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Curso DSc A Marca do Conhecimento www.cursodsc.com.br 1ª Colocada no Concurso BNDES/Engenharia – 2011 1º Colocado no Concurso FINEP/Análise de Projetos I – 2011 1ª Colocada no Concurso PETROBRAS/Engenharia de Produção – 2010 4ª Colocada no Concurso PETROBRAS/Engenharia de Produção – 2011 2ª Colocada no Concurso BNDES/Economia (prova Objetiva) – 2011 4º Colocado no Concurso PETROBRAS/Engenharia de Produção – 2012 1ª Colocação: TBG/Economista – 2012; EPE – 2012; MB (Economia) 2012, Dataprev – 2012; ANP – 2013. Contatos: E-mail: cursodsc@cursodsc.com.br Telefone: (21) 3064-8878 BACEN – Organizações Professor Luiz Sérgio Costa Edital 2013 Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 2 1. Teoria das Organizações Teoria das Organizações (TO) é o campo do conhecimento que estuda as organizações em geral. Teoria Geral da Administração (TGA) é o campo do conhecimento que estuda a Administração nas organizações. Administrar é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais. São variáveis do estudo da Administração: (i) tarefas; (ii) estrutura; (iii) pessoas; (iv) ambiente; (v) tecnologia e; (iv) competitividade. Ao longo do tempo, cada teoria enfatizou uma ou mais dessas seis variáveis. O comportamento dessas variáveis é complexo. Modificações em um componente podem provocar alterar em menor ou maior grau em outros. O todo pode ser maior o menor que a sma das partes. O melhor comportamento conjunto depende da adequação de cada variável em relação ao conjunto das outras. 1.1. Perspectivas Futuras Algumas variáveis no ambiente de negócios podem provocar profundos impactos sobre as organizações. São elas: - Mudanças rápidas e inesperadas: avanço do conhecimento e da troca de informações. - Crescimento das organizações: aumento da complexidade dos processo e de integração gerado pelas rápidas mudanças, pela multiciplicidade dos setores em que atuam e pela ampla abrangência geográfica; - Acirramento da concorrência: baseado no crescimento dos mercados e negócios, exigirá maiores investimento em pesquisa & desenvolvimento, bem como nos demais aspectos mercadológicos e organizacionais; - Sofisticação da tecnologia: propicia maior eficiência e precisão, e libera o homem para atividades mais complexas; - Surgimento de novas atividades que exigem competências diversas e especializadas, criando problemas de coordenação em função das rápidas mudanças. - Elevação dos custos: energia, matérias-primas, trabalho humano e dinheiro; - Internacionalização dos negócios: necessidade de gestão de outros mercados; - Maior visibilidade das organizações: aumento da influência no mundo chama a atenção de outro públicos, que passam a exigir uma atuação de acordo com seu interesse e “normas” éticas. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 3 Além das variáveis do ambiente de negócios, a sociedade sofre grandes transformações que impactam as organizações. A tabela a seguir apresenta essas megatendências. De Para Alteração Sociedade industrial Sociedade da Informação Inovação e mudança Tecnologia simples Tecnologia sofisticada Maior eficiência Economia nacional Economia mundial Competitividade Curto prazo Longo prazo Visão do negócio e do futuro Democracia representativa Democracia participativa Pluralismo e participação Hierarquia Comunicação lateral Democratização e empowerment Opção binária Opção múltipla Visão sistêmica e contingencial Centralização Descentralização Incerteza e imprevisibilidade Ajuda institucional Auto-ajuda Autonomia e serviços diferenciados Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 4 1.2. Enfoques das principais teorias da administração Ao longo do tempo, diversos autores estudaram o fenômeno da administração. Esses estudo podem ser agrupados em Teorias Administrativas. O quadro a seguir apresenta as seis variáveis da administração e as respectivas teorias administrativas que estudam ou estudaram essas variáveis. O quadro também apresenta o principal enfoque de cada teoria. Ênfase Teorias Administrativas Principais Enfoques Nas Tarefas Administração Científica Racionalização do trabalho operacional Na Estrutura Clássica Neoclássica Organização formal Princípios gerais da administração Funções do administrador Da Burocracia Organização formal burocrática Racionalidade organizacional Estruturalista Organização formal e informal Análises intra e interorganizacional Nas pessoas Das Relações Humanas Organização informal Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupos Do Comportamento Organizacional Estilos de administração Teoria das decisões Integração dos objetivos organizacionais e individuais Do Desenvolvimento Organizacional Mudança organizacional planejada Abordagem de sistema aberto No Ambiente Estruturalista Análise intraorganizacional e ambiental Abordagem de sistema aberto Dos Sistemas Visão holística Integração das disciplinas Da Contingência Imperativo ambiental Abordagem de sistema aberto Na Tecnologia Da Contigência Imperativo tecnológico Na Competitividade Novas Abordagens Caos e complexidade Aprendizagem organizacional Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 5 Capital intelectual O quadro a seguir apresenta a sequência cronológica das teorias administrativas. Cada teoria surgiu como uma resposta ao problemas empresariais da época. Todas as teorias podem ser aplicadas em situações atuais, funcionando como uma série de alternativas para os administradores. Anos Teorias 1903 Administração Científica 1909 Teoria da Burocracia 1916 Teoria Clássica 1932 Teoria das Relações Humanas 1947 Teoria Estruturalista 1951 Teoria dos Sistemas 1954 Teoria Neoclássica 1957 Teoria Comportamental 1962 Desenvolvimento Organizacional 1972 Teoria da Contingência 1990 Novas Abordagens É reconhecido que a administração passou por 5 ondas. Em cada um desses momentos, fatores influenciaram mudanças no âmbito da administração. A figura abaixo aprensenta as a cronologia e os fatores que influenciaram as ondas. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 6 Exercícios 1 1.1. CESPE - ANP 2012 Considerando as funções de administração, julgue os itens a seguir. 51 Todos os relacionamentos interpessoais que o organograma não pode captar referem-se à organização ou à estrutura informal. 53 As organizações são compreendidas a partir das dimensões subjetiva e objetiva da cultura organizacional, a qual descreve os elementos culturais tangíveis e intangíveis que caracterizam o modo de ser e agir das organizações. 1.2. CESPE - ABIN 2010 18 Julgue os itens a seguir, relativos às organizações modernas e suas estruturas. 51 Nas organizações modernas, as redes sociais e pessoais, fundamentais para a estrutura organizacional, integram a sua estrutura informal, e a concorrência com a estrutura formal é identificada como fator favorável à melhoria do desempenho da organização. 1.3. (1.1)- BNDES Administração 2005/ Modernamente, a Gestão de Pessoas substitui a antiga Administração de Recursos Humanos. Na atualidade, o mundo exterior impacta profundamente a organização. Inovar e mudar, com foco no futuro, são verbos de comando. Em relação à gestão de pessoasno contexto do século XXI, em relação aos conceitos dominantes no século passado, estão corretas as afirmativas a seguir, EXCETO: a.( ) controle por meio da visão e dos valores em vez de por regras e hierarquias; b.( ) tolerância à ambigüidade em substituição à busca pela certeza; c.( ) foco no ambiente competitivo, não na organização interna; d.( ) preferência da racionalidade em relação à intuição; Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 7 e.( ) orientação para os resultados e não para o processo. 2. Comportamento Organizacional 2.1. Percepção Percepção envolve o modo como nós vimos o mundo ao redor. A percepção confere significado às informações que coletamos. Percepção é o meio pelo qual nós compreendemos a nós mesmos e ao ambiente que vivemos. A cultura é um aspecto influenciador da percepção de cada um. Percepção social é o processo de interpretar informações sobre outra pessoa. Praticamente todas atividades de gestão envolvem percepção. A seguir, apresentamos uma figura que orientará nosso estudo sobre percepção. Caracterísitcas do Percebedor A familiaridade que temos com o percebido permite que utilizemos múltimplas informações como base da nossa impressão. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 8 A atitude (nossa visão e intenção de agir de determinado modo) que temos sobre alguns aspectos influenciam nossa percepção. Nosso humor momentâneo também pode influenciar nossa percepção. Nosso autoconceito influencia a percepção na medida em que pessoas com autoconceito positivo tendem a perceber aspectos positivos em outra pessoa e pessoas com autoconceito negativo tendem a selecionar aspectos negativos. Estrutura cognitiva é o padrão individual de organizar o pensamento e influencia diretamente a percepção na medida em que cada individuo irá privilegiar os aspectos mais importantes na sua estrutura cognitiva. Características do percebido A forma como avaliamos algumas características do indivíduo percebido influencia nossa percepção. A aparência física do indivíduo e a sua forma de comunicação verbal influenciarão nossa percepção sobre o mesmo. Os indícios não verbais se referem à postura, expressão facial, contato visual, movimentos corporais e toda outra forma de comunicação não verbal. A intenção que nós inferimos que o indivíduo percebido tem também influencia nossa percepção. Características da situação O contexto da interação, aí incluídos o local, o horário, a pressão envolvida e outros, influenciam nossa percepção. A força dos indícios situacionais mudam nossa percepção e nosso comportamento. Barreiras à percepção social Todas as barreiras irão modificar nossa percepção social, impedindo a possibilidade de considerar os múltiplos aspectos envolvidos no processo. Percepção seletiva é o processo de selecionar informações que justifiquem um ponto de vista enquanto são descartadas as informações que ameacem esse ponto de vista. Estereótipo é a generalização feita sobre um grupo de pessoas. Erro da primeira impressão está relacionado com a tendência de formar uma opinião definitiva baseada nas nossas percepções iniciais. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 9 Profecia autorealizável pode ser definido como a situação na qual nossas expectativas sobre uma pessoa afetam nossa interação com ela de um modo que nossas expectativas são realizadas. Gerenciamento da impressão Muitas pessoas querem manter impressões favoráveis nas organizações, principalmente porque competem por promoções, avaliações positivas e aumento de salário. O processo pelo qual indivíduos tentam controlar a impressão que os outros tem deles se chama Gerenciamento da Impressão. As técnicas de gerenciamento de impressão se dividem em autopromoção e promoção de terceiros. Dentre as técnicas de autopromoção, podemos citar: (i) Associação de nomes, que significa associar o próprio nome ao de pessoas importantes para melhorar sua imagem; (ii) Cuidados com a aparência e; (iii) Autodescrições , que significa falar suas próprias caracterísitcas para outros. Dentre as técnicas de promoção de terceiros, podemos citar: (i) bajulação; (ii) realização de favores e; (iii) concordância de opinião. Teoria da Atribuição A Teoria da Atribuição é a teoria que explica como indivíduos identificam as causas do seu próprio e do comportamento de outros. Existem dois conceitos que tentam explicar erros de atribuição. O primeiro é o Erro Fundamental de Atribuição, que refere-se à tendência de atribuir a causas internas o comportamento de um terceiro. O segundo é o Viés do Auto-Serviço, que é a tendência de alguém atrubuir seu sucesso a seu próprio mérito e atribuir seu fracasso à causas externas. 2.2. Liderança Liderança envolve (i) definir a direção da organização, (ii) comunicar e alinhar as pessoas com a direção definida e (iii) motivar as pessoas a agir, utilizando empowerment. É a habilidade de motivar e influenciar os liderados, de forma ética e positiva, para que contribuam voluntariamente e com entusiasmo para alcançarem os objetivos da equipe e da organização. O líder lida com incerteza e promove mudanças na organização. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 10 Gestão (chefia) envolve (i) planejamento e orçamento, (ii) organização e assessoria e (iii) controle e solução de problemas. O gestor é aquela pessoa encarregada por uma tarefa ou atividade de uma organização e que, para tal, comanda um grupo de pessoas, tendo autoridade de mandar e exigir obediência. O gestor tenta reduzir a incerteza e promover a estabilidade da organização. Há algumas teorias sobre liderança. Elas podem ser agrupadas em três grandes grupos: teorias de traços de personalidade; teorias sobre estilos de liderança e; teorias situacionais de liderança. A seguir, explicaremos as principais delas. Teorias de traços de personalidade Esse grupo de teorias indica que a liderança é decorrente dos traços de personalidade do líder. Esses traços o distinguiria das demais pessoas e faria dele um líder. Cada autor identifica alguns traços, dentre os quais podemos destacar: - Traços físicos: energia, aparência pessoal, estatura e peso; - Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança; - Traços sociais: cooperação, habilidades interpessoais e habilidade administrativa; - Traços relacionados com a tarefa: impulso de realização, persistência e iniciativa. Teorias sobre estilos de liderança Esse grupo de teorias tenta explicar o comportamento do líder em relação aos subordinados. Estudos de Lewin É o teoria mais conhecida desse grupo que diz que existem três estilos de liderança: o autocrático, o democrático e liberal. • Liderança Autocrática – O líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo de liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O líder toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O líder determina as providências e as técnicas para a execução das tarefas, de modo imprevisível para o grupo. Além da tarefa que cada um deve executar, o líder determina ainda qual o seu companheiro de trabalho. O líder é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao trabalho de cada membro. • Liderança Democrática – Chamada ainda de liderança participativa ou consultiva, este tipo de liderança é voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo decisório. Aqui as diretrizessão debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido pelo Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 11 líder. O próprio grupo esboça as providências para atingir o alvo solicitando aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com o debate. A divisão das tarefas fica ao critério do próprio grupo e cada membro pode escolher os seus próprios companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo. Ele é objetivo e limita-se aos fatos nas suas críticas e elogios. • Liderança Liberal ou Laissez Faire – É a contração da expressão em língua francesa laissez faire, laissez aller, laissez passer, que significa literalmente "deixai fazer, deixai ir, deixai passar". Neste tipo de liderança as pessoas tem mais liberdade na execução dos seus projetos, indicando possivelmente uma equipe madura, auto dirigida e que não necessita de supervisão constante. Por outro lado, a Liderança liberal também pode ser indício de uma liderança negligente e fraca, onde o líder deixa passar falhas e erros sem corrigi-los. Estudos da Ohio State Existem dois tipos de líder: (i) o líder preocupado em definir e organizar relações de trabalho e papéis, assim como estabelecer padrões de organização e comunicações e; (ii) o líder preocupado em estabelecer um ambiente amigável, relações amistosas de trabalho, bem como em encorajar respeito interpessoal. Os dois estilos são independentes. Uma pessoa pode ter alto nível nos dois comportamentos ou baixo nível em ambos, por exemplo. Estudos de Michigan O estilo do líder tem impacto importante na atmosfera emocional do ambiente de trabalho. Há dois estilos de liderança: (i) a orientada para a produção, no qual o líder influencia os liderados por supervisão intensa e por estabelecimento de regras formais e informais de comportamento e; (ii) a orientada para o funcionário, no qual o líder foca os relacionamentos, preocupado com as pessoas e suas necessidades. A Grade da Liderança É uma grade cujos eixos são Preocupação com Resultados (PR) e Preocupação com Pessoas (PP). A diferente combinação entre os níveis dos dois eixos define o estilo do líder. A escala dos níveis vão de 1 a 9. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 12 PR1, PP9 – Gestão Country Club: completa atenção para as necessidades das pessoas e de satisfazer relacionamentos, visando criar uma atmosfera amigável e confortável. PR9, PP9 – Gestão de Time: alcança os objetivos do trabalho por meio do comprometimento das pessoas. A interdependência entre as pessoas para alcançar os objetivos organizacionais gera um ambiente de confiança e respeito. PR1, PP1 – Gestão Empobrecida: promove o mínimo esforço para realizar o trabalho da organização. PR9, PP1 – Gestão Autoridade-Concordância: a eficiência nas operações é resultado das condições estabelcidas onde a interferência humana é mínima. PR5, PP5 – Gestão Meio do Caminho: desempenho organizacional adequado é possível por do balanceamento entre as necessidades das pessoas e da organização. Além desses, existe a Gestão Paternalista (PR9 + PP9): recompensas e aprovações são concedidas em troca de lealdade e obediência, não existindo punições. Teorias Contigenciais de Liderança As teorias contingenciais defendem que o estilo da liderança deveria considerar o contexto onde é aplicada. E cada contexto tem um estilo adequado de liderança para ser aplicado. Modelo de Tennenbaum e Schmidt Existe um continuum de padrões de liderança: Autocrático <-> Consultivo <-> Participativo. A medida que o padrão se desloca para a direita (de Autocrático para Participativo), a área de autoridade do administrador diminui e a área de liberdade dos subordinados aumenta. Isso signifca que a liderança centralizada no chefe passa a uma liderança descentralizada nos subordinados. Existem 7 níveis que são descritos a seguir: N1 – Administrador toma a decisão de comunica N2 – Administrador vende sua decisão N3 – Administrador apresenta suas ideias e pede perguntas N4 – Administrador apresenta suas ideias sujeitas a modificação N5 – Administrador apresenta o problema, recebe suas sugestões e toma sua decisão N6 – Administrador define os limites e pede ao grupo que tome uma decisão N7 – Administrador permite que os subordinados funcionem dentro de limites definidos por superior. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 13 Modelo de Vroom-Yetton-Jago Existem 5 formas de tomar decisão que dependem da importância de decisão, da importância do comprometimento da equipe, da expertise do líder, da probabilidade de comprometimento da equipe, da expertise da equipe e da competência da equipe. As 5 formas de tomar decisão são: (i) decidir, o lider o faz sozinho e comunica/vende ao grupo; (ii) consulta individual, o líder pergunta para cada membro individualmente e forma sua decisão; (iii) consulta grupal, o lider consulta os membros juntos e toma sua decisão; (iv) facilitar, o lider apresenta o problema ao grupo e funciona como um facilitador, definindo limites, tendo o mesmo peso e gerando uma concondância e; (v) delegar, o líder permite que o grupo tome a decisão sem estabelecer limites, provendo recursos e encorajando-o. 2.3. Motivação “A motivação é o desejo de exercer altos níveis de esforço em direção a determinados objetivos organizacionais, condicionados pela capacidade de satisfazer objetivos individuais. A motivação depende da direção (objetivos), força e intensidade do comportamento (esforço) e duração e persistência.” (Idalberto Chiavenato). Existem várias teorias sobre a motivação. Apresentaremos as principais delas. Hierarquia das Necessidades de Maslow Abraham Maslow propôs uma classificação diferente das necessidades. Para ele há cinco tipos de necessidades: • Necessidades Fisiológicas – Dizem respeito à sobrevivência do indivíduo e da espécie, e constituem pressões fisiológicas (Alimento, repouso, abrigo, sexo); • Necessidades de Segurança Íntima (Física e Psíquica) – Levam o indivíduo a proteger-se de qualquer perigo real ou imaginário, físico ou abstrato (Perigo, doença, incerteza, desemprego, roubo); • Necessidades Sociais ou de Relacionamentos (Participação) – Relacionadas com a vida associativa do indivíduo com outras pessoas, levando-o à adaptação social ou não (Relacionamento, aceitação, amizade, compreensão, consideração); • Necessidades de Estima (do Ego ou de Autoconfiança) – Relacionadas com a auto- avaliação e auto-estima dos indivíduos (Orgulho, auto-respeito, progresso, confiança, necessidade de status, reconhecimento, apreciação, admiração pelos outros); Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 14 • Necessidades de Auto-Realização – Relacionadas com o desejo de cumprir a tendência que cada indivíduo tem de realizar o seu potencial (Auto-realização, auto-desenvolvimento, auto-satisfação). Necessidades Fisiológicas Necessidades Sociais Neces- sidades de Auto -realização Necessidades de Estima Necessidades de Segurança Abraham H. Maslow, Motivation and Personality (1954) Necessidades Secundárias Necessidades Primárias Hierarquia das Necessidades De Maslow: Essa classificação permitiu uma visão sobre o comportamento humano, que não busca apenas saciar necessidades físicas, mas crescer e se desenvolver. A organização piramidal das necessidades implica,em primeiro lugar, que as necessidades mais embaixo são mais primitivas e urgentes do que as mais de cima; ao mesmo tempo, à medida que sobem na hierarquia as necessidades tornam-se menos animalescas (mais distantes do instinto) e mais humanas (mais próximas da razão). Assim, ao mesmo tempo em que é desejável atingir os níveis mais altos da pirâmide, as necessidades mais básicas são mais poderosas. Somente quando necessidades mais básicas estão saciadas - total ou parcialmente - torna-se possível partir para o próximo nível - ou melhor, o próximo nível se torna perceptível. Teoria dos 2 Fatores de Herzberg A satisfação no cargo é função do conteúdo ou atividades desafiadoras e estimulantes do cargo, são os chamados "fatores motivadores"; A insatisfação no cargo é função do ambiente, da supervisão, dos colegas e do contexto geral do cargo, enriquecimento do cargo (ampliar as responsabilidades) são os chamados "fatores higiênicos". Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 15 Herzberg, verificou e evidenciou através de muitos estudos práticos a presença de que dois fatores distintos devem ser considerados na satisfação do cargo; são eles: os Fatores Higiênicos e os Motivacionais. Fatores Higiênicos – São aqueles que referem-se às condições que rodeiam o funcionário enquanto trabalha, englobando as condições físicas e ambientais de trabalho, o salário, os benefícios sociais, as políticas da empresa, o tipo de supervisão recebido, o clima de relações entre a direção e os funcionários, os regulamentos internos, as oportunidades existentes etc. Correspondem à perspectiva ambiental. Fatores Motivacionais – São aqueles que se referem ao conteúdo do cargo, às tarefas e aos deveres relacionados com o cargo em si. São os fatores motivacionais que produzem algum efeito duradouro de satisfação e de aumento de produtividade em níveis de excelência, isto é, acima dos níveis normais. Teoria X e Teoria Y Baseado na Hierarquia das Necessidades de Maslow, McGregor propôs que existem dois grupos de comportamento das pessoas no trabalho. Teoria X – As pessoas são por naturezas indolentes, trabalham o mesmo possível, não tem ambição, não gostam de responsabilidade, preferem ser lideradas, são autocentradas e indiferentes às necessidades organizacionais, resistem às mudanças, são ingênuas e não muito brilhantes. Teoria Y – pessoas não são passívas ou resistentes às necessidades organizacionais, elas se transformam com a experiência nas organizações. A motivação, o potencial de desenvolvimento, a capacidade de assumir responsabilidade e a prontidão em seguir os objetivos organizacionais estão presentes em todas as pessoas, sendo responsabilidade do gestor fazê-las desenvolver essas características. A tarefa da gestão é promover condições e métodos para o alcance dos objetivos. Teoria da Inequidade A motivação surge quando as pessoas se acham em situação de inequidade, ou seja, quando elas percebem que recebem menos/mais do estão fornecendo ou fornecem menos/mais do que estão recebendo. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 16 A equidade ocorre quando, em comparação com outros, a pessoa considera que a relação entre o que fornece e o que recebe é igual ao do outro. A inequidade negativa ocorre quando ela percebe que a relação recebe/fornece é menor do que a de outro. E a inequidade positiva ocorre quando a relação recebe/fornece é maior do que a de outro. A solucção da inequidade se dá pela alteração nos níveis do que fornece ou do que recebe. Teoria da Expectância O modelo dessa teoria indica que o Esforço leva ao Desempenho. E que o Desempenho leva à Recompensa. A valorização das recompensas disponíveis define o esforço que será feito pela pessoas. A expectância se refere a crença de que o esforço leva ao desempenho. E a instrumentalidade refere-se a crença de que o desempenho leva à recompensa. 2.4. Dinâmica grupal e desenvolvimento de equipes Um Grupo é duas ou mais pessoas com interesses e objetivos comuns e com interação contínua. Uma Equipe (Work Team) é um grupo de pessoas com habilidades complementares que estão comprometidos com uma missão comum, com objetivos de desempenho, e se aproximam para serem mutuamente responsáveis. Três conceitos são importantes no funcionamento do grupo: (i) coesão do grupo, que é a “cola” que mantém os membros unidos; (ii) vadiagem social, que é a falha de um membro em contribuir com tempo, esforço, ideias e outros recursos para o grupo e; (iii) perda da individualidade, que é o processo pelo qual os membros perdem sua autoconsciência e seu senso de responsabilidade individual. Formação de grupos Há quatro fases na formação de um grupo: - Aceitação mútua: preocupação e consciência interpessoal; - Tomada de decisão: planejamento das tarefas, definição de autoridade e influência; - Motivação e comprometimento: realização das tarefas, liderança e desempenho; - Controle e sanções: recompensas e punições. Os grupos podem ser formais ou informais. São características de um grupo maduro: Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 17 - Propósito e missão definidos; - Existência de normas de comportamento; - Coesão; - Estrutura de status definida: autoridade e relação de tarefas definidos. Desenvolvimento de equipes Equipes são úteis para desenvolver trabalhos que são complicados, complexos, iterrelacionados e mais volumosos do que uma só pessoa pode cuidar. Equipes são apropriadas quando conhecimento, talento, habilidades estão dispersos pela organização e necessitam de um esforço de integração para realizar a tarefa. No atual ambiente de equipes, as pessoas demonstram iniciativa, a equipe tem autoridade para definir sua forma de operação, pessoas cooperam com ideias e feelings e membros colaboram entre si. Equipes autogerenciáveis Equipes autogerenciáveis são aquelas que tomam decisões que seriam reservadas para os gerentes. Tomada de Decisão em Grupo Há vantagens e desvantagens na tomada de decisão em grupo. As vantagens são: - maior conhecimento e informação trazidos pelos membros do grupo; - aumento da acietação e comprometimento dos membros do grupo; - maior entendimento da decisão. As desvantagens são: - pressão dentro do grupo para os membros se adequarem; - possível dominação de um membro ou de uma corrente dentro do grupo; - o maior tempo requerido para a tomada de decisão. Além disso, dois possíveis fenômenos podem influenciar negativamente o processo de tomada de decisão do grupo: o Pensamento Grupal (Groupthinking) e Polarização do Grupo. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 18 Pensamento Grupal é a deterioração da eficiência mental, da avaliação da realidade e do julgamento moral resultantes de pressões dentro do grupo. Polarização do Grupo é a tendência da discussão dentro do grupo produzir confrontos entre duas posições extremas. Técnicas de Tomada de Decisão em Grupo Existem algumas técnicas para auxiliar o grupo a tomar decisões evitando as possíveis desvantagens. Listaremos algumas delas: - Brainstorming; - Técnica nominal de grupo: foca na geração de alternativas e na escolha de uma; - Técnica Delphi: coleta de opiniões de especialistas para subsidiar a decisão; - Advogado do diabo; - Discussão dialética: debate entre duas recomendações diferentes; - Círculo da qualidade: grupo fornece sugestões para o gestor que mantém o poder de decisão;- Times autogerenciáveis. 2.5. Conflito Gestão de Conflitos Funcional x Disfuncional Consequências positivas • Novas ideias • Criatividade • Mudança • Vitalidade organizacional • Estabelecimento de identidades • Indicador de problemas Consequências negativas • Dispêndio de energia • Ameaça ao bem-estar psicológico • Desperdício de recursos Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 19 • Clima negativo • Quebra coesão • Gera comportamento hostil e agressividade Níveis de Gravidade • Conflito Percebido – É o latente, que as partes percebem que existe potencialmente. • Conflito Experimentado – É o velado, quando é dissimulado, oculto e não manifestado externamente com clareza. • Conflito Manifestado – É o chamado conflito aberto, que se manifesta sem dissimulação. Causas dos Conflitos • Ambiguidade de papel; • Objetivos concorrentes; • Recursos compartilhados; • Interdependência de atividades. Abordagem Estrutural de Solução de Conflitos • Reduzir a diferenciação dos grupos; • Interferir nos recursos compartilhados; • Reduzir a interdependência. Abordagem de Processo de Solução de Conflitos • Desativação do conflito; • Reunião de confrontação entre as partes; • Colaboração. Abordagem Mista de Solução de Conflitos • Adoção de regras para resolução de conflitos; • Criação de papéis integradores. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 20 Exercícios 2 2.1. CESPE - SGAA 2007 Acerca da dinâmica das organizações, julgue os itens subseqüentes. 51 Segundo a teoria dos sistemas, as organizações são compostas de elementos isolados e independentes. 52 O sistema social formado por uma organização interage com seu ambiente externo por meio do recebimento de insumos e do fornecimento de produtos e serviços. 53 A valorização do atendimento às necessidades dos clientes caracteriza uma cultura organizacional conservadora. 54 Os símbolos, slogans e cerimônias realizadas são elementos visíveis integrantes da cultura de uma organização. 55 O exercício da responsabilidade e a possibilidade de crescimento e aprendizagem são fatores que contribuem para a motivação no trabalho. 56 O líder autocrático incentiva a participação dos liderados nas decisões, com ações orientadas para as pessoas. 57 Na liderança orientada para a tarefa, o líder concentra sua atenção no desempenho do funcionário ou do grupo, buscando o cumprimento de prazos, a redução de custos e a garantia de padrões estabelecidos de qualidade. 59 Em uma decisão compartilhada, o gerente transfere totalmente o processo decisório para os demais membros da equipe. 61 A descentralização representa a localização da autoridade responsável pela decisão mais próxima dos níveis organizacionais mais altos. 62 Mesmo que seja adequadamente gerido, qualquer conflito organizacional tem como resultado a realização de ações de bloqueio e a recusa dos envolvidos em cooperar. 63 Os conflitos são inerentes à vida organizacional e decorrem da interação entre diferentes indivíduos ou grupos, com seus diferentes interesses, visões e perspectivas. 2.2. CESPE - SGAA 2007 Acerca do processo grupal nas organizações, julgue os itens a seguir. 64 O feedback constitui importante elemento no processo de comunicação intergrupal, e é caracterizado pelo envio de uma nova mensagem pelo mesmo emissor da primeira. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 21 66 A organização horizontal do trabalho em equipe caracterizase pela existência de um líder e seus subordinados na cadeia formal de comando da organização. 67 A eficácia do trabalho de uma equipe é medida pela avaliação dos trabalhos realizados individualmente por seus membros. 68 Quanto maior o grau de compartilhamento de metas entre os membros de uma equipe mais coesa será essa equipe. 69 Independentemente da característica da tarefa e do nível das habilidades dos subordinados, o estilo de liderança participativo é sempre o mais adequado. 2.3. CESPE - MMA 2010 02 Com relação a recursos humanos, julgue os itens seguintes. 1 O ensino a distância, uma das modalidades de educação continuada utilizada nos processos de educação corporativa, não tem proporcionado aos seus participantes melhor desempenho de seus papéis nas organizações. 6 Cultura e clima organizacional são conceitos similares que se inter-relacionam, de modo que o clima depende do tipo de cultura estabelecido pela organização e a cultura é refletida pelas percepções que os indivíduos têm em relação ao clima. 8 Em um processo de gestão de pessoas por competências, os conhecimentos e as habilidades demonstradas pelo indivíduo garantem o desempenho e o desenvolvimento das atividades organizacionais. 9 A educação corporativa, um processo de ensino e aprendizagem que se molda às necessidades organizacionais, centra-se, fundamentalmente, no condutor da ação educacional e objetiva o alcance de resultados operacionais e financeiros da organização. 2.4. CESPE - ABIN 2010 18 O comportamento organizacional pode ser entendido como um campo de estudos acerca do impacto da ação de indivíduos e de grupos e da própria estrutura organizacional sobre o comportamento das pessoas nas organizações. Os conhecimentos nessa área podem subsidiar a formulação de políticas de melhoria da eficácia organizacional. Tendo essas ideias como referência inicial, julgue os próximos itens, relativos à motivação nas organizações. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 22 100 De acordo com a teoria da equidade, a motivação no ambiente de trabalho ocorre quando um funcionário reconhece que a organização lhe paga salário melhor que a média salarial de mercado. 101 A crença dos empregados de que os esforços por eles despendidos na execução das atividades e no cumprimento das metas serão recompensados pela organização caracteriza a motivação por autoeficácia. 2.5. CESPE - ABIN 2010 18 Julgue os itens conseguintes, referentes a liderança nas organizações. 102 A liderança carismática é exercida mediante apresentação de meta idealizada, compromisso com essa meta, assertividade e autoconfiança na relação com subordinados. 103 O líder cujas ações voltam-se para as tarefas e para o relacionamento com seus subordinados atua de acordo com o princípio de liderança comportamental. 104 Estudos sobre liderança demonstram que há correlação entre a personalidade do líder e a sua capacidade de influenciar os funcionários, do que se conclui que a personalidade é fator decisivo no exercício da liderança. 2.6. CESPE - ABIN 2010 15 Acerca das emoções no ambiente de trabalho, julgue os itens subsequentes. 101 Nas organizações, os conflitos interpessoais são ameaças potenciais à sobrevivência dos grupos de trabalho e, por isso, devem ser eliminados. 102 A adoção de estratégia defensiva, resultante da dinâmica frustração-regressão, em circunstâncias de enfrentamento de situações de inadequação social e baixa produtividade, gera nos indivíduos sentimento de inferioridade e impotência. 2.7. CESPE - ABIN 2010 15 Com relação às teorias da motivação, julgue os itens a seguir. 104 Programas destinados ao aperfeiçoamento e à motivação de recursos humanos estão relacionados aos postulados da teoria da dissonância cognitiva e propiciam a resolução de incoerências no âmbito do trabalho e estimulam a busca de consenso e harmonia. 105 A conquista de objetivos por meio do pensamento racional, dasatisfação e da produtividade é enfatizada tanto na teoria de fixação de objetivos como na teoria da expectância. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 23 106 Consoante as teorias da equidade, do reforço e da expectância, um dos agentes motivadores nos ambientes organizacionais consiste no valor da remuneração. 107 A motivação pessoal para o trabalho pode variar tanto em um mesmo indivíduo quanto entre indivíduos, conforme o ambiente organizacional e a natureza da atividade a ser desempenhada. 108 De acordo com a teoria da equidade, a motivação pessoal depende do esforço empreendido para alcançar determinado objetivo e da atração que esse resultado exerce sobre o indivíduo. 2.8. CESPE - ABIN 2010 15 Julgue os itens que se seguem, relativos à liderança. 109 Em equipes de elevado desempenho, a liderança diretiva, ao encorajar os membros a liderarem a si mesmos, facilita o funcionamento do grupo. 110 A liderança orientada para a tarefa é mais efetiva do que a orientada para o relacionamento. 111 De acordo com a teoria de contingência da liderança, a existência de uma combinação adequada entre o estilo do líder e as exigências da situação é determinante para a eficácia do grupo. 2.9. CESPE - ABIN 2010 01 No que se refere ao comportamento organizacional, julgue os itens a seguir. 117 O estabelecimento de metas é uma estratégia motivacional por meio da qual se evita que seja criada discrepância entre o desempenho atual dos funcionários e o desempenho deles esperado. 118 O valor que um indivíduo atribui ao alcance de um resultado — por exemplo, uma promoção — é fator determinante do seu nível de motivacção em relação a determinada atividade. 119 A liderança, por constituir traço de personalidade, não está relacionada a fatores situacionais relativos à execução de tarefas em uma organização. 122 As atitudes dos empregados, reflexo de sentimentos e crenças, determinam, em grande parte, o modo como os funcionários percebem seus ambientes. 123 Pesquisas revelam que os funcionários mais antigos normalmente se sentem menos comprometidos com a organização em que trabalham. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 24 2.10. CESPE - ANATEL 2012 4 Julgue os itens a seguir, referentes a trabalho em equipe. 103 O trabalho em equipe, a despeito de demandar mais tempo e consumir mais recursos dos trabalhadores, comparado ao o trabalho individual, é o modelo de trabalho mais eficiente para o desenvolvimento de quaisquer atividades nas organizações. 104 De acordo com a visão interacionista, nem todos os conflitos são prejudiciais a uma organização, havendo aqueles que proporcionam a consecução dos objetivos e o melhoramento do desempenho da equipe. 2.11. (8.1)- BNDES Administração 2002/ Relativamente a liderança e motivação, pode-se dizer que a.( ) a liderança é uma habilidade pessoal, que torna algumas pessoas mais aptas a influenciar outras; b.( ) a técnica do job enrichment consiste em incrementar os fatores motivacionais de um cargo através da ampliação de tarefas (job enlargement), do aumento da variedade das tarefas e da melhoria dos fatores higiênicos dentro dos quais o trabalho é realizado; c.( ) a partir do momento em que os indivíduos ingressam em uma organização, os fatores cognitivos deixam de exercer alguma influência sobre sua motivação; d.( ) segundo as teorias situacionais de liderança, não existe um único estilo ou característica de liderança válida para toda e qualquer situação. Cada tipo de situação requer um tipo de liderança diferente para alcançar a eficácia dos subordinados; e.( ) um estilo de liderança democrática implica em: liberdade completa para as decisões grupais ou individuais, participação mínima do líder, divisão de tarefas e escolha dos companheiros totalmente a cargo do grupo e o líder não avalia o curso dos acontecimentos. 2.12. (8.2)- Transpetro Administrador Jr 2006/ Abraham M. Maslow desenvolveu uma visão abrangente da motivação do indivíduo, conhecida em Administração como a “Hierarquia das Necessidades de Maslow”. Segundo esse autor, as necessidades humanas mais elevadas, que levam o indivíduo a tentar desenvolver seu próprio potencial e a si mesmo como pessoa humana são as necessidades: a.( ) de segurança. b.( ) de estima. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 25 c.( ) de auto-realização. d.( ) sociais. e.( ) fisiológicas. 2.13. (8.3)- São características da liderança Autocrática: a.( ) Apenas o líder fixa as diretrizes e o faz de modo imprevisível para o grupo; b.( ) A participação do líder no debate é limitada e a divisão de tarefas fica a cargo do próprio grupo; c.( ) O líder não tenta avaliar ou regular o curso dos acontecimentos e é “pessoal” nos elogios e críticas ao trabalho de cada membro; d.( ) O líder determina qual a tarefa que cada um deve executar e as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo. 2.14. (8.4)- Segundo Belluzzo (2002), existem três tipos de liderança: a autocrática, a democrática e a liberal. O líder democrático é aquele que: a.( ) apóia os procedimentos delineados pela equipe; b.( ) confia em si próprio e não abre mão de tomar as decisões; c.( ) determina como deve ser executado o programa de trabalho; d.( ) esclarece dúvidas e participa só quando necessário. e.( ) n.r.a. 2.15. (8.7)- Termomacaé Administrador Jr 2009/ A liderança é um fenômeno tipicamente social, relacionado à influência interpessoal e ao processo de comunicação humana para a consecução de um ou mais objetivos específicos. Vários estudiosos se manifestam sobre estilos de liderança, destacando-se a autocrática, a liberal e a democrática. Qual das afirmações abaixo descreve uma característica da liderança liberal? a.( ) A divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher seus colegas de atividades; b.( ) A participação do líder no debate limita-se à apresentação ao grupo de alternativas variadas, e ao esclarecimento de que pode fornecer informações, desde que sejam pedidas; c.( ) O líder é quem decide e fixa as diretrizes, prescindindo da participação do grupo na tomada de decisões; Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 26 d.( ) O líder determina as providências para a execução das tarefas, de forma gradativa e previsível, à medida que se tornam necessárias; e.( ) O líder determina qual tarefa cada um deverá executar e qual deverá ser o seu companheiro de trabalho. 2.16. (8.11)- CHESF 1/2012 Para fazer diferença como líder, o gerente de RH de uma empresa defende a utilização do modelo de liderança situacional de Hersey e Blanchard. O argumento utilizado por esse gerente para justificar sua preferência é que a adoção desse modelo permite que seja(m) (A) favorecida a relação com os outros, baseando-se no charme, no magnetismo, na inspiração e na emoção para, dessa forma, inspirar confiança e administrar bem suas impressões. (B) valorizadas a presteza do funcionário e a sua disposição para o desempenho de tarefas, bem como a sua capacidade de corresponder às expectativas, itens fundamentais na definição do estilo adequado de liderança. (C) demonstradas a visão e a missão organizacionais de forma clara em termos de ações e propósitos, não apenas verbalmente como também através de seu comportamento. (D) feitas mudanças positivas no modo como as organizações e as pessoas conduzem suas atividades, gerando,assim, melhores resultados para a organização. (E) utilizados estilos iguais com o mesmo subordinado, quando ele estiver executando tarefas diferentes, uma vez que há um estilo único de liderança para todos os propósitos. 2.17. (8.12)- Liquigás 2/2012 Das teorias sobre motivação no trabalho, a Teoria da Expectativa considera que o nível motivacional (A) será alto se a pessoa tiver baixas expectativas quanto à probabilidade de vir a ter sucesso (expectativa baixa). (B) será baixo se a pessoa acreditar que do seu comportamento decorrerão ganhos pessoais significativos (instrumentalidade baixa). (C) será baixo se, associados ao seu comportamento, estiverem resultados pessoais positivos (valência baixa). (D) individual é o resultado de escolhas inconscientes entre várias alternativas comportamentais possíveis que se relacionam com diversos processos psicológicos. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 27 (E) é resultado das relações esforço–desempenho, desempenho–recompensa e recompensa– metas pessoais. 2.18. (8.13)- Liquigás 2/2012 Administração Depois de ter observado a forma como os gestores lidam com os seus trabalhadores, Douglas McGregor concluiu que a forma como os gestores veem a natureza humana se baseia num conjunto de pressupostos e que o gestor tende a moldar o seu comportamento face aos subordinados com base nesses pressupostos. Baseado nisso, ele propôs duas visões distintas relativamente à forma de pensar o homem: (i) uma visão tradicional, designada por Teoria X e (ii) outra, contemporânea, designada como Teoria Y. Quais são as implicações motivacionais de aceitar a análise de McGregor? (A) Ao enquadrar essa questão na teoria de necessidades de Maslow, pode-se afirmar que a Teoria X assume que as necessidades de ordem superior dominam os indivíduos, e a Teoria Y assume que as necessidades de ordem inferior são dominantes. (B) Dentro da concepção da Teoria Y, a tarefa da administração torna-se restrita à aplicação e ao controle da energia humana em direção aos objetivos da organização, já que, sem essa intervenção ativa, as pessoas seriam passivas às necessidades organizacionais. (C) Não existe evidência empírica de que as premissas de nenhuma das teorias sejam válidas, nem evidência de que a aceitação das premissas da Teoria Y e a alteração do comportamento individual de acordo com ela resultem em um funcionário mais motivado. (D) A Teoria X tanto fundamenta a administração num processo de criar oportunidades, libertar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimento e proporcionar a orientação, quanto ajuda a função de Recursos Humanos no processo de enriquecimento do trabalho. (E) A Teoria Y fundamenta a administração por objetivos, além de propor um estilo de administração centralizador, a reorganização e o redesenho do cargo, de forma que as pessoas possam ser tratadas como um produto que está sendo inspecionado em uma linha de montagem. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 28 2.19. (9.1)- BACEN 2009 – Área 6 Considere as afirmativas a seguir acerca do conflito nas organizações. I - O conflito é uma ocorrência natural e inevitável nos grupos e nas organizações, podendo, se bem gerenciado, ser benéfico. II - O conflito de relacionamento se refere a discordâncias e divergências quanto à forma de realizar uma tarefa. III - O conflito é uma disfunção nos comportamentos de grupos nas organizações, resultando de falhas de comunicação. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s) (A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II e III. 2.20. (9.2)- Casa da Moeda – 1/2012 - RH Joana trabalhava no departamento X, quando houve fusão com o departamento Y. Na nova estrutura organizacional, o seu novo chefe não escuta suas opiniões e só a cumprimenta quando os outros colegas estão por perto. Essa atitude passou a afetar o trabalho de Joana, tornando difícil sua permanência no departamento. Nesse caso, observa-se um conflito (A) de função (B) de papéis (C) de processo (D) de relacionamento (E) de tarefas Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 29 2.21. (9.3)- Casa da Moeda – 1/2012 - RH A literatura organizacional tem enfatizado a existência de um nível ótimo de conflito para qualquer situação. Nesse sentido, a gestão de conflito considera que: (A) para o conflito de processo ser produtivo, seu nível tem de ser alto. (B) o nível alto de conflito de tarefa estimula a discussão de ideias. (C) os grupos que desempenham tarefas que não exigem criatividade são beneficiados por conflitos de tarefa. (D) se o grupo já está empenhado nas discussões ativas de ideias de um modo não confrontacional, mais conflitos ajudarão a gerar mais ideias. (E) conflitos de tarefa apresentam uma relação com os resultados positivos apenas quando todos os membros do grupo compartilham dos mesmos objetivos e possuem elevado grau de confiança. 2.22. (9.4)- Prova: FGV - 2011 - SEFAZ-RJ - Auditor Fiscal da Receita Estadual - prova 1 As pessoas não têm objetivos e interesses idênticos. As diferenças de objetivos e de interesses individuais sempre produzem alguma espécie de conflito. O conflito é inerente à vida de cada indivíduo e faz parte inevitável da natureza humana. Constitui o lado oposto da cooperação. Além da diferença de objetivos e interesses, deve haver necessariamente uma interferência deliberada de uma das partes envolvidas para que haja conflito. O conflito existe quando uma das partes – seja indivíduo ou grupo – tenta alcançar seus próprios objetivos interligados com alguma outra parte e esta interfere na outra que procura atingir seus objetivos. A interferência pode ser ativa (mediante ação para provocar obstáculos, bloqueios ou impedimentos) ou passiva (mediante omissão ou deixar de fazer algo). As equipes, assim como as pessoas, desenvolvem estilos específicos para lidar com conflitos, baseados no desejo de satisfazer seus próprios interesses versus o interesse da outra parte. São descritos a seguir cinco estilos de administrar conflitos por meio de duas dimensões, da assertiva (tentativa de satisfazer aos interesses das outras partes) até a não assertativa. Um deles NÃO está correto. Assinale-o A) Estilo de acomodação: reflete um alto grau de cooperação e funciona melhor quando as pessoas sabem o que é errado, quando um assunto é mais importante que outros para cada lado, quando se pretende construir créditos sociais para utilizar em outras situações ou quando manter a harmonia é o mais importante. O negócio é ir levando. É assertativo. B) Estilo competitivo: reflete assertividade para impor o seu próprio interesse e é utilizado quando uma ação pronta e decisiva deve ser rapidamente imposta em ações importantes ou Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 30 impopulares, durante as quais a urgência ou a emergência se torna necessária ou indispensável. O negocio é ganhar. Reflete a assertividade total. C) Estilo de evitação ou abstenção: reflete uma postura não assertiva nem cooperativa e é apropriado (1) quando um assunto é trivial, (2) quando não existe nenhuma possibilidade de ganhar, (3) quando uma demora para obter maior informação se torna necessária ou (4) quando um desentendimento pode ser muito oneroso. D) Estilo de compromisso ou transigência: reflete uma moderada porção de ambas as características de assertividade e de cooperação. É apropriado quando os objetivosde ambos os lados são igualmente importantes, quando os componentes têm igual poder e ambos os lados querem reduzir as diferenças ou quando as pessoas precisam chegar a alguma solução temporária sem pressão de tempo. O negócio é ter jogo de cintura. E) Estilo de colaboração: reflete um alto grau de assertividade e de cooperação. O estilo colaborativo habilita ambas as partes a ganhar, enquanto utiliza uma substancial parcela de negociação e de intercâmbio. O estilo de colaboração é importante quando os interesses de ambos os lados são importantes, quando os pontos de vista das partes podem ser combinados para uma solução mais ampla e quando o compromisso de ambos os lados requer consenso. O negócio é resolver para que ambas as partes ganhem e se comprometam com a solução. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 31 3. Gestão de Pessoas 3.1. Evolução e as funções de RH Novo Contexto • Organização como um sistema aberto • Organização formal (objetivos, procedimentos, estrutura de autoridade, recursos financeiros, produtos e serviços) x organização informal (crenças, valores, percepções, sentimentos, normas de grupo, líderes informais) • Colaboradores procuram qualidade no trabalho • Mercado global: diferenças culturais • Diversidade cultural, de gênero, de idade, de habilidades e outras. • Inovação tecnológica • Ética: direito dos colaboradores, assédios, responsabilidade social, justiça organizacional. • Era da informação: estruturas organizacionais flexíveis. Gestão de Pessoas = Função de Administração de Recursos Humanos (ARH) Cada administrador desempenha as 4 funções administrativas que constituem o processo administrativo: planejar, organizar, dirigir e controlar. A ARH procura ajudar o administrador a desempenhar todas essas funções porque ele não realiza seu trabalho sozinho, mas através de pessoas que formam sua equipe. A Gestão de Pessoas é uma área muito sensível à mentalidade que predomina nas organizações. A questão básica é escolher entre tratar as pessoas como recursos organizacionais ou como parceiras da organização. RH x Gestão de Pessoas A moderna Gestão de Pessoas se baseia em três aspectos fundamentais: • As pessoas como seres humanos; • As pessoas como ativadores inteligentes de recursos organizacionais; • As pessoas como parceiros da organização. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 32 Objetivos da Gestão de Pessoas • Ajudar a organização a alcançar seus objetivos e realizar sua missão; • Proporcionar competitividade à organização; • Proporcionar à organização pessoas bem treinadas e motivadas; • Aumentar a auto-atualização e a satisfação das pessoas no trabalho; • Desenvolver e manter a qualidade de vida no trabalho; • Administrar e impulsionar a mudança; • Manter políticas éticas e comportamento social responsável. Os 6 Processos de Gestão de Pessoas • Processos de Agregar Pessoas (Recrutamento e Seleção de Pessoas); • Processos de Aplicar Pessoas (Desenho de Cargos e Avaliação do Desempenho); • Processos de Recompensar Pessoas (Recompensas e Remuneração e Benefícios e Serviços Sociais); • Processos de Desenvolver Pessoas (Treinamento e Desenvolvimento, Gestão do Conhecimento e Gestão de Competências, Programas de Mudanças e Programas de Comunicações); • Processos de Manter Pessoas (Administração da Cultura Organizacional, Clima, Disciplina, Higiene, Segurança e Qualidade de Vida e Manutenção de Relações Sindicais); • Processos de Monitorar Pessoas (Bancos de Dados e Sistemas de Informações Gerenciais). Resultados Finais Desejados • Práticas éticas e socialmente responsáveis; • Produtos e serviços competitivos e de alta qualidade; • Qualidade de vida no trabalho. Responsabilidade de Linha x Função de Staff • Quem deve gerir as pessoas é o próprio gerente; • Mas deve receber assessoria de um órgão de staff. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 33 Novos papéis da função de RH • De operacional e burocrático, para estratégico; • De policiamento e controle, para parceria e compromisso; • De curto prazo e imediatismo, para longo prazo; • De administrativo, para consultivo; • De foco na função, para foco no negócio; • De foco interno e introvertido, para foco externo e no cliente; • De reativo e solucionador de problemas, para proativo e preventivo; • De foco nas atividades e nos meios, para foco nos resultados e nos fins. 3.2. Recrutamento e Seleção Os principais objetivos de um processo de recrutamento e seleção são: Aproveitar ao máximo as habilidades e características de cada pessoa no trabalho; Favorecer o sucesso potencial no cargo; Elevar a satisfação das pessoas pelo fato de localizar a atividade mais indicada para cada indivíduo; Evitar perdas futuras na recolocação ou substituição de pessoas pelo provável insucesso no cargo; Rapidez no ajustamento e integração do novo empregado às novas funções; Melhoria gradativa do potencial humano mediante escolha dos melhores talentos; Maior estabilidade e permanência das pessoas(redução da rotatividade); Maior rendimento e maior produtividade pelo aumento da capacidade do pessoal; Melhoria do nível das relações humanas pela elevação do moral; e Menores investimentos e esforços em treinamento, pela maior facilidade em aprender as tarefas do cargo e novas atividades trazidas pela inovação. Recrutamento É o processo de procurar colaboradores, estimulá-los e encorajá-los a se candidatar a vagas de determinada organização, tentando atrair candidatos potencialmente qualificados e capazes de ocupar as vagas disponíveis ou potenciais. Antes de se iniciar o recrutamento, é necessário definir o perfil do candidato baseado na descrição da função em questão. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 34 Tipos de recrutamento - Recrutamento Interno: o processo de atrair pessoas já contratadas pela empresa, mas que trabalham em outros cargos. - Recrutamento externo: o processo de atrair pessoas no mercado de trabalho. - Recrutamento misto: pode ser (i) recrutamento externo seguido de recrutamento interno; (ii) recrutamento interno seguido de recrutamento externo e; (iii) recrutamento externo e recrutamento interno, concomitantemente. Recrutamento interno Os funcionários podem ser promovidos (por movimentação vertical) ou transferidos (movimentação horizontal) ou transferidos com promoção (movimentação diagonal). O recrutamento interno considera: (i) os resultados obtidos pelo candidato interno nos testes de seleção quando ingressou; (ii) os resultados das avaliações de desempenho; (iii) os resultados dos treinamentos e aperfeiçoamentos; (iv) a análise e descrição do cargo atual e do pretendido e; (v) os planos de encarreiramento, verificando a trajetória do candidato. A seguir, apresentamos uma tabela com as vantagens e desvantagens do recrutamento interno. Vantagens Desvantagens Mais econômico Exige potencial dos empregados Mais rápido Pode gerar conflitos de interesse Maior índice de validade e segurança Pode levar à incompetência funcional Fonte de motivação Raciocínio dentro dos padrões culturais Investimentos em treinamento são aproveitados Descapitalização do patrimônio humano Desnvolve espírito sadio de competição Recrutamento externo Pode incidir sobre candidatos que procuram a empresa (procuram emprego ou querem mudar), potenciais (não estão interessadosem procurar emprego) e até os disponíveis (desempregados). Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 35 - Fontes diretas de recrutamento externo Escolas / Universidades Os funcionários da empresa Outras empresas Outras fontes - Fontes indiretas de recrutamento externo Agências de recrutamento Associações de classe Sindicatos - Principais técnicas de recrutamento externo Consulta aos arquivos de candidatos Apresentação de candidatos por parte dos funcionários Cartazes ou anúncios na portaria da empresa Contatos com sindicatos e associações Contato com universidades, agremiações, centros acadêmicos Conferências e palestras em universidades e escolas Contatos com outras empresas do mesmo ramo Viagens de recrutamento em outras localidades Anúncios em jornais e revistas Agências de recrutamento Recrutamento on-line A seguir, apresentamos um quadro com as vantagens e desvantagens do recrutamento externo. Vantagens Desvantagens Traz experiências e motivação novas Mais lento Renova e enriquece os recursos humanos Mais caro Aproveita investimento em treinamento e desenvolvimento de outras empresas Menos seguro Pode frustar pessoal interno Pode afetar a política salarial da empresa Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 36 Seleção É o processo pelo qual a organização procura satisfazer suas necessidades de pessoal, escolhendo aqueles que melhor ocupariam a vaga disponível. É a escolha dos candidatos mais adequados para a organização. Em geral, a ARH faz a seleção preliminar e a área destino faz a escolha final. Processo de comparação A seleção é um processo de comparação entre (i) as especificações do cargo, o que o cargo requer e quais os requisitos do cargo e; (ii) as características dos candidatos, o qe o candidato oferece e quais as condições pessoais para ocupar o cargo. Processo de escolha Após a comparação entre os requsitos necessários e os requisitos apresentados, a organização deve aceitar ou rejeitar um candidato. Modelo de colocação, seleção e classificação dos candidatos Modelo de colocação: há um candidato e uma vaga. Modelo de seleção: há vários candidatos e apenas uma vaga. Modelo de classificação: há vários candidatos para uma vaga e várias vagas para um candidato. Modelo de agregação de valor: focaliza o abastecimento e provisão de competências para a organização. Coleta de informações sobre o cargo Descrição da análise do cargo Técnica dos incidentes críticos: identificação das características desejáveis e indesejáveis Requisição pessoal: ordem específica solicitando uma pessoa para uma vaga Análise de cargo no mercado Hipótese de trabalho: previsão aproximada do conteúdo do cargo Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 37 Técnicas de seleção do ocupante Entrevistas Testes de conhecimento/capacidade Testes psicométricos/psicológicos Testes de personalidade Técnicas de simulação Técnicas vivenciais Dinâmica de grupo Avaliação de saúde 3.3. Educação Corporativa Educação Corporativa é posto como uma importante ferramenta na busca por vantagem competitiva, diante do turbulento cenário de constantes mudanças tecnológicas que vivenciamos. A educação corporativa propõe o desenvolvimento de uma estrutura de educação voltada à disponibilização de conhecimentos de interesse da empresa, na qual os profissionais envolvidos recebem capacitação e requalificação profissional. A educação corporativa busca o desenvolvimento do quadro de pessoal, objetivando a obtenção de melhores resultados nos negócios. Trata-se de um modelo estruturado utilizado para transmitir conhecimentos específicos sobre determinados assuntos dos quais os funcionários possam estar apresentando alguma deficiência, e também para prepará-[l$os para os desafios vindouros. Os programas de educação corporativa destacam-se como um sistema de desenvolvimento de pessoas e talentos humanos alinhado às estratégias de negócio. Educação corporativa é, portanto, o conjunto de práticas educacionais planejadas para promover oportunidades de desenvolvimento do funcionário, com a finalidade de ajudá-lo a atuar mais efetiva e eficazmente na sua vida institucional. A natureza do conhecimento gerado no processo de educação corporativa é considerada uma resultante da transformação do saber individual em saber coletivo. O propósito da educação corporativa é desenvolver competências, formas de pensamento, atitudes, hábitos, bem como uma ampla visão do negócio. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 38 Universidades Corporativas Universidade Corporativa pode ser definida como sendo uma atividade estrategicamente orientada para integrar o desenvolvimento das pessoas, como indivíduos, ao desempenho esperado delas como equipes, onde todos terão uma visão estratégica dos destinos da organização. O objetivo principal de uma universidade corporativa é o desenvolvimento e a instalação das competências profissionais, técnicas e gerenciais consideradas essenciais para a viabilização das estratégias de negócio. 3.4. Avaliação de Desempenho Gestão do desempenho é uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa, em função das atividades que ela desempenha, das metas e resultados a serem alcançados e do seu potencial de crescimento. Questões Fundamentais na Avaliação do Desempenho Por que avaliar o desempenho? o Proporciona um julgamento sistemático para fundamentar ações; (retroalimentação). o Comunica aos funcionários como eles estão indo no seu trabalho; (feedback) o Serve de base para remuneração, desenvolvimento e promoção. Qual desempenho deve ser avaliado? o Resultados; o Comportamento; o Competências; o Fatores críticos de sucesso. Quem deve fazer a avaliação do desempenho? o Auto-avaliação; o O gerente; o O indivíduo e o gerente; o A equipe de trabalho; Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 39 o A avaliação 360o – A avaliação do desempenho é feita de modo circular por todos os elementos que mantêm alguma interação com o avaliado. Chefe; Colegas; Pares; Clientes internos e externos; Fornecedores; o A avaliação para cima; o A comissão de avaliação do desempenho; o O órgão de RH. Como avaliar o desempenho? o Métodos Tradicionais: Escalas Gráficas – É o método mais utilizado nas empresas. Avalia o desempenho por meio de indicadores definidos, graduados através da descrição de desempenho numa variação de ruim a excepcional. Para cada graduação pode haver exemplos de comportamentos esperados para facilitar a observação da existência ou não do indicador. Permite a elaboração de gráficos que facilitarão a avaliação e acompanhamento do desempenho histórico do avaliado. Escolha Forçada – Consiste na avaliação dos indivíduos através de frases descritivas de determinado tipo de desempenho em relação às tarefas que lhe foram atribuídas, entre as quais o avaliador é forçado a escolher a mais adequada para descrever os comportamentos do avaliado. Este método busca minimizar a subjetividade do processo de avaliação de desempenho. Pesquisa de Campo – Baseado na realização de reuniões entre um especialista em avaliação de desempenho da área de RH com cada líder,para avaliação do desempenho de cada um dos subordinados, levantando-se os motivos de tal desempenho por meio de análise de fatos e situações. Este método permite um diagnóstico padronizado do desempenho, minimizando a subjetividade da avaliação. Ainda Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 40 possibilita o planejamento, conjuntamente com o líder, do desenvolvimento profissional de cada um. Incidentes Críticos – Enfoca as atitudes que representam desempenhos altamente positivos (sucesso), que devem ser realçados e estimulados, ou altamente negativos (fracasso), que devem ser corrigidos através de orientação constante. O método não se preocupa em avaliar as situações normais. No entanto, para haver sucesso na utilização desse método, é necessário o registro constante dos fatos para que estes não passem despercebidos. Listas de Verificação – Baseado em uma relação de fatores de avaliação a serem considerados (check lists) a respeito de cada funcionário, cada um recebendo uma avaliação quantitativa. o Métodos Modernos: Avaliação Participativa por Objetivos (APPO) – É o ressurgimento da antiga Administração por Objetivos (APO), com menos arbitrariedade e autoritarismo. É democrática, participativa, envolvente e motivadora. Segue 6 etapas: Formulação de objetivos consensuais; Comprometimento pessoal quanto ao alcance dos objetivos formulados; Negociação com o gerente sobre a alocação dos recursos e meios necessários para o alcance dos objetivos; Desempenho (estratégia pessoal para o alcance dos objetivos); Constante monitoração dos resultados e comparação com os objetivos formulados (em conjunto); Retroação intensiva e contínua avaliação conjunta. Balanced Scorecard – Sistema desenvolvido por Robert S. Kaplan e David P. Norton na década de 90, avalia o desempenho sob quatro perspectivas: financeira, do cliente, dos processos internos e do Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 41 aprendizado e crescimento. São definidos objetivos estratégicos para cada uma das perspectivas e tarefas para o atendimento da meta em cada objetivo estratégico. Quando avaliar o desempenho? o Durante o processo; o Após o processo. Como comunicar a avaliação do desempenho? o Individualmente; o Conjuntamente. Possíveis causas de mal desempenho Sistema de trabalho Processo seletivo Treinamento inadequado Falta de motivação Problemas pessoais Aplicações da Avaliação do Desempenho Processos de agregar pessoas; Processos de aplicar pessoas; Processos de recompensar pessoas; Processos de desenvolver pessoas; Processos de manter pessoas; Processos de monitorar pessoas; 3.5. Sistemas de Recompensas Processos de Recompensar Pessoas Abordagem Tradicional Abordagem Moderna Modelo do homem econômico Modelo do homem complexo Esquemas rígidos Esquemas flexíveis Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 42 Processos padronizados Processos individualizados Política de generalização Política de adequação Baseado no tempo Baseado nas metas Ênfase no passado Ênfase no futuro Valores fixos e estáticos Valores variáveis e flexíveis Remuneração É o processo que envolve todas as formas de pagamento ou de recompensas dadas aos funcionários e decorrentes de seu emprego. Inclui retornos financeiros e serviços tangíveis, além de benefícios aos empregados como parte das relações de emprego. Componentes da Remuneração Total Remuneração Básica; Incentivos Salariais; Benefícios. Desenho do Sistema de Remuneração Há 9 critérios básicos na construção de um sistema de remuneração: Equilíbrio interno x equilíbrio externo – O plano de remuneração pode ser percebido como justo dentro da organização ou como justo em relação ao salário de outras organizações do mesmo cargo? Remuneração fixa ou variável. Desempenho ou tempo de casa. Remuneração do cargo ou da pessoa. Remuneração aberta ou confidencial. Igualitarismo ou elitismo – Incluir o maior número possível de funcionários sob o mesmo sistema de remuneração ou estabelecer diferentes planos conforme níveis hierárquicos ou grupos de funcionários. Remuneração abaixo do mercado ou acima do mercado. Prêmios monetários ou não-monetários. Centralização ou descentralização das decisões salariais. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 43 Administração de Salários É o conjunto de normas e procedimentos utilizados para estabelecer e/ou manter estruturas de salários equitativas e justas na organização. Objetivos da Administração de Salários Atrair e reter talentos na organização; Motivação e comprometimento do pessoal; Aumento da produtividade e qualidade no trabalho; Controle de custos laborais; Tratamento justo e equitativo às pessoas; Cumprimento da legislação trabalhista. Avaliação e Classificação de Cargos É o processo de comparar o valor relativo dos cargos, a fim de colocá-los em uma hierarquia de classes que podem ser utilizadas como base para a estrutura de salários. Os métodos de avaliação de cargos buscam obter informação sobre os cargos a partir da descrição e análise de cargos para permitir decisões comparativas entre eles. Métodos de Avaliação e Classificação de Cargos Escalonamento Simples ou Comparação Simples (Job Ranking) – Consiste em dispor os cargos em um rol (crescente ou decrescente) em relação a um critério escolhido que funciona como padrão de comparação. Categorias Predeterminadas (Job Classification) – É uma variação do método do escalonamento simples. Poderia ser chamado de escalonamentos simultâneos, pois requer a divisão e separação dos cargos em categorias predeterminadas. Comparação por Fatores (Factor Comparison) – É uma técnica analítica pela qual os cargos são avaliados e comparados através de fatores de avaliação dos cargos. o Requisitos Mentais; o Requisitos Físicos; o Habilidades Requeridas; o Responsabilidade; o Condições de Trabalho. Curso DSc – Respeite os direitos autorais (Lei 9.610/98). Proibida a divulgação ou reprodução sem a devida autorização do autor e do curso. Página 44 Avaliação por Pontos (Point Rating) – Nessa técnica, os cargos são comparados através de fatores de avaliação com valores em pontos. São atribuídos valores numéricos (pontos) para cada aspecto do cargo e um valor total é obtido para cada cargo pela soma dos valores numéricos obtidos. Pesquisa Salarial O equilíbrio interno é garantido pela avaliação e classificação de cargos, o equilíbrio externo é obtido por meio de pesquisas salariais para verificar o que o mercado está pagando. Política Salarial É o conjunto de decisões organizacionais tomadas a respeito de assuntos relacionados com a remuneração e benefícios concedidos aos funcionários. Critérios: Adequada; Segura; Equitativa; Incentivadora; Balanceada; Eficaz quanto a custos; Aceitável para os empregados. Programas de Incentivos Recompensas (Positivas) e Punições (Negativas); Novos Métodos de Remuneração (Variável/Flexível); Plano de Bonificação Anual; Distribuição de Ações da Empresa aos Funcionários; Opção de Compra de Ações da Companhia; Participação nos Resultados Alcançados; Remuneração por Competência; Distribuição do Lucro aos Funcionários. Benefícios Curso DSc
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