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ANÁLISE DE CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL FRANCISCO DOURADO

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1 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
CAMPUS UNIVERSITÁRIO DO ARAGUAIA 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA 
BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
ARTHUR AFONSO BITENCOURT LOUREIRO 
 
 
 
ANÁLISE DE CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE NA ESCOLA 
ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL FRANCISCO 
DOURADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Garças – MT 
2018 
 
 
2 
 
ARTHUR AFONSO BITENCOURT LOUREIRO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO SOBRE CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE NA ESCOLA 
ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO E FUNDAMENTAL FRANCISCO 
DOURADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Barra do Garças- MT 
2018 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
Curso de Engenharia Civil do Instituto de 
Ciências Exatas e da Terra do Campus 
Universitário do Araguaia como requisito 
parcial para a obtenção do título de Bacharel em 
Engenharia Civil. 
 
Orientador: Prof. Moisés Freitas Gomes Junior 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho à minha família e 
amigos, pela confiança em mim 
depositada e pelo apoio nos momentos 
mais difíceis dessa caminhada e aos 
professores pelos conhecimentos 
transmitidos. 
 
 
4 
 
Estudei nesta escola durante meu ensino fundamental e é triste constatar que em mais 
de dez anos desde que sai de lá a situação estrutural da mesma não tenha melhorado. Este 
trabalho é uma forma de agradecer aos anos em que ali estudei e de alguma forma estar 
retribuindo com meu conhecimento para estar auxiliando em sua melhoria. 
Agradeço ao grande arquiteto do universo que estende suas mãos sobre nós com suas graças 
e sabedoria. 
Aos meus pais Paulo e Iolanda, que sempre estiveram comigo, me guiando e me apoiando ao 
longo desses anos, pelo apoio e confiança que em foi depositada, que foi fundamental para 
obtenção desse mérito, sem eles seria impossível. 
Aos meus amigos, Barbara, Cleberyane e Jorge que estão comigo desde o ensino médio e que 
levarei para sempre. 
Aos que sempre me apoiaram, André Luiz, Luis Henrique, Catarini, Maiana, Giovani Peres, 
Adriane, Marcos Paulo, Kamila Fernanda e Thaisa Augusta. 
Ao meu orientador Moisés que se dispôs a me auxiliar nesta importante função de 
desenvolver este trabalho. 
Aos amigos e colegas que passaram ao longo destes anos, não foram esquecidos. 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não deixe o barulho da opinião dos outros abafar sua voz interior. E mais importante, tenha 
a coragem de seguir seu coração e sua intuição. Eles de alguma forma já sabem o que você 
realmente quer se tornar. Tudo o mais é secundário. ” 
 
Steve Jobs 
 
 
6 
 
RESUMO 
 
A garantia da educação não está apenas atrelada a qualidade do ensino, mas também se o 
ambiente de estudo é qualificado para oferecer conforto e condições de aprendizagem aos seus 
alunos. O seguinte trabalho procurou verificar as condições de acessibilidade na Escola 
Estadual Francisco Dourado com o estudo de suas edificações, análise de estudos similares, 
aplicação de um checklist baseado em itens da NBR 9050 (2015). Foi constatado que a escola 
possui uma estrutura precária e ineficiente impossibilitando o pleno direito de ir e vir de pessoas 
com problemas de mobilidade e não condizendo com os princípios do desenho universal, 
portanto a mesma não está apta a oferecer segurança e liberdade de movimentos a todos que ali 
circulam. 
Palavras Chave: acessibilidade, NBR 9050, educação inclusiva, desenho universal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
ABSTRACT 
 
The assurance of education is not only connected to the teaching quality, is also connected to 
the capacity of the learning environment to offer comfort and learning conditions for its 
students. By this work the acessibility conditions of the Francisco Dourado State School were 
verified with the study of its edifications and a checklist aplication based on NBR (2015) items. 
It was verified that the school have a precarious and inefficient structure making unable the full 
right of people with mobility problems to come and go, contradicting to the principles of 
universal design, in that way the school is not able to provide security and freedom of 
movement to all people who circulate there. 
 
Keywords: accessibility, NBR 9050, inclusive education, universal design 
 
 
 
 
8 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 - Portas com sensores que se abrem sem esforço. ................................................... 20 
Figura 2- Computador com teclado e mouse e com programa de voz e tesoura de uso de 
canhotos e destros. ............................................................................................................... 20 
Figura 3- Sanitários para pessoas com deficiência. ............................................................... 21 
Figura 4 - Pictogramas e outras informações de facil compreensão. ...................................... 21 
Figura 5 - Demonstração de redução de riscos. ..................................................................... 22 
Figura 6 - Sensor de proximidade que aciona a torneira automaticamente............................. 22 
Figura 7 - Mobiliário adaptado. ............................................................................................ 23 
Figura 8- Área de manobra para cadeirantes. ........................................................................ 25 
Figura 9- Área para manobra de cadeira de rodas com deslocamento.................................... 26 
Figura 10 - Exemplo de rota que dispensa instalação de sinalização tátil e visual de alerta. .. 27 
Figura 11- Exemplo de prevenção de acidentes em translado................................................ 28 
Figura 12 - manobra e transferência em sanitário.................................................................. 29 
Figura 13- área de manobra. ................................................................................................. 29 
Figura 14 - Dimensionamento de rampas ............................................................................. 31 
Figura 15 - Rampa com Patamar. ......................................................................................... 32 
Figura 16 - dimensões de degraus. ........................................................................................ 33 
Figura 17 - Medidas apropriadas para corrimãos. ................................................................. 34 
Figura 18 - Imagem de satélite da Escola Francisco Dourado. .............................................. 40 
Figura 19- Imagem da Escola Francisco Dourado. ................................................................ 40 
Figura 20 – Entrada Principal da Escola ............................................................................... 42 
Figura 21- Portão de acesso na rua lateral. ............................................................................ 42 
Figura 22-Calçada lateral a escola. ....................................................................................... 43 
Figura 23-Calçada aos fundos da escola. .............................................................................. 43 
Figura 24-Entrada de sala de aula sobre vão. ........................................................................ 44 
Figura 25-Acesso a quadra. .................................................................................................. 45 
Figura 26- Rampa de acesso lateral ao bloco inferior. ........................................................... 46 
Figura 27 - Acesso lateral ao bloco superior. ........................................................................ 47 
Figura 28- Escada de acesso ao bloco inferior ...................................................................... 48 
Figura 29- Escoamentode água entre corredor e salas de aula .............................................. 49 
Figura 30-Porta de sala de aula bloco inferior. ...................................................................... 50 
Figura 31- Janela sala de aula. .............................................................................................. 50 
 
 
9 
 
Figura 32- Porta de acesso a quadra...................................................................................... 51 
Figura 33- Porta de acesso a quadra...................................................................................... 51 
Figura 34-Sanitários. ............................................................................................................ 52 
Figura 35- Bacia sanitária com barras de apoio..................................................................... 53 
Figura 36-Mesa em rota universal. ....................................................................................... 54 
Figura 37- Corredor do bloco superior.................................................................................. 54 
Figura 38-Bebedouro bloco superior. ................................................................................... 55 
Figura 39-Biblioteca ............................................................................................................ 56 
 
 
 
 
10 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1- Circulação e Acesso. ........................................................................................... 41 
Gráfico 2 - Rampas e Acessos .............................................................................................. 46 
Gráfico 3 - Portas e Janelas .................................................................................................. 49 
 
 
 
 
11 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Quantidade de sanitários acessíveis recomendado ................................................ 30 
Tabela 2- Inclinação admissível para rampas ........................................................................ 32 
Tabela 3 - Dimensionamento de rampas em casos excepcionais ........................................... 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
LISTA DE APÊNDICES 
 
Apêndice A - Checklist de Acessibilidade.................................................................. 37 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 14 
2. OBJETIVOS ............................................................................................................... 15 
2.1. GERAL: ................................................................................................................ 15 
2.2. ESPECÍFICOS:...................................................................................................... 15 
3. JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 16 
4. REFERENCIAL TEÓRICO ...................................................................................... 17 
4.1. ACESSIBILIDADE ............................................................................................... 17 
4.2. DEFICIENCIA E SUAS CLASSIFICAÇÕES ....................................................... 17 
4.3. NBR 9050 .............................................................................................................. 19 
4.3.1. Desenho Universal .................................................................................................... 19 
4.3.2. Rota Acessível ........................................................................................................... 23 
4.3.3. Acessibilidade em Escolas ......................................................................................... 24 
4.3.4. Circulação e Manobras .............................................................................................. 24 
4.3.5. Mobiliários na Rota Acessível.................................................................................... 26 
4.3.6. Prevenção de Acidentes ............................................................................................ 27 
4.3.7. Sanitário Acessível e Boxe Acessível.......................................................................... 28 
4.3.8. Rampas ..................................................................................................................... 31 
4.3.9. Escadas ...................................................................................................................... 33 
4.3.10. Corrimãos ................................................................................................................ 33 
5. METODOLOGIA ....................................................................................................... 34 
5.1. ÁREA DE ESTUDO .............................................................................................. 39 
6. ANÁLISE E RESULTADOS ...................................................................................... 40 
6.1. CIRCULAÇÃO E ACESSO .................................................................................. 41 
6.2. RAMPAS E ESCADAS ......................................................................................... 45 
6.3. PORTAS E JANELAS ........................................................................................... 48 
6.4. SANITÁRIOS ....................................................................................................... 52 
6.5. MOBILIÁRIOS ..................................................................................................... 53 
6.6. ANÁLISE E SUGESTÕES .................................................................................... 57 
7. CONCLUSÃO ............................................................................................................. 58 
8. REFERÊNCIAS: ........................................................................................................ 59 
 
 
 
 
14 
 
1. INTRODUÇÃO 
País de dimensões continentais, O Brasil abriga uma população de aproximadamente 
208 milhões de habitantes segundo o IBGE (2010), destes estima-se que 24% possuam alguma 
deficiência física ou intelectual de acordo com o ultimo senso realizado em 2010. Este é um 
fato importante a ser observado pois pode influenciar em nossa rede de ensino, pois esta deve 
estar preparada para receber esta parcela da população que tem direito a educação de qualidade 
tanto quanto qualquer cidadão. 
De acordo com o Decreto Lei nº 3298 de 20 de dezembro de 1999 em seu artigo segundo 
determina que é papel do poder público garantir a pessoa com deficiência o exercício pleno de 
seus direitos, entre eles o direito a educação. Este decreto regulamenta a Lei nº7.853 que dispõe 
sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa com Deficiência. 
Dessa forma entende-se como acessibilidade a garantia do acesso a produtos, locais e 
serviços por quaisquer pessoas. Segundo Barbosa (2016) isto não ocorre com a qualidade que 
se determina, além de existir pouco acesso aos que existem, estes não estão executados de 
maneira correta 
A NBR 9050 foi atualizada no ano de 2015 para regulamentar o dimensionamento de 
ambientes e edificações a condições de acessibilidade, permitindo que pessoas com problemas 
de mobilidade e outros tenham acesso a um ambiente confortável e sociável. 
Considerando dados sobre nossa população, políticas de inclusão e a falta de 
fiscalização por parte do Estado em nossas instituições públicas, a Escola Estadual Francisco 
Dourado foi escolhida para ser utilizada como objeto de estudo. Ela se localiza no município 
de Barra do Garças e apresenta uma estrutura visivelmente precária, com base nisto este 
trabalho visa propor melhorias que facilitemo ensino e locomoção de alunos e colaboradores 
desta instituição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
2. OBJETIVOS 
 
2.1. GERAL: 
 Avaliar as condições de acessibilidade na Escola Estadual Francisco Dourado no 
município de Barra do Garças – MT. 
 
2.2. ESPECÍFICOS: 
 
 Analisar a estrutura da escola; 
 Estudar rotas com problemas de mobilidade; 
 Propor soluções viáveis para os problemas identificados; 
 
 
 
16 
 
3. JUSTIFICATIVA 
 
O estudo sobre condições de acessibilidade na Escola Francisco Dourado visa melhorar 
as condições do ensino não apenas para alunos portadores de deficiência, mas também aos 
demais estudantes, pois um ambiente acessível é um local que pode ser acessado por qualquer 
pessoa. Seguindo este raciocínio acredita-se que barreiras arquitetônicas impedem o pleno 
exercício da cidadania, privando as pessoas com deficiência ou não, de uma vida mais 
participativa (CALDAS; MOREIRA; SPOSTO, 2015). 
Segundo Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) a cidade de 
Barra do Garças possui uma população estimada em 58.974 pessoas, de acordo com o censo de 
2010, destas 11.795 possuem alguma deficiência. Neste universo em estudo se torna de grande 
importância que as escolas desta cidade possuam adaptações em sua estrutura que permitam 
receber não somente esta parcela da sociedade com deficiência como os demais. 
 Apesar de acessibilidade ser de imensurável importância para garantia de direitos 
básicos, está escola não sofreu nenhuma intervenção significativa que adequasse a mesma a 
condições descritas pela NBR 9050 (2015), sendo que como ex-aluno pude presenciar ao longo 
destes anos. 
Este trabalho visa analisar detalhadamente uma escola e se há necessidade de realizar 
uma reforma em sua estrutura física para garantir condições de acessibilidade e qualidade aos 
colabores, alunos e demais pessoas que frequentam a mesma. Assim sendo, este estudo se torna 
importante não apenas para identificar pontos que possam ser melhorados, mas também para se 
discutir o que podemos realmente fazer para estar adequando esses pontos ás normativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
4. REFERENCIAL TEÓRICO 
 
4.1. ACESSIBILIDADE 
Entende-se por acessibilidade segundo a NBR 9050 (2015) algo que possua condições 
ou possibilidade de uso fácil e autônomo, sendo seguro e universal permitindo que uma pessoa 
com deficiência ou mobilidade reduzida consiga fazer uso. Porém as definições deste termo 
podem variar de acordo com cada autor. Para Almeida (2012) acessibilidade é simplesmente a 
garantia do direito de ir e vir, tornando o mundo justo permitindo a pessoas se locomoverem 
para aonde quiserem. 
De acordo com a Lei 10.098 de 19 de dezembro de 2000 acessibilidade é uma condição 
que permite pessoas com mobilidade reduzida ou não de terem acesso a locais, edificações, 
objetos, informações entre outros, garantindo sua autonomia. Esta lei determina que tanto em 
áreas urbanas quanto em áreas rurais devem seguir estes padrões. 
Uma edificação acessível deve ser projetada de forma completa, compreendendo todas 
as etapas do projeto de forma que garanta as pessoas um caminho livre de obstáculos. 
(CALDAS; MOREIRA; SPOSTO, 2015). 
Segundo Duarte; Cohen (2006) a falta de um ambiente acessível não apenas prejudica 
o ensino de uma parcela da população mas também contribui para o preconceito e discriminação 
de portadores de necessidades especiais. Pessoas que não convivem ou não estão inseridos em 
um ambiente diversificado tendem a agir com indiferença com os demais. 
Contudo podemos compreender o tão vital que a acessibilidade é, para não apenas trazer 
qualidade de vida à população, mas também reduzir a descriminação que é tão presente em 
nossa sociedade e promover a igualdade. 
 
4.2. DEFICIENCIA E SUAS CLASSIFICAÇÕES 
 
Cada pessoa possui um entendimento sobre o que considera a ser algo ou alguém 
deficiente, porém existem alguns conceitos determinados por normas e leis que determinam 
nosso entendimento sobre o que entendemos por deficiência. De acordo com a Organização 
Mundial da Saúde (OMS) de 2001 qualquer limitação que venha a interferir em nossa 
 
 
18 
 
capacidade de comunicação, aprendizagem, mobilidade e autonomia de forma permanente deve 
ser considerada como deficiência. 
No Brasil existem leis que determinam o que é deficiência e como podemos classifica-
la em seus diferentes níveis. Pelo Decreto nº 3.956 de 2001 temos que “o termo ‘deficiência’ 
significa uma restrição física, mental ou sensorial, de natureza permanente ou transitória, que 
limita a capacidade de exercer uma ou mais atividades essenciais da vida diária”. 
De acordo com o Decreto nº 3.298 de 1999 e baseado em definições da OMS, podemos 
classificar os tipos de deficiência em: 
 Deficiência auditiva - perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis 
(dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500HZ, 1.000HZ, 
2.000Hz e 3.000Hz; 
 Deficiência física - alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do 
corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-
se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, 
tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação 
ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade 
congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam 
dificuldades para o desempenho de funções; 
 Deficiência mental - funcionamento intelectual significativamente inferior à 
média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas 
ou mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: 
o Comunicação; 
o Cuidado pessoal; 
o Habilidades sociais; 
o Utilização dos recursos da comunidade; 
o Saúde e segurança; 
o Habilidades acadêmicas; 
o Lazer e trabalho. 
 Deficiência visual - cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 
0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a baixa visão, que significa 
acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; 
os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos 
 
 
19 
 
for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das 
condições anteriores; 
 Deficiência múltipla – duas ou mais deficiências associadas. 
Pessoas com deficiência são constantemente vítimas de uma sociedade preconceituosa 
na qual exige das pessoas o pleno exercício de suas funções sociais e profissionais, sendo que, 
pessoas que não se encaixam nestes padrões são excluídas deste convívio por não serem 
consideradas aptos (SILVA, 2006). 
4.3. NBR 9050 
A NBR 9050/2015 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos 
urbanos, estabelece parâmetros para dimensionamento de projetos, obras, instalações e 
adaptações tanto em ambiente rural quanto em ambiente urbano a condições de acessibilidade 
em edificações. 
A norma visa proporcionar o uso universal do ambiente em questão, proporcionando 
autonomia, igualdade e segurança ao usuário. Somente será considerado um ambiente acessível 
o que estiver de acordo com a norma em questão. 
Alguns conceitos são utilizados pela norma para auxiliar no desenvolvimento de 
projetos acessíveis como o desenho universal e recomendações de dimensionamento de 
ambientes. 
4.3.1. DESENHO UNIVERSAL 
Desenho universal é uma filosofia de projeto que visa estabelecer ambientes, produtos 
e meios de comunicação mais acessíveis a população (MACE; HARDIE; PLACE, 1996 apud 
DORNELES et al., 2013). Ele foi desenvolvido com o objetivo de auxiliar engenheiros, 
arquitetos, designers entre outros profissionais a desenvolverem projetos acessíveis que 
atendam ás necessidades da população em sua amplitude. 
Nesse sentido, o Desenho Universal aplicado à educação visa desobstruir barreiras que 
limitam a educação e o aprendizado, procurandoadequar o ambiente e propostas de avaliação 
a todos de acordo (NUNES; MADUREIRA, 2015). 
A terminologia Desenho Universal foi estabelecida em 1985 pelo norte americano Ron 
Mace, ele acreditava que as coisas que produzimos ou projetamos deveriam ser facilmente 
utilizadas por qualquer pessoa (CAMBIAGHI, 2008). Em 1990 Ron fundou um grupo de 
 
 
20 
 
profissionais dedicados que estabeleceram os sete princípios do Desenho Universal que são 
adotadas mundialmente nos dias hoje. 
 Uso equitativo – característica do ambiente ou elemento espacial que permita ser 
utilizado por qualquer pessoa independente de capacidades, tornando o ambiente 
seguro, oferecendo proteção e privacidade para seus usuários. Podemos observar 
o exemplo de uma porta com sensores como na Figura 01 em que estes sensores 
permitem que cadeirantes, deficientes visuais e demais pessoas tenham acesso 
ao seu destino; 
 
 Figura 01 - Portas com sensores que se abrem sem esforço. 
 Fonte: Desenho Universal – métodos e técnicas para arquitetos e urbanistas 
 
 Uso flexível – ambientes e objetos que atendam a necessidade de qualquer 
usuário possibilitando o uso por pessoas de diferentes idades e capacidades 
físicas e intelectuais. Na Figura 02 podemos observar um computador com 
software para deficientes visuais e uma tesoura que pode ser utilizada tanto por 
destros quanto canhotos; 
 
Figura 2- Computador com teclado e mouse e com programa de voz e tesoura 
de uso de canhotos e destros. 
Fonte: Desenho Universal – métodos e técnicas para arquitetos e urbanistas 
 
 
21 
 
 
 
 Uso simples e intuitivo – uso de fácil compreensão que dispense experiência ou 
conhecimento avançado. Na Figura 03 temos imagens que indicam se o banheiro 
é feminino ou masculino e também para cadeirantes; 
 
 Figura 3- Sanitários para pessoas com deficiência. 
 Fonte: Desenho Universal – métodos e técnicas para arquitetos e urbanistas. 
 
 Informação de fácil percepção – informações vitais dispostas de diversas formas 
(visuais, verbais, táteis), tornando o receptador informado independentemente 
de dificuldades de visão, audição, cognição de idioma. Na Figura 04 podemos 
observar objetos visuais e táteis que tornam a informação de fácil alcance; 
 
 
Figura 4 - Pictogramas e outras informações de fácil compreensão. 
Fonte: Desenho Universal - habitação de interesse social, 2008. 
 
 
 
22 
 
 Seguro– redução dos riscos de ocorrer alguma ação acidental ou não intencional 
com a utilização de corrimões e pisos antiderrapantes. O uso de corrimão e piso 
tátil conforme na Figura 05 evita a ocorrência de acidentes; 
 
 
Figura 5 - Demonstração de redução de riscos. 
Fonte: Desenho Universal - habitação de interesse social, 2008. 
 
 Esforço físico mínimo – o ambiente em que esteja inserido deve ser acessado de 
maneira simples e com o mínimo de fadiga muscular do usuário. Ainda devemos 
oferecer conforto minimizando ações repetitivas e esforços físicos. Na Figura 06 
o sensor presente na torneira aciona o jato d’água que torna o esforço 
praticamente nulo; 
 
Figura 6 - Sensor de proximidade que aciona a torneira automaticamente. 
Fonte: Desenho Universal - um conceito para todos, 2008. 
 
 
 
23 
 
 Dimensionamento de espaços para uso e acesso abrangente – objetos e lugares 
apropriados para o acesso, manipulação e uso por qualquer pessoa. Pessoas 
deficientes também devem ser capazes de acessar estes ambientes de acordo com 
a Figura 07, no qual a mesa foi projetada para que o cadeirante tivesse acesso 
aos compartimentos; 
 
 
Figura 7 - Mobiliário adaptado. 
Fonte: Desenho Universal – habitação de interesse social, 2008. 
 
 
4.3.2. ROTA ACESSÍVEL 
Segundo a NBR 9050/2015 entende-se por Rota Acessível trajetos contínuos e livres de 
obstrução, estes são utilizados para acessar diversos ambientes tanto internos quanto externos. 
Existem diversas maneiras de se fazer ligações acessíveis como rampas, sinalização, calçadas, 
faixas, elevadores entre outros tipos de sinalizações e adaptações. 
No entanto, para Guimarães (1990 apud DUARTE; COHEN, 2006) rota acessível é um 
caminho livre de obstáculos do início ao fim de seu percurso, isto é, além do mesmo estar livre 
de obstáculos ele também deve estar de acordo com a NBR 9050 que define como deixar um 
espaço acessível e acessível. A rota acessível é determinante na constituição e classificação de 
um espaço inclusivo. 
Entre as principais dificuldades encontradas por deficientes físicos em seus trajetos 
podemos destacar as dificuldades de mobilidade, que em grande maioria podemos destacar 
problemas como ruas apertadas, calçadas com obstáculos ou que não comportam um cadeirante, 
rampas obstruídas, buracos entre outros (BARBOSA, 2016). 
 
 
24 
 
Ambientes de uso público devem possuir rotas acessíveis, habitações familiares devem 
possuir no mínimo uma rota acessível entre elas. Ficam dispersos desta determinação apenas 
ambientes de uso restrito no qual apenas pessoas autorizadas são permitidas circularem. 
 
4.3.3. ACESSIBILIDADE EM ESCOLAS 
 
A NBR 9050/2015 possui um tópico exclusivo para escolas, entre elas recomenda-se 
que a entrada principal de alunos na escola seja voltada para via de menor fluxo de transito, 
pois favorece a segurança dos mesmos. Além disto, os ambientes devem ser totalmente 
acessível e possuir rota acessível entre espaços de lazer, salas de aulas e áreas administrativas. 
Universidades e complexo educacionais possuem estruturas mais complexas em seu 
interior como piscinas, bibliotecas, laboratórios, praças, ambientes de hospedagem entre outros. 
Foram levadas em consideração as medidas de 5% a 95% da população brasileira como 
parâmetros de desenvolvimento de ambientes acessíveis na norma, permitindo a inclusão da 
maioria das pessoas (ABNT, NBR 9050, 2015). 
 
4.3.4. CIRCULAÇÃO E MANOBRAS 
 
Escolas e demais prédios públicos devem possuir rotas com livre circulação de pessoas 
permitindo a passagem com certa facilidade de cadeirantes e pessoas com deficiência. 
Segundo a NBR 9050/2015 temos que estabelecer em nossos projetos uma área de 
manobra para cadeirantes com diâmetro que varia de 1,20 metros até 1,50 metros, conforme 
podemos observar na Figura 08 abaixo: 
 
 
 
25 
 
 
Figura 8- Área de manobra para cadeirantes. 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
 Para manobra com a cadeira de rodas em movimento temos a Figura 09, em a temos 
deslocamento de 90º para em edificações já existentes e chanfre nas quinas das paredes, em b 
temos deslocamento mínimo para 90º em que as edificações possuam corredor com diâmetro 
mínimo de 1,20 metros, em c temos o modelo recomendável para deslocamento com 1,20 
metros de diâmetro no corredor e chanfre nas paredes, em d e e temos deslocamento longo e 
deslocamento curto, em f temos uma faixa de movimentação que permite o deslocamento em 
180º. 
 
 
 
 
26 
 
 
 
 
 
Figura 9- Área para manobra de cadeira de rodas com deslocamento. 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
 
4.3.5. MOBILIÁRIOS NA ROTA ACESSÍVEL 
Segundo Almeida; Giacomini; Bortoluzzi (2013) mobilidade está ligada a facilitar o 
livre percurso de pessoas e se livrar de dificuldades que impeçam seu livre trajeto, mobiliários 
que estão presentes em rotas acessíveis devem também ser pensados de maneira a facilitar a 
mobilidade. 
No entanto, ao se projetar uma rota acessível deve se levar em conta a posição do 
mobiliário presente na circulação das pessoas, pois este deve possibilitar a livre movimentação 
e acesso a determinados locais. A NBR 9050/2015 recomenda que a rota acessível deve ser 
livre de mobiliários que possam interferir em seu trajeto, mobiliários com altura de 0,60 m até 
 
 
27 
 
2,10 m com mais de 0,10 m de profundidade podem representar riscos a deficientes visuais 
como demonstra a Figura 10. 
 
Figura 10 - Exemplo de rota que dispensa instalação de sinalização tátile visual de alerta. 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
4.3.6. PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
No nosso dia a dia encontramos muitos obstáculos à nossa circulação, desde objetos em 
nosso trajeto até problemas de projeto que geram riscos à nossa integridade física. Isto se reflete 
em nossas crianças que por sua curiosidade, hiperatividade, fragilidade e inexperiência as 
tornam um grupo de risco (FAUSTINO, 2013). 
Não devemos considerar que acidentes são imprevisíveis ou efeito do acaso, pois a 
maioria destes estão relacionados com a negligencia das pessoas em relação a medidas 
preventivas (FILÓCOMO et al., 2002). Pessoas em geral, pais e crianças tem o direito de ter 
conhecimento básico sobre ações preventivas de acidentes. 
Rotas acessíveis devem ser projetadas de maneiras que previnam possíveis acidentes e 
ferimentos devido a quedas. A NBR 9050/2015 estabelece que qualquer superfície com 
desnível igual ou inferior a 0,60 m com proporções de inclinação maiores que 1:2 devem adotar 
as seguintes medidas de proteção de acordo com a Figura 11: 
 Adotar margem lateral com no mínimo 0,60 m de largura antes do início da 
inclinação da rampa, o piso deve ter contraste tátil e visual; 
 
 
28 
 
 Adotar proteção vertical de no mínimo 0,15 m de altura; 
 
Figura 11- Exemplo de prevenção de acidentes em translado. 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
 
 
4.3.7. SANITÁRIO ACESSÍVEL E BOXE ACESSÍVEL 
O dimensionamento dos sanitários e boxes devem seguir os seguintes princípios de 
acessibilidade e posicionamento de peças sanitárias de acordo com a Figura 12: 
 Circulação que permita giro de 360º; 
 Área que permita acesso a transferência lateral, diagonal e perpendicular para a 
bacia sanitária; 
 
 
 
29 
 
 
Figura 12 - manobra e transferência em sanitário. 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
 Área de manobra pode utilizar 0,10 m sobre a bacia sanitária e 0,30 m sobre o 
lavatório de acordo com Figura 13 que exemplifica a área de manobra para 
cadeirantes 
 
 
Figura 13- área de manobra. 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
 
30 
 
 Instalação de lavatório sem coluna ou com coluna suspensa ou lavatório sobre 
tempo, devem garantir altura frontal livre na superfície inferior; 
 Portas devem abrir para o lado externo e possuírem puxador horizontal no lado 
interno do ambiente de no mínimo 0,40 m; 
 Boxes em locais de práticas esportivas devem possuir vão livre entre as portas 
de no mínimo 1,0 m; 
 Acionamento manual da válvula sanitária, da torneira, das barras, puxadores e 
trincos; 
 Os sanitários e banheiros devem possuir entradas independentes permitindo a 
pessoa com deficiência estar acompanhada de alguém do sexo oposto; 
 Devem estar localizados em rotas acessíveis e circulação principal 
A NBR determina uma quantidade mínima de sanitários disponíveis a portadores de 
necessidades especiais, podemos verificar na Tabela 1: 
Tabela 1 - Quantidade de sanitários acessíveis recomendado 
EDIFICAÇÃO DE 
USO 
SITUAÇÃO DA EDIFICAÇÃO NÚMERO MINIMO DE SANITÁRIOS 
ACESSÍVEIS COM ENTRADAS 
INDEPENDENTES 
Publico A ser construída 5 % do total de cada peça sanitária, com no 
mínimo um, para cada sexo em cada pavimento, 
onde houver sanitários 
Existente Um por pavimento, onde houver ou onde a 
legislação obrigar a ter sanitários 
Coletivo A ser construída 5 % do total de cada peça sanitária, com no 
mínimo um em cada pavimento, onde houver 
sanitário 
A ser ampliada ou reformada 5 % do total de cada peça sanitária, com no 
mínimo um em cada pavimento acessível, onde 
houver sanitário 
Existente Uma instalação sanitária, onde houver sanitários 
Privado, áreas de 
uso comum 
A ser construída 5 % do total de cada peça sanitária, com no 
mínimo um, onde houver sanitários 
A ser ampliada ou reformada 5 % do total de cada peça sanitária, com no 
mínimo um por bloco 
Existente Um no mínimo 
NOTA: As instalações sanitárias acessíveis que excederem a quantidade de unidades mínimas podem 
localizar-se na área interna dos sanitários. 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
 
31 
 
 
 
4.3.8. RAMPAS 
 
Podemos considerar como rampa segundo a NBR 9050 o piso que possuir declividade 
maior ou igual a 5%. Algumas diretrizes são estabelecidas para garantirmos que a rampa seja 
acessível conforme Figura 14. 
Pela equação abaixo podemos determinar a inclinação da rampa: 
 
𝒊 =
𝒉 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝒄
 
 Sendo que: 
 i é a inclinação da rampa 
 h é a altura do desnível 
 c é o comprimento da projeção horizontal 
 
 
 
Figura 14 - Dimensionamento de rampas 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
Rampas com inclinação entre 6,25% e 8,33% deve possuir uma área de descanso, 
rampas com até 3% deve possuir uma a cada 50 m, rampas entre 3% e 5% a cada 30 m e para 
rampas com inclinação superior a 5% deve- se seguir os seguintes requisitos pela Tabela 2 e 
Tabela 3: 
 
 
32 
 
Tabela 2- Inclinação admissível para rampas 
Desníveis máximos de cada segmento de rampa h (m) Inclinação admissível 
em cada segmento de 
rampa i % 
Número 
máximo de 
segmentos de 
rampa 
1,50 5,00 (1:20) Sem limite 
1,00 
5,00 (1:20) < i ≤ 6,25 
(1:16) 
Sem limite 
1,80 
6,25 (1:16) < i ≤ 8,33 
(1:12) 
15 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
Tabela 3 - Dimensionamento de rampas em casos excepcionais 
Desníveis máximos de cada 
segmento de rampa h m 
Inclinação admissível em cada 
segmento de rampa i % 
Número máximo de segmentos de rampa 
0,2 8,33 (1:12) < i ≤ 10,00 (1:10) 4 
0,075 10,00 (1:10) < i ≤ 12,5 (1:8) 1 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
Rampas em curva devem possuir no máximo 8,33 % de inclinação e raio mínimo de 3 
metros. Outra medida de segurança que deve ser tomada é a adição de corrimão de duas 
alturas em cada lado. 
Toda rampa deve possuir patamares de no mínimo 1,20 m de acordo com a Figura 15. 
 
 
Figura 15 - Rampa com Patamar. 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
 
 
 
33 
 
 
4.3.9. ESCADAS 
Escadas devem ser projetadas de maneira que mantenha o conforto do usuário e seu uso 
intuitivo, mantendo a largura do piso e espelhos uniformes. Em rotas acessíveis não é permitido 
espelhos vazados, quando houver bocel ou quina deve- se permitir uma aresta de no máximo 
1,5 cm conforme Figura 16. 
 
 
 
Figura 16 - dimensões de degraus. 
Fonte: NBR 9050 (ABNT, 2015). 
 
Consideramos como escada quando a sequência de degraus seja maior ou igual a 3, as 
dimensões do piso e dos espelhos devem ser constantes e seguir as seguintes condições: 
 0,63 m ≤ p + 2e ≤ 0,65 m.; 
 Pisos (p): 0,28 m ≤ p ≤ 0,32 m.; 
 Espelhos (e): 0,16 m ≤ e ≤ 0,18 m; 
A cada 3,20 m de desnível ou mudança de direção na escada deve-se possuir patamar 
de 1,20 m para descanso. No caso de portas, estas não devem interferir nas dimensões mínimas 
do patamar. 
4.3.10. CORRIMÃOS 
O corrimão garante mais segurança ao trajeto pois no caso de algum acidente podemos 
utiliza-lo de apoio e evitar quedas. De acordo com a NBR 9050 é obrigatório a instalação de 
 
 
34 
 
corrimãos em rampas e escadas, sendo que estes devem ser contínuos e sem interrupções tanto 
em escadas como em rampas. Este deve-se estender pelo menos 0,30 nas extremidades sem 
interferir no fluxo de pessoas. 
Exemplo de medidas que devem ser adotadas abaixo na Figura 17. 
 
 
 
Figura 17 - Medidas apropriadas para corrimãos. 
Fonte: ABNT, 2015. 
 
O corrimão ajuda tanto no apoio para deficientes visuais quanto para pessoas que 
possuem alguma dificuldade para caminhar, isto é, sendo que também serve para as demais 
pessoas. 
 
5. METODOLOGIA 
 
Para se desenvolver este trabalho foram analisados itens que devem estar presentes em 
escolas segundo a legislação e a própria NBR 9050. Foram criados grupos de verificações 
divididas em tópicos como circulação e acesso, rampas e escadas, portas e janelas, sanitários e 
mobiliários. 
Edifícios com circulação e acesso adequados não apenas facilitam o fluxo de pessoas, 
mas tambémpermitem que os usuários destas instalações tenham mais conforto e segurança em 
seu deslocamento. Este primeiro item do checklist busca verificar se tais quesitos estariam em 
situação regular e não interferiria na locomoção de alunos e colaboradores. 
 
 
35 
 
Elementos de circulação vertical são necessários para permitir nossa circulação em 
ambientes que possuam desníveis em relação as suas edificações ou até mesmo o nível do solo. 
Foi criado um tópico em relação a rampas e escadas que são os dois elementos que estão 
presentes nesta escola e que devem ser verificados quanto sua conformidade com a NBR 9050. 
Portas e janelas são elementos que devem ser pensadas de acordo com as necessidades 
da edificação em questão, permitindo a circulação de seus indivíduos com facilidade no interior 
de seus ambientes. 
Sanitários e banheiros não apenas devem ser bem executados como também devem estar 
localizados em rotas acessíveis e próximos as circulações principais. Este tópico foi elaborado 
para analisar o acesso e o dimensionamento do interior de suas instalações. 
O mobiliário deve ser pensado de maneira que não interfira na circulação ou no 
desenvolvimento de atividades de alunos e colaboradores, suas dimensões e a localização destes 
mobiliários podem provocar desconforto ou até mesmo acidentes dependendo de sua 
localização. Este item foi pensado para se verificar se o mobiliário estaria em conformidade 
com as necessidades da escola e de acordo com a NBR 9050/2015. 
Portanto, estes tópicos são baseados em artigos, teses, estudos sobre a legislação vigente 
entre outros métodos para melhor estabelecer uma linha de raciocínio. Foi elaborado um 
checklist baseado na NBR 9050/2017, no trabalho de MATOS (2017) e CARVALHO (2017) 
que concebesse os principais pontos referentes à acessibilidade que se espera encontrar no local 
estudado. 
 Foi utilizado uma trena manual para conferência de medidas de comprimento, largura, 
inclinação de rampas e para verificar se os ambientes estariam de acordo com o checklist 
elaborado. 
 
 
 
 
 
36 
 
 
Lei/Norma
Item/ 
Artigo
sim não
não se 
aplica
9050/2017 10.15.1
Entrada de pessoas voltada para via de 
menor fluxo de veiculos
9050/2017 10.15.2
Existe pelo menos uma rota acessivel que 
interligue o acesso de alunos às áreas 
administrativas, de prática esportiva, de 
recreação, de alimentação, salas de aula, 
laboratórios, bibliotecas, centros de 
leitura e demais ambientes pedagógicos? 
9050/2017 6.2.1
Todas as entradas e rotas de interligação 
às funções do edifício são acessiveis?
9050/2017 6.2.2
Distancia entre entradas acessiveis é 
superior a 50 metros?
9050/2017 6.2.3 Acesso livres de quaisquer obstáculos?
9050/2017 6.3
Existir duas formas de deslocamento 
vertical (elevador, rampa e escada)
9050/2017 6.3.6 Caixas de inspeção fora do fluxo principal 
9050/2017 6.3.7
Capachos, forrações, carpetes, tapetes e 
similares em rotas acessiveis
9050/2017 5.4.6.3 Possui sinalização tátil ou visual no piso?
9050/2017 6.11.1
Corredores de uso publico possuem 1,50 
metros de extensão?
9050/2017 6.12.3
Calçada com faixa de serviço de 0,70 
metros?
9050/2017 6.3.8
A sinalização visual e tátil no piso indica 
situações de risco e direção?
C
I
R
C
U
L
A
Ç
Ã
O
 
E
 
A
C
E
S
S
O
Situação regular?
Quesito de Acessibilidade
Checklist
Legislação
Calçada com faixa de passeio livre de 
qualquer obstáculo, inclinação transversal 
até 3%, 1,20 metros de largura e 2,10 
metros de altura livre
6.12.39050/2017
 
 
37 
 
 
 
Lei/Norma
Item/ 
Artigo
sim não
não se 
aplica
9050/2017 6.3.2
Rampas possuem superfície regular, 
firme, estável, não trepidante para 
dispositivos com rodas e antiderrapante?
9050/2017 6.7.1
Degraus e escadas fixas com espelhos 
vazados não são recomendados
9050/2017 6.9.2.1
 Os corrimãos devem ser instalados em 
rampas e escadas, em ambos os lados, a 
0,92 m e a 0,70 m do piso, medidos da face 
superior até o ponto central do piso do 
degrau (no caso de escadas) ou do 
patamar (no caso de rampas). 
9050/2017 6.8.4
Piso de escadas e rampas possuem 
sinalização tátil e visual?
Dimensões de pisos e espelhos são 
constantes em todas as direções?
6.8.29050/2017
R
A
M
P
A
S
 
E
 
E
S
C
A
D
A
S
Possue guarda-corpo e corrimãos, guias 
de balizamento com altura mínima de 0,05 
m instalados ou construidos nos limites da 
largura da rampa?
6.6.2.89050/2017
Legislação
Quesito de Acessibilidade
Situação regular?
9050/2017 6.7.1
Bocel ou quina da escada com no máximo 
1,5 centimetros de aresta
Lei/Norma
Item/Ar
tigo
sim não
não se 
aplica
9050/2017 6.11.2.1
A utilização das portas é necessário um 
espaço de transposição com um círculo de 
1,50 m de diâmetro, somado às dimensões 
da largura das portas, além dos 0,60 m ao 
lado da maçaneta de cada porta, para 
permitir a aproximação de uma pessoa em 
cadeira de rodas.
9050/2017 6.11.2.4
Portas possuem um vão livre de no 
mínimo 0,80 m de largura e 2,10 m de 
altura?
9050/2017 6.11.2.6
As portas possuem condições de serem 
abertas com um único movimento e suas 
maçanetas são do tipo alavanca instaladas 
a uma altura entre 0,80 m e 1,10 m?
9050/2017
6.11.2.1
2
Portas instaladas em ambientes de 
práticas esportivas tem vão livre mínimo 
de 1,00 m?
9050/2017 4.6.6.2 
Maçanetas instaladas de 0,80 m a 1,10 m 
do piso acabado?
9050/2017 4.6
A altura do peitoril das janelas é de até 1,10 
m ≤ h ≤ 1,20 m?
9050/2017 4.6
Os comandos para janelas têm altura entre 
0,60 m ≤ h ≤ 1,20 m do piso?
P
O
R
T
A
S
 
E
 
J
A
N
E
L
A
S
Legislação
Quesito de Acessibilidade
Situação regular?
 
 
38 
 
 
Lei/Norma
Item/ 
Artigo
sim não
não se 
aplica
9050/2017 7.4.3
Existem sanitários em condições de 
acessibilidade?
9050/2017 7.3.1
 Os sanitários, banheiros e vestiários 
acessíveis estão localizados em rotas 
acessíveis, próximas à circulação principal, 
próximas ou integradas às demais 
instalações sanitárias?
9050/2017 7.4.3.2
Existe um sanitário no mínimo para cada 
sexo?
9050/2017 7.4.2.2
Possue sinalização de emergência em 
sanitários, banheiros e vestiários 
acessíveis?
9050/2017 7.4.2
Os sanitários, banheiros e vestiários 
acessíveis possuem entrada 
independente que possibilite que a 
pessoa com deficiência possa utilizar a 
instalação sanitária acompanhada de uma 
pessoa do sexo oposto?
9050/2017 7.4.4 Possui ao menos uma bacia infantil?
9050/2017 4.3.4 Tem circulação com o giro de 360º?
9050/2017 6.11.2.4
A porta possui 0,80 n no mínimo de vão 
livre?
9050/2017 7.7.2.2.1
Possui barras de apoio junto a bacias 
sanitárias?
S
A
N
I
T
Á
R
I
O
S
Legislação
Quesito de Acessibilidade
Situação regular?
 
 
39 
 
 
Fonte: Adaptado ABNT (2015), MATOS (2017) e CARVALHO (2017) 
 
5.1. ÁREA DE ESTUDO 
 
Estudo realizado na Escola Estadual Francisco Dourado, n 364, Avenida Araguaia, 
Bairro Jardim Amazônia, localizada na cidade de Barra do Garças – MT. A escola é composta 
por quadra poliesportiva de 510 m² de área e por dois blocos de salas de aula, sendo que o bloco 
1 possui 498 m² e bloco 2 com 446 m² de área. 
Lei/Norma
Item/ 
Artigo
sim não
não se 
aplica
9050/2017 4.3.3
Existe mobiários com altura entre 0,60 m 
até 2,10 m do piso representando riscos 
para deficientes visuais?
9050/2017 5.4.6.3
Existe sinalização tátil que informe sobre 
objetos suspensos não detectáveis pela 
bengala longa?
9050/2017 8.5.1.2
Possui bebedouros com no mínimo duas 
alturas diferentes de bica, sendo uma 
 de 0,90 m e outra entre 1,00 m e 1,10 m 
em relação ao piso acabado?
9050/2017 8.5.2
Bebedouro do tipo garrafão esta 
localizado entre 0,80 m e 1,20 m?
9050/2017 8.6.1 Lixeriras fora da área livre de circulação?
9050/2017 8.8.1
O plantio e manejo da vegetação 
garantem que os elementos (ramos, 
raízes, plantas entouceiradas, galhos de 
arbustos e de árvores) e suas proteções(muretas, grades ou desníveis) não 
interfiram nas rotas acessíveis e áreas de 
circulação de pedestres?
9050/2017 9.3.2
Mesas e superficies de refeição tem altura 
de tampo entre 0,75 m a 0,85 m 
 do piso acabado e permite giro de 180º 
P.C.R.?
9050/2017 9.3.1
A circulação permite um giro de 180º e 
possui tampo com largura mínima de 0,90 
m e altura entre 0,75 m e 0,85 m do piso 
acabado?
9050/2017 10.15.3
As lousas são acessíveis e instaladas a uma 
altura inferior máxima de 0,90 m do piso?
M
O
B
I
L
I
Á
R
I
O
S
Legislação
Quesito de Acessibilidade
Situação regular?
 
 
40 
 
 
Figura 18 - Imagem de satélite da Escola Francisco Dourado. 
Fonte: adaptado Google Earth, 2017. 
 
 
Figura 19- Imagem da Escola Francisco Dourado. 
Fonte: adaptado Google Earth, 2017. 
 
Esta escola está dividida em 7 salas de aula, sala para professores, sala de diretoria, 
laboratório de informática, cozinha, banheiro masculino, banheiro feminino, banheiro para 
portador de necessidade especial, sala de secretaria e despensa. 
 
6. ANÁLISE E RESULTADOS 
Foram coletadas informações entre os dias 27 de dezembro e 29 de dezembro de 2017, 
com o auxílio do checklist foi possível realizar uma análise detalhada da estrutura da escola e 
 
 
41 
 
verificar se a mesma estaria de acordo com a NBR 9050. Este checklist foi organizado em 
tópicos feitos de maneira que facilite a compreensão dos assuntos que serão discutidos a seguir. 
 
6.1. CIRCULAÇÃO E ACESSO 
De acordo com a análise de cada item abordado no checklist foi elaborado um gráfico 
sobre a situação em que se encontra a escola analisada, podemos observar no Gráfico 1 que no 
tópico sobre circulação e acesso cerca de 61,53% dos itens analisados foram considerados 
irregulares enquanto 38,46% estão de acordo com os quesitos analisados no checklist. 
Gráfico 1- Circulação e Acesso. 
 
Fonte: Autor – 2017. 
A circulação e o acesso à escola foram os primeiros itens analisados, diversas 
irregularidades foram encontradas durante a inspeção. A entrada principal de alunos não está 
localizada na via de menor fluxo de veículos conforme recomenda o item 10.15.1 da NBR 9050, 
apesar de que existe uma entrada secundária que não é utilizada em uma rua de menor fluxo. 
A Figura 20 mostra a entrada principal da escola voltada para avenida em que ocorre 
maior tráfego de veículos. 
Situação
Regular Irregular Não se aplica
 
 
42 
 
 
Figura 20 – Entrada Principal da Escola. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
 A entrada secundária da escola fica voltada para uma via de menor fluxo conforme 
podemos observar na Figura 21. 
 
Figura 21- Portão de acesso na rua lateral. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
As calçadas da escola possuem 2,80 m de largura de acordo com a norma, porém as 
mesmas estão em péssimo estado de conservação resultando em buracos ao longo do caminho 
e arvores que não respeitam a altura mínima de 2,10 m. Segundo Braga (2014), condições 
inadequadas de locomoção nos privam de direitos fundamentais estabelecidos por nossa 
Constituição Federal. 
 
 
43 
 
Podemos observar alguns desses problemas na Figura 22 e na Figura 23 em podemos 
observar a presença de vegetação rasteira e a existência de muitos buracos. 
 
Figura 22-Calçada lateral a escola. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
Figura 23-Calçada aos fundos da escola. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
Ao entrar na escola foram verificados que os acessos às salas de aula e demais 
dependências não possuíam nenhuma forma de sinalização tátil e visual no piso conforme item 
5.4.6.3 da NBR 9050 e também apresentavam irregularidades. O ensino de qualidade deve estar 
 
 
44 
 
associado a igualdade de condições de acordo com Carvalho (2011), independentemente de 
suas condições sociais, físicas e intelectuais. 
Podemos observar na Figura 24 que existe um espaço para que seja escoada a água da 
chuva, no entanto este espaço pode ocasionar acidentes e também impedir a passagem de 
portadores de mobilidade reduzida. 
 
 
Figura 24-Entrada de sala de aula sobre vão. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
Locais destinados a recreação e prática de atividades esportivas não possuem rota 
acessível. O acesso a quadra poliesportiva se encontra em situação irregular conforme podemos 
observar na Figura 25, até mesmo pessoas que não possuem problemas de mobilidade 
encontrariam dificuldades em acessa-la pois não existe um caminho ou uma rota construída, 
obrigando alunos e professores atravessem um terreno irregular com vegetação alta e rasteira 
para realizarem suas atividades. 
 
 
45 
 
 
Figura 25-Acesso a quadra. 
Fonte: Autor – 2017. 
Áreas de circulação e acesso de uma escola devem ser livres de obstáculos, conservadas, 
sinalizadas e planejadas para atender a todas as pessoas que um dia possam vir a utiliza-las. De 
acordo com (DUARTE; COHEN, 2006) não devemos nos preocupar apenas com as condições 
da sala de aula, mas também se o caminho até a mesma, possuindo qualidade e acessibilidade. 
 A escola em grande parte não está apta para receber pessoas com problemas de 
locomoção devido a sua falta de acesso adequado. 
6.2. RAMPAS E ESCADAS 
Rampas e escadas são elementos que podem estar presentes em rotas universais, 
segundo a NBR 9050 deve existir pelo menos duas formas de deslocamento vertical nestas 
rotas. A escola em estudo possui estes dois elementos, no entanto, nenhum destes estaria de 
acordo com os padrões estabelecidos pela norma. 
No Gráfico 2 podemos observar o percentual dos itens do tópico Rampas e Escadas que 
estariam de acordo. 
 
 
46 
 
Gráfico 2 - Rampas e Acessos 
 
Fonte: Autor – 2017. 
 
Podemos observar na Figura 26 uma rampa que possui inclinação inferior a 5º, no 
entanto algumas irregularidades foram encontradas na escola como a falta de guia de 
balizamento, falta de sinalização tátil e visual e um degrau de aproximadamente 15 cm ao final 
da rampa que interfere na locomoção de pessoas portadoras de mobilidade reduzida. 
 
Figura 26- Rampa de acesso lateral ao bloco inferior. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
Situação
Regular Irregular Não se aplica
 
 
47 
 
A Figura 27 também mostra uma associação incorreta para uma rota acessível, no qual 
degraus são utilizados em um acesso lateral ao bloco interferindo na continuidade da rampa. 
 
Figura 27 - Acesso lateral ao bloco superior. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
Esta escola possui dois elementos de circulação vertical conforme recomenda a NBR 
9050, no entanto a escada que permite a locomoção do bloco superior ao inferior possui o 
corrimão a 75 cm de altura sendo que a norma recomenda que os corrimãos estejam a 70 cm e 
a 92 cm de altura. As dimensões do piso e espelhos também não são constantes com medidas 
que variam de 30 cm a 40 cm de largura, os degraus também não possuem sinalização tátil e 
visual conforme podemos observar na Figura 28. 
 
 
48 
 
 
Figura 28- Escada de acesso ao bloco inferior. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
A associação de elementos diferentes em movimentação vertical é recomendada pela 
NBR 9050, no entanto nenhuma das rampas e escadas aferidas durante análise de campo 
estavam de acordo com a norma. 
6.3. PORTAS E JANELAS 
 
Algumas das condições de acessibilidade que interferem diretamente na locomoção de 
pessoas são portas e janelas, neste item foram analisadas todas as portas e janelas da escola em 
questão. Foram analisadas 18 portas e 40 janelas, sendo verificado suas dimensões e desníveis 
em relação ao piso interno e externo construímos o Gráfico 3 que mostra a situação em que elas 
se encontram. 
 
 
49 
 
Gráfico 3 - Portas e Janelas 
 
Fonte: Autor – 2017 
 
Apenas uma porta possuía largura mínima recomendada de 80 cm, as demais foram 
todas reprovadas em quesito de acessibilidade. Entre os problemas encontrados podemos 
destacar largura inferior a 80 cm e até mesmo desníveis em relação as soleiras. 
Na Figura 29 podemos observar que existe um espaçamento entre a porta e o corredorsendo ligados por uma grade de ferro, este espaçamento pode ocasionar acidentes. 
 
Figura 29- Escoamento de água entre corredor e salas de aula 
Fonte: Autor – 2017. 
 
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
Portas Janelas Não se aplica
Situação
Regular Irregular Não se aplica
 
 
50 
 
Conforme a Figura 30 podemos observar em outra sala de aula que além de existir um 
desnível em relação a soleira entre a porta e o piso vemos também que a largura mínima não é 
respeitada de acordo com a NBR 9050. 
 
 
Figura 30-Porta de sala de aula bloco inferior. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
 Nenhuma janela analisada foi considerada dentro dos padrões exigidos pela NBR 9050, 
na Figura 31 podemos observar que o comando da janela está instalado a 1,50 m e a altura do 
peitoril da janela é de 0,90 m estando em desacordo com a norma. 
 
 
Figura 31- Janela sala de aula. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
 
51 
 
 
 As duas portas de acesso a quadra poliesportiva foram consideradas inadequadas, na 
Figura 32 vemos que ela possui largura mínima aceitável para acesso a instalações esportivas, 
no entanto suas condições em relação ao piso estão inadequadas. Outro acesso que vemos na 
Figura 33 não possui largura mínima recomendada. 
 
 
Figura 32- Porta de acesso a quadra. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
 
Figura 33- Porta de acesso a quadra. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
 Após conferencia de todas as portas e janelas da escola fica evidente que alguém com 
mobilidade reduzida ou cadeirante teria grandes dificuldades em suas atividades. 
 
 
52 
 
6.4. SANITÁRIOS 
 
Prédios e locais de acesso público devem possuir sanitários acessíveis, recomenda-se 
que estes estejam localizados em rotas universais próximos a circulação principal. Os banheiros 
na Escola Francisco Dourado são bem localizados, mas divergem em algumas outras 
recomendações da NBR 9050. 
Existem 3 sanitários (masculino, feminino e para portador de necessidades especiais) na 
escola que foram analisados, sanitário masculino e feminino foram considerados regulares em 
seu interior, mas sua porta possuía medida inferior a 80 cm. Já o sanitário acessível possuía 
porta com 90 cm de largura e barras de apoio junto a bacia sanitária. 
Na Figura 34 vemos que a entrada do sanitário masculino possui dimensões inferiores 
ao do sanitário acessível, o masculino com entrada de 70 cm e o acessível com entrada de 90 
cm. 
 
 
Figura 34-Sanitários. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
 Em seu interior observamos barras de apoio com altura de 1,20 m, descarga com altura 
incompatível de 1,70 m e bacia sanitária comum, ou seja, não especifica para cadeirantes. Na 
figura 35 podemos observar o interior do banheiro. 
 
 
53 
 
 
Figura 35- Bacia sanitária com barras de apoio. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
6.5. MOBILIÁRIOS 
Em relação ao mobiliário todos os quesitos analisados no checklist foram considerados 
irregulares, entre eles podemos destacar objetos em rota universal e falta de sinalização. Na 
Figura 36 vemos uma mesa obstruindo a passagem em rota universal por exemplo. 
 
 
54 
 
 
Figura 36-Mesa no corredor. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
 O corredor do bloco superior possui lixeiras e bancos ao longo do corredor em 
desacordo com a NBR 9050 conforme Figura 37. 
 
Figura 37- Corredor do bloco superior 
Fonte: Autor – 2017. 
 
A escola possui 3 bebedores, sendo que eles não possuem bicas com dois tipos de alturas 
conforme a norma especifica, na Figura 38 abaixo podemos observar um dos bebedouros. 
 
 
55 
 
 
Figura 38-Bebedouro bloco superior. 
Fonte: Autor – 2017. 
 
Na figura abaixo visualizamos a biblioteca que também é utilizada para depósito de 
diversos materiais, a mesma não permite que um cadeirante tenha espaço livre para manobras. 
O espaçamento interno da biblioteca não está de acordo com o item 9.3.2 da NBR 9050, 
conforme observamos na Figura 39. 
 
 
56 
 
 
Figura 39-Biblioteca 
Fonte: Autor – 2017. 
 
 Podemos observar na Figura 40 que o quadro está a 86 cm do chão, sendo que a NBR 
recomenda que esteja à altura inferior máxima seja de 90 cm conforme item 10.15.3 da NBR 
9050/2015. 
 
Figura 40 – Quadro 
Fonte: Autor – 2017. 
 
 
57 
 
6.6. ANÁLISE E SUGESTÕES 
 
Após análise detalhada da Escola Estadual Francisco Dourado ficou evidente a sua falta 
de adequação a NBR 9050. Foi exposto que em quase sua totalidade estaria ocorrendo 
irregularidades que impediriam o acesso de pessoas com necessidades especiais e até mesmo 
pessoas em pleno exercício de suas funções à atividades regulares em uma escola. 
Entre alguns pontos críticos da escola que devem ser corrigidos para facilitar o trajeto 
em rota universal como a regularização do piso que em sua maior parte sofre com desnível em 
relação aos ambientes externos e internos, os buracos e corredores estreitos. Outro ponto 
importante é a regularização da escada de acesso ao bloco inferior corrigindo as dimensões do 
corrimão e fazendo com que as dimensões de degraus e espelhos sejam iguais. 
 Em relação a portas e janelas é recomendada a substituição de todas exceto a do 
banheiro acessível, barras de apoio no banheiro acessível devem ser colocadas em altura correta 
junto com a válvula de descarga e deve ser feita a substituição da bacia sanitária por uma que 
possua abertura frontal. Deve ser implantado também sinalizações táteis e visuais em todos os 
ambientes da escola. 
 O mobiliário deve ser reposicionado, em sua maior parte ele está localizado em locais 
que obstruam a passagem de cadeirantes e até mesmo pessoas com plena mobilidade. 
 Esta escola necessita de uma reforma urgente em sua estrutura para que atenda ao 
mínimo necessário para garantir uma educação de qualidade aos seus discentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
7. CONCLUSÃO 
 
A educação é um direito primordial garantido pela Constituição Brasileira, no entanto 
para realmente termos uma educação de qualidade precisamos fiscalizar nossas escolas e 
governantes. Isto é, um direito universal e garantido a qualquer pessoa mesmo que ela tenha 
alguma deficiência física ou intelectual. 
Através dos anos o foco na universalização dos direitos das pessoas com deficiência fez 
com que áreas da engenharia e da arquitetura estabelecessem métodos para igualizar direitos 
básicos, como o princípio de ir e vir. Nos dias de hoje, obras e projetos de reforma são guiados 
por estas regras que visam trazer melhorias no convívio entre as pessoas. 
Mediante o estudo de campo e utilização do checklist foi possível identificar com mais 
detalhes pontos básicos que devem estar presentes em qualquer construção acessível. A escola 
foi reprovada em quase sua totalidade de acordo com cada item. 
Ao analisar a edificação em questão constatou-se inconformidades em seu perímetro, 
entre elas podemos destacar o item que verificou portas e janelas, apenas uma porta foi 
encontrada em situação regular, as demais possuem dimensões que impossibilitam sua 
passagem de qualquer cadeirante. Outro item a se destacar é a desconformidade do piso da área 
externa com ambientes internos como salas de aulas, além do desnível entre ambientes é 
possível encontrar até mesmo vãos utilizados para escoar água entre corredores e salas. 
A quadra poliesportiva foi um ponto crítico observado, apesar deste trabalho não ter a 
finalidade de verificar suas dimensões, a mesma possui medidas incorretas. Outro ponto 
evidentemente irregular é o trajeto até a quadra poliesportiva que pode ser considerado 
inexistente, sua vegetação e a falta de um caminho regular impossibilita o acesso a prática 
esportivas. 
Ficou apurado que cadeirantes e pessoas com problemas de mobilidade não teriam 
condições plenas de acessar qualquer ambiente desta escola e por ventura não teriam 
independência para realização de suas atividades. Portanto fica evidente a necessidade da 
reestruturação desta escola para estar atendendo a condições que garantam sua acessibilidade,recomendo que seja feito um projeto arquitetônico novo conforme recomenda a NBR 
9050/2015 para estar regularizando a escola a condições de acessibilidade. 
 
 
 
 
 
59 
 
8. REFERÊNCIAS: 
 
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