões não-manuais (ENM). Nesta última, entram expressões faciais e 
corporais. Todos esses elementos proporcionam o aprendizado e desenvolvimento da 
Libras. 
Um menino surdo de 7 anos de idade, filho de pais ouvintes que não usam Libras, está 
frequentando o 1.º ano do ensino fundamental de uma escola regular. Na sala de aula, 
além da professora titular da turma, o menino tem auxílio de uma professora de apoio. 
Porém, nenhuma das duas professoras tem o conhecimento e fluência da língua de 
sinais, elas estão buscando aprender. 
Infelizmente, essa situação é muito comum nas escolas; então, você pode se deparar 
com esse cenário em algum momento da sua atuação profissional. 
Quais elementos devem ser usados nos recursos, para auxiliar no processo de 
alfabetização desse aluno, levando em consideração a influência da linguagem viso-
espacial no desenvolvimento cognitivo da criança surda? 
Lembre-se: a alfabetização da criança precisa se dar por meio do português escrito e 
da língua de sinais, como forma de expressão e recepção de informações. 
 
 
Resposta: 
 
Para que esse aluno possa se sentir incluso, não dividido em relação aos demais alunos, 
é importante que a educadora utilize elementos básicos para a acessibilidade, indo 
desde fotos, imagens, gravuras, vídeos, desenhos, entre outras peças visuais, para 
facilitar o entendimento e a troca de informações. 
O alfabeto manual é fundamental durante esse processo de aprendizagem 
Mostrar o uso da Língua Brasileira de Sinais para este jovem é uma forma de 
fortalecer o movimento, a locação, o ponto de articulação, além das expressões 
não-manuais, como as faciais e corporais. 
Por fim, a educadora podeutilizar das redes que o Atendimento Educacional 
Especializado possui para desenvolver melhor seu trabalho. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historia e Ensino de Historia 
 
 
Desafio 
Para alguns alunos e algumas escolas, os livros didáticos são o principal material de referência 
para o ensino de História. Desde a instituição de políticas públicas relacionadas a esse material, 
a qualidade das narrativas históricas ali presentes mudou significativamente, preocupando-se 
com a diversidade, a igualdade, a inclusão e a representatividade. No entanto, os professores 
devem saber como utilizá-los para que os alunos desenvolvam uma série de habilidades 
relacionadas ao ensino da História. 
Para este Desafio, leia as frases a seguir, proferidas por pesquisadoras da área de ensino e do 
ensino de história: 
"Os livros didáticos trazem uma abordagem homogênea, como se o passado fosse apenas aquilo 
ali." 
(Maria Auxiliadora Schimidt) 
"O professor pode utilizar o livro didático, mas deve criticá-lo também." (Arlette Medeiros 
Gasparello) 
Diante disso, e no papel de futuro professor de História, responda as questões a seguir e 
indique possíveis soluções. 
1) Que problemas você vislumbra na utilização acrítica do livro didático? 
 
2) De que maneira o livro didático pode contribuir para o ensino e a aprendizagem de História? 
 
3) Como utilizar o livro didático como uma ferramenta para uma educação inclusiva e 
multicultural? 
 
Resposta: 
 
1) A utilização acrítica, ou não reflexiva, do livro didático constrói nos estudantes a ideia de 
conhecimento finalizado, como se o que estivesse escrito ali fosse a descrição real e absoluta 
de tudo o que já tivesse ocorrido historicamente de mais importante no mundo, e que a única 
missão dos estudantes é então absorver tais conhecimentos sem maiores questionamentos. 
2) O livro didático na disciplina de História pode ser um aliado do estudante, ou seja, a base das 
informações está ali, e ele pode aprofundar seus conhecimentos por meio de pesquisas, até 
mesmo para comparar os fatos, e perceber qual a linha de pensamento cada pensador tem sobre 
as situações. 
3) O livro didático pode ser um grande aliado da educação inclusiva e multicultural, ao tratar de 
realidades diferenciadas para o aluno, como os fatos históricos mais marcantes, e instigar sua 
curiosidade para buscar ainda mais conhecimento, além do que é oferecido em suas valiosas 
delimitações. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Historia e Ensino de Historia 
 
 
Desafio 
Os historiadores João Fragoso e Manolo Florentino, influenciados pela obra de António Manuel Hespanha, 
renovaram a historiografia sobre a economia colonial da América Portuguesa, compreendendo de que 
forma o "sistema de mercês" configurou a administração econômica e política da colônia na América. Leia 
o trecho a seguir, que explicita sua definição do "sistema de mercês", presente no livro Arcaísmo como 
projeto: 
 
 
 
Essas características, segundo os autores, teriam reforçado o clientelismo, o corporativismo e o 
patrimonialismo que marcaram a colonização da América Portuguesa. 
De que forma você, professor de História, utilizaria a definição e a história do "sistema de mercês" para 
ensinar as relações clientelísticas, corporativas e patrimonialistas da cultura política brasileira 
contemporânea? 
 
Resposta: 
O "sistema de mercês", organizador da economia, da política e da sociedade do Império Português, permite 
ao professor aproximar a temática da história colonial da cultura política contemporânea no Brasil. 
Ao trabalhar os conceitos de clientelismo, corporativismo e patrimonialismo, e explicar de que forma essas 
práticas eram desempenhadas na América Portuguesa, e com qual finalidade, é possível pensar em 
aproximações com exemplos contemporâneos. O professor pode, por exemplo, trazer alguns exemplos de 
manchetes políticas e perguntar aos alunos a quais práticas políticas eles correspondem. 
Dessa forma, consegue-se problematizar a longa duração de certas práticas da cultura política, bem como 
as continuidades e as reproduções das desigualdades sociais no Brasil. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Processo de Independencia do Brasil 
 
 
Desafio 
As Cortes portuguesas, ressentidas pela permanência de D. João VI no Brasil, organizaram uma 
revolução em 1820, exigindo o retorno da família real a Portugal e a elaboração de uma 
Constituição. Após o retorno da família real a Portugal, D. Pedro ficou no Brasil como príncipe 
regente, mas as Cortes portuguesas passaram a exigir que o príncipe também voltasse a 
Portugal, para terminar a sua formação nas universidades europeias e se preparar para assumir 
o trono do país. 
No Brasil, D. Pedro tentava se impor como governante, arquitetando a libertação do domínio 
português para que ele pudesse exercer pleno domínio no país, e a população brasileira passou 
a pressionar para que D. Pedro rompesse com Portugal. Um importante momento da regência 
de D. Pedro foi o chamado Dia do Fico, onde o príncipe recebeu um abaixo-assinado contendo 
mais de 8 mil assinaturas que pedia sua permanência no Brasil. 
Imagine-se como um grande comerciante que teme que o Brasil volte a ser uma colônia de 
Portugal (desejo das Cortes portuguesas na Revolução Liberal do Porto). 
Elabore um manifesto que será entregue a D. Pedro. Você precisa, no seu manifesto, convencer 
as pessoas a assinarem um abaixo-assinado pedindo que D. Pedro rompa com Portugal e torne 
o Brasil independente. 
 
 
Resposta: 
 
Manifesto pela permanência de D. Pedro no Brasil 
 
Por meio deste manifesto, venho apresentar ao príncipe regente os motivos pelos quais este 
deve romper com Portugal. O povo brasileiro anseia pela libertação do domínio português, que 
quer nos relegar novamente à posição de colônia de exploração. As liberdades comerciais 
experimentadas pelo povo brasileiro desde que a família real chegou ao Brasil, em 1808, 
dinamizou o comércio interno e beneficiou a população, que passou a ter acesso a produtos mais 
baratos e de boa qualidade, principalmente vindos da Inglaterra. Não cabe mais ao Brasil a 
função de ser mero fornecedor de matéria-prima para Portugal; o povo brasileiro não pode mais 
aceitar o domínio português, que quer apenas explorar nossas riquezas sem promover o 
desenvolvimento econômico do Brasil. Assim, em nome do povo brasileiro, que abaixo assina 
este manifesto, venho pedir ao príncipe regente que considere o rompimento com Portugal, 
visando a construir uma nação independente, que tenha como líder máximo Vossa Alteza, D. 
Pedro. 
 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Processo de Independencia do Brasil 
 
 
Desafio 
As últimas décadas do século XIX e as primeiras do século XX marcaram o início de 
profundas transformações sociais, políticas e econômicas na sociedade brasileira. A 
abolição da escravatura, ao mesmo tempo que permitiu a introdução da mão de obra 
assalariada no mercado de trabalho, tornou mais complexa a composição social no país, 
pois os emigrantes europeus que substituíram os escravos nas lavouras de 
café também ganharam a vida atuando no comércio, nos serviços e nas atividades 
fabris. O resultado foi o desenvolvimento de outros setores da economia – serviços e 
indústria – e o aumento dos núcleos urbanos nos principais polos econômicos do país. 
No âmbito político, o período foi marcado por articulações entre os grupos dominantes 
do regime monárquico e do regime republicano, disputando política e militarmente a 
hegemonia dos partidos existentes e das instituições vinculadas ao exercício do poder. 
Os militares da Marinha e do Exército, inseridos no jogo político após o golpe militar que 
derrubou a Monarquia e instituiu a República, envolveram-se cada vez mais nas 
disputas pelo poder, participando de insurgências e revoltascontra o poder instituído 
nas esferas regional e nacional. As decisões dos rumos políticos e econômicos do país 
foram articuladas nos quartéis, nos palácios ou nas casas burguesas dos grandes 
proprietários rurais do café de São Paulo e de Minas Gerais. As classes populares do 
campo e das cidades foram completamente isoladas e marginalizadas dos processos 
políticos decisórios. Não havia canais de participação popular no processo político e, 
por isso, as camadas populares somente participavam das questões políticas quando 
eram afetadas diretamente e de forma negativa por alguma decisão político-
administrativa ou econômico-militar, por meio de revoltas e manifestações 
violentas, como as que aconteceram em Canudos, em 1896/1897, e no Rio de Janeiro, 
com a Revolta da Vacina, em 1904. 
 
Nesse contexto, a proclamação da República e a promulgação da primeira Constituição 
republicana, de 1891, frustraram a possibilidade de inserção das classes 
populares como protagonistas na cena política, pois as classes dominantes 
estruturaram o sistema político-jurídico republicano de modo a manter as classes 
populares distantes do processo político. 
 
Considerando essa informação, tente inserir-se na situação que será apresentada a 
seguir. 
 
 
Como você orientaria seus alunos quanto ao tipo de conteúdo que a revista em 
quadrinhos deve conter, de maneira a realizar uma abordagem que privilegie o contexto 
da participação popular no processo político decisório, nos primeiros anos da 
República? Justifique. 
 
Resposta: 
Como professor, devo orientar que a revista em quadrinhos deve contemplar o contexto 
da participação política das classes populares, no início do período republicano, a partir 
da caracterização dos dispositivos constitucionais que estabeleceram a ampliação do 
voto para todos os cidadãos a partir dos 21 anos, com a exclusão não apenas da 
exigência de renda mínima para votar, mas também do voto das mulheres, dos 
analfabetos e dos mendigos. 
Associado a tal caracterização, o plano de ensino deve conter uma contextualização 
sociopolítica do processo eleitoral com a identificação do número de eleitores 
participantes nos pleitos eleitorais,o qual era muito reduzido em relação à população 
regional e nacional, e da configuração da maioria do eleitorado da zona rural, vinculada 
aos coronéis municipais e às oligarquias regionais, que constituem uma "máquina" 
eleitoral, na qual prevalecia o voto a cabresto, o que manchava a lisura da escolha 
democrática prevista na Constituição. Por fim, o plano de ensino deve contemplar a 
análise do controle das instâncias de poder por poucos grupos dominantes (líderes do 
Partido Republicano, oficiais do Exército e da Marinha, grandes proprietários rurais 
produtores de café e grandes comerciantes), que consideravam a participação popular 
como algo que agitava e perturbava a vida nas cidades e no campo, e não como direito 
previsto na Constituição, o que fundamentou a despolitização popular ao longo da 
Primeira República. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Processo de Independencia do Brasil 
 
 
Desafio 
"Como não poderia deixar de ser, tratando-se de intelectuais, os historiadores devem 
ser analisados como participantes de múltiplas redes de sociabilidades, através das 
quais se colocam em contato com o mundo (...). As redes familiares e de amizade, a 
imprensa (jornais e revistas), as instituições de ensino são indiscutivelmente sempre 
cruciais, ao lado dos dois grandes lugares de consagração nacional: A Academia 
Brasileira de Letras (ABL) e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB). O IHGB 
tem, nesse sentido, uma importância especial, como palco de debates sobre o que era 
e o que devia ser a história, como um ponto de agenda claramente associado ao traçado 
de projetos de futuros possíveis para a modernidade do país" (GOMES, 2009, p. 11). 
O campo da historiografia compreende um espaço de grande erudição, passível de 
interação com inúmeras áreas do conhecimento, uma vez que se pode produzir a 
história de qualquer uma dessas áreas. Se no passado, intelectuais de outras áreas 
migraram para a história, atualmente, historiadores se veem em campos de pesquisa 
interdisciplinares dos mais diversos. Além disso, a história se relaciona com questões 
do passado e, ao mesmo tempo, se preocupa com futuros possíveis, como mencionado 
pela autora acima. 
No presente Desafio, você é professor e vai preparar uma aula para o 9º ano, a fim de 
ampliar o entendimento sobre os campos de atuação da História. Para a aula proposta, 
debata os seguintes pontos: 
a) No Brasil do século XXI, dentro de perspectivas interdisciplinares e da demanda da 
sociedade, aponte algumas áreas onde o historiador pode atuar profissionalmente. 
b) De acordo com a autora e com sua noção sobre o trabalho do historiador, mencione 
algumas instituições que podem contribuir para o trabalho do historiador. 
 
Resposta: 
 
a) O historiador pode contribuir profissionalmente em múltiplos campos, como professor, 
pesquisador, arquivista, escritor, ensaísta, colunista de jornais e revistas, editor de livros 
ou revistas, produtor de material didático para cursos presenciais ou a distância, 
curador, atuar em instituições de guarda de objetos históricos ou artísticos, como 
museus, coordenar cursos das áreas de humanas, etc. Cabe ao profissional da História 
abrir mais e mais campos onde possa atuar. 
 
b) São instituições que podem contribuir para o trabalho do historiador: institutos 
históricos, como o IHGB, associações, como a ANPUH, universidades, arquivos 
públicos ou privados, jornais, revistas, museus, dentre outros. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Processo de Independencia do Brasil 
 
 
Desafio 
 
Leia o trecho a seguir, escrito pelo historiador José Bonifácio Alves da Silva: 
 
"A tradicional seleção quadripartite da história, somada a uma temporalidade linear, nos leva a 
crer que a origem de quase todos os processos históricos está no ocidente branco e cristão. É 
essa noção particular de temporalidade pautada na ideia de linearidade com direção 
preestabelecida que ocupa o lugar do universal, permitindo a fixação hegemônica de um sentido 
de processo histórico (GABRIEL, 2015, p. 40), o qual, supostamente, deveria nos guiar no 
desenvolvimento da sociedade. Porém, outras articulações entre passado, presente e futuro são 
possíveis. Diferentes contatos culturais na história provocaram misturas, mas também alterações 
nas formas de conceber o tempo e os processos históricos que nos orientam." 
 
Você é professor do primeiro ano do Ensino Médio com a temática de História Antiga. 
 
a) Quais atividades você poderia desenvolver para promover uma história mais diversa e 
inclusiva? 
b) De que forma você trabalharia, em sala de aula, uma narrativa histórica que não partisse da 
história europeia, mas da África ou da América? 
 
Resposta: 
 
A - um exemplo de atividade é a divisão quadripartite da história e sua temporalidade de Near 
que foram desenvolvidas no contexto europeu do século 19 e atenderam a determinados 
objetivos daquela conjuntura entretanto foram naturalizados e estão presentes nos currículos 
nos livros didáticos e nas aulas de história a partir das críticas a essa concepção eurocentrista 
da história foram surgindo outros Marcos temporais outras referências espaciais permitindo que 
os professores explorassem outras realidades que não corresponderiam a essa cronologia e a 
essa concepção temporal 
 
B - E possível trabalhar de forma sincronica as sociedades africanas é americanas, suas 
concepções de história é de tempo, bem como pensar juntamente com os alunos que tipo de 
história haveriase, ao invés de centrar na Europa, considerasse os continentes africanos ou 
americanos como referenciais. 
2ª. LICENCIATURA – HISTÓRIA 
ALUNO: CLAUDIO J. E. DE ANDRADE 
 
DISCIPLINA: Debates e Tendencias na historiografiada Historia Antiga 
 
 
Desafio 
 
Um debate importante na historiografia da História Antiga é a questão da mulher e suas 
representações sociais ou políticas. Quando se procura entender o papel da mulher na 
sociedade, há de se voltar o olhar para os primórdios da existência de nossa sociedade, dando 
ênfase à formação do sujeito, seus grupos e classes sociais. Nesse sentido, a importância do 
papel da mulher no desenvolvimento das sociedades antigas até os dias atuais é um debate 
relevante na perspectiva das representações atribuídas às mulheres, algumas vezes como 
submissas e outras como figuras de comando. 
Nesse contexto de diversidade histórica quanto ao papel da mulher nas sociedades, você, como 
professor do terceiro ano do ensino médio na área de História, está explorando com os 
estudantes a temática referente à história da mulher, por meio de leituras, vídeos e discussões. 
Veja mais:. 
 
 
 
1. Exemplifique fatores e acontecimentos que apresentam outra perspectiva sobre a mulher na 
antiguidade. 
2. Relacione esses fatos e acontecimentos com os respectivos povos da antiguidade. 
3. Relacione esses fatos e acontecimentos com os dias atuais. 
 
 
Resposta: 
 
Resposta1. Na sociedade antiga, é possível observar alguns fatores que acabam por 
atribuir maior valor para as mulheres diante do contexto social, tais como: 
- Na sociedade egípcia, elas tinham sua representação na política por seu papel 
importante de carregar no ventre o filho do faraó, que algumas vezes poderia ser 
um Deus. Sabe-se que o Egito era uma sociedade regida pelos homens, só que a mulher 
também exercia um papel importante colaborando com a manutenção da ordem social, política 
e religiosa. Juridicamente, os direitos e deveres da mulher eram parecidos aos do 
homem, porém a sua imagem na sociedade dependia diretamente da figura de um homem, tanto 
representada pela figura do pai, quando solteira, como a do marido, quando casada. 
- Na Grécia, pode-se perceber que a mulher não tinha nenhum direito político, sendo totalmente 
dependente de uma figura masculina (pai, marido ou irmão).No entanto, algumas mulheres 
se destacaram, como Hipácia, que era filósofa e matemática, tão inteligente e dedicada como 
qualquer outro filósofo homem da sua época. 
- A sociedade romana, extremamente constituída pelo poder da figura masculina, é 
surpreendida pelo enfrentamento da Boudicca, rainha bretã, da tribo dos Iceni, casada como o 
rei Prasutago. 
 
Resposta 2. Esses fatos e acontecimentos demonstram que as mulheres não eram 
todas submissas aos homens, algumas destacaram-se em seus contextos e lutaram para 
melhorar a realidade dos seus pares e da sociedade como um todo. 
Resposta 3. Atualmente essa situação, de certa forma, repete-se, quando percebem-se 
mulheres que ainda precisam lutar pela igualdade e o respeito como ser humano, 
como profissionais, e por suas contribuições para a sociedade.

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