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NATHÁLIA CAROLINA MARTINS SOUSA 8135239 PORTFÓLIO 2 CICLO 3 GOIÂNIA 2021 Trabalho apresentado ao Centro Universitário Claretiano para a disciplina Antropologia, Ética e Cultura ministrada pelo Tutor Professor Everton Luis Sanches A história da garota que defendeu o direito à educação e foi baleada pelo Talibã Malala Yousafzai é uma jovem paquistanesa militante em prol ao direito as crianças. Nascida em 12 de junho de 1997 no Vale do Swat região norte do Paquistão, filha de um professor e uma dona de casa, Malala cresceu com o apoio dos pais que sempre a incentivaram a estudar. Muito se chama a atenção ao significado de seu nome que é "Tomada pela tristeza" que graças aos pais escapou desse destino. O pai de Malala via na filha uma aluna perfeita, contrariando os costumes locais, estimulou a filha a gostar de física, política, e a se indignar com as injustiças mundiais. Aos 10 anos Malala, viu o Talibã tomar posse do Vale do Swat, sob o controle da milicia fundamentalista, as escolas foram fechadas, nesse período, Malala estudava na escola da qual pertencia ao seu pai, e como as outras também havia sido fechada. Em meados de 2008 Malala já com 11 anos, utilizava de seu blog para defender o direito as meninas de frequentar a escola. Quando completou 12 anos, para conseguir continuar os estudos e não ser atacada e espancada no caminho, Malala escondia o uniforme dentro da mochila. Malala afirmava que queria ser médica e para isso se realizar ela iria continuar os estudos em qualquer outro lugar. “Eles acham que Deus é um pequeno ser conservador que mandaria garotas para o inferno apenas porque vão à escola. Os terroristas estão deturpando o nome do Islã e da sociedade paquistanesa para satisfazer seus próprios interesses.” - YOUSAFZAI. Malala Em 2010 contrariando o anuncio do governo da expulsão do Talibã da região do Vale do Swat, a milicia continuo rondando a área. Malala que a este determinado ponto já era conhecida por em suas palestras, defender o direito das meninas a educação, passou então a receber ameaças de morte. Aos 15 anos no dia 9 de outubro de 2012, Malala estudava na província de Khyber Pakhtunkhwa, ao voltar pra casa o ônibus escolar do qual ela estava foi parado por membros da milicia do Talibã, que adentraram e perguntaram: "Quem é Malala?". Ninguém respondeu, mas um dos terroristas acabou por reconhece-la e disparou três tiros em sua cabeça. “Não odeio o talibã que atirou em mim. Mesmo que eu tivesse uma arma e ele estivesse na minha frente, não atiraria nele.” -YOUSAFZAI. MALALA Após o atentado, Malala foi socorrida e levada a um hospital, onde ficou em estado grave. Quando apresentou um quadro estável, foi levada para a Inglaterra aonde foi tratada em um hospital especializado em atendimento a feridos de guerra. Malala sobreviveu, recuperou-se e não mudou suas convicções. Tornou-se porta voz da causa "O direito a educação". Sua familia se mudou para Inglaterra aonde vivem como exilados. No dia 12 de junho de 2013, quando iria completar 16 anos, Malala foi convidada a ir para Nova Iorque, aonde deu uma palestra para representantes de mais de 100 países na Assembleia de Jovens das Nações Unidas. No final de seu discurso, retirou qualquer dúvida sobre como quase morreu pela causa da qual lutava. “Nossos livros e canetas são as armas mais poderosas. Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é a única solução." -YOUSAFZAI. MALALA Em 2013, uma autobiografia chamada "Eu Sou Malala", foi publicada pela escritora Christina Lamb, pelo qual Malala recebeu o valor de aproximadamente 7 milhões de reais. Malala informou a criação de um fundo que levaria seu nome para promover a educação para meninas no Paquistão. No dia 10 de outubro do mesmo ano, Malala recebeu o Prêmio Sakharov, dado pelo Parlamento Europeu. Com seus 17 anos Malala foi a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, dividindo a honraria com o hindu Kailash Satyarthi, um líder de missões de resgate que conseguiu resgatar mais de 80 mil crianças que viviam em condições escravas na Índia. Após 6 anos em 29 de março de 2018, Malala retornou ao Paquistão, para um encontro com o primeiro-ministro paquistanês. Malala fez um breve discurso televisionado e se emocionou quando disse que se dependesse dela, jamais teria deixado o Paquistão. “No Paquistão, quando sou proibida de ir à escola, compreendo o quão importante é a educação. A educação é o poder das mulheres." - YOUSAFZAI. Malala em entrevista ao The Daily Show Podemos concluir que todo o esforço e o sofrimento causado em Malala serve como fonte de inspiração para lutarmos em prol da educação, Malala submeteu-se a várias ameaças para ajudar a garantir um futuro as crianças paquistanesas para que elas assim como Malala tivessem a oportunidade de ir à escola e dar a sua familia vidas dignas. A sua forma de agir em prol da paz foi, mesmo após sofrer um atentado que quase lhe custou a vida, continuar lutando pelo direito a educação. "Acredito que somos uma comunidade e que devemos cuidar uns dos outros." YOUSAFZAI. Malala a rede de televisão CNN DANIEL, Eugênio; SANCHES, Everton Luís; SCOPINHO, Sávio Carlos Desan. Antropologia, Ética e Cultura. Batatais: Claretiano, 2020. Ciclo 3. FRAZÃO, Dilva. Biografica de Malala Yousafzai. E Biografia, 2020. Disponível em: https://www.ebiografia.com/malala/. Acesso em: 26/04/2021
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