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Prova de Saúde da Criança e do Adolescente

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas, MG. CEP: 37130-000
Fone: (35) 3701-9000. Fax: (35) 3701-9006
Aluno: Savana Raabe de Oliveira; 2019.1.03.031
Aluno: Lara de Freitas; 2019.1.03.019
1) Explique o exame físico da criança considerando as competências e atribuições do
enfermeiro.
Cabe ao enfermeiro realizar a consulta de puericultura e exame físico da criança, como
disponibilizado no Caderno de Atenção Básica nº 33.
Primeiramente, o profissional de enfermagem deverá receber a criança junto ao seu
responsável e realizar anamnese.
Ao exame físico segue-se a seguinte ordem: coleta dos sinais vitais (pressão arterial,
temperatura, frequência cardíaca e frequência respiratória) e aferição dos dados
antropométricos (peso, estatura, perímetro cefálico e perímetro torácico), estando atento a
quaisquer alterações significativas que devam ser encaminhadas ao médico.
Deverá ser realizada a avaliação céfalo-caudal, iniciando pela cabeça com inspeção do
crânio, couro cabeludo, cabelos, olhos, ouvidos, nariz e boca; seguindo para o pescoço em
que será analisada a tonicidade muscular, mobilidade e a presença de gânglios e linfonodos
infartados. Posteriormente, deve fazer a avaliação do tórax (simetria, forma, ritmo
respiratório e ausculta pulmonar e ausculta cardíaca) e do abdômen (inspeção, ausculta,
palpação e percussão); seguindo para membros inferiores e superiores (simetria, mobilidade
e formas).
A seguir, o enfermeiro deverá pedir para o responsável despir a criança para realizar a
avaliação da genitália (identificando higiene, integridade, coloração, secreção e alterações) e
da pele.
Por fim, deve-se proceder os testes de reflexos e desenvolvimento pertinentes à idade
da criança, verificando se preenche as curvas de crescimento e marcos de desenvolvimento,
e analisar esquema vacinal.
Durante toda a consulta, deverá ser observada as atitudes e fácies da criança,
envolvendo irritabilidade, choro, depressão e presenças de determinadas doenças.
Se necessário, realizar a solicitação de exames de rotina e complementares e
prescrever medicamentos. Anotar tudo em prontuário, e se preciso encaminhar ao médico.
Também cabe ao enfermeiro realizar visitas domiciliares, grupos educativos e promover
a saúde.
2) Considerando as competências ético-legais do Enfermeiro, cite três atribuições do
profissional durante a consulta de Enfermagem ao adolescente, justificando a
importância dessas atribuições.
O profissional deverá:
- Acolher com sigilo e respeito;
- Deverá promover vínculo e confiabilidade durante a consulta;
- Usar linguagem clara de fácil compreensão.
Essas atribuições são importantes devido ao fato do adolescente ser um público que
não tem adesão aos serviços de saúde. A confiança e a garantia do sigilo e respeito dele
com o profissional garante a participação e colaboração do mesmo nas consultas. Além
disso, o uso de uma linguagem clara alcança um público maior e possibilita compreensão e
aceitação das recomendações passadas durante a consulta.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas, MG. CEP: 37130-000
Fone: (35) 3701-9000. Fax: (35) 3701-9006
3) Uma enfermeira atua na estratégia Saúde da família de um município e, entre suas
responsabilidades, destaca-se o acompanhamento das crianças menores de 5 anos
de idade. Leia os casos a seguir e responda as questões relacionadas.
1) Caio, 3 anos, filho único de uma adolescente de 13 anos. História do parto e
neonatal: nascida de parto cesáreo, Apgar 9/9, idade gestacional de 33 semanas com
peso de nascimento de 1065g, pequeno para idade gestacional. Intercorrências no
período neonatal: internação de 3 dias. Foi amamentado exclusivamente até os 3
meses de vida. Ao exame: criança consciente, corada, interativa: Peso: 7,900 Kg,
Altura: 78 cm, Tem 36,5ºC, Resp 28 ipm, FC: 88 bpm. Crânio, cabeça e face sem
alterações, pele ressecada e turgor normal. Murmúrio vesicular audível sem ruídos
adventícios. Aparelho circulatório e abdome sem alterações. A criança está com
roupas inadequadas ao clima (de regata e shorts quando está frio) e higiene precária.
Caio não consegue vestir uma camiseta e nem equilibra-se em cada pé. Não consegue
imitar o desenho de uma linha e nem arremessar uma bola acima do seu braço.
Apresenta atraso na fala.
a) Considerando a Vigilância do Crescimento Infantil, a enfermeira pode identificar
alguma alteração? Se sim, quais são? Se não, como avalia o Crescimento?
A maneira como uma criança está crescendo indica o quanto ela está saudável ou o
quanto ela se desvia da situação de saúde. Assim, cabe ao enfermeiro marcar as medidas
nos gráficos para fácil identificação de desvios do crescimento.
Em relação ao gráfico de peso da criança, nota-se que Caio encontra-se no escore-z
-3, muito abaixo do peso para sua idade, o que pode ser sugestivo de uma carência
nutricional. Já na análise do gráfico de estatura, ele se encontra no escore-z -3, com muito
baixa estatura para a idade.
Portanto, há presença de alterações de crescimento e peso.
b) Considerando a Vigilância do Desenvolvimento Infantil, a enfermeira pode
identificar algum risco ao desenvolvimento no período pré-natal, natal e pós-natal?
Pré-natal: Os riscos observados nesse período são: idade da mãe e idade gestacional
de 33 semanas (prematuro).
Natal: Os riscos observados são: pequeno para a idade gestacional e necessidade de
internação por 3 dias.
Pós-natal: Os riscos observados são: amamentação exclusiva somente até os 3
meses, peso e altura muito baixos para a idade, atraso na fala, a falta de equilíbrio e a falta
de coordenação em alguns movimentos.
c) Considerando os marcos de desenvolvimento do Instrumento de Avaliação do
Desenvolvimento Integral da Criança do Ministério da Saúde, a enfermeira classificaria
o desenvolvimento dessa criança como? Quais seriam as condutas da enfermeira?
Como a criança apresenta ausência de reflexos/posturas/habilidades para sua idade,
seu desenvolvimento é classificado com provável atraso no desenvolvimento.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas, MG. CEP: 37130-000
Fone: (35) 3701-9000. Fax: (35) 3701-9006
Como conduta, a enfermeira deve acionar a rede de atenção especializada para a
avaliação do crescimento e desenvolvimento da criança, além de orientar a responsável
sobre a importância da estimulação motora e da fala, e prestar atenção aos sinais de alerta.
A enfermeira deve orientar ainda sobre a qualidade e quantidade adequada dos
alimentos para a idade da criança, visando o ganho de peso e a redução dos riscos
nutricionais. Também é importante abordar sobre a regularidade das refeições em ambientes
apropriados sempre que possível, com companhia para estimular a alimentação.
Contudo, cabe aos responsáveis pela criança procurar e aceitar ajuda e apoio dos
profissionais de saúde, educação e assistência social.
Será necessário marcar retorno para a consulta e avaliação da criança.
2) Julia, 4 anos, trazida pelos pais para a consulta de enfermagem. Julia é 1ª filha
do casal, tem uma irmã com 1 ano. A mãe relata que depois que teve a segunda filha,
passou a ver as diferenças que a Julia tem com a irmã, já que a irmã está “se
desenvolvendo de forma diferente”. O pai diz que Júlia sempre foi bem “quietinha” e
hoje não interage nem com a irmã por iniciativa própria. Entretanto, sempre foi bem
“calminha”, quase não se irrita com a irmã, com os pais ou até mesmo com outras
pessoas estranhas. Desde “bebe” tem seus brinquedos preferidos que não mudou:
um ursinho marrom e uma casinha de plástico colorida. Por ser muito tímida, quase
não fala. A mãe relata que Julia tem sono agitado e seletividade alimentar. A criança
ainda não frequenta a escola ficando em casa com a mãe e a irmã. Ao exame: Peso:
17,900 Kg, Altura: 105 cm, Temp 36,7ºC, Resp 22 ipm, FC: 78 bpm. Sem alterações no
exame físico. A enfermeira identifica queJulia tem dificuldade na fala e em atender
aos comandos, faz gestos e movimentos repetitivos.
a) Considerando a Vigilância do Crescimento Infantil, a enfermeira pode identificar
alguma alteração? Se sim, quais são? Se não, como avalia o Crescimento?
Em relação ao gráfico de peso da criança, nota-se que Julia, de 4 anos, encontra-se
entre o escore-z 0 e escore-z +1, com peso adequado para idade. Já na análise do gráfico
de estatura, ela se encontra entre escore-z 0 e escore-z +1, com estatura adequada para a
idade. Portanto, não há alterações de crescimento e peso.
O crescimento é avaliado de acordo com gráficos de Estatura e Peso para Idade de 2 a
5 Anos. Sendo que os pesos e estatura adequados para a idade da Júlia é ≥ escore-z -2 e ≤
escore-z +2.
b) Considerando a Vigilância do Desenvolvimento Infantil, a enfermeira pode
identificar algum risco ao desenvolvimento? Se sim, quais são? Se não, como avalia o
Desenvolvimento?
A criança apresenta riscos ao desenvolvimento ao apresentar: dificuldade na fala,
dificuldade em se expressar, seletividade alimentar e sono agitado, dificuldades em atender
comandos e fazer gestos e movimentos repetitivos. De acordo com os marcos do
desenvolvimento seria necessário para a idade de Julia falar de forma clara e compreensiva.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas, MG. CEP: 37130-000
Fone: (35) 3701-9000. Fax: (35) 3701-9006
c) Considerando os marcos de desenvolvimento do Instrumento de Avaliação do
Desenvolvimento Integral da Criança do Ministério da Saúde, a enfermeira classificaria
o desenvolvimento dessa criança como? Quais seriam as condutas da enfermeira?
Como a criança apresenta ausência de 1 ou mais reflexos/posturas/habilidades para a
sua faixa etária com 1 ou mais fatores de risco, seu desenvolvimento é classificado como um
alerta.
A enfermeira deve orientar os responsáveis sobre a estimulação da criança
adequadamente para a idade, conversando, brincando, interagindo e introduzindo Julia nas
atividades e orienta-los sobre a importância da escola para o desenvolvimento infantil. Além
disso, cabe ao profissional marcar consulta de retorno em 30 dias e informar à mãe sobre os
sinais de alerta para retornar antes de 30 dias.
3) Lara, 9 meses e 23 dias de vida, trazida pela avó para consulta de puericultura com
o enfermeiro. A avó relata que a criança nasceu de parto vaginal a termo, com peso de
3 200 g e comprimento de 51 cm, e que recebeu aleitamento materno exclusivo até o
quarto mês de vida, quando a mãe retornou ao trabalho. Atualmente, a criança é
alimentada com uma papa salgada e uma papa doce por dia, além de fórmula láctea
infantil. A avó relata ganho de peso reduzido da criança após o desmame. Informa,
ainda, que a criança começou a sentar-se com apoio há cerca de uma semana. Ao
exame: Peso: 6 100 g, Estatura: 65 cm Sem outras alterações no exame físico. Lara
transfere objetos de uma mão para outra e brinca de esconde achou.
a) Considerando a Vigilância do Crescimento Infantil, a enfermeira pode identificar
alguma alteração? Se sim, quais são? Se não, como avalia o Crescimento?
Peso ao nascer: 3,200 kg - 10%= 2,880 Kg
Peso mínimo:
1 trimestre: 83 x 20= 1,660kg
2 trimestre:90x15= 1,350kg
3 trimestre + 23 dias do 4 trimestre = 113 x 10= 1130g
peso mínimo= 7.020 kg
Peso máximo:
1 trimestre: 83 x 25 = 2,075kg
2 trimestre:90x20= 1800kg
3 trimestre + 23 dias do 4 trimestre= 113 x 10= 1130 kg
peso máximo:7.885kg
A enfermeira pode observar com os cálculos que a criança atualmente está pesando
6.100kg, o que representa um peso abaixo do esperado (7.020 a 7.885kg). A estatura
também se encontra abaixo da esperada, pois ela apresenta 65 cm e deveria estar com 70.5
cm.
b) Considerando a Vigilância do Desenvolvimento Infantil, a enfermeira pode
identificar algum risco ao desenvolvimento? Se sim, quais são? Se não, como avalia o
desenvolvimento?
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG
Rua Gabriel Monteiro da Silva, 700. Alfenas, MG. CEP: 37130-000
Fone: (35) 3701-9000. Fax: (35) 3701-9006
A criança apresenta risco ao desenvolvimento ao sentar-se somente com apoio, visto
que como ela está com 9 meses e 23 dias já deveria estar sentando sem apoio. Além disso,
Lara já deveria imitar gestos, fazer movimentos de pinça, produzir jargões e andar com
apoio.
Os marcos presentes são brinca de esconde-achou e transfere objetos de uma mão
para outra.
c) Considerando os marcos de desenvolvimento do Instrumento de Avaliação do
Desenvolvimento Integral da Criança do Ministério da Saúde, a enfermeira classificaria
o desenvolvimento dessa criança como? Quais seriam as condutas da enfermeira?
Lara apresenta ausência de 1 ou mais reflexos/posturas/habilidades para a faixa etária
anterior a dela, o que a classifica com provável atraso no desenvolvimento.
Como conduta, a enfermeira deve acionar a rede de atenção especializada para a
avaliação do crescimento e desenvolvimento da criança, além de orientar a avó sobre a
importância da estimulação motora e prestar atenção aos sinais de alerta.
A enfermeira deve orientar ainda sobre a qualidade e quantidade adequada dos
alimentos para a idade da criança, visando o ganho de peso e a redução dos riscos
nutricionais. Também é importante abordar sobre a regularidade das refeições em ambientes
apropriados sempre que possível, com companhia para estimular a alimentação.
Será necessário marcar retorno para a consulta e reavaliação da criança.

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