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CapítuloCapítulo Refletindo sobre os tópicosTópicos do capítulo • Como pode ser produzida a energia elétrica? • Como funcionam as pilhas? • É possível montar uma pilha caseira usando limão? • Como funciona uma bateria de carro? • O que é e como funciona uma pilha seca? • Que problemas ambientais o descarte incorreto de pilhas e baterias pode causar? • Como ocorre e de que maneira podemos evitar a corrosão? 1 Introdução 2 Conceitos gerais sobre a oxir- redução 3 O balanceamento das equações de oxirredução 4 As pilhas elétricas 5 A medida da diferença de potencial (ddp) ou força eletromotriz (fem) das pilhas 6 Aplicações da tabela dos potenciais-padrão de eletrodo 7 As pilhas e baterias elétricas em nosso cotidiano 8 Corrosão Leitura – O carro elétrico As reações que envolvem a perda e o ganho de elétrons entre as substâncias participantes, são denominadas reações de oxirredução. Com base no fluxo natural de elétrons que caracteriza esse fenômeno, o conhecimento humano construiu as pilhas e baterias, que geram energia elétrica a partir de uma reação química espontânea. Eletroquímica — A oxirredução e as pilhas elétricas17 � Reação espontânea na qual o fio de cobre fica recoberto com prata metálica. � A Eletroquímica no cotidiano: diversos tipos de pilhas, baterias e aparelhos para nosso uso diário. � Corrosão espontânea dos metais provocada pelo oxigênio e pela umidade presente no ar. K A IB ID E Y D E C A R LO S / C ID E D U A R D O S A N TA LI E S TR A / C ID M IC H A E L S . Y A M A S H IT A / C O R B IS -S TO C K P H O TO S R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 420 • Fundamentos da Química A eletricidade está presente em todos os instan- tes da vida moderna: na iluminação de casas, prédios e escritórios; no acionamento de geladeiras, televiso- res, computadores, e assim por diante. Hoje sabemos que a eletricidade, ou melhor, a corrente elétrica é um fluxo de elétrons que circula através dos fios condutores e realiza o trabalho de acen- der uma lâmpada, acionar um motor etc. Podemos obter energia elétrica por meio: • dos geradores elétricos (chamados dínamos e alternadores), que transformam a energia me- cânica em energia elétrica; • das pilhas e baterias elétricas, que transfor- mam energia química em energia elétrica. Daí a existência de um novo ramo na Química denominado Eletroquímica: Eletroquímica é o estudo das reações químicas que produzem corrente elétrica ou são produzidas pela corrente elétrica. Neste capítulo, estudaremos as: Pilhas e baterias elétricas, nas quais reações espontâ- neas de oxirredução produzem corrente elétrica. No próximo capítulo, estudaremos o processo inverso, ou seja, a: Eletrólise, na qual a corrente elétrica provoca reações não-espontâneas de oxirredução. INTRODUÇÃO1 Você pode observar O fenômeno de oxirredução é muito comum na natureza. Já dissemos, no capítulo 6, que a maioria dos metais aparece, na natureza, na forma oxidada. Os processos metalúrgicos trazem os metais para a forma reduzida, e a corrosão só incumbe de levá-los, de volta, à forma oxidada. Como as reações de oxir- redução são aproveitadas na fabricação das pilhas elétricas? Elétrons Pilha Lâmpada acesa +– FRANK & ERNEST By ® Bob Thaves M A R C O S P E R O N / K IN O 20 05 U N IT E D M E D IA / IN TE R C O N TI N E N TA L P R E S S R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 421 2 CONCEITOS GERAIS SOBRE A OXIRREDUÇÃO O fenômeno de oxirredução é tão comum que aparece em vários pontos no estudo da Química. Neste livro, o assunto já foi abordado no estudo das ligações químicas e das reações químicas. Agora, faremos uma rápida recapitulação dos conceitos que foram vistos à página 122, devido à sua aplicação no estudo da Eletroquímica. Naquela ocasião, vimos que: • Oxidação é a perda de elétrons por um elemento químico. • Redução é o ganho de elétrons por um elemento químico. • Reação de oxirredução é quando há transferência de elétrons. E também: • Oxidante é o elemento ou substância que provoca oxidações (ele próprio irá redu- zir-se). • Redutor é o elemento ou substância que provoca reduções (ele próprio irá oxidar-se). Por exemplo, na reação ao lado temos: Vimos, também, que, para indicar o es- tado de oxidação (ou de redução) de um ele- mento, criou-se um número chamado núme- ro de oxidação (Nox.) tal que: • para um elemento (ou substância sim- ples) o Nox. vale zero; • num íon simples, o Nox. é a própria carga elétrica do íon; • num composto, o Nox. do elemento é a carga elétrica que o átomo iria ad- quirir na ruptura das ligações, seguin- do suas eletronegatividades. Daí a extensão do conceito de oxirredução, dizendo-se que: • Oxidação é a perda de elétrons ou o aumento do número de oxidação de um ele- mento químico. • Redução é o ganho de elétrons ou a diminuição do número de oxidação de um elemento químico. Esquematicamente: Oxidação Redução –7 –6 –5 – 4 –3 –2 –1 0 +1 +2 +3 +4 +5 +6 +7 Nox. Finalmente, podemos relembrar que o cálculo dos Nox. dos elementos nos compos- tos considera que: • o Nox. do hidrogênio é sempre �1 (exceto nos hidretos metálicos, como NaH, CaH2 etc., nos quais vale �1); • o Nox. do oxigênio é sempre �2 (exceto nos peróxidos, como H2O2, Na2O2 etc., nos quais vale �1); Na � � ClNa 1 elétron O sódio se oxidou, pois perdeu um elétron. O cloro se reduziu, pois ganhou um elétron. O cloro é o oxidante, pois oxidou o sódio. O sódio é o redutor, pois reduziu o cloro. x xCl Na�ClNa Aumento do Nox. de zero para �1 Diminuição do Nox. de zero para �1 indica redução do cloro. indica oxidação do sódio. Cl� Zero Zero �1 �1Nox. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 422 • Fundamentos da Química EXERCÍCIOS EXERCÍCIO RESOLVIDO • o Nox. dos elementos das colunas A da classificação periódica dos elementos pode ser deduzido do próprio número da coluna, de acordo com o esquema a seguir: (Essa regra se torna óbvia se você lembrar que o número da coluna A coincide com o número de elétrons que o elemento possui em sua última camada eletrônica.) Para calcular o Nox. de um elemento num composto, basta lembrar que a soma dos Nox. de todos os átomos, numa molécula, é zero. Por exemplo, chamando por x o Nox. do carbono no Na2CO3, temos: 1A 2A Número da coluna Metais Metais 3A 4A 5A alcalinos alcalino-terrosos Nox. mínimo (pelo ganho de elétrons) �4 �3 �2 �1 Nox. máximo (pela perda de elétrons) �1 �2 �3 �4 �5 �6 �7 6A Calcogênios 7A Halogênios Para calcular o Nox. de um elemento num íon composto, basta considerar que a soma do Nox. de todos os átomos, num íon composto, é igual à própria carga elétrica do íon. Por exemplo, chamado por x o Nox. do enxofre no SO4 2�, temos: a) Agente oxidante ou oxidante é o elemento ou substância que provoca , sofrendo ele próprio uma . b) Agente redutor ou redutor é o elemento ou substância que provoca , sofrendo ele próprio uma . c) Oxidação é a de elétrons ou o do número de de um elemento químico. d) Redução é o de elétrons ou a do número de de um elemento químico. REVISÃO 1 Quais são os números de oxidação do cloro nas subs- tâncias Cl2, NaCl, KClO e HClO4? Resolução • No Cl2 o Nox. do cloro é zero. • No NaCl, temos Na� e Cl�, portanto o Nox. do cloro é �1. • No KClO, temos: K Cl O �1 � x � (�2) � 0 ⇒ x � �1 • No HClO4, temos: H Cl O4 �1 � x � 4 � (�2) � 0 ⇒ x � �7 2 (Acafe-SC) Determinando o número de oxidação do ele- mento central do ácido sulfuroso (H2SO3), ácido carbônico (H2CO3), ácido silícico (H2SiO3), ácido pirofosfórico (H4P2O7) e ácido perclórico (HClO4), osvalores são, res- pectivamente: a) �2, �4, �5, �5, �7 d) �3, �3, �3, �7, �4 b) �1, �1, �1, �2, �3 e) �2, �4, �5, �5, �7 c) �4, �4, �4, �5, �7 ⇒x � 4 � (�2) � �2 x � �6 (Nox. do S no SO4 2�) S O4 2� ⇒2 � (�1) � x � 3 � (�2) � 0 x � �4 (Nox. do C no Na2CO3) CNa2 O3 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 423 3 (Cesgranrio-RJ) Assinale, entre as opções abaixo, a fór- mula do composto no qual o fósforo está no maior esta- do de oxidação. a) H3PO3 d) H4P2O5 b) H2PO3 e) HPO3 c) H3PO2 EXERCÍCIO RESOLVIDO 5 (Unifor-CE) O átomo de cromo apresenta número de oxidação �3 na espécie: a) Cr2O3 b) CrO c) Cr d) CrO4 2� e) Cr2O7 2� 6 (Unifor-CE) Objetos de prata escurecidos, devido à for- mação de Ag2S (preto), podem ser limpos esfregando-se uma mistura, umedecida, de alumínio com bicarbonato de sódio (NaHCO3). A reação que deve ocorrer é repre- sentada, corretamente, por: a) 3 Ag� � Al Al3 � 3 Ag b) Ag� � Al Al3� � Ag c) Ag � Al3� Al � Ag2� d) Ag � H3O � H2O � 1 2 H Ag2 � � e) 2 Ag � H2O Ag2O � H2 4 Quais são os números de oxidação do enxofre nos íons S2�, SO3 2� e SO4 2�? Resolução • No íon S2�, o Nox. do enxofre é �2. • No íon SO3 2�, temos: x � 3 � (�2) � �2 ⇒ x � �4 S O3 2� S O4 2� • No íon SO4 2�, temos: x � 4 � (�2) � �2 ⇒ x � �6 O BALANCEAMENTO DAS EQUAÇÕES DE OXIRREDUÇÃO Lembrando que, numa reação química, os átomos permanecem praticamente “intactos”, pode- mos enunciar o seguinte critério geral do balanceamento: Acertar os coeficientes ou balancear uma equação química é igualar o número total de átomos de cada elemento, no primeiro e no segundo membros da equação. Assim, por exemplo, dizemos que a equação abaixo está balanceada, quando notamos que: 3 Você pode observar O balanceamento ou acerto dos coeficientes de uma equação química é in- dispensável para que esta tenha um significado quantitativo. E sabemos o quanto isso influi nos cálculos estequiométricos, tão presentes em qualquer parte da Química. 3 O24 Al Há quatro átomos de alumínio, no 1o e 2o membros. Há seis átomos de oxigênio, no 1o e 2o membros. 2 Al2O3 No caso particular das equações de oxirredução, há, porém, um outro critério, igualmente importante: Tornar o número de elétrons cedidos pelo redutor igual ao número de elétrons recebi- dos pelo oxidante (afinal os elétrons não podem ser criados nem destruídos). Reexaminando a equação anterior com esse novo critério, temos: 3 O2 Nox. 4 Al 1 átomo de Al perde 3 elétrons. 1 átomo de oxigênio ganha 2 elétrons. 2 Al2 O3 Zero Zero �3 �2 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 424 • Fundamentos da Química Veja que a contabilidade do número total de elétrons cedidos pelo redutor e recebidos pelo oxidante está respeitada, pois: • Se 1 átomo de Al perde 3 elétrons, então 2 � 2 � 4 átomos de Al perderão 4 � 3 � 12 elétrons. • Se 1 átomo de O ganha 2 elétrons, então 3 � 2 � 6 átomos de O ganharão 6 � 2 � 12 elétrons. Partindo-se, então, da contabilidade do número total de elétrons cedidos e recebidos numa equa- ção de oxirredução pode-se, com relativa facilidade, acertar seus coeficientes. Veja os exemplos abaixo: 1o exemplo Balancear a equação P4 � Cl2 PCl3. 1a etapa: determine o Nox. de todos os elementos que sofrem oxirredução e as variações desses Nox.. Essas variações indicam o número de elétrons que cada átomo vai ganhar ou perder: 2a etapa: determine a variação total (Δ) do Nox. do oxidante e do redutor, que é igual à variação do Nox. vista acima multiplicada pelo número de átomos do elemento na molécula considerada. Isso equivale ao número total de elétrons que o oxidante irá ganhar e que o redutor irá perder. Em nosso caso: • para o P4: Δ � 3 � 4 � 12 • para o Cl2: Δ � 1 � 2 � 2 3a etapa: o Δ do oxidante será o coeficiente do redutor e vice-versa (regra do xis). Isso garante a igualdade do número total de elétrons cedidos e recebidos: Cl2P4 Variação do Nox. � 3 Variação do Nox. � 1 Cl3P Zero Zero �3 �1 12 Cl22 P4 � 8 átomos de P 8 PCl3 12 Cl22 P4ou � 24 átomos de Cl 8 PCl3 4a etapa: os coeficientes restantes são acertados pela contagem normal dos átomos. Em nosso caso, contando-se o número de átomos de P (ou de Cl), acertaremos o coeficiente do PCl3: 2 P4 � 12 Cl2 PCl3 Δ � 12 Δ � 2 Dividindo-se todos os coeficientes por 2, teremos: P4 � 6 Cl2 4 PCl3 2o exemplo Balancear a equação P � HNO3 � H2O H3PO4 � NO. H2OHNO3 H3PO4� � NO�P Variação do Nox. � 5 Variação do Nox. � 3 Zero �5�5 �2 H2OHNO3 Δ � 5 � 1 = 5 Δ � 3 � 1 = 3 H3PO4� � NO�P 1a etapa: Nox. dos elementos e suas va- riações 2a etapa: variação total dos Nox. (Δ) R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 425 Por fim, falta acertar o coeficiente do H2O, o que pode ser feito pela contagem dos átomos de hidrogênio ou de oxigênio: 3 P � 5 HNO3 � 2 H2O 3 H3PO4 � 5 NO 3o exemplo Balancear a equação, na forma iônica, MnO4 � � I� � H� Mn2� � I2 � H2O Δ � 5 Δ � 3 H2O5 HNO3 H3PO4� � NO�3 P H2O5 HNO3 3 H3PO4� � 5 NO�3 P Contamos 3 P Contamos 5 N H�I� I2Mn 2�� � H2O� �MnO4 � Variação do Nox. � 5 Variação do Nox. � 1 �7 �2�1 Zero Δ � 5 � 1 = 5 Δ � 1 � 2 = 2 H�I� I2Mn 2�� � H2O� �MnO4 � Note que agora estamos calculando o Δ no 2o membro da equação. É indiferente calcular o Δ no 1o ou no 2o membro da equação; no entanto é preferível calcular o Δ do lado em que há maior número de átomos do elemento que estamos considerando. No caso, há um átomo de iodo (I�) no 1o membro e dois átomos de iodo (I2) no 2 o membro. Isso evita, em geral, o aparecimento de coeficientes fracionários no decorrer do balanceamento. Δ � 5 Δ � 2 H�I� 5 I22 Mn 2�� � H2O� �MnO4 � H� 2 Mn2� 5 l2�� � H2O�2 MnO4 � 10 l� Contamos 2 Mn Contamos 10 l H� 2 Mn2� 5 l2�� � 8 H2O�2 MnO4 � 10 l� Contamos 8 átomos de oxigênio 16H� 2 Mn2� 5 l2�� � 8 H2O�2 MnO4 � 10 l� Contamos 16 H A seguir: Finalmente: 1a etapa: Nox. dos elementos e suas variações 2a etapa: variação total dos Nox. (Δ) 3a etapa: regra do xis 4a etapa: completar o balanceamento 4a etapa: com os dois coeficien- tes obtidos acima (3 e 5), con- tinuar o balanceamento 3a etapa: o Δ do oxidante será o coeficiente do redutor e vice- versa (regra do xis) R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 426 • Fundamentos da Química OBSERVAÇÃO Em uma equação iônica corretamente balanceada, o total de cargas elétricas deve ser igual no 1o e no 2o membros da equação. No exemplo anterior, temos: • 1o membro: 2 � (�1) � 10 � (�1) � 16 � (�1) � �4 • 2o membro: 2 � (�2) � �4 Se essa igualdade não existir, podemos afirmar que o balanceamento está errado. Além disso, essa igualdade pode, em certas ocasiões, ajudar durante o processo de balanceamento da equação iônica. a) A ideia fundamental no balanceamento de equações de oxirredução é o número total de elétrons pelo redutor com o número total de elétrons pelo oxidante. b) Como em qualquer equação química, é também necessário o número total de de cada elemento, no e no membros da equação. c) Em equações de oxirredução, escritas na forma iônica, é indispensável haver das cargas elétricas totais no e no membros da equação. REVISÃO 7 (PUC-RJ) A obtenção do ferro, a partir do seu minério, dá-se, simplificadamente, segundo a equação: Fe2O3 (s) � O (s) Fe (s) � CO2 (g) Os coeficientes dessa equação, em ordem, da esquerda para a direita, após o balanceamento, são: a) 1, 1, 2, 2 c) 2, 3, 4, 3 e) 3, 2, 3, 2 b) 2, 1, 3, 2 d) 3, 1, 1, 2 8 (Ufac) A equação H2S � Br2 � H2OH2SO4 � HBr, após ser balanceada, apresen- ta os seguintes coeficientes: a) 1 — 4 — 4 — 1 — 8 b) 1 — 4 — 1 — 4 — 8 c) 1 — 1 — 4 — 4 — 8 d) 4 — 1 — 4 — 4 — 8 e) 1 — 4 — 1 — 4 — 1 9 (Feevale-RS) Considere a equação: KMnO4 � H2SO4 � FeSO4 MnSO4 � K2SO4 � Fe2(SO4)3 � H2O A soma dos coeficientes de todas substâncias envolvidas nessa reação balanceada é: a) 20 c) 35 e) 40 b) 21 d) 36 10 (UFG-GO) Após a incineração de lixo, faz-se a determi- nação de carbono não queimado e matéria fermentável por um método que se fundamenta na equação de rea- ção seguinte: Na2C2O4 � KMnO4 � H2SO4 K2SO4 � Na2SO4 � MnSO4 � CO2 � H2O A respeito dessa equação de reação, pedem-se: a) o agente oxidante e o agente redutor; b) o balanceamento da equação. 11 (U. São Judas-SP) O fósforo branco (P4) é uma substância muito empregada para finalidades bélicas, na confecção de bombas incendiárias e granadas luminosas. Ele é obti- EXERCÍCIOS do pelo aquecimento, em forno elétrico, de fosfato de cál- cio, areia e coque. A equação química (não balanceada) da obtenção do fósforo branco é: Ca3(PO4)2 � SiO2 � C CaSiO3 � CO � P4 Os coeficientes estequiométricos da equação, respecti- vamente, são: a) 1, 3, 2, 3, 2 e 1 d) 2, 6, 10, 6, 10 e 1 b) 2, 6, 10, 6, 8 e 1 e) 4, 12, 20, 12, 10 e 1 c) 1, 3, 5, 3, 5 e 1 12 (PUC-RS) A análise do ferro em um minério pode ser rea- lizada por método volumétrico, utilizando-se dicromato de potássio. A reação envolvida nesse método, na sua forma iônica, pode ser expressa pela equação a seguir: Fe2� � Cr2O7 2� � H� Fe3� � Cr3� � H2O O balanceamento correto da equação permite obter coe- ficientes, respectivamente, iguais a: a) 6, 1, 14, 6, 2, 7 d) 3, 2, 7, 2, 2, 14 b) 6, 2, 14, 6, 2, 7 e) 2, 1, 14, 3, 3, 7 c) 3, 1, 7, 2, 2, 14 13 Acerte os coeficientes da equação: NaBiO3 � H � � Mn2� Bi3� � Na� � MnO�4 � H2O 14 (UFRGS-RS) Para a reação S2� � H� � NO�3 S � NO � H2O os coeficientes estequiométricos ajustados, lidos da es- querda para a direita, são: a) 2, 4, 2, 2, 2, 2 b) 3, 2, 3, 3, 3, 2 c) 3, 8, 2, 3, 2, 4 d) 2, 6, 3, 2, 3, 3 e) 2, 8, 3, 2, 3, 4 Δ Δ R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 427 15 Acerte os coeficientes da equação Cl2 � NaOH NaCl � NaClO3 � H2O Sugestão: Comece o balanceamento pelo 2o membro, pois só aí você verá separadamente o cloro que se redu- ziu, no NaCl, e o cloro que se oxidou, no NaClO3. 16 Procure acertar os coeficientes das seguintes equações pelo método de oxirredução: a) KMnO4 � HCl KCl � MnCl2 � H2O � Cl2 b) Hg � HNO3 Hg(NO3)2 � H2O � NO Sugestão: Comece o balanceamento dessas equações pelo 2o membro, pois é aí que você vai encontrar o Cl2, que de fato se oxidou, e o NO, que de fato se reduziu. 17 Acerte os coeficientes da equação K2Cr2O7 � H2O2 � H2SO4 K2SO4 � Cr2(SO4)3 � H2O � O2 Sugestão: Quando aparece H2O2 na equação, calcule o Δ do H2O2 nele próprio, e não no O2 que aparece no 2 o membro da equação; lembre-se também de que o Nox. do oxigênio no H2O2 é �1. 18 (Vunesp) Dada a equação de óxido-redução: x Cu (s) � y H� (aq) � z NO3 � (aq) p Cu2� (aq) � q NO (g) � 4 H2O (l) A soma (x � y � z ) é igual a: a) 6 b) 8 c) 9 d) 13 e) 16 EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 4 AS PILHAS ELÉTRICAS A ideia geral de funcionamento das pilhas elétricas é separar o oxidante do redutor, de tal modo que os elétrons sejam cedidos pelo redutor ao oxidante, através de um fio condutor externo à pilha. É a maneira de realizar esse artifício, bem como as diferentes reações de oxirredução que são utilizadas, que dá origem aos vários tipos de pilhas elétricas. Foi o físico italiano Alessandro Volta (1745-1827) quem construiu, em 1800, a primeira pilha elétrica, empilhando (daí o nome pilha) discos de cobre e de zinco, alternadamente e separados por pedaços de tecido embe- bidos em solução de ácido sulfúrico. Em 1836, o químico inglês John Frederic Daniell (1790-1845) aperfei- çoou as pilhas, substituindo as soluções ácidas, que produziam gases tóxi- cos, por soluções salinas. A pilha ou célula eletroquímica de Daniell baseia- -se na seguinte reação de oxirredução: Zn � CuSO4 ZnSO4 � Cu Ou abreviadamente: Zn0 � Cu2� Zn2� � Cu0 Os elétrons que passam do Zn0 ao Cu2� produzem a corrente elétrica. A montagem esquemática da pilha de Daniell é a seguinte: Solução aquosa de ZnSO4 MEIA-CÉLULA DO ZINCO Membrana porosa MEIA-CÉLULA DO COBRE Solução aquosa de CuSO4 SO 2– 4 SO 2– 4 Zn2+ Cu2+ + Voltímetro Chapa de zinco metálico (eletrodo negativo ou anodo) Chapa de cobre metálico (eletrodo positivo ou catodo) e– e– Interruptor – Cu0Zn0 2e� Gravura mostrando a pilha de Volta. J. G Ó M E Z D E S A LA ZA R / C ID R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 428 • Fundamentos da Química Veja que existem dois compartimentos, chamados meias-células, separados por uma membrana poro- sa. Fechando-se o interruptor, estará fechado um circuito elétrico, dando origem aos seguintes fenômenos: • no compartimento da esquerda (meia-célula do zinco), existe uma chapa de zinco mergulhada em solução aquosa de sulfato de zinco; considerando-se que o zinco tem uma tendência espon- tânea para ceder elétrons, temos: Zn0 Zn2� � 2e� (é a semirreação de oxidação); desse modo, a chapa de zinco “libera” elétrons para o circuito externo (dizemos, por isso, que a chapa de zinco é o eletrodo negativo ou anodo); • no compartimento da direita (meia-célula do cobre), existe uma chapa de cobre mergulhada em solução aquosa de sulfato cúprico; considerando-se que o Cu2� tem uma tendência espontânea para receber elétrons, temos: Cu2� � 2e� Cu0 (é a semirreação de redução); desse modo, o Cu2� “captura” elétrons do circuito externo, por meio da chapa de cobre, que se torna positiva (dizemos, por isso, que a chapa de cobre é o eletrodo positivo ou catodo). Veja também que a soma das duas equações anteriores nos fornece a equação geral da pilha: Zn0 Zn2� � 2e� Cu2� � 2e� Cu0 Zn0 � Cu2� Zn2� � Cu0 A membrana porosa deve impedir a mistura das duas soluções, mas deve permitir a passagem dos íons que estão sendo atraídos ou repelidos pelas forças elétricas. Após certo tempo de funcionamento da pilha, vamos notar que: • a chapa de zinco está corroída; • a chapa de cobre aumentou, devido à deposição de cobre; • as concentrações das soluções se alteraram. Tudo isso é consequência da própria reação global de funcionamento da pilha: O Cu depositou-se sobre a chapa de cobre, aumentando sua massa. O ZnSO4 formado pela reação aumentou a concentração da solução de ZnSO4. A concentração da solução de CuSO4 vai diminuindo. O zinco vai sendo gasto (corroído). Zn0 � CuSO4 ZnSO4 � Cu 0 Convencionou-se representar a pilha de Daniell (e as demais pilhas), esquematicamente, da se- guinte maneira: Veja que devem ser indicados os metais que formam os eletrodos, as soluções com as respectivas concentrações e a temperatura de funcionamento da pilha. Resumindo, podemos dizer que pilha ou célula eletroquímica é um dispositivo que transforma energia química em energia elétrica. Essa transformação é conseguida por meio de uma reação de oxir- redução, com o oxidante e o redutor separados em compartimentos diferentes, de modo que o redutor seja obrigado a entregar os elétrons ao oxidante através de um circuito externo (fio). Do lado esquerdo, representamos o anodo (eletrodo negativo), em que há oxidação. Do lado direito, representa- mos o catodo (eletrodo positivo), em que há redução. O sinal �� indica a parede porosa ou outro dispositivo para separar as soluções Zn0 (s) � Zn2� (1 mol/L) � � Cu2� (1 mol/L) � Cu0 (s) (25 °C) LA E R TE R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃOE AS PILHAS ELÉTRICAS 429 EXERCÍCIO RESOLVIDO Outra montagem muito comum de uma pilha ou célula eletroquímica é a seguinte: Em um copo de vidro é colocada uma cha- pa de zinco e uma solução de ZnSO4; em outro, uma chapa de cobre e uma solução de CuSO4. As duas chapas são ligadas por um fio e as duas soluções são ligadas por uma ponte salina, que é um tubo de vidro recurvado (como vemos na figura), total- mente cheio com solução de um sal (o KCl, por exemplo), tendo um pouco de algodão em cada extremidade para impedir o escoa- mento da solução salina. A função da ponte salina é permitir a movimentação de íons de um copo para outro (nos dois sentidos). OBSERVAÇÃO Ponte salina CuZn Solução aquosa de ZnSO4 Solução aquosa de CuSO4 Zn2+ K+ Cl– SO2 – 4 Algodão Algodão Voltímetro a) Na pilha de Daniell ocorre uma reação de , na qual o redutor é o e o oxidante é o . b) Na pilha de Daniell a meia-célula do é separada da meia-célula do por meio de uma membrana , de tal modo que os elétrons possam fluir através de um fio . REVISÃO 19 (UFMG) Mergulhando uma placa de cobre dentro de uma solução de nitrato de prata, observa-se a formação de uma coloração azulada na solução, característica da pre- sença de Cu2� (aq) e de um depósito de prata. Sobre essa reação, pode-se afirmar corretamente que: a) a concentração de íons nitrato diminui durante o pro- cesso. b) o cobre metálico é oxidado pelos íons prata. c) o íon prata cede elétrons à placa de cobre. d) o íon prata é o agente redutor. e) um íon prata é reduzido para cada átomo de cobre arrancado da placa. 20 (UCS-RS) Um agricultor, querendo apressar a dissolução do sulfato de cobre dentro de um tanque de polietileno com água, utilizou, para agitá-la, uma enxada de ferro nova, limpa e sem pintura. Após algum tempo, retirou a enxada da solução e percebeu que ela mudara de cor, ficando avermelhada. A partir disso, conclui-se que hou- ve uma reação química sobre a enxada. Esse processo tem sua explicação no fato de: a) o íon cobre da solução ter reduzido o ferro da enxada. b) o ferro da enxada ser mais nobre do que o cobre. c) o íon ferro ter agido como oxidante. d) o íon cobre da solução ter oxidado o ferro da enxada. e) o íon cobre ter agido como redutor. 21 (Unicamp-SP) Suspeitou-se de que um certo lote de ferti- lizante estava contaminado por apreciável quantidade de sal de mercúrio II (Hg2�). Foi feito então um teste simples: misturou-se um pouco do fertilizante com água e introdu- ziu-se um fio de cobre polido, o qual ficou coberto por uma película de mercúrio metálico. Escreva a equação da reação química que ocorreu, indicando o agente oxidante. EXERCÍCIOS 22 Sabendo que o cobalto pode ceder elétrons esponta- neamente para os íons Au3� e considerando a pilha: Co0 � Co2� �� Au3� � Au0 responda às seguintes perguntas: a) Qual é a reação global do processo? Quais as semir- reações? b) Quem se oxida? Quem se reduz? c) Qual é o eletrodo positivo ou catodo? Qual é o negativo ou anodo? d) Em que sentido fluem os elétrons pelo fio? e) Qual eletrodo será gasto? Qual terá sua massa aumentada? f) Qual das duas soluções irá diluir-se? Qual irá con- centrar-se? g) Quais os íons em trânsito na solução? Em que sentido? Resolução a) Reação global: 3 Co0 � 2 Au3� 3 Co2� � 2 Au0 Semirreações: 3 Co0 3 Co2� � 6e� 2 Au3� � 6e� 2 Au0 b) O Co0 se oxida; o Au3� se reduz. c) Catodo é o Au0; anodo é o Co0. d) Os elétrons fluem, pelo fio externo, do Co para o Au. e) O Co0 será gasto; a quantidade de Au0 aumenta. f) A solução de Au3� se diluirá; a solução de Co2� se concentrará. g) Cátions Co2� caminham em direção à meia-célu- la Au3� � Au0 e o ânion que acompanha o Au3� caminha em sentido oposto. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 430 • Fundamentos da Química 5.1. Fatores que influem na diferença de potencial Em uma cachoeira, a água cai espontanea- mente. A Física explica o fato dizendo que a água cai de um nível de maior energia para outro, de menor energia (no caso, energia potencial). Quan- to maior for a quantidade de água e maior a altu- ra da queda, maior será a energia liberada pela água (que pode ser transformada, por exemplo, em energia elétrica, como acontece nas usinas hidroelétricas). Fato semelhante ocorre com as pilhas. De- pendendo dos metais constituintes (ou, melhor dizendo, variando o oxidante e o redutor), tere- mos uma pilha diferente, isto é, cada pilha nos fornecerá uma determinada voltagem — ou for- ça eletromotriz (fem), ou diferença de poten- cial (ddp). 23 (Mackenzie-SP) Relativamente à pilha abaixo, começan- do a funcionar, fazem-se as afirmações: I. A reação global da pilha é dada pela equação: Cu � 2 Ag� Cu2� � 2 Ag II. O eletrodo de prata é o polo positivo. III. No anodo, ocorre a oxidação do cobre. IV. A concentração de íons de Ag� na solução irá dimi- nuir. V. A massa da barra de cobre irá diminuir. 24 (Ceeteps-SP) No sistema ilustrado na figura abaixo, ocorre a interação de zinco metálico com solução de sulfato de cobre, havendo passagem de elétrons do zinco para os íons Cu�2 por meio de fio metálico. Ag+ Ag+ Solução AgNO3 Cu2+ Solução Cu(NO3)2 Parede porosa Cu2+ e– e– Ag Cu Lâmpada “pingo d'água” de 1,5 V Papel embebido com solução aquosa de CuSO4 (1 mol/L) Lâmina de cobre Lâmina de zinco Fio metálico A MEDIDA DA DIFERENÇA DE POTENCIAL (DDP) OU FORÇA ELETROMOTRIZ (FEM) DAS PILHAS 5 Você pode observar Mais uma vez surge o problema da medição em ciência. Até hoje, foram construídos milhares de pilhas diferentes. Algumas são mais “fortes”, outras, mais “fracas”. Como medir essa grandeza? Nível superior Energia potencial Nível inferior Fluxo de elétrons Anodo Catodo + – e– e– São corretas: a) III, IV e V somente. d) I, IV e V somente. b) I, III e V somente. e) I, II, III, IV e V. c) II e IV somente. Assim, enquanto a pilha está funcionando, é correto afir- mar que: a) a lâmina de zinco vai se tornando mais espessa. b) a lâmina de cobre vai se desgatando. c) a reação catódica (polo positivo) é representada por: Cu (s) Cu�2 (aq) � 2e d) a reação catódica (polo negativo) é representada por: Zn�2 (aq) � 2e Zn (s) e) a reação da pilha é representada por: Zn(s) � Cu�2 (aq) Zn�2 (aq) � Cu (s) R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 431 Fio de platina Gás H2 (1 atm) Fundo aberto Placa de platina esponjosa Solução aquosa ácida, 1 mol/L (em geral, H2SO4) A voltagem de uma pilha, aliás, depende fundamentalmente: • da natureza dos metais formadores (ou seja, da natureza do oxidante e do redutor); • das concentrações das soluções empregadas; • da temperatura de cada meia-célula. Como decorrência do exposto acima, consideram-se como condições-padrão de uma pilha: • a concentração 1 mol/L para as soluções; • a temperatura de 25 °C, para a pilha como um todo. 5.2. Eletrodo-padrão de hidrogênio Para as medidas eletroquímicas, foi escolhido arbitrariamente como padrão de referência o deno- minado eletrodo-padrão (ou normal) de hidrogênio, ao qual foi atribuído, também arbitrariamente, o potencial zero volt. Sua montagem esquemática é: A reação desse eletrodo é: H2 (g) 2 H � (aq) � 2e� Vejamos então como são obtidas as medidas eletroquímicas com o uso desse eletrodo-padrão. Consi- dere, como exemplo, a pilha esquematizada a seguir, supondo que ela se encontre nas condições-padrão: Ponte salina Zinco metálico Solução aquosa de ZnSO4 1 mol/L em Zn2+ (25 °C) H2 (g) (1 atm) e 0,76 V e Solução aquosa de H2SO4 1 mol/L em H+ (25 °C) Condições-padrão Nessa pilha, teremos as seguintes reações: Zn Zn2� (aq) � 2e� 2 H� (aq) � 2e� H2 (g) Zn � 2 H� (aq) Zn2� (aq) � H2 (g) Medindo a voltagem dessa pilha, encontraremos o valor 0,76 V. A essa medida (obtida em uma pilha nas condições-padrão,em relação ao eletrodo-padrão de hidrogênio) dá-se o nome de potencial- padrão (E0) do zinco (ou potencial normal, ou potencial de meia-célula, ou potencial de oxirredu- ção do zinco). Esse processo de medição pode ser empregado para determinar E0 de qualquer outro metal — basta colocar, no lugar do zinco, um eletrodo feito do metal que se queira estudar. (Oxidação) (Redução) R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 432 • Fundamentos da Química 5.3. Tabela dos potenciais-padrão de eletrodo A medição da diferença de potencial entre um eletrodo qualquer e o eletrodo-padrão de hidrogê- nio (isto é, a determinação do potencial-padrão) não se restringe ao caso específico dos metais. Na verdade, o processo que acabamos de apresentar serve também para os não-metais — e, de modo mais amplo, aplica-se a todos os oxidantes e redutores. Assim, com o emprego desse método, obtém-se a tabela dos potenciais-padrão de eletrodo (ou potenciais-padrão de oxirredução), para soluções aquosas 1 mol/L, a 25 °C e 1 atm, de todos os oxidantes e redutores. REDUÇÃO OXIDAÇÃO A um en to d a fo rç a o xi d an te A um en to d a fo rç a re d ut o ra �3,04 e� � Li� Li �3,04 �2,92 e� � K� K �2,92 �2,90 2e� � Ba2� Ba �2,90 �2,87 2e� � Ca2� Ca �2,87 �2,71 e� � Na� Na �2,71 �2,36 2e� � Mg2� Mg �2,36 �1,66 3e� � Al3� Al �1,66 �1,18 2e� � Mn2� Mn �1,18 �0,76 2e� � Zn2� Zn �0,76 �0,74 3e� � Cr3� Cr �0,74 �0,48 2e� � S S2� �0,48 �0,44 2e� � Fe2� Fe �0,44 �0,41 e� � Cr3� Cr2� �0,41 �0,28 2e� � Co2� Co �0,28 �0,25 2e� � Ni2� Ni �0,25 �0,14 2e� � Sn2� Sn �0,14 �0,13 2e� � Pb2� Pb �0,13 0,00 2e� � 2 H� H2 0,00 �0,14 2e� � 2 H� � S H2S �0,14 �0,15 2e� � Sn4� Sn2� �0,15 �0,34 2e� � Cu2� Cu �0,34 �0,40 2e� � H2O � � 1 2 O2 2 OH � �0,40 �0,52 e� � Cu� Cu �0,52 �0,54 2e� � I2 2 I � �0,54 �0,68 2e� � 2 H� � O2 H2O2 �0,68 �0,77 e� � Fe3� Fe2� �0,77 �0,80 e� � Ag� Ag �0,80 �0,80 2e� � 4 H� � 2 NO3 � 2 H2O � 2 NO2 �0,80 �0,85 2e� � Hg2� Hg �0,85 �0,96 3e� � 4 H� � NO3 � 2 H2O � NO �0,96 �1,07 2e� � Br2 2 Br � �1,07 �1,33 6e� � 14 H� � CrO7 2� 2 Cr3� � 7 H2O �1,33 �1,36 2e� � Cl2 2 Cl � �1,36 �1,50 3e� � Au3� Au �1,50 �1,51 5e� � 8 H� � MnO4 � Mn2� � 4 H2O �1,51 �1,78 2e� � 2 H� � H2O2 2 H2O �1,78 �2,87 2e� � F2 2 F � �2,87 POTENCIAIS-PADRÃO DE ELETRODO Potencial de redução (E 0) em volts (V) Potencial de oxidação em volts (V) R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 433 Metais alcalinos Metais alcalino-terrosos Metais terrosos Metais comuns (Zn, Cr, Fe, Sn, Pb etc.) Hidrogênio (é o padrão) Metais nobres (Cu, Ag, Hg, Au) Halogênios 1a Atualmente, por recomendação da IUPAC, são mais usados os potenciais de redução (colu- na à direita na tabela) do que os potenciais de oxidação. 2a As flechas horizontais grandes, na tabela, in- dicam o sentido normalmente espontâneo das reações; dizemos que a primeira reação, e� � Li� Li, é extremamente es- pontânea para a esquerda; a última reação, 2e� � F2 2 F �, é extremamente espontânea para a direita. Em outras palavras, o Li é o redutor mais forte e o F2, o oxidante mais forte da tabela. 3a Multiplicando-se as equações por um número qualquer, os valores de E 0 não serão altera- OBSERVAÇÕES dos. Ninguém é obrigado a decorar a sequên- cia das reações nessa tabela e muito menos os valores de E 0. Entretanto, é útil perceber a se- guinte sequência geral dos elementos quími- cos (embora apareçam algumas inversões): Você pode fazer Não cheire nem experimente substâncias desconhecidas. Cuidado com as substâncias tóxicas e/ou inflamáveis. Cuidado com respingos na pele e nos olhos. ao lado negativo da pilha; o fio que sai da placa de cobre (Cu) no terminal positivo. • Aperte um pouco um limão inteiro, para libe- rar o sumo; corte-o ao meio e encaixe as pla- cas metálicas, até a metade, nas metades do limão, de acordo com a figura: Pilha elétrica caseira Material necessário: • Duas placas pequenas de cobre com um pe- queno furo. • Duas placas pequenas de magnésio com um pequeno furo. Todas as placas deverão estar limpas e lixadas. • Um relógio digital que use apenas uma pilha comum. • Fios finos de cobre. • Um limão grande. • Um voltímetro (opcional). Procedimento: • Com o relógio (sem a pilha), as placas metálicas e os fios, monte o sistema mostrado abaixo. Mg Cu CuMg – + Mg Cu CuMg – + O xi d an te s m ai s fo rt es R ed ut o re s m ai s fo rt es Os fios extremos deverão estar bem presos (ou soldados) nos terminais da pilha do reló- gio, da seguinte maneira: o fio que sai da pla- ca de magnésio (Mg) no terminal destinado Atenção: Nenhuma placa ou fio metálico deverá encostar em outro. • Se você tiver um voltímetro, repita o experimento colocando o voltímetro no lugar do relógio. Questões: 1. Qual é a reação global dessa pilha? E quais são suas semirreações? 2. Qual dos metais se oxida? E qual se reduz? 3. Qual é o fluxo de elétrons? 4. Qual das duas placas irá se desgastar? 5. Se usou o voltímetro, qual foi a voltagem medida? R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 434 • Fundamentos da Química APLICAÇÕES DA TABELA DOS POTENCIAIS- -PADRÃO DE ELETRODO 6 Você pode observar A importância das medições feitas pela ciência está nas aplicações que delas resultam. No caso presente, o uso dessas medidas está no cotidiano, como, por exemplo: quando indagamos sobre a voltagem de uma pilha; quando uma in- dústria calcula a viabilidade técnica e econômica de uma reação de oxirredução; e assim por diante. 6.1. Cálculo da ddp (ou fem) das pilhas Na tabela dos potenciais-padrão de eletrodo, da página 432, todo elemento ou substância que está mais acima funciona como redutor em relação a um elemento ou substância que está mais abaixo (que funciona, por sua vez, como oxidante). Sendo assim, dizemos que a reação “de cima” funciona no sentido de oxidação (reação invertida), enquanto a reação “de baixo” funciona no sentido de redu- ção (reação direta). No tocante aos elétrons, podemos dizer que, espontaneamente, os elétrons irão “fluir” das rea- ções “mais acima” para as que estão “mais abaixo“ na tabela. Nessas circunstâncias podemos afirmar que: A ddp (ΔE 0) de uma pilha, em condições-padrão (isto é, com soluções 1 mol/L e a 25 °C), é a diferença entre o E 0 do oxidante (catodo) e o E 0 do redutor (anodo). Matematicamente: ΔE 0 � E 0oxidante � E 0redutor Por fim, observamos que ΔE 0 � 0 indica que o funcionamento da pilha é espontâneo no sentido considerado. 1o exemplo: cálculo da fem da pilha Zn0 � Zn2� �� Cu2� � Cu0 em condições-padrão Equação do redutor invertida: Zn0 Zn2� � 2e� �E 0redutor � �0,76 V Equação do oxidante mantida: 2e� � Cu2� Cu0 E 0oxidante � �0,34 V Somando e cancelando os elétrons: Zn0 � Cu2� Zn2� � Cu0 ΔE 0 � E 0oxidante � E 0 redutor ΔE 0 � �0,34 V � 0,76 V ΔE 0 � �1,10 V Sendo ΔE0 � 0, concluímos que o funcionamento dessa pilha é espontâneo. 2o exemplo: cálculo da fem da pilha Al0 � Al3� �� Fe2� � Fe0 em condições-padrão Equação do Al0 invertida ( 2): 2 Al0 2 Al3� � 6e� �E 0redutor � �1,66 V Equação do Fe2� mantida ( 3): 6e� � 3 Fe2� 3 Fe0 E 0oxidante � �0,44 V Equação global da pilha: 2 Al0 � 3 Fe2� 2 Al3 � 3 Fe0 ΔE 0 � �1,22 V Neste exemplo, também ΔE 0 � 0, mostrando que o funcionamento da pilha é espontâneo. Note ainda que fomos obrigados a multiplicar a primeira equação por 2, e a segunda por 3, para cancelar os 6e�, chegando assim ao balanceamento da equação global da pilha. Esse artifício matemático, porém, não altera os valores dos E0, indicados nas semirreações da pilha. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 de 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 435 6.2. Previsão da espontaneidade das reações de oxirredução Essa previsão segue o mesmo raciocínio feito, no item anterior, para o cálculo da diferença de potencial das pilhas. Todo elemento ou substância que está mais acima na tabela age como redutor (e, portanto, sofre oxidação) em relação aos que estão mais abaixo (que agem então como oxidantes, sofrendo reduções). 1o exemplo: é possível que a reação Fe � CuCl2 FeCl2 � Cu ocorra espontaneamen- te? (Note que é uma reação de deslocamento.) Essa reação equivale, ionicamente, a: Fe0 � Cu2� Fe2� � Cu0. Da tabela, tiramos os seguintes valores: Equação do redutor invertida: Fe0 Fe2� � 2e� �E 0redutor � �0,44 V Equação do oxidante mantida: Cu2� � 2e� Cu0 E 0oxidante � �0,34 V Somando: Fe0 � Cu2� Fe2� � Cu0 ΔE0 � �0,78 V Sendo ΔE 0 � 0, concluímos que essa reação é espontânea. 2o exemplo: é espontânea a reação Zn � 2 HCl ZnCl2 � H2? (Note que é a reação de um metal com um ácido.) Ionicamente, essa reação equivale a: Zn0 � 2 H� Zn2� � H2 Da tabela, tiramos os seguintes valores: Equação do redutor invertida: Zn0 Zn2� � 2e� �E 0redutor � �0,76 V Equação do oxidante mantida: 2 H� � 2e� H2 E 0 oxidante � zero Somando: Zn0 � 2 H� Zn2� � HG2 ΔE 0 � �0,76 V Sendo ΔE0 � 0, concluímos que essa reação é espontânea. 3o exemplo: é espontânea a reação Cu � 2 HCl CuCl2 � H2? Ionicamente, essa reação equivale a: Cu0 � 2 H� Cu2� � H2 Da tabela, tiramos: Equação do redutor invertida: Cu0 Cu2� � 2e� �E 0redutor � �0,34 V Equação do oxidante mantida: 2 H� � 2e� H2 E 0 oxidante � zero Somando: Cu0 � 2 H� Cu2� � HG2 ΔE 0 � �0,34 V Sendo ΔE 0 � 0, concluímos que essa reação não é espontânea. Generalizando os resultados encontrados nesses dois últimos exemplos, concluímos que somente os metais situados acima do hidrogênio, na tabela, podem deslocar o hidrogênio dos ácidos. Na verdade, todo metal pode deslocar (reduzir) um cátion de outro metal, desde que o primeiro metal esteja acima do segundo na tabela dos potenciais-padrão de eletrodo. Note que os metais situados abaixo do hidrogênio, na tabela, não estão impedidos de reagir com os ácidos — o que eles não podem é deslocar o hidrogênio dos ácidos. Esses metais podem, isto sim, efetuar outros tipos de reação de oxirredução com os ácidos, tais como: Cu � 4 HNO3 Cu(NO3)2 � 2 H2O � 2 NO2 3 Ag � 4 HNO3 3 AgNO3 � 2 H2O � NO (Como treino, demonstre que essas reações são espontâneas.) R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 436 • Fundamentos da Química EXERCÍCIO RESOLVIDO 4o exemplo: vamos verificar se é espontânea a reação: 2 KMnO4 � 5 H2O2 � 3 H2SO4 K2SO4 � 2 MnSO4 � 8 H2O � 5 O2 Da tabela, tiramos: Eq. do redutor invertida ( 5): 5 H2O2 5 O2 � 10 H � � 10e� �E 0redutor � �0,68 V Eq. do oxidante mantida ( 2): 10e� � 16 H� � 2 MnO�4 2 Mn 2� � 8 H2O E 0 oxidante � �1,51 V Somando: 2 MnO�4 � 5 H2O2 � 6 H � 2 Mn2� � 8 H2O � 5 O G 2 ΔE 0 � �0,83 V Esta é a equação iônica correspondente à equação dada, e como ΔE 0 � 0, concluímos que a reação é espontânea. a) Numa pilha semelhante à de Daniell, a fem depende dos , da das soluções e da da pilha. b) Para medir o potencial de um eletrodo, emprega-se, como padrão, o , que é borbulhado sobre uma placa de esponjosa, mergulhada numa solução aquosa de . c) A tabela dos potenciais-padrão de eletrodo nos dá os potenciais de ou de dos oxidantes ou redutores, em relação ao eletrodo- . d) A fem de uma pilha é medida pela entre o E 0 do e o E0 do . e) Uma reação de oxirredução será espontânea quando o calculado for . f) Na tabela dos potenciais-padrão de eletrodo, os redutores mais fortes aparecem no da tabela e possuem valores de E 0. REVISÃO (Para resolver os exercícios seguintes consulte, sempre que necessário, a tabela dos potenciais-padrão de eletro- do, apresentada na página 432.) Atenção: neste livro estamos usando a convenção da IUPAC, segundo a qual E0 representa o potencial-padrão de redu- ção. Considerando ΔE 0 � E 0oxidante � E 0 redutor, temos: ΔE 0 � 0 ⇒ Reação espontânea ΔE 0 � 0 ⇒ Reação não espontânea EXERCÍCIOS O cálculo da ddp (ou fem) das pilhas 25 (IME-RJ) Em uma pilha Ni0 � Ni2� �� Ag� � Ag0, os me- tais estão mergulhados em soluções aquosas 1,0 M de seus respectivos sulfatos, a 25 °C. Determine: a) a equação global da pilha; b) o sentido do fluxo de elétrons; LA E R TE 6 R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 437 c) o valor da força eletromotriz (fem) da pilha. Dados: Ni2� � 2e� Ni0 (E 0redução � �0,25 V) Ag� � 1e� Ag0 (E 0redução � �0,80 V) Resolução a) Para o redutor: Ni0 Ni2� � 2e� �E 0 � �0,25 V Para o oxidante: 2 Ag� � 2e� 2 Ag0 E 0 � �0,80 V Equação global: Ni0 � 2 Ag� Ni2� � 2 Ag0 b) Os elétrons saem do Ni0 (anodo ou polo nega- tivo) e vão para o Ag� � Ag0 (catodo ou polo positivo). c) ΔE 0 � �0,25 V � 0,80 V ⇒ ΔE 0 � �1,05 V Cd�2 � 2e� Cd (E 0 � �0,40 V) Ag� � e� Ag (E 0 � �0,80 V) Cu�2 � 2e� Cu (E 0 � �0,34 V) Consultando os dados acima, verifique quais reações abai- xo são espontâneas. A seguir, assinale a opção correta. I. Mn�2 � Cd Mn � Cd�2 II. Cu�2 � Fe Cu � Fe�2 III. 2 Ag� � Mn Mn�2 � 2 Ag IV. Al�3 � 3 Ag 3 Ag� � Al V. 2 Ag� � Cu 2 Ag � Cu�2 a) I, III e IV. c) II, III e IV. e) I e II apenas. b) II, III e V. d) I e IV apenas. 30 (PUC-MG) Considere os metais com seus respectivos po- tenciais-padrão de redução: Al�3 � 3e� Al (E � �1,66 V) Zn�2 � 2e� Zn (E � �0,76 V) Fe�2 � 2e� Fe (E � �0,44 V) Cu�2 � 2e� Cu (E � �0,34 V) Hg�2 � 2e� Hg (E � �0,85 V) Analise as seguintes afirmativas: I. O melhor agente redutor é o Hg. II. O Al cede elétrons mais facilmente que o Zn. III. A reação Cu�2 � Hg Cu0 � Hg�2 não é espontânea. IV. O íon Al�3 recebe elétrons mais facilmente do que o íon Cu�2. V. Pode-se estocar, por longo prazo, uma solução de sul- fato ferroso num recipiente à base de cobre. A opção que contém somente afirmativas corretas é: a) I, II e IV. c) III, IV e V. e) I, II e III. b) II, III e IV. d) II, III e V. 31 (UFMG) Um fio de ferro e um fio de prata foram imersos em um mesmo recipiente contendo uma solução de sul- fato de cobre (II), de cor azul. Após algum tempo, obser- vou-se que o fio de ferro ficou coberto por uma camada de cobre metálico, o de prata permaneceu inalterado e a solução adquiriu uma coloração amarelada. Com relação a essas observações, é correto afirmar que: a) a oxidação do ferro metálico é mais fácil que a do cobre metálico. b) a solução ficou amarelada devido à presença dos íons Cu2�. c) a substituição do sulfato de cobre (II) pelo cloreto de cobre (II) não levaria às mesmas observações. d) o cobre metálico se depositou sobre o ferro por este ser menos reativo que a prata. 32 (UFU-MG) A tendência de um elemento sofrer oxidação ou redução pode ser avaliada pelo seu potencial-padrão de redução, E 0. Esse parâmetro pode explicar como os elementos aparecem na natureza. Por exemplo, a gran- de maioria dos elementos metálicos é encontrada na for- ma oxidada (como Mn�) em minérios de óxidos, sulfetos, carbonatos, sulfatos, silicatos, etc., enquanto alguns pou- cos elementos metálicos se encontram também na for- ma nativa (como metal não oxidado). Considere os se- guintes valores de E 0: Ag� (aq) � e� Ag (s), E 0 � �0,80 V Cu2� (aq) � 2e� Cu (s), E 0 � �0,34 V Pb2� (aq) � 2e� Pb (s), E 0 � �0,13 V Cd2� (aq) � 2e� Cd (s), E 0 � �0,40 V Cr3� (aq) � 3e� Cr (s), E 0 � �0,74 V Os metais que apresentam maior tendência de ser en- contrados na natureza somente na forma oxidada são: a) Ag, Cu e Pb c) Cu e Pb b) Ag e Cu d) Pb, Cd e Cr 26 (Mackenzie-SP) Nas semirreações: Ni2�(aq) � 2e� Ni0 (s) Ag� (aq) � 1e� Ag0 (s) O ΔE 0 da pilha, o cátodo e o ânodo são, respectivamente:a) �1,04 V, prata, níquel. d) �1,04 V, níquel, prata. b) �1,04 V, níquel, prata. e) �0,56 V, prata, níquel. c) �0,56 V, prata, níquel. Dados: E 0red.Ag � �0,80 V; E 0red.Ni � �0,24 V (a 25 °C e 1 atm) 27 (PUC-RS) É possível sentir uma “dor fina” ao encostar, em uma obturação metálica (amálgama de mercúrio e prata), um talher de alumínio ou mesmo uma embala- gem que contenha revestimento de alumínio. A dor sen- tida é o resultado de uma corrente elétrica produzida pela pilha formada pelo alumínio e a obturação. Considere as informações a seguir: Al3� � 3e� Al0 E 0 � �1,66 V Hg2 2� � 2e� 2 Hg0 (liga com prata) E 0 � �0,85 V A afirmação correta é a da alternativa: a) O cátodo é o alumínio e o ânodo é o mercúrio. b) O alumínio se reduz e o mercúrio se oxida. c) O alumínio funciona como agente oxidante e o mer- cúrio como agente redutor. d) O potencial da pilha é �0,81 V. e) O potencial da pilha é �2,51 V. 28 (PUC-SP) A vida de uma pilha na qual as duas semirrea- ções são: Zn0 � Zn�2 e Cu�2 � Cu0 pode ser aumentada usando-se: a) um eletrodo maior de zinco. b) um eletrodo maior de cobre. c) uma solução de sulfato de cobre II mais diluída. d) uma solução de sulfato de zinco mais concentrada. e) uma ponte salina entre as soluções. A espontaneidade das reações de oxirredução 29 (PUC-MG) Sejam os seguintes potenciais-padrão de re- dução: Al�3 � 3e� Al (E 0 � �1,68 V) Mn�2 � 2e� Mn (E 0 � �1,18 V) Fe�2 � 2e� Fe (E 0 � �0,41 V) R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 438 • Fundamentos da Química 33 (Cesgranrio-RJ) Observe a célula eletroquímica represen- tada: II. Quando se mergulha um fio de cobre metálico numa solução contendo íons Ag�, ocorre deposição de pra- ta metálica sobre o fio de cobre. III. Se for montada uma pilha com os pares Fe/Fe�2 e Cu�2/Cu nas condições-padrão, o eletrodo de ferro metálico funcionará como o anodo da pilha. A afirmação está correta em: a) I apenas. c) III apenas. e) I, II e III. b) II apenas. d) I e III apenas. 35 (Ulbra-RS) Considerando os seguintes potenciais de re- dução: Cl2 (g) � 2e � 2 Cl� (aq) E 0 � �1,36 V l2 (s) � 2e � 2 l� (aq) E 0 � �0,535 V Pb2� (aq) � 2e� Pb (s) E 0 � �0,126 V V2� (aq) � 2e� V (s) E 0 � �1,18 V Analise as seguintes afirmações: I. O Pb(s) reduz o V2� (aq) a V (s). II. O l2 oxida o Cl � (aq) a Cl2 (g). III. O Cl2 e o l2 podem ser reduzidos pelo Pb (s). Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): a) I e II. d) Somente III. b) I, II e III. e) II e III. c) Somente II. 36 (Fuvest-SP) Quer-se guardar, a 25 °C, uma solução aquo- sa 1 mol/L de SnCl2. Dispõe-se de recipientes de: I. ferro; II. ferro galvanizado (ferro revestido de Zn); III. lata comum (ferro revestido de Sn); IV. cobre. Potenciais-padrão de redução (volt) Zn2� � 2e� Zn ........ �0,76 Fe2� � 2e� Fe ........ �0,44 Sn2� � 2e� Sn ........ �0,14 Cu2� � 2e� Cu ........ �0,34 Examinando-se a tabela dos potenciais-padrão de redu- ção apresentada, conclui-se que essa solução de SnCl2 pode ser guardada sem reagir com o material do reci- piente apenas em: a) IV. c) III e IV. e) I, II e IV. b) I e II. d) I, II e III. EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES Pb Ponte salina Cu Pb+2 Cu+2 Fio metálico Considere os potenciais: Pb�2 � 2e Pb (E 0 � �0,13 V) Cu�2 � 2e Cu (E 0 � �0,34 V) Podemos afirmar corretamente sobre essa célula que: a) o eletrodo de chumbo é o catodo, e a ddp da pilha é �0,47 V. b) o eletrodo de chumbo é o anodo, e a ddp da pilha é �0,47 V. c) a transferência de elétrons se dá do cobre para o chum- bo porque E 0Cu � E 0 Pb. d) a ddp da pilha é �0,21 V, e a oxidação ocorre no ele- trodo Cu/Cu�2. e) a reação global espontânea da pilha é Pb�2 � Cu Cu�2 � Pb (ΔE 0 � �0,47 V) 34 (PUC-MG) Considere os seguintes potenciais-padrão de redução: Ag� � e� Ag (E 0 � �0,80 V) Cu�2 � 2e� Cu (E 0 � �0,34 V) Fe�2 � 2e� Fe (E 0 � �0,44 V) A respeito desses sistemas, foram feitas as seguintes afir- mações: I. Quando se mergulha uma lâmina de ferro metálico numa solução contendo íons de Cu�2, ocorre deposi- ção de cobre metálico sobre o ferro. 7 AS PILHAS E BATERIAS ELÉTRICAS EM NOSSO COTIDIANO Você pode observar Nos últimos anos houve um aumento vertiginoso de aparelhos eletrônicos portáteis, como telefones celulares, computadores, máquinas fotográficas, filmadoras etc. Todos eles dependem de pilhas ou baterias elétricas, cuja fabri- cação atinge, atualmente, quantidades elevadíssimas. E devemos lembrar que o descarte inadequado das pilhas e baterias usadas causam um grande problema de poluição ambiental. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 439 Durante o uso (descarga) da bateria, como acontece quando damos partida no motor do automó- vel, ocorrem as seguintes reações: No anodo (polo � ): Pb � SO4 2� PbSO4 � 2e � No catodo (polo � ): PbO2 � SO4 2� � 4 H� � 2e� PbSO4 � 2 H2O Reação global: Pb � PbO2 � 2 H2SO4 2 PbSO4 � 2 H2O No circuito elétrico de um automóvel é colocado também um gerador, que carrega continuamen- te a bateria, provocando as reações inversas das mostradas acima. Se assim não fosse, a vida da bateria dos automóveis seria muito curta. 7.1. Acumulador ou bateria de automóvel ou bateria de chumbo É uma associação (daí o nome bateria) de pilhas (ou elementos) ligadas em série. Cada pilha ou elemento dá aproximadamente 2 V. Consequentemente, uma bateria de 3 elementos fornece 3 � 2 V � 6 V; uma bateria de 6 elementos, que é a mais comum nos carros modernos, nos dá uma tensão de 12 V. Associações ainda maiores são usadas em tratores, aviões e em instalações fixas, como centrais telefôni- cas, aparelhos de PABX etc. Polo negativo 12 V Polo positivo Bateria de automóvel em corte. Esquema de bateria em corte. Cada pilha ou elemento é formado por placas de chumbo e placas com dióxido de chumbo, mergulhadas em solução de ácido sulfúrico, conforme o esquema abaixo: + e– e– Polo são placas de chumbo (anodo) Solução aquosa de H2SO4 Isolador de plástico (em pontilhado) Polo são placas de chumbo com PbO2 (catodo) + – – TH E N E X T Garfield ® Jim Davis 20 05 P A W S , I N C . A LL R IG H TS R E S E R V E D / D IS T. B Y A TL A N TI C S Y N D IC AT IO N R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 440 • Fundamentos da Química 7.2. Pilha seca ou pilha de Leclanché A pilha seca foi inventada em 1865 por George Leclanché (1839-1882). É a pilha comum (usada em lanternas, rádios portáteis etc.), formada por um invólucro de zinco recheado por uma pasta úmida contendo MnO2 e NH4Cl, com voltagem de aproximadamente 1,5 V. Um corte esquemático dessa pilha mostra: Tampa de aço Piche Papelão Blindagem de aço + – Fundo de aço Pasta interna (MnO2 + NH4Cl + H2O + grafite + amido) Pasta externa (ZnCl2 + NH4Cl + H2O + amido) Recipiente de zinco (polo negativo) Barra de grafite (polo positivo) Elementos essenciais O polo negativo é o zinco, que constitui o próprio corpo da pilha. O polo positivo é o MnO2, em pó, que está presente na pasta interna da pilha. Essa pasta tem caráter ácido, devido à presença do NH4Cl. Note que a barra de grafite funciona como polo positivo apenas na condução de corrente elétrica. Suas reações são: No anodo (polo � ): Zn Zn2� � 2e� No catodo (polo � ): 2 MnO2 � 2 NH4 � � 2e� Mn2O3 � 2 NH3 � H2O Reação global: Zn � 2 MnO2 � 2 NH4 � Zn2� � Mn2O3 � 2 NH3 � H2O Note que, no interior desta pilha, as pastas têm uma certa umidade, que dificulta a movimentação dos íons. Isso faz com que o rendimento e a vida útil da pilha seca sejam limitados, bem como impede seu recarregamento. 7.3. Pilha alcalina As pilhas alcalinas baseiam-se no mesmo esquema e, praticamente, nas mesmas reações das pilhas secas comuns,apenas sendo trocado o eletrólito NH4Cl (que é ácido) pelo KOH (que é alcalino) — daí o nome de pilhas alcalinas. Em linhas gerais, suas reações são: No anodo (polo � ): Zn � 2 OH� Zn(OH)2 � 2e � No catodo (polo � ): 2 MnO2 � H2O � 2e � Mn2O3 � 2 OH � Reação global: Zn � 2 MnO2 � H2O Zn(OH)2 � Mn2O3 Comparando-as com as pilhas secas comuns, as pilhas alcalinas duram mais, mantêm a voltagem constante por mais tempo e produzem cerca de 50% a mais de energia, porque o KOH é melhor condutor eletrolítico e por isso a resistência interna dessa pilha é menor. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 441 7.4. Pilha ou célula de combustível Ao contrário das pilhas descritas anteriormente, que são dispositivos que armazenam energia elé- trica, as células de combustível são dispositivos de conversão contínua de energia química em energia elétrica. A ideia, em linhas gerais, é simples. A queima dos combustíveis produz energia; por exemplo: H2 � 1 2 O2 H2O � Calor CH4 � 2 O2 CO2 � 2 H2O � Calor Óleo combustível � O2 CO2 � H2O � Calor Esse calor (energia) pode ser usado numa usina termoelétrica para produzir eletricidade, quando se obtém um rendimento da ordem de 40%. Considerando que as combustões são reações de oxirredu- ção, a ideia de se usar as células de combustível é obter a energia liberada pela combustão já diretamen- te na forma de energia elétrica, o que eleva o rendimento para cerca de 55%. Células desse tipo foram usadas nas espaçonaves Gemini e Apolo; hoje, equipam os ônibus espaciais da Nasa; e, no futuro, talvez estejam em automóveis e ônibus comuns. Elas funcionam pela reação de combustão entre o hidrogênio e o oxigênio, produzindo água. As reações são: No anodo: H2 � 2 OH � 2 H2O � 2e � No catodo: 1 2 O2 � H2O � 2e 2 OH � Reação global: H2 � 1 2 O2 H2O Sendo a água o único produto da reação, a célula de combustível funciona sem poluir o ambiente. Outra vantagem é ser mais leve do que, por exemplo, as baterias de chumbo. Sua principal desvanta- gem ainda é seu alto custo, que tenderá a diminuir com os avanços tecnológicos. O perigoso descarte das pilhas e baterias Coleta de pilhas e baterias. H É LV IO R O M E R O / A E 20 05 U N IT E D M E D IA / IN TE R C O N TI N E N TA L P R E S S 1 Nos últimos anos, o grande aumento do uso de telefones celu- lares, computadores, filmadoras, aparelhos de som e outros apare- lhos eletrônicos portáteis provocou um crescimento extraordinário do uso de pilhas e baterias. Muitas dessas pilhas e baterias contêm metais pesados, como mercúrio, níquel, cádmio etc., e seus com- postos. Essas substâncias são altamente tóxicas e de efeito cumula- tivo no organismo. Dependendo da concentração, podem causar, a longo prazo, doenças no sistema nervoso, nos rins, nos ossos e até câncer. O perigo surge quando essas pilhas e baterias são des- cartadas de maneira inadequada e vão parar nos lixões comuns. Com o tempo, as pilhas e baterias descartadas deixam vazar líqui- dos, que contaminam o solo, as águas subterrâneas, podendo che- gar a rios e lagos. Algumas soluções para evitar o descarte inade- quado de pilhas e baterias são reciclar esses metais e criar lixões próprios para resíduos químicos perigosos. É necessário também orientar o consumidor para devolver a pilha ou bateria usada sem- pre que comprar uma nova. R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 442 • Fundamentos da Química a) De modo geral, as pilhas e baterias transformam energia em energia por meio de reações de . b) Ao contrário das pilhas comuns, que energia, as células de combustível produzem energia de forma , mas ainda a partir de reações de . c) O perigo do descarte inadequado de pilhas e baterias está na liberação de compostos de metais , que são altamente . REVISÃO 37 (Furg-RS) A fantástica proliferação dos telefones celulares provocou uma discussão quanto ao destino a ser dado para as baterias na hora do descarte. Constituídas pelos metais níquel e cádmio, o seu depósito em lixões causa contaminação ambiental. Hoje, o destino dessas baterias é de responsabilidade do fabricante e a ele devem ser devolvidas para reciclagem. A reação global de descarga de uma bateria de NiCd pode ser representada por: Cd � NiO2 � 2 H2O Cd(OH)2 � Ni(OH)2 A partir da análise dessa reação é correto afirmar que: a) o material do catodo é constituído do metal cádmio. b) há transferência de elétrons do cádmio para o níquel. c) ocorre redução do cádmio durante a descarga. d) o óxido de níquel sofre uma oxidação anódica. e) a redução da água produz oxigênio gasoso. 38 (UFG-GO) As equações químicas das semirreações que ocorrem em uma pilha utilizada em aparelhos de audi- ção são: ZnO (s) � H2O (l) � 2 e � Zn (s) � 2 OH� (aq) E 0 � �0,76 V HgO (s) � H2O (l) � 2 e � Hg (l) � 2 OH� (aq) E 0 � �0,85 V a) Qual a equação global e o potencial-padrão da pilha? b) Qual dos seguintes óxidos, Ag2O, Al2O3, MgO, pode- ria substituir o HgO nessa pilha? Justifique. Dados: Ag�/Ag (E 0 � �0,80 V) Al3�/Al (E 0 � �1,66 V) Mg2�/Mg (E0 � �2,36 V) 39 (UFMG) Uma bateria de carro é, basicamente, constituí- da de placas de chumbo metálico e placas de chumbo recobertas com óxido de chumbo (IV), em uma solução de H2SO4. Esta equação representa o funcionamento de uma ba- teria: PbO2 (s) � Pb (s) � 2 H � (aq) � 2 HSO4 � (aq) 2 PbSO4 (s) � 2 H2O (l) Considerando-se essas informações, é incorreto afirmar que: a) a densidade da solução aumenta no processo de recarga. b) o óxido PbO2 sofre redução no processo de descarga. c) o pH da solução de uma bateria que está descarre- gando aumenta. d) os elétrons migram, na descarga, do eletrodo de PbO2 para o eletrodo de Pb. EXERCÍCIOS 40 (Fatec-SP) Marca-passo é um dispositivo de emergência para estimular o coração. A pilha utilizada nesse disposi- tivo é constituída por eletrodos de lítio e iodo. A partir dos valores dos potenciais-padrão de redução, afirma-se: I. O fluxo eletrônico da pilha irá do lítio para o iodo, pois o lítio tem o menor potencial de redução. II. A semirreação de oxidação pode ser representada pela equação: 2 Li� � 2e� 2 Li III. A diferença de potencial da pilha é de �3,05 V. IV. O iodo, por ter maior potencial de redução que o Li, tende a sofrer redução, formando o pólo positivo da pilha. Dados: Li� (aq) � e� Li (s) E 0 � �3,05 V I2 (s) � 2e � 2 I� (aq) E 0 � �0,54 V Quanto a essas afirmações, deve-se dizer que apenas: a) I, II e III são verdadeiras. b) I, II e IV são verdadeiras. c) I e III são verdadeiras. d) II é verdadeira. e) I e IV são verdadeiras. 41 (UFC-CE) As células de combustível, capazes de conver- ter energia das reações de oxidação-redução de reagentes químicos gasosos diretamente em eletricidade, são con- sideradas tecnologias prontas para substituir combustí- veis derivados do petróleo. A célula de combustível hi- drogênio-oxigênio baseia-se na conhecida reação de for- mação de água, em que os gases são oxidados e reduzi- dos, em compartimentos de eletrodos separados por so- lução eletrolítica: 2 H2 (g) � O2 (g) 2 H2O (l) � Energia Assinale a alternativa correta. a) Hidrogênio é reduzido no anodo, segundo a semir- reação: H2 (g) � 4 OH � (aq) 4 H2O (l) � 4e � b) Oxigênio é reduzido no catodo, segundo a semir- reação: O2 (g) � 2 H2O (l) � 4e � 4 OH� (aq) c) Hidrogênio é oxidado no anodo, segundo a semir- reação: 2 H� (aq) � 4 OH� (aq) 4 H2O (l) � 4e � d) Oxigênio é oxidado no anodo, segundo a semir- reação: O2 (g) � 2 H2O (l) � 4e � 4 OH� (aq) e) Oxigênio é reduzido no catodo, segundo a semir- reação: 2 O� (g) � 2 H2O (l) � 4e � 4 OH� (aq) Descarga Recarga Descarga Recarga R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 de fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 443 O ferro sempre contém pequenas quantidades de impurezas (incluindo-se outros metais). Admite- -se por isso que o ferro, de um lado, e as impurezas, de outro, funcionam como dois polos de uma pilha, possibilitando reações do tipo: Reação no anodo: 2 Fe 2 Fe3� � 6e� Reação no catodo: 3 2 O2 (do ar) � 3 H2O � 6e � 6 OH� Reação global: 2 Fe � 3 2 O2 � 3 H2O 2 Fe(OH)3 Na verdade, as reações são bem mais complicadas, e a ferrugem acaba sendo uma mistura de óxidos e hidróxidos hidratados de ferro II e ferro III. A proteção mais comum contra a corrosão é a pintura. Em portões e grades de ferro, por exemplo, é usual lixar o metal (para eliminar a película de ferrugem já formada) e aplicar, em seguida, uma ou mais demãos de tinta à base de zarcão (Pb3O4) e, por fim, aplicar tintas especiais, na cor de- sejada. Chapas de aço podem ser protegidas por uma película de zinco, dando origem às chamadas chapas galvanizadas ou folhas de zinco. Essa película é obtida mergulhando-se a chapa de aço em zinco derretido ou depositando-se o zinco sobre o aço por meio de eletrólise. Automóveis modernos, por exemplo, saem de fábrica com 70% a 80% da carroceria protegida por galvanização. 8 CORROSÃO Você pode observar A corrosão causa grandes estragos em edifícios, navios, automóveis etc. Calcula-se que 20% do ferro produzido no mundo é utilizado para repor o que foi enferrujado. Além disso, a corrosão é sempre um grande risco para a resis- tência das construções, pondo milhares de vidas em perigo. Por que ocorre a formação da ferrugem? A corrosão é sempre uma deterioração dos metais provocada por processos eletroquímicos (reações de oxirredução). O ferro, por exemplo, enferruja porque se estabelece uma “pilha” entre um ponto e outro do objeto de ferro, como mostramos no esquema seguinte: Gota de água (ou umidade) Ferrugem Impureza (catodo) Impureza (catodo) O2 Ferrugem Ferro (anodo) Fe3+ (aq) O2 e– e– E D U A R D O S A N TA LI E S TR A / C ID R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 444 • Fundamentos da Química Chapas de aço podem ainda ser protegidas por uma película de estanho, dando origem à lata co- mum, com a qual são fabricadas, por exemplo, as latas de conserva. Para retardar a corrosão do ferro ou do aço em canalizações de água, oleodutos, cascos de navios, tanques subterrâneos de combustíveis etc., é costu- me ligar, a essas estruturas, blocos de outro metal mais reativo do que o ferro, como o magnésio, o zinco etc. Tendo potencial de oxidação superior ao do ferro, o magnésio, por exemplo, será corroído mais depressa, retardando assim a corrosão do ferro ou do aço. Dize- mos, nesse caso, que o magnésio funcionou como metal de sacrifício (ver ilustração ao lado). Além do ferro e do aço, outros metais e ligas metálicas também sofrem corrosão; por exemplo: • o cobre e algumas de suas ligas ficam, com o tempo, recobertos por uma camada esverdeada chamada azinhavre, que é uma mistura de óxidos e hidróxidos hidratados de cobre: Cu � O2 � H2O � CO2 CuO � x H2O � � Cu(OH)2 � x H2O � CuCO3 � x H2O � outros compostos • a prata escurece com o tempo, devido à for- mação de uma película superficial de Ag2S, que é de cor preta; esse fenômeno é causado pelo H2S do ar (e também pelos compostos sulfurados existentes nos alimentos que entram em contato com talheres de prata): Ag � H2S � O2 � compostos sulfurados Ag2S � outros produtos No estudo da corrosão, é interessante constatar que objetos de alumínio (panelas, esquadrias de jane- las, perfis de divisórias etc.) não se oxidam com facili- dade, apesar de o alumínio ser mais reativo do que vários dos metais comuns (veja, na tabela da página 432, que o alumínio tem potencial de oxidação ele- vado). Por que isso acontece? Na verdade, ocorre uma oxidação superficial do alumínio, formando uma pelí- cula muito fina de Al2O3, que permanece fortemente aderida à superfície do metal — é o fenômeno cha- mado apassivação do alumínio. Essa película prote- ge o objeto de alumínio da continuação do ataque dos agentes atmosféricos. Superfície do solo O solo agindo como eletrólito Cano de ferro Fio de cobre isolado Terminal soldado Metal de sacrifício (anodo de magnésio) 30 cm a) Na formação da ferrugem, o redutor é o e o oxidante é o do ar. b) A formação da ferrugem exige a presença de e de e é acelerada pela presença de substâncias e ambientes . c) Apesar de reativo, o alumínio não se oxida facilmente em contato com o ar, devido à película de , formada principalmente por . REVISÃO Do ar Estátua da Liberdade recoberta por azinhavre. C ID R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 445 42 (Uece) Um dos grandes problemas que atingem artefa- tos metálicos, sobretudo o ferro, é a corrosão. Algumas técnicas minimizam seus efeitos. Analise cuidadosamente as alternativas abaixo, e usando seus conhecimentos so- bre metais e os dados da tabela de potenciais-padrão de redução de alguns metais EXERCÍCIOS conclui-se que o metal da fita deve ser: a) Cu ou Pb. c) Al ou Cu. e) Zn ou Pb. b) Al ou Pb. d) Zn ou Al. 45 (Enem-MEC) Ferramentas de aço podem sofrer corrosão e enferrujar. As etapas químicas que correspondem a es- ses processos podem ser representadas pelas equações: Fe � H2O � 1 2 O2 Fe(OH)2 Fe(OH)2 � 1 2 H O 1 4 O2 2� Fe(OH)3 Fe(OH)3 � n H2O Fe(OH)3 � n H2O (ferrugem) Ferrugem Uma forma de tornar mais lento esse processo de corro- são e formação de ferrugem é engraxar as ferramentas. Isso se justifica porque a graxa proporciona: a) lubrificação, evitando o contato entre as ferramentas. b) impermeabilização, diminuindo seu contato com o ar úmido. c) isolamento térmico, protegendo-as do calor ambiente. d) galvanização, criando superfícies metálicas imunes. e) polimento, evitando ranhuras nas superfícies. 46 (UFRJ) Evite comprar conserva cuja lata esteja amassada, porque a lata de folha-de-flandres (uma liga de ferro e carbono) tem uma proteção de estanho que se pode rom- per quando a lata sofre um impacto. Nesse caso, formar- -se-á uma pilha e haverá contaminação da conserva. Considerando os valores dos potenciais-padrão de ele- trodo Fe3� � 3e� Fe E0 � �0,036 V Sn2� � 2e� Sn E0 � �0,136 V a) escreva a equação de funcionamento dessa pilha; b) diga, apresentando justificativa, se está certo ou erra- do o conteúdo da seguinte frase: “São os íons Sn2� que contaminam a conserva na situa- ção descrita no texto acima”. 47 (Ufes) A corrosão do ferro ocorre espontaneamente, po- dendo o processo ser representado pela soma adequada das semirreações: • Fe2� � 2e� Fe0 E 0 � �0,44 V • 1 2 O2 � H2O � 2e � 2 OH� E 0 � �0,40 V Acerca do processo, são feitas as seguintes afirmativas: I. A reação global para a corrosão é Fe2� � 2 OH� Fe0 � H2O � 1 2 O2 II. A corrosão do ferro pode ser minimizada, colocan- do-o em contato com um pedaço de zinco metálico (E 0 � �0,760 V) III. O ferro, assim como o oxigênio, sofre redução no processo. IV. O ferro sofre uma reação anódica, ou seja, igual àque- las que ocorrem nos anodos das pilhas. São verdadeiras as afirmativas: a) I, II e III. d) II e III. b) I, II e IV. e) II e IV. c) I e III. Prego de Fe Fita de um metal Solução de água salgada escolha o metal mais apropriado para conter a corrosão superficial de um prego novo em contato com a água: a) prata. b) zinco. c) cobre. d) sódio. 43 (UFSCar-SP) Filtros de piscinas, construídos de ferro, são muito afetados pela corrosão. No processo de corrosão, ocorre a dissolução lenta do metal, com a formação de íons Fe2� em solução aquosa. Para a proteção dos filtros, são utilizados os chamados eletrodos de sacrifício. Esses eletrodos sãobarras de me- tais convenientemente escolhidos, que, colocados em contato com o filtro, sofrem corrosão no lugar do ferro. Com base nos dados tabelados a seguir Metal Potencial de redução (V) Ag��Ag0 �0,80 Cu2��Cu0 �0,34 Fe2��Fe0 �0,44 Zn2��Zn0 �0,76 Na��Na0 �2,71 Semirreação E 0 (volt) Mg2� � 2e� Mg0 �2,37 Fe2� � 2e� Fe0 �0,44 Ni2� � 2e� Ni0 �0,26 Cu2� � 2e� Cu0 �0,34 pode-se prever que são eletrodos de sacrifício adequa- dos barras de: a) magnésio, apenas. d) cobre e níquel, apenas. b) cobre, apenas. e) cobre, níquel e magnésio. c) níquel, apenas. 44 (Ceeteps-SP) Uma fita de um determinado metal (que pode ser cobre, chumbo, zinco ou alumínio) foi enrolada em tor- no de um prego de ferro, e ambos mergulhados numa solução de água salgada. Observou-se, após algum tem- po, que o prego de ferro foi bastante corroído. Dados os potenciais-padrão de redução Cu2� (aq) � 2e� Cu (s) E 0 � �0,34 V Pb2� (aq) � 2e� Pb (s) E 0 � �0,13 V Fe2� (aq) � 2e� Fe (s) E 0 � �0,44 V Zn2� (aq) � 2e� Zn (s) E 0 � �0,76 V Al3� (aq) � 3e� Al (s) E 0 � �1,66 V R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . 446 • Fundamentos da Química Questões sobre a leitura 48 Quais são os inconvenientes do uso de baterias de chumbo para movimentar veículos em geral? 49 Por que não são usados outros tipos de baterias químicas na movimentação de veículos? 50 Qual é a reação fundamental de funcionamento de uma célula de combustível movida a hidrogênio? LEITURA O CARRO ELÉTRICO Um dos grandes projetos da engenharia au- tomobilística moderna é o da construção de automóveis, ônibus e caminhões movidos a ba- terias elétricas que alcancem uma velocida- de razoável e que possam percorrer grandes distâncias até a necessidade de novo reabaste- cimento (recarga das baterias). Além disso, seria diminuída a poluição da atmosfera, com a eliminação da combustão da gasolina e do óleo diesel. O uso de baterias de chumbo, como conhe- cemos atualmente, traria inúmeros inconvenientes: • o carro ficaria pesado demais, pois necessita- ria de baterias de chumbo com muita massa (da ordem de 500 kg); • a aceleração e a velocidade máxima seriam baixas; • a recarga seria necessária a cada 200 km e seria muito demorada. Devido a todos esses inconvenientes, o uso de baterias de chumbo tem-se limitado apenas à movimentação de empilhadeiras elétricas, cadei- ras de roda, carrinhos de golfe etc. Há, sem dúvida, muitas pesquisas buscan- do novos tipos de baterias, usando outros me- tais ou compostos químicos. Não é fácil, porém, reunir as qualidades do que seria uma bateria ideal — relativamente leve, de baixo custo e com capacidade para armazenar bastante energia e suportar muitas cargas e descargas. Um caminho bastante promissor para os car- ros elétricos é o uso das chamadas pilhas ou células de combustível, que já foram explica- das à página 441. Ao contrário das baterias co- muns, que armazenam energia elétrica, as cé- lulas de combustível produzem eletricidade de forma contínua, por meio da reação de com- bustão (oxidação) do hidrogênio. Carro elétrico sendo recarregado. M E H A U K U LY K / S P L- S TO C K P H O TO S R ep ro du çã o pr oi bi da . A rt .1 84 d o C ód ig o P en al e L ei 9 .6 10 d e 19 d e fe ve re iro d e 19 98 . Capítulo 17 • ELETROQUÍMICA — A OXIRREDUÇÃO E AS PILHAS ELÉTRICAS 447 DESAFIO 51 (Uece) A respeito do eletrodo-padrão de hidrogênio, é correto dizer que: a) são as seguintes as condições de padronização esta- belecidas por convenção para esse eletrodo: c) No experimento descrito no item b, o peróxido de hidrogênio atua como oxidante ou como redutor? Justifique. b) em uma pilha que tenha um dos polos constituído por um eletrodo-padrão de hidrogênio e o outro for- mado por uma lâmina de zinco metálico na qual ocorra a semirreação: Zn0 (s) Zn�2 (aq) � 2e�, o zinco funcionará como polo negativo. c) o potencial do eletrodo-padrão, E 0, é o ponto inicial de uma escala de valores absolutos. d) a seguinte semirreação Cu2� (aq) � 2e� Cu0 (s) implica que a semirreação complementar que deve ocorrer no eletrodo-padrão de hidrogênio deva ser: 2 H� � 2e� H2 (g) 52 (Fuvest-SP) Um relógio de parede funciona normalmen- te, por algum tempo, se substituirmos a pilha original por dois terminais metálicos mergulhados em uma solu- ção aquosa ácida (suco de laranja), conforme esque- matizado abaixo. Temperatura Concentração H� Pressão 0 °C 0,1 mol/L 1 atm H2 Magnésio (–) Cobre (+) Suco de laranja Bolhas de H2 gasoso Durante o funcionamento do relógio: I. o pH do suco de laranja aumenta; II. a massa do magnésio diminui; III. a massa do cobre permanece constante. Dessas afirmações: a) apenas a I é correta. b) apenas a II é correta. c) apenas a III é correta. d) apenas a II e a III são corretas. e) a I, a II e a III são corretas. 53 (Fuvest-SP) Recentemente, foi lançado no mercado um tira-manchas, cujo componente ativo é 2 Na2CO3 � 3 H2O2. Este, ao se dissolver em água, libera peróxido de hidro- gênio, que atua sobre as manchas. a) Na dissolução desse tira-manchas, em água, forma-se uma solução neutra, ácida ou básica? Justifique sua resposta por meio de equações químicas balanceadas. b) A solução aquosa desse tira-manchas (incolor) desco- ra rapidamente uma solução aquosa de iodo (mar- rom). Com base nos potenciais-padrão de redução indicados, escreva a equação química que representa essa transformação. 1,77 Semirreação de redução E 0redução (V) H2O2 (aq) � 2 H � (aq) � 2e� 2 H2O (l) I2 (s) � 2e � 2 I� (aq) O2 (g) � 2 H2O (l) � 2e � H2O2 (aq) � 2 OH � (aq) 0,54 �0,15 54 (Uerj) Objetos de prata são oxidados por poluentes at- mosféricos, adquirindo uma coloração escura. Um dos modos de limpeza destes objetos consiste em embrulhá-los em papel alumínio e megulhá-los em uma solução ligeiramente alcalina. As equações abaixo representam os processos de oxida- ção e limpeza. a) Escreva a equação química balanceada de oxidação da prata, usando os menores coeficientes inteiros, e indique o agente redutor empregado no processo. b) Num processo de limpeza, foram recuperados 6 � 1021 átomos de prata. Admitindo-se que a reação apresen- te 100% de rendimento, calcule a massa de alumínio consumida neste processo. 55 (Fuvest-SP) Com base nas seguintes equações de semir- reações, dados os respectivos potenciais-padrão de re- dução, • H2O (l) � e � 1 2 H2 (g) � OH � (aq) E 0 � �0,83 V • Al(OH)4 � (aq) � 3e� Al (s) � 4 OH� (aq) E 0 � �2,33 V • Cu(OH)2 (s) � 2e � Cu (s) � 2 OH� (aq) E 0 � �0,22 V responda: a) Objetos de alumínio e objetos de cobre podem ser lavados com solução aquosa alcalina sem que ocorra a corrosão do metal? Justifique, escrevendo as equa- ções químicas adequadas. b) Qual dos metais, cobre ou alumínio, é melhor redutor em meio alcalino? Explique. 56 (EPM-SP) Quatro metais, M1, M2, M3 e M4, apresentam as seguintes propriedades: I. Somente M1 e M3 reagem com ácido clorídrico 1,0 M, liberando H2 (g). II. Quando M3 é colocado nas soluções dos íons dos ou- tros metais, há formação de M1, M2 e M4 metálicos. III. O metal M4 reduz M2 n�, para dar o metal M2 e íons M4 n�. Com base nessas informações, pode-se afirmar que a or- dem crescente dos metais, em relação à sua capacidade redutora, é: a) M1, M2, M3 e M4. d) M3, M1, M4 e M2. b) M2, M4, M1 e M3. e) M4, M2, M1 e M3. c) M2, M1, M4 e M3. Oxidação Ag (s) � H2S (g) � O2 (g) Ag2S (s) � H2O (l) Limpeza 2 Al (s) � 3 Ag2S (s) 2 Al3� (aq) � 3 S2� (aq) � 6 Ag (s) Refletindo sobre os tópicosTópicos do capítulo • Para quais aplicações práticas podemos utilizar a eletrólise? • Como se produz soda cáustica a partir da água do mar? • O refino eletrolítico é o principal processo de purificação de metais. Você sabe como isso é feito? • Como se calcula a quantidade de energia elétrica produzida em fun- ção do tempo de funcionamento de uma pilha? 1 Introdução 2 Eletrólise ígnea
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