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CEFET/RJ – CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA RELATÓRIO 1 DE QUÍMICA: REAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO Aluno: Rafael Felipe da Silva Souza Curso: Engenharia de Produção Matrícula: 16117160033 PIRAÍ 2016 1. OBJETIVOS Aplicar os conhecimentos adquiridos ao longo do conteúdo teórico para representar equações de oxirredução, identificando seus agentes através da observação prática; Identificar reações químicas por transferência de elétrons em diferentes processos químicos, com ou sem geração de energia; Observar a transferência de elétrons entre o cobre e o zinco através da montagem de uma pilha. 2. INTRODUÇÃO TEÓRICA Dentre as reações químicas, as de oxirredução são as mais comuns e importantes. Estão compreendidas em vários processos de grande importância, como por exemplo a corrosão, a fabricação e ação de alvejantes e a respiração dos animais. Estas reações implicam na transferência de elétrons de uma substância para outra. A oxidação se dá quando o átomo perde elétrons. Visto que os elétrons são partículas negativas, a carga elétrica (Número de oxidação – Nox) da espécie que perdeu elétrons aumenta, “fica mais positiva”, por assim dizer. Já a redução corresponde ao processo inverso, ou seja, a espécie química ganha elétrons e fica com o Nox menor, “mais negativo”. Tem-se também que se uma substância oxidou, outra necessariamente reduziu. Então, dizemos que é o agente oxidante, aquela substância que ganhou os elétrons, ou reduziu, pois ela que ocasionou a oxidação do átomo da outra substância na reação. Já o agente redutor, é aquela substância que perdeu elétrons, ou oxidou, pois ele que ocasionou a redução do átomo da substância na reação. Pode surgir a seguinte pergunta: por que os elétrons são transferidos espontaneamente de uma espécie para outra, seja pelo contato direto dos reagentes em solução ou através de um condutor externo? Pode-se comparar o fluxo de elétrons induzido por uma célula voltaica com o fluxo de água em uma queda d’água por causa da diferença na energia potencial entre o topo da queda e o rio abaixo. Analogamente, os elétrons seguem do ânodo (oxidação – perda de elétrons) para o cátodo (redução – ganho de elétrons) devido à diferença de energia potencial. A energia potencial dos elétrons é mais alta no agente redutor que no agente oxidante e eles fluem espontaneamente por um circuito externo ou pelo contato em solução. A presença de íons comunica a água a capacidade de conduzir eletricidade, o que se pode demonstrar usando um aparelho, chamado de voltímetro. Ao fazermos contato elétrico através dos dois eletrodos, uma corrente elétrica poderá fluir e a lâmpada acenderá. Ao imergirmos estes eletrodos em água pura, não observaremos nenhuma condutividade, porque a água é um mau condutor de eletricidade. Todavia, ao adicionarmos um típico sólido iônico, como NaCl à agua, a lâmpada se tornara incandescente tão logo o NaCl comece a se dissolver. Substancias que se dissociam em solução produzindo íons formando soluções condutoras de eletricidade são chamadas eletrólitos. A diferença de potencial entre dois eletrodos em uma célula fornece a força diretora que empurra os elétrons por um circuito externo. Esta diferença é chamada força eletromotriz (fem) ou potencial da célula. A sua unidade é o Volt (V) e para uma reação espontânea seu valor será positivo. 3. MATERIAIS E REAGENTES 3.1. LIMPEZA DE OBJETO DE COBRE Materiais 1 placa de aquecimento 4 béqueres pequenos de 50ml 1 pinça Papel toalha Reagentes 20 mL de ácido acético diluído a 4% (vinagre) Cloreto de sódio Ketchup Álcool 4 moedas de cobre de 5 centavos 3.2. LIMPEZA DE OBJETO DE PRATA Materiais 1 placa de aquecimento 1 béquer de 50 mL 1 pinça Papel toalha Reagentes 1 pedaço de papel de alumínio 1 pingente pequeno de prata já oxidado Pedacinho de sabão de coco 3.3. CONSTRUINDO UMA PILHA Materiais 1 béquer de 100 mL 1 haste de cobre 1 clips de zinco 2 pedaços de fio de cobre (cerca de 15 a 20 cm cada). 1 voltímetro 1 lâmpada Reagentes Ácido acético a 4% Cloreto de Sódio 4. PROCEDIMENTO 4.1. LIMPEZA DE OBJETOS DE COBRE Em um dos béqueres foram colocados as moedas e um tanto de álcool o suficiente para imergi-las e deixou-se em repouso por três minutos de modo a remover gorduras e sujeiras em geral; As moedas foram secas com papel toalha; Nos três béqueres foram feitas as seguintes orientações abaixo: Béquer 1: colocar 20 mL ácido acético, apenas. Béquer 2: colocar 20 mL de ácido acético e acrescentar uma pitada de cloreto de sódio e homogeneizar. Béquer 3: colocar 20 mL ácido acético e aquecer até ebulição. Feito isto, foram separadas 3 moedas e colocadas cada uma delas em 1 béquer e deixou-as em repouso por 2 minutos; Na quarta moeda, colocou-se ketchup na metade dela e aguardou-se 2 minutos; Após os dois minutos, lavou-se as moedas em água corrente e colocou-se lado a lado para comparação. 4.2. LIMPREZA DE OBJETO DE PRATA Colocou-se num béquer lavado e limpo 30 mL de água destilada, pedaços de sabão de coco, o papel alumínio e o pingente de prata; Aqueceu-se até a fervura e a partir da fervura foi contabilizado um tempo de 5 minutos; Após o tempo de 5 minutos, retirou-se o objeto de prata, lavou-se em água corrente e secou-se. 4.3. CONSTRUINDO UMA PILHA Em um béquer colocou-se quantidade suficiente de ácido acético e um pouco de cloreto de sódio; Pegou-se os fios de cobre com as extremidades descascadas e num dos fios prendeu-se o clips de Zinco e no outro a haste de cobre. Inseriu-se os fios com os eletrodos na solução do béquer, afastados um do outro e observou-se os aspectos dos eletrodos. Ligou-se o voltímetro às outras duas pontas dos fios ao medidor e observou-se a voltagem registrada. Também se fez o mesmo com a lâmpada e observou-se a luz acender. 5. RESULTADOS a) As moedas de cobre, com o tempo e manuseio, formam uma camada escura sobre a sua superfície. Responda qual o nome do produto formado e sua fórmula química. As moedas 5 centavos possuem cobre em sua composição. Esse cobre em contato com o ar, sofrem oxidação por meio do Oxigênio, sendo assim, obtendo um produto como o óxido de cobre. Normalmente, o mais comum é o óxido cúprico que é formado. Mas inicialmente, o óxido cuproso (Cu2O) é formado e com isso, ele depois é recoberto por uma camada mais externa, que resultante da oxidação do Cu+1 a Cu+2, formando o óxido cúprico. Cu(𝑠) + 1 2 𝑂2(𝑔) → CuO (𝑠) b) Qual o objetivo da adição de sal ao ácido acético para a limpeza da moeda? O objetivo da adição do cloreto de sódio ao ácido acético é facilitar a limpeza da moeda, uma vez que o cloreto de sódio favorece a reação conduzindo os elétrons. 𝐶𝑢(𝑎𝑞) + + 2 𝐶𝑙(𝑎𝑞) − ⇄ [𝐶𝑢𝐶𝑙](𝑎𝑞) − c) Pesquise de que forma o ketchup age sobre a superfície da moeda deixando-a limpa. O ketchup, possui em sua composição, vinagre e sal e o princípio acaba que sendo o mesmo feito com a solução de vinagre e cloreto de sódio com a outra moeda. O ácido acético presente no vinagre junto com o cloreto de sódio do sal reagem com o óxido de cobre, sendo assim, limpando sua superfície. A reação desse processo é: 𝐶𝑢(𝑎𝑞) 2+ + 𝐴𝑐(𝑎𝑞) − ⇄ [𝐶𝑢𝐴𝑐](𝑎𝑞) + d) Compare o aspecto das moedas em cada experimento e o tempo para a remoção da camada escura. Expresse aqui os seus resultados. Figura 1. Foto das moedas antes do experimento. Figura 2. Foto das moedas depois do experimento. Comparando as duas imagens, podemos ver como foi o processo de limpeza das moedas. Todas as moedas foram impostas em mesmo tempo de processo de limpeza, ou seja, 2 minutos. Asduas fotos estão com as moedas alinhadas as quais foram submetidas a esses respectivos processos. Como resultados, obteve-se que nitidamente que a moeda imersa no vinagre aquecido foi a que obteve o melhor resultado, deixando o cobre bem aparente. Já o vinagre com o cloreto de sódio foi a segunda que mais clareou. A moeda com o ketchup foi a terceira que mais clareou e a somente com o vinagre não clareou quase nada. Sendo assim, a ordem de maior limpeza foi: Moeda 4 (Vinagre do béquer aquecido) > Moeda 3 (Vinagre do béquer + NaCl) > Moeda 1 (Ketchup) > Moeda 2 (Vinagre do béquer) Com base nas imagens do experimento, nota-se que o Ácido acético do vinagre não é suficientemente eficaz na limpeza da moeda sozinho. O ácido não consegue reagir com o óxido de cobre. Já com o aquecimento, percebemos que a reação endotérmica favorece o deslocamento do equilíbrio, sendo assim o calor um fator importante na reação do ácido acético com o óxido de cobre. O cloreto de sódio também influencia na reação, visto que o cloreto reage com o óxido, sendo ele oxidado e o cobre reduzido. No ketchup, possui vinagre e sal em sua composição, o que possui a mesma analogia do vinagre com o cloreto de sódio. e) O que você observou sobre o objeto de prata? Figura 3. Pingente de prata antes do experimento. Figura 4. Pingente de prata após o experimento. Analogamente a oxidação da moeda com relação ao tempo, a prata também oxida em contato com o ar durante o tempo, além de contato com o sulfeto de hidrogênio. Comparando as duas imagens, percebeu-se que há efetivamente a limpeza do objeto de prata. A combinação da água, sabão de coco, alumínio e calor é eficiente. f) Qual a função do papel alumínio na limpeza do objeto de prata? A função do papel alumínio é de reagir com a prata, oxidando-se e fornecendo elétrons para a prata, reduzindo-se e voltando ela à sua forma metálica, o Ag0. O sabão de coco facilita a retirada da crosta de gordura da superfície do pingente ao passo que facilita a reação entre o alumínio e o sulfeto de prata, restaurando o brilho da prata. g) Para cada experimento que você realizou, escreva as reações químicas que ocorreram, identificando quais elementos estão oxidando e quais estão reduzindo. Limpeza do objeto de cobre Inicialmente, temos a formação do óxido de cobre, com o passar do tempo, demonstrado na reação abaixo: 2𝐶𝑢(𝑠) + 𝑂2 (𝑔) ⇄ 2𝐶𝑢𝑂 Os ácidos possuem ação de dissolver produtos poucos solúveis que acabam sendo formados na superfície do metal pela seguinte reação: 𝐶𝑢2𝑂(𝑠) + 𝐻(2)𝑂(𝑙) ⇄ 2𝐶𝑢(𝑎𝑞) + + 2𝑂𝐻(𝑎𝑞) − K = 2 x 10−15 Os íons Cu+ acabam sofrendo dismutação pela reação abaixo: 2𝐶𝑢(𝑎𝑞) + ⇄ 𝐶𝑢(𝑠) 0 + 𝐶𝑢(𝑎𝑞) 2+ K = 1,7 x 106 Em ácido acético, pode ocorrer a formação de complexo de Cu2+ com o íon acetato, como mostrado a seguir: 𝐶𝑢(𝑎𝑞) 2+ + 𝐴𝑐(𝑎𝑞) − ⇄ [𝐶𝑢𝐴𝑐](𝑎𝑞) + K = 1,6 x 102 No entanto, essa reação pode ser acelerada com a utilização do calor, a qual foi a mais eficiente de todas. Tal reação pode ser observada abaixo: 𝐶𝑢(𝑎𝑞) 2+ + 𝐴𝑐(𝑎𝑞) − ∆ → [𝐶𝑢𝐴𝑐](𝑎𝑞) + Agora a próxima reação serve tanto para o ketchup quanto para a solução do vinagre com o cloreto de sódio. A função do cloreto de sódio é de facilitar a reação, ou seja, conduzir os elétrons. No caso, o cloreto, Cl- atua como agente redutor e o Cu+ é o agente redutor, formando o complexo de cobre (I) 𝐶𝑢(𝑎𝑞) + + 2𝐶𝑙(𝑎𝑞) − ⇄ [𝐶𝑢𝐶𝑙](𝑎𝑞) − K = 3,2 x 105 Conforme a dismutação do cobre, sofrendo oxidação indo de +1 para +2 e redução indo de +1 para 0, temos as reações abaixo: Semi-reação de Oxidação: 𝐶𝑢+(𝑎𝑞) ⇄ 𝐶𝑢 +2 (𝑎𝑞) + 𝑒 − 𝐸0 = −0,34𝑉 Semi-reação de Redução: 𝐶𝑢+(𝑎𝑞) + 𝑒 − ⇄ 𝐶𝑢0(𝑠) 𝐸 0 = 0,34𝑉 Reação Global: 2𝐶𝑢+(𝑎𝑞) ⇄ 𝐶𝑢 +2 (𝑎𝑞) + 𝐶𝑢 0 (𝑠) ∆𝐸 0 = 0,00 𝑉 Em todas as reações com o vinagre, o acetato vai se oxidar para que o cobre reduza. Limpeza de Objeto de Prata Com o passar do tempo vai havendo a oxidação por conta do Oxigênio e de compostos sulfurados, formando o sulfeto de alumínio, segundo a reação abaixo: 4𝐴𝑔(𝑠) + 𝑂2 (𝑔) + 2𝑆 +2 (𝑎𝑞) + 4𝐻 + (𝑎𝑞) ⇄ 2𝐴𝑔𝑆(𝑠) + 2𝐻2𝑂(𝑙) 𝐸 𝑜 = 1,92 𝑉 Para o processo de limpeza do pingente de prata, houve a oxidação do Alumínio presente no papel alumínio para que a prata reduzisse, segundo as seguintes reações: Semi-reação de oxidação: 𝐴𝑔2𝑆(𝑠) + 2𝑒 − ⇄ 2𝐴𝑔(𝑠) + 𝑆 −2 (𝑎𝑞) 𝐸 0 = −0,69 𝑉 Semi-reação de redução: 𝐴𝑙(𝑠) ⇄ 𝐴𝑙 +3 (𝑎𝑞) + 3𝑒 − 𝐸0 = 1,68 𝑉 Fazendo-se o balanceamento das equações, para que cheguemos à reação global, temos: Semi-reação de oxidação: 3𝐴𝑔2𝑆(𝑠) + 6𝑒 − ⇄ 6𝐴𝑔(𝑠) + 3𝑆 −2 (𝑎𝑞) 𝐸 0 = −0,69 𝑉 Semi-reação de redução: 2𝐴𝑙(𝑠) ⇄ 2𝐴𝑙 +3 (𝑎𝑞) + 6𝑒 − 𝐸0 = 1,68 𝑉 Reação global: 3𝐴𝑔2𝑆(𝑠) + 2𝐴𝑙(𝑠) ⇄ 6𝐴𝑔(𝑠) + 2𝐴𝑙 +3 (𝑎𝑞) + 3𝑆 −2 (𝑎𝑞) 𝐸 0 = 0,99 𝑉 Portanto, o sulfeto de prata (Ag2S(s)) atua como agente oxidante, porque ele acaba oxidando o alumínio metálico (Al(s)) de 0 para +3. Ao passo que o alumínio metálico (Al(s)) atua como agente redutor, porque acaba reduzindo a prata do sulfeto de prata, de +1 para 0. Ainda há a hidrólise do íon de sulfato (S2-(aq)), ocorrendo em duas etapas: 𝑆(𝑎𝑞) 2− + H2𝑂(𝑙) ⇌ 𝐻𝑆(𝑎𝑞) − + 𝑂𝐻(𝑎𝑞) − 𝐻𝑆(𝑎𝑞) − + H2𝑂(𝑙) ⇌ 𝐻2𝑆(𝑎𝑞) + 𝑂𝐻(𝑎𝑞) − Então com a formação do H2S(aq), que é liberado da solução na forma gasosa, (H2S(g)), deixa-se o ambiente com odor característico. Construção de uma Pilha Para a pilha, ocorrem duas reações, a oxidação do zinco e a redução do cobre, demonstradas abaixo. Semi-reação de oxidação: 𝑍𝑛(𝑠) ⇌ 𝑍𝑛(𝑎𝑞) +2 + 2𝑒− 𝐸0 = 0,76 𝑉 Semi-reação de redução: 𝐶𝑢(𝑎𝑞) +2 + 2𝑒− ⇌ 𝐶𝑢(𝑠) 0 𝐸0 = 0,34 𝑉 Reação global:2𝐶𝑢(𝑎𝑞) + ⇌ 𝐶𝑢(𝑎𝑞) +2 + 𝐶𝑢(𝑠) 0 𝐸0 = 1,10 𝑉 h) Quais as reações que ocorrem ao colocarem os eletrodos de Zn e Cu dentro da solução de ácido acético e NaCl? Segundo a tabela de redução dos elementos, podemos verificar que o potencial de redução (Ered) do zinco presente no clips é menor do que o de cobre, o zinco acaba se oxidando, tornando a solução transparente do béquer, solução essa formada por cloreto de sódio e vinagre, em turva, devido a presença de íons Zn2+, representado na figura 6. Figura 5. Condução do experimento com medição da ddp Figura 6. Reação dos eletrodos de zinco e cobre ao acoplar a lâmpada ao sistema Quando só acoplado o voltímetro, não foi possível a visualização das bolhas que nem quando foi acoplado a lâmpada conforme imagem acima. E na prática a ddp do sistema foi em torno de 0,37 V, enquanto que em teoria é 1,10 V. Esse fato comprova que o eletrodo de zinco metálico acaba oxidando, sofrendo oxidação e transformando-se em Zn+2(aq), que ficam na solução. Já a haste de cobre acaba sendo reduzida e transformando-se em cobre metálico Cu0(s), segundo as reações abaixo Semi-reação de oxidação: 𝑍𝑛(𝑠) ⇌ 𝑍𝑛(𝑎𝑞) +2 + 2𝑒− 𝐸0 = 0,76 𝑉 Semi-reação de redução: 𝐶𝑢(𝑎𝑞) +2 + 2𝑒− ⇌ 𝐶𝑢(𝑠) 0 𝐸0 = 0,34 𝑉 Reação global:2𝐶𝑢(𝑎𝑞) + ⇌ 𝐶𝑢(𝑎𝑞) +2 + 𝐶𝑢(𝑠) 0 𝐸0 = 1,10 𝑉 Isso só comprova que como o zinco tem maior potencial de oxidação que o cobre, o zinco oxida-se e, consequentemente, o zinco tem menor potencial de redução que o cobre, o cobre reduz-se. i) Como é produzida a força eletromotriz de uma pilha? A corrente elétrica obtida de uma pilha galvânica resulta do escoamento forçado de elétrons do eletrodo negativo, através de um fio externo, para o eletrodo positivo. A “força” com que estes elétrons se movem, é chamada de força eletromotriz (fem ou E) e é medida em volts (V). A fem produzida por uma pilhagalvânica é chamada de potencial da pilha. Esta fem depende das concentrações dos íons na pilha, da temperatura e das pressões parciais de quaisquer gases que possam estar envolvidos nas reações das pilhas. As pilhas são dispositivos que são formados a partir de dois eletrodos ou polos formados por metais diferentes. Portanto, de modo espontâneo, o metal mais reativo doa elétrons para o metal menos reativo, ocorrendo uma reação de oxirredução que produz uma corrente de elétrons. Isso significa que a transformação da energia química em energia elétrica. Em uma pilha, o eletrodo negativo (ânodo), será o metal que possuir a maior tendência de ser corroído pelo eletrólito e o eletrodo positivo (cátodo) será o metal que atrai os íons positivos do eletrólito. Com isso, o fluxo dos elétrons se dá sentido do ânodo para o cátodo, ou seja, do eletrodo com menor potencial de redução para o eletrodo com maior potencial de redução. Ou do eletrodo que possui maior potencial de oxidação para o eletrodo de menor potencial de oxidação. Quando ocorre reação na pilha, o que realmente se observa é uma espécie do jogo “cabo-de-guerra”. Cada uma das espécies em solução esforça-se para atrair elétrons para seu eletrodo, a fim de reduzir-se. As espécies com maior capacidade para atrair elétrons (substâncias com potenciais de redução mais elevados) ganham o cabo- de-guerra e são reduzidas. O perdedor, por outro lado, deve fornecer elétrons ao vencedor e a substância será, assim, oxidada. O potencial que medimos para uma pilha corresponde à diferença na tendência dos dois íons em se tornar reduzidos e é igual ao potencial de redução para a substância que realmente sofre redução menos o potencial de redução para a substância que é forçada a sofrer oxidação. Em termos dos potenciais padrões de redução, temos: 𝐸0(𝑝𝑖𝑙ℎ𝑎) = 𝐸 0 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑟𝑒𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎− 𝐸 0 𝑠𝑢𝑏𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑜𝑥𝑖𝑑𝑎𝑑𝑎 Experimentalmente, só é possível medirmos os potenciais globais da pilha. Isto significa que somos capazes de obter apenas as diferenças entre os potenciais de redução para quaisquer duas semi-reações. 6. CONCLUSÕES Referente à limpeza das moedas de cobre de 5 centavos foi possível perceber que foi uma prática simples, que até mesmo pode ser feita em casa, no dia-a-dia e que se tem resultado. Todos os processos, com exceção do vinagre e somente o vinagre, foi possível a limpeza do objeto e isto deve-se às reações de oxirredução provenientes do meio reacional a que foi exposto o objeto. Tanto o cloreto de sódio quanto o calor foram fatores importantes para que o ácido acético oxidasse e o cobre da moeda reduzisse. Quanto ao objeto de prata, também é um procedimento que é feito pelas donas de casa, a qual utilizam panelas de alumínio e com isso não é necessário a adição do papel alumínio. Também se mostrou uma técnica eficiente na remoção da camada oxidada. O sabão de coco tem um importante papel de remover a gordura e sujeira presente no objeto, o que não interfere na reação. Então o alumínio do papel reage com a prata do objeto e com isso o alumínio oxida e a prata reduz. Quanto à construção da pilha, é o mesmo princípio da pilha de Daniell. Foram possíveis as percepções da oxidação do eletrodo de zinco e a redução do eletrodo de cobre. Além do mais, o voltímetro permitiu também a visualização da força eletromotriz presente no sistema, mesmo que não em conformidade com a teoria. A utilização da lâmpada também foi de grande importância, pois mesmo a força eletromotriz sendo baixa, permitiu ser o suficiente para condução de eletricidade fazendo a lâmpada acender. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FARIA, D. L. A.; BERNARDINO, N. D.; SETUBAL, S. R. M.; NOVAIS, V.; CONSTANTINO, V. R. L. Limpando moedas de cobre: um laboratório químico na cozinha de casa, Química Nova na Escola, São Paulo, Vol. 38, N° 1, p. 20-24, fev. 2016. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_1/05-CCD-58- 15.pdf>. Acesso em 12 out. 2016. SARTORI, E. R.; BATISTA, É. F.; FATIBELLO-FILHO, O. Escurecimento e Limpeza de Objetos de Prata – Um Experimento Simples e de Fácil Execução. Química Nova na Escola. Nº 30, novembro 2006. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc30/11-EEQ-4407.pdf> . Acesso em: 12 out. 2016. BRADY, J. E.; HUMISTON, G. E. Química Geral. Volume 2. 2ª edição. Livros Técnicos e Científicos Editora, p. 610 - 611. Disponível em: <http://www.dqi.iq.ufrj.br/iqg128_a9_oxirreducao.pdf>. Acesso em 12 out. 2016. Disponível em: <http://www.filoczar.com.br/Conteudo%20educacional/Apostilas/Quimica/Eletroquimica %202.pdf>. Acesso em 12 out. 2016. http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_1/05-CCD-58-15.pdf http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc38_1/05-CCD-58-15.pdf http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc30/11-EEQ-4407.pdf http://www.dqi.iq.ufrj.br/iqg128_a9_oxirreducao.pdf http://www.filoczar.com.br/Conteudo%20educacional/Apostilas/Quimica/Eletroquimica%202.pdf http://www.filoczar.com.br/Conteudo%20educacional/Apostilas/Quimica/Eletroquimica%202.pdf
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