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Aula_6_-_Matriz_de_planejamento_-_Orientacoes_para_Tarefa

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 
Relatório de Planejamento da Auditoria no Programa Morar Melhor 
 
Página 1 
Considerando o resumo do relatório de planejamento da auditoria operacional do Programa 
Morar Melhor, construa a Matriz de Planejamento da 1ª questão de auditoria: “Os critérios 
adotados na seleção das famílias obedecem ao princípio da equidade?”. 
 
Auditoria Operacional no Programa Morar Melhor 
1. Método 
1.1. A metodologia utilizada neste planejamento consistiu, em suma, na aplicação de 
técnicas de diagnóstico visando a identificar as principais áreas de risco que possam comprometer o 
alcance dos objetivos do Programa. Para facilitar a visão de conjunto das ações e dos atores 
envolvidos na seleção, contratação, implementação e acompanhamento de projetos do Morar 
Melhor, fez necessária a utilização de Análise Stakeholder e SWOT, bem como a elaboração de 
Mapa de Processos e Mapa de Produtos e Impactos. 
1.2. A partir das informações obtidas foi possível construir um Diagrama de Avaliação de 
Riscos do Programa Morar Melhor, que identificou oportunidades de melhorias relativas à 
concepção, execução, operacionalização e avaliação do programa, respectivamente no que tange a: 
a) critérios de alocação de recursos orçamentários e seleção de famílias; 
b) gestão municipal e controle social; 
c) formalização e execução dos contratos de repasse e acompanhamento dos projetos; e 
d) análise da efetividade das intervenções e sustentabilidade dos resultados alcançados. 
1.3. A análise do objeto de auditoria, realizada em conjunto com os principais atores 
envolvidos, criou o entendimento de que a gestão do Programa deve ser investigada por intermédio 
da análise de quatro questões de auditoria: 
i. Os critérios adotados na seleção das famílias obedecem ao princípio da equidade? 
ii. Em que medida o Programa Morar Melhor tem contribuído para a melhoria das condições 
de habitabilidade das famílias beneficiadas? 
iii. Os municípios estão conseguindo gerenciar adequadamente o programa com relação ao 
diagnóstico das necessidades habitacionais locais, cumprimento das exigências técnicas e 
legais, processo decisório de seleção das famílias e acompanhamento dos projetos e 
realização de trabalho social junto às famílias? 
iv. Como vem sendo realizado o acompanhamento dos resultados do trabalho social e a 
avaliação dos projetos? 
1.4. Na análise dessas questões serão utilizadas, como estratégias metodológicas, naquilo 
que couber, consulta a documentação e dados secundários; estudos de caso em oito estados (18 
municípios e cinco gerências regionais da Caixa); pesquisa postal com 440 municípios; e pesquisa 
com famílias beneficiadas em projetos implementados em agregados de municípios do Rio Grande 
do Norte (Acari, Campo Redondo, Lagoa Nova, Pedro Avelino, Grossos, Parnamirim e São José 
Mipibu), e nas cidades de Campo Grande/MS, Palmas/TO e Santo André/SP. 
 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 
Relatório de Planejamento da Auditoria no Programa Morar Melhor 
 
Página 2 
1.5. Convém observar, ainda, que a coleta de dados junto às famílias beneficiárias será 
conduzida por profissionais da área social, credenciados pela Caixa, com formação superior em 
serviço social, sociologia, pedagogia ou psicologia e experiência em coleta de dados. 
1.6. Os dados coletados serão analisados por meio dos seguintes métodos: análise 
documental; análise de conteúdo de entrevistas e grupos focais; análise comparativa; e tratamento 
estatístico de dados secundários, questionários e entrevistas estruturadas. 
1.7. A auditoria enfrentará limitações inerentes à eventual baixa taxa de resposta dos 
questionários enviados aos municípios. Além disso, as conclusões obtidas por meio da pesquisa 
com os beneficiários, por não se utilizar amostragem probabilística, não poderão ser generalizadas 
automaticamente para todo o universo e precisarão ser corroboradas por outras informações. 
Pesquisa postal com municípios 
1.8. O instrumento de pesquisa postal a ser utilizado junto aos municípios contempla um 
total de 16 questões objetivas, agrupadas em quatro categorias, que visam a avaliar, entre outros 
aspectos, o processo decisório de seleção das famílias: estimação do percentual de municípios que 
utilizam os critérios de prioridade de atendimento na seleção das famílias a serem beneficiadas. 
1.9. Para obter as estimativas do universo da pesquisa com 95% de confiança e erro de 
amostragem de 5%, será considerada uma amostra aleatória simples de 440 municípios a serem 
entrevistados por questionário postal. 
Pesquisa com beneficiários 
1.10. O instrumento da pesquisa junto a beneficiários do Programa Morar Melhor tem por 
finalidade levantar dados para verificação e análise dos resultados e impactos sociais das 
intervenções sobre as famílias entrevistadas. O foco da pesquisa deverá estar orientado para a 
verificação dos seguintes aspectos: a) Equidade e Inclusão; b) Condições de Habitabilidade; e c) 
Satisfação dos Beneficiários. 
1.11. O universo da pesquisa é constituído por todos os empreendimentos implementados 
com recursos do Programa Morar Melhor, nas modalidades Produção de Moradias e Melhoria 
Habitacionais, contratados entre 2000 e 2002 e já entregues aos beneficiários. 
1.12. Para a definição da amostra foram adotados os seguintes critérios: volume de 
recursos alocados pelo Programa e presença das diferentes realidades regionais do país. A partir 
desses critérios foram escolhidos três estados - Mato Grosso do Sul, São Paulo e Tocantins – para 
representar as unidades com significativo volume de repasses entre 2.000 e 2.002 e tipificar as 
diferentes realidades apresentadas pelos centros urbanos de maior porte. Os municípios escolhidos 
foram São Bernardo do Campo, parte da região metropolitana de São Paulo, reconhecido pelo seu 
Desenvolvimento Institucional, Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, como representativa da 
realidade de capitais com menos de 500 mil habitantes e Palmas, como parte da Amazônia Legal. 
1.13. O estado do Rio Grande do Norte foi incluído na amostra para tipificar a 
pulverização de recursos e foram selecionados doze empreendimentos em sete municípios de 
pequeno porte, com baixa performance nos indicadores sociais, a maioria dos quais com baixa 
capacidade de gestão e inversão de recursos. 
 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 
Relatório de Planejamento da Auditoria no Programa Morar Melhor 
 
Página 3 
1.14. O número de entrevistas realizadas em cada empreendimento foi determinado com 
base no total de unidades habitacionais produzidas pelo Programa. Nas intervenções com até 100 
unidades o objetivo foi entrevistar todos os beneficiários encontrados e naqueles com mais de 100, 
o número mínimo foi calculado pela Estimativa do Tamanho da Amostra pela Proporção. 
2. Análise da equidade no acesso do público-alvo ao programa 
2.1. Uma das questões que o TCU vem enfatizando nos seus trabalhos de auditoria 
operacional relaciona-se à diminuição das desigualdades sociais e regionais. Estreitamente 
relacionado a essa preocupação está a garantia da impessoalidade na escolha dos beneficiários dos 
programas sociais, ainda mais naqueles cujos recursos limitados não permitem a universalização do 
atendimento. O programa em estudo tem essa característica, pois, como já dito, a demanda de novas 
moradias nas faixas de renda familiar de até três salários-mínimos, em 2000, correspondia a 83% do 
déficit habitacional total, o que representava cerca de 5,5 milhões de novas unidades, enquanto nos 
últimos três anos o número de moradias construídas no âmbito do programa não alcançou as 15 mil 
unidades. 
2.2. Some-se a isso, o fato de as emendas parlamentares serem a principal “fonte” de 
recursos do programa, não havendo critérios técnicos para a distribuição dos recursos na proporção 
do déficit habitacional dos estados e regiões, fato já constatado em auditoria anterior realizada pelo 
TCU em 2000. 
2.3. Considerando que a auditoria realizada concentrou-se emaspectos ligados à alocação 
orçamentária de recursos, o presente trabalho não contemplará novamente esse tipo de análise, 
preocupando-se, sim, em realizar uma avaliação dos resultados do Programa quanto ao 
cumprimento de seu objetivo de elevar os padrões de habitabilidade e de qualidade de vida da 
população beneficiária, dos critérios de equidade de atendimento das famílias e da gestão pelas 
prefeituras, aspectos não tratados naquela auditoria. 
2.4. Considerando-se que os controles para garantia da equidade no acesso ao programa 
ficam a cargo dos municípios que, muitas vezes, não têm conselho municipal de habitação 
constituído ou uma política habitacional definida, vislumbrou-se aí um ponto de risco do programa 
que deverá ser avaliado. 
2.5. Para responder a questão de auditoria posta cabe cotejar, no âmbito municipal, o 
perfil socioeconômico da população e dos beneficiários, quanto a aspectos de gênero e raça do 
chefe da família, existência de pessoas deficientes, número de pessoas residentes no domicílio e 
renda familiar mensal, bem como os critérios declarados para a seleção dos beneficiários, e os 
efetivamente aplicados. 
2.6. O exame da questão referente à equidade do atendimento à população exige dados 
sobre o perfil de raça/etnia, gênero dos chefes de família, bem como sobre a presença de moradores 
portadores de deficiências físicas. No entanto, esses dados não estão disponíveis em nenhum dos 
agentes envolvidos com a execução do Programa – Caixa, Ministério das Cidades e municípios 
beneficiados. Em razão disso, deverão ser levantados por meio de pesquisa realizada junto aos 
beneficiários, que possibilitará o confronto dos dados coletados com o perfil da população apurado 
pelo Censo 2000 do IBGE. Essa comparação permitirá concluir sobre a existência de discriminação 
a grupos vulneráveis pelo programa. 
 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 
Relatório de Planejamento da Auditoria no Programa Morar Melhor 
 
Página 4 
2.7. Além disso, cabe realizar levantamento acerca dos critérios efetivamente aplicados 
pelos municípios na seleção das famílias, a ser desenvolvido por meio de pesquisa postal. 
2.8. A análise dos dados socioeconômicos obtidos na pesquisa com os beneficiários, 
assim como as respostas dos questionários remetidos aos municípios deverão permitir avaliar, 
ainda, se tem havido observância dos critérios de seleção e priorização definidos para o Programa. 
2.9. Espera-se que, de posse dessas informações, seja possível concluir se a equidade na 
distribuição dos recursos tem sido observada, bem como se a forma e os critérios que vêm sendo 
utilizados na escolha dos beneficiários do programa em âmbito municipal são adequados ao 
princípio da impessoalidade. 
 
 
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO 
Relatório de Planejamento da Auditoria no Programa Morar Melhor 
 
Página 5 
Matriz de Planejamento 
Problema de auditoria: Identificaram-se oportunidades de melhorias relativas à concepção, execução, operacionalização e avaliação do programa, 
respectivamente no que tange a: critérios de seleção de famílias; gestão municipal e controle social; formalização e execução dos contratos de repasse 
e acompanhamento dos projetos; e análise da efetividade das intervenções e sustentabilidade dos resultados alcançados. Diante da situação, 
considerou-se necessário avaliar os principais efeitos das deficiências identificadas no desempenho do programa. 
 
QUESTÃO DE AUDITORIA: Os critérios adotados na seleção das famílias obedecem ao princípio da equidade? 
Informações requeridas Fontes de informação 
Procedimento de 
coleta de dados 
Procedimento de 
análise de dados 
Limitações 
O que a análise vai permitir 
dizer. 
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