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EXMO. SR. DR. JUÍZO DE DIREITO __ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE CUIABÁ - MT GERVASÍA, brasileira, casada, publicitária, portador do documento de identidade nº:... ,expedido pelo:..., inscrito(a) no CPF sob o nº:..., residente e domiciliado na Rua:..., Bairro:..., Cuiába/MT , CEP:..., e- mail:..., vem, em causa própria, com espeque na Lei 8.078/90 e demais dispositivos, e perante a V. Exa. Formular a presente: AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS COM TUTELA DE URGÊNCIA em face de TUDO AZUL, pessoa juridica de direito privado, inscrita no CNPJ nº:..., a ser citada na pessoa do seu representante legal, situada na Rua:.., Bairro:..., Cidade: Curitiba/PR..., CEP:.., e-mail:..., pelos fatos e fundamentos que se seguem: I - DA TUTELA DE URGÊNCIA Tratando-se de decisão que V.Exa. pode tomar independentemente da citação ou intimação dademanda, requer a TUTELA DE URGÊNCIA para determinar que a empresa ré ENTREGUE no prazo de 24H a geladeira de marca Zênite no endereço da autora, diante da existência dos requisitos do fumus boni juris e periculun in mora, bem como preenchids os requisitos do artigo 300 do CPC/15 C/C artigo 84, § 3º do CPC, seja liminarmente e INAUDITA ALTERA PARTE, sob pena de multa diária de R$300,00 (trezentos reais) face ao descumprimento. II - DOS FATOS Inicialmente informa a V.Exa. que a parte autora é cliente da ré, pois na data de 01/09/2020 a parte autora comprou uma geladeira da parte ré no valor de R$ 2.000,00 reais da marca Zênita. Ato continuo o produto estava com a data de entrega para 06/09/2020, na residência da parte autora, e a data acordada de entrega pela parte é nao foi horrada. Após o decorrido prazo de entrega do produto, o queixante entrou em contato via telefone com o reu, na data de 07/09/2020, sob protocolo 202059874533, sendo informada que o produto havia sido extraviado e que aguardasse o prazo de 15 (quinze) dias, para uma nova entrega. Na ocasião, o requerente questionou a nova data para entrega, tendo em vista que estava sem geladeira, pois a antiga não funcionava, bem como possui três filhos menores e não poderia esperar tal prazo para uma nova entrega do produto. Assim, a parte autora realizou reclamação no site consumidor.gov.br e Procon de sua cidade, na data de 08/09/2020, sob protocolo nº202077799922 e 202036367878, respectivamente, porém, sem sucesso. III - DOS FUNDAMENTOS CODECON Hodiernamente, é inconteste a natureza da relação jurídico-material que se estabelece entre as partes, qual seja: relação juridica de consumo. Aplicabilidade, portanto, das disposições do código de defesa do consumidor para o caso concreto, é inevitável, senão vejamos: “Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995) I - Reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; É oportuno ainda, observarmos que ficou evidente que através de seus atos, a empresa demandada não prestou o serviço de forma adequada, sendo totalmente responsável pelos danos advendos da má prestação do serviço,nos rermos do artigo 14 do Código de Defesa Do Consumidor (Lei 8,078 de 11/09/1990), que diz: “Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Eminente julgador, estando patente a configuração de pratica abusiva comentida requerida, em cobrar e não instalar os serviços contratados pelo autor. Portanto, não restam duvidas quanto a sua responsabilidade pela reparação dos danos causados, pois nesse ponto, o Código de Defesa do Consumidor foi taxativo, sem dar margem a qualquer outro tupo de interpretação. Portanto nos contratos de prestação de serviços, a responsabilidade do prestador de serviço, pelos vícius ou defeitos do serviço acordado, ressaltando as hipoteses excludentes de responsabilidade ( art. 14. Paragrafo 3º do CDC), hipoteses que não se enquadram no caso em tela, é sempre objetiva. Não é necessario se provar dolo ou culpa. Corrroborando com o acima exposto sobre o caso em tela, trata-se este de evidente falha na prestação do serviços, previsto no CDC, em seu art. 22, in verbis: Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na forma prevista neste código. Tendo em vista que a parte autora é consumidor e sendo assim a parte vulneravel, solicita-se a inversão do ônus da prova. “Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências; Apesar da autora ter requerido que se realizasse o que havia sedo pactuado, a ré não cumpriu com a oferta apresentada. Dessa forma, se faz imperioso a tutela do estado para que obrigue a parte ré cumprir o Art. 35 inciso III do CDC. Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre escolha: III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos. Observasse no caso narrado a cima que sem sombra de dúvida o direito moral da parte autora foi ferida pela parte ré, pós o queixante esgotar todos os meios administrativos de solucionar a lide em questão. Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos; CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; IV – DOS FUNDAMENTOS CIVIS Lei nº 10.406 de 10 de Janeiro de 2002 É oportuno ainda, observarmos que ficou evidente a culpa da parte ré e por conta da culpa causou problemas não somente material como psicológico a parte ré que por diversas vezes tentou recorrer medidas administrativas sem sucesso. Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.para os direitos de outrem. V – CONCLUSÃO E PEDIDOS Em face do exposto de forma cristalina, forma-se demonstrada a indiscutivel a conduta abusiva e irresponsável da parte ré. Nessas condições, e confiando na sensibilidade jurídica a experiência profissional que notabilizam V. Exa., espera a requer a parte autora, á luz da Lei e do melhor direito, o seguinte: a) Seja julgado procedente o pedido para que a empresa ré ENTREGUE no prazo de 24H a geladeira de marca Zênite no endereço da autora, sob pena de multa diária de R$300,00 ( trezentos reais) face ao descumprimento da tutela de urgencia; b) A citação da parte ré para responder a presenteação e comparecer à audiência de conciliação, que poderá ser imediatamente convolada em audiência de instrução e julgamento, caso não chegue as partes a acordo, sob pena de revelia; c) Que derernube a inversão do ônus da prova em favor da parte autora, conforme preconiza o artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa Do Consumidor. d) Seja julgado procedente o pedido de INDENIZAÇÃO a parte autora o valor de R$7.000,00 (sete mil reais) pelao danos morais que a ré causou diante de todos os fatos aqui narrados e conforme artigo 6º inciso VI do CDC e artigo 5º inciso X da CRFB. e) A observancia da vulnerabilidade da parte autora. f) Seja julgado procedente a confirmação da tutela de urgência ao final da lide. VI – DAS PROVAS Pugna pela produção de todas as provas admitidas, em especial, o depoimento pessoal da parte ré, documental superveniente e testemunhal. VII – DO VALOR DA CAUSA Atribui-se a causa, para efeito de alçada o valor de R$9.000,00 (nove mil reais). Termos em que pede deferimento. Loca, XX de XXXX de 20XX. ADVOGADO OAB/RJ nº XXXXXXX QUESTÕES OBJETIVAS 1) B 2) A 3) C 4) B 5) A Rua XXXX, Bairro, Cidade/RJ Telefone: 0000-0000, e-mail: advogado@advogado.adv.br
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