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Administração | Contabilidade Administração Financeira Campus Brasília (DF) # Prof. Manoel Araújo de Medeiros, Ph.D. Séries 4 e 5o Semestres Administração Financeira Carga Horária Semestral 60 Horas Disciplina Administração Financeira Cursos Administração Contabilidade Carga Horária Semanal 03 Horas/aula 2 Esta disciplina trata do planejamento financeiro, o controle e a tomada de decisão, mostrando as atividades realizadas no curto prazo que afetam as finanças na organização. Em seguida, foca as atividades realizadas no longo prazo apresentando as possibilidades de investimentos e financiamento que o administrador financeiro poderá realizar no mercado de capital e nas instituições financeiras. Mostra os riscos inerentes às atividades tanto de curto prazo, quanto de longo prazo na busca de lucratividade para seus acionistas e stakeholders. I. Ementa 3 Gerais Contribuir para o desenvolvimento das competências requeridas dos alunos, para que possam bem exercer o papel, conforme definidas no Projeto Pedagógico do Curso (PPC), em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais. II. Objetivos Específicos Apresentar as funções da administração financeira de curto e longo prazo nas organizações, sua utilidade, e os resultados dela esperados. 4 III. Competências Reconhece a percepção do administrador financeiro em manter uma postura inovadora apta a vencer os desafios diários e as constantes mudanças no ambiente econômico provocadas pela crescente complexidade e modernização do mundo dos negócios; Compreende o conhecimento de técnicas avançadas de finanças empresariais essenciais para enfrentar a nova realidade econômica num mercado cada vez mais competitivo, face à globalização; Estabelece a capacidade de dominar cálculos financeiros como instrumentos de apoio para atender os objetivos econômicos da empresa e do proprietário; 5 III. Competências Reúne conhecimentos para avaliar e selecionar alternativas de investimentos e financiamentos, decisões financeiras consideradas primordiais no processo decisório empresarial; Reconhece a importância da utilização de decisões financeiras para a mensuração do valor gerado aos acionistas; e Reconhece a prática orçamentária como instrumento de administrar e controlar os resultados da empresa e de realizar planejamentos operacionais, financeiros e fiscais na busca de melhores oportunidades para alcançar os objetivos pretendidos pela empresa. 6 IV. Conteúdo Programático • Objetivos • Atividades empresariais • Funções do administrador financeiro Objetivo e ambiente da administração financeira • Planejamento estratégico, tático e operacional • Previsão orçamentária Planejamento de Caixa • Métodos de análise de investimentos • Valor Presente Líquido (VPL) • Taxa Interna de Retorno (TIR) • Índice de Lucratividade • Período de payback Decisões de investimentos e financiamentos a curto e longo prazo 7 IV. Conteúdo Programático • Avaliação do risco de crédito • Política geral de créditos • Políticas de cobrança • Fatores que influenciam os investimentos em estoques Administração de Crédito, Contas a Receber e Estoque • Grau de Alavancagem Operacional • Grau de Alavancagem Financeira Grau de Alavancagem • Conceitos de capital de giro • Ciclo operacional e ciclo financeiro • Necessidade de capital de giro Administração de capital de giro 8 IV. Conteúdo Programático • Estrutura do mercado de capitais. • Operações de Leasing como financiamento. • Investimentos em debêntures. Mercado de Capitais, Leasing e Debêntures • Carteira de investimentos • O dilema Risco x Retorno • O que é hedge? • Tipos de hedge • Hedge como proteção de investimentos Risco, Retorno e Hedge 9 As estratégias de ensino devem ser aquelas consideradas mais adequadas para uma aprendizagem diferenciada dos assuntos relacionados ao conteúdo programático, sendo mandatório que os discentes sempre tenham conhecimento prévio dos assuntos de cada aula, bem como das orientações para estudo prévio desses assuntos. O desenvolvimento dos conteúdos programáticos previstos deverá fomentar o raciocínio crítico dos discentes e, sempre que pertinente, levar em conta as características|necessidades locais e regionais, bem como a articulação entre teoria e prática. V. Estratégias de Trabalho 10 VI. Avaliação Provas escritas Trabalhos e exercícios desenvolvidos em classe e extraclasse Participações em questionamentos e debates As avaliações dos discentes são formadas por avaliações bimestrais e exames finais, de acordo com os critérios e prazos definidos pela universidade. As avaliações bimestrais podem ser compostas por vários fatores de avaliação, a serem definidos pelos docentes, sendo exigida, no mínimo, uma prova presencial bimestral, com peso relativo também definido pelos docentes. Os exames finais, obrigatoriamente, devem ser realizados exclusivamente por meio de uma avaliação presencial. 11 VII.a Bibliografia Básica ASSAF NETO, Alexandre & LIMA, Fabiano Guasti. Curso de administração financeira. 4a ed., São Paulo: Atlas, 2019. HOJI, Masakazu. Administração Financeira e orçamentária. 12a ed., São Paulo: Atlas, 2017. GITMAN, Lawrence J. & ZUTTER, Chad J. Princípios de Administração Financeira. 14a ed., São Paulo: Pearson, 2018. 12 VII.b Bibliografia Complementar ASSAF Neto, Alexandre & LIMA, Fabiano Guasti. Fundamentos de administração financeira. 3a ed., São Paulo: Atlas, 2017. CHEROBIM, Ana Paula. Administração financeira. 4a ed., São Paulo: Atlas, 2016. EHRHARDT, M. C.; BRIGHAM, E. F. Administração Financeira: Teoria e prática. 14a ed., São Paulo: Cengage Learning, 2016. SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. 2a ed. São Paulo: Pearson, 2013. 13 VII.b Bibliografia Complementar|Professor WESTON, J. Fred & BRIGHAM, Eugene F. Fundamentos da Administração Financeira. 10.ed. São Paulo: Makron Books, 2000. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W; JAFFE, J. F. Administração Financeira: Corporate Finance. São Paulo: Atlas, 1995 BRIGHAM, Eugene F. e HOUSTON, Joel F. Fundamentos da Moderna Administração Financeira. São Paulo: Campus, 1999. BREALEY, R. A.; MYERS, S. C.; ALLEN, Alan J. Princípios de Finanças Corporativas. 10ed. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2008. 14 CAMARGO, C. Planejamento Financeiro. IBPEX. ISBN: 8576490706. MEGLIORINI E. E.; VALLIM, M.A. Administração Financeira. Pearson. ISBN: 9788576052067. Revista Brasileira de Finanças http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbfin/index Revista Contabilidade e Finanças http://www.scielo.br/ VII.c Bibliografia Virtual 15 http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rbfin/index http://www.scielo.br/ A Universidade Paulista, Unip, tem como missão promover o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, aplicando-os a serviço do progresso da comunidade que vive em sua área de abrangência e influência, contribuindo para o fortalecimento da solidariedade entre os homens e para o esforço de desenvolvimento do país. VIII. Missão 16 Curriculum Manoel Araújo de Medeiros, doutor (PhD) em Administração pela Universidade de Wisconsin (USA), mestre em Engenharia da Produção (UFSC), Controller (USP), pós-graduado em Administração para Executivos (INPG|SP) e graduado em Administração de Empresas (Unimep|SP). Professor universitário (graduação e pós-graduação), consultor e counselor em finanças, planejamento estratégico, tecnologia, marketing, logística, empreendedorismo, banking e pricing. Atuou nas áreas de estratégia e organização de uma paraestatal financeira e presta consultorias para assuntos governamentais e representações estrangeiras. 17 Briefing Administração Financeira Estudos de casos Globalização Contextualização 18 Sumário 1 2 34 5 6 7 8 Objetivo e ambiente da administração financeira Decisões de investimentos e financiamentos a curto e longo prazo Planejamento de Caixa Administração de Crédito, Contas a Receber e Estoque Administração de capital de giro Grau de Alavancagem Mercado de Capitais, Leasing e Debêntures Risco, Retorno e Hedge 19 Introdução A nova lógica das organizações 11 Consolidação da economia do conhecimento Staff como consultor e não como executor 5 Cadeias de comando mais curtas 1 2 Menos unidade de comando Amplitudes de controle mais amplas 3 4 Mais participação e empowerment 6 Ênfase nas equipes de trabalhoA organização como um sistema de unidades de negócio interdependentes 7 8 Infoestrutura Abrandamento dos controles externos às pessoas 9 10 Foco no negócio básico e essencial (core business) 21 Como se produz valor Firmas Lucro retido Famílias Poupança Mercado de Fatores Mercado de Produtos Exterior Intercâmbio de Serviços de Fatores Exterior Importação e Importação (Bens e Serviços) Governo Serviços de Fatores Renda Bens e Serviços Firmas Dispêndio das Firmas Bens e Serviços das FirmasImpostos Gastos Governo Gastos Governo Serviços de Fatores Bens e Serviços das Firmas Impostos Serviços de Fatores Valores de Produção Bens e Serviços Firmas Custos Serviços de Fatores Wonnacott et al, 1982 22 Feedback Estratégico Entradas (Inputs) Recursos • Fornecedores • Concorrentes Processo (Throughputs) Saídas (Outputs) • Produtos • Clientes RH Produção Marketing Finanças Grupos reguladores Planejamento Organização Coordenação Controle Retroalimentação (Feedback) GIGO 23 “NOVA Economia” Ativos intangíveis Informação em tempo real Alcance global Conhecimento compartilhado Estratégia ➔ Tecnologia Virtual Competências de mercado Equipes abertas|alianças Novos concorrentes Recriação permanente da VC “VELHA Economia” Ativos tangíveis Informação histórica Alcance local Conhecimento Estratégia ➔ Tecnologia Real Competências Internas Equipes internas Concorrentes tradicionais Vantagem competitiva duradoura Balanços do Futuro: Reflexões Emergência de uma “nova economia” em coexistência com uma “velha economia” 24 Representação de novos atributos de valor “Velha Economia” “Nova Economia” Determinado por transações Determinado por potencial de geração de lucros futuro Ativos Tangíveis Patrimônio Ativos Intangíveis ▪ Marca ▪ Talentos ▪ Conhecimento ▪ Liderança ▪ Cultura ▪ Base de Clientes ▪ Habilidade para Mudar ▪ Sistemas de Informação ▪ Etc... Capital Intelectual “Gap” entre valor contábil e valor de mercado 25 Capital Humano Tecnologia Processos Ativos Fixos Capital Humano Tecnologia Processos Ativos Fixos ConhecimentoConhecimento Valor na “Nova Economia” Clientes Valor na “Velha Economia” Clientes Coexistência Migração Balanços do Futuro: Reflexões 26 38% 62% 85% Ativos Intangíveis Ativos Tangíveis 62% 1982 38% 15% 1992* 2020** * Brookings Institute ** Baruch Lev Analysis of S&P 500 Companies Os Intangíveis como Fonte de Valor Incremento do valor dos Intangíveis Fonte: Mislav Vučić 27 $ L u c ro s $ Capital intelectual Capital Estrutural Negócios Conhecimento Habilidades Criatividade Experiência Capital Humano Projetos Publicações Dados Ativos Intelectuais Patentes Copyrights Marcas PI Estrutura Procedimentos Rotinas Cultura Ativos Organizacionais Financeiro Unidades fabris Edifícios Ativos Físicos Imagem Marcas Clientes Ativos Intangíveis Produção Marketing Logística Sociedade da Informação 28 Ecoeficiência Socioeconômico Sócio-ambiental Desempenho Social Desempenho Econômico Desempenho Ambiental O tríptico da Sustentabilidade Socioambiental 29 Novas formas de produção Novos Produtos, Negócios, Mercados, Fontes de lucro Influência sobre evolução do setor Antevisão do setor Capacidade de mudar Consistência na alocação de recursos Níveis elevados de lucros, Fluxo de caixa Continuidade da empresa como uma instituição Adap. Prahalad, 1994 30 Pressões para mudança de paradoxos do valor Pressões para um repensar radical Descontinuidades tecnológicas Expectativa dos clientes Menos protecionismo Desregulamentação Mudanças estruturais Competição global Surgimento de Blocos comerciais Capacidade excedente Fusões e aquisições 31 Competências na geração de valor Adap. Hamel & Prahalad, 1994 Capacidade em produzir em escala mundial Capacitação em distribuição global Amplitude da linha de produtose do desenvolvimento de produtos Concorrentes globais Tecnologias essenciais (processo/produto) Essências competitivas Vulnerabilidade a uma mudança na economia do setor Explorada através da Explorada através da Vulnerabilidade aos trans-subsídios baseados na distribuiçãoVulnerabilidade aos trans-subsídios geográficos Amortizadas através de investimentos na Investimento totalmente alavancado na tecnologia de processos Investimento totalmente alavancado na tecnologia de produtos 32 Competências Tecnologias essenciais Capacidade de liderar nas tecnologias que são cruciais para a formação de essências competitivas Essência competitiva Capacidade de criar novos negócios combinando habilidades essenciais de maneira criativa Produtos essenciais Capacidade de liderar o desenvolvimento de novas funcionalidades e o ritmo de desenvolvimento de produtos Produtos|Serviços finais Competição de preço- desempenho, batalhas pela participação de mercado, o mercado de hoje 33 Tomada de decisões e agregação de valor Copeland, Koller; Murrin, 1994 • Gastos do consumidor • Investimentos empresariais • Valores em mudanças • Novos estilos de vida • Mudanças demográficas • Grupos de interesse Previsões sociais Previsões Políticas Relações entre governo e empresariado Previsões Econômicas • Materiais energéticos • Previsões específicas de mercado • Pesquisa sobre concorrentes • Últimos avanços tecnológicos • Pesquisa corporativa • Legislação Previsões Tecnológicas PNB 34 Tomada de decisões e agregação de valor Copeland, Koller; Murrin, 1994 Quanto Produzir (Tamanho) Gerar alternativas Elaboração do fluxo de caixa Análise de alternativas Empresa Como Produzir (Tecnologia) Receitas e Custos Avaliação Investimentos Onde Produzir (Localização) MercadoMercado 35 B2B C2B G2B B2C C2C G2C B2G C2G G2G Business Consumer* Government Business Consumer* Government D e m a n d a e v e n d a p a ra .. . Suprimento e negócios originários de... e-Commerce Business Models McGraw-Hill Companies, Inc. McGraw-Hill Irwin* Consumer | Customer | Citizen | Client 36 Business Consumer Government e-Commerce Business Models 37 1785 1845 1900 1950 1990 2020 Energia hidráulica Têxteis Ferro Vapor Estrada de Ferro Aço Eletricidade Química Motor a combustão Petroquímica Aeronáutica Eletrônica Redes digitais Software Novas mídias 1ª Onda 2ª Onda 3ª Onda 4ª Onda 5ª Onda As 5 Ondas de Schumpeter 60 anos 55 anos 50 anos 40 anos 30 anos 1999 ... Fonte: The Economist, 19990220 38 1ª Onda 2ª Onda 3ª Onda 4ª Onda 5ª Onda ... Fonte: Adaptado de Toffler (1980), Lynch e Kordis (1988) e Savage (1996) 6ª Onda Agricultura cerca 6.000 anos Industrial 300 anos Informação Informação e Conhecimento Curva da Informação Ondas do Músculo Ondas do Cérebro Produção em Massa Serviços Espírito Evolução em Ondas: Toffler 39 • Mobilidade do capital, pessoas e ideias; • Simultaneidade ⎯ em todos os lugares ao mesmo tempo; • Desvio ⎯ escolhas múltiplas; e • Pluralismo ⎯ o centro não pode dominar. • As organizações organizam- se em torno da lógica do cliente; • Estabelecem metas elevadas; • Selecionam pensadores criativos com uma visão abrangente; • Encorajam o empreendimento; • Sustentam o aprendizadoconstante; e • Colaboram com os parceiros. Evolução em Ondas: 5ª Onda 40 A nova lógica das organizações Cadeias de comando mais curtas 01 02 03 05 04 06 07 09 08 11 10Consolidação da economia do conhecimento Foco no negócio básico e essencial (core business) Abrandamento dos controles externos às pessoas Infoestrutura A organização como um sistema de unidades de negócio interdependentes Ênfase nas equipes de trabalho Staff como consultor e não como executor Mais participação e empowerment Amplitudes de controle mais amplas Menos unidade de comando 41 Como serão as organizações e estruturas Equipes de trabalhos autônomas • supervisão própria • treinamento diversificado • alternância de papéis • responsáveis pelos processos • resultados próprios Sistemas de trabalho de alto desempenho • integração dos sistemas de trabalho social e técnico. • Sistemas de recompensas (participação nos ganhos) • natureza da hierarquia (menos níveis) • redução dos símbolos (igualitarismo) Trabalho de equipe na cúpula • maiores exigências no nível executivo de administração, devido à diversidade, incerteza e múltiplas relações. • intelecto coletivo • ação colaborativa 42 Como serão as organizações e estruturas Alianças e Joint ventures • junção de talentos e pontos fortes entre as empresas. • Proporcionam aprendizagem organizacional Organizações autoprojetadas • as organizações aprendem com os seus próprios sucessos e fracassos, e se reformularem em respostas às mudanças. • capacidade de criar equipes de projetos rapidamente, apoiadas na tecnologia. Redes combinação de operações para enfrentar as incertezas ambientais. 43 Só há uma coisa pior do que formar colaboradores e eles partirem. É não formá-los e eles permanecerem. Capacite bem os seus funcionários para que eles possam partir. Trate-os bem para que prefiram ficar. Se acredita que o treinamento é caro, experimente a ignorância. Henry Ford (Ford) Richard Branson (Virgin Group) Derek Bok (Harvard) Capacitação 44 Capacitação The illiterate of the 21st century will not be those who cannot read and write, but those who cannot learn, unlearn, and relearn. Os analfabetos do Século XXI não serão aqueles que não saberão ler e escrever, mas aqueles que não souberem aprender, desaprender e reaprender.Alvin Toffler (1928-2016) 45 Economic Value Added (EVA) Você recebe uma herança de R$ 1,5 milhão! Poderia optar por investir em títulos de renda fixa com retorno anual de 5%, mas decide realizar o sonho de sua vida e abrir um pequeno negócio. Após um ano, os resultados obtidos no negócio foram: Lucro Líquido após Imposto de Renda Custo de Capital EVA R$ 90.000 R$ 75.000 R$ 15.000 Receita Operacional Líquida R$ 500.000 Despesas Operacionais R$ 350.000 Lucro Operacional R$ 150.000 Impostos (40%) R$ 60.000 Lucro Líquido R$ 90.000 Lucro após impostos R$ 90.000 Custo de Oportunidade (R$ 1,5 milhão X 5%) R$ 75.000 Economic Value Added (EVA) R$ 15.000 Comparando o EVA do negócio: 46 Muitos macacos viviam perto de uma aldeia. Um dia, um comerciante chegou à aldeia para comprar esses macacos! Anunciou que compraria os macacos a $100,00 cada. Os moradores achavam que esse homem estava louco. Eles pensaram: como alguém pode comprar simples macacos a $100,00 cada? Ainda assim, algumas pessoas pegaram alguns macacos e deram a este comerciante e ele pagou $100,00 por cada macaco. Esta notícia se espalhou como um incêndio e as muitas pessoas pegaram macacos e venderam para o comerciante. Depois de alguns dias, o comerciante anunciou que compraria macacos por $200,00 cada. Até os aldeões mais preguiçosos correram para pegar os macacos restantes. Eles venderam os macacos restantes a $200,00 cada. Então o comerciante anunciou que compraria macacos a $500,00 cada um. Os aldeões começam a perder o sono. Eles pegaram seis ou sete macacos, que era tudo o que restava e cada um recebeu $500,00. Os aldeões esperavam ansiosamente o próximo anúncio. Então, o comerciante anunciou que ele vai para casa por uma semana. E quando ele retornar, ele comprará macacos a $1.000,00 cada um. Ele pediu a seu empregado para cuidar dos macacos que ele comprou. Estavam todos os macacos em uma gaiola. O comerciante foi para casa. Os aldeões ficaram muito tristes, já que não havia mais macacos para vender a $1.000,00 cada. Então, o funcionário disse-lhes que venderia alguns macacos a $700,00 cada um, secretamente. Esta notícia se espalhou novamente como fogo. Uma vez que o comerciante compra macaco a $1.000,00 cada, haveria um lucro de $300,00 para cada macaco. No dia seguinte, os aldeões fizeram uma fila perto da gaiola dos macacos. O empregado vendeu todos os macacos por $700,00 cada. Os ricos compraram macacos em grandes lotes. Os pobres emprestaram dinheiro de especuladores e também compraram macacos. Os aldeões cuidaram de seus macacos e esperaram que o comerciante voltasse. Mas ninguém veio. Então eles correram para o empregado... Mas ele já sumiu também. Os aldeões então perceberam que compraram os macacos perdidos inúteis a $700,00 e eram incapazes de vendê-los. O Mercado e os Macacos Cuidado com o próximo negócio de macacos. Isso fará muitas pessoas falirem e alguns malandros ficarem ricos nesse negócio de macacos. 47 Bom, nessa cidade viviam três amigos que criavam abelhas. Eles cresceram juntos e, durante a infância, tinham diversões simples, tais como colher mel dos bosques da região. Desenvolveram tamanha habilidade em conversar com as abelhas e aumentar a produção de mel que a diversão se tornou um negócio interessante e rentável para o trio. Com o passar do tempo, cada um abriu o seu próprio negócio, fora da região da Região Metropolitana da Grande Itápolis (conhecida popularmente por RMGI). Isso implicou em queda da receita da cidade em 95%. Passados vários anos, os três se reuniram em Itápolis em decorrência do casamento de uma prima de um deles e, ao lado da churrasqueira, tomando um bom caldo de cana, iniciaram a seguinte conversa: Case: Abelhas No interior do estado de São Paulo existe uma cidade chamada Itápolis, local muito agradável e progressista. O único problema dessa cidade é a sombra, pois construíram um prédio numa cidade vizinha e, a partir daí, o sol não tem mais aparecido por lá. As pessoas na cidade se alimentam exclusivamente com o mel produzido pelas abelhas, o que faz com que tais animaizinhos sejam muito valorizados na cidade. 48 Amigo um: “Turma. Fiz um excelente negócio: Quando saí da cidade tinha 30 abelhas. Elas se reproduziram e cheguei a ter 1.000.000 de abelhas adultas. Era uma beleza! Troquei 100.000 delas por um carro, que uso para passear com a família e agora, depois de alguns meses, tenho 1.700.000 abelhas. Sou o cara mais rico desta cidade.” O segundo abelhudo, digo abelheiro, falou: “Amigo um, fique sabendo que eu saí daqui com 30 abelhinhas formidáveis e elas se reproduziram. Cuidei muito bem delas e troquei 1.500.000 abelhas por uma casa com piscina adega e 5 quartos com suíte. Hoje tenho cerca de 300.000 abelhas maravilhosas. É claro que eu sou o grande vencedor. O meu projeto é muito melhor do que os projetos que vocês desenvolveram. É óbvio!” O terceiro cidadão itapolitano falou: “É uma pena, mas vocês precisam aprender a analisar melhor um projeto. É muita miopia! Lembra que vocês me deixaram as 30 abelhas mais magrinhas? Pois é, embora magrinhas, elas eram muito resistentes e se multiplicaram. Depois de algum tempo eu vendi todas as 500.000 abelhas e comprei ações da Enrolada S.A. Depois de alguns meses, eu troquei as ações por 1.800.000 novas abelhas.” Case: Abelhas 49 Perguntas: 1. Como fazer o inventário das abelhas para saber quantas são? 2. Qual a moeda de decisão que permitiria aos três amigos conversarem? 3. Qual dos três seria o mais rico? 4.Qual negócio tem mais “futuro”? 5. Essa estória tem algo a ver com a entidade em que você trabalha? Em caso positivo, o que tem? Case: Abelhas 50 Pessoas Início t0 Início t0 Bens Abelhas Amigo 1 30 abelhas 1.000.000 abelhas 1 carro (100.000 abelhas) 1.700.000 -100.000 abelhas Amigo 2 30 abelhas 1.800.000 abelhas Casa com piscina, adega (1.500.000 abelhas) 300.000 -1.500.000 abelhas Amigo 3 30 abelhas 500.000 abelhas Ações 1.800.000 -500.000 abelhas Case: Abelhas 51 Respostas: 1. Como fazer o inventário das abelhas para saber quantas são? Inventariar (inventory) é contar fisicamente os itens em estoque em determinando instante. O inventário é a relação pormenorizada de bens e valores de uma pessoa ou firma. Em direito, é o processo pelo qual se faz a exata demonstração da situação econômica de uma pessoa falecida (bens, direitos e dívidas), antes de realizar a partilha entre os herdeiros. Em Contabilidade, é a base sobre a qual se faz o balanço de uma firma. Os inventários podem ser contínuos, periódicos eu perpétuo. Inventário, basicamente, é uma lista de bens e materiais disponíveis em estoque que estão armazenados na empresa ou então armazenados externamente, mas pertencentes à empresa Estoque Inicial (conhecido) + Compras (conhecidas) = Estoque Final (contado e avaliado) 2. Qual a moeda de decisão que permitiria aos três amigos conversarem? Abelhas 3. Qual dos três seria o mais rico? Os três estão equiparados 4. Qual negócio tem mais “futuro”? Carros depreciam, casas valorizam ou perdem valor, podem sofrer danos, têm manutenção anual, custos com taxas e impostos; ações podem virar pó. 5. Essa estória tem algo a ver com a entidade em que você trabalha? Em caso positivo, o que tem? Case: Abelhas 52 A vida do pequeno empresário não é fácil mesmo! Levantar cedo, correr atrás de clientes, escapar dos fis... digo, fazer o planejamento fiscal, enfim, a vida de empregado era mais simples. Bom, mas tem outras coisas a considerar, como por exemplo.... A liberdade de decidir que direção tomar. É assim mesmo: poder investir onde quiser, não ter que restringir-se a opções pouco criativas. Isso deveria ser o suficiente para motivar um profissional. Mas a incerteza de Paulo era muito maior. No momento, várias alternativas de decisão eram apresentadas e a dúvida permanecia. Paulo sabia que, como principal executivo da empresa, deveria liderar esse processo, mas tinha uma dúvida vital: deveria aprovar o projeto com maior retorno, simplesmente porque tinha o maior retorno? Mesmo que não fosse um projeto relacionado com a visão de longo prazo da empresa? Essa dúvida era muito razoável e mesmo normal. Afinal, a empresa CompBestpontocom, fundada na década de 80 por dois estudantes recém-formados, teve muita dificuldade para sobreviver nos primeiros anos de sua existência. Contudo, paulatinamente, seu crescimento se tornou consistente e estruturado. No início, a ideia era atender os amigos, montando os micros que eles precisassem, a partir da importação de componentes, na garagem da namorada de um deles. Com o passar do tempo, com o boca-a-boca sendo desenvolvido, a empresa foi criando personalidade própria e se transformou numa entidade jurídica, de fato, em meados dos anos 90, com a ocorrência do Plano Real. A montagem de computadores se tornou uma coisa simples, sem grandes segredos, mesmo para os menos privilegiados. A procura por nichos de mercado fez com que a empresa identificasse várias alternativas de investimento que foram caracterizadas como A, B, C, D, E e F. Tais alternativas não são mutuamente exclusivas, mas existe um limite para o montante de recursos disponíveis (considerando o capital próprio e de terceiros, no máximo $1,5 milhão, a um custo ponderado de 20% a.a.), o que faz com que a empresa se preocupe em analisar rigorosamente o retorno proporcionado. Case: Custo do dinheiro 53 No que refere-se à caracterização dos projetos, temos o seguinte: A = compra de novos equipamentos para desenvolvimento de um novo produto X. B = compra de parte de participação de uma empresa para incluir o produto Z, que interessa a empresa e já disponível para ser adquirida, no portfolio. C = compra de equipamentos em nicho de produto U, que o cliente atual convidou a participar como parceria no desenvolvimento. D = compra de equipamentos e ampliação de equipe para aumento da capacidade de atendimento de um produto T já existente na empresa. E = criação de uma nova empresa para aumentar a capacidade de prestação de serviços de Y e, depois de 3 anos, ser vendida. O diretor financeiro perguntou ao analista qual seria a taxa de custo de oportunidade da empresa a ser aplicada aos projetos. O silêncio costumeiro pairou no ar, até que alguém teve a decência de dizer que preferiria responder essa e outras perguntas no dia seguinte. Novamente a reunião foi suspensa e a lição de casa sobrou... Case: Custo do dinheiro 54 Observação: os alunos podem assumir premissas para as questões que considerem importantes e que não tenham sido explicitadas. Única exigência: devem deixar claras essas premissas. • Recursos próprios demandados nos últimos 10 anos: 50% • Recursos de terceiros (longo prazo) demandados nos últimos 10 anos: 50% • Custo do capital próprio dos últimos 10 anos: 30% a.a. • Custo do capital de terceiros dos últimos 10 anos: 20% a.a. • Recursos próprios demandados nos próximos 3 anos: 30% • Recursos de terceiros (longo prazo) demandados nos próximos 3 anos: 70% • Custo do capital próprio dos próximos 3 anos: 24,5% a.a. • Custo do capital de terceiros dos próximos 3 anos: 18% a.a. • O BNDES proporcionará financiamento para os projetos A, C e D, nos próximos 3 anos, a uma taxa de 10% a.a. • As taxas de aplicações de recursos no mercado financeiro nos últimos 10 anos foi de 15% a.a. • As taxas de aplicações de recursos no mercado financeiro, prevista para os próximos 3 anos é de 4% Case: Custo do dinheiro 55 Perguntas: 1. Por que preciso do conceito de custo de oportunidade da empresa? 2. O que seria necessário saber para utilizar esse conceito de maneira adequada? 3. Qual seria a taxa de custo de oportunidade de cada projeto? E a taxa da empresa? Case: Custo do dinheiro Em R$ mil Projeto A Projeto B Projeto C Projeto D Projeto E Empresa Total Investimento (Ano 0) −100 −500 −150 −200 −1.000 Taxas de custo de Capital 56 Case: Custo do dinheiro | Solução Em R$ Projeto A Projeto B Projeto C Projeto D Projeto E Empresa Total Investimento (Ano 0) −100 −500 −150 −200 −1.000 −1.950 Taxas de custo de Capital 25,00% 19,95% 25,00% 25,00% 19,95% 21,12% 𝑊𝐴𝐶𝐶 = 𝐾𝑒 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜 × 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 + 𝐾𝑖 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜 × 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑊𝐴𝐶𝐶𝐴 = (𝑅$ 100 × 50%) 𝑅$ 100 × 30% + (𝑅$ 100 × 50%) 𝑅$ 100 × 20% = 25% 𝑊𝐴𝐶𝐶𝐵 = (𝑅$ 500 × 30%) 𝑅$ 500 × 24,50% + (𝑅$ 500 × 70%) 𝑅$ 500 × 18% = 19,95% 𝑊𝐴𝐶𝐶𝐶 = (𝑅$ 150 × 50%) 𝑅$ 150 × 30% + (𝑅$ 150 × 50%) 𝑅$ 150 × 20% = 25% 𝑊𝐴𝐶𝐶𝐷 = (𝑅$ 200 × 50%) 𝑅$ 200 × 30% + (𝑅$ 200 × 50%) 𝑅$ 200 × 20% = 25% 𝑊𝐴𝐶𝐶𝐸 = (𝑅$ 1.000 × 30%) 𝑅$ 1.000 × 24,50% + (𝑅$ 1.000 × 70%) 𝑅$ 1.000 × 18% = 19,95% 𝑾𝑨𝑪𝑪𝑻𝒐𝒕𝒂𝒍 = 𝑅$ 100 𝑅$ 1.950 × 25% + 𝑅$ 500 𝑅$ 1.950 × 19,95% + 𝑅$ 150 𝑅$ 1.950 × 25% + 𝑅$ 200 𝑅$ 1.950 × 25% + 𝑅$ 1.000 𝑅$ 1.950 × 19,95% = 𝟐𝟏, 𝟏𝟐% WACC (Weighted Average Cost of Capital | Custo Médio Ponderado de Capital) Ke (Cost of Equity, Patrimônio | Capital Próprio) Ki (Cost of Debt, Interest | Capital de Terceiros) 57 Case: Custo do dinheiro Respostas: 1. Por que preciso do conceito de custo de oportunidade da empresa? Os custos não devem ser considerados absolutos, mas iguais a uma segunda melhor oportunidade de benefícios não aproveitada. Ou seja, quando a decisão para as possibilidades de utilização de A exclui a escolha de uma melhor B, podem-se considerar os benefícios não aproveitadosdecorrentes de B como opportunity costs, custos de oportunidade. (SANDRONI, Paulo. Dicionário de Economia do Século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2014) Valor presente do lucro (ou custos) que a empresa poderia auferir (ou economizar), se utilizasse um ativo na melhor alternativa possível, em comparação com a alternativa em consideração. (STICKNEY, Clyde P. & WEIL, Roman L. Contabilidade financeira. São Paulo: Atlas, 2001) O Custo de oportunidade é fundamental para avaliar o quanto se deixa de receber de um investimento quando se opta por um segundo investimento. Por exemplo: quando se investe em ações, esperando um retorno, o custo de oportunidade pode ser o juro pago na caderneta de poupança, uma vez que o dinheiro investido nas ações não foi aplicado na caderneta. Este tipo de raciocínio é uma forma de tornar relativos os ganhos. Se digo ganhei 20% com uma ação é uma coisa. Se digo: ganhei 20% com uma ação, mas poderia ter ganho 15% na caderneta de poupança, é outra coisa. Quando comparamos o rendimento da caderneta, uma opção quase sem risco, com a ação percebemos que o ganho não foi tão grande. Quem arriscou para ganhar 20% deixou de ganhar os 15% da caderneta. Este conceito também pode ser usado em qualquer investimento em empresas. Quando se tem um projeto de investir em rede fast food, por exemplo, com retorno de 15% ao ano, uma opção é verificar se não vale mais a pena ganhar estes mesmos 15% na caderneta de poupança, sem trabalhar! 58 Case: Custo do dinheiro Respostas: 2. O que seria necessário saber para utilizar esse conceito de maneira adequada? 3. Qual seria a taxa de custo de oportunidade de cada projeto? E a taxa da empresa? 1. Custo de Oportunidade: Quanto eu posso ganhar se eu não fizer essa transação? Quanto eu posso perder se eu fizer essa transação? 2. Preciso saber se há o benefício fiscal dos juros no desconto do Imposto de Renda. Empresas com lucro presumido e optantes do Simples não têm essa vantagem. Para empresas com lucro real, há a expectativa de recuperação de impostos. 3. Supondo que eu queira estabelecer uma padaria com um investimento de R$ 100 mil e ela me proporcione 10% a.a., portanto R$ 10 mil por ano; ou resolva aplicar os R$ 100 mil no mercado financeiro a 12% a.a., portanto R$ 12 mil por ano. Ora, talvez a padaria possa me proporcionar 10%, 13%, 16%, 20%, 22% a cada ano. O mercado financeiro talvez não consiga manter os 10% a.a. ou, muito menos que 22% a.a. 4. No Brasil, Custo de Oportunidade é a taxa Tesouro Selic (LFT), que é uma taxa livre de risco e rende 5,5% a.a. (mar|20), uma base (mínima) para se avaliar os demais investimentos, se superiores ou inferiores. 5. Custo de Capital e Taxa Mínima de Atratividade são diferentes. Custo de capital tem a ver com a estrutura de capital da empresa, suas fontes de recursos e seus custos (WACC). A Taxa Mínima de Atratividade tem a ver com os investimentos e seus riscos. Portanto, apesar de ser influenciada pelo WACC, é diferente do custo do capital. 59 Considerações: • Taxa de juros: 2% • Receita mensal: R$ 3.000 • Km/mês: 1.000 • Venda do veículo ao final (nominal): R$ 5.000. • Venda do veículo ao final (valor presente): R$ 3.048. • Valor residual do leasing: 25% As opções são diferentes em termos de comportamento, sendo que em comum elas têm a mesma receita e gastos com a operação. No mais, podem ser percebidos: 1. Aquisição: Além dos gastos operacionais que envolvem combustível, óleo, filtros, etc., as manutenções e o seguro são incluídas. 2. Leasing: Não existe um desembolso inicial, mas a prestação considera a taxa de juros e a taxa de administração da empresa financiadora. Os contratos são feitos por 24 meses, com residual de 25%. 3. Aluguel: Não inclui seguro, pois está na prestação. Idem em termos de manutenção. Nos casos da aquisição e leasing, foi considerado um valor de venda do carro, ao final do período. Perguntas: Qual alternativa é mais conveniente no sentido econômico (considerando o valor atual líquido e payback), já que o taxista considera um custo de oportunidade de 2% e o período de payback considerado como adequado é de 24 meses? Ao final do horizonte, o carro ainda poderia ser vendido por cerca de 16,7% do valor da compra (em termos nominais)? Case: Decisões de Investimento 60 Case: Decisões de Investimento O mercado não está muito favorável e o seu vizinho decide que, além do trabalho normal, vai trabalhar como chofer de táxi. Para tanto, um projeto pode ser desenvolvido no sentido de avaliar a melhor alternativa do ponto de vista econômico. As alternativas são: comprar o novo veículo, fazer leasing ou alugar. Gastos das alternativas em R$ 61 Case: Decisões de Investimento | Solução Aquisição: Mês 0 = 30.000 (carro) + 419 (gastos) + 1.650 (outros) − 3.000 (receita mensal) = 29.069 Leasing: Mês 0 = 419 (gastos) + 1.309 (prestação) + 1.650 (outros) − 3.000 (receita mensal) = −378 Aluguel: Mês 0 = 419 (gastos) + 1.439 (prestação) + 150 (outros) − 3.000 (receita mensal) = 992 • Valor da venda com 16,7%: R$ 4.165 • Payback (aquisição): 14,44 meses • Considerando-se os 24 meses, o aluguel é o investimento mais interessante, pouco superior ao leasing. • Considerando-se vender o carro ao final do período (25 meses), ainda assim o aluguel é mais interessante. E, agora, um pouco melhor que o investimento de se comprar o carro. 62 Interbrands⎯ Global Brands (USD billions) 63 # Brand Country Sector 2021 2020 2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 1 Apple USA Technology 408,25 323,00 234,24 214,48 184,15 178,12 170,28 118,86 98,32 76,57 33,49 21,14 15,43 13,72 11,04 2 Amazon USA Retail 249,25 200,67 125,26 100,76 64,80 50,34 37,95 29,48 23,62 18,63 12,76 9,67 7,86 6,43 5,41 3 Microsoft USA Technology 210,19 166,00 108,85 92,72 80,00 72,80 67,67 61,15 59,55 57,85 59,09 60,90 56,65 59,01 58,71 4 Google USA Technology 196,81 165,44 167,71 155,51 141,70 133,25 120,31 107,44 93,29 69,73 55,32 43,56 31,98 25,59 17,84 5 Samsung South Korea Technology 74,64 62,29 61,10 59,89 56,25 51,81 45,30 45,46 39,61 32,89 23,43 19,49 17,52 17,69 16,85 6 Coca-Cola USA Beverages 57,49 56,98 63,37 66,34 69,73 73,10 78,42 81,56 79,21 77,84 71,86 70,45 68,73 66,67 65,32 7 Toyota Japan Automotive 54,11 51,60 56,25 53,40 50,29 53,58 49,05 42,39 35,35 30,28 27,76 26,19 31,33 34,05 32,07 8 Mercedes-Benz Germany Automotive 50,87 49,27 50,83 48,60 47,83 43,49 36,71 34,34 31,90 30,10 27,45 25,18 23,87 25,58 23,57 9 McDonald's USA Restaurants 45,87 42,82 45,36 43,42 41,53 39,38 39,81 42,25 41,99 40,06 35,59 33,58 32,28 31,05 29,40 10 Disney USA Media 44,18 40,77 44,35 39,87 40,77 38,79 36,51 32,22 28,15 27,44 29,02 28,73 28,45 29,25 29,21 11 Nike USA Sporting Goods 42,54 34,39 32,38 30,12 27,02 25,03 23,07 19,88 17,09 15,13 14,53 13,71 13,18 12,67 12,00 12 BMW Germany Automotive 41,63 39,76 41,44 41,01 41,52 41,54 37,21 34,21 31,84 29,05 24,55 22,32 21,67 23,30 21,61 13 Louis Vuitton France Luxury 36,77 31,72 32,22 28,15 22,92 24,00 22,25 22,55 24,89 23,58 23,17 21,86 21,12 21,60 20,32 14 Tesla USA Automotive 36,27 12,79 4,009 4,011 15 Facebook USA Social network 36,25 35,18 39,86 45,17 48,19 32,59 22,03 14,35 7,73 5,42 16 Cisco USA Technology 36,23 34,12 35,56 34,58 31,93 30,95 29,85 30,94 29,05 27,20 25,31 23,22 22,03 21,31 19,10 17 Intel USA Technology 35,76 36,97 40,20 43,29 39,46 36,95 35,42 34,15 37,26 39,39 35,22 32,02 30,64 31,26 30,95 18 IBM USA Business Services 33,26 34,89 40,38 42,97 46,83 52,50 65,10 72,24 78,81 75,53 69,91 64,73 60,21 59,03 57,09 19 Instagram USA Social network 32,01 26,00 20 SAP Germany Technology 30,09 28,01 25,09 22,89 22,64 21,29 18,77 17,34 16,68 15,64 14,54 12,76 12,11 12,23 10,85 21 Adobe USA Technology 24,83 18,21 12,94 10,75 9,06 7,586 6,26 5,333 4,90 4,56 4,17 3,63 3,16 22 Chanel France Luxury 22,11 21,20 22,13 20,01 6,04 6,36 5,83 23 Hermès France Luxury 21,60 17,96 17,92 16,37 14,21 12,83 10,94 8,977 7,62 6,18 5,364,78 4,60 4,58 4,26 24 J.P. Morgan USA Financial Services 21,40 20,22 19,04 17,57 15,75 14,23 13,75 12,46 25 Honda Japan Automotive 21,32 21,69 24,42 23,68 22,70 22,11 22,98 21,67 18,49 17,28 19,43 18,51 17,80 19,08 18,00 26 YouTube USA Video-sharing 20,91 17,33 27 Ikea Sweden Home Furnishings 20,03 18,87 18,41 17,46 18,47 17,83 16,54 15,89 13,82 12,81 11,86 12,49 12,00 10,91 10,09 28 Pepsi USA Beverages 19,43 18,60 20,49 20,80 20,49 20,27 19,62 19,12 17,89 16,59 14,59 14,06 13,71 13,25 12,89 29 UPS USA Transportation 19,38 19,16 18,07 16,85 16,39 15,33 14,72 14,47 13,76 13,09 12,54 11,83 11,59 12,62 12,01 30 Amex USA Financial Services 19,08 19,46 21,63 19,14 17,79 18,36 18,92 19,51 17,65 15,70 14,57 13,94 14,97 21,94 20,83 31 GE USA Diversified 18,42 17,96 25,57 32,76 44,21 43,13 42,27 45,48 46,95 43,68 42,81 42,81 47,78 53,09 51,57 32 Accenture USA Business Services 17,76 16,55 16,21 14,21 12,47 12,03 10,80 9,88 9,47 8,75 8,01 7,48 7,71 7,95 7,30 33 Gucci Italy Luxury 16,66 15,68 15,95 12,94 9,97 9,39 8,88 10,39 10,15 9,45 8,76 8,35 8,18 8,25 7,70 Forbes: Bilionários (Mundo) USD billions 64 # Billionaire Source Country 2021 2020 2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 1 Jeff Bezos Amazon.com USA 177,0 113,0 131,0 112,0 72,8 45,2 34,8 28,8 25,2 18,4 18,1 12,3 6,8 8,2 4,4 4,3 2 Elon Musk Tesla, SpaceX USA 151,0 24,6 25,2 23,5 20,5 17,2 17,3 16,0 15,9 13,8 11,4 10,0 7,0 8,8 6,0 7,4 3 Bernard Arnault LVMH France 150,0 76,0 76,0 72,0 41,5 34,0 37,2 31,8 29,0 41,0 41,0 27,5 16,5 25,5 26,0 21,5 4 Bill Gates Microsoft USA 124,0 98,0 96,5 90,0 86,0 75,0 79,2 79,2 67,0 61,0 56,0 53,0 40,0 58,0 56,0 50,0 5 Mark Zuckerberg Facebook USA 97,0 54,7 62,3 71,0 56,0 44,6 33,4 32,0 13,3 17,5 13,5 4,0 1,5 6 Warren Buffett Berkshire Hathaway USA 96,0 67,5 82,5 84,0 75,6 60,8 72,7 62,9 53,5 44,0 50,0 47,0 37,0 62,0 52,0 42,0 7 Larry Ellison Oracle, Java USA 93,0 59,0 62,5 58,5 52,2 43,6 54,3 49,4 43,0 36,0 39,5 28,0 22,5 25,0 21,5 16,0 8 Larry Page Google USA 91,5 50,9 50,8 48,8 40,7 35,2 29,7 30,9 23,0 18,7 19,8 17,5 12,0 18,6 16,6 12,8 9 Sergey Brin Google USA 89,0 49,1 49,8 47,5 39,8 34,4 29,2 30,6 22,8 18,7 19,8 17,5 12,0 18,7 16,6 12,9 10 Mukesh Ambani diversified India 84,5 36,8 50,0 40,1 23,2 19,3 21,0 22,7 21,5 22,3 27,0 29,0 19,5 43,0 20,1 8,5 11 Amancio Ortega Zara Spain 77,0 55,1 62,7 70,0 71,3 67,0 64,5 60,8 57,0 37,5 31,0 25,0 18,3 20,2 24,0 14,8 12 Françoise Meyers L'Oreal France 73,6 48,9 49,3 42,2 39,5 36,1 40,1 37,9 30,0 24,0 23,5 20,0 13,4 22,9 20,7 16,0 13 Zhong Shanshan beverages, pharma China 68,9 2,0 1,8 14 Steve Ballmer Microsoft USA 68,7 52,7 41,2 38,4 30,0 23,5 21,5 21,2 15,2 15,7 14,5 14,5 11,0 15,0 15,0 13,6 15 Ma Huateng internet media China 65,8 38,1 38,8 24,9 16,6 16,1 14,4 6,8 4,7 5,0 3,6 1,4 1,4 16 Carlos Slim Helu telecom Mexico 62,8 52,1 64,0 67,1 54,5 50,0 77,1 79,5 73,0 69,0 74,0 53,5 35,0 60,0 49,0 30,0 17 Alice Walton Wal-Mart USA 61,8 54,4 44,4 46,0 33,8 32,3 39,4 33,7 26,3 23,3 21,2 20,6 17,6 19,0 16,6 15,7 18 Jim Walton Wal-Mart USA 60,2 54,6 44,6 46,4 34,0 33,6 40,6 34,1 26,7 23,7 21,3 20,7 17,8 19,2 16,8 15,9 19 Rob Walton Wal-Mart USA 59,5 54,1 44,3 34,1 34,1 31,9 39,1 33,7 26,1 23,1 21,0 19,8 17,6 19,2 16,7 15,8 20 Michael Bloomberg Bloomberg LP USA 59,0 48,0 55,5 50,0 47,5 40,0 35,5 34,2 27,0 22,0 18,1 18,0 16,0 11,5 5,5 5,1 21 Colin Zheng Huang e-Commerce China 55,3 16,5 13,5 22 Mackenzie Scott Amazon.com USA 53,0 36,0 23 Daniel Gilbert Quicken Loans USA 51,9 6,5 6,7 6,3 5,8 4,9 4,7 3,7 3,5 1,5 1,0 1,2 24 Gautam Adani & family infra, commodities India 50,5 8,9 8,7 9,7 5,8 3,5 6,6 5,4 3,1 5,4 10,0 4,8 1,8 9,3 25 Phil Knight Nike USA 49,9 29,5 33,4 29,6 26,2 24,4 21,5 19,0 14,4 12,7 10,2 8,2 10,4 9,5 7,3 8,2 26 Jack Ma e-commerce China 48,4 38,8 37,3 39,0 28,3 20,5 22,7 10,4 3,4 2,7 1,6 1,2 1,1 27 Charles Koch diversified USA 46,4 38,2 50,5 60,0 48,3 39,6 42,9 40,3 34,0 25,0 22,0 17,5 14,0 17,0 12,0 12,0 27 Julia Koch & family diversified USA 46,4 38,2 50,5 60,0 48,3 39,6 42,9 40,3 34,0 25,0 22,0 17,5 14,0 17,0 12,0 12,0 29 Masayoshi Son internet, telecom Japan 45,4 16,6 21,6 22,7 21,2 11,7 14,1 17,3 8,6 7,2 8,1 5,9 3,7 5,1 5,8 3,1 30 Michael Dell Dell Computers USA 45,1 22,9 34,3 22,7 20,4 19,8 19,2 18,7 15,3 15,9 14,6 13,5 12,3 16,4 15,8 17,1 #01 Jeff Bezos Amazon Estados Unidos US$ 177 bi #02 Elon Musk Tesla, SpaceX Estados Unidos US$ 151 bi #03 Bernard Arnault Louis Vuiton, MH França US$ 150 bi Bill Gates Microsoft Estados Unidos US$ 124 bi #05 Mark Zuckerberg Facebook Estados Unidos US$ 97 bi Warren Buffett Berkshire Hathaway Estados Unidos US$ 96 bi #07 Larry Ellison Oracle Estados Unidos US$ 93 bi #08 Larry Page Google Estados Unidos US$ 91,5 bi #09 Sergey Brin Google Estados Unidos US$ 89 bi #10 Mukesh Ambani Diversificado, minérios Índia US$ 84,5 bi #11 Amancio Ortega Zara, Varejo Espanha US$ 77 bi #12 Françoise Meyers L’Oreal França US$ 73,6 bi #13 Zhong Shanshan Bebidas, fármacos China US$ 68,9 bi #14 Steve Ballmer Microsoft Estados Unidos US$ 68,7 bi #15 Ma Huateng Internet media China US$ 65,8 bi Forbes: Bilionários (Mundo) USD billions 2021 65 Forbes: Bilionários (Brasil) USD billions 66 # Billionaire Source 2021 2020 2019 2018 2017 2016 2015 2014 2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 114 Jorge Paulo Lemann AB/Inbev 16,9 10,4 22,8 27,4 29,2 27,8 25,0 21,7 17,8 12,0 13,3 11,5 5,3 5,8 4,9 3,4 140 Eduardo Saverin Co-fundador Facebook 14,6 8,4 9,7 10,1 7,9 6,2 4,8 4,6 2,2 191 Marcel Herrmann Telles AB/Inbev 11,5 6,5 9,9 14,0 14,8 13,0 13,0 11,2 9,1 5,7 6,2 5,1 2,4 2,5 2,2 1,5 194 Jorge Moll Filho Hospitais 11,3 2,0 2,2 2,6 3,2 3,0 1,8 274 Carlos Alberto Sicupira AB/Inbev 8,7 4,8 8,9 12,0 12,5 11,3 11,3 9,8 7,9 5,2 5,5 4,5 2,1 2,3 2,0 1,3 358 Joseph Safra (siblings) Banco Safra, 6 maior privado 7,1 19,9 25,2 23,5 20,5 17,2 17,3 16,0 15,9 13,8 11,4 10,0 7,0 8,8 6,0 7,4 369 Alexandre Behring 3G Capital, Inbev, Kraft 7,0 4,3 451 Dulce Pugliese Godoy Bueno Hospitais, Plano de Saúde 6,0 3,5 2,0 2,2 1,8 1,9 2,4 520 Alceu Elias Feldmann Fertipar (fertilizantes) 5,4 2,1 2,2 529 Luiza Helena Trajano Magazines Luiza 5,3 1,7 1,6 622 Luis Frias Grupo Folha 4,6 1,4 2,2 3,0 638 Andre Esteves Banco BTG 4,5 2,9 3,0 2,4 1,8 1,6 2,9 4,3 4,0 3,0 3,0 807 Candido P Koren Lima Jr Hapvida, planos saúde NE 3,7 1,6 1,2 859 Franco Bittar Garcia Magazines Luiza 3,5 1,1 986 Camilla G Bueno Grossi Dulce Pugliese, neta 3,1 1,1 1008 Pedro de Godoy Bueno Edson Godoy, filho 3,0 1,1 1064 Joesley Batista Grupo JBF 2,9 2,1 1,3 1064 Wesley Batista Grupo JBF 2,9 2,1 1,3 1064 Walter Faria Grupo Petrópolis 2,9 1,6 2,3 3,2 3,3 2,6 3,4 4,2 4,6 1174 Luciano Hang Havan 2,7 3,6 2,2 1205 Guilherme Benchimol XP Investimentos 2,6 1205 Abilio dos Santos Diniz Pão de Açucar, varejo 2,6 2,3 3,1 3,5 3,3 3,4 4,4 3,9 3,7 3,6 3,4 3,0 1,5 2,0 1,9 1,6 1249 Pedro Moreira Salles Itaú Unibanco, CBBM 2,5 2,0 3,1 5,1 3,2 2,8 2,1 3,2 2,7 2,6 1249 Jose Luis Cutrale Suco Laranja 2,5 1,9 2,2 2,4 2,2 2,5 2,5 1249 Carlos Sanchez Drogarias genéricas 2,5 1,9 1,8 2,5 1,8 1,7 2,5 1249 Andre Street Máquinas cartão Stone 2,5 1299 Antonio Luiz Seabra Natura 2,4 1,6 1,7 1,5 1,3 1,4 2,2 3,2 2,9 3,0 2,2 1,2 1,2 1,6 1,4 1299 Eduardo de Pontes Máquinas cartão Stone 2,4 1362 Joao Moreira Salles Itaú Unibanco, CBBM 2,3 1,9 3,1 5,0 3,2 2,8 2,1 3,2 2,7 2,6 1362 Fernando Moreira Salles Itaú Unibanco, CBBM 2,3 1,9 3,1 5,0 3,2 2,8 2,1 3,2 2,7 2,6 1362 Walther Moreira Salles Jr Itaú Unibanco, CBBM 2,3 1,9 3,1 5,0 3,2 2,8 2,1 3,2 2,7 1362 Liu Ming Chung Papel (Nine Dragons) 2,3 1,2 1,4 1,7 1,5 1,0 1,1 1,1 1,0 1,6 1,7 1,9 2,4 1444 Miguel Krigsner Boticário 2,2 3,4 1,2 1,5 1,2 1,6 2,3 1444 Jose Joao Abdalla Filho Banco Clássico 2,2 1,9 3,4 1,5 1444 Rubens Menin T Souza MRV Engenharia 2,2 2,2 1,1 #114 Jorge Paulo Lemann AB|Inbev US$ 16,9 bi #140 Eduardo Saverin Facebook US$ 14,6 bi #191 Marcel Herrmann Telles AB|Inbev US$ 11,5 bi #194 Jorge Moll Filho Hospitais US$11,3 bi #274 Carlos Alberto Sicupira AB|Inbev US$ 8,7 bi #358 Joseph Safra (siblings) Banco Safra US$ 7,1 bi #369 Alexandre Behring 3G Capital, AB|InBev US$ 7,0 bi #451 Dulce P G Bueno Amil, Dasa US$ 6,0 bi #520 Alceu E Feldmann Fertipar fertilizantes US$ 5,4 bi #529 Luíza Helena Trajano Magazine Luiza US$ 5,3 bi #622 Luiz Frias Grupo Folha US$ 4,6 bi #638 André Esteves Banco BTG US$ 2,9 bi #807 Cândido P Koren Lima Jr Planos de Saúde US$ 3,7 bi #859 Franco Bittar Garcia Magazine Luíza, neto US$ 2,1 bi #986 Camilla G Bueno Grossi Dulce Pugliese, Neta US$ 2 bi Forbes: Bilionários (Brasil) USD billions 2021 67 Forbes: Bilionários por países 2020 Rank Country Q USD bi Rank Country Q USD bi Rank Country Q USD bi Total 2.095 8.037,5 25 Denmark 8 42,4 50 Greece 3 4,9 1 United States 615 2.948,7 26 Austria 9 41,2 51 Georgia 1 4,8 2 China 387 1.177,5 27 Turkey 23 38,9 52 Monaco 3 4,6 3 Germany 106 445,8 28 Ireland 9 35,8 53 Algeria 1 4,2 4 Russia 98 384 29 Czechia 8 32,3 54 Portugal 1 3,8 5 India 102 312,6 30 Philippines 15 31 55 Venezuela 1 3,4 6 Hong Kong 67 311,5 31 Netherlands 11 28,7 56 Liechtenstein 1 3,3 7 France 39 304,3 32 Norway 12 26,2 57 Eswatini (Swaziland) 1 2,7 8 United Kingdom 46 154 33 Chile 7 21 58 Romania 2 2,5 9 Canada 44 142,8 34 Egypt 6 16,8 59 Slovakia 2 2,5 10 Brazil 45 127,1 35 Nigeria 3 16,8 60 St. Kitts and Nevis 2 2,2 11 Italy 36 125,6 36 South Africa 4 15,4 61 Guernsey 1 2,1 12 Japan 26 110 37 Cyprus 3 14,7 62 Oman 1 2,1 13 Sweden 31 106,6 38 Colombia 3 13,7 63 Iceland 1 2 14 Mexico 12 103 39 New Zealand 2 13,4 64 Macao 1 1,9 15 Spain 24 97,1 40 Poland 6 12,8 65 diversified 1 1,6 16 Switzerland 35 96,4 41 Kazakhstan 4 12 66 Tanzania 1 1,6 17 Australia 31 95 42 Finland 6 11,7 67 Angola 1 1,4 18 Singapore 27 90,7 43 United Arab Emirates 4 10,5 68 Nepal 1 1,4 19 Taiwan 36 75,4 44 Lebanon 6 10,2 69 Kuwait 1 1,3 20 South Korea 28 70,4 45 Vietnam 4 10,2 70 Hungary 1 1,2 21 Thailand 19 64,8 46 Argentina 4 8,8 71 Qatar 1 1,2 22 Indonesia 15 53,7 47 Belgium 1 8 72 Zimbabwe 1 1,1 23 Israel 17 51,3 48 Ukraine 6 8 73 Morocco 1 1 24 Malaysia 12 44,7 49 Peru 2 5,2 68 Forbes: Bilionários por países 2021 69 Rank Country q USD bi Rank Country q USD bi Rank Country q USD bi 1 United States 723 4.397,3 25 Austria 12 62,7 49 United Arab Emirates 4 11,0 2 China 623 2.524,0 26 Denmark 10 61,3 50 Lebanon 6 10,8 3 Germany 136 625,5 27 Turkey 27 55,2 51 Georgia 2 8,0 4 India 140 596,4 28 Philippines 17 45,6 52 Romania 2 7,7 5 Russia 117 584,6 29 Netherlands 12 43,8 53 Portugal 2 7,2 6 France 42 512,2 30 Ireland 9 42,9 54 Liechtenstein 1 5,5 7 Hong Kong 70 441,6 31 Chile 9 42,7 55 Algeria 1 4,8 8 Canada 64 231,1 32 Czechia 8 40,2 56 Monaco 3 4,8 9 Japan 48 223,1 33 Norway 12 38,3 57 Eswatini (Swaziland) 1 4,7 10 United Kingdom 56 213,9 34 Nigeria 3 22,5 58 Iceland 2 3,2 11 Brazil 65 211,7 35 South Africa 5 22,1 59 Morocco 2 3,2 12 Italy 51 204,5 36 Poland 8 20,3 60 Venezuela 1 3,2 13 Sweden 41 182,0 37 Ukraine 7 18,9 61 Macao 1 3,1 14 Australia 44 181,5 38 Egypt 6 18,4 62 Qatar 2 2,9 15 Singapore 27 156,9 39 Cyprus 5 18,1 63 Slovakia 2 2,9 16 Switzerland 39 143,5 40 Kazakhstan 5 16,9 64 Hungary 2 2,7 17 Mexico 13 136,1 41 Vietnam 6 16,7 65 Guernsey 1 2,6 18 Spain 29 135,4 42 Finland 7 16,5 66 Oman 1 2,3 19 South Korea 43 121,4 43 Argentina 5 15,3 67 St. Kitts and Nevis 1 1,6 20 Taiwan 46 112,9 44 Colombia 4 15,2 68 Tanzania 1 1,6 21 Thailand 31 105,4 45 Greece 4 13,9 69 Zimbabwe 1 1,5 22 Indonesia 20 80,2 46 Belgium 3 12,6 70 Nepal 1 1,4 23 Israel 25 73,0 47 Peru 6 11,4 24 Malaysia 17 68,0 48 New Zealand 2 11,1 Total 2.742 13.041,5 Fundo Monetário Internacional (IMF) 2021, october Ranking PIB (USD bilhões) 2021 IMF 70 Rank Country GDP USD bi Rank Country GDP USD bi Rank Country GDP USD bi Rank Country GDP USD bi Rank Country GDP USD bi 1 United States 22.940 39 Malaysia 371 77 Uzbekistan 66 115 Mali 20 153 Fiji 5 2 China 16.863 40 Hong Kong SAR 370 78 Croatia 63 116 Yemen 19 154 Maldives 5 3 Japan 5.103 41 Vietnam 368 79 Lithuania 63 117 Lao P.D.R. 19 155 Eswatini 5 4 Germany 4.230 42 Bangladesh 356 80 Costa Rica 61 118 Gabon 18 156 Sierra Leone 4 5 United Kingdom 3.108 43 Chile 331 81 Slovenia 61 119 Benin 18 157 Djibouti 4 6 India 2.946 44 Colombia 301 82 Serbia 61 120 Georgia 18 158 Liberia 3 7 France 2.940 45 Finland 296 83 Panama 60 121 Botswana 18 159 South Sudan 3 8 Italy 2.120 46 Romania 287 84 Uruguay 60 122 West Bank and Gaza 17 160 Andorra 3 9 Canada 2.016 47 Czech Republic 277 85 D R Congo 55 123 Albania 17 161 Burundi 3 10 Korea 1.824 48 Portugal 252 86 Turkmenistan 53 124 Guinea 17 162 Aruba 3 11 Russia 1.648 49 New Zealand 248 87 Azerbaijan 53 125 Malta 17 163 Suriname 3 12 Brazil 1.646 50 Peru 226 88 Jordan 45 126 Mozambique 16 164 Central African Republic 3 13 Australia 1.611 51 Greece 212 89 Venezuela 45 127 Brunei Darussalam 16 165 Bhutan 2 14 Spain 1.440 52 Iraq 201 90 Cameroon 45 128 Niger 16 166 Lesotho 2 15 Mexico 1.286 53 Kazakhstan 194 91 Uganda 43 129 Jamaica 15 167 Eritrea 2 16 Indonesia 1.150 54 Ukraine 181 92 Tunisia 43 130 Mongolia 14 168 The Gambia 2 17 Islamic Republic Iran 1.081 55 Hungary 181 93 Bahrain 39 131 Madagascar 14 169 Belize 2 18 Netherlands 1.008 56 Qatar 169 94 Bolivia 39 132 North Macedonia 14 170 Cabo Verde 2 19 Saudi Arabia 843 57 Algeria 164 95 Latvia 37 133 Armenia 14 171 San Marino 2 20 Switzerland 811 58 Kuwait 132 96 Paraguay 37 134 Nicaragua 13 172 St. Lucia 2 21 Turkey 796 59 Morocco 126 97 Estonia 36 135 Republic of Congo 13 173 Timor-Leste 2 22 Taiwan Province China 786 60 Slovak Republic 117 98 Sudan 36 136 Equatorial Guinea 13 174 Solomon Islands 2 23 Poland 655 61 Kenya 109 99 Nepal 34 137 Moldova 12 175 Guinea-Bissau 2 24 Sweden 622 62 Puerto Rico 107 100 Macao SAR 29 138 Chad 12 176 Antigua and Barbuda 1 25 Belgium 582 63 Ecuador 104 101 El Salvador 28 139 Namibia 12 177 Seychelles 1 26 Thailand 546 64 Ethiopia 93 102 Senegal 28 140 Malawi 12 178 Comoros 1 27 Ireland 516 65 Dominican Republic 90 103 Libya 27 141 Mauritius 11 179 Grenada 1 28 Austria 481 66 Luxembourg 84 104 Cyprus 27 142 The Bahamas 11 180 Vanuatu 1 29 Nigeria 480 67 Guatemala 83 105 Papua New Guinea 26 143 Rwanda 10 181 St. Kitts and Nevis 1 30 Israel 468 68 Sri Lanka 81 106 Honduras 26 144 Mauritania 9 182 St. Vincent Grenadines 1 31 Argentina 455 69 Oman 81 107 Cambodia 26 145 Kosovo 9 183 Dominica 1 32 Norway 446 70 Bulgaria 78 108 Zimbabwe 26 146 Togo 8 184 São Tomé and Príncipe 1 33 South Africa 415 71 Ghana 75 109 Iceland 25 147 Kyrgyz Republic 8 185 Tonga 1 34 United Arab Emirates 410 72 Angola 70 110 Zambia 22 148 Tajikistan 8 ... 35 Denmark 397 73 Tanzania 69 111 Bosnia and Herzegovina 22 149 Guyana 7 36 Egypt 396 74 Côte d'Ivoire 69 112 Trinidad and Tobago 22 150 Montenegro 5 37 Philippines 386 75 Myanmar 67 113 Haiti 20 151 Somalia 5 38 Singapore 379 76 Belarus 66 114 Burkina Faso 20 152 Barbados 5 Total 94.597 1 Objetivo e ambiente da administração financeira Word cloud 72 Contabilidade de Custos Orçamento empresarial Microeconomia Macroeconomia Economia brasileira Matemática Matemática financeira Estatística univariada Estatística multivariada Contabilidade empresarial Administração Financeira Finanças Públicas Finanças internacionais Banking Mercado de Capitais Elaboração e Análise de Projetos Gestão de valor Administração Capital de Giro Sistemas de Informação Finanças Núcleo de Economia Núcleo Métodos Quantitativos e Informática Análise financeira Finanças corporativas Disciplinas Pré-requisitos Núcleo Controladoria Mercados Financeiros Engenharia Econômica Aplicações | Usos 73 Tipologias Engenharia financeira Uso de ferramentas matemáticas e estatísticas para encontrar soluções na área de finanças. o Bancos, corretoras de valores ou seguradoras, por exemplo, cujo produto principal demanda serviços financeiros têm grande demanda.Segmento voltado para investimentos, gestão de risco, criação de produtos e maneiras de realizar a escolha correta de onde aplicar o dinheiro, por exemplo — tudo isso levando em consideração cálculos e ferramentas matemáticas que possibilitem o máximo de previsibilidade. Gestão Financeira Conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem planejar, analisar e controlar as atividades financeiras de uma empresa. É tudo aquilo que se refere a investimentos, despesas fixas e variáveis, lucros, empréstimos, financiamentos e valor patrimonial da empresa. Essas ações são vitais para que uma organização obtenha bons resultados, pois permite estabelecer metas, estipular prazos e analisar se os resultados estão de acordo com o que estava planejado pela organização. Administração financeira Campo de estudo teórico e prático que objetiva, essencialmente, assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação (financiamento) e alocação (investimento) de recursos de capital. Nesse contexto, a administração financeira envolve-se tanto com a problemática da escassez de recursos, quanto com a realidade operacional e prática da gestão financeira das empresas, assumindo uma definição de maior amplitude. Fundamentalmente, a administração financeira está voltada para a criação de riqueza, e a orientação básica das decisões financeiras das empresas segue o objetivo principal de maximização da riqueza de seus proprietários Economia Financeira Ramo da economia que estuda "a alocação e distribuição de recursos econômicos, tanto espacialmente quanto através do tempo, em um ambiente incerto". Também caracterizada por sua "concentração das atividades monetárias", na qual "é provável que o dinheiro de um tipo ou outro apareça em ambos os lados de uma troca". As questões propostas na economia financeira são tipicamente formuladas em termos de "tempo, incerteza, opções e informação". Educação Financeira Não consiste somente em aprender a economizar, cortar gastos, poupar e acumular dinheiro. É muito mais que isso. É buscar uma melhor qualidade de vida tanto hoje quanto no futuro, proporcionando a segurança material necessária para aproveitar os prazeres da vida e ao mesmo tempo obter uma garantia para eventuais imprevistos. Finanças comportamentais Campo que estuda a influência da psicologia no comportamento daqueles que praticam as finanças e o consequente efeito deste comportamento nos mercados (SEWELL, 2007). Shefrin (2010): Vista como um campo, finanças comportamentais é a aplicação da psicologia ao processo de tomada de decisões financeiras e aos mercados financeiros. Vista como um processo, finanças comportamentais é a situação intermediária entre o antigo paradigma neoclássico e um novo paradigma baseado em fundamentos psicológicos. Barberis e Thaler (2003): Trata de uma abordagem alternativa para o estudo dos mercados financeiros, em resposta, pelo menos em parte, às dificuldades encontradas pelo paradigma tradicional das finanças modernas. 74 Finanças Corporativas Finanças Corporativas: incorporaram em seu escopo as grandes evoluções do mundo contemporâneo Contabilidade: informações relevantes do comportamento do mercado e do desempenho interno da empresa Profissional de finanças: necessidade de visão integrativa da empresa e seu relacionamento com o ambiente externo Realidade empresarial brasileira: demanda um conjunto de ajustes e reflexões de conceitos financeiros consagrados em outros ambientes econômicos 75 Evolução da Administração Financeira A crescente complexidade assumida pelos negócios e operações de mercado fez com que as finanças empresarias se separassem das Ciências Econômicas Até 1929/30⎯ Predomínio da abordagem tradicional: Finanças voltadas para instrumentos de captação de recursos Depressão de 1929/30 ⎯ Enfoque administrativo e preocupação com solvência e liquidez das empresas Década de 40 até meados de 50 ⎯ Enfoque da empresa como aplicadora (empréstimo) de recursos Década de 50 ⎯ Ênfase aos investimentos e geração de riqueza e preocupação com alocação eficiente de recursos Os conceitos de Retorno do investimento e custo de capital são desenvolvidos ⎯ ativos e passivos em destaque 76 Evolução da Administração Financeira Final de 50 e início de 60 ⎯ Modigliani e Miller dão início à moderna teoria de finanças com estudos sobre a irrelevância da estrutura de capital As proposições de M&M oferecem rigorosa contribuição à reflexão da lógica econômica do processo de tomada de decisões financeiras das corporações As proposições de M&M oferecem rigorosa contribuição à reflexão da lógica econômica do processo de tomada de decisões financeiras das corporações Década de 90 ⎯ Evolução da gestão de risco com estratégias de derivativos, opções, swaps, hedges etc. Conflito risco x retorno Teoria do Portfólio ⎯ O risco|desempenho de um ativo deve ser avaliado com base em sua contribuição ao risco|desempenho total de um portfólio, e não de maneira isolada Franco Modigliani Prêmio Nobel de Economia em 1985 Merton H. Miller Prêmio Nobel de Economia em 1990 77 Responsabilidades contemporâneas da AF Eficiência na captação e alocação de recursos de capital Visualização da empresa como um todo Cuidados especiais no uso e interpretação dos modelos financeiros Postura questionadora e reveladora em relação ao comportamento de mercado 78 Dinâmica das decisões financeiras Ativo Decisões de Investimento # Aplicação de Recursos Patrimônio Líquido Decisões de Dividendos # Financiamento das Atividades Passivo Decisões de Financiamento # Captação de Recursos Administração de passivos Gerenciamento de composição de financiamento Planejamento financeiro Necessidades de expansão, desajustes futuros e rentabilidade sobre os investimentos Controle financeiro Análise e correção de desvios entre previsto e realizado Administração de ativos Melhor estrutura dos investimentos em termos de risco e retorno 79 Decisões de Investimento Envolve todo o processo de identificação, avaliação e seleção das alternativas de aplicações na expectativa de benefícios econômicos futuros São avaliadas pela relação risco-retorno São atraentes quando o retorno esperado da alternativa supera o retorno exigido pelos proprietários de capital 80 Decisões de financiamento B C A A Escolha das melhores ofertas de recursos e grau de alavancagem B Descrevem as taxas de retorno exigidas pelos detentores de capital C Devem adequar o passivo às características de rentabilidade e liquidez das aplicações de recursos 81 Integração das decisões de investimento e financiamento Estabelecem um portfólio de oferta de fundos para investimento e alternativas de aplicações Política de dividendos: reinvestir lucro ou distribui-lo? Avaliação dos respectivos ganhos para o acionista Decisão do volume de capital próprio ou de terceiros financiando os investimentos 82 Resultado Operacional Define os limites de remuneração das fontes de capital da empresa Quantifica o retorno produzido pelas decisões de investimento Permite a avaliação da atratividade econômica do negócio Sinaliza as decisões de financiamento (custo de captação) Resultado Operacional 83 Tomada de decisões financeiras Agregação valor econômico lucro operacional > custo capital Equilíbrio financeiro Interdependência de prazos entre ativos e passivos Risco econômico (operacional) Relacionado às decisões de investimento Risco financeiro Quanto maior o nível de endividamento, maior o risco 84 A inflação atua sobre a economia de maneira desproporcional, gerando desigual distribuição de riqueza Provoca resultados distorcidos e decisões financeiras comprometedoras Distorce o valor de elementos patrimoniaiscom diferentes intensidades Os modelos financeiros devem incluir a problemática inflacionária para não comprometer as análises Decisões de maior maturidade podem ser equivocadas pelo uso de valores não corrigidos monetariamente Brasil: sistemática legal de correção monetária extinta em 1995. Atualmente uso de valores nominais Decisões financeiras em ambiente de inflação 85 Administração financeira e objetivo da empresa Objetivo da empresa Satisfação do retorno exigido pelos proprietários ou bem-estar social do público em geral? Economia de mercado Empresas atraídas pelas possibilidades de lucros e guiadas por seus próprios objetivos Adam Smith Benefícios para a sociedade causados automaticamente pela maximização da riqueza do empresário Economia moderna Baseadas nas ideias liberais de Adam Smith. Suposição da existência de mercados eficientes Intervenção estatal ou outras imperfeições no mercado reduziriam a atuação da mão invisível Mundo atual questões econômicas essenciais de toda a sociedade são respondidas pelas forças de mercado 86 Objetivo da Administração Financeira Maximização da riqueza (bem estar econômico) dos proprietários de capital Foco nas decisões de investimento, financiamento e de dividendos de maneira a promover a riqueza dos acionistas As decisões financeiras de maximização de riqueza reflete nos recursos da sociedade, maximizando a riqueza da economia como um todo 87 Lucro contábil Não define a capacidade financeira de pagamento da empresa, pois é apurado no regime de competência Não leva em consideração os riscos inerentes à atividade da empresa nem aos fluxos esperados de rendimento Não representa o efetivo desempenho da empresa por ser um único componente isolado. Ignora o valor da moeda no tempo 88 Medição do objetivo da empresa Crescimento das vendas, rentabilidade, participação de mercado, endividamento, liquidez, etc. Não podem constituir-se sozinhas no objetivo do processo de tomada de decisões financeiras Não reconhecem as dimensões necessárias à maximização da riqueza dos proprietários de capitalOutras medidas 89 Valor de mercado da empresa Valor presente dos benefícios econômicos esperados, descontados a uma taxa que representa o a remuneração mínima exigida pelos proprietários de capital Reflete o risco associado a esses resultados 90 Medição do objetivo da empresa O processo de decisões financeiras deve levar em conta o equilíbrio entre risco e retorno Para maiores riscos, os investidores esperam auferir maiores retornos e vice-versa A empresa deve trabalhar dentro da expectativa de promover um retorno condizente ao risco assumido 91 Problemática da informação contábil Tem como objetivo a apuração do lucro e não a mensuração do valor de mercado Preços históricos (custo) que refletem resultados acumulados em exercícios passados Ativos registrados pelos valores de compra que não revelam a capacidade de geração de benefícios futuros 92 Administração Financeira Avalia a capacidade de um bem em gerar riqueza Leva em conta o equilíbrio entre risco e retorno Tem o objetivo de promover a maximização do valor de mercado da ação da empresa 93 Ambiente financeiro e valor da empresa 01 O mercado financeiro possui um sistema de equilíbrio entre agentes superavitários e deficitários A convivência da empresa no mercado é fundamental para a formação de uma estrutura de capital adequada O valor de mercado das ações revela um importante parâmetro da avaliação do desempenho da empresa 94 Restrições do mercado brasileiro Não pulverizado Grupos reduzidos de acionistas como controladores Baixa liquidez Número reduzido de ações negociadas em relação às emitidas Avaliação distorcida O valor de mercado da ação revela baixíssima relação com o efetivo valor da empresa 95 Europa e alguns países asiáticos Maior participação dos empregados no processo decisório Influência dos funcionários sobre a administração Alta concentração do controle acionário Mercado de empréstimos basicamente institucional Não utilização de títulos de dívida Menor volume de informações aos investidores 96 Economias em processo de desenvolvimento Taxas de juros subsidiadas Taxas de juros de curto prazo maior que as de longo prazo Carência de recursos de longo prazo para investimentos Elevado grau de concentração industrial 97 Economia brasileira Insuficiência de recursos de longo prazo para as empresas Volume de empréstimos aquém das necessidades do mercado Linhas de crédito oficiais limitadas e direcionadas a programas específicos Dificuldade de captação de poupança pelas instituições financeiras Empresas financiadas por meio de recursos próprios e com dívidas de curto prazo Decisões das empresas privilegiam a sobrevivência e não a competitividade 98 Economia brasileira: Consequências Necessidade de maior atenção na elaboração dos modelos identificadores dessa realidade Limitação da capacidade de crescimento das empresas nacionais Falta de recursos de maior maturidade para gerar maior capacidade competitiva no atual mundo globalizado 99 Credores da Dívida Externa: Bancos; Títulos; Empréstimos inter-companhias; BID; Banco Mundial; Empresas não bancárias; Governos; Outros. Credores da Dívida Interna: Bancos nacionais e estrangeiros; Fundos de Investimento; Fundos de Pensão; Investidores estrangeiros; FGTS, FAT e outros fundos administrados pelo governo; Outros Dívida Pública Brasileira 2002 (R$ trilhões) 22|02|08 (R$ trilhões) 2010 (R$ trilhões) 2015 (R$ trilhões) 2016 (R$ trilhões) 2019 (R$ trilhões) Dívida Externa 0,212 0 0,240 0,334 0,317 0,161 Dívida Interna 0,640 1,400 1,650 2,790 3,100 3,993 Total 0,852 1,400 1,890 3,124 3,417 4,154 100 5,27% -3,41% 0,58% -4,39% 9,11% 6,77% 3,23% 4,61% 9,79% 5,21% 9,04% 13,98% 12,05% 11,30% 8,77% 9,74% 11,43% 4,92% 4,15% 3,05% 3,49% 0,88% 5,22% 10,28% 9,40% 9,80% 10,80% 7,70% 2,90% 8,80% 7,80% 4,70% 7,30% 4,90% 6,80% 7,70% 9,70% 1984 1982 1980 1979 1978 1977 1976 1975 1974 1973 1972 1971 1970 1969 1968 1967 1966 1965 1964 1963 1962 1961 1960 1959 1958 1957 1956 1955 1954 1953 1952 1951 1950 1949 1948 Evolução do PIB brasileiro 2,90% -5,30% 1,14% 1,32% 1,32% -3,28% -3,55% 0,50% 3,00% 1,92% 3,97% 7,53% -0,13% 5,09% 6,07% 3,96% 3,20% 5,76% 1,14% 3,05% 1,39% 4,11% 0,47% 0,34% 3,40% 2,21% 4,42% 5,33% 4,67% -0,47% 1,51% -3,10% 3,28% -0,10% 3,60% 7,99% 7,95% 2021 2019 2018 2017 2014 2013 2012 2011 2010 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997 1996 1995 1994 1993 1991 1989 1987 1986 1985 Goulart | Mazzilli | Jânio Bolsonaro Dilma Temer Lula FHC Itamar Collor Sarney Geisel Médici Costa e Silva Castelo Branco Dutra Vargas Nereu Ramos | Carlos Luz | Café Fo. Juscelino Figueiredo Moeda: 1947-1966 (Cr$), 1967-1969 (NCr$), 1970-1979 (Cr$), 1980-1985 (Cr$), 1986-1988 (Cz$), 1989-1990 (NCz$), 1990-1992 (Cr$), 1993 (CR$), 1994 (R$) 101 ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2002. ASSAF NETO. Mercado financeiro. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002. BODIE, Zvi; MERTON, Robert C. Finanças. Porto Alegre: Bookman, 1999. CHEW, Donald H. The new corporate finance. 2.ed. New York: McGraw-Hill, 2000. CNBV – COMISSÃO NACIONAL DE BOLSA DE VALORES. Mercado de capitais. Rio de Janeiro: Campus: CNBV, 2001. PORTERFIELD, James T. S. Decisões de investimento e custo de capital. São Paulo: Atlas, 1976. (Série Fundamentos de Finanças.) SOLOMON, Ezra. Teoria da administração financeira. 3.ed. São Paulo: Zahar, 1977. Bibliografia 102 2 Decisões de investimentos e financiamentos a curto e longo prazos Vade-mécum da Matemática Financeira 1. Entenderos propósitos da Matemática Financeira (calculadoras e planilhas) 2. Saber construir diagramas de fluxo de caixa 3. Compreender a evolução do dinheiro no tempo 4. Entender operações com juros compostos 5. Saber usar a equivalência de taxas 6. Compreender as operações com equivalência de capitais 7. Séries Antecipadas (Com entrada, [g] [BEG]): 1 + 2, 1 + 5, 1 + … 8. Séries Postecipadas (Sem entrada, [g] [END]): 2x, 5x, 6x … 9. Entender os princípios básicos associados aos sistemas de amortização 10. Nunca some valores em datas diferentes 11. A taxa de juros compostos [i] é sagrada! Ajuste os períodos [n] às taxas (mesma base) 12. Nunca multiplique ou divida a taxa de juros 104 Juro Recompensa pelo sacrifício de poupar no presente, postergando o consumo para o futuro Determina o custo de um crédito ou retorno de uma aplicação de capital Critérios de capitalização: • simples (linear) • compostos (exponencial) 105 Movimentações de $ 0 653 Carência 2 4 71 Valor Presente Valor Futuro Capitalização Descapitalização Número de períodos (n) de capitalização Taxa de juros (i) 106 Movimentações de $ Tempo (+) Entrada de Caixa (-) Saída de caixa Tempo (+) Entrada de caixa (-) Saída de caixa Empréstimo | Financiamento Aplicação | Investimento -780.00 600.000 780.000 -600.000 Valor Futuro (VF) = VP + Juros Valor Presente (VP) 1 432 Número de períodos (n) de capitalização Taxa de juros (i) Entradas | Saídas de Caixa Carência Capitalização Descapitalização 107 Classificações de Séries de pagamento Quanto ao número de prestações • Finitas: quando ocorrem durante um período pré-determinado de tempo • Infinitas: ou perpetuidades, ocorrem de forma ad eternum, isto é, quando os pagamentos ou recebimentos duram de forma infinita Quanto à periodicidade dos pagamentos • Periódicas: quando os pagamentos ocorrem a intervalos constantes • Não periódicas: quando os pagamentos ou recebimentos acontecem em intervalos irregulares de tempo Quanto ao valor das prestações • Uniformes: quando as prestações ou anuidades são iguais • Não-uniformes: quando os pagamentos ou recebimentos apresentam valores distintos Quanto ao prazo dos pagamentos • Postecipadas: quando as anuidades iniciam após o final do primeiro período • Antecipadas: quando o primeiro pagamento ocorre na entrada, do início da série Quanto ao primeiro pagamento • Diferidas: ou com carência, quando houver um prazo maior que um período entre a data do recebimento do financiamento e data de pagamento da primeira prestação • Não diferidas: quando não existir prazo superior a um período entre o início da operação e o primeiro pagamento ou recebimento 108 𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 × 1 + 𝑖 × 𝑛 𝑉𝑃 = 𝑉𝐹 1 + 𝑖 × 𝑛 𝑖 = 𝑉𝐹 𝑉𝑃 − 1 × 1 𝑛 𝑛 = 𝑉𝐹 𝑉𝑃 − 1 𝑖 Juros Simples: linear 𝐷𝑑 = 𝐹𝑉 − 𝑃𝑉 𝐷𝑓 = 𝐹𝑉 × 𝑑 × 𝑛 𝑑 = 1 − 𝑃𝑉 𝐹𝑉 × 1 𝑛 𝑑 = 1 1 + 𝑖 × 𝑛 𝐷𝑑 = 𝐹𝑉 × 𝑖 × 𝑛 1 + 𝑖 × 𝑛 𝑉𝑃 = 𝐹𝑉 × 1 − 𝑑 × 𝑛 𝑖 = 𝑑 1 − 𝑑 × 𝑛 109 Juros Compostos: exponencial 𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 × 1 + 𝑖 𝑛 𝑉𝑃 = 𝑉𝐹 1 + 𝑖 𝑛 𝑖 = 𝑛 𝑉𝐹 𝑉𝑃 − 1 = 𝑉𝐹 𝑉𝑃 1 𝑛 − 1 𝑛 = 𝑙𝑜𝑔 𝑉𝐹 𝑉𝑃 𝑙𝑜𝑔 1 + 𝑖 𝐷𝑑 = 𝑉𝐹 − 𝑉𝑃 𝑉𝑃 = 𝑉𝐹 × 1 − 𝑑 𝑛 𝐷𝑓 = 𝑉𝐹 − 𝑃𝑉 𝐷𝑑 = 𝑉𝐹 (1 + 𝑖)𝑛−1 1 + 𝑖 𝑛 𝐷𝑓 = 𝑉𝐹 × 1 − 1 − 𝑑 𝑛 110 Montante VF|FV R$ 108,00 -R$ 100,00 VP|PV Capital Fluxos do dinheiro no tempo Um investidor aplicou hoje R$ 100,00 por um mês, planejando resgatar $108,00. Desenhe o diagrama de fluxo de caixa da operação e informe a taxa de juros. meses 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 = 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 = 𝑅$ 108,00 − 𝑅$ 100,00 𝑅$ 100,00 = 𝑅$ 8,00 𝑅$ 100,00 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒅𝒆 𝒋𝒖𝒓𝒐𝒔 = 𝟎, 𝟎𝟖 𝒐𝒖 𝟖% Aplicação Financeira taxa 111 Sinônimos: Valor presente (P) e Valor futuro (F) Valor Presente|VP Present Value|PV Capital inicial Principal Valor atual Valor líquido Valor por dentro Montante Valor de face Valor nominal Valor por fora Valor Futuro|VF Future Value|FV 112 Simbologias HP 12C | Microsoft Office Excel Prazo, número de período de capitalização (ou Descapitalização) n (number of periods) NPER NPER(Taxa;Pgto;Vp;Vf;Tipo) Taxa i (interest rate) TAXA TAXA(Nper;Pgto;Vp;Vf;Tipo;Estimativa) Estimativa corresponde à estimativa inicial para o valor da taxa de juros, obtida por processo interativo Valor Presente PV (Present Value) VP (Valor Presente) VP(Taxa;Nper;Pgto;Vf;Tipo) Valor Futuro FV (Future Value) VF VF(Taxa;Nper;Vp;Vf;Tipo) Prestações, parcelas, pagamentos PMT (payments) PGTO PGTO(Taxa;Nper;Vp;Vf;Tipo) Série Antecipada Pagamento com entrada [g] [BEG] (begin) Tipo 1 Série Postecipada Pagamento sem entrada|não informado [g] [END] (end) Tipo 0 113 HP 12C e RPN Operação Notação convencional Notação polonesa Notação polonesa reversa 𝑎 + 𝑏 a + b + a b a b + 𝑎 + 𝑏 𝑐 (a + b) ÷ c ÷ + a b c a b + c ÷ 𝑎 × 𝑏 − 𝑐 × 𝑑 𝑒 × 𝑓 ((a × b) – (c × d)) ÷ (e × f) ÷ − × a b × c d × e f a b × c d × − e f × ÷ Notação Polonesa Reversa (Reverse Polish Notation), também conhecida como notação pós-fixada, foi inventada pelo filósofo e cientista da computação australiano Charles Hamblin em meados dos anos 1950, para habilitar armazenamento de memória de endereço zero. Ela deriva da notação polonesa, introduzida em 1920 pelo matemático polonês Jan Łukasiewicz. A notação RPN tem larga utilização no mundo científico pela fama de permitir uma linha de raciocínio mais direta durante a formulação e por dispensar o uso de parênteses mas mesmo assim manter a ordem de resolução. Esta notação ganhou ampla notoriedade ao ser adotada pelas calculadoras HP. 114 Convenções matemáticas Símbolo Notação linear Exemplo × * 2×4 2*4 = 8 x% 𝑥 100 2% 2 100 = 0,02 ⚫ 23,45% 23,45 100 = 0,2345 ÷ / 2÷4 2/4 = 0,5 𝑛𝑥 n^x 26 2^6 = 64 𝑥 𝑛 𝑛 1 𝑥 3 64 64 1 3 64^(1/3) = 4 + ⚫ – + ⚫ – 2 + 4 = 6 ⚫ 2 – 4 = -2 { [ ( ) ] } 1o2o3o Ordem dos Sinais Gráficos - 𝑥 𝑛 𝑛𝑥 + ÷ × Exponenciação Radiciação Multiplicação Divisão Adição Subtração P a rê n te s e s C o lc h e te s C h a v e s 115 ×× Convenção de sinais Um capital de R$ 20.000,00 foi investido durante 18 meses numa aplicação que rende 2% ao mês. Qual o montante no final do período? Lembrete: 𝑻𝒂𝒙𝒂 𝒊 : 𝟐% = 2 100 = 𝟎, 𝟎𝟐⚫𝑵𝒐𝒕𝒂çã𝒐 𝒅𝒆𝒄𝒊𝒎𝒂𝒍⚫ 𝟏𝟐, 𝟑𝟕% = 12,37 100 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟑𝟕 … Dados: Capital (VP|PV): R$ 20.000 | Taxa (i): 2% a.m. | Prazo (n): 18 meses | Montante (VF|FV): ? Juros Simples 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 × 𝑛 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 1 + 0,02 × 18 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 1 + 0,36 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 1,36 𝑭𝑽 = 𝑹$ 𝟐𝟕. 𝟐𝟎𝟎, 𝟎𝟎 Juros Compostos: 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 𝑛 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 1 + 0,02 18 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 1,02 18 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 1,428246 𝑭𝑽 = 𝑹$ 𝟐𝟖. 𝟓𝟔𝟒, 𝟗𝟐 Juros Simples 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 × 𝑛 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 1 + 2 × 18 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 1 + 36 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 37 𝑭𝑽 = 𝑹$ 𝟕𝟒𝟎. 𝟎𝟎𝟎 Juros Compostos: 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 𝑛 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 1 + 2 18 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 3 18 𝐹𝑉 = 𝑅$ 20.000 × 387.420.489 𝑭𝑽 = 𝑹$ 𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒔í𝒗𝒆𝒍 116 Convenção de sinais Um valor pago deve ser introduzido como um valor negativo e um valor recebido como um valor positivo. Exemplo: Um capital de R$ 20.000,00 foi investido durante 18 meses numa aplicação que rende 2% ao mês. Qual o montante no final do período? Observe que, ao investir R$ 20.000, é como se você pagasse os R$ 20.000 (valor negativo), para receber no futuro R$ 28.564,92 (valor positivo). Por este motivo é que teclamos CHS (change signal) após introduzir o valor R$ 20.000. [f] [REG] 20.000 [CHS] [PV] 18 [n] 2 [i] [FV] 28.564,92 VF(Taxa;Nper;Vp;Vf;Tipo) =VF(2%;18;;-20000) Para apagar todos os registros armazenados de uma só vez, incluindo os registros financeiros, registros da pilha e o LAST X, pressione [f] [REG]. Isso também limpará o visor. 117Abreviatura Significado a.d. ao dia a.d.u. ao dia útil a.m. ao mês a.m.o. ao mês over a.b. ao bimestre a.t. ao trimestre a.q. ao quadrimestre a.s. ao semestre a.a. ao ano a.a.o. ao ano over Abreviaturas nas taxas Taxa over é uma taxa de juros nominal, isto é, formada por juros simples, com capitalização diária, porém válida somente para os dias úteis (dias de funcionamento do mercado financeiro). Essa taxa costuma ser expressa ao mês, obtida pela simples multiplicação da taxa ao dia por 30, sendo aplicada geralmente para operações de curto prazo. Exemplos de taxa over: taxa de juros do cheque especial e CDI (Certificado de Depósito Interbancário). Ano civil ou exato: 365 dias Ano comercial: 360 dias. 118 Taxas over 𝑖𝑒 = 1 + 𝑖 100 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑢 𝑞𝑢𝑒𝑟𝑜 𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑞𝑢𝑒 𝑒𝑢 𝑡𝑒𝑛ℎ𝑜 − 1 𝑖𝑓 = 1 + 𝑖 100 𝑑𝑖𝑎𝑠 ú𝑡𝑒𝑖𝑠 − 1 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑜𝑣𝑒𝑟 = 1 + 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 1 𝑑𝑖𝑎𝑠 ú𝑡𝑒𝑖𝑠 − 1 × 30 Taxa nominal (juros simples) com capitalização diária por dia útil Taxa expressa ao mês (30 dias corridos) e aplicada em operações de curto prazo 119 Taxa over: 2,4% a.m. (20 dias úteis) 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 = 2,4% 𝑎.𝑚. 30 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 0,08% 𝑎. 𝑑. (linear) 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = 1 + 0,0008 20 − 1 = 1,61% 𝑎. 𝑚. (exponencial) Conversão de taxa efetiva em taxa over: Taxa efetiva: 2,6% a.m. (21 dias úteis) 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑜𝑣𝑒𝑟 = 1 + 0,026 1 21 − 1 × 30 = 3,67% 𝑎. 𝑚. 𝑜. (exponencial) Taxa over anual efetiva Definida por circular Bacen; visão de longo prazo para o mercado financeiro (252 dias úteis). Taxa Selic ⎯ Taxa over efetiva anual Taxa over efetiva anual: 12,74% para o mês de março com 22 dias úteis 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑖𝑎 ú𝑡𝑖𝑙 = 1 + 0,1274 1 252 − 1 = 0,047596% 𝑎. 𝑑. 𝑢. (exponencial) Taxa over nominal mensal = 0,047596% a.d.u. x 30 dias = 1,43% a.m.o. (linear) 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑜𝑣𝑒𝑟 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 𝑚𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 = 1 + 0,00047596 22 − 1 = 1,05% 𝑎. 𝑚. 𝑜. (exponencial) Conversão de taxa over em taxa efetiva 120 Juros Simples • Maioria das taxas de juros aplicadas no mercado financeiro são referenciadas pelo critério simples • Juros incidem unicamente sobre o capital inicialmente aplicado ou alocado • Encontra ampla aplicação prática em operações financeiras de curto prazo Fórmula do Montante (M) M = C + J Fórmula dos Juros (J) J = C × i × n C = Capital inicial (principal) i = taxa (linear) de juros J = valor (em $) dos juros n = número de períodos M = montante acumulado O n d e : 121 Juros Simples Fórmula do Montante e Capital desconhecendo-se o Juros: M = C + [C × i × n] Colocando-se C em evidência: 𝑀 = 𝐶 × 1 + 𝑖 × 𝑛 𝑜𝑢 𝐶 = 𝑀 1 + 𝑖 × 𝑛 C = Capital inicial (principal) i = taxa (linear) de juros J = valor (em $) dos juros n = número de períodos M = montante acumulado O n d e : Considere o caso de um investidor que aplicou R$ 1.000,00 no Banco ABC, pelo prazo de quatro anos, com uma taxa de juros de 8% ao ano, no regime de juros simples. Determinar o valor do saldo desse investidor no Banco ABC no final de cada um dos quatro anos da operação 122 Juros Simples 1.000 1.080 1.160 1.240 1.320 1.400 0 1 2 3 4 S a ld o ( R $ ) Anos Crescimento de R$ 1.000,00 a juros simples de 8% a.a. Ano Saldo no Início do Ano Juros do ano Saldo no final do ano antes do pagamento Pagamento do ano Saldo no final do ano após o pagamento 1 R$ 1.000,00 8% × R$ 1.000,00 = R$ 80,00 R$ 1.080,00 R$ 0,00 R$ 1.080,00 2 R$ 1.080,00 8% × R$ 1.080,00 = R$ 80,00 R$ 1.160,00 R$ 0,00 R$ 1.160,00 3 R$ 1.160,00 8% × R$ 1.166,40 = R$ 80,00 R$ 1.240,00 R$ 0,00 R$ 1.240,00 4 R$ 1.240,00 8% × R$ 1.259,71 = R$ 80,00 R$ 1.320,00 R$ 1.320,00 R$ 0,00 123 Taxa nominal Período da taxa superior ao período de incidência dos juros Exemplo: Um financiamento é concedido à taxa nominal de 14,4% a.a., com juros mensais 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑢𝑠𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑐á𝑙𝑐𝑢𝑙𝑜 = 14,4% 𝑎. 𝑎. 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 = 1,42% 𝑎. 𝑚. Taxa Nominal e Taxa Proporcional 10% a.m. R$ 110,00 10% a.b. R$ 120,00 10% a.t. R$ 130,00 10% a.q. R$ 140,00 R$ 100,00 1 mês 2 meses 3 meses 4 meses Taxa Proporcional Típica de juros simples. Prazo da taxa geralmente igual ao prazo de capitalização dos juros Exemplo: Uma quantia de R$ 100 aplicada a juros simples de 10% a.m. 124 Taxa nominal e taxa proporcional Determinar o montante (M) e os juros (J) de uma aplicação de R$ 150.000,00, efetuada pelo prazo de oito meses, à taxa de juros simples de 26,4% a.a. Dados: C = R$ 150.000,00 n = 8 meses i = 26,4% a.a. ÷ 12 m = 2,2% a.m. Juros J = M – C J = R$ 176.400 − R$ 150.000 J = R$ 26.400 Montante M = C [1 + i × n] M = R$ 150.000 × [1+ 0,022 × 8] M = R$ 176.400 125 Desconto 𝐷 = 𝑉𝐹 × 𝑖𝑑 × 𝑛 VF: Valor Futuro id: taxa de desconto comercial ou por fora n: número de períodos de capitalização (ou de desconto) 𝑽𝑷 = 𝑉𝐹 − 𝐷 ↔ 𝑉𝐹 − 𝑉𝐹 × 𝑖𝑑 × 𝑛 ↔ 𝑽𝑭 × (𝟏 − 𝒊𝒅 × 𝒏) 𝑖𝑑 = 1 − 𝑉𝑃 𝑉𝐹 𝑛 𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 1 − 𝑖𝑑 × 𝑛 𝑛 = 1 − 𝑉𝑃 𝑉𝐹 𝑖𝑑 126 Desconto Sabe-se que o valor líquido resultante do desconto de uma duplicata 3 meses antes do prazo a uma taxa de desconto comercial igual a 5% a.m. foi igual a R$ 51.000. Qual o valor nominal do papel? 𝑽𝑭 = 𝑉𝑃 1 − 𝑖𝑑 × 𝑛 = 𝑅$ 51.000 1 − 0,05 × 3 = 𝑹$ 𝟔𝟎. 𝟎𝟎𝟎 HP12 C: 51000 [ENTER] 1 [ENTER] 0,05 [ENTER] 3 [×] [−] [÷] 60000 ⚫ Excel: 51000/(1-5%*3) 6 Um título com valor nominal igual a R$ 90.000 foi descontado 2 meses antes do seu vencimento. O desconto aplicado foi igual a R$ 7.200. Qual a taxa de desconto mensal vigente na operação? OBS: Se o desconto foi igual a R$ 7.200, o valor líquido (ou presente) é igual a R$ 82.800 (R$ 90.000 − R$ 7.200) 𝒊𝒅 = 1 − 𝑉𝑃 𝑉𝐹 𝑛 = 1 − 𝑅$ 82.800 𝑅$ 90.000 2 = 𝟎, 𝟎𝟒 𝒐𝒖 𝟒% HP12 C: 1 [ENTER] 82800 [ENTER] 90000 [÷] [−] 2 [÷] 0,04 ou 4%⚫ Excel: (1-(82800/90000))/2 6 A aplicação de uma taxa de desconto igual a 4% a.m. resultou na obtenção de um valor líquido de R$ 10.560, consequência do desconto de um título no valor nominal de R$ 12.000. Qual a duração da operação, em meses? 𝒏 = 1 − 𝑉𝑃 𝑉𝐹 𝑖𝑑 = 1 − 𝑅$ 10.560 𝑅$ 12.000 0,04 = 𝟑 𝒎𝒆𝒔𝒆𝒔 HP12 C: 1 [ENTER] 10560 [ENTER] 12000 [÷] [−] 0,04 [÷] 3,00 ⚫ Excel: (1-(10560/12000))/4% 127 Diagrama do Fluxo de Caixa da operação de Desconto − R$ 1.000 Montante Valor Futuro (VF) Número de períodos (n) de capitalização: 5 meses Taxa de juros (i): 4% Valor Presente (VP) Capital R$ 800,00 O valor do desconto é igual a D = VF × id × n. Substituindo os valores, tem-se: 𝐃 = R$ 1.000 × 0,04 × 5 = 𝐑$ 𝟐𝟎𝟎. Assim, o valor presente é igual a: VP = VF − D 𝐕𝐏 = R$ 1.000 − R$ 200 = 𝐑$ 𝟖𝟎𝟎. Um título de R$ 1.000, com vencimento em 5 meses, descontado a uma taxa de desconto por fora igual a 4%a.a. meses A taxa efetiva simples pode ser obtida a partir do diagrama de fluxo de caixa: 𝑽𝑭 = 𝑉𝑃 × 1 + 𝑖 × 𝑛 , onde 𝑅$ 1.000 = 𝑅$ 800 × 1 + 𝑖 × 5 = 0,05 𝑜𝑢 𝟓% 𝒂. 𝒎. Para uma taxa de desconto por fora, incidente sobre o valor futuro e igual a 4% a.m. tem- se uma taxa efetiva de capitalização simples, incidente sobre o valor presente, igual a 5% a.m. A taxa efetiva simples é maior que a taxa de desconto comercial. 128 Desconto HP 12C | Excel A calculadora HP 12C e o Excel não dispõem de recursos específicos para cálculos financeiros de operações de desconto comercial. Nessas situações, devem-se utilizar os recursos algébricos da calculadora. O valor líquido resultante do desconto de uma duplicata 2 meses antes do prazo a uma taxa de desconto comercial igual a 3% a.m. foi igual a R$ 22.560. Qual o valor nominal do papel? 𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 1 − 𝑖𝑑 × 𝑛 = 𝑅$ 22.560 1 − 0,03 × 2 = 𝑅$ 22.560 0,94 = 𝑅$ 24.000 HP 12C: 22.560 [ENTER] 1 [ENTER] 0,03 [ENTER] 2 [×] [-] [÷] 24.000 (R$ 24.000) ⚫ Excel: =22560/(1-3%*2) Um título com valor nominal igual a R% 82.000 foi descontado 3 meses antes de seu vencimento. O desconto aplicado foi igual a R$ 9.840. Quala taxa de desconto mensal vigente na operação? OBS: Se o desconto foi igual a R$ 9.840, o valor líquido (ou presente) é igual a R$ 72.160 𝑖𝑑 = 1 − 𝑉𝑃 𝑉𝐹 𝑛 = 1 − 𝑅$ 72.160 𝑅$ 82.000 3 = 0,12 3 = 0,04 𝑜𝑢 4% HP 12C: 1 [ENTER] 72.160 [ENTER] 82.000 [÷] [-] 3 [÷] 0,04 (4%) ⚫ Excel: =(1-72160/82000)/3 A aplicação de uma taxa de desconto igual a 2% a.m. resultou na obtenção de um valor líquido de R$ 94.080, consequência do desconto de um título no valor nominal de R$ 96.000. Qual a duração da operação, em meses? 𝑛 = 1 − 𝑉𝑃 𝑉𝐹 𝑖𝑑 = 1 − 𝑅$ 94.080 𝑅$ 96.000 0,02 = 0,02 0,02 = 1 𝑚ê𝑠 HP 12C: 1 [ENTER] 94.080 [ENTER] 96.000 [÷] [-] 0,02 [÷] 1,00 (mês) ⚫ Excel: =(1-94080/96000)/2% 129 Desconto de Duplicata Uma empresa deseja descontar uma duplicata de valor nominal de R$ 10.000, com vencimento para 38 dias. Sabendo-se que o banco realiza tais operações cobrando uma taxa de desconto de 5% a.m., IOF à alíquota de 0,0041% a.d. e a tarifa de cobrança de R$ 6, calcule: a) O valor dos jutos cobrados antecipadamente (Desconto) b) O valor do Imposto sobre Operações Financeiras c) O valor líquido creditado na conta corrente da empresa d) A taxa efetiva mensal paga pela empresa nessa operação Prazo (n): 38 dias Taxa de juros (i): 5% a.m. Valor líquido = R$ 10.000 − Juros − IOF − Tarifas Valor total = R$ 10.000 130 Desconto de Duplicata Dados | VT: R$ 10.000 • Prazo: 38 dias • Taxa: 5% a.m. • IOF: 0,0041 a.d. • Tarifa: R$ 6 a) Valor dos Juros: 𝑫 𝒐𝒖 𝑱 = 𝑅$ 10.000 × 0,05 × 38 30 = 𝑹$ 𝟔𝟑𝟑, 𝟑𝟑 b) Valor do IOF: 𝐼𝑂𝐹 = 𝑉𝑇 − 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 × 0,0041% × 38 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑰𝑶𝑭 = 𝑅$ 10.000 − 𝑅$ 633,33 × 0,000041 × 38 = 𝑅$ 9.366,67 × 0,001558 = 𝑹$ 𝟏𝟒, 𝟓𝟗 c) Valor líquido creditado na conta: 𝑉𝐿 = 𝑉𝑇 − 𝐷 − 𝐼𝑂𝐹 − 𝑇𝑎𝑟𝑖𝑓𝑎𝑠 𝑽𝑳 = 𝑅$ 10.000 − 𝑅$ 633,33 − 𝑅$ 14,49 − 𝑅$ 6 = 𝑹$ 𝟗. 𝟑𝟒𝟔, 𝟎𝟕 d) Taxa efetiva mensal no conceito de juros compostos: 𝑖𝑒 = 𝑉𝐹 𝑉𝑃 1 𝑛 − 1 × 100 𝒊𝒆 = 𝑅$ 10.000 9.346,07 1 38 30 − 1 × 100 = 1,054842 − 1 × 100 = 0,054842 × 100 = 𝟓, 𝟒𝟖𝟒𝟐% 𝒂. 𝒎. 131 Desconto de Duplicata d) Taxa efetiva mensal no conceito de juros compostos: 𝑖𝑒 = 𝑉𝐹 𝑉𝑃 1 𝑛 − 1 × 100 𝒊𝒆 = 𝑅$ 10.000 9.346,07 1 38 30 − 1 × 100 = 1,054842 − 1 × 100 = 0,054842 × 100 = 𝟓, 𝟒𝟖𝟒𝟐% 𝒂. 𝒎. [f] [REG] limpa registros 9.346,07 [CHS] [PV] 38 [ENTER] 30 [÷] [n] 10.000 [FV] [i] 5,48 TAXA(Nper;Pgto;Vp;Vf;Tipo;Estimativa) =TAXA(38/30;;-9346,07;10000) 132 Desconto de Duplicata 5,48% 133 Desconto de Duplicata | Carteira 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑃𝑜𝑛𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 = σ(𝑝𝑟𝑎𝑧𝑜 × 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟) σ(𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟) =TAXA(48,16/30;;151.710,44;160.000) 134 Juros Compostos Determinação do custo de vários tipos de empréstimos e financiamentos (BNDES, por exemplo) Taxa de retorno de projetos de investimento Avaliação de ações Operações que envolvem séries de pagamentos ou recebimentos: 135 Musharaka | Murabaha Mundo Islâmico ⚫ Acima de 50% da população ⚫ Entre 10% e 50% da população Musharaka: termo árabe que designa um método, nos países islâmicos, de contornar a cobrança de juros. Embora esta última seja proibida, a obtenção de lucro não é. Se um emprestador se tornar sócio (ou parceiro) do devedor, poderá participar dos lucros, que é uma forma de receber juros devidos. Murabaha: termo árabe que designa uma forma de contornar a proibição da cobrança de juros por um empréstimo. Consiste em aceitar a compra de bens e serviços do devedor por um preço e, ao mesmo tempo, concordar em revender os mesmos produtos ou serviços por um preço mais elevado. A diferença é o ganho do emprestador que seriam os juros cobrados pelo empréstimo do dinheiro. 136 Juros Compostos: Capital • Encontra ampla aplicação prática em operações financeiras de médio e longo prazos • Os juros incidem sobre o saldo acumulado (montante) • O juro gerado em determinada operação é adicionado ao principal e serve de base para cálculo de juros posteriores Fórmula do valor presente (PV) PV = 𝐹𝑉 1 + 𝑖 𝑛 Fórmula do valor futuro (FV) 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 𝑛 O n d e : PV = valor presente (principal) FV = valor futuro (montante) i = taxa (exponencial) de juros n = número de períodos 137 Juros Compostos: Capital Se uma pessoa desejar obter R$ 200.000,00 dentro de um ano, quanto deverá aplicar, hoje, num futuro que rende 7% a.t.? Em outras palavras, qual é o valor presente dessa aplicação? Dados | FV = $ 200.000,00 | n = 4 trimestres | i = 7% a.t. | PV = ? Valor Presente: 𝐏𝐕 = 𝐹𝑉 1+𝑖 𝑛 = 𝑅$ 200.000 1+0,7 4 = 𝑅$ 200.000 1,07 4 = R$ 152.579,00 Considere o caso de um investidor que aplicou R$ 1.000,00 no Banco ABC, pelo prazo de quatro anos, com uma taxa de juros de 8% ao ano, no regime de juros compostos. Determinar o valor do saldo desse investidor no Banco ABC no final de cada um dos quatro anos da operação 138 Juros Compostos Ano Saldo no Início do Ano Juros do ano Saldo no final do ano antes do pagamento Pagamento do ano Saldo no final do ano após o pagamento 1 R$ 1.000,00 8% × R$ 1.000,00 = R$ 80,00 R$ 1.080,00 R$ 0,00 R$ 1.080,00 2 R$ 1.080,00 8% × R$ 1.080,00 = R$ 86,40 R$ 1.166,40 R$ 0,00 R$ 1.166,40 3 R$ 1.160,00 8% × R$ 1.166,40 = R$ 93,31 R$ 1.259,71 R$ 0,00 R$ 1.259,71 4 R$ 1.240,00 8% × R$ 1.259,71 = R$ 100,78 R$ 1.360,49 R$ 1.360,49 R$ 0,00 1.000 1.080 1.160 1.240 1.320 1.400 0 1 2 3 4 S a ld o ( R $ ) Anos Crescimento de R$ 1.000,00 a juros compostos de 8% a.a. 139 Juros Simples | Compostos 0 1 2 3 4 Juros compostos 1.000,00 1.080,00 1.166,40 1.259,71 1.360,49 Juros simples 1.000,00 1.080,00 1.160,00 1.240,00 1.320,00 1.000 1.080 1.160 1.240 1.320 1.400 S a ld o ( R $ ) Anos Crescimento de R$ 1.000,00 a juros simples e compostos de 8% a.a. 140 Juros Compostos 𝐹𝑉𝑜𝑢 𝑉𝐹 = 𝑃𝑉𝑜𝑢 𝑉𝑃 × 1 + 𝑖 𝑜𝑢 𝑇𝐴𝑋𝐴 𝑛 𝑜𝑢 𝑁𝑃𝐸𝑅 PV (Present Value) VP (Valor Presente) i TAXA n NPER FV (Future Value) VF (Valor Futuro) 𝐽𝑢𝑟𝑜𝑠 = 𝑉𝑃 1 + 𝑇𝐴𝑋𝐴 𝑁𝑃𝐸𝑅 − 1 + VP 𝑃𝑉 = 𝐹𝑉 1 + 𝑖 𝑛 𝑜𝑢 𝑉𝑃 = 𝑉𝐹 1 + 𝑇𝐴𝑋𝐴 𝑁𝑃𝐸𝑅 𝑖 = 𝑛 𝐹𝑉 𝑃𝑉 − 1 = 𝐹𝑉 𝑃𝑉 1 𝑛 − 1 𝑜𝑢 𝑇𝐴𝑋𝐴 = 𝐹𝑉 𝑉𝑃 1 𝑁𝑃𝐸𝑅 − 1 × 100 𝑛 = 𝑙𝑜𝑔 𝐹𝑉 𝑃𝑉 𝑙𝑜𝑔 1 + 𝑖 𝑜𝑢 𝑁𝑃𝐸𝑅 = 𝐿𝑁 𝑉𝐹 𝑉𝑃 𝐿𝑁 1 + 𝑇𝐴𝑋𝐴 141 Juros Compostos: Taxa (i) Determinar a taxa mensal de juros de uma aplicação de R$ 120.000,00 que gera um montante de R$ 130.439,50 ao final de um semestre. Dados: PV = R$ 120.000,00 | FV = R$ 130.439,50 | n = 6 meses | i = ? Cálculo da taxa: 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 𝑛 ↔ 𝑅$ 130.439,50 = 𝑅$ 120.000,00 × 1 + 𝑖 6 1 + 𝑖 6 = 𝑅$ 130.439,50 𝑅$ 120.000,00 ↔ 1 + 𝑖 6 = 1,086996 6 1 + 𝑖 = 6 1,086996 ↔ 1 + 𝑖 = 1,014 = 𝟎, 𝟎𝟎𝟏𝟒 𝒐𝒖 𝟏, 𝟒% HP 12C: 1,086996 [ENTER] 6 [1/×] [𝑦𝑥] • Excel: 1,086996^(1/6) 142 Tábuas Financeiras: fatores de VP e VF de pagamentos Fator de Valor Futuro de Pagamento Único Esta tabela fornece a partir da taxa (i) e do número de períodos (n) o fator que, multiplicado ao valor presente (capital) de um pagamento ou aplicação, resulta em seu valor futuro (montante). Isto é, VF = Fator VP. Fator de Valor Presente de Pagamento Único Esta tabela fornece a partir da taxa (i) e do número de períodos (n) o fator que, multiplicado ao valor futuro (montante) de um pagamento ou aplicação, resulta em seu valor presente (capital). Isto é, VP = Fator VF. Fator de Valor Futuro de uma Série Uniforme de Pagamentos (Sn|i) Esta tabela fornece a partir da taxa (i) e do número de parcelas (n) o fator que, multiplicado ao valor da parcela fixa de uma série de pagamentos|recebimentos, resulta no valor futuro ao final de todos os pagamentos|recebimentos. Isto é, VF = Parcela Sn|i ou Parcela = VF Sn|i. Fator de Valor Presente de uma Série Uniforme de Pagamentos (An|i) Esta tabela fornece a partir da taxa (i) e do número de parcelas (n) o fator que, multiplicado ao valor da parcela fixa de uma série de pagamentos|recebimentos, resulta no valor presente(à vista) de todos os pagamentos|recebimentos. Isto é, VP = Parcela An|i ou Parcela = VP An|i. 143 Tábuas Financeiras: fatores de VP e VF de pagamentos 144 Tábuas Financeiras: fatores de VP e VF de pagamentos 145 Tábuas Financeiras: fatores de VP e VF de pagamentos 146 Tábuas Financeiras: fatores de VP e VF de pagamentos 147 Juros Compostos: Microsoft Excel 𝐹𝑉𝑜𝑢 𝑉𝐹 = 𝑃𝑉𝑜𝑢 𝑉𝑃 × 1 + 𝑖 𝑜𝑢 𝑇𝐴𝑋𝐴 𝑛 𝑜𝑢 𝑁𝑃𝐸𝑅 TAXA taxa de juros compostos que será aplicada sobre o valor do capital ou das parcelas para a obtenção do valor futuro NPER prazo de uma operação com o capital inicial fixo, ou o número de parcelas de uma série uniforme de pagamentos ou recebimentos. Deve ser consistente e fornecido na mesma unidade de tempo da taxa de juros PGTO pagamento efetuado a cada período, ou seja, o valor das prestações em uma série uniforme de pagamentos ou recebimentos VP valor presente, principal ou capital inicial da operação TIPO número 0 ou 1 que indica a data de vencimento das parcelas em uma série uniforme de pagamentos ou recebimentos. O número 1 indica que a primeira parcela de uma série uniforme é efetuada no ato da contratação da operação (antecipada) e o número 0, que a mesma vencerá um período após. No caso de parcelas únicas futuras essa informação é dispensável 148 Juros Compostos: Valor Presente Quanto uma pessoa deve aplicar hoje para ter acumulado um montante de R$ 100.000, daqui a 12 meses, a uma taxa de 2% ao mês? Dados: VP = R$ ? • i = 2% a.m. • n = 12 meses • VF = R$ 100.000 VP = ? i = 2% a.m. 12 m VF = R$ 100.000 0 [f] [REG] limpa registros 100.000 [CHS] [FV] 2 [i] 12 [n] [PV] 78.849,32 𝑷𝑽 = 𝐹𝑉 1 + 𝑖 𝑛 = 𝑅$ 100.000 1 + 0,02 12 = 𝑹$ 𝟕𝟖. 𝟖𝟒𝟗, 𝟑𝟐 Trocar o sinal da entrada de caixa Convenção de fluxo de caixa: entradas têm sinais positivos e saídas negativos VP(Taxa;Nper;Pgto;Vf;Tipo) =VP(2%;12;;100000) 149 Juros Compostos: Valor Presente Quanto uma pessoa deve aplicar hoje para ter acumulado um montante de R$ 100.000, daqui a 12 meses, a uma taxa de 2% ao mês? Fator de Valor Presente de Pagamento Único Esta tabela fornece a partir da taxa (i) e do número de períodos (n) o fator que, multiplicado ao valor futuro (montante) de um pagamento ou aplicação, resulta em seu valor presente (capital). Isto é, VP = Fator VF. VP = 0,7885 R$ 100.000 = R$ 78.850 150 Qual o valor de resgate relativo à aplicação de um capital de R$ 500.000, por 18 meses, à taxa de 10% ao mês? Dados: VP = R$ 500.000 • i = 10% a.m. • n = 18 meses • VF = ? VP = R$ 500.000 i = 10% a.m. 18 m VF = ? 0 𝑉𝐹 = 𝑉𝑃 × 1 + 𝑖 𝑛 ↔ 𝑅$ 500.000 × 1 + 0,10 18 = 𝑅$ 2.779.958,66 [f] [REG] limpa registros 500.000 [CHS] [PV] 10 [i] 18 [n] [FV] 2.779.958,66 Juros Compostos: Valor Futuro VF(Taxa;Nper;Pgto;Vp;Tipo) =VF(10%;18;;-500000) 151 Juros Compostos: Valor Presente Qual o valor de resgate relativo à aplicação de um capital de R$ 500.000, por 18 meses, à taxa de 10% ao mês? Fator de Valor Futuro de Pagamento Único Esta tabela fornece a partir da taxa (i) e do número de períodos (n) o fator que, multiplicado ao valor presente (capital) de um pagamento ou aplicação, resulta em seu valor futuro (montante). Isto é, VF = Fator VP. VF = 5,5599 R$ 500.000 = R$ 2.779.950 152 Juros Compostos: Taxa | Interest (i) Determine a taxa de juros mensal cobrada por um banco em um empréstimo de R$ 600.000, por 8 meses, cujo valor final pago foi de R$ 1.025.000; Dados: VP = R$ 600.000 ? • i = %? a.m. • n = 8 meses • VF = R$ 1.025.000 VP = R$ 600.000 i = ? a.m. 8 m VF = R$ 1.025.000 0 [f] [REG] limpa registros 600.000 [CHS] [PV] 8 [n] 1.025.000 [FV] [i] 6,92 𝑖 = 𝐹𝑉 𝑃𝑉 1 𝑛 − 1 × 100 = 𝑅$ 1.025.000 600.000 1 8 − 1 × 100 = 6,92% TAXA(Nper;Pgto;Vp;Vf;Tipo;Estimativa) =TAXA(8;;-600000;1025000;;0) 153 Juros Compostos: Prazo (n) Em quanto tempo um capital de R$ 2.000, aplicado a uma taxa de 20% ao mês, gera um montante de R$ 3.500? Dados: VP = R$ 2.000 ? • i = 20% a.m. • n = ? meses • VF = R$ 3.500 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 𝑛 ↔ 𝑅$ 3.500 = 𝑅$ 2.000 × 1 + 0,20 𝑛 ↔ 𝑅$ 3.500 𝑅$ 2.000 = 1,20 𝑛 1,75 = 1,20 𝑛 ↔ 𝑛 = 𝐿𝑁 1,75 𝐿𝑁 1,20 = 3,06938 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠 𝑜𝑢 92 𝑑𝑖𝑎𝑠 3,06938 × 30 OU 𝒏 = 𝑙𝑜𝑔 𝐹𝑉 𝑃𝑉 𝑙𝑜𝑔 1 + 𝑖 = 𝐿𝑁 𝑅$ 3.500 𝑅$ 2.000 𝐿𝑁 1,20 = 𝐿𝑁1,75 𝐿𝑁1,20 = 𝟑, 𝟎𝟔𝟗𝟑𝟖 𝒎𝒆𝒔𝒆𝒔 HP 12C: 3.500 [ENTER] 2.000 [÷] [g] [LN] 1,2 [g] [LN] [÷] Excel: LOG(3500/2000)/LOG(1,2) 154 Juros Compostos: Prazo (n) Em quanto tempo um capital de R$ 2.000, aplicado a uma taxa de 20% ao mês, gera um montante de R$ 3.500? Dados: VP = R$ 2.000 ? • i = 20% a.m. • n = ? meses • VF = R$ 3.500 VP = R$ 2.000 i = 20 a.m. ? m VF = R$ 3.500 0 [f] [REG] limpa registros 2.000 [CHS] [PV] 20 [i] 3.500 [FV] [n] 4,00 NPER(Taxa;Pgto;Vp;Vf,Tipo) =NPER(20%;;-2000;3500)A HP 12C aproxima para o período mais próximo 155 Juros Compostos: Prazo (n) Pré | Pós O uso das funções financeiras aplicáveis às series uniformes requer a configuração da data do primeiro pagamento (ou recebimento), o que permite classificar a série em antecipada [g] [BEG] (primeira prestação paga no ato) ou postecipada [g] [END] (pagamento da primeira prestação é diferido). Um aparelho eletrônico está anunciado pro R$ 4.000 à vista ou em três parcelas sem entrada. Sabendo que na operação é cobrada uma taxa de 2% a.m. qual o valor de cada prestação? [f] [REG] limpa registros 4.000 [CHS] [PV] 2 [i] 3 [n] [g] [END] [PMT] 1.387,02 Dados: VP = R$ 4.000 • i = 2% a.m. • n = 3 meses • PMT = R$ ? PGTO(Taxa;Nper;Vp;Vf;Tipo) =PGTO(2%;3;-4000) 156 Juros Compostos: Prazo (n) Pré | Pós Um veículo zero quilômetro é anunciado a R$ 20.000 à vista ou em 10 parcelas com entrada. Sabendo que na operação é cobrada uma taxa de 1,8% a.m., qual o valor de cada prestação? Dados: VP = R$ 20.000 • i = 1,8% a.m. • n = 10 meses • PMT = R$ ? [f] [REG] limpa registros 20.000 [CHS] [PV] 1,8 [i] 10 [n] [g] [BEG] [PMT] 2.164,34 PGTO(Taxa;Nper;Vp;Vf;Tipo) =PGTO(1,8%;10;-20000;;1) 157 Juros Compostos: Prazo (n) Pré | Pós A rede de lojas Mania Mania está anunciando a venda de um conjunto de estofados por R$ 400 à vista ou em três parcelas mensais, iguais e sem entrada, no valor de R$ 150. Qual o valor de cada prestação? Dados: VP = R$ 400 • i = ? % a.m. • n = 3 meses • PMT = R$ 150 [f] [REG] limpa registros 400 [CHS] [PV] 3 [n] PMT [150] [g] [END] [i] 6,1286 TAXA(Nper;Pgto;Vp;Vf;Tipo;Estimativa) =TAXA(3;150;-400;;0) ou =TAXA(3;150;-400) 158 VFPLANO =VFPLANO(capital;plano) • A função permite obter o valor futuro de um capital que está atualizado por uma série consecutiva de taxas compostas. (Caso essa ferramenta não esteja disponível, vá ao menu Ferramentas>Suplementos e marque a caixa de seleção Ferramentas de Análise) O Sr. José investiu, no dia 01/02/2020 a quantia de R$ 30.000 numa caderneta de poupança. Qual o valor total dessa conta no dia 01/09/2020, sabendo-se que o Sr. José não efetuou saques nem depósitos adicionais? Plano: intervalo de taxas compostas que serão aplicadas sobre o valor do capital para obter o valor futuro do mesmo Capital: valor presente, principal ou capital inicial da operação, que sofrerá a atualização pela série sucessiva de taxas compostas 159 VFPLANO =VFPLANO(capital;plano) • A função permite obter o valor futuro de um capital que está atualizado por uma série consecutiva de taxas compostas. (Caso essa ferramenta não esteja disponível, vá ao menu Ferramentas>Suplementos e marque a caixa de seleção Ferramentas de Análise) Calcule o percentual acumulado de inflação do período de janeiro a maio de 1999, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), por meio do IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna). Plano: intervalo de taxas compostas que serão aplicadas sobre o valor do capital para obter o valor futuro do mesmo Capital: valor presente, principal ou capital inicial da operação, quesofrerá a atualização pela série sucessiva de taxas compostas Observe que foi utilizado um capital fictício de R$ 100 como base para atualização pelos índices do período − 100 = 7,89% 160 CDB Pós-fixado com taxas de referências Uma empresa aplicou a quantia de R$ 200.000 em um CDB pós-fixado no dia 01/11/2020 pelo prazo de 120 dias à taxa de TR + 13% a.a. Qual o valor do resgate bruto • Qual o valor do Imposto de Renda • Qual o valor líquido de resgate Atualização monetária do valor aplicado | Cálculo do valor do resgate bruto, IR e resgate líquido Fase Fase 161 Funções financeiras com períodos | taxas diferentes Qual o montante produzido pela aplicação de um capital de R$ 80.000 à taxa de 2% ao mês pelo prazo de 69 dias? Dados: VP = R$ 80.000 ? • i = 2% a.m. • n = 69 dias • VF = R$ ? Taxa é sagrada! Nunca mexa na taxa, iguale o período! Dados: VP = R$ 80.000 • i = 2% a.m. • n = 69÷30 dias • VF = R$ ? [f] [REG] limpa registros 80.000 [CHS] [PV] 2 [i] 69 [ENTER] 30 [÷] [n] [FV] 83.727,94 VF(Taxa;Nper;Vp;Vf;Tipo) =VF(2%;69/30;;-80000) 162 Funções financeiras com períodos | taxas diferentes Uma calculadora é vendida nas seguintes condições: a) À vista: R$ 100 b) A prazo: R$ 30 de entrada e mais uma parcela de R$ 85, a ser paga em 45 dias Qual a taxa de juros mensal cobrada pelo financiamento? Observe que o valor do principal a ser financiado é de R$ 70 (valor à vista, R$ 100 menos o valor da entrada, R$ 30), sendo que, por este valor, o comprador irá pagar daqui a 45 dias uma única parcela de R$ 85. A taxa cobrada neste financiamento é de 13,82% a.m. R$ 70 R$ 30 R$ 85 R$ 100 TAXA(Nper;Pgto;Vp;Vf;Tipo;Estimativa) =TAXA(45/30;;-70;85) 163 Taxa equivalente e taxa efetiva • Taxas equivalentes são as que geram montantes idênticos quando capitalizadas sobre um mesmo capital • 20% a.s. e 44% a.a. são equivalentes pois produzem o mesmo montante em prazo idêntico Expressão: 𝑖𝑞 = 𝑞 1 + 𝑖 − 1 𝑖𝑞= taxa de juros equivalente relativa a uma parte de determinado intervalo de tempo q = número de partes do intervalo de tempo considerado O n d e : 164 Taxa equivalente e taxa efetiva Quais as taxas de juro mensal e trimestral equivalentes de 21% a.a. Taxa de juros equivalente mensal i = 21% a.a. q = 12 meses 𝑖12 = 12 1,21 − 1 𝒊𝟏𝟐 = 0,016 ou 1,6% a.m. Taxa de juros equivalente trimestral i = 21% a.a. q = 4 trimestres 𝑖4 = 4 1,21 − 1 𝒊𝟒 = 0,0488 ou 4,88% a.t. 165 Taxa equivalente e taxa efetiva Financiamento de R$ 200.000,00, contratado à taxa nominal de 20% a.a. com capitalização semestral (proporcional). 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 𝑛 i = 20% a.a. 𝐹𝑉 = 𝑅$ 200.000,00 × 1 + 0,20 1 FV = R$ 240.000,000 i = 10% a.s. 𝐹𝑉 = 𝑅$ 200.000,00 × 1 + 0,10 2 FV = R$ 242.000,000 # Diferença ocorrida pelo prazo de capitalização ser diferente do prazo da taxa de juros 166 Taxa equivalente e taxa efetiva Identidade de cálculo da taxa efetiva de qualquer operação, quando o prazo de capitalização não coincidir com o prazo definido pela taxa contratada e os juros forem distribuídos de forma proporcional nos períodos de capitalização 𝑖𝑒 = 1 + 𝑖 n n − 1 Onde: n = número de períodos de capitalização da taxa contratada em determinado período de tempo 167 Taxa equivalente e taxa efetiva Determinar o montante de uma aplicação de R$ 60.000,00 efetuada pelo prazo de um ano à taxa de juros de 17,5% a.a. capitalizados trimestralmente. 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 𝑛 𝐹𝑉 = 𝑅$ 60.000,00 × 1 + 0,175 4 4 𝐹𝑉 = 𝑅$ 71.209,38 Taxa Efetiva 𝑖𝑒 = 1 + 𝑖 𝑛 𝑛 − 1 𝑖𝑒 = 1 + 0,175 4 4 − 1 𝑖𝑒 = 0,1868 𝑜𝑢 18,68% 𝑎. 𝑎. Capitalização de forma proporcional à taxa nominal 168 Taxa equivalente e taxa efetiva Capitalização pelo uso da taxa trimestral equivalente composta Taxa efetiva: 𝑖𝑒 = 4 1,175 − 1 𝑖𝑒 = 0,4114 𝑜𝑢 4,11% 𝑎. 𝑡. 𝐹𝑉 = 𝑃𝑉 × 1 + 𝑖 𝑛 𝐹𝑉 = 𝑅$ 60.000 × 1 + 0,4114 4 𝐹𝑉 = 𝑅$ 70.500,00 169 Taxas que geram montantes idênticos quando capitalizadas sobre um mesmo capital e prazo 𝐹𝑉 = 𝑅$ 100 × 1,02 12 = 𝑅$ 126,82 𝐹𝑉 = 𝑅$ 100 × 1,0612 4 = 𝑅$ 126,82 𝐹𝑉 = 𝑅$ 100 × 1,1262 2 = 𝑅$ 126,82 Taxa Equivalente 170 A grande diferença entre quem não faz e quem faz alguma coisa: Pessoas que não fazem nada: 1,00 365 = 1,00 Pessoas que fazem: 1,01 365 = 𝟑𝟕, 𝟕 Matemática da Vida 171 Função Descrição PGTO Retorna o pagamento periódico de uma anuidade TAXA Retorna a taxa de juros por período em uma anuidade TIR Retorna a taxa interna de retorno de uma sequência de fluxos de caixa VF Retorna o valor futuro de um investimento VP Retorna o valor presente de um investimento VPL Retorna o valor líquido atual de um investimento, baseado em uma série de fluxos de caixa periódicos e em uma taxa de desconto XTIR Retorna a taxa interna de retorno para um plano de fluxos de caixa não sejam necessariamente periódicos XVPL Retorna o valor atual líquido para um plano de fluxos de caixa não sejam necessariamente periódicos Excel | Funções financeiras 172 Função Descrição AMORDEGRC Retorna a depreciação para cada período contábil. AMORLINC Retorna a depreciação para cada período contábil. BD Retorna a depreciação de um ativo para um determinado período utilizando o método de balanço de declínio fixo. BDD Retorna a depreciação de um ativo para um determinado período utilizando o método do balanço de declínio duplo ou qualquer outro método especificado. BDV Retorna a depreciação de um ativo para um período específico ou parcial utilizando o método de balanço decrescente. CUP.DATA.ANT Retorna a última data do cupom antes da data de liquidação. CUP.DATA.PRÓX Retorna a próxima data do cupom depois da data de liquidação. CUP.DIAS Retorna o número de dias no período do cupom que contém a data de liquidação. CUP.DIAS.IN.LIQ Retorna o número de dias entre o início do cupom e a data de liquidação. CUP.DIAS.PRÓX Retorna o número de dias entre a data de liquidação e a próxima data do cupom. CUP.NÚM Retorna o número de cupons a serem pagos entre a data de liquidação e a data do vencimento. DESC Retorna a taxa de desconto de um título. DPD Retorna a depreciação em linha reta de um ativo durante um período. DURAÇÃO Retorna a duração anual de um título com pagamentos de juros periódicos. EFETIVA Retorna a taxa de juros anual efetiva. IPGTO Retorna o pagamento dos juros de um investimento durante um determinado período. JUROS.ACUM Retorna os juros incorridos de um título que paga juros no vencimento. JUROS.ACUMV Retorna os juros incorridos de um título que paga juros no vencimento. LUCRO Retorna o rendimento de um título que paga juros periódicos. LUCRO.DESC Retorna o lucro anual de um título descontado. Por exemplo, uma obrigação do tesouro. LUCRO.PRIM.INC Retorna o rendimento de um título com um período inicial incompleto. LUCRO.ÚLT.INC Retorna o rendimento de um título com um período final incompleto. LUCRO.VENC Retorna o rendimento anual de um título que paga juros no vencimento. Excel | Funções financeiras 173 Função Descrição MDURAÇÃO Retorna a duração modificada Macauley de um título com um valor par atribuído de $100. MOEDA.DEC Converte um preço em moeda, expresso com uma fração, em um preço em moeda, expresso como um número decimal. MOEDA.FRA Converte um preço em moeda, expresso com um número decimal, em um preço em moeda, expresso como uma fração. MTIR Retorna a taxa interna de retorno em que fluxos de caixa positivos e negativos são financiados com taxas diferentes. NOMINAL Retorna a taxa de juros nominal anual. NPER Retorna o número de períodos de um investimento. OTN Retorna o rendimento de uma letra do Tesouro equivalente ao rendimento de um título. OTN.LUCRO Retorna o rendimento de uma letra do Tesouro. OTN.VALOR Retorna o preço por $100 do valor nominal de uma letra do Tesouro. PGTO.CAP.ACUM Retorna o capital cumulativo pago em um empréstimo entre dois períodos. PGTO.JUR.ACUM Retorna os juros cumulativospagos entre dois períodos. PPGTO Retorna o pagamento sobre o montante de um investimento em um determinado período. PREÇO Retorna o preço por $100 do valor nominal de um título que paga juros periódicos. PREÇO.DESC Retorna o preço por $100 do valor nominal de um título com deságio. PREÇO.PRIM.INC Retorna o preço por $100 do valor nominal de um título com um período inicial incompleto. PREÇO.ÚLT.INC Retorna o preço por $100 do valor nominal de um título com um período final incompleto. PREÇO.VENC Retorna o preço por $100 do valor nominal de um título que paga juros no vencimento. RECEBER Retorna a quantia recebida no vencimento para um título totalmente investido. SDA Retorna a depreciação dos dígitos da soma dos anos de um ativo para um período especificado. TAXA.JUROS Retorna a taxa de juros de um título totalmente investido. VF.PLANO Retorna o valor futuro de um capital inicial depois de ter sido aplicada uma série de taxas de juros compostos. Excel | Funções financeiras 174 A vida do pequeno empresário não é fácil mesmo! Levantar cedo, correr atrás de clientes, escapar dos fis... digo, fazer o planejamento fiscal, enfim, a vida de empregado era mais simples. Bom, mas tem outras coisas a considerar, como por exemplo.... A liberdade de decidir que direção tomar. É assim mesmo: poder investir onde quiser, não ter que restringir-se a opções pouco criativas. Isso deveria ser o suficiente para motivar um profissional. Mas a incerteza de Paulo era muito maior. No momento, várias alternativas de decisão eram apresentadas e a dúvida permanecia. Paulo sabia que, como principal executivo da empresa, deveria liderar esse processo, mas tinha uma dúvida vital: deveria aprovar o projeto com maior retorno, simplesmente porque tinha o maior retorno? Mesmo que não fosse um projeto relacionado com a visão de longo prazo da empresa? Essa dúvida era muito razoável e mesmo normal. Afinal, a empresa CompBestpontocom, fundada na década de 80 por dois estudantes recém-formados, teve muita dificuldade para sobreviver nos primeiros anos de sua existência. Contudo, paulatinamente, seu crescimento se tornou consistente e estruturado. No início, a ideia era atender os amigos, montando os micros que eles precisassem, a partir da importação de componentes, na garagem da namorada de um deles. Com o passar do tempo, com o boca-a-boca sendo desenvolvido, a empresa foi criando personalidade própria e se transformou numa entidade jurídica, de fato, em meados dos anos 90, com a ocorrência do Plano Real. A montagem de computadores se tornou uma coisa simples, sem grandes segredos, mesmo para os menos privilegiados. A procura por nichos de mercado fez com que a empresa identificasse várias alternativas de investimento que foram caracterizadas como A, B, C, D, E e F. Tais alternativas não são mutuamente exclusivas, mas existe um limite para o montante de recursos disponíveis (considerando o capital próprio e de terceiros, no máximo $1,5 milhão, a um custo ponderado de 20% a.a.), o que faz com que a empresa se preocupe em analisar rigorosamente o retorno proporcionado. Case: Decisão de Investimento 175 No que refere-se à caracterização dos projetos, temos o seguinte: A = compra de novos equipamentos para desenvolvimento de um novo produto X. B = compra de parte de participação de uma empresa para incluir o produto Z, que interessa a empresa e já disponível para ser adquirida, no portfolio. C = compra de equipamentos em nicho de produto U, que o cliente atual convidou a participar como parceria no desenvolvimento. D = compra de equipamentos e ampliação de equipe para aumento da capacidade de atendimento de um produto T já existente na empresa. E = criação de uma nova empresa para aumentar a capacidade de prestação de serviços de Y e, depois de 3 anos, ser vendida. O diretor financeiro perguntou ao analista qual seria a taxa de custo de oportunidade da empresa a ser aplicada aos projetos. O silêncio costumeiro pairou no ar, até que alguém teve a decência de dizer que preferiria responder essa e outras perguntas no dia seguinte. Novamente a reunião foi suspensa e a lição de casa sobrou... Case: Decisão de Investimento 176 Case: Decisão de Investimento R$ mil Projeto A Projeto B Projeto C Projeto D Projeto E Carteira Ano 0 (200) (500) (600) (500) (1.200) (3.000) Ano 1 80 300 0 10 850 1.240 Ano 2 80 200 200 50 400 930 Ano 3 80 100 500 200 900 1.780 Ano 4 80 200 50 300 0 630 Indicadores A B C D E # Valor Presente Líquido (VPL) R$ 7,10 43,21 -147,65 -196,53 306,94 E Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa) R$ 2,74 16,69 -57,03 -75,92 118,57 E Índice Benefício/Custo (IBC) 1,04 1,09 0,75 0,61 1,26 E Retorno sobre o Investimento (ROI) a.a. 21,05% 22,51% 11,82% 5,92% 27,03% E Retorno Adicional sobre o Investimento (ROIA) a.a. 0,88% 2,09% -6,82% -11,74% 5,86% E Valor Futuro Líquido (VFL) R$ 14,72 89,60 -306,16 -407,52 636,48 E Taxa Interna de Retorno (TIR) a.a. 21,86% 25,14% 8,33% 3,39% 35,94% E Taxa Média de Retorno da Carteira (TIRm) a.a. 20,24% Payback Simples (anos) 2,50 2,00 2,80 3,80 1,88 E Payback Descontado (anos) 3,82 3,55 > 4 anos > 4 anos 2,41 E OBS: Capital próprio e de terceiros, no máximo R$ 1,5 milhão, a um custo ponderado: 20% a.a. R en ta bi lid ad e R is co 177 Indicadores financeiros | Análise de Projetos Um investimento, para uma empresa, é um desembolso que visa um fluxo de benefícios futuros, usualmente superior a um ano. A lógica subjacente é que somente justificam sacrifícios presentes se houver perspectiva de recebimento de benefícios futuros. As técnicas de análises de investimentos estão associadas ao processo de geração de indicadores utilizados na seleção de alternativas de investimentos e, mais recentemente, na avaliação de impacto desses investimentos (Economic Value Added, EVA) de unidades de negócio. Os indicadores de análise de projetos de investimentos podem ser subdivididos em dois grandes grupos: indicadores associados à rentabilidade (ganho ou criação de riqueza) do projeto e indicadores associados ao risco do projeto. Na primeira categoria estão o Valor Presente Líquido (VPL); o Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa); a Taxa Interna de Retorno; o Índice Benefício|Custo (IBC) e o Retorno sobre o Investimento Adicionado (ROIA). Na segunda categoria estão a Taxa Interna de Retorno (TIR|IRR) e o Período de Recuperação do Investimento (payback, pay-back). 178 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Entende-se como taxa mínima de atratividade a melhor taxa, com baixo grau de risco, disponível para aplicação do capital em análise. A decisão de investir terá sempre pelo menos duas alternativas para serem avaliadas: investir no projeto ou investir na taxa mínima de atratividade. Fica implícito que o capital para investimento não fica no caixa mas sim aplicado à TMA. Assim, o conceito de riqueza gerada deve levar em conta somente o excedente sobre aquilo que já se tem, isto é, o que será obtido além da aplicação do capital na TMA. Esse conceito, desde há muito defendido pelos economistas denomina-se lucro residual. Mais recentemente, uma variação desse conceito de excedente tem sido tratada como Valor Econômico Agregado (EVA). A base para estabelecer uma estimativa da TMA é a taxa de juros praticada no mercado. As taxas de juros que mais impactam a TMA são: taxa básica financeira (TBF); taxa referencial (TR); taxa de juros de longo prazo (TJLP) e taxa do sistema especial de liquidação e custódia (Selic). ATM é uma possibilidade real de aplicação de baixo risco dos recursos disponíveis para investimentos. A aplicação na TMA não agrega nenhum valor a empresa, porquanto esse é o comportamento já adotado (dinheiro em caixa não agrega riqueza). 𝑉𝑃𝐿 = 𝐶𝐹0 + 𝐶𝐹𝑗 1 + 𝑇𝑀𝐴 > 0 ∀ 𝑗 = 1,2, … , 𝑛 179 Taxa Mínima de Atratividade (TMA) Uma empresa cuja taxa mínima de atratividade antes de imposto de renda é de 12% a.a. está analisando a viabilidade financeira de um novo investimento. OFluxo de caixa do projeto de investimento em análise está representado a seguir: 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R$ 380 R$ 30 R$ 50 R$ 70 R$ 90 R$ 110 R$ 130 R$ 130 R$ 130 R$ 130 Construa os indicadores de retorno (VPL, VPLa, IBC, ROIA) e de risco (TIR e pay-back) e comente a atratividade financeira do projeto. 180 Valor Presente Líquido (VPL) Usa-se como taxa de desconto a taxa de mínima atratividade da empresa (TMA). O VPL é a operacionalização mais simples do conceito de atratividade de projetos. Para o fluxo de caixa do exemplo o VPL seria calculado da seguinte forma: 𝑉𝑃𝐿 = −𝑅$ 380 1,12 0 + 𝑅$ 30 1,12 1 + 𝑅$ 50 1,12 2 + 𝑅$ 70 1,12 3 + 𝑅$ 90 1,12 4 + 𝑅$ 110 1,12 5 + 𝑅$ 130 1,12 6 + 𝑅$ 130 1,12 7 + 𝑅$ 130 1,12 8 + 𝑅$ 130 1,12 9 VPL = R$ 80,14 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R$ 380 R$ 30 R$ 50 R$ 70 R$ 90 R$ 110 R$ 130 R$ 130 R$ 130 R$ 130 O método do Valor Presente Líquido, com certeza, é a técnica robusta de análise de investimento mais conhecida e mais utilizada. Como o próprio nome indica, nada mais é do que a concentração de todos os valores esperados de um fluxo de caixa na data zero. VPL 181 Valor Presente Líquido (VPL) [f] [REG] limpa registros 380 [CHS] [g] [CF0] 30 [g] [CFj] 50 [g] [CFj] 70 [g] [CFj] 90 [g] [CFj] 110 [g] [CFj] 130 [g] [CFj] 4 [g] [Nj] 12 [i] [f] [NPV] 460,14 [g] [CF0]: Cash Flow 0, armazena o fluxo de caixa na data zero [g] [CFj]: Cash Flow j, armazena o fluxo de caixa na data j ( j entre 1 e 20) [g] [Nj]: armazena o número de fluxos de caixa repetidos [f] [NPV]: Net Present Value (Valor Presente Líquido), calcula o valor presente líquido de um caixa não uniforme Valor Presente Líquido (VPL) Net Present Value (NPV) = R$ 460,14 (-) R$ 380 (capital inicial) = R$ 80,14 182 É importante observar que a função VPL do Excel apresentou um resultado de R$ 460,14. Para se chegar o valor do VPL, tem-se, ainda, que subtrair o investimento inicial (R$ 380) para se chegar ao valor do VPL R$ 80,14. É perceptível que o VPL de fluxos de caixa convencionais é a função decrescente da taxa de desconto. O gráfico abaixo ilustra o comportamento do VPL em função da taxa de descapitalização: R$80,14 (R$200) (R$100) R$0 R$100 R$200 R$300 R$400 R$500 R$600 0 5% 10% 12% 15% 20% 25% Valor Presente Líquido (VPL) VPL significa que o projeto consegue recuperar o investimento inicial (R$ 380), remunera também aquilo que teria sido ganho se o capital para esse investimento (R% 380) tivesse sido aplicado na TMA (12% a.a.) e ainda sobram, em valores monetários de hoje R$ 80,14 (excesso de caixa) 183 Agora, resta saber se R$ 80,14 é bom ou ruim. Em princípio, nenhum número é bom ou ruim, a menos que possa ser comparado com alguma referência. Para o VPL, a regra primária de referência é a seguinte: VPL > 0 (indica que o projeto merece continuar sendo observado) Valor Presente Líquido (VPL) 184 Valor Presente Líquido (XVPL) | Série não uniforme 01/01/2020 05/01/2020 R$ 550 R$ 140 R$ 150 R$ 155 R$ 160 12/03/2020 15/05/2020 16/06/2020 185 Valor Futuro Líquido (VFL) 0 1 R$ 125.000 R$ 45.000 R$ 35.000 R$ 50.000 R$ 35.000 2 3 4 R$ 30.000 5 De forma similar ao VPL, o VFL posiciona todos os fluxos numa mesma data, obtendo um valor líquido do investimento inicial. Porém, ao invés de trazer os fluxos para a data zero, como no caso do VPL, o método do valor futuro líquido carrega todos os fluxos de caixa para a data final (n). VFL 186 Valor Futuro Líquido (VFL) 0 1 R$ 125.000 R$ 45.000 R$ 35.000 R$ 50.000 R$ 35.000 2 3 4 R$ 30.000 5 [f] [REG] limpa registros 125000 [CHS] [g] [CF0] 45000 [g] [CFj] 35000 [g] [CFj] 50000 [g] [CFj] 35000 [g] [CFj] 30000 [g] [CFj] 8 [i] [f] [NPV] 32.508,68 [f] [REG] limpa registros 32508,68 [CHS] [PV] 8 [i] 5 [n] somente entradas de caixa [FV] 47.765,91 187 Algumas vezes, principalmente para projetos com horizontes de planejamento longos, a interpretação do valor monetário do VPL apresenta dificuldades para a comparação. Seria melhor aplicar num projeto com 10 anos de duração e VPL igual a R$ 8 mil, ou num projeto com 4 anos de duração e VPL igual a R$ 5 mil? Uma alternativa é pensar em termos de um VPL médio (equivalente) para cada um dos períodos (anos) do projeto. É mais fácil para o decisor raciocinar em termos de ganho por período (análogo ao conceito contábil de lucro por período) do que em termos de ganho acumulado ao longo de diversos períodos. O Valor Presente Líquido Anualizado (VPLa), também conhecido como Valor Anual Uniforme Equivalente (VAUE) é uma variação do método do Valor Presente Líquido. Enquanto o VPL concentra todos os valores do fluxo de caixa na data zero, no VPLa o fluxo de caixa representativo do projeto de investimento é transformado em uma série uniforme. 𝑽𝑷𝑳𝒂 = 𝑉𝑃𝐿 × 1+𝑖 𝑛−1 𝑖× 1+𝑖 𝑛 = 𝑅$ 80,14 × 1+0,12 9−1 0,12× 1+0,12 9 = 𝑅$ 80,14 × 0,18768 = 𝑹$ 𝟏𝟓, 𝟎𝟒 Valor Presente Líquido anualizado (VPLa) Atentar para pagamento antecipado [g] [BEG] ou postecipado [g] END. Para apagar todos os registros armazenados de uma só vez, incluindo os registros financeiros, registros da pilha e o LAST X, pressione [f] [REG]. Isso também limpará o visor. [f] [REG] [g] [END] se necessário 80,14 [CHS] [PV] 9 [n] 12 [i] [PMT] 15,04 188 Valor Presente Líquido anualizado (VPLa) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R$ 15,04 R$ 15,04 R$ 15,04 R$ 15,04 R$ 15,04 R$ 15,04 R$ 15,04 R$ 15,04 R$ 15,04 Série Uniforme representativa do VPLa Enquanto no VPL todos os valores do fluxo de caixa são concentrados na data zero, no VPLa o fluxo de caixa representativo do projeto de investimento é transformado em uma série uniforme Toda análise feita para o VPL, mutatis mutantis*, aplica-se ao VPLa. A regra primária para o VPLa é: VPLa > 0 (indica que o projeto merece continuar sendo analisado) ______________________ * Expressão latina: “Mudado o que se deve ser mudado”; mudanças pouco relevantes. 189 Índice Custo | Benefício O Índice Benefício|Custo (IBC) é uma medida de quanto se espera ganhar por unidade de capital investido. A hipótese implícita no cálculo do IBC é que os recursos liberados ao longo da vida útil do projeto sejam reinvestidos à taxa mínima de atratividade. Genericamente, o IBC nada mais é do que uma razão entre o fluxo esperado de benefícios de um projeto e o fluxo esperado de investimentos necessários para realizá-lo: 𝑰𝑩𝑪 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑒𝑛𝑒𝑓í𝑐𝑖𝑜𝑠 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 = 𝑅$ 460,14 𝑅$ 380 = 𝟏, 𝟐𝟏𝟎𝟖𝟗 A análise do IBC, para efeito de se aceitar ou rejeitar um projeto, é análoga à do VPL. É fácil verificar que se VPL > 0 então, necessariamente, ter-se-á IBC > 1. para o IBC a regra primária de referência é a seguinte: IBC > 1 (indica que o projeto merece continuar sendo analisado) O valor do IBC igual a 1,21 significa que, para cada R$ 1 imobilizado no projeto, espera-se retirar, após o horizonte de planejamento do projeto (no caso do exemplo são 9 anos), R$ 1,21 após expurgado o ganho que se teria caso esse R$ 1 tivesse sido aplicado na TMA. Pode-se raciocinar em termos de uma rentabilidade de 21,01% em 9 anos. Essa taxa não permite comparação imediata com a TMA (12% a.a.) porquanto a mesma se refere a um período de 9 anos. Uma alternativa é a de se encontrar a taxa equivalente para o mesmo período a TMA. Essa alternativa apresentará a rentabilidade esperada do projeto para o mesmo período da TMA e será denominada ROIA (Retorno Adicional sobre o Investimento | Return on Investment Added). 190 Retorno Adicional sobre o Investimento (ROIA) O ROIA é a melhor estimativa de rentabilidade para um projeto de investimento. Representa, em termos percentuais, a riqueza gerada pelo projeto. Assim, o ROIA é o análogo percentual do conceito de Valor Econômico Agregado (EVA). O ROIA deriva da taxa equivalente ao IBC para cada período do projeto:1 2 3 4 5 6 7 8 9 IBC = 1,21089 0 -1 ROIA = 1% = ? [f] [REG] limpa registros 1 [CHS] PV 9 [n] 1,21089 [FV] [i] 2,15 191 Retorno Adicional sobre o Investimento (ROIA) O projeto em análise apresenta um ROIA de 2,15% a.a. além da TMA (12% a.a.). Essa informação é a melhor estimativa de rentabilidade do projeto de investimento. É importante considerar que o capital disponível para investimento já teria, por definição, uma aplicação de baixo risco com o retorno de 12% a.a. A decisão, agora, resume-se em discutir se vale a pena investir no projeto (assumir o risco do investimento) para se ter um adicional de ganho da ordem de 2,15% a.a. É claro que se trata de um projeto com baixa rentabilidade, contudo, a decisão ainda depende do grau de propensão (ou aversão) ao risco do decisor. 192 Taxa Interna de Retorno (TIR) | Internal Rate of Return (IRR) Por definição, é a taxa que torna o Valor Presente Líquido (VPL) de um fluxo de caixa igual a 0 (zero). Assim, para um fluxo de caixa genérico, tal como apresentado abaixo: 1 2 3 n − 1 n CFn 0 CF0 = Investimento Inicial Fluxo esperado de benefícios tempo CFn-1CF3CF2CF1 A Taxa Interna de Retorno seria a taxa “i” que tornasse verdadeira a seguinte sentença: 𝑉𝑃𝐿 = 𝑗=0 𝑛 𝐶𝐹𝑗 1 + 𝑖 𝑖 = 0 193 Taxa Interna de Retorno (TIR) Para fluxos convencionais, quando o VPL acumulado sucessivamente do tempo “0” até o tempo “n” muda de sinal apenas uma vez, o Valor Presente Líquido apresenta-se como uma função monótona decrescente da taxa de juros, conforme abaixo: Para o projeto em análise, a determinação da TIR consiste em encontrar uma taxa (um valor para “i”) que torne a expressão abaixo verdadeira: 𝟎 = −𝑅$ 380 1+𝑖 0 + 𝑅$ 30 1+𝑖 1 + 𝑅$ 50 1+𝑖 2 + 𝑅$ 70 1+𝑖 3 + 𝑅$ 90 1+𝑖 4 + 𝑅$ 110 1+𝑖 5 + 𝑅$ 130 1+𝑖 6 + 𝑅$ 130 1+𝑖 7 + 𝑅$ 130 1+𝑖 8 + 𝑅$ 130 1+𝑖 9 Sem o auxílio de uma calculadora financeira, a determinação da taxa “i” (TIR|IRR), que torna a expressão acima verdadeira, pode ser um trabalho enfadonho. Um procedimento genérico e simples para a solução do problema é o de tentativa e erros com aproximações sucessivas, conforme apresentado a seguir: 194 Taxa Interna de Retorno (TIR) Taxa arbitrada Valor status Decisão 10,00% 126,83 > 0 Aumentar “i” 20,00% -56,91 < 0 Diminuir “i” 15,00% 20,59 > 0 Aumentar “i” 17,50% -21,10 < 0 Diminuir “i” 16,25% -1,06 > 0 Aumentar “i” Com certeza, a taxa procurada que zera o VPL está entre 15,00% e 16,25%. O uso de interpolação linear, tal como apresentado no gráfico abaixo permite acelerar o processo 20,59 -1,06 15,00 x 16,25 TIR|IRR VPL Taxa0 Taxa procurada 195 Taxa Interna de Retorno (TIR) Resolvida a questão me como calcular a TIR|IRR de um fluxo de caixa, resta saber como essa informação pode ser usada no processo de avaliação de alternativas de investimentos. A TIR tanto pode ser utilizada para analisar a dimensão retorno como também para analisar a dimensão risco. [f] [REG] 380 [CHS] [g] [CF0] 30 [g] [CFj] 50 [g] [CFj] 70 [g] [CFj] 90 [g] [CFj] 110 [g] [CFj] 130 [g] [CFj] 4 [g] [Nj] 12 [i] [f] [IRR] 16,19 196 Taxa Interna de Retorno (TIR) Na dimensão retorno ela pode ser interpretada como um limite superior para a rentabilidade de um projeto de investimento. Essa informação só é relevante se, para o projeto em análise, não se souber o valor da TMA. Caso se saiba o valor da TMA, então a estimativa de rentabilidade do projeto pode ser calculada (ROIA) e a TIR não melhora a informação já disponível. Para o projeto em análise, com TMA igual a 12% a.a. e ROIA igual a 2,15% a.a., tem-se a seguinte relação: [(1 + TMA) × (1 + ROIA) – 1] < TIR A regra primária para a TIR, como medida de retorno é a seguinte: TIR > TMA (indica que há mais ganho investindo-se no projeto do que na TMA) 197 Taxa Interna de Retorno (TIR) Um dos enganos mais comuns é referir-se à TIR como a rentabilidade do projeto. A tabela abaixo mostra que o retorno de 16,1865% só será obtido se os recursos liberados pelo projeto puderem ser reinvestidos a uma taxa igual a TIR. Período “k” Fluxo de Caixa Recursos liberados pelo projeto e capitalizados à TIR por n – k períodos Recursos liberados pelo projeto e capitalizados à TMA por n – k períodos 0 -R$ 380 1 R$ 30 VF(16,1865%;8;;-30) = R$ 99,62 VF(12%;8;;-30) = R$ 74,28 2 R$ 50 VF(16,1865%;7;;-50) = R$ 142,91 VF(12%;7;;-50) = R$ 110,53 3 R$ 70 VF(16,1865%;6;;-70) = R$ 172,20 VF(12%;6;;-70) = R$ 138,17 4 R$ 90 VF(16,1865%;5;;-90) = R$ 190,56 VF(12%;5;;-90) = R$ 158,61 5 R$ 110 VF(16,1865%;4;;-110) = R$ 200,45 VF(12%;4;;-110) = R$ 173,09 6 R$ 130 VF(16,1865%;3;;-130) = R$ 203,90 VF(12%;3;;-130) = R$ 182,64 7 R$ 130 VF(16,1865%;2;;-130) = R$ 175,49 VF(12%;2;;-130) = R$ 163,07 8 R$ 130 VF(16,1865%;1;;-130) = R$ 151,04 VF(12%;1;;-130) = R$ 145,60 9 R$ 130 VF(16,1865%;0;;-130) = R$ 130,00 VF(12%;0;;-130) = R$ 130,00 Valor Futuro Soma dos CF = R$ 1.466,17 Soma dos CF = R$ 1.275,99 Taxa de Retorno TAXA(9;;-380;1466,17) = 16,1865% a.a. TAXA(9;;-380;1275,99) =14,4067% a.a. 198 Taxa Interna de Retorno (TIR) Gráfico do fluxo de caixa resultante do reinvestimento dos recursos a 16,1865% a.a. (TIR): 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R$ 1.466,17 0 -R$ 380 i = 16,1865% Por definição, a melhor alternativa de aplicação para recursos liberados pelo projeto é a TMA (taxa de aplicação com baixo grau de risco). Então, a TIR poderá ser considerada como representativa da rentabilidade do projeto se houver uma coincidência de valores e as taxas, isto é, TIR igual à TMA. Gráfico do fluxo de caixa resultante do reinvestimento dos recursos a 14,407% a.a. (TMA): 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R$ 1.275,99 0 -R$ 380 i = 14,407% 199 Taxa Interna de Retorno (TIR) Resta agora interpretar qual o significado desse valor. Definiu-se, anteriormente, o ROIA (2,1486% a.a.) como a melhor estimativa de rentabilidade para o projeto em análise, após expurgado o efeito da TMA. Ora, sendo a TMA igual a 12% a.a. e expurgando-se o seu retorno de 14,407% chega-se à: 1 + 0,14407 1 + 0,12 − 1 = 2,15% 𝑎. 𝑎. = 𝑅𝑂𝐼𝐴 Ou seja, o retorno de 14,407% a.a. é o mesmo que o ROIA (2,15% a.a.), porém com o efeito cruzado da TMA. Dessa forma, a TIR, na melhor das hipóteses, pode ser interpretada como um limite superior para a estimativa de rentabilidade do projeto, como se segue: [(1 + TMA) × (1 + ROIA) – 1] < TIR ou 14,407% a.a. < 16,1865% 200 Taxa Interna de Retorno (TIR) Pela dimensão risco, a informação da TIR é mais relevante. Aceitando- se o fato de que a TMA flutua segundo as mudanças nas taxas de juros da economia, então pode-se pensar na TMA como uma variável cujo limite inferior é a taxa livre de risco, que também flutua ao longo do tempo. Ora, sabendo-se que, dada uma TMA, o VPL representa o ganho (EVA) associado ao projeto de investimento, e que a TIR é a taxa que zera esse VPL, então ela pode ser interpretada como um limite superior para a variabilidade da TMA. Isso decorre do fato de o VPL (ganho) ir decrescendo à medida que a TMA se aproxima da TIR. Se a TMA for igual à TIR, então o ganho do projeto será igual a zero. Se a TMA for maior do que a TIR, então a empresa estará em melhor situação não investindo no projeto. O critério de referência para o uso da TIR como medida de risco é o seguinte: TIR próxima à TMA (o risco do projeto aumenta segundo a proximidade dessas taxas) 201 TMA TIR Risco Taxa Interna de Retorno (TIR) O gráfico abaixo ilustra o comportamento do VPL e a posição dessas taxas para o projeto em análise. Esse gráfico pode ser feito rapidamente com os recursos gráficos de dispersão no Excel. R$ 600 R$ 400 R$ 300 R$ 200 R$ 100 0 − R$ 600 R$ 500 4% 8% 12% 16% 20% 202 Taxa Interna de Retorno (TIR) Para o projeto em análise, a TIR encontra-se distante da TMA (4 pontos percentuais em uma base de 12%) apontando para um projeto de baixo risco no que tange ao retorno financeiro do investimento. Essa situação era esperadadado o comportamento normativo da relação risco|retorno. Como esse projeto está apresentando baixa rentabilidade, é normal que também esteja associado a ele um baixo risco. 203 Taxa Interna de Retorno (XTIR) | Série não uniforme 01/01/2020 05/01/2020 R$ 550 R$ 140 R$ 150 R$ 155 R$ 160 12/03/2020 15/05/2020 16/06/2020 204 Taxa Média de Retorno (𝑇𝐼𝑅) (ou de custo) O método da TIR é aplicado tanto para a mensuração do retorno de uma aplicação como para a determinação do custo de um empréstimo ou financiamento. Em função da aplicação híbrida do método, dever-se-ia utilizar a denominação “taxa interna de juros” em substituição à expressão “taxa interna de retorno”. No entanto, a expressão é amplamente utilizada por todos os segmentos. Nos exercícios anteriores os conceitos sobre a taxa interna de retorno (TIR) foram baseados numa única operação. No entanto, em razão da sofisticação e de controle, é importante conhecer a metodologia de cálculo da TIR de várias operações: Taxa Média de Retorno | 𝑇𝐼𝑅. A Taxa Média de Retorno (𝑇𝐼𝑅) é a própria Taxa Interna de Retorno (TIR) calculada de uma série de operações (ativas e passivas). É a taxa de desconto que iguala, em determinada data, todas as entradas e saídas de caixa oriundas dessas operações. 205 Taxa Média de Retorno (𝑇𝐼𝑅) (ou de custo) Aplicação Valor da Aplicação Taxa Prazo da Aplicação Montante da Aplicação A R$ 3.000.000 12% a.m. 6 m 3.000.000 × 1,12 6 R$ 5.921.468,06 B R$ 1.200.000 9% a.m. 6 m 1.200.000 × 1,09 6 R$ 2.012.520,13 C R$ 1.800.000 10,5% a.m. 6 m 1.800.000 × 1,105 6 R$ 3.276.771,62 Total R$ 6.000.000 R$ 11.210.759,81 Carteira de aplicações Os capitais foram investidos a diferentes taxas de juros, numa mesma data e prazos idênticos e geraram montantes não idênticos. A taxa média de retorno dessa série de operações ativas deverá produzir o mesmo valor presente (R$ 6.000.000) ou o montante (R$ 11.210.759,81) que seriam obtidos se fossem aplicadas às várias taxas consideradas em cada uma das aplicações (12%, 9% e 10,5%, respectivamente) 𝑇𝐼𝑅 = 𝑅$ 11.210.759,81 𝑅$ 6.000.000 − 1 = 𝟖𝟔, 𝟖𝟒𝟓𝟗𝟗𝟔𝟖% 𝒂. 𝒔. 𝑜𝑢 6 1,8685 − 1 = 𝟏𝟎, 𝟗𝟖% 𝒂. 𝒎. Aplicando a lógica: 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑅$ 6.000.000 × 1,8685% 𝑎. 𝑠 = 𝑅$ 11.210.759,81 Aplicação A: 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑅$ 3.000.000 × 1,1098 6 = 𝑅$ 5.605.379,88 Aplicação B: 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑅$ 1.200.000 × 1,1098 6 = 𝑅$ 2.242.151,95 Aplicação C: 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑅$ 1.800.000 × 1,1098 6 = 𝑅$ 3.363.227,93 R$ 11.210.759,81 206 Taxa Média de Retorno (𝑇𝐼𝑅) (ou de custo) Aplicação Valor da Aplicação Taxa Prazo da Aplicação Montante da Aplicação A R$ 3.000.000 12% a.m. 6 m 3.000.000 × 1,12 6 R$ 5.921.468,06 B R$ 1.200.000 9% a.m. 2 m 1.200.000 × 1,09 2 R$ 1.425.720,00 C R$ 1.800.000 10,5% a.m. 4 m 1.800.000 × 1,105 4 R$ 2.683.623,69 Total R$ 6.000.000 R$ 10.030.811,75 𝑇𝐼𝑅 ↔ 𝑅$ 6.000.000 1+ ҧ𝑖 0 = 𝑅$ 1.425.720 1+ ҧ𝑖 2 + 𝑅$ 2.683.623,89 1+ ҧ𝑖 4 + 𝑅$ 5.921.468,06 1+ ҧ𝑖 6 𝑇𝐼𝑅 = 11,35864452% 𝑎. 𝑚. Carteira de aplicações com prazos diferentes Podem ocorrer situações onde as operações apresentem prazos diferentes ou até mesmo momentos de aplicações não idênticos. Nesses casos, os valores a serem igualados serão aqueles que estiverem expressos no mesmo momento de tempo. Por exemplo, se somente os momentos de realização das operações forem iguais, a 𝑇𝐼𝑅 será a taxa de desconto que iguala o total das aplicações (ou captações) com o valor atualizado dos vários montantes verificados em diferentes datas. 207 Taxa Média de Retorno (𝑇𝐼𝑅) (ou de custo) Momento da Aplicação Valor Aplicação Taxa Prazo da Aplicação Montante da Aplicação A: 𝒕𝟎 R$ 3.000.000 12% a.m. 6 m 3.000.000 × 1,12 6 R$ 5.921.468,06 B: 𝒕𝟒 R$ 1.200.000 9% a.m. 2 m 1.200.000 × 1,09 2 R$ 1.425.720,00 C: 𝒕𝟐 R$ 1.800.000 10,5% a.m. 4 m 1.800.000 × 1,105 4 R$ 2.683.623,69 Total R$ 6.000.000 R$ 10.030.811,75 𝑇𝐼𝑅 ↔ 𝑅$ 3.000.000 × 1 + ҧ𝑖 6 + 𝑅$ 1.200.000 × 1 + ҧ𝑖 2 + 𝑅$ 1.800.000 × 1 + ҧ𝑖 4 = 𝑅$ 10.030.811,75 𝑻𝑰𝑹 = 𝟏𝟏, 𝟒𝟗% 𝒂. 𝒎. Carteira de aplicações com diferentes momentos de realizações Se as operações tiverem datas de realizações diferentes, a 𝑇𝐼𝑅 será a taxa que iguala o valor capitalizado das aplicações (ou captações) processadas com o total dos montantes. • Apesar de os prazos serem também diferentes, supõe-se que os términos das operações (data de resgate das aplicações) ocorrerão no mesmo momento de tempo (sexto mês). • Em matemática financeira é importante que pelo menos um dos valores (VP ou VF) esteja identificado na mesma data. Quando isso não ocorrer, o cálculo da 𝑇𝐼𝑅 é efetuado propondo-se uma única data de resgate para todas as aplicações. • Em carteiras de captação de recursos é mais comum colocar os valores captados num único momento de tempo; permanecem, portanto, somente os montantes (valores a pagar) expressos em diferentes datas. 208 Taxa Média de Retorno (𝑇𝐼𝑅) (ou de custo) Captação Valor Taxa de juros Número de pagamentos Prestação mensal A R$ 1.000.000 11% a.m. 3 m R$ 409.213,07 B R$ 2.200.000 12% a.m. 5 m R$ 554.819,46 C R$ 500.000 10% a.m. 7 m R$ 102.702,75 Total R$ 3.500.000 Carteira de financiamento com várias séries de Pagamentos ou Recebimentos O cálculo da taxa média de retorno (𝑇𝐼𝑅) para carteiras que envolvam operações com várias séries de pagamentos ou recebimentos segue, basicamente, o mesmo raciocínio. A carteira de financiamento supõe que os recursos captados são pagos de acordo com os prazos e taxas de juros, considerados em prestações mensais, e seus valores estão definidos na última coluna. Evidentemente, qualquer outro esquema de pagamento das dívidas (pagamento final, por exemplo) poderia ser considerado e não alteraria a metodologia de cálculo da (𝑇𝐼𝑅). 209 Taxa Média de Retorno (𝑇𝐼𝑅) (ou de custo) Mês 1 409.213,07 + 554.819,46 + 102.702,75 1.066.735,28 Mês 2 409.213,07 + 554.819,46 + 102.702,75 1.066.735,28 Mês 3 409.213,07 + 554.819,46 + 102.702,75 1.066.735,28 Mês 4 554.819,46 + 102.702,75 657.522,21 Mês 5 554.819,46 + 102.702,75 657.522,21 Mês 6 102.702,75 102.702,75 Mês 7 102.702,75 102.702,75 1 2 3 4 5 6 7 3.500.000 1.066.735 1.066.735 1.066.735 657.522 657.522 102.703 102.703 Entradas: total dos créditos levantados Saídas: total dos pagamentos (prestações) mensais 𝑇𝐼𝑅 ↔ 𝑅$ 3.500.000 1+ ҧ𝑖 0 = 𝑅$ 1.066.735,28 1+ ҧ𝑖 1 + 𝑅$ 1.066.735,28 1+ ҧ𝑖 2 + 𝑅$ 1.066.735,28 1+ ҧ𝑖 3 + 𝑅$ 657.522,21 1+ ҧ𝑖 4 + 𝑅$ 657.522,21 1+ ҧ𝑖 5 + 𝑅$ 102.702,75 1+ ҧ𝑖 6 + 𝑅$ 102.702,75 1+ ҧ𝑖 7 𝑻𝑰𝑹 = 𝟏𝟏, 𝟒𝟏𝟏𝟐𝟓𝟒𝟐𝟗% 𝒂. 𝒎. Com auxílio de calculadora financeira ou Excel, a taxa média de retorno de 11,41% a.m. corresponde ao custo médio mensal da carteira de financiamento da empresa. Em outras palavras, se os encargos financeiros dos empréstimos fossem calculados à taxa de 11,41% a.m., produziriam valores periódicos mensais equivalentes ao capital emprestado de R$ 3.500.000 pelos diversos credores da empresa. 0 210 Período de recuperação do Investimento (pay-back) Outro indicador de risco de projetos de investimentos, nada mais é do que o número de períodos necessários para que o fluxo de benefícios supere o capital investido (Ano 0). Como a tendência é a de mudanças contínuas e acentuadas na economia, não se pode esperar muito para recuperar o capital investido, sob pena de se alijar das próximas oportunidades de investimentos. Em contextos dinâmicos, como o de economias globalizadas, esse indicador assume importância no processo de decisões de investimentos. O período de payback é um dos métodos mais simples para analisar a viabilidade econômica e financeira de um projeto de investimento. O pay-back (payback, pay back) simples é uma medida muito utilizada no dia a dia, principalmente quando precisamos fazer contas rápidas e não temos tempo para uma análise mais detalhada. Porém o período de pay-back simples éuma medida incorreta em termos de matemática financeira, pois não considera o valor do dinheiro no tempo. O pay-back descontado resolve essa questão do valor do dinheiro no tempo, pois utiliza uma taxa de desconto em cada um dos fluxos de caixa futuros. Contudo, o pay- back descontado continua deixando a desejar em outros aspectos, como no fato de existirem fluxos de caixa negativos após o período de payback. 211 Período de recuperação do Investimento (pay-back) PV|VP = −𝑅$ 1.200 1,12 0 • 𝑅$ 300 1,12 1 • 𝑅$ 300 1,12 2 • 𝑅$ 300 1,12 3 • 𝑅$ 300 1,12 4 • 𝑅$ 300 1,12 5 • 𝑅$ 300 1,12 6 • 𝑅$ 300 1,12 7 • 𝑅$ 300 1,12 8 PV|VP = −𝑅$ 1.200 • 𝑅$ 267,86 • 𝑅$ 239,16 • 𝑅$ 213,53 • 𝑅$ 190,66 • 𝑅$ 170,23 • 𝑅$ 151,99 • 𝑅$ 135,70 • 𝑅$ 121,16 Nota: Em fluxos de caixa uniformes e iguais, o pay-back simples é obtido pela expressão 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜𝑠 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑖𝑥𝑎 = 𝑅$ 1.200 𝑅$ 300 = 4 𝑎𝑛𝑜𝑠 Nota: O pay-back simples é limitado por não considerar o valor do dinheiro no tempo e por não considerar os fluxos de caixa após a recuperação do capital. Para diminuir essa imprecisão consideramos os fluxos de caixa descontados pelo seu valor presente (Discounted payback|Payback Descontado). 212 Período de recuperação do Investimento (pay-back) Em contextos dinâmicos, como o de economias globalizadas esse indicador assume importância no processo de decisões de investimentos. Como a tendência é a de mudanças contínuas e acentuadas na economia não se pode esperar muito para recuperar o capital investido sob pena de se alijar das próximas oportunidades de investimentos. Período “k” Fluxo de caixa Valor recuperado com “k” períodos 0 R$ 0 1 R$ 30 R$ 26,79 2 R$ 50 R$ 66,65 3 R$ 70 R$ 116,47 4 R$ 90 R$ 173,67 5 R$ 110 R$ 236,08 6 R$ 130 R$ 301,95 7 R$ 130 R$ 360,75 8 R$ 130 R$ 413,26 9 R$ 130 R$ 460,14 Verifica se então que o investimento inicial de 380 seria recuperado entre 7 e 8 anos. Com uso de calculadora financeira (HP 12C) o procedimento para o cálculo do capital recuperado é bastante simples conforme demonstrado a seguir ? [f] [REG] 0 [CHS] [g] [CF0] 30 [g] [CFj] 12 [i] [f] [NPV] 26,79 50 [g] [CFj] [f] [NPV] 66,65 70 [g] [CFj] [f] [NPV] 116,47 90 [g] [CFj] [f] [NPV] 173,67 110 [g] [CFj] [f] [NPV] 263,08 130 [g] [CFj] [f] [NPV] 301,95 130 [g] [CFj] [f] [NPV] 360,75 130 [g] [CFj] [f] [NPV] 413,26 130 [g] [CFj] [f] [NPV] 460,14 213 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 R$ R$26,79 R$66,65 R$116,47 R$173,67 R$236,08 R$301,95 R$360,75 R$413,26 R$460,14 R$ 0 R$ 100 R$ 200 R$ 300 R$ 400 R$ 500 Pay-back = 7 + x = 7+ 0,366 = 7,37 anos 𝐵𝑎𝑠𝑒 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟 = 𝐵𝑎𝑠𝑒 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟 𝑥 𝑅$ 380 − 𝑅$ 360,75 = 8 − 7 𝑅$ 413,26 − 𝑅$ 360,75 𝑥 𝑅$ 19,25 = 1 𝑅$ 52,51 𝒙 = 19,25 52,51 = 𝟎, 𝟑𝟔𝟔 R$ 380 Período de recuperação do Investimento (pay-back) x 214 Período de recuperação do Investimento (pay-back) Payback = Valor 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑒𝑛𝑒𝑓í𝑐𝑖𝑜𝑠 × 𝑛 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑷𝒂𝒚𝒃𝒂𝒄𝒌 = R$ 380,00 𝑅$ 460,16 × 9 anos = 0,8258 × 9 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 7,4 anos Período “k” Fluxo de caixa Valor recuperado com “k” períodos Saldo 0 − R$ 380 − R$ 380 − R$ 380,00 1 R$ 30 R$ 26,79 − R$ 353,21 2 R$ 50 R$ 39,86 − R$ 313,35 3 R$ 70 R$ 49,82 − R$ 263,53 4 R$ 90 R$ 57,20 − R$ 206,33 5 R$ 110 R$ 62,42 − R$ 143,92 6 R$ 130 R$ 65,86 − R$ 78,05 7 R$ 130 R$ 58,81 − R$ 19,25 8 R$ 130 R$ 52,50 R$ 33,26 9 R$ 130 R$ 46,88 R$ 80,16 215 ? Período de recuperação do Investimento (pay-back) PV|VP = −𝑅$ 380 1,12 0 • 𝑅$ 30 1,12 1 • 𝑅$ 50 1,12 2 • 𝑅$ 70 1,12 3 • 𝑅$ 90 1,12 4 • 𝑅$ 110 1,12 5 • 𝑅$ 130 1,12 6 • 𝑅$ 130 1,12 7 • 𝑅$ 130 1,12 8 • 𝑅$ 130 1,12 9 PV|VP = −𝑅$ 380 • 𝑅$ 26,79 • 𝑅$39,86 • 𝑅$ 49,82 • 𝑅$ 57,20 • 𝑅$ 62,42 • 𝑅$ 65,86 • 𝑅$ 58,81 • 𝑅$ 52,50 • 𝑅$ 46,88 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 𝑛 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑠𝑎𝑙𝑑𝑜 + 𝑅$ ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝑠𝑎𝑙𝑑𝑜) 𝑅$ 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑷𝒂𝒚𝒃𝒂𝒄𝒌 = 7 + 𝑅$ 19,25 𝑅$ 52,50 = 7 + 0,366 = 𝟕, 𝟑𝟕 𝒂𝒏𝒐𝒔 Período “k” Fluxo de caixa Fluxo de Caixa Descontado Saldo 0 − R$ 380 VP(12%;0;;-380) = − R$ 380 − R$ 380,00 1 R$ 30 VP(12%;1;;-30) = R$ 26,79 − R$ 353,21 2 R$ 50 VP(12%;2;;-50) = R$ 39,86 − R$ 313,35 3 R$ 70 VP(12%;3;;-70) = R$ 49,82 − R$ 263,53 4 R$ 90 VP(12%;4;;-90) = R$ 57,20 − R$ 206,33 5 R$ 110 VP(12%;5;;-110) = R$ 62,42 − R$ 143,92 6 R$ 130 VP(12%;6;;-130) = R$ 65,86 − R$ 78,05 7 R$ 130 VP(12%;7;;-130) = R$ 58,81 − R$ 19,25 8 R$ 130 VP(12%;8;;-130) = R$ 52,50 R$ 33,26 9 R$ 130 VP(12%;9;;-130) = R$ 46,88 R$ 80,16 216 Suponha que tenhamos de escolher qual a melhor alternativa de investimentos entre 3 projetos (A, B e C), mutuamente exclusivos. A taxa mínima de atratividade considerada será de 10% ao ano. Os dados relevantes para análise estão na tabela ao lado: Indicadores financeiros | Análise de Projetos Período Projeto A Projeto B Projeto C 0 -R$ 42.000 -R$ 50.000 -R$ 20.000 1 R$ 8.000 R$ 20.000 R$ 8.000 2 R$ 9.500 R$ 10.000 R$ 6.000 3 R$ 10.500 R$ 10.000 R$ 6.000 4 R$ 14.500 R$ 15.000 R$ 4.000 5 R$ 16.500 R$ 15.000 R$ 4.000 Método Projeto A Projeto B Projeto C Decisão preliminar VPL R$ 1.161,67 R$ 3.518,45 R$ 1.955,03 B VPLa R$ 306,45 R$ 928,16 R$ 515,73 B IBC 1,03 1,07 1,10 C ROIA 0,55% 1,37% 1,88% C ROI 10,60% 11,51% 12,07% C TIR 10,95% 12,83% 14,31 C Pay-back 4,89 4,62 4,21 C Fica evidente o conflito entre alguns indicadores. Em se tratando de métodos de análise todos deveriam apontar para a mesma direção. O consenso parece existir somente com respeito ao Projeto A, dado que foi rejeitado por todos os indicadores, isto é, trata-se de um projeto com mais risco e com menor ganho. Por essa razão concentrar-se-á a análise apenas nos indicadores dos projetos de B e C. 217 Projeto B • VPL • Projeto C Projeto B • VPLa • Projeto C Projeto B: (50.000 + 3.518,45) ÷ (50.000) = 1,0704 Projeto C: (20.000 + 1.955,03) ÷ (20.000) = 1,0978 Projeto B • ROIA • Projeto C Projeto B: (1 + 0,10) × (1 + 0,13694) − 1 = 11,51% Projeto C: (1 + 0,10) × (1 + 0,18828) − 1 = 12,07% Projeto B • Pay-back • Projeto C IBC ROI Indicadores financeiros | Análise de Projetos | HP 12C [f] [REG] 50.000 [CHS] [g] [CF0] 20.000 [g] [CFj] 10.000 [g] [CFj] 10.000 [g] [CFj] 15.000 [g] [CFj] 15.000 [g] [CFj] 10 [i] [f] [NPV] 3.518,45 [f] [IRR] 12,83 [f] [REG] 20.000 [CHS] [g] [CF0] 8.000 [g] [CFj] 6.000 [g] [CFj] 6.000 [g] [CFj] 4.000 [g] [CFj] 4.000 [g] [CFj] 10 [i] [f] [NPV] 1.955,03 [f] [IRR] 14,31 [f] [REG] 3.518,45 [CHS] [PV] 5 [n] 10 [i] [PMT] 928,16 [f] [REG] 1.955,03 [CHS] [PV] 5 [n] 10 [i] [PMT] 515,73 [f] [REG] 1 [CHS] [PV] 5 [n] 1,0704 [FV] [i] 1,37 [f] [REG] 1 [CHS] [PV] 5 [n] 1,0978 [FV] [i] 1,88 Período n Fluxos Nominais Fluxos Descontados Saldo Pay-back 0 (20.000,00) (20.000,00) (20.000,00) 1 8.000,00 7.272,73 (12.727,27) - 2 6.000,00 4.958,68 (7.768,60) - 3 6.000,00 4.507,89 (3.260,71) - 4 4.000,00 2.732,05 (528,65) - 5 4.000,00 2.483,69 1.955,03 4,21 Período n Fluxos Nominais Fluxos Descontados Saldo Pay-back 0 (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) 1 20.000,00 18.181,82 (31.818,18) - 2 10.000,00 8.264,46 (23.553,72) - 3 10.000,00 7.513,15 (16.040,57) - 4 15.000,00 10.245,20 (5.795,37) - 5 15.000,00 9.313,82 3.518,45 4,62 ROI (Return on Investment, Retorno Sobre o Investimento) é uma métrica usada para saber quanto a empresa ganhou com investimentos. 218 Projeto B • Pay-back • Projeto C Indicadores financeiros | Análise de Projetos | Excel Períodon Fluxos Nominais Fluxos Descontados Saldo Pay-back 0 (20.000,00) (20.000,00) (20.000,00) 1 8.000,00 7.272,73 (12.727,27) - 2 6.000,00 4.958,68 (7.768,60) - 3 6.000,00 4.507,89 (3.260,71) - 4 4.000,00 2.732,05 (528,65) - 5 4.000,00 2.483,69 1.955,03 4,21 Período n Fluxos Nominais Fluxos Descontados Saldo Pay-back 0 (50.000,00) (50.000,00) (50.000,00) 1 20.000,00 18.181,82 (31.818,18) - 2 10.000,00 8.264,46 (23.553,72) - 3 10.000,00 7.513,15 (16.040,57) - 4 15.000,00 10.245,20 (5.795,37) - 5 15.000,00 9.313,82 3.518,45 4,62 219 O problema não está em identificar o desempenho isolado de cada projeto, mas sim o impacto que cada um deles vai provocar na rentabilidade da empresa. Na falta de informações adicionais, o pressuposto é que existe, no mínimo R$ 50.000 para investir em projetos. O problema se resume em escolher uma entre 2 decisões possíveis: Reinterpretação do problema 1 2 3 4 5 8.000 6.000 6.000 4.000 4.000 20.000 1 2 3 4 5 7.913,92 7.913,92 7.913,92 7.913,92 7.913,92 30.000 1 2 3 4 5 20.000 10.000 10.000 15.000 15.000 50.000 1. Aplicar todo o capital disponível para investimento no Projeto B ou 2. Aplicar R$ 20.000 no Projeto C e o saldo remanescente (R$ 30.000) permanecer aplicado na TMA. Projeto C + TMA Projeto B 220 Agora é possível recalcular, usando os procedimentos anteriormente descritos, alguns dos indicadores para a Decisão do Projeto C, cujo fluxo de caixa está descrito a seguir: Reinterpretação do problema 1 2 3 4 5 15.913,92 13.913,92 13.913,92 11.913,92 11.913,92 50.000 Método $ 20.000 no Projeto C + $ 30.000 na TMA VPL R$ 1.955,03 VPLa R$ 515,73 IBC 1,039 ROIA 0,77% ROI 10,85% TIR 11,60% Pay-back 4,21 221 Nota se que o valor do VPL e do VPLa não se alteraram. Isso não acontece por acaso. O investimento de R$ 20.000 na TMA não gera riqueza para a empresa porquanto esse já é o comportamento esperado da empresa. O capital flutuante de R$ 20.000, na verdade, já está aplicado na TMA. Os indicadores relativos de rentabilidade (IBC, ROIA e ROI) sofrem alteração em virtude da rentabilidade total da decisão ser decorrente de uma ponderação entre o que foi aplicado no Projeto C (14,31% a.a.) e o que ficou investido na TMA (10% a.a.) Interpretação e análise dos Resultados Método Decisão Projeto B Decisão Projeto C Direção do Indicador VPL R$ 3.518,45 R$ 1.955,03 B VPLa R$ 928,16 R$ 515,73 B IBC 1,07 1,04 B ROIA 1,37% 0,77% B ROI 11,51% 10,85% B TIR como limite de rentabilidade 12,83% 11,60% B TIR como medida de risco 12,83% 14,31% C Pay-back 4,62 4,21 C A TIR, como limite superior de rentabilidade, foi reduzida de 14,31% a.a. para 11,60% a.a. É importante ressaltar que a TIR, como medida de risco (porque o risco é do projeto e não da empresa) permanece igual a 14,31%. Dadas estas explicações pode se comparar os indicadores obtidos: 222 A rentabilidade (ROIA) de ambos os projetos é baixa. O ROIA, análogo do EVA para projetos, é o percentual de ganho por ter-se tomado a decisão de investir. É efetivamente a expectativa de riqueza gerada pela decisão tomada. Ora, será que 1,37% a.a. (Projeto B) ou 0,77% a.a. (Projeto C) motivaria algum investidor a assumir risco, dado que já se está operando em um patamar de 10% a.a. (TMA), quase livre de risco? O risco do projeto é medido pela proximidade entre a TIR e a TMA. O Projeto C é o que apresenta menor risco (maior distância entre a TIR a TMA). Embora o Projeto C tenha menor rentabilidade, nada o impede de ser selecionado por um investidor mais avesso ao risco. A figura abaixo ilustra o comportamento do ganho e do risco associado aos 2 projetos: Interpretação e análise dos Resultados No tocante à dimensão risco percebe-se que ambos os projetos apresentam pay-back no último período do horizonte de planejamento. Esse fato eleva a percepção de risco de ambos os projetos. considerando-se a baixa rentabilidade, nenhum dos projetos apresenta atratividade para ser selecionado. 223 Uma outra análise da dimensão risco pode ser feita por meio do Ponto de Fisher. Nessa análise, tendo em vista o comportamento normativo do binômio risco|retorno (mais ganhos só assumido mais risco), Fisher preconiza a existência de um limite para a variabilidade da TMA em que o investidor, em termos de ganho, seria indiferente entre duas alternativas de investimento. Ora, para o investidor ser indiferente é necessário que ambas as alternativas apresentem o mesmo VPL, permitindo, matematicamente, que, para uma taxa genérica se igualem as expressões dos VPL dos projetos. Ao se igualar as expressões dos VPL resulta em um fluxo de caixa igual à diferença dos fluxos de caixa originais que deve ser igualado a zero. A taxa que torna um fluxo de caixa qualquer igual a zero é, por definição, uma Taxa Interna de Retorno (TIR) desse fluxo. A tabela abaixo ilustra um procedimento simples para cálculo do ponto de Fisher: Ponto de Fisher | Medida de Risco Período Projeto B Projeto C Fluxo de Fisher (B-C) 0 -50.000 -20.000 -30.000 1 20.000 8.000 12.000 2 10.000 6.000 4.000 3 10.000 6.000 4.000 4 15.000 4.000 11.000 5 15.000 4.000 11.000 TIR 12,83% 14,31% 11,98% 224 (R$5.000) R$0 R$5.000 R$10.000 R$15.000 R$20.000 R$25.000 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12% 14% 16% TMA Fisher VPL Taxa B C A TIR de 11,98% a.a. do projeto fictício “B – C” é o Ponto de Fisher. Para uma TMA de 11,98% a.a. ambos os projetos (B e C) apresentariam o mesmo VPL tornando o investidor, em termos de ganhos, indiferente entre as duas alternativas de investimentos. A figura abaixo ilustra essa situação: Ponto de Fisher | Medida de Risco O Ponto de Fisher estabelece um novo limite (11,98% a.a.) para a variabilidade da TMA. Essa informação melhora a percepção de risco do Projeto B, isto é, o Projeto B só é superior ao Projeto C para as TMA inferiores a 11,98% a.a. 225 Os métodos descritos anteriormente foram delineados para comparar projetos com horizontes de planejamento iguais. Em termos práticos pode-se afirmar que projetos com o mesmo horizonte de planejamento são muito mais uma exceção do que uma regra. Existem algumas manipulações que permitem analisar projetos com vidas diferentes. Para tanto há de se considerar duas situações: Projetos com horizontes diferentes Se se pretende continuar no mesmo ramo de atividade é plausível imaginar que, se a opção recair no projeto com o menor n, então, ao término desse projeto o decisor deverá se deparar com a decisão similar. Nesse caso é realista fixar um horizonte de análise idêntico para ambos os projetos. Isso pode ser feito replicando se os projetos até o mínimo múltiplo comum de suas vidas. Se não se sabe o que se vai fazer após o final da vida útil do projeto com o menor n, então deve-se fixar um horizonte de análise idêntico para ambos os projetos igual a duração do projeto de menor n. Isso pode ser feito diminuindo-se o horizonte de análise do projeto de maior n e redefinindo- se o seu valor residual. 226 Suponha que tenha de escolher entre dois projetos (A e B), mutuamente exclusivos. Considere que a TMA seja de 10% ao período. Projetos com horizontes diferentes Informações Projeto A Projeto B Investimento inicial R$ 12.000 R$ 20.000 Benefícios anuais R$ 5.600 R$ 6.900 Vida útil 3 4 Valor residual R$ 3.000 R$ 4.000 227 5.600 5.600 8.600 5.600 5.600 8.600 5.600 5.600 8.600 5.600 5.600 8.600 12.00012.00012.00012.000 6.900 6.900 10.900 6.900 6.900 10.900 6.900 6.900 10.900 20.00020.00020.000 Projeto A Replicado Projeto B Replicado Como os projetos têm vidas diferentes, não se pode aplicar as técnicas sem que se faça alguma consideração adicional. Apenas para efeito de ilustração, considere que exista interesse, ao término da vida do projeto de menor duração, de se fazer investimento similar. Assim, para efeito de análise,pode se igualar os horizontes de planejamento dos projetos replicando os até o mínimo múltiplo comum de suas vidas (12 anos): Projetos com horizontes diferentes 228 Admitida a hipótese da repetição, geram se os indicadores de análise a partir dos projetos originais. É claro que só serão comparáveis os indicadores associados ao período (VPLa, ROIA, TIR e pay-back), porquanto apresentariam o mesmo valor se os cálculos tivessem sido efetuados com os projetos replicados. O quadro abaixo apresenta os indicadores de análise associados aos projetos. Projetos com horizontes diferentes Método Projeto A Projeto B status VPL R$ 4.180,32 em 3 anos R$ 4.604,13 em 4 anos Não comparável VPLa R$ 1.680,97 por ano R$ 1.452,47 por ano A IBC* 1,209 em 3 anos 1,230 em 4 anos Não comparável ROIA* 6,53% por ano 5,32% por ano A TIR como medida de rentabilidade 20,94% por ano 19,49% por ano A TIR como medida de risco 27,43% por ano 19,49% por ano A Ponto de Fisher 5,805% por ano * Já considerado o capital flutuante de R$ 8.000 aplicado na TMA. 229 Projetos com horizontes diferentes R$ 4.000 R$ 3.000 R$ 2.000 R$ 1.000 0 − R$ 1.000 − R$ 2.000 Fisher TIRB TIRA 5% 10% 15% 20% 25% 30% A Projeto A melhor que o Projeto B B V P L a Taxa Pela análise dos indicadores de retorno e de risco, o Projeto A apresenta-se como a melhor opção de investimento. O Ponto de Fisher igual a 5,805% a.a. indica o espectro de validade da decisão tomada (Projeto A), isto é, o Projeto A é superior ao Projeto B para qualquer TMA acima de 5,085% a.a., conforme ilustrado abaixo: 230 1. Calcule todos os indicadores de análise (VP; VPL; VPLa; IBC; ROIA; TIR; pay back e Ponto de Fisher) e construa um quadro comparativo. Calcule também os indicadores resultantes da análise do capital flutuante que ficará investido na TMA; 2. Elabore um gráfico do comportamento dos VPL em função de possíveis TMA. Destaque, nesse gráfico, a TMA da empresa e o Ponto de Fisher; 3. Em princípio escolha o projeto que apresentar o maior ganho equivalente por período, isto é, maior VPLa. Como VPLa é análogo ao Eva para projetos, então espera-se que projeto selecionado pelo VPLa gere mas riqueza para a empresa; 4. Verifique a rentabilidade da empresa pelo ROIA. Esse indicador é análogo ao percentual do EVA para projetos. Forme um juízo de valor e classifique a rentabilidade em baixa, média, boa ou excepcional. É importante comparar esse indicador com o histórico da própria empresa e, se possível com a média do setor; 5. Verifique a possibilidade do projeto selecionado não recuperar o capital investido. Isto pode ser feito por um estudo do comportamento histórico projetado da variabilidade da TMA. O risco do projeto não recuperar o investimento pode ser percebido pela proximidade entre TMA e TIR. Forme um juízo de valor, considerando inclusive as características do projeto, do setor e do mercado, e classifique o risco percebido em baixo, moderado ou alto; 6. Melhore a sua percepção de risco pela análise do pay back. O risco se acentua na medida em que o pay back tende a se aproximar do final do horizonte de planejamento do projeto; 7. Use o gráfico e o Ponto de Fisher para verificar o risco da decisão tomada. A distância entre a TMA e o Ponto de Fisher mostra o espectro de validade da decisão tomada; 8. Elabore um quadro comparativo das vantagens e desvantagens em termos de retorno e de risco para as melhores alternativas e comente as; 9. Sumarize as vantagens e desvantagens do projeto recomendado em relação a segunda opção. Roteiro para Análise de Projetos 231 Medidas para a criação de valor Valor (riqueza) para o acionista Empresas criadoras de valor Retorno do investimento × custo de capital Valor e preço de mercado das ações Avaliação de desempenho Medida do valor econômico agregado 232 Criação de valor Resultado Operacional Líquido ajustado | Cia. XPTO 31.12.X0 31.12.X1 Receita Operacional de Vendas 3.800.000 3.400.000 Custo dos Produtos Vendidos (1.693.600) (1.626.600) Lucro Bruto 2.106.400 1.773.400 Despesas com Vendas (294.800) (299.400) Despesas Administrativas (231.400) (242.100) Receitas Financeiras 126.400 (81.700) Resultado Operacional Bruto 1.706.600 1.150.200 IR sobre Contribuição Social sobre o Resultado Operacional (580.244) (391.068) Resultado Operacional Líquido 1.126.356 759.132 Despesas Financeiras Brutas (838.400) (586.100) Economia de Imposto de Renda sobre Contribuição Social 285.056 199.274 Despesas Financeiras Líquidas (553.344) (386.826) Resultado Líquido do Exercício 573.012 372.306 Estrutura Patrimonial | Cia. XPTO 31.12.X0 31.12.X1 Ativo Total 20.046.000 19.940.700 (-) Passivos não onerosos 1.146.000 740.700 (=) Investimento Total 18.900.000 19.200.000 Passivo Oneroso 6.000.000 6.600.000 Patrimônio Líquido 12.900.000 12.600.000 233 Criação de valor Estrutura de Capital | Cia. XPTO 31.12.X0 31.12.X1 Investimento Total 18.900.000 (100%) 19.200.000 (100%) Passivo Oneroso 6.000.000 (31,7%) 6.600.000 (34,4%) Patrimônio Líquido 12.900.000 (68,3%) 12.600.000 (65,6%) Endividamento (Passivo ÷ Patrimônio Líquido) 6.000.000 12.900.000 = 0,4651 6.600.000 12.600.000 = 0,5238 Custo de Captação (A ÷ B) 553.344 6.000.000 = 0,0922 𝑜𝑢 9,2% 386.826 6.600.000 = 0,0586 𝑜𝑢 5,9% A) Despesa Financeira Líquida 553.344 386.826 B) Passivo Oneroso 6.000.000 6.600.000 Custo do Capital Próprio 13,9% 14,6% Custo Médio Ponderado do Capital (WACC) WACC = (Ke × We) + (Kd × Wd) (13,9% × 68,3%) + (9,2% × 31,7%) = 12,4% (14,6% × 65,6%) + (5,9% × 34,4%) = 11,6% Valor Econômico Agregado (EVA|VEA) Resultado Operacional Líquido – (WACC x Investimento Total) 1.126.356 – (12,4% x 18.900.000) = 1.220.088 759.132 – (11,6% x 19.200.000) = 1.467.294 Valor de Mercado Adicionado (MVA|VMA) EVA÷ WACC 𝑅$ 1.220.088 12,4% = 𝑅$ 9.831.412 𝑅$ 1.467.294 11,6% = 𝑅$ 12.641.240 WACC = (custo do capital próprio X % percentual de capital próprio) + (custo do capital de terceiros x % de capital de terceiros) 𝑊𝐴𝐶𝐶𝑋0 = 13,9%(𝑐𝑝) × 12.900.000(𝑃𝐿) 18.900.000(𝐼𝑛𝑣𝑇𝑜𝑡) + 9,2%(𝑐𝑡) × 6.000.000(𝑃𝑂) 18.900.000(𝐼𝑛𝑣𝑇𝑜𝑡) = 12,4% 𝑊𝐴𝐶𝐶𝑋1 = 14,6% × 12.600.000 19.200.000 + 5,9% × 6.600.000 19.200.000 = 11,6% 234 Weighted Average Cost of Capital (WACC) 𝑊𝐴𝐶𝐶 = 𝐾𝑒 × 𝑊𝑃𝐿 + 𝐾𝑖 × 𝑊𝑃 Onde: Ke = Custo do capital próprio WPL = % percentual de capital próprio Ki = Custo do capital de terceiros WP = % de capital de terceiros 𝑾𝑨𝑪𝑪 = 15% × 60% + 10% × 40% = 𝟏𝟑% Estrutura de investimento da empresa Investimento R$ 10 milhões Capital de Terceiros R$ 4 milhões (40%) Capital Próprio R$ 6 milhões (60%) Remuneração exigida pelos Credores 10% Remuneração exigida pelos Acionistas 15% 235 Economic Value Added (EVA) Resultado que excede ao custo de oportunidade | Evidencia criação de valor ao acionista Medida de valor: lucro contábil e capital investido. Lucro Operacional (Líquido do Imposto de Renda) $$$ (-) Custo Total de Capital (Próprio e de Terceiros) $$$ (=) Valor Econômico Agregado (EVA) $$$ Lucro Líquido $$$ (-) Custo de Capital Próprio $$$ (=) Valor Econômico Agregado (EVA) $$$ Estrutura de investimento da empresa Investimento R$ 10 milhões Capital de Terceiros R$ 4 milhões (40%) Capital Próprio R$ 6 milhões (60%) Resultados da empresa Resultado Operacional Líquido 1.500.000 Remuneração exigida pelos credores 10% × (40% × R$ 10.000.000) 400.000 Remuneração exigida pelos acionistas 15% × (60% × R$ 10.000.000) 900.000 Custo Total de Capital (R$ 400.000 + R$ 900.000) (1.300.000) Valor Econômico Agregado (EVA) 200.000 EVA = Resultado Operacional Líquido – (WACC × Investimentos) EVA = R$ 1.500.000 – (13,0% × R$ 10.000.000) EVA = R$ 200.000 R$ 236 Cálculo do EVA pelo Lucro Líquido Resultados da empresa Resultado Operacional Líquido 1.500.000 Remuneração exigida pelos credores (Despesas Financeiras Líquidas do IR) (400.000) Lucro Líquido 1.100.000 Remuneração exigida pelos acionistas (900.000)Valor Econômico Agregado (EVA) 200.000 𝑹𝑶𝑬 = 𝑅$ 1.100.000 (𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜) 𝑅$ 6.000.000 (𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜) = 𝟏𝟖, 𝟑𝟑% 𝑺𝒑𝒓𝒆𝒂𝒅 𝒅𝒐 𝒂𝒄𝒊𝒐𝒏𝒊𝒔𝒕𝒂 = 18,33% 𝑅𝑂𝐸 − 15% 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 𝟑, 𝟑𝟑% 𝑬𝑽𝑨 = 3,33% 𝑆𝑝𝑟𝑒𝑎𝑑 𝑑𝑜 𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑖𝑠𝑡𝑎 × 𝑅$ 6.000.000 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝑹$ 𝟐𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 237 Market Value Added (MVA) É uma avaliação do futuro, calculada com base nas expectativas do mercado em relação ao potencial demonstrado pelo empreendimento em criar o MVA. Esse resultado em excesso constitui-se no intangível do negócio (goodwill), produzido pela qualidade de sua gestão. Representa quanto a empresa foi capaz, pelas estratégias financeiras e capacidades diferenciadoras implementadas, de agregar|adicionar riqueza a seus acionistas 𝑴𝑽𝑨 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑀𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 − 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑑𝑜 𝑎 𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑴𝑽𝑨 = 𝐸𝑉𝐴 𝑊𝐴𝐶𝐶 = 𝑅$ 200.000 13% = 𝑹$ 𝟏. 𝟓𝟑𝟖. 𝟒𝟔𝟏, 𝟓𝟒 Investimento Total R$ 10.000.000,00 Goodwill (MVA) R$ 1.538.461,54 Valor de Mercado R$ 11.538.461,54 Revela que a empresa vale mais do que o capital investido. Logo, o valor de mercado da empresa, com base no desempenho do exercício, totaliza: 238 Valor de Mercado da Oracle Empresa Quantidade de ações (em circulação) Preço por ação (em US$) Valor de Mercado (Market Value) Oracle 5.146.713.889 13,23 USD 65,7 bilhões Conforme o conceito de Valor de Mercado, a Oracle vale, aproximadamente, USD 65,7 bilhões (na data base). Ativos (Assets) 20,687 Passivo Exigível (Liabilities) 9,850 Patrimônio Líquido (Stockholders' Equity) 10.837 Fonte: DF da Oracle em junho de 2005 (www.nasdaq.com) O valor da Oracle nas Demonstrações Contábeis é de aproximadamente USD 10,8 bilhões. Valor de Mercado 65,7 Valor de Livro (Valor Contábil) 10,8 Goodwill 54,9 Resumo do Balanço Patrimonial da Oracle (em USD bilhões) Aplicando a diferença resta um Capital Intelectual de USD 54,9 bilhões. Apuração dos Ativos Intangíveis: Goodwill Apuração dos Ativos Intangíveis (em USD bilhões) 239 • Administração superior. • Organização ou gerente de vendas proeminente. • Fraqueza na administração do competidor. • Propaganda eficaz. • Processos secretos de fabricação. • Boas relações com os empregados. • Crédito proeminente como resultado de uma sólida reputação. • Excelente treinamento para os empregados. Fatores que geram o Goodwill É relevante observar a impossibilidade de listar todos os fatores e condições devido à própria natureza do Goodwill • Alta posição perante a comunidade conseguida através de ações filantrópicas e participação em atividades cívicas por parte dos administradores da empresa. • Desenvolvimento desfavorável nas operações do competidor. • Associações favoráveis com outra empresa. • Localização estratégica. • Descoberta de talentos ou recursos. • Condições favoráveis com relação aos impostos. • Legislação favorável. 240 Patente de tecnologia Empresas que investem no desenvolvimento de novas tecnologias necessitam tê-las patenteadas a fim de possibilitar a avaliação em termos reais da própria empresa. Métodos e habilidades para continuidade dos negócios Criação de novos serviços A tecnologia da informação, além de substituir os métodos manuais de trabalho, possibilitou a criação de novos serviços não possíveis anteriormente. Exemplificando, tem-se a movimentação de bilhões de dólares nas bolsas de valores espalhadas pelo mundo, os serviços de cartões de crédito, reservas de voos, etc. Mudança no conceito de espaço físico e de mercado os empregados não necessitam estar concentrados fisicamente para a realização do trabalho, acessando os clientes, gerentes e fornecedores via information highway. Da mesma forma, uma multinacional pode controlar toda a cadeia produtiva e reunir os vários fatores de produção em nível internacional, sem se comprometer com a produção em si, como é o caso da Nike, cuja produção é feita sob encomenda em fábricas que pertencem a outras empresas a partir de modelos desenhados por especialistas nos Estados Unidos. Em termos de mercado, a Internet tornou-se um mercado virtual, onde se realizam compras e vendas de produtos e serviços além de possibilitar o acesso às informações de publicidade e propaganda das empresas. Valorização da marca as empresas precisam de um símbolo ao qual o cliente possa associar, independentemente do local em que ele estiver, dada a globalização dos mercados. Merchandising de intangíveis O valor da comercialização do produto intangível associado ao produto tangível pode ultrapassar, em muito, este último. Por exemplo, o valor arrecadado com a bilheteria de um filme de grande sucesso pode ser superado pela venda dos direitos de comercialização das imagens e dos personagens do filme, como é o caso de Stars Wars, cuja receita de bilheteria foi de USD 250 milhões, contra USD 1 bilhão, decorrentes da comercialização de seus personagens. 241 Goodwill Político Em decorrência de boas relações com o Governo. Classificação do Goodwill : Paton & Paton (1952) Goodwill Comercial Decorrente de serviços colaterais como equipe cortês de vendedores, entregas convenientes, facilidade de crédito, dependências apropriadas para serviço de manutenção; qualidade do produto em relação ao preço; atitude e hábito do consumidor como fruto de nome comercial e marca tornados proeminentes em função de propaganda persistente; localização da firma. Goodwill Industrial Decorrente de altos salários, baixo turnover de empregados, oportunidades internas satisfatórias para acesso às posições hierárquicas superiores, serviço médico, sistema de segurança adequado, desde que tais fatores contribuam para a boa imagem da empresa e também para a redução do custo unitário de produção devido à eficiência de uma força de trabalho operando nessas condições. Goodwill Financeiro Derivado da atitude de investidores e de fontes de financiamento e de crédito em função da empresa possuir sólida situação para cumprir suas obrigações e manter sua imagem ou, ainda, obter recursos financeiros que lhe permitam aquisições de matéria- prima ou mercadorias em melhores termos e preços. 242 Classificação do Goodwill : Coynton (1923) Goodwill de Nome ou Marca Comercial Ocasionado pela imagem do nome da empresa que produz o produto ou da marca sob o qual é comercializado. Distingue-se do anterior dada a durabilidade. Goodwill Comercial Criado em função exclusivamente da empresa como um todo independente das pessoas proprietárias ou administradoras. Goodwill Pessoal Decorrente de uma ou várias pessoas que integram a empresa sendo proprietária(s) ou administradora(s). Goodwill Profissional Desenvolvido por uma classe profissional que cria uma imagem que a distingue dentro da sociedade propiciando condições de alta remuneração como no caso dos médicos, advogados e contadores em alguns países. Goodwill Evanescente Característico de certos produtos que a moda cria e, portanto, possuem curta duração. 243 Valor de Mercado × Valor de Livro Companhia (Valores R$ mil) Valor de Mercado Patrimônio Líquido P/VPA (x) Souza Cruz 37.340.046 2.369.751 15,76 Natura 11.876.329 981.933 12,09 Minerva 2.204.088 228.295 9,65 Odontoprev 5.727.358 633.082 9,05 Lojas Renner 14.445.871 2.003.513 7,21 Ambev 300.206.455 45.925.788 6,54 WEG 30.753.426 5.539.679 5,55 Totvs 6.375.216 1.183.330 5,39 Magazine Luíza 628.310 736.331 0,85 Vale 90.425.026 154.729.064 0,58 Petrobrás 175.619.595 309.403.000 0,57 Usiminas 8.794.894 17.678.366 0,50 Copasa 1.640.874 5.600.071 0,29 Gafisa 903.578 3.099.492 0,29 R a n k in g c o m V a lo r d e M e rc a d o , P a tr im ô n io L iq u id o e P /V P A e m 1 S 2 0 1 5 . F o n te : B a n co d e D a d o s S A B E – S iste m a d e A n á lis e d e B a la n ço s E m p re sa ri a is 244 Valor de mercado Reputação Brand Confiança Credibilidade Integridade Capital Intelectual Fidelidade do consumidor Gestão de Risco Responsabilidade sócio-ambiental Valor Contábil Capital Financeiro Imobilizado Valor de Mercado × Valor Contábil 245 Valor e intangível Philip Morris adquire a indústria de alimentos Kraft (1985) Valor: USD 10 bilhões Ativos físicos da Kraft: USD 1 bilhão Goodwill: USD 9 bilhões (valor das marcas dos produtos da Kraft: queijos e sorvetes) Desafio: mudar o hábito de relacionar valor com parâmetros físicos. As marcas (goodwill) tornaram-se mais importantes que os ativos tangíveis. A Philip Morris pagou um valor 10 vezes superior aos ativos totais da Kraft (valor da época da aquisição), criando forte vantagem competitiva. Unilever compra a Kibon (1997) Valor: USD 930 milhões Vendas (1996): USD 332 milhões Lucro líquido (1996): USD 75 milhões Desafio: o valor de uma empresa não está nos ativos tangíveis. O alto preço pago foi principalmente por uma posição comercial das marcas da Kibon e também por uma fábrica de sorvete. Fonte: Quanto vale a Coca-Cola? E a Nike? E a... Revista Exame, São Paulo: Abril, maio 1998 246 Para a análise das múltiplas alternativas de investimentos pode-se utilizar qualquer um dos métodos estudados. Em se tratando de múltiplas alternativas, é possível que elas apresentem investimento inicial diferenciado e vidas úteis diferentes. Em função dessas diferenças, os métodos relativizados (Taxa Interna de Retorno e Índice Benefício/Custo) não são recomendados. Restam então os Métodos de Valor Presente Líquido e do Valor Presente Líquido anualizado. Para projetos com mesmo horizonte de planejamento, o Método do valor Presente Líquido é o de mais fácil aplicação. Para projetos com vidas úteis diferentes, o Método do Valor Presente Líquido anualizado é o que requer menor quantidade de ajustes. Um elenco de projetos pode contemplar projetos mutuamente exclusivos, projetos independentes, projetos contingentes ou qualquer combinação destes. Múltiplas alternativas de investimentos 247 Dois ou mais projetos são ditos mutuamente exclusivos quando a seleção de um deles, necessariamente, elimina os demais. Assim, num elenco de n projetos mutuamente exclusivos, apenas um deles deve ser selecionado. O critério mais prático e mais comum é selecionar aquele projeto que apresente maior Valor Presente Líquido. Uma empresa está considerando quatro possíveis alternativas de investimentos (projetos A, B, C e D). A TMA da empresa é de 6% a.a. após imposto de renda. Todos os projetos têm horizonte de planejamento igual a 10 anos. Outras informações relevantes para a tomada de decisão estão apresentadas na tabela. Se os projetos forem mutuamente exclusivos, qual deles deve ser selecionado? Projetos Investimento inicial Fluxo de Caixa após IR VPL|NPV TIR|IRR A R$ 10.000 R$ 1.628 R$ 1.982 10,01% B R$ 20.000 R$ 3.116 R$ 2.934 9,00% C R$ 50.000 R$ 7.450 R$ 4.833 8,00% D R$ 20.000 R$ 3.256 R$ 3.964 10,01% Para atender ao objetivo de maximização do valor da empresa, deve-se selecionar o projeto que apresente maior Valor Presente Líquido. No caso, o Projeto C. Projetos mutuamente exclusivos 248 NPV | Taxa Interna de Retorno O método do NPV é o único método de avaliação de investimentos consistente com objetivo de maximização da riqueza dos acionistas. Diante de decisões conflitantes, deve-se sempre selecionar as alternativas de maior riqueza (NPV), e não de maior taxa de retorno (TIR). 249 É importante destacar que, quando os projetos apresentarem diferentes valores de investimentos (diferentes escalas), a TIR pode também levar a decisões erradas. Por exemplo, admita um investimento de R$ 100 milhões que produz um retorno de 10% e outro de R$ 40 milhões que produz um retorno de 20%. A decisão recomendada é selecionar a maior riqueza absoluta (10% × R$ 100 milhões: R$ 10 milhões), ao invés de a maior taxa de retorno (20% × R$ 40 milhões: R$ 8 milhões). Em outras palavras, deve-se preferir ganhar R$ 10 milhões e não fixar a decisão na taxa relativa de retorno. Dois ou mais projetos são ditos independentes se a escolha de um deles não excluir, necessariamente, a escolha dos demais. Assim, num elenco de n projetos deve-se selecionar um conjunto de “k ≤ n” projetos que maximizem o valor da empresa. É intuitivo que todos os projetos com Valor Presente Líquido positivo estarão incluídos entre os k projetos selecionados. Em resumo, para o caso de projetos independentes, todos os projetos com VPL positivo devam ser selecionados. Considere o mesmo exemplo, apenas trocando a hipótese de projetos mutuamente exclusivos pela hipótese de projetos independentes. Projetos Investimento inicial Fluxo de Caixa após IR VPL|NPV TIR|IRR A R$ 10.000 R$ 1.628 R$ 1.982 10,01% B R$ 20.000 R$ 3.116 R$ 2.934 9,00% C R$ 50.000 R$ 7.450 R$ 4.833 8,00% D R$ 20.000 R$ 3.256 R$ 3.964 10,01% Sendo os projetos independentes e com Valor Presente Líquido positivo, então todos devem ser selecionados. Nesse caso, o valor Presente Líquido da Carteira (Projetos A, B. C e D) será de R$ 13.713. Projetos independentes 250 Dois ou mais projetos são ditos dependentes quando a seleção de um deles alterar a decisão com respeito aos demais projetos da carteira. Assim, a simples presença de uma restrição orçamentária (orçamento de capital limitado) torna os projetos dependentes do ponto de vista financeiro. Nesse caso, deve-se selecionar aqueles projetos que maximizem o valor da empresa (maximização do VPL) e cujas demandas por investimento não ultrapassem o orçamento de capital. A dependência também pode ser especificada por fatores técnicos. Por exemplo, a compra de um trator e a compra de seus implementos (arado, grade, carreta e pulverizador) não podem ser consideradas alternativas distintas de investimentos. O arado, a grade, a carreta e o pulverizador, embora considerados projetos independentes, só fazem sentido se o trator for adquiro, estabelecendo assim uma relação de dependência entre os implementos e o equipamento principal. Considerando o exemplo anterior, incluindo, agora, uma restrição orçamentária da ordem de R$ 80.000 Projetos Dependentes Projetos Investimento inicial Fluxo de Caixa após IR VPL|NPV TIR|IRR A R$ 10.000 R$ 1.628 R$ 1.982 10,01% B R$ 20.000 R$ 3.116 R$ 2.934 9,00% C R$ 50.000 R$ 7.450 R$ 4.833 8,00% D R$ 20.000 R$ 3.256 R$ 3.964 10,01% 251 Carteira Investimento inicial VPL|NPV Status A R$ 10.000 R$ 1.982 Viável B R$ 20.000 R$ 2.934 Viável C R$ 50.000 R$ 4.833 Viável D R$ 20.000 R$ 3.964 Viável AB R$ 30.000 R$ 4.916 Viável AC R$ 60.000 R$ 6.815 Viável AD R$ 30.000 R$ 5.946 Viável BC R$ 70.000 R$ 7.767 Viável BD R$ 40.000 R$ 6.898 Viável CD R$ 70.000 R$ 8.797 Viável ABC R$ 80.000 R$ 9.749 Viável ABD R$ 60.000 R$ 8.880 Viável ACD R$ 80.000 R$ 10.779 Ótima BCD R$ 90.000 R$ 11.731 Inviável ABCD R$ 100.000 R$ 13.713 Inviável Projetos independentes 252 Séries de pagamentos ou recebimentos não uniformes Quando as periodicidades não forem uniformes, o valor presente (PV) é obtido da seguinte forma: 𝑃𝑉 = 𝑗=1 𝑛 𝐶𝐹𝑗 1 + 𝑖 𝑗 Onde: CFj = valor (fluxo de caixa) a ser recebido ou pago no período j Exemplo: O valor presente de uma dívida que deve ser paga em três parcelas mensais consecutivas de $ 100.000,00, $ 150.000,00 e $ 200.000,00, respectivamente, à taxa de 1,2% a.m., é: 𝑃𝑉 = 𝑅$ 100.000,00 1,012 + 𝑅$ 150.000,00 1,012 2 + 𝑅$ 200.000,00 1,012 3 𝑃𝑉 = 𝑅$ 98.814,23 + 𝑅$ 146.463,78 + 𝑅$ 192.969,40 𝑷𝑽 = 𝑹$ 𝟒𝟑𝟖. 𝟐𝟒𝟕, 𝟒𝟏 253 Séries de pagamentos ou recebimentos não uniformes A identidade do valor (montante) para uma série de pagamentos ou recebimentos não uniformes pode ser expressa da seguinte maneira: 𝐹𝑉 = 𝑗=1 𝑛 𝐶𝐹𝑗 × 1 + 𝑖 𝑗 Onde: CFj = valor (fluxo de caixa) a ser recebidoou pago no período j Exemplo: O valor futuro ao final do mês 4 dos pagamentos mensais da dívida apresentada atinge: FV = R$ 100.000 × 1,012 3 + 𝑅$ 150.000 × 1,012 2 + 𝑅$ 200.000 × 1,012 FV = 𝑅$ 103.643,37 + 𝑅$ 153.621,60 + 𝑅$ 202.400,00 FV = 𝑹$ 459.664,97 254 Séries de pagamentos ou recebimentos não uniformes 255 R$ 100.000 R$ 150.000 R$ 200.000 0 1 2 3 Ano R$ PV VP(Taxa;Nper;Pgto;Vf;Tipo) FV VF(Taxa;Nper;Pgto;Vp;Tipo) 0 R$ 0,00 R$ 0,00 =VP(1,2%;0;;-0) R$ 0,00 =VF(1,2%;4;;-0) 1 R$ 100.000,00 R$ 98.814,23 =VP(1,2%;1;;-100.000) R$ 103.643,37 =VF(1,2%;3;;-100.000) 2 R$ 150.000,00 R$ 146.463,78 =VP(1,2%;2;;-150.000) R$ 153.621,60 =VF(1,2%;2;;-150.000) 3 R$ 200.000,00 R$ 192.969,41 =VP(1,2%;3;;-200.000) R$ 202.400,00 =VF(1,2%;1;;-200.000) Total R$ 438.247,41 R$ 459.664,97 i|taxa = 1,2% a.m. m Séries de pagamentos ou recebimentos uniformes Quando as séries de pagamentos ou recebimentos de mesmo valor e periodicidade, o valor presente (PV) poderá ser obtido da seguinte forma: PV = PMT × 1− 1 + i −𝑛 𝑖 Onde: PMT = valor de cada pagamento ou recebimento uniforme periódico 1− 1+i −𝑛 𝑖 = Fator de valor presente (FVP)vide tabelas 256 DFC genérico de série uniforme VP (Valor Presente|Present Value, PV) Carência m + 1 n = número de pagamentos iguais PMT = Prestações ou pagamentos 0 PMT = Pagamento periódico igual m = carência em número de períodos n = número de pagamentos PV = valor presente i = taxa de juros 𝑃𝑀𝑇 = 𝑃𝑉 𝑖 1 + 𝑖 𝑛 1 + 𝑖 𝑛 − 1 ⋅ 1 + 𝑖 𝑚 Diagrama de um Discounted Cash Flow (DCF) Fluxo de Caixa Descontado 257 Parcela Amortização Juros Prestação Saldo 0 - - - R$ 50.000,00 1 R$ 1.853,67 R$ 500,00 R$ 2.353,67 R$ 48.146,33 2 R$ 1.872,21 R$ 481,46 R$ 2.353,67 R$ 46.274,12 3 R$ 1.890,93 R$ 462,74 R$ 2.353,67 R$ 44.383,18 4 R$ 1.909,84 R$ 443,83 R$ 2.353,67 R$ 42.473,34 5 R$ 1.928,94 R$ 424,73 R$ 2.353,67 R$ 40.544,40 6 R$ 1.948,23 R$ 405,44 R$ 2.353,67 R$ 38.596,17 7 R$ 1.967,71 R$ 385,96 R$ 2.353,67 R$ 36.628,46 8 R$ 1.987,39 R$ 366,28 R$ 2.353,67 R$ 34.641,07 9 R$ 2.007,26 R$ 346,41 R$ 2.353,67 R$ 32.633,81 10 R$ 2.027,34 R$ 326,34 R$ 2.353,67 R$ 30.606,47 11 R$ 2.047,61 R$ 306,06 R$ 2.353,67 R$ 28.558,86 12 R$ 2.068,08 R$ 285,59 R$ 2.353,67 R$ 26.490,78 13 R$ 2.088,77 R$ 264,91 R$ 2.353,67 R$ 24.402,01 14 R$ 2.109,65 R$ 244,02 R$ 2.353,67 R$ 22.292,36 15 R$ 2.130,75 R$ 222,92 R$ 2.353,67 R$ 20.161,61 16 R$ 2.152,06 R$ 201,62 R$ 2.353,67 R$ 18.009,55 17 R$ 2.173,58 R$ 180,10 R$ 2.353,67 R$ 15.835,97 18 R$ 2.195,31 R$ 158,36 R$ 2.353,67 R$ 13.640,66 19 R$ 2.217,27 R$ 136,41 R$ 2.353,67 R$ 11.423,39 20 R$ 2.239,44 R$ 114,23 R$ 2.353,67 R$ 9.183,95 21 R$ 2.261,83 R$ 91,84 R$ 2.353,67 R$ 6.922,12 22 R$ 2.284,45 R$ 69,22 R$ 2.353,67 R$ 4.637,67 23 R$ 2.307,30 R$ 46,38 R$ 2.353,67 R$ 2.330,37 24 R$ 2.330,37 R$ 23,30 R$ 2.353,67 R$ 0,00 Sistema Francês ou Tabela Price Valor financiado: R$ 50.000,00 Período: 24 meses | Taxa: 1% a.m. Começa pagando: R$ 2.353,67 Termina pagando: R$ 2.353,67 Juros Pagos Período: R$ 6.488,17 Juros Equivalente: 12,976333% A dívida é resgatada ou quitada mediante uma série de n pagamentos periódicos iguais. As amortizações são crescentes, enquanto que o pagamento dos juros é decrescente e o pagamento periódico é fixo ou constante. 258 Parcela Amortização Juros Prestação Saldo 0 - - - R$ 50.000,00 1 R$ 2.083,33 R$ 500,00 R$ 2.583,33 R$ 47.916,67 2 R$ 2.083,33 R$ 479,17 R$ 2.562,50 R$ 45.833,33 3 R$ 2.083,33 R$ 458,33 R$ 2.541,67 R$ 43.750,00 4 R$ 2.083,33 R$ 437,50 R$ 2.520,83 R$ 41.666,67 5 R$ 2.083,33 R$ 416,67 R$ 2.500,00 R$ 39.583,33 6 R$ 2.083,33 R$ 395,83 R$ 2.479,17 R$ 37.500,00 7 R$ 2.083,33 R$ 375,00 R$ 2.458,33 R$ 35.416,67 8 R$ 2.083,33 R$ 354,17 R$ 2.437,50 R$ 33.333,33 9 R$ 2.083,33 R$ 333,33 R$ 2.416,67 R$ 31.250,00 10 R$ 2.083,33 R$ 312,50 R$ 2.395,83 R$ 29.166,67 11 R$ 2.083,33 R$ 291,67 R$ 2.375,00 R$ 27.083,33 12 R$ 2.083,33 R$ 270,83 R$ 2.354,17 R$ 25.000,00 13 R$ 2.083,33 R$ 250,00 R$ 2.333,33 R$ 22.916,67 14 R$ 2.083,33 R$ 229,17 R$ 2.312,50 R$ 20.833,33 15 R$ 2.083,33 R$ 208,33 R$ 2.291,67 R$ 18.750,00 16 R$ 2.083,33 R$ 187,50 R$ 2.270,83 R$ 16.666,67 17 R$ 2.083,33 R$ 166,67 R$ 2.250,00 R$ 14.583,33 18 R$ 2.083,33 R$ 145,83 R$ 2.229,17 R$ 12.500,00 19 R$ 2.083,33 R$ 125,00 R$ 2.208,33 R$ 10.416,67 20 R$ 2.083,33 R$ 104,17 R$ 2.187,50 R$ 8.333,33 21 R$ 2.083,33 R$ 83,33 R$ 2.166,67 R$ 6.250,00 22 R$ 2.083,33 R$ 62,50 R$ 2.145,83 R$ 4.166,67 23 R$ 2.083,33 R$ 41,67 R$ 2.125,00 R$ 2.083,33 24 R$ 2.083,33 R$ 20,83 R$ 2.104,17 R$ 0,00 Valor financiado: R$ 50.000,00 Período: 24 meses | Taxa: 1% a.m. Começa pagando: R$ 2.583,33 Termina pagando: R$ 2.104,17 Juros Pagos Período: R$ 6.250,00 Sistema de Amortizações Constantes (SAC) A dívida é resgatada ou quitada mediante uma série de n pagamentos periódicos em que o valor de cada amortização é igual a VP/n. Os juros incidentes sobre o saldo devedor são quitados juntamente com a amortização do principal. Como o saldo devedor e o pagamento de juros decrescem, as parcelas pagas são decrescentes 259 Esta metodologia consiste no pagamento de juros periódicos e amortizações do principal apenas no final do prazo da operação. No Brasil é comum em algumas operações do mercado financeiro (debêntures). Sistema de Amortização Americano VP|PV 0 i n VP|PV Amortização Juros Fluxo de Caixa de financiamento através de Debênture A Companhia dos Doces Salgados S.A planeja a emissão de debêntures com valores nominais de R$ 40.000 e vencimento em quatro anos. Sabe-se que a empresa pagará juros anuais de 20% a.a. e que o lançamento do papel será feito ao par, sem ágio ou deságio. R$ 40.000 0 20% a.a. anos R$ 48.000 1 2 3 4 R$ 8.000 R$ 8.000 R$ 8.000 260 Suponha, agora, que a taxa de juros anual exigida da empresa é igual a 22% a.a. Nessa situação, como a taxa exigida é diferente da taxa de cupom, que reflete o pagamento de juros, é preciso encontrar o novo valor do papel. Sistema de Amortização Americano VP|PV|PU (Preço Unitário) = ? R$ 38.005,09 0 22% a.a. anos R$ 48.000 1 2 3 4 R$ 8.000 R$ 8.000 R$ 8.000 [f] [REG] 4 [n] 22 [i] 8.000 [CHS] [PMT] 48.000 [ENTER] 8.000 [-] [CHS] [FV] [g] [END] [PV] 38.005,09 R$ 37.500 0 YTM = ? % a.a. = 22,53% a.a. anos R$ 48.000 1 2 3 4 R$ 8.000 R$ 8.000 R$ 8.000 Em outras situações, pode-se dispor do fluxo de caixa do título e seu preço unitário. Agora, busca-se a taxa de rentabilidade do título até o vencimento (YTM, yield to maturity) [f] [REG] 4 [n] 37.500 [PV] 8.000 [CHS] [PMT] 48.000 [ENTER] 8.000 [-] [CHS] [FV] [g] [END] [i] 22,53 =VP(22%;4;-8000;-(48000-8000);0) R$ 38.005,09 =TAXA(4;-8000;37500;-(48000-8000);0) 22,53% 261 Séries de pagamentos ou recebimentos uniformes Exemplo: O valor presente de um bem que é pago em 10 prestações mensais e iguais de R$ 5.000,00, à taxa de juros de 2,0% a.m., é: PV = PMT × 1− 1 + i −𝑛 𝑖 = 𝑅$ 5.000 × 1 − 1,02 −10 0,02 = 𝑅$ 5.000 × 8,982585 = 𝑹$ 44.912,93 Representa o preço à vista do bem, isto é, o valor máximo de pagamento à vista supondo uma taxa de desconto de 2% a.m. 262 O valor futuro (FV) de uma série uniforme de fluxos de caixa é obtido por: FV = PMT × 1 + i 𝑛 − 1 𝑖 Onde: PMT = valor de cada pagamento ou recebimento uniforme periódico 1+i 𝑛−1 𝑖 = Fator de valor futuro (FVF)vide tabelas Exemplo: Suponha que uma pessoa tenha aplicado, ao final de cada mês, a quantia de $ 4.000,00 mensalmente, durante 12 meses, numa conta de poupança que rende 1,5% a.m. Ao final do período, esse aplicador acumula a quantia de: FV = 𝑅$ 4.000 × 1,015 12 − 1 0,015 = 𝑅$ 4.000 × 13,041211 = 𝑹$ 52.164,85 Séries de pagamentos ou recebimentos uniformes 263 Coeficientes ou fatores de financiamento Coeficiente de financiamento (CF) é a expressão que, quando multiplicado pelo valor do crédito, produz as prestações periódicas CF = 𝑖 1 − 1 + 𝑖 −𝑛 Onde: 𝑖 1− 1+𝑖 −𝑛 = inverso do fator de valor presente(videtabelas) Exemplo: O coeficiente de financiamento a ser pago em seis prestações mensais iguais, à taxa de 1,4% a.m., é de 0,174928, isto é: CF = 0,014 1 − 1,014 −6 = 0,014 0,080033 = 0,17492 264 Anuidades perpétuas O cálculo do valor presente para fluxos de pagamento ou recebimentos com durações indeterminadas se dá seguinte forma: PV = 𝑃𝑀𝑇 𝑖 Onde: PV = valor presente PMT = valor de cada pagamento ou recebimento uniforme periódico i = taxa de desconto 265 Anuidades perpétuas * Esse raciocínio é muito utilizado em avaliação de ações Exemplo: Suponha uma renda mensal perpétua de R$ 1.000,00. O valor presente, à taxa de desconto de 1% a.m., é PV = 𝑅$ 1.000,00 0,01 ∗ PV = R$ 100.000,00 266 Conceitos Básicos de Taxa Interna de Retorno (TIR|IRR) Taxa interna de retorno é a taxa que iguala, em determinado momento, a entrada de caixa com as saídas periódicas de caixa: 0 = R$ 438.247,41 − 𝑅$ 100.000,00 1,012 − 𝑅$ 150.000,00 1,0122 − 𝑅$ 200.000,00 1,0123 No exemplo acima, os pagamentos mensais de R$ 100.000,00, R$ 150.000,00 e R$ 200.000,00 igualam-se a uma dívida de R$ 438.247,41 quando descontados à taxa de 1,2% a.m. 267 Conceitos Básicos de Taxa Interna de Retorno (TIR|IRR) Exemplo: Uma instituição financeira concede um empréstimo de $ 120.000,00, a ser resgatado por três pagamentos mensais de $ 42.000,00. A IRR da operação é: TIR|IRR = R$ 120.000,00 − 𝑅$ 42.000,00 1 + 𝑖 − 𝑅$ 42.000,00 1 + 𝑖 2 − 𝑅$ 42.000,00 1 + 𝑖 3 Resolvendo a identidade, chega-se a: IRR (i) = 2,48% a.m. 268 Conceitos Básicos de Taxa Interna de Retorno (TIR|IRR) Teclas Visor Significado [f] [REG] 0 Limpa registradores 120.000,00 [PV] 120.000,00 Empréstimo concedido à empresa 42.000,00 [CHS] [PMT] -42.000,00 Pagamentos mensais do resgate 3 [n] 3 Quantidade de pagamentos [i] 2,48 Custo mensal da operação (IRR) 0 1 2 3 R$ 120.000 R$ 42.000 R$ 42.000 R$ 42.000 269 Conceitos Básicos de Taxa Interna de Retorno (TIR|IRR) 2,48% 270 Taxa média de retorno (ou de custo) ⎯ TIR|IRR É a taxa de desconto que iguala, em determinada data, todas as entradas e saídas de caixa oriundas das várias operações É utilizada tanto em operações de captação como de aplicação de recursos Exprime a rentabilidade média equivalente obtida pela empresa, em determinado período, na locação de recursos 271 ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2002. ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2002. BODIE, Zvi; MERTON, Robert C. Finanças. Porto Alegre: Bookman, 1999. CHEW, Donald H. The new corporate finance. 2.ed. New York: McGraw-Hill, 2000. CNBV COMISSÃO NACIONAL DE BOLSA DE VALORES. Mercado de capitais. Rio de Janeiro: Campus: CNBV, 2001. MARTINS, Eliseu e ASSAF NETO, Alexandre. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1983. 560p. PORTERFIELD, James T. S. Decisões de investimento e custo de capital. São Paulo: Atlas, 1976. (Série Fundamentos de Finanças.) SOLOMON, Ezra. Teoria da administração financeira. 3.ed. São Paulo: Zahar, 1977. SOUZA, Alceu & CLEMENTE, Ademir. Decisões financeiras e análise de investimentos. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2001. Bibliografia 272 Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento Principais limitações dos métodos de avaliação e decisões conflitantes que podem ocorrer diante de alternativas mutuamente excludentes Avaliação de projetos com diferentes maturidades e a distribuição dos fluxos de caixa no tempo Decisões de investimento em condições de restrição de capital 1 2 3 273 Um investimento será economicamente atrativo se: Apresentar NPV positivo ou, no mínimo, igual a zero Possuir uma IRR superior à taxa mínima requerida Proporcionar um IL|IBC maior ou igual a 1,0 274 NPV = R$ 200,00 1,15 + 𝑅$ 400,00 1,15 2 + 𝑅$ 400,00 1,15 3 + 𝑅$ 600,00 1,15 4 + 𝑅$ 600,00 1,15 5 − 𝑅$ 1.200,00 NPV ou VPL = R$ 1.380,73 − R$ 1.200,00 = R$ 180,73 IRR r = − R$ 1.200,00 + 𝑅$ 200,00 1 + r + R$ 400,00 1 + r 2 + R$ 400,00 1 + r 3 + R$ 600,00 1 + r 4 + R$ 600,00 1 + r 5 IRR 𝐨𝐮 𝐓𝐈𝐑 = 20,2% a.a. Ao definir em 15% a taxa periódica de atratividade para o investimento, temos: Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 (R$ 1.200) R$ 200 R$ 400 R$ 400 R$ 600 R$ 600 Admitindo o seguinte investimento: Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento IL = Va𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑒𝑛𝑒𝑓í𝑐𝑖𝑜𝑠 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑰𝑳 = R$ 1.380,73 𝑅$ 1.200,00 = 𝟏, 𝟏𝟓 Payback = R$ 1.200,00 𝑅$ 1.380,73 × 5 anos Payback = 4,4 anos 275 NPV = R$ 200,00 1,15 + 𝑅$ 400,00 1,15 2 + 𝑅$ 400,00 1,15 3 + 𝑅$ 600,00 1,15 4 + 𝑅$ 600,00 1,15 5 − 𝑅$ 1.200,00 NPV|VPL = 𝑅$ 1.380,73 − 𝑅$ 1.200,00 = 𝑹$ 𝟏𝟖𝟎, 𝟕𝟑 TMA: 15% Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 (R$ 1.200) R$ 200 R$ 400 R$ 400 R$ 600 R$ 600 [f] [REG] 1.200 [CHS] [g] [CF0] 200 [g] [CFj] 400 [g] [CFj] 400 [g] [CFj] 600 [g] [CFj] 600 [g] [CFj] 15 [i] [f] [NPV] 1.380,73 Valor Presente Líquido (VPL) Net Present Value (NPV) = R$ 1.380,73 (-) R$ 1.200,00 (o capital inicial) = R$ 180,73 Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento 276 Valor Presente Líquido (VPL) Net Present Value (NPV) = R$ 1.380,73 (-) R$ 1.200,00 (o capital inicial) = R$ 180,73 TMA: 15% Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 (R$ 1.200) R$ 200 R$ 400 R$ 400 R$ 600 R$ 600 NPV = R$ 200,00 1,15 + 𝑅$ 400,00 1,15 2 + 𝑅$ 400,00 1,15 3 + 𝑅$ 600,00 1,15 4 + 𝑅$ 600,00 1,15 5 − 𝑅$ 1.200,00 NPV|VPL = 𝑅$ 1.380,73 − 𝑅$ 1.200,00 = 𝑹$ 𝟏𝟖𝟎, 𝟕𝟑 Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento −𝑅$ 1.200 = 𝑹$ 𝟏𝟖𝟎, 𝟕𝟑 277 IRR (r) = − R$ 1.200,00 + 𝑅$ 200,00 1 + r + R$ 400,00 1 + r 2 + R$ 400,00 1 + r 3 + R$ 600,00 1 + r 4 + R$ 600,00 1 + r 5 IRR 𝒐𝒖 𝐓𝐈𝐑 = 20,2% a.a. [f] [REG] 1.200 [CHS] [g] [CF0] 200 [g] [CFj] 400 [g] [CFj] 400 [g] [CFj] 600 [g] [CFj] 600 [g] [CFj] [f] IRR 20,20 TMA: 15% Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 (R$ 1.200) R$ 200 R$ 400 R$ 400 R$ 600 R$ 600 Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento 278 TMA: 15% Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 (R$ 1.200) R$ 200 R$ 400 R$ 400 R$ 600 R$ 600 Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento IRR (r) = − R$ 1.200,00 + 𝑅$ 200,00 1 + r + R$ 400,00 1 + r 2 + R$ 400,00 1 + r 3 + R$ 600,00 1 + r 4 + R$ 600,00 1 + r 5 IRR 𝒐𝒖 𝐓𝐈𝐑 = 20,2% a.a. 279 TMA: 15% Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 (R$ 1.200) R$ 200 R$ 400 R$ 400 R$ 600 R$ 600 Payback = Valor 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒 𝑏𝑒𝑛𝑒𝑓í𝑐𝑖𝑜𝑠 × 𝑛 𝑝𝑒𝑟í𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑷𝒂𝒚𝒃𝒂𝒄𝒌 = R$ 1.200,00 𝑅$ 1.380,73 × 5 anos = 0,869 × 5 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 4,4 anos Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento 280 TMA: 15% Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 (R$ 1.200) R$ 200 R$ 400 R$ 400 R$ 600 R$ 600 ? 𝑃𝑎𝑦𝑏𝑎𝑐𝑘 = 𝑛 ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑠𝑎𝑙𝑑𝑜 + 𝑅$ ú𝑙𝑡𝑖𝑚𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑛𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 (𝑠𝑎𝑙𝑑𝑜) 𝑅$ 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜 𝑓𝑙𝑢𝑥𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑛𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑷𝒂𝒚𝒃𝒂𝒄𝒌 = 4 + 𝑅$ 117,57 𝑅$ 298,31 = 4 + 0,3941 = 𝟒, 𝟒 𝒂𝒏𝒐𝒔 Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento 281 O projeto é classificado como economicamente atraente, pois: Apresenta um NPV positivo (NPV > 0), indicando retorno em excesso em relação ao ganho exigido A IRR supera a taxa de atratividade definida, revelando rentabilidade acima da mínima requerida para o investimento O IL|IBL é maior que 1,0, que representa o ponto de corte entre aceitação e rejeição desse método O período de payback deve ser comparado com o limite-padrão estabelecido pela empresa Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento 282 Desempenho comparativo: NPV|VPL e IRR|TIR AnáliseComparativa dos Métodos para um Único Investimento N P V | V P L R$ 1.200 20,2% Taxa de desconto ⚫ ⚫ 0 283 Perfil do NPV|VPL e Payback Análise Comparativa dos Métodos para um Único Investimento N P V | V P L Tempo (anos) − R$ 1.200 0 2 4 6 8 ⚫ Payback 284 Taxas superiores a 15% produzem NPV negativo, desaconselhando o investimento A taxa de 15% representa a taxa mínima que deve ser auferida na aplicação de recursos Investimento de capital Tomada de capital emprestado Extensões ao Perfil dos Métodos do NPV e IRR Taxa de Desconto % NPV VPL R$ 15 ⚫ Taxa de Desconto % NPV VPL R$ 15 ⚫ 0 0 285 Decisões conflitantes Em projetos mutuamente excludentes, os métodos NPV e IRR poderão produzir resultados conflitantes para a decisão As razões dessas diferenças são explicadas: Pelas diferentes contribuições dos fluxos de caixa no tempo Pelas escalas dos investimentos 286 Decisões conflitantes Alternativas Investimento Inicial T1 T2 T3 T4 A R$ 100.000 R$ 60.000 R$ 50.000 R$ 40.000 R$ 40.000 B R$ 200.000 R$ 30.000 R$ 40.000 R$ 180.000 R$ 200.000 Benefícios Esperados de Caixa Alternativas de investimento com taxa de retorno de 20% no período: Alternativas IRR NPV IL A 35,1% R$ 27.160,50 1,272 B 29,7% R$ 53.395,10 1,267 Aplicando os métodos de análise, temos: 287 Decisões conflitantes Conflito de decisões em projetos mutuamente excludentes A IRR|TIR é expressa em termos relativos (percentual) O NPV|VPL mensura a riqueza do projeto em valores absolutos Em investimentos de diferentes escalas, o NPV|VPL é superior à IRR|TIR 288 Análise Incremental Alternativas Investimento Inicial T1 T2 T3 T4 A R$ 100.000 R$ 60.000 R$ 50.000 R$ 40.000 R$ 40.000 B R$ 200.000 R$ 30.000 R$ 40.000 R$ 180.000 R$ 200.000 Valores incrementais (B-A) (R$ 100.000) (R$ 30.000) (R$ 10.000) R$ 140.000 R$ 160.000 NPV incremental ou VPLa: 𝑅$ 100.000 − 𝑅$ 30.000 1,20 + 𝑅$ 10.000 1,20 2 + 𝑅$ 140.000 1,20 3 + 𝑅$ 160.000 1,20 4 NPV incremental|VPLa: R$ 26.234,60 O NPV incremental define a riqueza adicional acrescida pelo investimento B de maior escala Benefícios Esperados de Caixa 289 Interseção|Intersecção de Fischer É a IRR|TIR incremental. Revela a taxa de desconto que produz o mesmo NPV para as duas alternativas de investimento A IRR|TIR incremental é obtida por meio da seguinte expressão de cálculo: 0 = −𝑅$ 100.000 1 + 𝑟 0 + 𝑅$ 30.000 1 + 𝑟 1 + 𝑅$ 10.000 1 + 𝑟 2 + 𝑅$ 140.000 1 + 𝑟 3 + 𝑅$ 160.000 1 + 𝑟 4 IRR = −𝑅$ 100.000 1 + 𝑟 0 + 𝑅$ 30.000 1 + 𝑟 1 + 𝑅$ 10.000 1 + 𝑟 2 + 𝑅$ 140.000 1 + 𝑟 3 + 𝑅$ 160.000 1 + 𝑟 4 Resolvendo-se: IRR (r)|TIR = 27,0% ao período 290 Decisões conflitantes Para uma taxa de desconto de até 27,0% ao período, o investimento B é preferível a A, apresentando maior riqueza líquida gerada. A partir de 27,0%, o investimento A passa a ser o mais atraente, mantendo essa superioridade até a taxa de 35,1% ao período Interseção de Fisher Taxa de Desconto (%) R$ 250.000 R$ 90.000 27,0% 29,7% 35,1% NPV|VPL A B • • • 291 Decisões conflitantes Seleção de investimentos com mesmo desembolso inicial e diferentes fluxos de caixa no decorrer do tempo Alternativas Investimento Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 A R$ 100.000 R$ 60.000 R$ 50.000 R$ 40.000 R$ 40.000 E R$ 100.000 R$ 15.000 R$ 20.000 R$ 90.000 R$ 110.000 Benefícios Esperados de Caixa Definindo em 15% ao período o retorno exigido do investimento, temos: Alternativas Taxa Interna de Retorno NPV|VPL A 35,1% R$ 39.151,90 E 31,2% R$ 50.235,70 292 Decisões conflitantes No projeto A, os fluxos de caixa comportam-se de maneira decrescente, enquanto que no projeto E, os resultados de caixa são crescentes O método que apresentar fluxos de caixa decrescentes (investimento A) é levado a determinar a maior IRR e menor NPV Interseção de Fisher Taxa de Desconto (%) R$ 50.235,70 R$ 49.151,90 15% 24% 31,2% NPV|VPL A E R$ 18.745,00 35,1% • A E 293 Decisões conflitantes • Para uma taxa inferior a 24,0% a.a., torna-se mais interessante o projeto E, com maior NPV • Para uma taxa entre 24,0% e 35,1%, a situação inverte-se, devendo-se optar pela alternativa A (maior NPV) • A partir de 35,1%, os retornos oferecidos não alcançam a taxa mínima requerida Se os projetos forem mutuamente excludentes... 294 Conclusões • É expressa em valores percentuais, o que distorce a avaliação de projetos com diferentes níveis de investimento • Dificilmente representa as oportunidades de reaplicação dos fluxos intermediários de caixa • Não considera o custo de oportunidade definido pela empresa Críticas ao método da TIR (IRR) 295 Conclusões Considerando os seguintes investimentos com taxa mínima de atratividade de 20% ao período, temos: Investimento Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 C (R$ 300.000) R$ 140.000 R$ 160.000 R$ 200.000 R$ 43.518 D (R$ 600.000) R$ 220.000 R$ 150.000 R$ 615.200 R$ 43.518 Fluxos de Caixa Investimento NPV|VPL IL IRR|TIR C 64.505,45 1,215 31,88% a.a. D 64.505,45 1,108 25,4% a.a. 296 Conclusões Análise dos resultados • Pelo método do NPV, os dois investimentos são atraentes, pois produzem o mesmo montante de riqueza • Porém, o investimento D exige um desembolso de capital duas vezes maior que C para produzir o mesmo NPV • Logo, o investimento C (pelo métodos do IL) é mais atraente pela maior riqueza em relação ao capital aplicado 297 Conclusões Considerando-se a hipótese de que o investidor possui R$ 600.000,00 e apenas os projetos C e D, podemos representar os valores incrementais: 220.000 150.000 615.200 43.518,20 600.000 140.000 160.000 200.000 43.518,20 300.000 80.000 10.000 415.200 300.000 Projeto D Projeto C (D – C) 298 Conclusões Os resultados dos métodos de avaliação econômica são: Selecionar o projeto D significa aplicar metade do capital a uma IRR igual a 31,8%, e aplicar a outra metade a uma IRR igual a 20,0%, o que produz um retorno exatamente igual ao mínimo exigido pelo acionista. Assim, a decisão correta é a escolha do projeto D, desprezando o método do IL. Projeto VPL|NPV TIR|IRR IL C R$ 64.505,45 31,8% a.a. 1,215 D R$ 64.505,45 25,4% a.a. 1,108 D – C R$ 0 20% a.a. 1,00 299 Decisões de Investimento sob Restrição de Capital Em condições onde o capital é limitado por restrições orçamentárias, deve-se: Evitar o uso parcial de recursos para que não haja ociosidade dos fundos programados para investimentos Selecionar um conjunto de alternativas de investimentos que maximize os benefícios econômicos para a empresa A utilização do método da IRR não garante necessariamente o atendimento da maximização dos benefícios econômicos As diferentes escalas de investimento determinam uma subavaliação dos retornos da empresa quando mensurados pelo método da IRR O que interessa é o resultado econômico agregado, e não a rentabilidade específica de cada proposta de investimento 300 Decisões de Investimento sob Restrição de Capital Suponha-se que uma empresa tenha selecionado cinco propostas de investimentos cujas características essenciais são: Se as propostas forem independentes e os recursos ilimitados, todas poderão ser implementadas. Alternativas A (R$) B (R$) C (R$) D (R$) E (R$) Valor do investimento necessário 500.000 300.000 400.000 200.000 100.000 Valor Presente dos Benefícios Econômicos Esperados 650.000 360.000 460.000 220.000 105.000 Taxa Interna de Retorno 40% 30% 20% 16% 10% 301 Decisões de Investimento sob Restrição de Capital Admitindo-se que a empresa disponha unicamente de R$ 1.000.000 para investimentos: • As combinações ABD, ACE e BCDE são as opções que absorvem todo o orçamento, não restando valores inativos • Esses três grupos de investimentos são os que produzem o maior retorno econômico para a empresa • O grupo que promove a maximização da riqueza é o que apresenta o maior valor presente líquido total R$1.000.000 BCDE ABD ACE 302 Decisões de Investimento sob Restrição de Capital GRUPO ABD NPV da Alternativa A R$ 650.000 – R$ 500.000 R$ 150.000 NPV da Alternativa B R$ 360.000 – R$ 300.000 R$ 60.000 NPV da Alternativa D R$ 220.000 – R$ 200.000 R$ 20.000 VPL|NPV do Grupo ABD R$ 230.000 GRUPO ACE NPV da Alternativa A R$ 650.000 – R$ 500.000 R$ 150.000 NPV da Alternativa C R$ 460.000 – R$ 400.000 R$ 60.000 NPV da Alternativa E R$ 105.000 – R$ 100.000 R$ 5.000 VPL|NPV do Grupo ACE R$ 215.000 GRUPO BCDE NPV da Alternativa B R$ 360.000 – R$ 300.000 R$ 60.000 NPV da Alternativa C R$ 460.000 – R$ 400.000 R$ 60.000 NPV da Alternativa D R$ 220.000 – R$ 200.000 R$ 20.000 NPV da Alternativa E R$ 105.000 – R$ 100.000 R$ 5.000 VPL|NPV do Grupo BCDE R$ 145.000 As alternativas A, B e D (maior VPL|NPV) devem ser implementadas 303 ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2002. BENNINGA, Simon Z.; Sarig, Oded H. Corporate finance: a valuation approach. New York: McGraw-Hill, 1997. BREALEY, Richard A.; MYERS, Stewart C. Principles of corporate finance. 6.ed. New York: McGraw-Hill, 2001. BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2001. BRUNI, Adriano Leal & FAMÁ, Rubens. A matemática das finanças: com aplicações na HP 12C e Excel. 2ª. Ed. São Paulo: Atlas, 2007. BRUNI, Adriano Leal & FAMÁ, Rubens. As decisões de investimentos: Com aplicações na HP12C e Excel. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2007. ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jeffrey F. Administração financeira. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2002 TOSI, Armando José. Matemática Financeira com Utilização do Excel. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2002. VAN HORNE, James C. Financial management and policy. 12.ed. New York: Prentice Hall, 2002. Bibliografia 304 3 Planejamento de Caixa Nível Estratégico Nível Tático Nível Operacional • Visão • Missão • Estratégia e Objetivos Organizacionais • Planejamento e Gestão do Portfólio • Gestão de Programas, Empreendimentos, Projetos e Processos • Planejamento e Gestão da Operação • Execução da Operação (Rotina) Diretrizes e PrioridadesInformações PE PT PO Planejamento 306 Planos OperacionaisPlanos Táticos Fluxo de Caixa Investimentos Aplicações Produção Manutenção Abastecimento Vendas Propaganda Treinamento Alcance dos Objetivos Planejamento Financeiro Planejamento da Produção Planejamento de Marketing Planejamento de RH Planejamento Estratégico Fonte: Chiavenato|Sapiro, 2003 Tipos de Planejamento 307 Planejamento: Etapas | Fases Concepção Planejamento Execução Controle AvaliaçãoConsultoria Atividades Tempo Encerramento Revitalização 308 • As duas ou mais empresas que se unem para cumprir um conjunto de metas combinadas permanecem independentes depois da formação da aliança; • As empresas parceiras compartilham dos benefícios da aliança e controlam o desempenho das tarefas especificadas ⎯ talvez o traço mais distintivo das alianças e que muito dificulta sua gestão; • As empresas parceiras contribuem continuamente em uma ou mais áreas estratégicas cruciais; por exemplo, tecnologia, produtos e assim por diante”. Opções de alianças estratégicas (Adaptado de Lorange & Roos, 1996) Mercado Empreendimento cooperativo informal Empreendimento cooperativo formal Joint venture Participação societária Fusões e aquisições Hierarquia Características de uma aliança estratégica Grande Grau de integração vertical Nenhum 309 A B C Fusão Joint venture Contrato Comercial Acordo de “cavalheiros” Alianças estratégicas Adaptado de Lorange & Roos, 1996 A B C A B A B 310 Fusões, aquisições, incorporações 311 1. Excelência individual – todos os parceiros são fortes e têm algo de valor. Suas motivações são positivas (perseguir oportunidades), não negativas (mascarar fraquezas/fugir de situação difícil). 2. Importância – o relacionamento preenche objetivos estratégicos críticos para todos. 3. Interdependência – há uma complementaridade de ativos e habilidades de tal modo que nenhum dos parceiros pode conseguir sozinho aquilo que todos conseguem por meio da aliança. 4. Investimento – obedecendo a acordos, os parceiros investem um no outro como forma de sinalizar o comprometimento de longo prazo. 5. Informação – a comunicação é razoavelmente aberta. Os parceiros compartilham as informações necessárias ao funcionamento da aliança. 6. Integração – os parceiros, ao mesmo tempo professores e aprendizes, desenvolvem não apenas formas compartilhadas de operação, mas também amplas ligações entre muitas pessoas e em muitos níveis. 7. Institucionalização – a aliança é formalizada e apoia-se em uma complexa estrutura de apoio que cobre desde os vínculos legais até os sociais que permite o compartilhamento de valores. 8. Integridade – os parceiros comportam-se de modo mutuamente honroso para justificar e aumentar a confiança mútua”. Alianças de sucesso: Identificação dos 8 “I” 312 Relatórios Contábeis Importância da tomada de decisão A Contabilidade é o grande instrumento que auxilia a administração a tomar decisões. Ela coleta todos os dados econômicos, mensurando-os monetariamente, registrando-os e sumarizando-os em forma de relatórios ou de comunicados, que contribuem sobremaneira para a tomada de decisões. 313 Demonstrações Financeiras Balanço Anterior Ativo Circulante Passivo Circulante Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Ativo Permanente Patrimônio Líquido Balanço Atual Ativo Circulante Passivo Circulante Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Ativo Permanente Patrimônio Líquido Demonstração da Mutação Patrimonial Patrimônio Líquido Anterior Ajustes do Exercício anterior Aumento de Capital Correção Monetária Lucro Líquido do Exercício Dividendos Reservas Patrimônio Líquido Final Demonstração do Resultado do Exercício Vendas Brutas (−) Impostos e abatimentos Vendas Líquidas (−) Custo dos Produtos Vendidos Lucro Bruto (−) Despesas Operacionais (+) Outras Receitas Operacionais Lucro Operacional Receitas|Despesas não operacionais Correção Monetária Lucro antes do IR (−) Provisão para IR (−) Participações Lucro Líquido Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos Origens: Lucro Líquido do Exercício (+) Depreciações (+) Correção Monetária (+) Despesas de Longo Prazo (−) Recebimentos de Equivalência Patrimonial (=) Capital Circulante Líquido das Operações Aumento de Capital Novos Empréstimos de Longo Prazo Aplicações: Dividendos Reduções do Exigível a Longo Prazo Aumento do Realizável a Longo Prazo Aquisições de Ativo Permanente Aumento do Capital Circulante Líquido Variação no Capital Circulante Líquido CCL 314 Demonstrações Financeiras: Balanço Patrimonial Ativo Bens | Direitos Passivo Deveres | Obrigações Circulante Compreende contas que estão constantemente em giro ⎯ em movimento; sua conversão em dinheiro ocorrerá, no máximo, até o próximo exercício social. Circulante Compreende obrigações exigíveis que serão liquidadas no próximo exercício social: nos próximos 365 dias após o levantamento do balanço. Realizável a Longo Prazo Incluem-se nessa conta bens e direitos que se transformarão em dinheiro após o exercício seguinte. Exigível a Longo Prazo Relacionam-se nessa conta obrigações exigíveis que serão liquidadas com prazo superior a um ano ⎯ dívidas a longo prazo.Permanente São bens e direitos que não se destinam a venda e têm vida útil longa, no caso de bens. Investimento: São as aplicações de caráter permanente que geram rendimentos não necessários à manutenção da atividade principal da empresa. Imobilizado: Abarca itens de natureza permanente que serão utilizados para a manutenção da atividade básica da empresa. Diferido: São aplicações que beneficiarão resultados de exercícios futuros.Patrimônio Líquido São recursos dos proprietários aplicados na empresa. Os recursos significam o capital mais o seu rendimento ⎯ lucros e reservas. Se houver prejuízo, o total dos investimentos proprietários será reduzido). L i q u i d e z E x i g i b i l i d a d e 315 Balanço Patrimonial: Grupo de Contas Fornecedores Bancos Sindicatos Órgãos de Classe Outros Investidores Governo Concorrentes Funcionários Empresa 316 Exigibilidade dos relatórios contábeis Balanço Patrimonial (BP) Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) Demonstração de Lucros | Prejuízos Acumulados (DLPAc) Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) Sociedades Anônimas (S.A.) Deverão ser publicados Limitadas (Ltdas.) Não precisam ser publicados Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) # Relatório deverá substituir o DOAR Demonstração do Valor Adicionado (DVA) Orçamentos Obrigatórios Exigidos pela Lei das Sociedades por Ações Não Obrigatórios Não exigidos por lei Relatórios Contábeis 317 Prestação de Contas | Demonstrações Financeiras 318 Prestação de Contas | Demonstrações Financeiras 319 Complementação às demonstrações financeiras Relatórios da Administração • Dados estatísticos diversos • Indicadores de produtividade • Desenvolvimento tecnológico • A empresa no contexto socioeconômico • Políticas diversas; recursos humanos, exportação, etc. • Expectativas com relação ao futuro • Projetos de expansão • Desempenho em relação aos concorrentes, etc. Notas Explicativas (Notas de rodapé) • Critérios de cálculos na obtenção de itens que afetam o lucro • Obrigações de longo prazo, destacando os credores, taxa de juros, garantias à dívida, etc. • Composição do capital social por tipo de ações • Ajustes de exercícios anteriores, etc. Parecer dos auditores As empresas de capital aberto, instituições financeiras e alguns outros caso específicos estão obrigados a publicar a Demonstrações Financeiras com o parecer da Auditoria Externa. O auditor emite sua opinião informando se as Demonstrações Financeiras representam adequadamente a situação patrimonial e a posição financeira na data do exame. Informa se as Demonstrações Financeiras foram levantadas de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e se há uniformidade em relação ao exercício anterior. 320 Valor adicionado | Balanço Social Demonstração do Valor Adicionado R$ 1. Receitas 680.000 1.1 Receitas Brutas de mercadorias, produtos e serviços 600.000 1.2 Outras receitas 80.000 2. Insumos Adquiridos de Terceiros 360.000 2.1 Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 250.000 2.2 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 40.000 2.3 Custo Ativo Imobilizado 70.000 3. Valor Adicionado Bruto (1 – 2) 320.000 4. Depreciação, amortização e exaustão 4.1 Despesas com depreciação, amortização e exaustão 5. Valor Adicionado Líquido produzido pela Entidade (3 – 4) 320.000 6. Valor Adicionado recebido em transferência 150.000 6.1 Resultado de equivalência patrimonial 150.000 6.2 Receitas financeiras 7. Valor Adicionado Total a distribuir (5 + 6) 470.000 8. Distribuição do Valor Adicionado 136.000 8.1 Pessoal 100.000 8.2 Impostos, taxas e contribuições 8.4 Remuneração de capital de terceiros 36.000 8.5 Remuneração de capital próprio 8.5 Retenção de lucros 321 Relatórios Contábeis: a quem interessa? Investidores É através dos relatórios contábeis que identifica a situação econômico- financeira da empresa Fornecedores de bens e serviços Usam os relatórios para analisar a capacidade de pagamento da empresa compradora Bancos Utilizam os relatórios para aprovar empréstimos, limite de crédito, etc. Governo Não só usa os relatórios com finalidade de arrecadação de impostos, como também para os dados estatístico, no sentido de melhor redimensionar a economia (IBGE) Sindicatos Utilizam os relatórios para determinar a produtividade do setor, fator preponderante para reajuste de salários Outros interessados Funcionários (querem saber se a empresa tem condições de pagar seu salário ou não), órgãos de classe, pessoas e diversos institutos: CVM (Comissão de Valores Mobiliários), CRC (Conselho Regional de Contabilidade), concorrentes, etc. 322 Mão de obra Matéria-prima Produtos em processo Produtos acabados Despesas operacionais incluindo depreciação e juros Imposto de renda Vendas Duplicatas a receber Duplicatas a pagar Salários a pagar Caixa e títulos negociáveis Ativos imobilizados Participações societárias Dívida de curto e longo prazo Patrimônio Líquido Fluxos de Caixa da empresa Fluxos Operacionais Despesas indiretas Fluxos de Investimento Fluxos de Financiamento Pagamento de dividendos em dinheiro Recompra de ações Venda de ações Quitação Empréstimos Venda Compra Venda Compra Depreciação Pagamento Restituição Vendas à vista Recebimento das vendas a crédito Pagamento Contas a Pagar Pagamento Compras Crédito G it m an : O bj et iv o e am bi en te d a A F, 2 00 2 323 Na realidade, o ativo circulante é um “grande caixa” que, partindo do dinheiro propriamente dito, “desmancha” pela utilização em outras contas que compõem o ativo como um todo, desde o Circulante (estoques, duplicatas a receber) ao ativo fixo (imobilizações), retornando a ser “caixa” e assim sucessivamente. Planejamento de Caixa Planejar o caixa consiste em estabelecer, com antecedência, as decisões financeiras que serão tomadas em circunstâncias e condições previamente estabelecidas, com a propriedade de previsão dos recursos que serão utilizados para que os objetivos traçados possam ser atingidos. Quando se fala de caixa, a abrangência é para todo o disponível, ou seja, para todo o recurso em dinheiro que circula pelo ativo das empresas. São notórios a percepção e o objetivo dos empreendimentos em geral em manter o maior volume de recursos no caixa, no saldo bancário, mas isso nem sempre é possível pela própria circulação e giro que a empresa tem, o que o gestor não consegue manipular de acordo com sua conveniência. Afinal, a empresa tem sua dinâmica e o caixa é, em particular, o representante desse dinamismo desta circulação diária de recursos. 324 Planejamento de Caixa: Tipos O planejamento estratégico de caixa, que é de longo prazo, antecipado aos fatores externos e internos à empresa, sinalizando quase sempre decisões complexas que envolvem grande volume de recursos O planejamento tático de caixa, que tem um alcance mais curto em termos de prazo, envolvendo o resultado particular de alguma área como a de marketing, por exemploO planejamento operacional de caixa, que tem a finalidade de maximizar os recursos aplicados em operações de determinado período geralmente de curto e médio prazos 325 Este módulo trata dos cenários existentes que envolvam situações que possibilitem o conhecimento das variáveis que induzem a um planejamento eficiente de caixa e, ao mesmo tempo, contribuir para a superação de algumas dificuldades que, por vezes, tornam o planejamento inadequado enquanto elemento vital no processo decisório. A essência de um planejamento de caixa é uma ação estratégica, razão de ser de um sistema orçamentário. Todos os orçamentos são elaborados ⎯ Orçamento de Pessoal, Orçamento de Despesas, Orçamento de Investimentos, Orçamento de Vendas e Custos ⎯ e culminam no Orçamento de Caixa, que dá o tratamento final às possibilidades financeiras objetivadas nesses orçamentos. Não é o propósito, neste módulo, estabelecer um modelo de planejamento de caixa, à margem dos demais orçamentos, porque se trata de mérito de inúmeras disciplinas da formação do administrador que, aliás, assume importância capital no desenvolvimento de qualquer empreendimento, notadamente em regime de inflação constante. Planejamento deCaixa 326 Planejamento de Caixa A administração de caixa começa com o planejamento de caixa, atividade que consiste em estimar a evolução dos saldos de caixa da empresa. Essas informações são fundamentais para a tomada de decisões. A necessidade de planejamento de caixa está presente tanto em empresas com dificuldades financeiras como naquelas bem capitalizadas. Para as empresas com problemas financeiros, o planejamento de caixa é o primeiro passo no sentido de buscar seu equacionamento. Nas empresas em boa situação financeira o planejamento de caixa permite-lhes aumentar a eficiência no uso de suas disponibilidades financeiras. O planejamento de caixa não é uma atividade fácil, pois lida com grande dose de incerteza. Entretanto, seus benefícios compensam largamente os esforços despendidos em sua implementação. 327 Instrumento de planejamento financeiro que tem por objetivo fornecer estimativas da situação de caixa da empresa em determinado período de tempo à frente. As necessidades de informações sobre os saldos de caixa podem ser em base diária para o gerenciamento financeiro de curto prazo, ou períodos mais longos, como mês ou trimestre, quando a empresa precisa fazer um planejamento por prazo maior. Instrumento capaz de traduzir em valores e datas os diversos dados gerados pelos demais sistemas de informação da empresa. Fluxo de Caixa Fluxo de Caixa 328 Fluxo de Caixa O lucro, dentro de critérios perfeitamente adequados, pode ser manipulado. Caixa não tem jeito. Como dizem em Wall Street, lucro é opinião; caixa é fato. MANFREDINI, Alfredo (professor da EAESP-FGV), Gazeta Mercantil, 24 set. 2001, relatório As Empresas Dinâmicas, p.1 Fluxo de Caixa 329 Finalidades do fluxo de caixa a) Planejar a contratação de empréstimos e financiamentos b) Maximizar o rendimento das aplicações das sobras de caixa c) Avaliar o impacto financeiro de variações de custos d) Avaliar o impacto financeiro de aumento das vendas Características do fluxo de caixa • Prazo de cobertura e período de informação • Grau de detalhamento das entradas saídas de caixa • Grau de precisão • Funções do fluxo de caixa • Itens “Diversos” • Dinâmica do prazo de cobertura Relações básicas no fluxo de caixa Saldo Inicial de Caixa + Entrada de Caixa − Saída de Caixa = Saldo Final de Caixa O Saldo Inicial de Caixa de um período de informação é igual ao Saldo Final de Caixa do período anterior Fluxo de Caixa 330 Fl u xo d e c a ix a d e c u rt o p ra zo ( e m p re s a v a re ji s ta ) P ra zo d e c o b e rt u ra m e n s a l e p e rí o d o d e in fo rm a ç ã o d iá ri o Elementos 11/02 12/01 ... 03/06 04/06 1. Entrada de caixa Recebimento de vendas à vista Recebimento de vendas faturadas Recebimento de vendas com cartão de crédito Recebimento de vendas pelo crediário Operações de crédito Resgate de aplicações financeiras Juros de aplicações financeiras Recebimento de aluguéis Aporte de capital Outras entradas de caixa 1.1 Total das entradas 2. Saídas de caixa Fornecedores Prestadores de serviços Folha de pagamento Encargos sociais Impostos Antecipação de pagamentos Juros de financiamentos Pagamento de principal Despesas bancárias Pagamento de aluguel Água, luz, gás, telefone e internet Realização de aplicações financeiras Outras saídas 2.1 Total das saídas 3. Saldo de caixa gerado 4. Saldo inicial de caixa 5. Saldo inicial de aplicação financeira diária 6. Aplicação ou resgate 7. Saldo inicial de permanência em bancos 8. Variação da permanência em bancos 9. Saldo final de aplicações diárias (5 + 6) 10. Saldo final de permanência em bancos (7 + 8) 11. Saldo final de caixa (4 + 9 + 10) Fluxo de Caixa Empresa Varejista 331 Gerenciamento de dados do fluxo de caixa • Vendas • Contas a receber • Compras • Contas a pagar • Folha de pagamento • Financiamentos • Contratos • Tributos é taxas • Fluxo de caixa Fluxo de Caixa Principais dados do fluxo de caixa a) Projeções de receitas de vendas b) Projeções de recebimentos da cobrança c) Projeções de desembolsos com compras e serviços d) Projeções de despesas com pessoal e) Despesas financeiras Soluções para a imprecisão do fluxo de caixa • Utilizar análise de sensibilidade • Utilizar tratamento estatístico de dados • Criar a filosofia de planejamento para o fluxo de caixa 332 Controle de Caixa • Aplicar em investimentos sem risco • Precisão do fluxo de caixa afeta o retorno dos saldos de caixa • Prazo de cobertura do fluxo de caixa afeta o retorno dos saldos de caixa • Aplicações fora do mercado financeiro podem ser atrativas • Financiamentos podem ser vantajosos • Manter uma margem de segurança Princípios para a aplicação das sobras de caixa Administração do déficit de caixa • Aceleração das entradas de caixa • Agilização do processo de recebimento de depósito • Retardamento de suspensão das saídas de caixa • Renegociação dos financiamentos Controle das oscilações de caixa 333 A antecipação ou retardamento de um fluxo de caixa provoca, respectivamente, um ganho ou uma perda financeira para a empresa. Por exemplo, se o governo autoriza a mudança de data de recolhimento de um imposto, do dia 30 para o dia 5 do mês seguinte, produzirá um ganho financeiro para a empresa contribuinte. O resultado financeiro de uma alteração permanente no fluxo de recebimento ou pagamento pode ser calculado do seguinte modo: 𝑟 = 𝑐𝑖 1 + 1 𝑛 − 1 1 + 1 𝑛 × 𝑖 Onde: r = resultado do deslocamento de caixa c = valor do deslocamento de caixa n = número de dias do deslocamento do fluxo de caixa i = taxa de juros diária calculada com base na taxa de atratividade da empresa Resultado financeiro do deslocamento de um fluxo de caixa Exemplo: uma empresa demora 3 dias para depositar os cheques recebidos em suas lojas. Uma alteração nos procedimentos internos permite encurtar esse prazo para 1 dia. O valor médio total dos cheques recebidos diariamente é R$ 42 mil. A taxa de atratividade dessa empresa é de 0,05% ao dia. O valor do ganho proporcionado pelo encurtamento permanente de 2 dias no prazo para depósito dos cheques é: 𝑟 = 𝑐𝑖 1+1 𝑛−1 1+1 𝑛 × 𝑖 𝒓 = R$ 42.000 × 0,0005 1 + 0,0005 2 − 1 1 + 0,0005 2 × 0,005 𝑟 = 𝑅$ 42.000 × 0,0005 × 1,9985 = 𝑹$ 𝟒𝟏, 𝟗𝟔 334 Os ativos permanentes das empresas têm retorno maior do que os ativos correntes, como é o caso das disponibilidades financeiras. Assim, quando uma empresa mantém um saldo de caixa elevado aumenta a sua proteção contra imprevistos, mas reduz a rentabilidade média de seus ativos. Um mesmo volume de vendas pode ser obtido de vários volumes de caixa. O menor volume de caixa que pode ser mantido para gerar certo volume de vendas é o nível ótimo de caixa. Determinação do caixa ótimo Um dos objetivos da administração de caixa é conseguir o nível ótimo de caixa para a empresa. É recomendável que a empresa tenha um bom grau de liquidez, mas esse deve ser limitado porque tem um custo. Existem vários modelos matemáticos para calcular o volume ótimo de caixa. Os mais conhecidos baseiam-se na existência de um custo fixo operacional para cada operação de aplicação ou resgate e esse custo precisa ser cotejado com o rendimento das aplicações. Esses modelos possuem fundamentos teóricos e abordagem de difícil confirmação prática. A maioria das empresas não utiliza métodos matemáticos para determinar o volume de caixa ótimo. Isso é feito de modo intuitivo, muitas vezes com base no processo de tentativa e erro. 335 Objetivos orçamentários conforme o ciclo administrativo Planejamento O orçamento materializa os planos (planejar) sob a forma de valores. Execução A execução do orçamento contribui para assegurar a eficácia da organização e o comando que vai possibilitar a difusão dos planos. Isto serve para coordenar as diversas unidades da empresa, motivando e avaliando os gestores e empregados. ControleO orçamento é um meio eficaz de efetuar a continuação dos planos. Ele fornece as medidas para avaliar a performance da empresa. Ele permite acompanhar a estratégia, verificar seu grau de êxito e em caso de necessidade, tomar ação corretiva. 336 Objetivos orçamentários conforme o ciclo administrativo Orçamento é um plano administrativo abrangendo todas as fases das operações para um período futuro definido (Welsch, 1973). Orçamento é um instrumento de ação, elemento motor que auxilia a orientar o processo de tomada de decisão da empresa (Zdanowicz, 1983). O orçamento é a expressão de um plano de ação futuro da administração para um determinado período. Ele pode abranger aspectos financeiros e não- financeiros desses planos e funciona como um projeto para a empresa seguir no período vindouro (Horngren et. al., 1997). Orçamento é um conjunto de previsões quantitativas apresentadas de forma estruturada, uma materialização em valores dos projetos e dos planos. Ele é composto por dados financeiros e não financeiros (Boisvert,1999). 337 • Estabelecer os orçamentos financeiros; • Ajustar o orçamento global; • Assegurar o prosseguimento dos planos; • Mensurar periodicamente em que medida os objetivos estão sendo atingidos; • Analisar a economia, a eficiência e a eficácia dos gestores; • Intervir para ratificar os planos; • Reavaliar os objetivos e a estratégia da organização. O orçamento deve permitir • Precisar os objetivos seguintes da organização; • Elaborar os planos a curto prazo; • Estimar os recursos associados aos planos; • Estabelecer um plano de investimento; • Desenvolver um plano de produção; • Planejar as compras; • Prever a necessidade de MOD e prepará-la; • Ajustar o orçamento de produção; 338 Ciclo Orçamentário As empresas bem administradas normalmente têm o seguinte ciclo orçamentário: Planejamento do desempenho da empresa como um todo, assim como as respectivas subunidades. Todos os gestores concordam com o que é esperado deles. Estabelecimento de um parâmetro de referência, isto é, um conjunto de expectativas específicas com relação às quais os resultados reais possam ser comparados. Análise das variações dos planos, seguida, se necessário, das respectivas ações corretivas. Replanejamento, levando em consideração o feedback e a mudança das condições. 339 O período de orçamento mais comum em empresas brasileiras é de um ano. Esse orçamento anual também pode ter ajustes mensais, trimestrais ou semestrais ou acréscimo do mesmo período acabado no futuro. Ciclo Orçamentário O período de duração do orçamento não necessariamente é de um ano. Um orçamento pode ser preparado para qualquer período de tempo. São vários os fatores que influenciam na duração do período orçamentário que incluem o tipo (processo), a natureza da organização, a necessidade de avaliação periódica e as condições do negócio. O período de orçamento deve ser o tempo necessário para prover uma meta atingível em condições normais. Idealmente, o período de tempo deve minimizar o impacto de flutuações sazonais ou cíclicas. Por outro lado, o período de orçamento não deve ser longo demais que inviabiliza estimativas realistas. 340 1919 1970 1980 2000 Orçamento Empresarial Projeção dos recursos baseado na estrutura organizacional e acompanhamento pelos departamentos. Orçamento Contínuo Renovação do período concluído e acréscimo do mesmo período no futuro. Orçamento de Base Zero Projeção dos recursos baseada em pacotes de decisão da estaca zero e com justificativa para todos os novos gastos. Orçamento Flexível Projeção dos recursos para vários níveis de atividade. Orçamento por Atividades Projeção dos recursos nas atividades por meio de direcionadores de custos. Beyond Budgeting Projeção dos recursos de forma descentralizada e flexível, guiado por um conjunto de princípios. Processos Orçamentários 341 Orçamento empresarial O sistema orçamentário traduz, em quantidades físicas e valores monetários, o desenvolvimento e os resultados de todos os planos das unidades operacionais e órgãos administrativos da empresa. Estrutura organizacional da empresa: responsáveis pelas atividades planejadas e cumprimento das metas Definição do cenário econômico, político e social esperado para o período Análise sistemática das informações gerenciais Identificação dos fatores condicionantes da expansão das atividades da empresa: comportamento da demanda, atuação dos principais concorrentes e o custo dos fretes Comitê de orçamento que fixa objetivos e metas é diretrizes para o processo orçamentário 342 “Todo homem de empresa segue, em maior ou menor grau, os princípios orçamentários quando prevê operações e receitas e quando planeja programas de produção, crédito e vendas. Mas orçar é mais do que tudo isso. Orçar é um meio de coordenar a inteligência combinada de toda uma organização em um plano de ação baseado na experiência anterior e governado por um juízo racional de fatores que exercerão influência sobre o curso dos negócios no futuro. Orçar não é apenas controle, não é apenas previsão. É uma análise exigente e rigorosa do passado e um cálculo cuidadoso das prováveis e desejadas operações futuras. O objetivo é colocar o julgamento deliberado, bem concebido e astuto dos negócios em lugar do êxito acidental na administração do empreendimento. Não se deveria considerar o orçamento como expressão daquilo que se acredite que venha ocorrer, mas, ao contrário, deve-se considerá-lo como objetivo realizável. É uma bússola pela qual uma empresa pode manter-se tão perto quanto possível do curso traçado. Um orçamento compele ou executivos a estudar seus problemas. Instila o hábito da investigação cuidadosa antes que se tomem as decisões. Uma vez completados os estudos e tomadas várias decisões, o orçamento servirá como uma declaração de princípios, baseada nos esforços conjuntos de todos os interessados.” MATZ, A; CURRY, O. J.; FRANK, G. W. Contabilidade de Custos. São Paulo, Atlas, 1973 Orçamento empresarial 343 Sistema orçamentário permite Controlar desempenhos Definir claramente as metas de cada unidade operacional ou órgão administrativo e os responsáveis pelo seu cumprimento Equacionar as múltiplas atividades envolvidas em um plano globalConciliar as atividades e as metas de todas as áreas com os objetivos globais da empresa 344 Vantagens ou benefícios do orçamento empresarial Eficácia em cada área e na empresa como um todo Fortalecimento do hábito de estudar todos os aspectos envolvidos antes de tomar decisões Estímulo à participação de todos os responsáveis envolvidos no plano Fornecimento de critérios para a alocação de recursos escassos Coordenação e correlação de todos os esforços Revelação dos pontos de eficiência e ineficiência Obrigatoriedade de avaliar os resultados reais em face dos orçados 345 Limitações no processo orçamentário Implantação é demorada e exige muita “doutrinação” e treinamento Orçamento não funciona por si mesmo, exigindo esforço de todos na preparação, execução dos planos e cumprimento das metas São necessárias revisões periódicas em face de circunstâncias não previstas Planejamento orçamentário baseia-se em previsões e estimativas 346 Planos e metas de uma empresa industrial Marketing|vendas Finanças Recursos humanos Compras Produção 347 Orçamentos de resultados Os orçamentos de resultados revelam a contribuição de cada unidade ou cada centro de lucros para a formação do resultado global da empresa. Estes orçamentos mostrarão os resultados contábeis orçados para cada mês, trimestre, semestre o total do ano Orçamentos de investimentos • Etapas dos grandes projetos que integram o plano de investimento de longo prazo programadas para o período coberto pelo orçamento • Outros investimentos de menor monta que deverão iniciar-se no períodorelativo aos ativos fixos industriais e às instalações, equipamentos, veículos, etc. • As propostas aprovadas terão os seus desembolsos computados no orçamento de caixa e seus valores contábeis (imobilização, correção monetária e depreciações) registrados nos orçamentos específicos. Orçamentos operacionais • Previsão de vendas • Orçamentos de produção • Orçamentos de despesas de vendas, gerais e administrativas Processo orçamentário 348 Balanço Patrimonial Projetado O orçamento empresarial deve ser aprovado antes do encerramento do exercício que antecede ao período orçamentário. desse modo, é necessário projetar os saldos de Balanço do exercício em curso para obter os saldos iniciais de todas as contas ativas e passivas. Adicionando-se ao saldo inicial projetado de cada conta a movimentação orçada são obtidos os saldos mensais semestrais e do final do próximo ano. Assim, monta se o Balanço patrimonial projetado. Demonstração do Resultado Projetada Consolidação dos orçamentos de resultados • Orçamentos de despesas operacionais dos órgãos administrativos que não geram receitas operacionais • Orçamento de despesas e receitas financeiras calculadas a partir do orçamento de caixa e de outros saldos patrimoniais projetados • Orçamento de resultados não operacionais compreendendo previsões de ganhos e perdas de capital Orçamento de caixa e Plano de Financiamento Todas as entradas e as saídas de numerário decorrentes de transações realizadas antes e durante o período orçamentário são reunidas no orçamento global de caixa evidenciando o superávit e os testes mensais. Considerando os saldos desejados para as disponibilidades serão orçadas as aplicações financeiras por prazos mais prolongados ou os recursos adicionais necessários. Estes recursos poderão provir de empréstimos a curto prazo, financiamentos a longo prazo ou integralização de capital, de forma a estruturar adequadamente as fontes de financiamento dos ativos e preservar a liquidez da empresa. 349 A elaboração dos orçamentos demanda a previsão do comportamento dos preços relativos aos bens e serviços adquiridos e vendidos pela empresa. Em uma economia como a brasileira, as altas taxas de inflação constituem a principal fonte de incertezas no processo de planejamento pois: Tratamento da inflação Implicam constantes reajustes nos preços, salários, tarifas públicas, etc. Distorcem os mecanismos de mercado, provocando variações reais de preços, independentes daquelas geradas pelo desequilíbrio entre a oferta e a procura A curto prazo provocam dispersões nos diversos índices gerais de preços e nos vários indexadores aplicados nas transações realizadas pela empresa Provocam perdas e ganhos de natureza monetária pela corrosão no poder de compra dos recursos mantidos em disponibilidade dos valores a receber e a pagar por problemas de mercado; nem sempre a empresa conseguirá repassar aos seus preços de venda a totalidade dos aumentos inflacionários ocorridos nos seus custos e despesas 350 O papel dos gerentes financeiros Os gerentes financeiros devem entender o processo do orçamento de capital e saber como estimar os fluxos de caixa relevantes, associados a todos os tipos de gastos de capital propostos. O gerente financeiro deve preparar estimativas realistas dos fluxos de caixa associados aos custos e benefícios estimados de investimentos de longo prazo propostos. Boas estimativas de fluxos de caixas são um pré-requisito para boas decisões, que contribuem para a maximização da riqueza do proprietário. Orçamento de capital O papel dos mercados financeiros Os mercados financeiros não estão diretamente envolvidos na elaboração do orçamento de capital da empresa e no processo de estimar o fluxo de caixa, mas fornecem um fórum no qual as informações sobre as atividades de investimento de empresas podem ser disseminadas e avaliadas pelos investidores, ansiosos em avaliar as perspectivas de criação de valor daquelas ações. A voz dos investidores reagindo às decisões no processo de orçamento de capital das empresas determinará o preço de mercado das ações da empresa e, portanto, afetará a riqueza de seus portadores. O papel dos investidores Os investidores ficam atentos à qualidade das decisões de investimento que devem resultar o desenvolvimento de boas estimativas de fluxo de caixa no processo de decisão de orçamento de capital. Os investidores vão investir nas empresas que tomarem boas decisões na elaboração do orçamento de capital e cancelarão investimentos nas empresas que tomarem decisões inadequadas. A avaliação feita pelo investidor sobre a qualidade das atividades de orçamento de capital da empresa afeta, portanto, o valor das ações e a riqueza do proprietário. 351 Cia. Factível | Sistema Orçamentário Planejamento Estratégico Previsões macroeconômicas para o período orçamentário Planejamentos Táticos (curto e médio prazos) Planejamento Operacional (Curto prazo) Metas para o período orçamentário Orçamento de Vendas (Previsão de vendas, preços unitários) Plano de Investimentos (Longo prazo) Orçamentos de Investimentos para o período orçamentário Ativos Fixos em operação (capacidade de operação) Orçamento da Produção (plano de Produção, insumo, produto) Compatibilização Orçamentos de Investimentos para o período orçamentário Orçamento de Materiais (Consumo, compras, preços, estoques) Orçamento de Mão de obra (pessoal, folha pagamento, despesas) Balanço Patrimonial Inicial Balanço Patrimonial Projetado Outras Demonstrações Financeiras projetadas Orçamento de Produtos (custos de produção, de vendas, estoques) Outras despesas e receitas das unidades operacionais Despesas administrativas e resultados não- operacionais Despesas e receitas financeiras Plano de financiamento (capital próprio e de terceiros) Orçamento de caixa Orçamento Custos Indiretos de Fabricação (energia, depreciação, etc.) Orçamento de resultados das Unidades Operacionais Demonstração do Resultado projetada Receitas e deduções sobre vendas Vendas à vista e cobrança das duplicatas, recolhimento de impostos sobre vendas Pagamento de fornecedores, salários e encargos sociais, impostos, contas a pagar, encargos financeiros, amortização de empréstimos e financiamentos, etc. Pagamento referentes projetos, obras, instalações, equipamentos, veículos, etc. 352 Cia. Factível | Fontes de Financiamento Contas a pagar, provisões diversas, dividendos declarados, etc. Impostos e contribuições Empréstimos e financiamentos Salários, honorários e participações estatutárias Empréstimos diversos Adiantamentos sobre compras Crédito mercantil Lucros retidos Subscrição de ações Diversos Resultado das Operações Acionistas G ov er no In st it ui çõ es Fi na nc ei ra s Empregados e direitos Outras empresas e Pessoas Físicas Clientes Fornecedores Atividades Empresariais Capital Próprio Arrendamento de Ativos Fixos Empresas de leasing Capital de Terceiros Fontes Internas Fontes Externas 353 Demonstrações contábeis Balanço Patrimonial Revela a posição, em determinada data, dos ativos, passivos e patrimônio Líquido Demonstração de Resultados do Exercício Expõe as receitas e despesas incorridas pela empresa em determinado ano Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Grupo do Patrimônio Líquido e variações verificadas em determinado exercício Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados Posição da conta “Lucros ou Prejuízos Acumulados” em determinado ano Demonstração dos Fluxos de Caixa Revela as movimentações financeiras de caixa ocorridas no exercício Demonstração do Valor Adicionado Valor da riqueza gerada pela empresa no período e sua distribuição 354 Processo Análise das Demonstrações Financeiras Eliminação das distorções inflacionárias Diagnóstico (Relatório) Dirigentesda empresa AV e AH do Balanço Patrimonial Índices de Estrutura, Solvência e Cobertura Índices de Prazos Médios Índices de Rotação dos Recursos Margens de Lucratividade das Vendas AV e AH da Demonstração do Resultado AV da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos AV do Ativo Circulante e sobre fontes de financiamento Ciclos Operacionais e Financeiros Fórmula de Du Pont Taxas de Retorno Reclassificação dos Balanços e da Demonstração do Resultado Preparação dos dados Indicadores da Situação Financeira Indicadores da Gestão de Recursos Indicadores de Rentabilidade Aplicação do Instrumental de análise (transformação dos dados em informações) Interpretação e avaliação das informações: significado intrínseco de cada informação; interpretação conjunta das informações; comparações com dados históricos, dados dos concorrentes e índices-padrão do ramo Acionistas Credores e outros agentes Processos Decisórios Fatores Conjunturais Indicadores da avaliação das Ações Aspectos relacionados com a Liquidez Aspectos relacionados com a Rentabilidade 355 Saldos em 31 de dezembro de (em R$ mil) Análise Vertical (em %) Variações Anuais (em %) 20t0 20t1 20t2 20t0 20t1 20t2 t1/t0 t2/t1 Ativo Circulante 6.000 9.000 12.250 60,0 72,0 64,3 +50,0 +36,1 Caixa e bancos 200 250 380 2,0 2,0 2,0 +25,0 +52,0 Duplicatas a receber 3,120 4.200 5.850 31,2 33,6 30,7 +34,6 +39,3 Provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) (93) (126) (175) (0,9) (1,0) (0,9) +35,5 +38,9 Estoques 2.400 3.600 5.200 24,0 28,8 27,3 +50,0 +44,4 Diversos 373 1.076 995 3,7 8,6 5,2 +188,5 -7,5 Ativo Permanente 4.000 3.500 6.800 40,0 28,0 35,7 -12,5 +94,3 Imobilizado 5.000 5.000 9.000 50,0 40,0 47,2 +80,0 Depreciação acumulada (1.000) (1.500) (2.200) (10,0) (12,0) (11,5) +50,0 +46,7 Ativo Total 10.000 12.500 19.050 100,0 100,0 100,0 +25,0 +52,4 Passivo Circulante 5.000 6.550 10.550 50,0 52,4 55,4 +31,0 +61,1 Fornecedores 1.580 2.400 3.540 15,8 19,2 18,6 +51,9 +47,5 Empréstimos bancários 2.300 2.300 5.100 23,0 18,4 26,8 +121,7 Diversos 1.120 1.850 1.910 11,2 14,8 10,0 +65,2 +3,2 Exigível a Longo Prazo 1.800 Financiamentos • • 1.800 • • 9,4 +100,0 Patrimônio Líquido 5.000 5.950 6.700 50,0 47,6 35,2 +19,0 +12,6 Capital integralizado 4.000 4.000 5.000 40,0 32,0 26,2 +25,0 Reservas 400 468 410 4,0 3,7 2,2 +17,0 -12,4 Lucros Acumulados 600 1.482 1.290 6,0 11,9 6,8 +147,0 -13,0 Passivo + Patrimônio Líquido 10.000 12.500 19.050 100,0 100,0 100,0 +25,0 +52,4 Cia. Factível | Balanço Patrimonial 356 Saldos em 31 de dezembro (em R$ mil) Análise Vertical (em %) Variações (em %) 20t1 20t2 20t1 20t2 t2/t1 Receita Operacional Bruta 21.960 24.120 122,0 121,8 +9,8 Deduções sobre vendas ICMS (3.730) (4.100) (20,7) (20,7) +9,9 Devoluções (230) (220) (1,3) (1,1) -4,4 Receita Operacional Líquida 18.000 19.800 100,0 100,0 +10,0 Custo das Mercadorias Vendidas (12.000) (13.200) (66,7) (66,7) +10,0 Lucro Bruto 6.000 6.600 33,3 33,3 +10,0 Despesas Operacionais Despesas com vendas (900) (990) (5,0) (5,0) +10,0 Despesas provisão créditos liquidação duvidosa (33) (49) (0,2) (0,3) +48,5 Despesas gerais e administrativas (1.935) (1.961) (10,7) (9,9) +1,3 Despesas de Depreciação (500) (700) (2,8) (3,5) +40,0 Lucro Operacional* 2.632 2.900 14,6 14,6 +10,2 Despesas financeiras (552) (1.350) (3,1) (6,8) +144,6 Lucro antes do Imposto de Renda 2.080 1.550 11,5 7,8 -25,5 Provisão para Imposto de Renda (730) (550) (4,0) (2,8) -24,7 Lucro Líquido 1.350 1.000 7,5 5,0 -25,9 Lucro por ação (em R$ 1,00) 0,338 0,200 • • -40,8 Cia. Factível | Demonstrações dos Resultados * A apuração desse resultado antes das despesas financeiras objetivou preparar a Demonstração de Resultado para a análise. 357 Capital (R$ mil) Reservas (R$ mil) Lucros Acumulados (R$ mil) Total (R$ mil) Saldos em 31 de dezembro de 20t0 4.000 400 600 5.000 Lucro Líquido do exercício • • 1.350 1.350 Apropriação do Lucro Líquido: Reserva legal • 68 (68) • Dividendos propostos (R$ 0,10 por ação) • • (400) (400) Saldos em 31 de dezembro de 20t1 4.000 468 1.482 5.950 Aumento de capital com reservas e lucros acumulados 1.000 (108) (892) • Lucro Líquido do exercício • • 1.000 1.000 Apropriação do Lucro Líquido: Reserva Legal • 50 (50) • Dividendos propostos (R$ 0,05 por ação) • • (250) (250) Saldos em 31 de dezembro de 20t2 5.000 410 1.290 6.700 Cia. Factível | Demonstração das Mutações do PL 358 31 de Dezembro 20t1 31 de Dezembro 20t2 R$ mil % R$ mil % Origens Lucro Líquido do Exercício 1.350 73,0 1.000 28,6 Depreciação 500 27,0 700 20,0 Recursos gerados pelas operações 1.850 100,0 1.700 48,6 Aumento no Exigível a Longo Prazo • • 1.800 51,4 (A) 1.850 100,0 3.500 100,0 Aplicações Aumento no Imobilizado • • 4.000 114,3 Dividendos propostos 400 21,6 250 7,1 (B) 400 21,6 4.250 121,4 Aumento|(Redução) no Capital Circulante Líquido (A – B) 1.450 78,4 (750) 21,4 Inicial (R$ mil) Final (R$ mil) Variações (R$ mil) 20t1 Ativo Circulante 6.000 9.000 3.000 Passivo Circulante 5.000 6.550 1.550 1.000 2.450 1.450 20t2 Ativo Circulante 9.000 12.250 3.250 Passivo Circulante 6.550 10.550 4.000 2.450 1.700 (750) Cia. Factível | Demonstrações das Origens e Aplicações do Recursos Assumimos a hipótese de não ter havido inflação em nenhum dos dois exercícios. Todos os valores apresentados refletem moeda de igual poder aquisitivo, permitindo a sua comparação direta. 359 Cia. Factível | Movimentação das contas do Ativo Permanente R$ mil Imobilizado Depreciação Acumulada Ativo Permanente Saldos em 31.12.20t0 5.000 (1.000) 4.000 Depreciação do exercício (10% × 5.000) • (500) (500) Saldos em 31.12.20t1 5.000 (1.500) 3.500 Aquisição em 30.06.20t2 4.000 • 4.000 Depreciação do exercício: Imobilizado antigo (10% × 5.000) • (500) (500) Imobilizado novo (5% × 4.000) • (200) (200) Saldos em 31.12.20t2 9.000 (2.200) 6.800 360 Cia. Factível | Movimentação dos empréstimos bancários e financiamentos LP R$ mil 20t1 20t2 Empréstimos bancários Contratos de crédito rotativo com garantia de duplicatas A) Saldo inicial 2.300 2.300 B) Ampliação do limite de crédito durante o ano - 2.800 C) Saldo final (A + B) 2.300 5.100 D) Saldo médio do exercício: 𝐴+𝐶 2 2.300 3.700 E) Taxa mensal efetiva de juros e encargos 2% 2,5% Despesas Financeiras: F) Valores pagos mensalmente (D × E) 46 92,5 G) Total pago no exercício (F x 12 meses) 552 1.110 Financiamentos a Longo Prazo Contrato firmado em 06.t2, vencimento 06.t4 H) Valor mutuado • 1.800 I) Taxa anual contratada (juros + encargos) • 26,7% J) Despesas financeiras pagas semestralmente: 𝐼 2 × 𝐻 • 240 Despesas financeiras totais do exercício (G + J) 552 1.350 A taxa anual de depreciação é de 10%, sendo aplicada proporcionalmente ao período de tempo transcorrido entre a aquisição de novos imobilizados e o encerramento dos balanços. As taxas correspondentes aos juros e encargos sobre os empréstimos e financiamentos refletem os custos reais dessas operações. 361 Cia. Factível | Realocação da provisão para IR Saldos em 31 de Dezembro (R$ mil) 20t1 20t2 Lucro Operacional (LO) 2.632 2.900 Imposto de Renda (35%)* (923) (1.023) Lucro antes das Despesas Financeiras e Depois do Imposto de Renda (LAJDI) 1.709 1.877 Despesas Financeiras (DF) 552 1.350 Redução do Imposto de Renda (35% × DF) (193) (473) (-) Despesas Financeiras líquidas do IR (DFLI) 359 877 Lucro Líquido (LAJDI − DFLI = LL) 1.350 1.000 * Total da Provisão para o Imposto de Renda 730 550 (+) Redução do Imposto de Renda (35% × DF) 193 473 Imposto de Renda sobre o Lucro Operacional ( 35% × LO) 923 1.023 362 Cia Factível | Fluxos contábeis 363 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠|𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 = 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑃𝑒𝑟𝑚𝑎𝑛𝑒𝑛𝑡𝑒 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 + 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 Índices de Estrutura Patrimonial 364 Cia Fictícia S.A. 31.12.t0 31.12.t1 31.12.t2 Capital de Terceiros|Capital Próprio PC + ELP ÷ PL 5.000 + 0 5.000 = 𝟏𝟎𝟎% 6.550 + 0 5.950 = 𝟏𝟏𝟎, 𝟏% 10.550 + 1.800 6.700 = 𝟏𝟖𝟒, 𝟑% Composição do Endividamento PC ÷ PC + ELP 5.000 5.000 + 0 = 𝟏𝟎𝟎% 6.550 6.550 + 0 = 𝟏𝟎𝟎% 10.550 10.550 + 1.800 = 𝟖𝟓, 𝟒% Endividamento Geral PC + ELP ÷ AT 5.000 + 0 10.000 = 𝟓𝟎% 6.550 + 0 12.500 = 𝟓𝟐, 𝟒% 10.550 + 1.800 19.050 = 𝟔𝟒, 𝟖% Imobilização do Capital Próprio AP ÷ PL 4.000 5.000 = 𝟖𝟎% 3.500 5.950 = 𝟓𝟖, 𝟖% 6.800 6.700 = 𝟏𝟎𝟏, 𝟓% Imobilização dos Recursos Permanentes AP ÷ ELP + PL 4.000 0 + 5.000 = 𝟖𝟎% 3.500 0 + 5.950 = 𝟓𝟖, 𝟖% 6.800 1.800 + 6.700 = 𝟖𝟎% Índices de Estrutura Patrimonial 365 Cia Fictícia S.A. 20t0 % 20t1 % 20t2 % Interpretação isolada Capital de Terceiros|Capital Próprio PC + ELP ÷ PL 100,0 110,1 184,3 Evolução muito desfavorável. Em t2 as dívidas totais representam 1,8 vez os recursos próprios Composição do Endividamento PC ÷ PC + ELP 100,0 100,0 85,4 Evolução favorável, embora continue alta a proporção de dívidas a curto prazo Endividamento Geral PC + ELP ÷ AT 50,0 52,4 64,8 Evolução desfavorável. Em t2 quase 2/3 do ativo estão financiados com recursos de terceiros Imobilização do Capital Próprio AP ÷ PL 80,0 58,8 101,5 Melhorou em t1 e piorou muito em t2. Capital de Giro próprio negativo (AP > PL) Imobilização dos Recursos Permanentes AP ÷ ELP + PL 80,0 58,8 80,0 Baixou em t1 e em t2 voltou ao nível inicial, denotando excesso de imobilizações Índices de Estrutura Patrimonial 366 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑆𝑒𝑐𝑎 = 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 − 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐸𝑥𝑒𝑟𝑐í𝑐𝑖𝑜 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑖𝑛𝑡𝑒 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 Índices de Solvência 367 Índices de Solvência Cia Fictícia S.A. 20t0 vezes 20t1 vezes 20t2 vezes Liquidez Geral (AC + RLP) ÷ (PC + ELP) 6.000 + 0 5.000 + 0 = 𝟏, 𝟐𝟎 9.000 + 0 6.550 + 0 = 𝟏, 𝟑𝟕 12.250 + 0 10.550 + 1.800 = 𝟎, 𝟗𝟗 Liquidez Corrente AC ÷ PC 6.000 5.000 = 𝟏, 𝟐𝟎 9.000 6.550 = 𝟏, 𝟑𝟕 12.250 10.550 = 𝟏, 𝟏𝟔 Liquidez Seca (AC – EST – DES) ÷ PC 6.000 − 2.400 − 0 5.000 = 𝟎, 𝟕𝟐 9.000 − 3.600 − 0 6.550 = 𝟎, 𝟖𝟐 12.250 − 5.200 − 0 10.550 = 𝟎, 𝟔𝟕 368 Índices de Solvência Cia Fictícia S.A. 20t0 vezes 20t1 vezes 20t2 vezes Interpretação isolada Liquidez Geral (AC + RLP) ÷ (PC + ELP) 1,20 1,37 0,99 Melhorou em t1 e despencou em t2. Os bens e direitos realizáveis a curto e longo prazos não cobrem as dívidas totais Liquidez Corrente AC ÷ PC 1,20 1,37 1,16 Evolução desfavorável, apresentando folga inexpressiva em t2 Liquidez Seca (AC – EST – DES) ÷ PC 0,72 0,82 0,67 Nunca foi satisfatória e ficou ainda pior em t2. Excessivamente dependente da venda dos estoques para pagar as dívidas a curto prazo 369 𝑪𝒐𝒃𝒆𝒓𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒐𝒔 𝒆𝒏𝒄𝒂𝒓𝒈𝒐𝒔 𝒇𝒊𝒏𝒂𝒏𝒄𝒆𝒊𝒓𝒐𝒔 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 + 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 + 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝑪𝒐𝒃𝒆𝒓𝒕𝒖𝒓𝒂 𝒅𝒐𝒔 𝑪𝒐𝒎𝒑𝒓𝒐𝒎𝒊𝒔𝒔𝒐𝒔 𝑭𝒊𝒙𝒐𝒔 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 + 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑒𝑎𝑠𝑖𝑛𝑔 + 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 + 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 + 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑒𝑎𝑠𝑖𝑛𝑔 + 𝑃𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙 𝑑𝑜𝑠 𝐸𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑒 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 1 − 𝐴𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝑑𝑜 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 Índices de Cobertura 370 Índices de Cobertura Cia Fictícia S.A. 20t0 vezes 20t1 vezes 20t2 Vezes Dos Encargos Financeiros LO + RF + OR ÷ DF # Informações na DRE ⚫ 2.632 + 0 + 0 − 552 = 𝟒, 𝟕𝟕 2.900 + 0 + 0 − 1.350 = 𝟐, 𝟏𝟓 Dos Compromissos Fixos (LO + DL + RF + OR) ÷ {DF + DL + [PEF ÷ (1 – IR)]} # Informações no Balanço Patrimonial (empréstimos e financiamentos) e DRE ⚫ 2.632 + 0 + 0 + 0 − 552 + 0 + 2.300 + 0 1 − 35% = 𝟎, 𝟔𝟒 2.900 + 0 + 0 + 0 − 1.350 + 0 + 5.100 + 1.800 1 − 35% = 𝟎, 𝟐𝟒 371 Índices de Cobertura Cia Fictícia S.A. 20t0 vezes 20t1 vezes 20t2 vezes Interpretação isolada Dos Encargos Financeiros LO + RF + OR ÷ DF ... 4,77 2,15 Declinou bastante em t2, mas ainda cobre com folga as despesas financeiras Dos Compromissos Fixos (LO + DL + RF + OR) ÷ {DF + DL + [PEF ÷ (1 – IR)]} ... 0,64 0,24 Significativa queda em t2. Cobertura inferior a ¼ dos compromissos fixos Avaliação Geral: Apesar da pequena elevação no endividamento, em 20t1 a situação financeira da empresa era satisfatória. Em 20t2 essa situação financeira deteriorou-se completamente, devido ao aumento das imobilizações e à significativa elevação das dívidas. Se não forem adotadas medidas corretivas, a empresa caminhará fatalmente para a insolvência. 372 Índices de Rotação dos Recursos 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 = 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑝𝑜𝑟𝑡𝑒𝑠 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝐷𝑢𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 − 𝐷𝑒𝑣𝑜𝑙𝑢çõ𝑒𝑠 𝑒 𝑎𝑏𝑎𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝐷𝑢𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝐹𝑖𝑥𝑜 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎𝑑𝑜 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 373 Cia Fictícia S.A. 20t1 | vezes 20t2 | vezes Giro dos Estoques Totais CV ÷ sm EST 12.000 2.400 + 3.600 2 = 𝟒, 𝟎𝟎 13.200 3.600 + 5.200 2 = 𝟑, 𝟎𝟎 Giro das Duplicatas a Receber ROB − DeA ÷ sm DR 21.960 − 230 3.120 + 4.200 2 = 𝟓, 𝟗𝟒 24.120 − 220 4.200 + 5.850 2 = 𝟒, 𝟕𝟔 Giro do Ativo Circulante ROL ÷ sm AC 18.00 6.000 + 9.000 2 = 𝟐, 𝟒𝟎 18.900 9.000 + 12.250 2 = 𝟏, 𝟖𝟔 Giro do Ativo Fixo ROL ÷ sm IMOB* * Imobilizado − depreciação 18.000 5.000 − 1.000 + (5.000 − 1.500) 2 = 𝟒, 𝟖𝟎 19.800 5.000 − 1.500 + (9.000 − 2.200) 2 = 𝟑, 𝟖𝟒 Giro do Ativo Operacional ROL ÷ sm AO* * Caixa e bancos + Duplicatas a receber (− PCLD) + Estoques + Imobilizado (− depreciação) 18.000 200 + 3.120 − 93 + 2.400 + 5.000 − 1.000 + (250 + 4.200 − 126 + 3.600 + 5.000 − 1.500) 2 = 𝟏, 𝟕𝟏 (𝟐𝟎𝒕𝟏) 19.800 250 + 4.200 − 126 + 3.600 + 5.000 − 1.500 + 380 + 35.850 − 175 + 5.200 + 9.000 − 2.200 2 = 𝟏, 𝟑𝟒 (𝟐𝟎𝒕𝟐) Giro do Investimento Total ROL ÷ sm AT 18.000 10.000 + 412.500 2 = 𝟏, 𝟔𝟎 19.800 12.500 + 19.050 2 = 𝟏, 𝟐𝟔 Índices de Rotação dos Recursos 374 Cia Fictícia S.A. 20t1 vezes 20t2 vezes Interpretação isolada Giro dos Estoques Totais CV ÷ sm EST 4,00 3,00 Declinou, evidenciando que os estoques aumentaram em maior proporção que as vendas Giro das Duplicatas a Receber ROB − DeA ÷ sm DR 5,94 4,76 Declinou. Maior proporção de recursos para financiaras vendas a prazo Giro do Ativo Circulante ROL ÷ sm AC 2,40 1,86 Redução provocada principalmente pela queda no giro dos estoques e das duplicatas a receber Giro do Ativo Fixo ROL ÷ sm IMOB 4,80 3,84 Declinou, revelando que o aumento das vendas foi inferior à expansão do imobilizado Giro do Ativo Operacional ROL ÷ sm AO 1,71 1,34 Redução pelo efeito combinado da queda no giro do ativo circulante e do imobilizado Giro do Investimento Total ROL ÷ sm AT 1,60 1,26 Prejudicado basicamente pela queda no giro do ativo operacional Índices de Rotação dos Recursos 375 Indicadores de Prazos Médios 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑐𝑎𝑔𝑒𝑚 (𝑃𝑀𝐸) = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 360 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐶𝑜𝑏𝑟𝑎𝑛ç𝑎 (𝑃𝑀𝐶) = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝐷𝑢𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 − 𝐷𝑒𝑣𝑜𝑙𝑢çõ𝑒𝑠 𝑒 𝐴𝑏𝑎𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 360 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑃𝑎𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 (𝑃𝑀𝑃) = 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝐹𝑜𝑟𝑛𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎𝑠 360 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑀𝐸 + 𝑃𝑀𝐶 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 = 𝑃𝑀𝐸 + 𝑃𝑀𝐶 − 𝑃𝑀𝑃 376 Cia Fictícia S.A. 20t1 | dias 20t2 | dias De Estocagem PME = sm EST ÷ (CV ÷ 360) 2.400 + 3.600 2 12.000 360 = 𝟗𝟎, 𝟎𝟎 3.600 + 5.200 2 13.200 360 = 𝟏𝟐𝟎, 𝟎𝟎 De Cobrança PMC = sm DR ÷ [(ROB-DeA) ÷ 360] 3.120 + 4.200 2 21.960 − 230 360 = 𝟔𝟎, 𝟔𝟒 4.200 + 5.850 2 24.120 − 220 360 = 𝟕𝟓, 𝟔𝟗 De Pagamentos dos Fornecedores PMP = sm FORN ÷ (CBa ÷ 360) a Vide Fluxos contábeis 1.580 + 2.400 2 15.900 360 = 𝟒𝟓, 𝟎𝟔 2.400 + 3.540 2 17.830 360 = 𝟓𝟗, 𝟗𝟕 Ciclo Operacional PME + PMC 90,00 + 60,64 = 𝟏𝟓𝟎, 𝟔𝟒 120,00 + 75,69 = 𝟏𝟗𝟓, 𝟔𝟗 Ciclo Financeiro PME + PMC − PMP 90,00 + 60,64 − 45,06 = 𝟏𝟎𝟓, 𝟓𝟖 120,00 + 75,69 − 59,97 = 𝟏𝟑𝟓, 𝟕𝟐 Indicadores de Prazos Médios 377 Cia Fictícia S.A. 20t1 dias 20t2 dias Interpretação isolada De Estocagem PME = sm EST ÷ (CV ÷ 360) 90,0 120,0 Renovação mais lenta dos estoques. Os recursos ficaram paralisados 30 dias a mais De Cobrança PMC = sm DR ÷ [(ROB-DeA) ÷ 360] 60,64 75,69 Dilatação de 15 dias. Investigar as possíveis causas: maior prazo de faturamento; aceitação de clientes de maior risco; atraso dos clientes tradicionais; falhas na cobrança, etc. De Pagamentos dos Fornecedores PMP = sm FORN ÷ (CB ÷ 360) 45,06 59,97 Ampliação de 15 dias. A empresa obteve maiores prazos ou está atrasando? Ciclo Operacional PME + PMC 150,64 195,69 Aumentou 45 dias, devido aos maiores prazos médios de estocagem e de cobrança Ciclo Financeiro PME + PMC – PMP 105,68 135,72 Aumentou 30 dias. O aumento da PMP aliviou a elevação do ciclo operacional Indicadores de Prazos Médios Avaliação Geral: Com exceção do prazo médio de pagamento, todos os demais indicadores evoluíram desfavoravelmente em 20t2. Nesse período, a gestão dos recursos revelou-se desastrosa, conforme evidenciaram os excessos de estoques, de duplicatas a receber e de imobilizações. É de se supor que a empresa havia se preparado para ampliar significativamente as suas vendas, mas não alcançou tal objetivo. Desse modo, fica evidente a necessidade de escoar rapidamente os estoques, oferecendo descontos sobre os preços de tabela (a margem bruta não foi reduzida em 20t2), e até mesmo ampliar os prazos de pagamento nas novas vendas para clientes que tenham excelente ficha cadastral (isto será melhor do que manter estoques encalhados). Alguma nova negociação como os fornecedores e principalmente a venda de parte do imobilizado também se revelam necessárias. Estas medidas permitirão aliviar a situação financeira da empresa que, como vimos anteriormente, está seriamente comprometida. 378 Margens de Lucratividade das Vendas 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 𝑀𝑎𝑟𝑘 − 𝑢𝑝 𝐺𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 379 Cia Fictícia S.A. 20t1 | % 20t2 | % Margem Bruta LB ÷ ROL 6.000 18.000 = 𝟑𝟑, 𝟑𝟑% 6.600 19.800 = 𝟑𝟑, 𝟑𝟑% Margem Operacional LO ÷ ROL 2.632 18.000 = 𝟏𝟒, 𝟔𝟐% 2.900 19.800 = 𝟏𝟒, 𝟔𝟓% Margem Líquida LL ÷ ROL 1.350 18.000 = 𝟕, 𝟓𝟎% 1.000 19.800 = 𝟓, 𝟎𝟓% Mark-up Global LB ÷ CV 6.000 12.000 = 𝟓𝟎, 𝟎𝟎% 6.600 13.200 = 𝟓𝟎, 𝟎𝟎% Margens de Lucratividade das Vendas 380 Cia Fictícia S.A. 20t1 % 20t2 % Interpretação isolada Margem Bruta LB ÷ ROL 33,33 33,33 Não foi afetada pelas possíveis modificações no mix de vendas Margem Operacional LO ÷ ROL 14,62 14,65 Inalterada, revelando bom controle sobre as despesas operacionais Margem Líquida LL ÷ ROL 7,50 5,05 Declinou devido a maior proporção das despesas financeiras sobre a ROL Mark-up Global LB ÷ CV 50,00 50,00 Sem alteração, denotando rigidez na política de preços Margens de Lucratividade das Vendas 381 Taxas de Retorno 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 382 Cia Fictícia S.A. 20t1 | % 20t2 | % Sobre o Ativo Operacional LO ÷ sm AOa a Caixa e bancos + Duplicatas a receber (− PCLD) + Estoques + Imobilizado (− depreciação) 2.632 200 + 3.120 − 93 + 2.400 + 5.000 − 1.000 + (250 + 4.200 − 126 + 3.600 + 5.000 − 1.500) 2 = 𝟐𝟓, 𝟎𝟏% (𝟐𝟎𝒕𝟏) 2.900 250 + 4.200 − 126 + 3.600 + 5.000 − 1.500 + 380 + 35.850 − 175 + 5.200 + 9.000 − 2.200 2 = 𝟏𝟗, 𝟔𝟖% (𝟐𝟎𝒕𝟐) Sobre o Investimento Total LL ÷ sm AT 1.350 10.000 + 12.500 2 = 𝟏𝟐, 𝟎𝟎% 1.000 12.500 + 19.050 2 = 𝟔, 𝟑𝟒% Sobre o Capital Próprio LL ÷ sma PLb b Balanço estruturado em moeda forte, considerar o Patrimônio Líquido do período, senão a fórmula abaixo: 1.350 5.000 = 𝟐𝟕, 𝟎𝟎% 1.000 5.950 = 𝟏𝟔, 𝟖𝟏% Taxas de Retorno 𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝑃𝐿 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑜 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑒𝑥𝑒𝑟𝑐í𝑐𝑖𝑜 + 𝑃𝐿 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 − 𝑝𝑎𝑟𝑐𝑒𝑙𝑎 𝑑𝑜 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑒𝑥𝑒𝑟𝑐í𝑐𝑖𝑜 𝑛ã𝑜 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢í𝑑𝑎 2 383 Cia Fictícia S.A. 20t1 % 20t2 % Interpretação isolada Sobre o Ativo Operacional LO ÷ sm AO 25,01 19,68 Redução provocada pelo descompasso entre o acréscimo de 10% no lucro operacional e a expansão de 40% no ativo operacional Sobre o Investimento Total LL ÷ sm AT 12,00 6,34 Queda expressiva devida ao efeito combinado da redução de 26% no Lucro Líquido e da ampliação de 40% no Ativo Total médio Sobre o Capital Próprio LL ÷ sma PL 27,00 16,81 Declínio significativo provocado pela redução do lucro líquido e pela elevação de 19% no patrimônio líquido médio Taxas de Retorno Avaliação Geral: Em 20t1 a empresa obteve boa lucratividade em suas vendas e taxas de retorno satisfatórias. Em 20t2 foram mantidas as mesmas margens bruta e operacional. Entretanto, a margem líquida e as três taxas de retorno revelaram queda na rentabilidade da empresa. Os fatores responsáveis por esse mau desempenho foram: • a significativa elevação das despesas financeiras que consumiram quase a metade do lucro operacional e fizeram com que o lucro líquido ficasse 26% abaixo ao do ano anterior e • o aumento dos recursos investidos no ativo operacional sem uma contrapartida adequada nas receitas de vendas 384 Indicadores de Avaliação de Ações 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝐴çã𝑜($) = 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝐴çã𝑜 (𝐿𝑃𝐴, $) = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜($) = 𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑃𝑟𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠 𝐶𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑃𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠(𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠) = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑒𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 𝑃𝑟𝑒ç𝑜|𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑃 𝐿 (𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠) = 𝐶𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑎çã𝑜 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 𝑃𝑎𝑦 − 𝑜𝑢𝑡 | 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 (%) = 𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 𝐶𝑎𝑠ℎ 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑 | 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜(%) = 𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 𝐶𝑜𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑎çã𝑜 385 Avaliação de Ações 20t1 20t2 A ⎯ Patrimônio Líquido R$ 5.950 mil R$ 6.700 mil B ⎯ Lucro Líquido R$ 1.350 mil R$ 1.000 mil C ⎯ Dividendos propostos R$ 400 mil R$ 250 mil D ⎯ Número de ações (ordinárias) 4.000 mil 5.000 mil E ⎯ “Cotação” das ações R$ 1,49 R$ 1,34 F ⎯ Valor Patrimonial da Ação (A ÷ D) R$ 1,49 R$ 1,34 G ⎯ Lucro por Ação (B ÷ D) R$ 0,34 R$ 0,20 H ⎯ Dividendo por Ação (C ÷ D) R$ 0,10 R$ 0,05 I ⎯ Preço/Lucro (E ÷ G) 4,4 anos 6,7 anos J ⎯ Pay-out (H ÷ G) 29,4% 25,0% K ⎯ Retenção dos Lucros (100 − J) 70,6% 75,0% L ⎯ Cash yield (H ÷ E) 6,7% 3,7% Avaliação Geral: Observa-se que em 20t1 a empresa apresentava bons indicadores e talvez até tivesse condições de abrir seu capital. Se isso tivesse ocorrido, seus resultados em 20t2 teriam sido muito melhores em face da não incidência de despesas financeiras tão elevadas. Lamentavelmente, a oportunidade foi perdida e os indicadores de 20t2 revelaram que tão cedo não será possível captar capital de risco no mercado. Indicadores de Avaliação de Ações D ad os B ás ic os In di ca do re s 386 Retorno sobre o Ativo Operacional Dados básicos 20t1 20t2 Receita Operacional Líquida (ROL) R$ 18.000 mil R$ 19.800 mil Lucro Operacional (LO) R$ 2.632 mil R$ 2.900 mil Saldo Médio do Ativo Operacional (Sm AO) R$ 10.526 mil R$ 14.740 mil Fórmula Du Pont Margem Operacional = 𝐿𝑂 𝑅𝑂𝐿 2.632 18.000 = 𝟏𝟒, 𝟔𝟐% 2.900 19.800 = 𝟏𝟒, 𝟔𝟓% Giro do Ativo Operacional (vezes) = 𝑅𝑂𝐿 𝑠𝑚 𝐴𝑂 18.000 10.526 = 𝟏, 𝟕𝟏 19.800 14.740 = 𝟏, 𝟑𝟒 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝐿𝑂 𝑅𝑂𝐿 × 𝑅𝑂𝐿 𝑠𝑚 𝐴𝑂 = 𝐿𝑂 𝑠𝑚 𝐴𝑂 2.632 10.526 = 𝟐𝟓, 𝟎𝟏% 2.900 14.740 = 𝟏𝟗, 𝟔𝟖% Interpretação: A redução na taxa de retorno sobre o ativo operacional foi provocada pela queda no giro dos recursos, uma vez que a margem operacional se manteve praticamente inalterada. A perda de eficiência no uso dos ativos comprometeu o retorno das atividades operacionais. 387 Retorno sobre o Ativo Operacional Receita Operacional Bruta Deduções sobre vendas Custo das vendas Despesas Operacionais Estoques Duplicatas a Receber (líquida das provisões) Disponibilidades (parte) Receita Operacional Líquida Custos e Despesas Operacionais Capital de Giro Ativo Fixo (Imobilizado, líquido da depreciação acumulada) Lucro Operacional Receita Operacional Líquida Ativo Operacional Margem Operacional Giro do Ativo Operacional Taxa de Retorno sobre o Ativo Operacional Fórmula de Du Pont Relação entre os fatores que afetam a taxa de retorno sobre o Ativo Operacional 388 Cia. Factível | Formação taxas de retorno Lucro Operacional LAJI 20t1 | 20t2 $ 2.632 | $ 2.900 Imposto de Renda 35% × LAJI 20t1 | 20t2 $ 923 | $ 1.023 Despesas Financeiras (DF) 20t1 | 20t2 $ 552 | $ 1.350 Redução de IR 35% × DF 20t1 | 20t2 $ 193 | $ 473 Lucro antes das desp.financ e depois do IR (LAJDI) 20t1 | 20t2 $ 1.709 | $ 1.877 Receita Operacional Líquida (ROL) 20t1 | 20t2 $ 18.000 | $ 19.800 Ativo Total Ajustado ATA = POA + PLA 20t1 | 20t2 $ 7.300 | $ 10.550 Despesas Financeiras líquidas do IR (DFLI) 20t1 | 20t2 $ 359 | $ 877 Passivo Oneroso Ajustado (POA) 20t1 | 20t2 $ 2.300 | $ 4.600 Patrimônio Líquido Ajustado (PLA) 20t1 | 20t2 $ 5.000 | $ 5.950 Margem Operacional depois do IR 20t1 | 20t2 9,494% | 9,480% Giro do Ativo Total (vezes) 20t1 | 20t2 2,466 | 1,877 Retorno sobre o Ativo Total (RAT) 20t1 | 20t2 23,411% | 17,791% Custo do Passivo Oneroso (CPO) 20t1 | 20t2 15,609% | 19,065% Diferença de Taxas 20t1 | 20t2 7,802% | (1,274%) Proporção do Passivo Oneroso (vezes) 20t1 | 20t2 0,460 | 0,773 Retorno sobre o Patrimônio Líquido (RSPL) 20t1 | 20t2 27,000% | 16,807% Efeito da Alavancagem Financeira (RAT – CPO) × (POA ÷ PLA) 20t1 | 20t2 3,589% | (0,984%) 389 Retorno sobre o Ativo | ROA Return on Assets: Remuneração exigida pelos credores e acionistas 𝑅𝑂𝐴 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑀é𝑑𝑖𝑜 Cálculo do Lucro Operacional Líquido do IR (Exercício X1) Cia Fictícia S.A. Resultado antes dos impostos R$ 747,7 (+) Despesas Financeiras R$ 119,1 Resultado Operacional Bruto (Antes IR) R$ 866,8 (-) IR e CSLL (30,7%) R$ 266,1 Resultado Operacional Líquido R$ 600,7 Cálculo do ROA (Exercício X1) A) 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝑅$ 600,7 B) 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = 𝑅$ 2.115,8+𝑅$ 1.965,6 2 = 𝑅$ 2.040,7 C) 𝑅𝑂𝐴 = 𝐴 𝐵 = 𝑅$ 600,7 𝑅$ 2.040,7 = 29,4% 390 Retorno sobre o Ativo | ROA CVM Despesas de Vendas Despesas administrativas Outras Disponível Estoques Contas a receber Outros Realizável a Longo Prazo Imobilizado Investimentos Diferido Receita Líquida Custos + Despesas Ativo Circulante Realizável a Longo Prazo Ativo Permanente Lucro Líquido Receita Líquida Ativo Total Margem Líquida Giro do Ativo Total ROA 391 Retorno sobre o Investimento | ROI Return on Investment: também chamado taxa de retorno (rate of return ou ROR), taxa de lucro ou simplesmente retorno, é a relação entre o dinheiro ganho (ou perdido), através de um investimento, e o montante de dinheiro investido. O retorno previsto serve como medida ante o desempenho de um investimento ⎯ que é a sua taxa implícita ⎯ aquela que iguala o valor do investimento do seu preço ou custo. Investimento = Ativo Total – Passivo de Funcionamento Investimento = Passivo Oneroso + Patrimônio Líquido 𝑅𝑂𝐼 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑀é𝑑𝑖𝑜 ROI = Giro do Patrimônio Líquido × Margem Operacional 𝑅𝑂𝐼 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 × 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 (relação entre lucratividade e giro dos estoques) 𝑅𝑂𝐼 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 (retorno que o ativo total oferece) 𝑅𝑂𝐼 = 𝐺𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜 − 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 Exemplo: Investiu R$ 100 mil e ganhou R$ 500 mil: 𝑅𝑂𝐼 = 𝑅$ 500 𝑚𝑖𝑙−𝑅$ 100 𝑚𝑖𝑙 𝑅$ 100 𝑚𝑖𝑙 = 4 (para cada R$ 1 investido ganhou R$ 4) 392 CVM Despesas de Vendas Despesas administrativas Outras Disponível Estoques Contas a receber Outros Realizável a Longo Prazo Imobilizado Investimentos Diferido Receita Líquida Custos + Despesas Capital de Giro Líquido médio Realizável a Longo Prazo médio Ativo Permanente médio Lucro Operacional Receita Líquida Ativo Operacional médio Margem Operacional Giro do Ativo Operacional ROI Retorno sobre o Investimento | ROI 393 Cia Natureza | Cálculo do ROI Cia Natureza 31.12.X0 (R$ mil) 31.12.X1 (R$ mil) Investimento = Ativo Total – Passivo de Funcionamento Ativo Total 1.965,6 2.115,8 Passivo de Funcionamento 679,3 876,9 Fornecedores 175,7 186,2 Impostos, taxas e contribuições 118,5 177,8 Dividendos a pagar 237,9 311,8 Outros passivos circulantes 147,2 201,1 Investimento 1.286,31.238,9 Investimento = Passivo Oneroso + Patrimônio Líquido Patrimônio Líquido 679,0 698,4 Passivo Oneroso 607,3 540,5 Empréstimos e financiamentos (circ.) 288,9 190,6 Empréstimos e financiamentos 318,4 349,9 Investimento 1.286,3 1.238,9 𝑹𝑶𝑰 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜: 600,7 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜: 1.286,3 + 1.238,9 2 = 𝟒𝟕, 𝟔% 394 Fontes de Financiamento Fontes Internas Externas • Lucros retidos • Rotatividade dos créditos ativos maior do que a dos passivos • Proteção fiscal • Outras Recursos de terceiros Recursos próprios • Debêntures • Commercial papers • Empréstimos bancários • Crédito subsidiado • Capital estrangeiro (Empréstimos) • Fornecedores Capital acionário (capital social) 395 Bibliografia BRAGA, Roberto. Fundamentos e técnicas de administração financeira. São Paulo: Atlas, 2008. GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7.ed. São Paulo: Harbra, 2002. MORANTE, Antonio Salvador & JORGE, Fauzi Timaco. Administração financeira: decisões de curto e longo prazo e indicadores de desempenho. São Paulo: Atlas, 2007. PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática Financeira: Objetiva e aplicada. 7ª.ed. São Paulo: Saraiva, 2004. SANTOS, Edno Oliveira. Administração financeira da pequena e média empresa. São Paulo: Atlas, 2000. 396 4 Administração de Crédito, Contas a Receber e Estoque Pródromo Insolvência e modelos de avaliação do risco de crédito Apresentar fundamentos do crédito Compreender as necessidades de financiamento dos clientes Explorar as implicações financeiras de diferentes políticas de crédito Mensurar e administrar o risco de crédito 398 Gestão do Crédito • Importante para alavancagem de vendas • Influencia o fluxo de caixa e os investimentos necessários para o capital de giro • Controle e a seleção do crédito são instrumentos de política monetária • Podem restringir ou expandir o volume e o preço do crédito (taxa de juros) 399 Fundamentos de Crédito Troca de bens presentes por bens futuros Financiador Dinheiro Produtos Serviços Tomador Duplicatas Promissórias Cartão Cheques pré-datados Contrato 400 Fundamentos de Crédito Origens dos valores a receber: • Vendas a prazo: Nota fiscal, fatura e duplicata • Não recebimento de vendas à vista: Cheque sem fundo • Adiantamento a fornecedores • Adiantamento a funcionários • Adiantamentos a sócios Contas a Receber das Operações: Recebíveis • Duplicatas • Carnês • Boletos Bancários • Notas Promissórias • Cheques pré-datados • Letras de Câmbio 401 Recebíveis Ativo Bens | Direitos Passivo Deveres | Obrigações Ativo Circulante Bens e direitos que se realizarão em curto prazo (1 ano ou Ciclo Operacional) Passivo Circulante Obrigações exigíveis em curto prazo (1 ano ou Ciclo Operacional) Realizável a Longo Prazo Bens e direitos que se realizarão em longo prazo (mais de 1 ano) Exigível de Longo Prazo Obrigações exigíveis em longo prazo (mais de 1 ano) Ativo Permanente Bens e direitos que a empresa tem a intenção de ter propriedade permanentemente Patrimônio Líquido Obrigações não exigíveis (sócios) Aplicações Onde os recursos estão investidos na empresa (o que está em atividade) Origens | Fontes Onde os recursos são obtidos Recebíveis de Curto Prazo Recebíveis de Longo Prazo L i q u i d e z E x i g i b i l i d a d e 402 Compras Atividades administrativas e outras Produção Vendas Desconto de Duplicatas Cobrança Caixa e Bancos Contas não Circulantes Ativos Circulantes Operações Passivos Circulantes Fornecedores Contas a Pagar Ativos Fixos Estoque de Produtos Duplicatas a Receber Capital Circulante Líquido (parte do PL e do ELP Empréstimos a Curto Prazo Duplicatas Descontadas (Redutora do AC) Estoques de matérias-primas e materiais auxiliares Remessas Pedidos Despesas Operacionais Provisão IR, etc.Baixa dos Estoques Depreciação MOD e parte dos CIF Custos de produção Baixas (CPV|CMV|CSPV) Venda à vista Venda a prazo Líquido creditado Excedente gerado Incobráveis Recebimentos Pagamentos Capital de Giro Fluxo de Capital de Giro | Empresa industrial 403 Crédito × Ativo Volume de Crédito em relação ao Ativo | Entre 15% e 25% do total dos Ativos Lawrence Gitman Empresas industriais americanas | os recebíveis representam 37% do Ativo Circulante e 16% do Ativo Total J. Fred Weston e Eugene Brigham Empresa típica tem 25% de seus Ativos em Recebíveis Stephen Ross 17% dos Ativos são Contas a Receber 404 Política e ciclo de crédito M o n it o ri a e c o n tr o le Fixa os parâmetros de vendas a prazo Solicitação de crédito: f Pré-análise f Análise f Cadastro Positivo Processo de Crédito Fornecimento de Crédito f Combate à sazonalidade de vendas f Aumento de vendas f Diferencial de mercado • Estratégia de mercado • Diferencial de taxa de juros • Parceria com fornecedores f Conflito entre crédito e vendas 405 Elementos das Políticas de crédito Definição de Descontos Custo de Oportunidade Prazos de Crédito • Concorrência • Pressão do Cliente • Spread Financeiro • Funding (próprio e/ou terceiros) Políticas de Cobrança Estratégias de recebimento do crédito Padrões de Crédito Requisitos mínimos para que seja concedido crédito a um cliente 406 Objetivos das Políticas de crédito Aumentar receitas Controlar custos e despesas • Gastos de investimento de capital • Gastos com investimento em estoques • Despesas de cobrança • Perdas com insolvência 407 Consultas a Sistemas de Informações SPC SCI – Equifax SERASA Órgãos do governo CADIN Secretaria da Receita Federal Central de Risco do BACEN Grupos Setoriais CREDPLAST 408 Informações sobre o cliente Cadastro • Nome • Endereço • Documentos, • etc. Restrições • Protestos • Negativações • Cheques sem fundo Análise Financeira Demonstrativos contábeis Fontes Internas de Informações • Lista negra • Relacionamento histórico • Visita 409 Análise das informações Pessoa Física • Adequação do valor de crédito ao nível de renda confirmado • Estabelecimento de níveis máximos de comprometimento de renda • Possibilidade de apresentar garantidor da operação Pessoa Jurídica • Sincronização de entradas e saídas de fluxo de caixa para pagamento da prestação • Análise temporal e setorial dos índices financeiros • Volume e frequência de negócios • Organização e experiência no ramo 410 Risco de crédito Definição • Probabilidade de um tomador de crédito não honrar os compromissos financeiros assumidos • Probabilidade de perdas em recebíveis Cliente que não cumpre o contrato • Inadimplente • Insolvente Dimensões • Qualidade • Probabilidade ou sinais de possíveis perdas Quantidade Montante que pode ser potencialmente perdido nas operações de crédito 411 Risco de crédito • Detectar com antecedência o causador da insolvência pode trazer benefícios mensuráveis nos resultados • Acionistas demandam informações sobre a situação econômico-financeira das empresas com o máximo de evidenciação possível • As decisões de crédito causam impacto nos ciclos operacionais e de caixa 412 Cobrança mais efetiva Padrões de crédito mais adequados • Atua na concessão de crédito • Prevenção de perdas Como diminuir as despesas de insolvência? 413 Concessão de Crédito Evitar conceder crédito aos “maus pagadores” (insolventes) Crédito deve ser segmentado • PF | PJ • Produto Identificação de “maus” pagadores • Dados históricos • Comportamento • Indicadores Financeiros • Registros de Negativação 414 Análise dos 6 C’s de crédito Caráter Capital CapacidadeCondição Colateral e Covenants Conglomerado 415 Análise dos 6 C’s Caráter Intenção do cliente em efetuar o pagamento Indicadores: • Registros no SPC, SERASA, SCI • Análise de referências: • Comerciais • Bancárias • Pessoais Capital Condição econômico- financeira do cliente • Condição Patrimonial • Condição Econômica Indicadores: • Posses de ativos fixos e outros bens Capacidade Desempenho econômico e geração de recursos financeiros futuros Indicadores: • Para empresas • Fluxo Financeiro • Receitas, despesas e lucros • Para pessoas físicas • Renda disponível • Salário, gastos fixos, comprometimento da renda 416 Análise dos 6 C’s Condição Eventos externos, macroeconômicos e sua consequência para o tomador do empréstimo Indicadores: • Variáveis econômicas • Variáveis setoriais • Variáveis político- sociais Colateral Qualidade das garantias oferecidas • Reais | Pessoais • Covenants (Cláusulas condicionantes de gestão) Indicadores: • Ações de penhor e hipoteca • Alienações | Processos Conglomerado Pessoa Jurídica • Análise do grupo econômico • Análise do balanço consolidado • Análise dos acionistas Pessoa Física • Análise dos agregados 417 Dependência de julgamentos individuais Dependência da experiência dos funcionários diretos Avaliação Qualitativa Análise tradicional utilizando 6 C’s 418 Principais agências de RATING: Opinião independente sobre a capacidade do emitente de pagar o principal e os juros de um título emitido Atlantic Rating http://www.atlanticrating.com.br SR Rating http://www.srrating.com.br Fitch http://www.fitch.com/ Moodys http://www.moodys.com Standard & Poor’s http://www.standardandpoors.com 419 http://www.atlanticrating.com.br/ http://www.srrating.com.br/ http://www.fitch.com/ http://www.moodys.com/ http://www.standardandpoors.com/ Categoria Definição AAA Uma obrigação avaliada em ‘AAA’ tem o rating mais alto atribuído pela S&P Global Ratings. A capacidade do devedor de honrar seus compromissos financeiros relativos à obrigação é extremamente forte. AA Uma obrigação avaliada em ‘AA’ difere apenas ligeiramente das obrigações com o rating mais alto. A capacidade do devedor de honrar seus compromissos financeiros relativos à obrigação é muito forte. A Uma obrigação avaliada em ‘A’ é de certa forma mais suscetível aos efeitos adversos de mudanças nas circunstâncias e nas condições econômicas do que as obrigações nas categorias mais altas. No entanto, a capacidade do devedor de honrar seus compromissos financeiros relativos à obrigação ainda é forte. BBB Uma obrigação avaliada em ‘BBB’ apresenta parâmetros de proteção adequados. No entanto, é mais provável que condições econômicas adversas ou mudanças nas circunstâncias enfraqueçam a capacidade do devedor de honrar seus compromissos financeiros relativos à obrigação. BB; B; CCC; CC; e C Obrigações avaliadas em ‘BB’, ‘B’, ‘CCC’, ‘CC’ e ‘C’ apresentam características especulativas significativas. ‘BB’ indica o menor grau de especulação e ‘C’, o maior. Embora essas obrigações provavelmente apresentem algumas características de qualidade e proteção, estas podem ser contrabalançadas por grandes incertezas ou pela maior exposição a condições adversas. BB Uma obrigação avaliada em ‘BB’ é menos vulnerável ao não pagamento do que outras emissões em grau especulativo. No entanto, enfrenta grandes incertezas no momento ou exposição a condições adversas de negócios, financeiras ou econômicas que poderiam afetar a capacidade do devedor de honrar seus compromissos financeiros relativos à obrigação. B Uma obrigação avaliada em ‘B’ é mais vulnerável ao não pagamento do que as obrigações com rating ‘BB’, mas o devedor tem atualmente capacidade para honrar seus compromissos financeiros relativos à obrigação. Condições adversas de negócios, financeiras ou econômicas provavelmente prejudicariam a capacidade ou a disposição do devedor de honrar seus compromissos financeiros relativos à obrigação. CCC Uma obrigação avaliada em ‘CCC’ é atualmente vulnerável ao não pagamento e dependente de condições favoráveis de negócios, financeiras e econômicas para o devedor honrar seus compromissos financeiros relativos à obrigação. No caso de condições adversas de negócios, financeiras ou econômicas, o devedor provavelmente não será capaz de honrar seus compromissos financeiros relativos à obrigação. CC Uma obrigação avaliada em ‘CC’ está, no momento, altamente vulnerável ao não pagamento. O rating ‘CC’ é atribuído quando o default ainda não ocorreu, mas a S&P Global Ratings espera que seja praticamente certo, independentemente do tempo previsto para que se concretize. C Uma obrigação avaliada em ‘C’ é, no momento, altamente vulnerável ao não pagamento, e esperamos que a obrigação apresente senioridade relativa inferior ou recuperação total inferior àquelas das obrigações que possuem rating mais alto. D Uma obrigação avaliada em ‘D’ está em default com relação ao pagamento ou descumprindo uma promessa imputada. Para instrumentos não híbridos de capital, a categoria de rating ‘D’ é usada quando os pagamentos de uma obrigação não são feitos no vencimento, salvo se a S&P Global Ratings acreditar que serão realizados dentro de cinco dias úteis na ausência de qualquer período de carência ou dentro do período de carência, ou dentro de 30 dias corridos. O rating ‘D’ também será utilizado mediante o registro de uma ação de falência ou tomada de ação similar e quando o default de uma obrigação é praticamente certo, por exemplo, em função de provisões de suspensão automática (stay provisions). O rating de uma obrigação é rebaixado para ‘D’ no evento de uma reestruturação de dívida em condições desfavoráveis (distressed). *Os ratings de ‘AA’ a ‘CCC’ podem ser modificados pelo acréscimo de um sinal de mais (+) ou de menos (-) com o intuito de demonstrar sua posição relativa dentro das principais categorias de rating Standard & Poor's: Ratings de crédito de emissão de longo prazo* 05/01/2021 420 Modelagem do risco de crédito Determinação de variáveis relevantes ao processo de crédito • Variáveis dos 6 C’s • Dados históricos Atribuição de notas de desempenho para cada variável e grupo de variáveis Atribuição de pesos para variáveis e grupos de variáveis Resultado ⎯ score ⎯ é a média ponderada das notas atribuídas ao cliente A partir dos scores obtidos, pode-se: • Rejeitar o crédito • Conceder o crédito • Definir limites • Definir prazos 421 Item a analisar Peso Nota Peso x Nota Nota Peso x Nota Nota Peso x Nota Atua em ONG? 4% 8 0,32 8 0,32 0 0,00 Categoria Profissional 6% 7 0,42 4 0,24 6 0,36 Dados básicos 5% 8 0,40 8 0,40 4 0,20 Histórico de relacionamento 9% 8 0,72 8 0,72 8 0,72 Idade 4% 7 0,28 4 0,16 4 0,16 Nível de formação 5% 5 0,25 5 0,25 5 0,25 Prazo do financiamento 3% 5 0,15 5 0,15 5 0,15 Qtde. de compra últimos 12 meses 8% 5 0,40 5 0,40 5 0,40 Referências comerciais 7% 9 0,63 9 0,63 9 0,63 Referências pessoais 7% 7 0,49 7 0,49 7 0,49 Renda familiar 5% 10 0,50 5 0,25 9 0,45 Renda pessoal 2% 9 0,18 9 0,18 8 0,16 Residência própria 8% 10 0,80 7 0,56 1 0,08 Restritivos (SPC, Serasa) 6% 10 0,60 5 0,30 8 0,48 Tem dependentes 2% 9 0,18 9 0,18 0 0,00 Tempo de residência 10% 10 1,00 10 1,00 1 0,01 Tempo na cidade 4% 10 0,40 5 0,20 1 0,04 Tempo na mesma empresa 5% 10 0,50 2 0,10 1 0,05 Score 8,22 6,53 4,72 Score : Exemplo Cliente 2 Cliente 3Cliente 1 422 Variações nos modelos de pontuação Variáveis relevantes e seus pesos são determinadas por análises estatísticas avançadas • Regressão linear • Regressão logística • Análise discriminante • Redes Neurais Histórico dos modelos de pontuação • Estudo de Merwin • Estudo de Tamari • Estudo de Beaver • Estudo de Altman • Estudo de Backer e Gosman • Estudo de Letícia Topa • Estudo de Kanitz • Trabalho de Alberto Matias • Estudo de Pereira 423 Provisão para Devedores Duvidosos Método da Baixa • Simples • Não fornece informações para a gestão do fluxo de caixa • Apresenta problemas de mensuração # Diminui as receitas do ano seguinte e não expurga as do ano em que as perdas ocorreram • Viola o princípio da competência TransaçãoAtivo = PC + PL 1 Vendas Ano 1 R$ 300.000 Incremento no Contas a Receber = + R$ 300.000 Incremento em Vendas 2 Baixa Ano 2 (R$ 6.000) Decréscimo no Contas a Receber = + (R$ 6.000) Decréscimo nas Receitas # Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) 424 Provisão para Devedores Duvidosos Transação Ativo = PC + PL 1 Vendas Ano 1 R$ 300.000 Incremento no Contas a Receber = + R$ 300.000 Incremento em Vendas 2 PDD Ano 1 (R$ 6.000) Acréscimo na PDD = + (R$ 6.000) Decréscimo nas Receitas 3 Baixa na PDD Ano 1 R$ 6.000 Decréscimo na PDD = + Sem efeito Sem efeito 4 Baixa no CR Ano 1 (R$ 6.000) Decréscimo no Contas a Receber = + Sem efeito Sem efeito Método do Provisionamento • Com base na % sobre as vendas, contas a receber ou idade do contas a receber • Mensura a experiência de relacionamento com os cliente • Atende ao regime de competência • Estimativa futura usando a experiência do passado • Avalia qualidade dos títulos e não do cliente 425 Provisão para Devedores Duvidosos Probabilidade • Modelo Discriminante • Modelo Regressão Logística Identifica probabilidade do cliente ser inadimplente|insolvente Instrumento de gestão de risco financeiro 426 Provisão para Devedores Duvidosos: Exemplo Nível de Risco Número de Empresas % Provisão Valor da Carteira Valor da Provisão AA 0 0,00% A 74 0,02% R$ 27.627.313,76 R$ 5.525,46 B 4 0,51% R$ 115.198,56 R$ 587,51 C 1 1,01% D 7 3,01% R$ 1.104.083,60 R$ 33.232,92 E 33 10,01% R$ 9.288.891,33 R$ 929.818,02 F 8 30,01% R$ 291.647,25 R$ 87.523,34 G 1 50,01% H 55 70,01% R$ 3.033.218,38 R$ 2.123.556,18 183 R$ 41.460.352,88 R$ 3.180.243,44 427 Política de Cobrança Status do crédito Recebimento de: Empresas devem definir políticas claras de cobrança • Adimplentes • Inadimplentes • Insolventes • Pagamento antecipado • Pagamento pontual • Pagamento com atraso • Liquidação duvidosa 428 Política de Cobrança Gestão da Cobrança Mecanismos Alternativos • Vendor • Financiamentos indiretos Tipos de cobranças para crédito vencido • Telefonema • Carta e/ou e-Mail • Terceirização • Negativação • Cobrança judicial 429 Conclusões Identifica e separa clientes adimplentes e inadimplentes Mensura de forma mais adequada o real valor do contas a receber Permite gerenciar a qualidade e a quantidade do risco que a empresa está exposta Adoção de modelos de avaliação de risco de crédito: 430 Conclusões Gestão do crédito Gestão do retorno de crédito Gestão do risco de crédito Insolvência Risco Inadimplência Retorno 431 Conclusões Conceder crédito não é uma escolha da empresa, é uma necessidade de mercado Todo crédito possui riscos • Perdas e oportunidades • Aumento de receitas x Aumento de despesas • Conceder crédito de forma adequada é o ponto para melhores resultados financeiros 432 ASSAF NETO, Alexandre, SILVA, César A. T. Administração do capital de giro. 3.ed. São Paulo: Atlas, 1999 GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. Tradução de Jean Jacques Salim e João Carlos Douat. 7.ed. São Paulo: Harbra,1997 HORNGREN, Charles T., SUNDEM, Gary L., ELLIOTT, John A. Introduction to financial accounting. 6th ed. New Jersey: Prentice Hall, 1996. MATIAS, Alberto Borges. Contribuição às técnicas de análise financeira: um modelo de concessão de crédito. São Paulo, 1978. Monografia apresentada ao Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. ROSS, Stephen A., WESTERFIELD, Randolph W., JAFFE, Jeffrey F. Administração financeira. Tradução Antonio Zorato Sanvicente. São Paulo: Atlas, 1995. SILVA, José Pereira da. Gestão e análise de risco de crédito. São Paulo: Atlas, 1998 STANDARD & POOR’S. Brasil: ratings e comentários. 2.ed. 2.000 VAN HORNE, James C., WACHOWICZ JR, John M. Fundamentals of financial management. New Jersey: Prentice-Hall, 1997 VAUGHAN, Emmett J. Risk management. New Baskerville: John Wiley & Sons. 1997 Bibliografia 433 5 Administração de capital de giro • A administração do capital de giro envolve basicamente as decisões de compra e venda tomadas pela empresa, assim como suas atividades operacionais e financeiras • Deve garantir a adequada consecução da política de estocagem, compra de materiais, produção, venda de produtos e mercadorias e prazo de recebimento • A importância do capital de giro varia em função das características da empresa, do desempenho da economia e da relação risco|rentabilidade desejada Pródromo Representa o valor total dos recursos demandados pela empresa para financiar seu ciclo operacional O fluxo do ativo circulante ocorre de maneira ininterrupta na atividade operacional de uma empresa Uma importante característica do capital de giro é seu grau de volatilidade, explicado pela curta duração de seus elementos e constante mutação dos itens circulantes Capital de Giro (CG) ou Capital Circulante (CC) Capital de Giro 435 Recursos aplicados no Ativo Circulante Disponível Estoque de Materiais Realizável Vendas à vista Vendas a prazo Estoque de produtos acabados Produção Fluxo do Ativo Circulante 436 Capital de Giro Líquido ou Capital Circulante Líquido Capital de giro circulante líquido nulo Capital de giro circulante líquido negativo Ativo Circulante Passivo Circulante Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Ativo Permanente Patrimônio Líquido Ativo Circulante Passivo Circulante Realizável a Longo Prazo Exigível a Longo Prazo Ativo Permanente Patrimônio Líquido Representa o valor líquido das aplicações (deduzidas das dívidas a curto prazo) processadas no ativo circulante CGL (CCL) = Ativo Circulante – Passivo Circulante Evidencia a parcela do financiamento total de longo prazo que excede as aplicações também de longo prazo 437 Capital de Giro Próprio (CGP) É o volume de recursos próprios que a empresa tem aplicado em seu ativo circulante Patrimônio Líquido $$$ – Aplicações Permanentes: Ativo Permanente $$$ Realizável a Longo Prazo $$$ Capital de Giro Próprio $$$ Reflete mais adequadamente recursos do passivo de longo prazo (próprios ou de terceiros) alocados em itens ativos não permanentes e não necessariamente do PL 438 Ciclos Operacionais São as atividades de produção de bens e serviços e a realização de vendas e respectivos recebimentos realizadas de forma sequencial e repetitiva Nessas operações, a empresa busca obter lucro, de forma a remunerar seus credores e proprietários Inicia-se com a aquisição das matérias-primas, passa pela armazenagem, produção e venda e desemboca no efetivo recebimento das vendas realizadas 439 Ciclo Operacional | Econômico | Financeiro C o m p ra ( P e d id o ) A rm a ze n a g e m (R e c e b im e n to ) Fa b ri c a ç ã o (i n íc io d e ) A rm a ze n a g e m (i n íc io d e ) V e n d a C o b ra n ç a Espera PMEMP PMF PMEPT ou PMV PMC Ciclo Operacional Total PMEmp + PMF + PMV + PMC É composto de todas as fases operacionais da empresa Ciclo Econômico PMEmp + PMF + PMV Engloba toda a base de produção da empresa Ciclo de Caixa (Financeiro) (PMEmp + PMF + PMV + PMC) – PMPF Identifica a necessidade de recursos da empresa PMPF PMEMP: Prazo Médio de Estocagem das matérias- primas PMF: Prazo Médio de Fabricação PMEPT|PMV: Prazo Médio de Estocagem dos Produtos Terminados | Prazo Médio de Venda PMC: Prazo Médio de Cobrança PMPF: Prazo Médio de pagamento a fornecedores 440 PMEMP = Saldo médio de materiais Consumo anual × 360 Prazo Médio de Estocagem das matérias-primas: Prazo médio (em dias) em que os materiais permanecem estocados à espera de ingressarem na produção PMF = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑒𝑙𝑎𝑏𝑜𝑟𝑎çã𝑜 Custo de produção anual × 360 Prazo Médio de Fabricação: Prazo médio (em dias) que a empresa despende em fabricaro produto final PMEPT|𝑃𝑀𝑉 = Valor médio dos produtos acabados 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜𝑠 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑜𝑠 × 360 Prazo Médio de Estocagem dos Produtos Terminados Prazo Médio de Venda: Prazo médio (em dias) que o produto acabado permanece estocado à espera de ser vendido, isto é, prazo médio de estocagem do produto acabado PMAT = PMEMP + PMF + PMV Prazo Médio de Armazenagem Total: Prazo médio (em dias) em que os estoques totais (materiais, produtos em transformação e acabados) permanecem armazenados à espera de serem consumidos, produzidos e vendidos 𝑃𝑀𝐴𝑀 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎𝑠 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜𝑟𝑖𝑎 𝑣𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 × 360 Prazo Médio de Armazenagem de Mercadorias: Prazo médio (em dias) em que as mercadorias ficam armazenadas à espera de serem vendidas 𝑃𝑀𝐶 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 Vendas anuais a prazo × 360 Prazo Médio de Cobrança: Prazo médio (em dias) em que a empresa recebe as vendas realizadas a prazo 441 𝑃𝑀𝑃𝐹 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑚é𝑑𝑖𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑝𝑎𝑔𝑎𝑟 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑟𝑎𝑠 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑖𝑠 𝑎 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜 × 360 Prazo Médio de pagamento a fornecedores: Prazo médio (em dias) em que a empresa paga seus fornecedores Ciclos Operacional | Econômico | Financeiro 442 Ciclos Operacional | Econômico | Financeiro Empresa XPTO 2019 2020 PME (Matéria-prima) 15 dias 20 dias PMF 10 dias 15 dias PMV 20 dias 30 dias Ciclo Econômico 45 dias 65 dias PMC 30 dias 30 dias Ciclo Operacional 75 dias 95 dias PMPF 20 dias 50 dias Ciclo Financeiro 55 dias 45 dias Principais Transações que alteram o capital circulante líquido: Transações que elevam o CCL: • Novos empreendimentos e financiamentos de longo prazo • Aumento de capital por integralização de novas ações • Geração de lucro líquido • Reduções (vendas) de ativos permanentes • Recebimentos de realizável a longo prazo, etc. Transações que reduzem o CCL: • Reduções (amortizações) nas dívidas de longo prazo • Reduções do patrimônio líquido através de prejuízos, recompra das próprias ações da companhia, pagamentos de dividendos, etc. • Aumentos de ativos permanentes (aquisições) com pagamentos à vista As operações que ocorrem unicamente no âmbito do curto prazo ou do longo prazo não afetam o CCL: • Pagamento de dívidas de curto prazo reduzem o ativo circulante e passivo circulante, não alterando o CCL • Compras de estoques à vista reduzem e elevam o ativo circulante no mesmo montante. Aquisição de bens fixos através de financiamento de longo prazo. Os valores não transitam pelo circulante, etc. No ano de 2019, a empresa tardava 75 dias para completar todo o seu ciclo operacional, cobrindo o período de compra da matéria-prima (e insumos) até a cobrança da venda do produto acabado. Esse período aumentou no ano seguinte, passando para 95 dias. As causas desse aumento são explicadas no processo de estocagem produção vendas, que se apresentou 20 dias mais longo no ano de 2020. Apesar dessa elevação dos prazos operacionais, as melhores condições de pagamento concedidas pelos fornecedores permitiram uma redução do ciclo financeiro em 10 dias (55 para 45 dias). Em outras palavras, maiores investimentos nos ativos operacionais foram compensados, com folga, pelos prazos mais longos concedidos pelos fornecedores. É importante registrar que um aumento do ciclo operacional pode indicar maior dificuldade da empresa em vender seus produtos ou maior morosidade no processo de fabricação. Como o prazo de cobrança (PMC) manteve-se inalterado em 30 dias, descarta- se, em princípio, possíveis problemas de cobrança (inadimplência). 443 Ciclos Operacional | Financeiro Empresa Factível Ltda. (R$ mil) 2019 2020 Duplicatas a receber 25.000 30.000 Estoques de mercadorias 45.000 65.000 Fornecedores a pagar 24.000 28.000 Custo da Mercadoria Vendida 330.000 Venda anual 900.000 Duplicatas a receber 30.000 50.000 Venda média anual a prazo 80% Cálculo do Ciclo Operacional Prazo Médio de Armazenagem (estocagem) de Mercadorias 𝑃𝑀𝐴𝑀 = 45.000 + 65.000 2 330.000 × 360 = 60,0 𝑑𝑖𝑎𝑠 As mercadorias tardam, em média, 60 dias para serem vendidas (2 meses estocadas). Quanto maior, pior. 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 = 360 𝑃𝑀𝐴𝑀 = 360 60 = 6,0 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 Quantas vezes os estoques (mercadorias) foram comprados e vendidos (quantas vezes ele girou). Prazo Médio de Cobrança 𝑃𝑀𝐶 = 30.000 + 50.000 2 80% × 900.000 × 360 = 20,0 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑢𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑡𝑎𝑠 𝑎 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑏𝑒𝑟 = 360 20 = 18,0 𝑣𝑒𝑧𝑒𝑠 Os clientes tardam, em média, 20 dias para pagar suas compras a prazo, num giro das duplicatas de 18 vezes. 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝑃𝑀𝐴𝑀 + 𝑃𝑀𝐶 = 60,0 𝑑𝑖𝑎𝑠 + 20,0 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 80 𝑑𝑖𝑎𝑠 A empresa gasta, em média, 80 dias desde a aquisição das mercadorias até o recebimento das vendas. Cálculo do Ciclo Financeiro (Caixa) Prazo Médio de Pagamento a Fornecedores 𝑃𝑀𝑃𝐹 = 24.000 + 28.000 2 330.000 × 360 = 28,4 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜 = 𝐶𝑖𝑐𝑙𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 − 𝑃𝑀𝑃𝐹 = 80,0 𝑑𝑖𝑎𝑠 − 28,4 𝑑𝑖𝑎𝑠 = 51,6 𝑑𝑖𝑎𝑠 A empresa tem um intervalo médio de 51,6 dias desde que pagou as compras das mercadorias até o recebimento das vendas realizadas. A empresa adquire mercadorias que tardam 60 dias para serem vendidas. Após a venda, permanecem ainda 20 dias para receber dos clientes (ciclo operacional de 80 dias). Deduzindo o prazo médio de 28,4 dias concedido pelos fornecedores para pagar as compras, chega- se ao ciclo financeiro de 51,6 dias. Vide Módulo 3: Planejamento de Caixa Indicadores de Prazos Médios Slides 375-377 444 Ciclos Operacional | Econômico | Financeiro Capital de Giro em economias com Inflação A manutenção do nível ideal de capital de giro para sustentar as operações pode ser efetuada mediante transferências de receitas de um ciclo operacional para outro As variações desproporcionais nos preços dos fatores de produção determinam necessidades geometricamente crescentes de investimentos em capital de giro Economias Inflacionárias Economias estáveis 445 Investimento em Capital de Giro A manutenção de recursos aplicado em giro visa a sustentação da atividade operacional da empresa O capital de giro é composto por valores depreciáveis perante a inflação e constitui- se no grupo patrimonial menos rentável Assim, o ativo circulante deve conter valores mínimos ou exatamente iguais às necessidades operacionais da empresa Dilema risco-retorno Baixos níveis de ativo circulante determinam aumento de rentabilidade e elevação nos riscos de solvência da empresa Conservadora: A empresa diminui seu risco mediante aplicações em capital de giro maiores para um mesmo nível de produção e vendas Média e agressiva: Preveem progressivas reduções no circulante, o que eleva o risco e também incrementa sua rentabilidade por adotar menor participação relativa de itens menos rentáveis 446 Diferentes estruturas de investimentos em giro Considerando três níveis de aplicações em capital de giro: Baixo Médio Alto Ativo Circulante R$ 800.000 R$ 1.100.000 R$ 1.400.000 Ativo Permanente R$ 1.200.000 R$ 1.200.000 R$ 1.200.000 Total R$ 2.000.000 R$ 2.300.000 R$ 2.600.000 Passivo Circulante R$ 400.000 R$ 460.000 R$ 520.000 Exigível a Longo Prazo R$ 600.000 R$ 690.000 R$ 780.000 Patrimônio Líquido R$ 1.000.000 R$ 1.150.000 R$ 1.300.000 447 Quanto maior for a participação do capital de giro sobre o ativo total menor será a rentabilidade da empresa. Ao adotar uma postura de maior risco, com menores aplicações no capital de giro, a empresa consegue auferir retorno maior do que se adotasse uma política tradicional definida pelos altos investimentos em circulantes. Investimento em Capital de Giro Supondo-se um custo nominal de crédito de 15% para curto prazo e de 20% no longo prazo e um lucro operacionalbruto de R$ 1.000.000, temos: Lucro Operacional Bruto R$ 1.000.000 R$ 1.000.000 R$ 1.000.000 Desp. Financeiras: Passivo Circulante 15% x R$ 400.000 = (R$ 60.000) 15% x R$ 460.000 = (R$ 69.000) 15% x R$ 520.000 = (R$ 78.000) Desp. Financeiras: ELP 20% x R$ 600.000 = (R$ 120.000) 20% x R$ 690.000 = (R$ 138.000) 20% x R$ 780.000 = (R$ 156.000) Lucro antes do IR R$ 820.000 R$ 793.000 R$ 766.000 IR (40%) (R$ 328.000) (R$ 317.200) (R$ 306.400) Lucro Líquido R$ 492.000 R$ 475.800 R$ 459.600 ROE ou RSPL (Return on Equity) Retorno sobre o Patrimônio Líquido Retorno sobre o Capital Próprio 𝑅$ 492.000 𝑅$ 1.000.000 = 49,2% 𝑅$ 475.800 𝑅$ 1.150.000 = 41,4% 𝑅$ 459.600 𝑅$ 1.300.000 = 35,4% 448 Capital de Giro Investimento em Capital de Giro • Quanto maior a participação do capital de giro sobre o ativo total, menor será a rentabilidade da empresa • Ao adotar uma postura de maior risco, com menores aplicações no capital de giro, a empresa consegue auferir retorno maior • O dilema risco-retorno da administração do capital de giro pode ser enfocado em função da participação dos investimentos circulantes em relação ao ativo total Financiamento do Capital de Giro • O custo de um crédito a longo prazo é mais caro que o de curto prazo devido ao risco na duração do empréstimo • O tomador de recursos de longo prazo obriga-se também a remunerar expectativas de flutuações nas taxas de juros por um tempo maior • Aspectos de pós-fixação dos juros e políticas mais rigorosas de exigências de garantias visam minimizar o risco da definição da taxa de juros a longo prazo • Em economias atípicas pode-se observar um custo mais alto para o crédito de curto prazo 449 Dilema risco-retorno na composição de financiamento Utilizando-se mais de créditos de curto prazo, a empresa poderá obter, sempre que seus custos forem inferiores aos de longo prazo, melhores resultados operacionais Retorno • Maior sensibilidade dos juros de curto prazo às alterações conjunturais • Maior dependência da empresa às disponibilidades de crédito no mercado Risco Brasil nas décadas de 80 e 90 • Escassez de poupança livre e consequentemente de fundos para empréstimos; • Subsídio ao crédito a longo prazo e a reciprocidade exigida pelos bancos em suas operações de curto prazo. 450 Permanente (fixo) • Investimento cíclico de recursos em giro que se repete periodicamente, assumindo caráter de permanente • É determinado pela atividade normal da empresa • Seu montante é definido pelo nível mínimo de necessidades de recursos demandados pelo ciclo operacional Classificação do Capital de Giro Sazonal (variável) É determinado pelas variações temporárias que ocorrem normalmente nos negócios de uma empresa Exemplo: maiores vendas em determinados períodos do ano, ou grandes aquisições de estoques na entressafra 451 Capitais de giro permanente e sazonal O ativo permanente e o capital de giro permanente são financiados por recursos de longo prazo (próprios ou de terceiros). A empresa encontra-se totalmente financiada por recursos permanentes (longo prazo), inclusive em suas necessidades sazonais de fundos. Abordagem pelo equilíbrio financeiro tradicional 452 Necessidade de Investimento em Capital de Giro Reflete o volume de recursos demandado pelo ciclo operacional da empresa, determinado em função de suas políticas de compras, vendas e estocagem É uma necessidade de capital de longo prazo, que deve lastrear os investimentos cíclicos em cada capital de giro O CCL adequado deve cobrir as necessidades mínimas de ativos circulantes de uma empresa, e as necessidades sazonais de recursos são supridas por passivos circulantes 453 Necessidade de Investimento em Capital de Giro Ativo Circulante R$ 20.000 Passivo Circulante R$ 10.000 Caixa R$ 2.000 ELP R$ 20.000 Valores a receber R$ 10.000 Estoques R$ 8.000 Ativo Permanente R$ 30.000 Patrimônio Líquido R$ 20.000 Total R$ 50.000 Total R$ 50.000 • volume de vendas: R$ 40.000/mês, sendo R$ 10.000 a prazo • prazo médio de cobrança: 18 dias • estoque mínimo: 15 dias de vendas (a preço de custo) • porcentagem do custo de produção: 40% do preço de venda • volume mínimo de caixa: R$ 1.500 para 10 dias 454 Necessidade de Investimento em Capital de Giro Podemos apurar o seguinte montante de capital de giro sazonal e permanente: Ativo Circulante Permanente Sazonal Total Caixa R$ 1.500 R$ 500 R$ 2.000 Valores a receber 𝑅$ 10.000 × 18 30 R$ 6.000 R$ 4.000 R$ 10.000 Estoques 40% × 𝑅$ 40.000 × 15 30 R$ 8.000 • R$ 8.000 Total R$ 15.500 R$ 4.500 R$ 20.000 455 Necessidade de Investimento em Capital de Giro Ativo Circulante Sazonal R$ 4.500 Passivo Circulante R$ 10.000 Ativo Circulante Cíclico R$ 15.500 Exigível a Longo Prazo R$ 20.000 Ativo Permanente R$ 30.000 Patrimônio Líquido R$ 20.000 Existência de participação de recursos de curto prazo no financiamento do capital de giro 456 Necessidade de Investimento em Capital de Giro O ativo de giro sazonal pode conter valores de caráter não operacional Operacionais que se renovam periodicamente, tornando uma fonte permanente de recursos para financiamento do giro CCL e NIG O ativo de giro cíclico tem caráter essencialmente operacional Os passivos podem ser Financeiros (erráticos) que não apresentam uma relação direta e proporcional com o ciclo operacional da empresa 457 Necessidade de Investimento em Capital de Giro Financiamento do giro em situação de expansão Em condições de expansão da atividade operacional, é fundamental a presença de um lastro financeiro direcionado a suportar as necessidades crescentes de recursos Lastro: garantia Um overtrading ocorre quando o CCL existente não é suficiente para cobrir os investimentos adicionais necessários em giro Overtrading (Negociações Excessivas) Undertrading (Negociações Insuficientes) Em condições de crescimento sem o adequado suporte financeiro, a empresa é levada a se financiar com créditos onerosos de curto prazo 458 Bibliografia ASSAF NETO, Alexandre. Matemática financeira e suas aplicações. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2002. BENNINGA, Simon Z.; Sarig, Oded H. Corporate finance: a valuation approach. New York: McGraw-Hill, 1997. BREALEY, Richard A.; MYERS, Stewart C. Principles of corporate finance. 6.ed. New York: McGraw-Hill, 2001. BRIGHAM, Eugene F.; GAPENSKI, Louis C.; EHRHARDT, Michael C. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 2001. ROSS, Stephen A.; WESTERFIELD, Randolph W.; JAFFE, Jeffrey F. Administração financeira. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2002 VAN HORNE, James C. Financial management and policy. 12.ed. New York: Prentice Hall, 2002. 459 6 Grau de Alavancagem Alavancagem Financeira Considerações • O genuíno lucro operacional é formado pelas operações da empresa, independente da maneira como elas são financiadas • Esse lucro é formado antes da dedução de encargos financeiros ⎯ lucros antes dos juros • Ele se relaciona apenas com os ativos da empresa, determinando o retorno sobre o investimento total Resultado Operacional no Brasil • De acordo com a legislação brasileira, o lucro operacional é calculado após as despesas financeiras (equivocadamente) • Neste material, adota-se como critério a apuração do lucro operacional antes dos encargos financeiros • Em essência, esse lucro equivale à remuneração oferecida a seus acionistas (lucro líquido) e credores (despesa com juros) 461 Resultado Operacional no Brasil Receitas Operacionais de Vendas R$ 7.800 − Custo dos Produtos Vendidos (CPV, operações fabris ou industriais) ou Custo das Mercadorias Vendidas (CMV, operações mercantis) ou Custo dos Serviços Prestados|Vendidos (CSP|V, operações de serviços) (R$ 4.500) Lucro Bruto: R$ 3.300) − Despesas com Vendas (R$ 460) − Despesas Gerais e Administrativas (R$ 980) − Despesas Financeiras (R$370) Lucro Operacional Antes do (IR): R$ 1.490) − Provisão para IR (34%) (R$ 506,6) Lucro Líquido: R$ 983,4 Cia. ABC ⎯ Demonstrativo de resultados (R$ mil) Reversão da dedução das despesas financeiras: Resultado Operacional (antes do IR) = R$ 1.490 + R$ 370 = R$ 1.860 O resultado de R$ 1.860,00 equivale ao resultado líquido dos acionistas da empresa na hipótese de suas operações serem financiadas exclusivamente por capital próprio Outras denominações: Lucro Antes dos Juros e Impostos (LAJI) | Earning Before Interest and Taxes (EBIT) 462 Resultado Operacional EBITDA (Earning Before Interest, Taxes, Depreciation|Depletion and Amortization) • É determinado pela soma do lucro operacional (antes do IR) e as despesas não desembolsáveis (depreciação|amortização) • É um indicador financeiro equivalente ao fluxo de caixa, evidenciando a capacidade da empresa em remunerar os credores e acionistas Ajustes no cálculo do genuíno resultado operacional Objetivo: tornar a medida mais depurada de influências que não retratem as operações da empresa (não operacionais) Receitas Financeiras: Podem pertencer às operações da empresa ou não Ex: Supermercado que compra a prazo e vende à vista e aplica o excedente de caixa no mercado financeiro tem nas receitas financeiras um ganho operacional 463 Resultado Operacional Ativo Passivo + Patrimônio Líquido Ativo Circulante R$ 20.000.000 Passivo Ativo Permanente R$ 30.000.000 Patrimônio Líquido R$ 50.000.000 Total R$ 50.000.000 Total R$ 50.000.000 Cia. Riber Doces ⎯ Retorno do investimento se tudo for financiado com capital próprio Receitas de Vendas R$ 100.000.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000.000) = Lucro Bruto R$ 40.000.000) − Despesas com Vendas (R$ 12.000.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000.000) = Lucro (antes do IR) R$ 8.000.000) ROA = ROE = R$ 8 milhões (Lucro) R$ 50 milhões (Patrimônio Líquido) = 𝟏𝟔% 𝒂. 𝒂. Balanço Patrimonial | Demonstração do Resultado do Exercício 464 Resultado Operacional ROA (Return on Assets, Retorno sobre Ativos) é um índice de rentabilidade que mede a eficiência da empresa em termos de geração de lucros com os ativos num determinado período. ROE (Return on Equity, Retorno Sobre o Patrimônio Líquido|RSPL) é o capital próprio que a organização acumulou e utiliza para se manter em atividade. 𝑘𝑖 = Custo da Dívida Patrimônio não é lucro ou investimento Na empresa, Patrimônio Líquido representa o resultado da soma de todos os recursos produtivos liquidados da organização, ou seja, o dinheiro em caixa usado para giro, o valor investido pelos acionistas e outras fontes de dinheiro que a empresa possa vir a ter. No mundo dos investimentos, Patrimônio líquido representa o valor total de suas aplicações de acordo com o aporte inicial e a rentabilidade registrada no período. Os rendimentos só entram na conta se o montante não tiver sido resgatado e sim reaplicado, aumentando o valor total do ativo. 465 466 Alavancagem Financeira | Capital Próprio vs Terceiros Alavancagem Financeira 1. Vale a pena para empresa utilizar recursos de terceiros? 2. Em que situações vale e não vale a pena? 3. A tributação sobre o lucro interfere no custo do dinheiro? 4. Quais os riscos principais do endividamento? 5. Quais os benefícios do endividamento? 6. Que outros efeitos tem o endividamento? Capital Próprio Capital de Terceiros • Dívida tem prazo de permanência na empresa; • Credores têm contrato que asseguram juros; • Sócios dependem do lucro; • Credores podem exigir garantia; • Sócios assumem risco do negócio; • Acionistas participam na gestão (resultado); • Credores não participam (fluxo de caixa); • Juros são dedutíveis para fins de tributação. Resultado Operacional Ativo Passivo + Patrimônio Líquido Ativo Circulante R$ 20.000.000 Financiamento R$ 25.000.000 Ativo Permanente R$ 30.000.000 Patrimônio Líquido R$ 25.000.000 Total R$ 50.000.000 Total R$ 50.000.000 Cia. Riber Doces ⎯ Retorno do investimento se 50% for financiado com capital próprio (equity) e 50% com capital de terceiros (debt) Receitas de Vendas R$ 100.000.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000.000) = Lucro Bruto R$ 40.000.000 − Despesas com Vendas (R$ 12.000.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000.000) = Lucro (antes antes do IR e desp. financeiras) 8.000.000 − Despesas Financeiras: 12% x R$ 25 milhões (ki: Custo da dívida) (R$ 3.000.000) = Lucro (antes do IR) R$ 5.000.000 ROA = $ 8 milhões (Lucro) $ 50 milhões (Ativo) = 𝟏𝟔% 𝒂. 𝒂. | ROA = $ 5 milhões (Lucro) $ 50 milhões (Ativo) = 𝟏𝟎% 𝒂. 𝒂. 𝒌𝒊 = $ 3 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 (𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠) $ 25 𝑚𝑖𝑙ℎõ𝑒𝑠 (𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐸𝑥𝑖𝑔í𝑣𝑒𝑙 𝑞𝑢𝑒 𝑔𝑒𝑟𝑜𝑢 𝑒𝑛𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜𝑠) = 𝟏𝟐% 𝒂. 𝒂. | ROE = $ 5 milhões (Lucro) $ 25 milhões (PL) = 𝟐𝟎% 𝒂. 𝒂. Antes da despesa financeira Depois da despesa financeira 467 Ativo (R$ mil) Passivo + PL (R$ mil) AC R$ 20.000 Passivo AP R$ 30.000 PL R$ 50.000 Total R$ 50.000 Total R$ 50.000 Receitas de Vendas R$ 100.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000) = Lucro Bruto R$ 40.000) − Despesas com Vendas (R$ 12.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000) = Lucro (antes do IR) R$ 8.000 ROA = ROE = R$ 8 milhões (Lucro) R$ 50 milhões de ativos (PL) = 𝟏𝟔% 𝒂. 𝒂. Ativo (R$ mil) Passivo +PL (R$ mil) AC R$ 20.000 Financiamento R$ 25.000 AP R$ 30.000 PL R$ 25.000 Total R$ 50.000 Total R$ 50.000 Receitas de Vendas R$ 100.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000) = Lucro Bruto R$ 40.000 − Despesas com Vendas (R$ 12.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000) = Lucro (antes antes do IR e desp. financeiras) 8.000 − Despesas Financeiras: 12% x R$ 25 milhões (R$ 3.000) = Lucro (antes do IR) R$ 5.000 ROE = R$ 5 milhões (Lucro) 𝑅$ 25 milhões (PL) = 𝟐𝟎% 𝒂. 𝒂. O retorno para o acionista subiu de 16% para 20% do capital próprio investido. Sem financiamentos, o lucro para o acionista era de R$ 8 milhões e o investimento próprio de R$ 50 milhões. Com o financiamento, o lucro reduziu-se para R$ 5 milhões, mas o capital próprio investido desceu pela metade, R$ 25 milhões, alavancando seu retorno. Isto é Alavancagem Financeira: o efeito de tomar, numa ponta, recursos de terceiros, a determinado custo, aplicando-os na outra ponta (ativos), a outra taxa de retorno. A diferença vai para os proprietários e altera seu retorno sobre o Patrimônio Líquido, para mais ou para menos do que aquele que seria obtido somente com investimento próprio. A alavancagem foi positiva: recursos tomados a 12% a.a. foram aplicados nos ativos e geraram 20% a.a. Resultado Operacional 468 Ativo (R$ mil) Passivo + PL (R$ mil) AC R$ 20.000 Passivo AP R$ 30.000 PL R$ 50.000 Total R$ 50.000 Total R$ 50.000 Receitas de Vendas R$ 100.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000) = Lucro Bruto R$ 40.000) − Despesas com Vendas (R$ 12.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000) = Lucro (antes do IR) R$ 8.000) ROA = ROE = $ 8 milhões (Lucro) $ 50 milhões ativos (PL) = 𝟏𝟔% 𝒂. 𝒂. Ativo (R$ mil) Passivo + PL (R$ mil) AC R$ 20.000 Financiamento R$ 25.000 AP R$ 30.000 PL R$ 25.000 Total R$ 50.000 Total R$ 50.000 Receitas de Vendas R$ 100.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000) = Lucro Bruto R$ 40.000 − Despesas com Vendas (R$ 12.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000) = Lucro (antes antes do IR e desp. financeiras) 8.000 − Despesas Financeiras: 12% x R$ 25 milhões (R$ 3.000) = Lucro (antes do IR) R$ 5.000 ROE = $ 5 milhões (Lucro) $ 25 milhões (PL) = 𝟐𝟎% 𝒂. 𝒂. O retorno dos ativos antes dos encargos financeiros representa o valor efetivo que os ativos conseguem gerar, independentemente da forma como são financiados. Esse lucro antes dos encargos financeiros é o valor efetivamente trazido pelas operações da empresa, sem influência da forma como são financiadas essas operações. Em Administração financeira, esse é genuinamente o lucro operacional, resultado produzido pelosativos antes dos encargos financeiros. A comparação do lucro líquido com o Ativo Total não é de muita relevância, pois esse lucro não depende apenas dos ativos, mas também dos passivos. O Ativo Total é constituído pelos capitais aplicados por credores e acionistas. O Lucro Líquido pertence somente aos acionistas. Não há relação mais estreita entre esses dois valores. Resultado Operacional 469 Resultado Operacional RSPL|ROE = 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎ô𝒏𝒊𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 2018 = 13,5% a.a. 2019 = 15,4% a.a. 2020 = 5,6% a.a. Margem Líquida = 𝑳𝒖𝒄𝒓𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔 2018 = 3,0% a.a. 2019 = 2,8% a.a. 2020 = 0,9% a.a. Giro do Patrimônio Líquido = 𝑽𝒆𝒏𝒅𝒂𝒔 𝑷𝒂𝒕𝒓𝒊𝒎ô𝒏𝒊𝒐 𝑳í𝒒𝒖𝒊𝒅𝒐 2018 = 4,5 vezes 2019 = 5,5 vezes 2020 = 6,2 vezes Comportamento do Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE|RSPL) 470 Alavancagem Financeira Efeito de tomar recursos de terceiros a determinado custo, aplicando-os nos ativos com uma outra taxa de retorno O efeito da alavancagem financeira pode ser positivo ou negativo: 471 Resultado Operacional Ativo Passivo + Patrimônio Líquido Ativo Circulante R$ 20.000.000 Financiamento R$ 35.000.000 Ativo Permanente R$ 30.000.000 Patrimônio Líquido R$ 15.000.000 Total Ativo R$ 50.000.000 Total Passivo +PL R$ 50.000.000 Receitas de Vendas R$ 100.000.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000.000) = Lucro Bruto R$ 40.000.000 − Despesas com Vendas (R$ 12.000.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000.000) = Lucro Operacional antes dos Encargos Financeiros 8.000.000 − Despesas Financeiras: 12% x R$ 35 milhões (Ki) (R$ 4.200.000) = Lucro Operacional depois dos Encargos Financeiros R$ 3.800.000 Cia. Riber Doces ROA = $ 8.000.000 (𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜) $ 50.000.000 (Ativo) = 𝟏𝟔% 𝒂. 𝒂. ROE = $ 3.800.000 (LL) $ 15.000.000 (𝑃𝐿) = 𝟐𝟓, 𝟑% 𝒂. 𝒂. 𝒌𝒊 = $ 4.200.000 (𝑑𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠) $ 35.000.000 (𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝑂𝑛𝑒𝑟𝑜𝑠𝑜|𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜) = 𝟏𝟐% 𝒂. 𝒂. 30% financiado com capital próprio 70% financiado com capital de terceiros Alavancagem Positiva: ROE > ROA 472 Resultado Operacional ROA = R$ 8.000.000 (𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜) R$ 50.000.000 (Ativo) = 𝟏𝟔, 𝟎% 𝒂. 𝒂. ROE = R$ 3.800.000 (LL) R$ 15.000.000 (𝑃𝐿) = 𝟐𝟓, 𝟑% 𝒂. 𝒂. Alavancagem Positiva: ROE > ROA Isso se deve a uma maior utilização de recursos de terceiros com custo inferior ao retorno auferido, numa alavancagem favorável. Os ativos da empresa produzem retorno de 16% a.a., mas os acionistas estão ganhando 25,3% a.a. (alto grau de alavancagem financeira). O aumento do endividamento trouxe uma elevação na taxa de retorno dos acionistas. 473 Grau de Alavancagem Financeira (GAF) GAF = ROE ROA = 25,3% 16,0% = 𝟏, 𝟓𝟖 Esse relacionamento mostra que os acionistas estão com uma taxa de retorno que é 58% superior à taxa geradora de ativos da empresa 474 GAF = ROA + ROA−Ki × 𝑃 𝑃𝐿 ROA GAF = 16% + 16% − 12% × $ 35 milhões $ 15 milhões 16% GAF = 16% + 4% × 2,3 16% = 𝟏, 𝟓𝟖 • os 16% primeiros equivalem à taxa que o próprio patrimônio líquido, com seus recursos, está obtendo no ativo • os 4% são a diferença entre as taxas, de captação e aplicação, ou seja, a sobra que os recursos de terceiros estão deixando para o patrimônio líquido • o terceiro item do numerador, igual a 2,3, significa que os capitais de terceiros são 2,3 vezes os capitais próprios Fórmula analítica do GAF (Eliseu Martins1979) 475 GAF: Exercício A Riber Salgados financiou, com recursos de terceiros, 50% dos seus ativos totais (investimentos) de R$ 50 milhões, ou seja, R$ 25 milhões de capital próprio e R$ 25 milhões de capital de terceiros. Os encargos financeiros atingem R$ 3 milhões e o lucro líquido dos acionistas (desconsiderando-se o Imposto de Renda), R$ 5 milhões. Qual o grau de alavancagem financeira? 𝑮𝑨𝑭 = 𝑅𝑂𝐸 𝑅𝑂𝐴 = 𝑅$ 5.000.000 (𝐿𝐿, 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑖𝑠𝑡𝑎𝑠) 𝑅$ 25.000.000 (𝑃𝐿) 𝑅$ 5.000.000 𝐿𝐿 + 𝑅$ 3.000.000 𝑒𝑛𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜𝑠 𝑅$ 50.000.000 (𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙) = 20% 16% = 𝟏, 𝟐𝟓 Ou: 𝑮𝑨𝑭 = 𝑅𝑂𝐴 + 𝑅𝑂𝐴 − 𝑘𝑖 × 𝑃 𝑃𝐿 𝑅𝑂𝐴 = 16% + 16% − 𝑅$ 3.000.000 (𝑒𝑛𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜𝑠) 𝑅$ 25.000.000 (𝑃𝑂|𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 × 𝑅$ 25.000.000 𝑅$ 25.000.000 16% = 𝟏, 𝟐𝟓 𝑮𝑨𝑭 = 16% + 16% − 12% × 1 16% = 16% + 4% × 1 16% = 𝟏, 𝟐𝟓 Isto significa que os acionistas estariam ganhando um retorno que percentualmente seria de 25% melhor do que obteriam se financiassem totalmente os ativos com seus próprios recursos. Os mesmos 4% de diferença entre custo do dinheiro e retorno do ativo são a diferença entre o retorno do ativo e o do patrimônio líquido. Afinal, os 4% são multiplicados por uma relação capital de terceiros/capital próprio de 1 e, com isso, cada 1% de sobra sobre o capital de terceiros representa também 1% sobre o capital próprio. 476 Considerando-se a existência de um imposto de 34% sobre o lucro da Cia. Riber de Doces, e admitindo-se uma estrutura de financiamento de 40% de capital de terceiros e 60% de capital próprio, temos os seguintes demonstrativos da empresa: Efeitos do Imposto de Renda Ativo Circulante R$ 30.000.000 Passivo Exigível R$ 20.000.000 Ativo Permanente R$ 20.000.000 Patrimônio Líquido R$ 30.000.000 Total Ativo R$ 50.000.000 Total Passivo + PL R$ 50.000.000 Balanço inicial (estrutura financeira) Vendas R$ 100.000.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000.000) = Lucro Bruto: R$ 40.000.000 − Despesas com Vendas (R$ 12.000.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000.000) = Lucro Operacional R$ 8.000.000 − Despesas Financeiras (R$ 20 milhões x 12%) (R$ 2.400.000) = Lucro Antes do Imposto de Renda R$ 5.600.000 − Provisão para Imposto de Renda (34%) (R$ 1.904.000) = Lucro Líquido R$ 3.696.000 DRE (Demonstração do Resultado do Exercício Lucro gerado pelos ativos Remuneração dos credores da empresa Lucro dos acionistas 477 Efeitos do Imposto de Renda Vendas R$ 100.000.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000.000) = Lucro Bruto R$ 40.000.000 − Despesas com Vendas (R$ 12.000.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000.000) = Lucro Operacional Antes do Imposto de Renda R$ 8.000.000 − Imposto de Renda sobre Lucro Gerado pelos Ativos (34%) (R$ 2.720.000) = Lucro Operacional Após o Imposto de Renda R$ 5.280.000 − Despesas Financeiras Antes do Imposto de Renda (2.400,00) + Economia de IR: 34% × R$ 2.400.000 = R$ 816.000 (R$ 1.584.000) = Lucro Líquido R$ 3.696.000 Podemos proceder um ajuste para identificar a remuneração dos proprietários de capital (credores e acionistas) em valores líquidos do imposto de renda 478 ROA = $ 5.280.000,00 $ 50.000.000,00 = 𝟏𝟎, 𝟔% 𝒂. 𝒂. 𝑲𝒊 = $ 1.584.000,00 $ 20.000.000,00 = 𝟕, 𝟗% 𝒂. 𝒂. ROE = $ 3.696.000,00 $ 30.000.000,00 = 𝟏𝟐, 𝟑% 𝒂. 𝒂. GAF = 10,6% + 10,6%−7,9% × $ 20 milhões $ 30 milhões 10,6% GAF = 10,6% + 2,7% × 0,667 10,6% = 𝟏, 𝟏𝟕 GAF = ROA + ROA−Ki × 𝑃 𝑃𝐿 ROA = 16% + 16% − 12% × $ 35 milhões $ 15 milhões 16% GAF = 16% + 4% × 2,3 16% = 𝟏, 𝟓𝟖 ROA = $ 8.000.000,00 LOP $ 50.000.000,00 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 = 𝟏𝟔% 𝒂. 𝒂. ROE = $ 3.800.000,00 𝐿𝐿 $ 15.000.000,00 PL = 𝟐𝟓, 𝟑% 𝒂. 𝒂. 𝑲𝒊 = $ 4.200.000,00 𝑑𝑒𝑠𝑝|𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐 $ 35.000.000,00 financia𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝟏𝟐% 𝒂. 𝒂. Efeitos do Imposto de Renda Antes do IR e com 30% de capital próprio e 70% de capital de terceiros Depois do IR e com 60% de capital próprio e 40% de capital de terceiros 479 Ativo Circulante R$ 30.000.000 Passivo Exigível R$ 20.000.000 Ativo Permanente R$ 20.000.000 Patrimônio Líquido R$ 30.000.000 Total Ativo R$ 50.000.000 Total Passivo + PL R$ 50.000.000 Vendas R$ 100.000.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000.000) = Lucro Bruto R$ 40.000.000 − Despesas com Vendas (R$ 12.000.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000.000) = Lucro Operacional Antes do Imposto de Renda R$ 8.000.000 − Imposto de Renda sobre Lucro Gerado pelos Ativos (34%) (R$ 2.720.000) = Lucro Operacional Após o Impostode Renda R$ 5.280.000 − Despesas Financeiras Antes do Imposto de Renda (2.400,00) + Economia de IR: 34% × R$ 2.400.000 = R$ 816.000 (R$ 1.584.000) = Lucro Líquido R$ 3.696.000 Ativo Circulante R$ 20.000.000 Financiamento R$ 35.000.000 Ativo Permanente R$ 30.000.000 Patrimônio Líquido R$ 15.000.000 Total Ativo R$ 50.000.000 Total Passivo + PL R$ 50.000.000 Receitas de Vendas R$ 100.000.000 − Custo dos Produtos Vendidos (R$ 60.000.000) = Lucro Bruto R$ 40.000.000 − Despesas com Vendas (R$ 12.000.000) − Despesas Administrativas (R$ 20.000.000) = Lucro Operacional antes dos Encargos Financeiros 8.000.000 − Despesas Financeiras: 12% x R$ 35 milhões (Ki) (R$ 4.200.000) = Lucro Operacional depois dos Encargos Financeiros R$ 3.800.000 Alavancagem Financeira Prazo de amortização dos empréstimos Deve estar dentro do limite de capacidade de geração de recursos da empresa Renovação de passivos • A empresa fica sempre dependente de uma renovação do empréstimo ou da obtenção de outros recursos para saldar essa dívida; • A taxa de renovação de empréstimos posteriores pode piorar a saúde financeira da empresa Risco financeiro envolvido nos empréstimos 480 Alavancagem Financeira Cia. Riber de Doces Ativo Circulante R$ 30.000.000 Passivo Exigível R$ 20.000.000 Ativo Permanente R$ 20.000.000 Patrimônio Líquido R$ 30.000.000 Total Ativo R$ 50.000.000 Total Passivo + PL R$ 50.000.000 Balanço inicial (estrutura financeira) Isso caso não existisse a mínima necessidade de utilização de recursos gerados pelas operações para pagamento de dividendos ou para expansão das atividades da empresa. Logo, até esse prazo não é dos mais viáveis Capacidade de Geração de recursos: = Lucro Líquido + Depreciação = R$ 3.696.000 + (R$ 20.000.000 x 10%) = R$ 3.696.000 + R$ 2.000.000 = R$ 5.696.000 Prazo de amortização = R$ 20.000.000 ÷ R$ 5.696.000 = 3,51 anos 481 Alavancagem Financeira Cálculo do valor máximo que a empresa pode tomar emprestado no prazo de um ano, supondo-se que todas as receitas, custos e despesas tenham reflexo no caixa dentro de um ano: Lucro Operacional Antes do Imposto R$ 8.000.000,00 − Encargos Financeiros (R$ 809.488,50) = Lucro Antes do Imposto de Renda R$ 7.190.511,50 − Provisão para Imposto de Renda (34%) (R$ 2.444.773,90) = Lucro Líquido R$ 4.745.737,60 + Depreciação (10% de R$ 20 milhões) R$ 2.000.000,00 = Recursos Originados pelas Operações R$ 6.745.737,60 482 Alavancagem Financeira na Inflação Brasileira Ativo Circulante R$ 120.000.000 Passivo Exigível R$ 80.000.000 Ativo Permanente R$ 120.000.000 Patrimônio Líquido R$ 160.000.000 Total Ativo R$ 240.000.000 Total Passivo + PL R$ 240.000.000 Balanço inicial (estrutura financeira) Admitindo que a empresa seja isenta de IR e desconsiderando-se o efeito da inflação de 12% ao ano, temos os seguintes indicadores: Receitas Operacionais R$ 200.000.000 − Despesas Operacionais (R$ 152.000.000) = Lucro Operacional R$ 48.000.000 − Encargos Financeiros (R$ 20.000.000) = Lucro Líquido R$ 28.000.000 DRE sem inflação ROA = R$ 48.000.000 LOP 𝑅$ 240.000.000 Ativo = 𝟐𝟎% 𝒂. 𝒂. 𝑲𝒊 = R$ 20.000.000 𝐷𝐹|𝐸𝐹 R$ 80.000.000 Financ = 𝟐𝟓% 𝒂. 𝒂. ROE = R$ 28.000.000 LL R$ 160.000.000 PL = 𝟏𝟕, 𝟓% 𝒂. 𝒂. 483 Alavancagem Financeira na Inflação Brasileira Ativo Circulante R$ 134.400.000 Passivo Exigível R$ 89.600.000 Ativo Permanente R$ 134.400.000 Patrimônio Líquido R$ 179.200.000 Total Ativo R$ 268.800.000 Total Passivo + PL R$ 268.800.000 Balanço inicial (estrutura financeira) Aplicando-se correção monetária integral e corrigindo-se os valores do balanço para moeda de mesma capacidade de compra, temos Receitas Operacionais R$ 212.000.000 − Despesas Operacionais (R$ 178.400.000) = Lucro Operacional R$ 33.600.000 − Encargos Financeiros (R$ 10.400.000) = Lucro Líquido R$ 23.200.000 DRE Corrigida 484 ROA = R$ 33.600.000 LOP 𝑅$ 268.000.000 Ativo = 𝟏𝟐, 𝟓% 𝒂. 𝒂. 𝑲𝒊 = R$ 10.400.000 𝐷𝐹|𝐸𝐹 R$ 89.600.000 Financ = 𝟏𝟏, 𝟔% 𝒂. 𝒂. ROE = R$ 23.200.000 LL R$ 179.200.000 PL = 𝟏𝟐, 𝟗% 𝒂. 𝒂. Comentários sobre a Alavancagem Financeira no Brasil Para a alavancagem financeira e outras análises, os passivos de funcionamento* são considerados como redutores dos ativos circulantes ROI = Lucro Operacional Ativo Total − Passivo de Funcionamento O Return on Investiment (ROI, Retorno sobre o investimento, RSI) indica a rentabilidade do investimento efetuado pela empresa mediante capital próprios ou de terceiros. Vide slide 391. * fornecedores, impostos a recolher, salários a pagar, etc. Reclassificação de contas para análise financeira Reciprocidade bancária redutora dos passivos exigíveis por empréstimos e financiamentos Duplicatas descontadas passivos exigíveis provocadores de encargos financeiros Ações preferenciais continuam no patrimônio líquido e seus dividendos não devem ser considerados encargos financeiros 485 486 ROI = Lucro Operacional Ativo Total − Passivo de Funcionamento ROI = R$ 48.000 R$ 240.000 − R$ 80.000 = 0,30 ou 30% a.a. Ativo Circulante R$ 120.000.000 Passivo R$ 80.000.000 Ativo Permanente R$ 120.000.000 Patrimônio Líquido R$ 160.000.000 Total Ativo R$ 240.000.000 Total Passivo + PL R$ 240.000.000 Receitas Operacionais R$ 200.000.000 − Despesas Operacionais (R$ 152.000.000) = Lucro Operacional R$ 48.000.000 − Encargos Financeiros (R$ 20.000.000) = Lucro Líquido R$ 28.000.000 Desempenho Operacional com base no ROI Cia. Riber de Salgados ⎯ 31.12.2020 Problemas da base de cálculo Corrigem-se esses valores, cada um de sua respectiva data até a moeda de final do exercício Uso de valores médios Pegam-se os saldos ajustados do ativo constantes do balanço de encerramento do período anterior e dos balanços mensais até o final do ano em curso, num total de 13 Calcula-se a média aritmética desses 13 valores e tem-se o ativo médio do período, já corrigido para moeda de final de exercício 487 Retorno sobre o Patrimônio Líquido | Eliseu Martins RSPL ou ROE = LLt12 PLt0 × Pt12 Pt0 + σt=1 12 VPLtK × Pt12 Ptk × 12 − tk 12 Onde: LL = lucro líquido corrigido (para moeda do mês t12, no caso) PL = patrimônio líquido P = índice geral de preços VPL = cada modificação no patrimônio líquido que não for lucro do próprio ano, como aumento de capital, declaração de dividendos, contribuição para reservas de capital etc. to= momento inicial do período tk = cada mês do período 488 Avaliação com Base no Lucro Operacional e no Lucro Líquido Estrutura A Estrutura B Estrutura C Estrutura D Resultado Operacional Resultado Líquido Podem ser identificadas quatro possíveis estruturas de resultados nas empresas: Lucro Operacional • Ligado a decisões de investimento (ativos) • Problemas no ROA envolvem aspectos de giro e margem Lucro Líquido • Ligados a decisões de investimento e financiamento • Problemas de estruturas de financiamento envolvem aspectos de endividamento e capitalização 489 Avaliação com Base no Lucro Operacional e no Lucro Líquido Estrutura B Resultado Operacional Resultado Líquido Estrutura A Resultado Operacional Resultado Líquido Estrutura D Resultado Operacional Resultado Líquido Estrutura C Resultado Operacional Resultado Líquido Revela uma atratividade, tanto econômica quanto financeira no desempenho da empresa Revela uma empresa que não produz um retorno operacional compatível com os encargos contratados de seus passivos • Denota problemas de inviabilidade econômica e financeira. • As dívidas agravaram os prejuízos, mas não foram os responsáveis exclusivos por sua geração Realizam financeiramente suas vendas antes dos desembolsos operacionais e aplicam o saldo de caixa no mercado 490 Desempenho Operacional com base no ROI e ROA Ativo Circulante 8.026 Passivo Circulante 4.408 Disponibilidades 40 Fornecedores 725 Aplicações Financeiras 1.932 Financiamentos 1.432 Contas a Receber 2.456 Impostos a Recolher 456 Estoques1.866 Salários e Contribuições a Pagar 627 Outros 1.723 Dividendos a Pagar 357 Imposto de Renda 811 Realizável a Longo Prazo 76 Exigível a Longo Prazo 1.878 Financiamentos 1.878 Ativo Permanente 8.792 Patrimônio Líquido 10.608 Total Ativo 16.894 Total Passivo + Patrimônio Líquido 16.894 Cia. No-Stop ⎯ Balanço Patrimonial (Valores em R$ mil) 31.12.2020 491 Desempenho Operacional com base no ROI e ROA Receita Operacional 2.820 – Custo dos Produtos Vendidos 1.649 Lucro Bruto 1.171 – Despesas Operacionais 678 • Vendas 340 • Administrativas e Gerais 184 • Honorários de Administração 12 • Receitas Financeiras (23) • Despesas Financeiras 165 Lucro Operacional 493 – Imposto de Renda e Contribuição Social 167,6 Lucro Líquido do Exercício 325,4 Cia. No-Stop ⎯ Demonstrativo de Resultados (Valores em R$ mil) 31.12.2020 492 Desempenho Operacional com base no ROI e ROA 493 Lucro Operacional Lucro Bruto 1.171,00 Despesas Operacionais (340,00) Vendas (184,00) Administrativos e gerais, honorários da adm (12,00) Receitas Financeiras (23,00) Lucro operacional antes do IR 658,00 (-) IR 34% (223,72) Lucro Operacional Líquido IR 434,28 (-) Despesa Financeira (165,00) (+) Economia de IR 34% 56,10 Despesa financeira líquida do IR (108,90) Lucro Líquido 325,38 Investimento Líquido Ativo Total 16.894,00 Passivo de Funcionamento Fornecedores 725,00 Impostos a recolher 456,00 Salários e contribuições 627,00 Dividendos 357,00 Imposto de Renda 811,00 Investimento Líquido 13.918,00 Cia. No-Stop ⎯ Ajustes (Valores em R$ mil) 31.12.2020 Desempenho Operacional com base no ROI e ROA ROE = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = R$ 325,38 R$ 10.608 = 3,06% a.a. GAF = 𝑅𝑂𝐸 𝑅𝑂𝐴 = 3,06% 3,12% = 𝟎, 𝟗𝟖 𝐊𝐢 = 𝑅$ 165,00 desp.fin × 1 − 0,34 𝐼𝑅 𝑅$ 1.432,00 + R$ 1.878,00 financiamentos bancários = 𝑅$ 108,90 𝑅$ 3.310 = 𝟑, 𝟐𝟗% 𝒂. 𝒂. ROI = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 𝐼𝑅 𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝑅$ 434,28 𝑅$ 13.918 = 3,12% a.a. 494 ROE = 𝑅𝑂𝐼 + 𝑅𝑂𝐼 − 𝐾𝑖 × 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐾𝑖 ↔ 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐 𝐶𝑃 𝑅$ 1.432 + 𝐿𝑃 𝑅$ 1.878 𝑃𝐿 (𝐾𝑒) = 3,12% + 3,12% − 3,29% × R$ 3.310 R$ 10.608 = 3,12% − 0,17% × 0,312 = 3,06% a.a. Desempenho Operacional com base no ROI e ROA O desempenho operacional do bimestre foi prejudicado pelo endividamento oneroso da empresa, cujo custo superou o retorno auferido na aplicação desses recursos (ki > ROI) O reflexo desfavorável sobre a rentabilidade dos proprietários não foi mais expressivo em razão do baixo nível de endividamento da empresa ( 𝑃 𝑃𝐿 = 0,312) A capitalização é uma alternativa inevitável em momentos de taxas de juros elevadas, com percentuais superiores ao retorno promovido pelos ativos operacionais 495 Processo Decisório No mundo corporativo há algo vagamente conhecido como “processo decisório”, que são aqueles insondáveis critérios adotados pela alta direção da empresa para chegar a decisões que o funcionário não consegue entender. Tudo começa com a própria origem da palavra “decisão”, que se formou a partir do verbo latino caedere (cortar). Dependendo do prefixo que se utiliza, a palavra assume um significado diferente: “incisão” é cortar para dentro, “rescisão” é cortar de novo, “concisão” é o que já foi cortado, e assim por diante. E dis caedere, de onde veio “decisão”, significa “cortar para fora”. Decidir é, portanto, extirpar de uma situação tudo o que está atrapalhando e ficar só com o que interessa. GEHRINGER, Max O que é decisão. Revista Você S.A., jan.2002, p.106 496 Bibliografia ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços. 7.ed. São Paulo: Atlas, 2002. EHRBAR, Al. Valor econômico agregado. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. FERNÁNDEZ, Pablo. Valoración de empresas. Barcelona: Ediciones Gestión 2000, 1999. MARTINS, Eliseu. Análise da correção monetária das demonstrações financeiras. São Paulo: Atlas, 1990. RAPPAPORT, Alfred. Gerando valor para o acionista. São Paulo: Atlas, 2001. STEWART, Bennett G. The quest for value. New York: Harper, 1991. 497 7 Mercado de Capitais, Leasing e Debêntures Investidor prudente Diversifica Procura o longo prazo (afinal, investimento é para toda vida) Opera com riscos cobertos para preservar capitais Procura qualidade, preços baixos, rendimentos elevados 499 Portifólios de investidores Procura preservar capital Não hesita nas decisões; busca performance Procura ganhar dos indicadores 33% em imóveis, seguros, ouro, poupança, títulos federais 60% em ações de companhia de primeira linha 50% em ações de alta performance 33% em títulos de renda fixa 30% em ações especulativas 40% em ações especulativas 34% em ações de companhia Blue chip 10% em títulos de renda fixa de alta liquidez 10% em títulos de renda fixa de alta liquidez Portfólio Balanceado Portfólio Concentrado Portfólio Oportunista 500 Vale a pena especular? Especular e especulador são termos com diferentes acepções Num discurso político, a especulação adquire a sua pior conotação, a de exploração das massas e dos desavisados Afinal, quem é o especulador? 501 Como Investir em Ações Investigue antes de investir Parece claro que o investidor que joga no escuro tem menos possibilidades Calcule prêmio pelo risco • Se a ação está a 5 e pode ir a 8 ou cair a 4, o prêmio pelo risco é 3 por 1; • Se a ação está a 7 e pode ir a 8 ou cair a 4, o prêmio pelo risco é de 1 por 3 • 3 por 1 é muito melhor do que 1 por 3 Desconfie dos períodos muito favoráveis Cuidado com excesso de otimismo Desconfie das altas muito rápidas As altas consistentes costumam ser reflexo do estado geral da economia, e são relativamente lentas Reveja sempre suas decisões Aplicar dinheiro em ações exige estar constantemente bem informado Investigue depois de investir Cada investimento é uma lição a mais para melhorar o desempenho do investidor 502 Análises Fundamentalista | Grafista Análise Fundamentalista Análise Gráfica (Técnica) Tenta medir o valor intrínseco de um ativo, determinando um valor adequado que reflita a situação da empresa no presente e as expectativas futuras Analisa os dados gerados pelas transações como preço e volume Estuda as questões relativas à economia e perspectivas do segmento a que pertence a empresa Utiliza os gráficos na busca de padrões, analisando as tendências e buscando determinar alvos (até onde os preços irão se movimentar) Avalia como ocorre o gerenciamento e questões intrínsecas da empresa Visualiza a ação dos componentes emocionais presentes no mercado 503 Análise Fundamentalista Cotação em 31/01/19x1 R$ 100 Lucro projetado pra 19x1 R$ 250.000 no ano Quantidade de ações 10.000 Lucro por ação estimado R$ 250.000 ÷ 10.000 = R$ 25 no ano P/L R$ 100 ÷ R$ 25 = 4 anos 504 Lucro por Ação Projetado R$ 50 Custo de Oportunidade 10% a.a. Prêmio pelo Risco 15% a.a. Preço Justo: 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑎𝑑𝑜 𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑂𝑝𝑜𝑟𝑡𝑢𝑛𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 + 𝑃𝑟ê𝑚𝑖𝑜 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑟𝑖𝑠𝑐𝑜 R$ 50 ÷ (0,10 + 0,15) = R$ 200 Preço Justo 505 Preço Justo Preço bolsa muito próximo de R$ 200 Não justifica compra nem venda Preço bolsa muito abaixo de R$ 200 Justifica compra Preço bolsa muito acima de R$ 200 Justifica venda O preço justo permite saber Quando não comprar Quando não vender Quando comprar Quando vender 506 Outros Indicadores da Análise Fundamentalista Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐺𝑒𝑟𝑎𝑙 = 𝐴𝐶 + 𝐴𝑅𝐿𝑃 𝑃𝐶 + 𝑃𝐸𝐿𝑃 Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝐴𝐶 𝑃𝐶 Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝐿𝑖𝑞𝑢𝑖𝑑𝑒𝑧 𝑆𝑒𝑐𝑎 = 𝐴𝐶 − 𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 𝑃𝐶 𝐶𝑜𝑚𝑝𝑜𝑠𝑖çã𝑜 𝑑𝑜 𝐸𝑛𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝑃𝐶 𝑃𝐶 + 𝐸𝐿𝑃 𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝐿 = 𝐴𝑃 𝑃𝐿 𝐼𝑚𝑜𝑏𝑖𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑛ã𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 = 𝐴𝑃 𝑃𝐿 + 𝐸𝐿𝑃 Indicadores de Liquidez Medircapacidade da empresa de atender a seus compromissos de curto prazo através da realização de seus ativos circulantes. Indicadores de Endividamento Medir o grau de endividamento da empresa 507 Outros Indicadores da Análise Fundamentalista 𝑅𝑒𝑡𝑜𝑟𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 𝐿𝐿 𝐴𝑇 (𝑚é𝑑𝑖𝑜) 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑃𝐿 = 𝐿𝐿 𝑃𝐿 (𝑚é𝑑𝑖𝑜) 𝑀𝑎𝑟𝑔𝑒𝑚 𝑑𝑒 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜 = 𝐿𝐿 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐺𝑖𝑟𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 = 𝑉𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝐴𝑇 (𝑚é𝑑𝑖𝑜) 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚𝑜𝑛𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑎çã𝑜 (𝑉𝑃𝐴) = 𝑃𝐿 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 (𝐿𝑃𝐴) = 𝐿𝐿 𝑞𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 (𝑃𝐿) = 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑎 𝑎çã𝑜 𝐿𝑃𝐴 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑦𝑖𝑒𝑙𝑑 = 𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑎 𝑎çã𝑜 × 100 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çã𝑜 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠 (𝑃𝑎𝑦𝑜𝑢𝑡) = 𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠 𝑃𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑎 𝑎çã𝑜 Indicadores de Rentabilidade Interpretação e análise dos resultados obtidos pela empresa. Derivado do demonstrativo de resultados. Indicadores de mercado 508 Outros Indicadores da Análise Fundamentalista 𝐶𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑛𝑐𝑎𝑟𝑔𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 + 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 + 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 𝐶𝑜𝑏𝑒𝑟𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑜𝑚𝑖𝑠𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑥𝑜𝑠 = 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 + 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑒𝑎𝑠𝑖𝑛𝑔 + 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 + 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 + 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎𝑠 𝑑𝑒 𝐿𝑒𝑎𝑠𝑖𝑛𝑔 + 𝑃𝑟𝑖𝑛𝑐𝑖𝑝𝑎𝑙 𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑚𝑝𝑟é𝑠𝑡𝑖𝑚𝑜𝑠 𝑒 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑖𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 1 − 𝐴𝑙í𝑞𝑢𝑜𝑡𝑎 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎 Indicadores de Cobertura Quantas vezes o lucro operacional, adicionado das receitas financeiras e outras, cobrem as despesas financeiras e outros compromissos. 509 Análise técnica A Análise Técnica baseia-se na ideia que os preços de ações não se movem randomicamente, e sim em padrões repetitivos e identificáveis. Para entender a Análise Técnica é necessário entender seus três princípios básicos: Tudo se reflete nos preços do Mercado; Preços movem-se em tendências e tendências persistem; Os movimentos do mercado são repetitivos. 510 Gráficos da análise técnica: Barras 511 Gráficos da análise técnica: Candlesticks 512 Suporte e resistência Resistência Região na qual o interesse de vender é grande, superando a pressão compradora, o movimento altista tende a parar. Suporte Região na qual o interesse de comprar é grande, superando a pressão vendedora, o movimento de queda tende a parar. 513 Dicas para operar Como a operação foi gerenciada? Comece devagar Anote detalhes da operação para seu controle Questione cada operação Obteve sucesso? Por quê? 514 Recibo de carteira de ações É um recibo representativo de uma carteira de ações cujas quantidades são previamente fixadas e conhecidas quando de sua constituição. Uma vez constituídos, os recibos passam a ser negociados na Bovespa como se fossem um único título, cujo valor é determinado pelo mercado. 515 Por que comprar ações? Dividendos Valorização Especulação 516 Direitos dos Acionistas Dividendos Bônus de Subscrição Direito de Subscrição Bonificação em Dinheiro Juro sobre o capital próprio Split ou Desdobramento Inplit ou Grupamento 517 Mecanismo da Crise de 1929 (“Crack”) Desemprego (Quebra dos rendimentos) Subconsumo e superprodução Baixa de Preços (Quebra dos lucros) Diminuição do crédito Falências bancárias Quebra das ações Falências (Industriais e Comerciais) 518 Debêntures • Vantagem fiscal, pois os juros são dedutíveis como despesas, o que não ocorre com os dividendos; • Capitalizar a empresa sem modificar o quadro acionário. Títulos emitidos pelas companhias (sociedades anônimas | S.A.), normalmente para serem resgatadas em longo prazo, que conferem a seus titulares direito de crédito contra o emitente, na forma do artigo 52 da Lei 6.404/76. Debêntures Vantagens 519 Debêntures Prazo das debêntures Não existe prazo definido para o vencimento das debêntures. Com o objetivo de flexibilizar os empréstimos realizados via debêntures, a lei permite a amortização periódica ou o resgate de parte ou da totalidade da dívida. Debêntures perpétuas A companhia poderá emitir debêntures cujo vencimento somente ocorra nos casos de inadimplemento da obrigação de pagar juros e dissolução da companhia, ou de outras condições previstas no título (debêntures perpétuas). 520 Debêntures Quanto à posse • Nominativas são aquelas em cujos certificados (emitidos fisicamente) consta expressamente o nome do titular; • Escriturais também são nominativas, embora não exista a emissão física do certificado (ambiente eletrônico) Quanto à espécie • Simples (não conversíveis): quando conferem, ao debenturista, um crédito a ser pago com correção monetária e juros; • Conversíveis em ações: quando conferem, aos debenturistas, a possibilidade de receber seu crédito, com correção e juros, ou transformá-lo em ações da empresa emissora; • Permutáveis: são aquelas que permitem aos seus detentores, observados os prazos e condições constantes da escritura de emissão, a troca de seus títulos por ações de empresa que não seja a própria emissora das debêntures. 521 Conversibilidade em Ações Partes Beneficiárias • As partes beneficiárias conferirão aos seus titulares direito de crédito eventual contra a companhia, consistente na participação nos lucros anuais (artigo 190). • A participação atribuída às partes beneficiárias, inclusive para formação de reserva para resgate, se houver, não ultrapassará 0,1 (um décimo) dos lucros. • É vedado conferir às partes beneficiárias qualquer direito privativo de acionistas, salvo o de fiscalizar, nos termos desta Lei, os atos dos administradores. • É proibida a criação de mais de uma classe ou série de partes beneficiárias. A debênture poderá ser conversível em ações nas condições constantes da escritura de emissão, que especificará: • As bases da conversão, seja em número de ações em que poderá ser convertida cada debênture, seja como relação entre o valor nominal da debênture e o preço de emissão das ações; • A espécie e a classe das ações em que poderá ser convertida; • O prazo ou época para o exercício do direito à conversão; • As demais condições a que a conversão acaso fique sujeita. 522 Recompra de ações pelo controlador Caderneta de poupança Depósitos a prazo fixo Títulos Públicos Outros títulos A Esta operação intensifica o poder do controlador, pois intensifica sua participação no capital da empresa por ele controlada. Outra vantagem na aquisição de papéis é o menor desembolso com pagamento de dividendos, pois a parcela de lucros a ser distribuída aos acionistas minoritários ficará, agora, no caixa da empresa. 523 LAGIOIA, Umbelina Cravo Teixeira. Fundamento do Mercado de Capitais. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2007 Bibliografia 524 8 Risco, Retorno e Hedge Pródromo As decisões financeiras são tomadas em um ambiente de incerteza com relação ao futuro Parte-se do pressuposto que todo investidor tem aversão ao risco e prefere maximizar o retorno de seus investimentos Risco: capacidade de se mensurar o estado de incerteza de uma decisão mediante o conhecimento das probabilidades de ocorrência de determinados resultados 526 Mercado Eficiente É aquele onde os preços refletem as informações disponíveis e apresentam grande sensibilidade a novas informações relevantes O valor de um ativo é reflexo do consenso dos participantes com relação ao seu desempenho esperado Nenhum investidor é capaz de identificar ativos com preço em desequilíbrio527 Hipóteses básicas do mercado eficiente Hipótese a Nenhum participante tem a capacidade de influenciar o preço das negociações Hipótese b O mercado é constituído de investidores racionais Hipótese c As informações são instantâneas e gratuitas aos participantes do mercado Hipótese d O mercado trabalha com inexistência de racionamento de capital Hipótese e Os ativos são divisíveis e negociados sem restrições Hipótese f As expectativas dos investidores são homogêneas 528 Aspectos de imperfeição de mercado As informações muitas vezes não estão igualmente disponíveis para todos os investidores Há um grande número de participantes com menor qualificação para interpretar as informações relevantes O mercado sofre influência de políticas adotadas pelo governo 529 Mercado de baixa eficiência Há preocupação em avaliar se os modelos financeiros produzem resultados significativos Os investidores tentam tirar proveito econômico dos desvios temporários dos preços de certos ativos O ajuste de preços às novas informações depende da capacidade de interpretação dos participantes 530 Sistema Financeiro Nacional (SFN) Banco Central do Brasil (Bacen) Comissão de Valores Mobiliários (CVM) Superintendência de Seguros Privados (Susep) IRB Brasil Resseguros Superintendência Nacional de Previdência Complementar Conselho Monetário Nacional (CMN) Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) Conselho de Gestão e Previdência Complementar (CGPCP) Instituições Financeiras Bancárias Instituições Financeiras Não Bancárias Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) Instituições Auxiliares Instituições Não Financeiras Sistema Normativo Subsistema de Intermediação Sistema Financeiro Nacional 531 Fundamentos de Probabilidade e Medidas Estatísticas O conceito básico de probabilidade refere-se à possibilidade de ocorrência de determinado evento Variáveis aleatórias: conjunto de eventos incertos representado pelos resultados possíveis de ser gerados Distribuição de probabilidades: divisão dos resultados esperados pelos valores possíveis de se verificar uma probabilidade de ocorrência 532 Definições de Probabilidade Probabilidade objetiva Quando se adquire uma experiência passada sobre a qual há uma expectativa de que se repetirá no futuro Probabilidade subjetiva Decorre de eventos novos, sobre os quais não se tem nenhuma experiência prévia relevante 533 Medidas estatísticas de risco e retorno Desvio-padrão e Variância Medem o grau de dispersão dos resultados em relação à média, representado o risco dos possíveis resultados em relação ao valor esperado 𝜎 = σ𝑘=1 𝑛 𝑃𝑘 × 𝑅𝐾 − 𝑅 2 | 𝑉𝐴𝑅 = 𝜎2 Valor Esperado Representa uma média dos vários resultados esperados ponderada pela probabilidade atribuída a cada valor 𝐸(𝑅) = 𝑅 = 𝐾=1 𝑛 𝑃𝐾 × 𝑅𝐾 Onde: = símbolo grego (sigma) representando o desvio-padrão VAR = variância. É o desvio- padrão elevado ao quadrado Onde: 𝐸(𝑅) = 𝑅 = retorno (valor) esperado PK = probabilidade de ocorrência de cada evento RK = valor de cada resultado considerado 534 Medidas estatísticas de risco e retorno Admita que se esteja avaliando o risco de dois investimentos A e B: Resultados Esperados Probabilidades Resultados Esperados Probabilidades R$ 600 10% R$ 300 10% R$ 650 15% R$ 500 20% R$ 700 50% R$ 700 40% R$ 750 15% R$ 900 20% R$ 800 10% R$ 1.100 10% Investimento A Investimento B Valor Esperado do Investimento A E(RA) = (0,10 x $ 600)+(0,15 x $ 650)+(0,50 x $ 700)+(0,15 x $ 750)+(0,10 x $ 800) E(RA) = $ 700,00 Valor Esperado do Investimento B E(RB) = (0,10 x $ 300)+(0,20 x $ 500)+(0,40 x $ 700)+(0,20 x $ 900)+(0,10 x $ 1.100) E(RB) = $ 700,00 Substituindo a expressão de cálculo para os investimentos anteriores 535 Medidas estatísticas de risco e retorno Distribuições de probabilidades das alternativas de investimentos A e B. • A alternativa b possui um desvio-padrão maior, sendo classificada como a de maior risco • A alternativa a apresenta o mesmo retorno esperado e um nível mais baixo de risco, sendo considerada a mais atraente Análise dos resultados obtidos As duas alternativas apresentam o mesmo valor esperado (R$ 700), sendo indiferentes em termos de retorno P ro b a b il id a d e Resultados Esperados (R$) Investimento A Investimento B 300 600 700 800 1.100 536 Coeficiente de variação Coeficiente de variação (CV): expresso em porcentagem, indica a dispersão relativa (risco) por unidade de retorno esperado Permite que se proceda a comparações mais precisas entre dois ou mais conjuntos de valores 𝐶𝑉 = 𝜎 𝑋 Onde: ത𝑋 = Média aritmética da amostra 537 Exemplo: Coeficiente de variação O nível de risco medido pelo desvio-padrão é igual para ambas alternativas de investimento Pelo critério do coeficiente de variação, a alternativa y é a que apresenta menor dispersão (risco) e maior retorno Investimento Retorno esperado Desvio- padrão (s) CV = s/R W 24,0% 20,0% 0,833 Y 30,0% 20,0% 0,667 538 Componentes do Risco Risco Econômico Advindo de conjunturas econômicas, de mercado e do próprio planejamento e gestão da empresa Risco Financeiro Está relacionado com o endividamento da empresa e sua capacidade de solvência Risco Sistemático É inerente a todos os ativos e determinado por eventos externos à empresa e não pode ser eliminado ou reduzido Risco Não Sistemático (Diversificável) Identificado nas características do próprio ativo (intrínseco) e pode ser total ou parcialmente diluído pela diversificação da carteira 539 Relação risco, retorno e investidor O objetivo do investidor é selecionar um ativo que lhe proporcione maior nível de satisfação em sua combinação de risco e retorno Teoria da Preferência Revela o posicionamento de um investidor diante de investimentos com diferentes riscos e retornos Escala de Preferência Possibilidades de investimento igualmente atraentes em relação ao risco|retorno esperados 540 Relação risco, retorno e investidor Representação de uma curva de indiferença A curva de indiferença representa a escala de preferência do investidos diante do conflito risco|retorno Qualquer combinação inserida sobre a curva de indiferença é igualmente desejável E(R) Retorno Esperado Risco ⚫ M 541 Relação risco, retorno e investidor Representam investidores mais ousados, que aceitam mais risco Representam investidores com maior aversão ao risco, perfil mais conservador Retorno Esperado Risco R3 R2 R1 Retorno Esperado Risco R3 R2 R1 542 Relação risco, retorno e investidor Retrata o comportamento de um investidor com ausência de aversão ao risco Mesmo retorno para qualquer nível de risco Mesmo risco para qualquer nível de retorno E(R) R3 R2 R1 E(R) R3 R2 R1 543 Retorno Esperado de um Portfólio O retorno esperado de uma carteira composta por mais de um ativo é definido pela média ponderada do retorno de cada ativo em relação a sua participação no total da carteira 𝐸 𝑅𝑝 = 𝑅𝑝 = 𝑊 × 𝑅𝑥 + 1 − 𝑊 × 𝑅𝑦 Onde: 𝐸 𝑅𝑝 = 𝑅𝑝 = retorno esperado ponderado da carteira (portfólio) W = percentual da carteira aplicado na ação X (1 – W) = percentual da carteira aplicado na ação Y Rx, Ry = retorno esperado das ações X e Y, respectivamente 544 Exemplo: Retorno Esperado de um Portfólio Características X Y Retorno Esperado 20% 40% Representação da carteira 40% 60% 𝑬 𝑹𝒑 = 0,20 × 0,40 + 0,40 × 0,60 = 𝟎, 𝟑𝟐 Retornos esperados de diferentes composições de um porfólio E(Rp) Composição da Carteira 60% X 40% Y 40% X 60% Y 0% X 100% Y 100% X 0% Y 40% 32% 28% 20% 545 Investimentos com relação perfeitamente positiva Investimentos com relação perfeitamente negativa Uma carteira de ativos deve ser formada com alternativas que levem à melhor diversificação do risco alternativas de investimentoque possuam correlações perfeitamente opostas e extremas Risco na Estrutura de uma Carteira de Ativos E(R) Anos E(R) Anos A B 546 Risco na Estrutura de uma Carteira de Ativos Objetivo do estudo de carteiras na Teoria do Portfólio Selecionar a carteira que oferece o maior retorno possível para determinado grau de risco Selecionar a carteira que produza o menor risco possível para determinado nível de retorno esperado 547 Diversificação do risco Risco da carteira de Investimentos Quantidade de ativos 5 10 15 20 Risco Diversificável Risco Sistemático Risco Total A redução do risco pela diversificação Relação entre o risco (medido pelo desvio-padrão) e a quantidade de ativos inseridos na carteira Risco Sistemático é aquele que afeta toda a economia. Risco Diversificável (ou não Sistemático) é aquele reservado somente a um ativo ou porção do mercado. Isso significa, portanto, que é possível se proteger via diversificação. Para entender o que é risco não sistemático imaginem uma praga de gafanhotos. Como os animais se alimentam de plantações de milho e cana-de-açúcar, a situação poderia afetar empresas ligadas a essas commodities. Portanto, empresas do setor alimentício e até mesmo automotivo (por causa do etanol) poderiam sofrer. Já negócios sem nenhuma relação com isso, como empresas de tecnologia ou construção civil, estariam ilesas. 548 Diversificação do risco • Conforme se amplia a diversificação da carteira por meio da inclusão de mais títulos, seu risco total decresce em função da eliminação do risco não sistemático • A partir de certo número de títulos, o risco da carteira se mantém praticamente estável, correspondendo unicamente a sua parte não diversificável • a diversificação pode ser adotada em carteiras de diferentes naturezas, como ações, projetos de investimentos, etc. 549 Diversificação do risco Exemplo: Estado de Natureza Probabilidade de ocorrer Retorno do Ativo A Retorno do Ativo B Crescimento 30% 28% 8% Estabilidade 40% 14% 12% Recessão 30% -4% 7% Os retornos esperados de cada título são: E (RA) = (28% x 30%) + (14% x 40%) + (– 4% x 30%) = 12,8% E (RB) = (8% x 30%) + (12% x 40%) + (7% x 30%) = 9,3% 550 Diversificação do risco Supondo que cada ativo receba 50% do investimento, temos: 𝑬 𝑹𝒑 = 12,8% × 50% + 9,3% × 50% = 𝟏𝟏, 𝟎𝟓% O desvio-padrão dos retornos dos ativos atinge: 𝝈𝑹𝑨 = 28,0% − 12,8% 2 × 30% + 14,0% − 12,8% 2 × 40% + −4,0% − 12,8% 2× 30% 1 2 = 𝟏𝟐, 𝟒% 𝝈𝑹𝑩 = 8,0% − 9,3% 2 × 30% + 12,0% − 9,3% 2 × 40% + −7,0% − 9,3% 2× 30% 1 2 = 𝟐, 𝟐% O risco da carteira atinge: 𝝈𝒑 = 12,4% × 50% + 2,2% × 50% = 𝟕, 𝟑% 551 Diversificação do risco Para o cálculo do risco de um portfólio, é necessário levar em consideração não somente a participação e o risco de cada ativo individualmente, mas também como os ativos se correlacionam: 𝜎𝑝 = 18,0% − 11,05% 2 × 30% + 13,0% − 11,05% 2 × 40% + 1,5% − 11,05% 2 1 2 𝜎𝑝 = 6,59% Estado de Natureza Retorno Esperado Crescimento E (R) = (28% 50%) + (8% 50%) 18% Estabilidade E (R) = (14% 50%) + (12% 50%) 13% Recessão E (R) = (– 4% 50%) + (7% 50%) 1,5% 552 Gestão de Portfólio e Classes de Ativos Existem inúmeros tipos de ativos que podem compor uma carteira, podendo ser separados em diversas classes em função do risco apresentado: Ações Classe I Classe III Classe II Classe IV Títulos de Renda Fixa Privados Títulos de Renda Fixa Públicos Bens Imóveis 553 Gestão de Portfólio e Classes de Ativos Ações locais • Setor de atividade • Tamanho da empresa • Grau de alavancagem financeira Ações internacionais • Países desenvolvidos | emergentes • Imóveis comerciais • Imóveis residenciais • Títulos locais • Títulos internacionais • Rating do título • Títulos de alto risco e retorno (junk bond) • Títulos do tesouro nacional • Títulos do Banco Central Ações Títulos de Renda Fixa Privados Bens Imóveis Títulos de Renda Fixa Públicos 554 Risco-retorno das classes de ativos Relação de conflito entre risco e retorno de ativos (Farell) R e to rn o E s p e ra d o E (R ) Risco () Rf CML Títulos públicos Renda Fixa Títulos privados Renda Fixa Bens imóveis Ações Internacionais Ações locais Capital de Risco Prêmio pelo Risco Onde: CML |Capital Market Line ⚫ Rf | Taxa de juros de ativos livres de risco 555 Risco-retorno das classes de ativos Medidas financeiras do mercado brasileiro Retorno Realizado Retorno Real Prêmio pela Liquidez Prêmio de Default Prêmio pelo risco de Mercado Ações 28,9% 19,0% • • 28,9% − 19,0% = 9,9% Títulos Privados 25,8% 15,9% • 25,8% − 20,3% = 5,5% • Títulos Públicos 20,3% 10,4% 20,3% − 19,0% = 1,3% • • Selic 19,0% 9,1% • • • Inflação 9,9% • • • • 556 Bibliografia DAMODARAN, Aswath. Corporate finance. 2.ed. New York: John Wiley, 2001. FARRELL JR., James L. Portfolio management. 2.ed. New York: McGraw-Hill, 1997. GRINBLATT, Mark; TITMAN, Sheridan. Financial markets and cosporate strategy. New York: MacGraw-Hill, 1998 SÁ, Geraldo Tosta de. Administração de investimentos: teoria de carteiras e gerenciamento de risco. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. SHARPE, Willian F.; ALEXANDER, Gordon J.: BAILEY, Jeffrey V. Investments, 6.ed. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1999. 557 WEBsites de Interesse Site Conteúdo www.buscape.com.br Comparador de preços www.bondfaro.com.br Comparador de preços www.google.com.br/shopping Google Shopping Brasil (Comparador de preços) www.trivago.com.br Comparador hotéis www.google.com.br/flights/?hl=pt Google Flights (Comparador de passagens aéreas) www.decolar.com Comparador de passagens aéreas www.comparaonline.com.br Comparador de seguros de viagens e de automóvel www.br.investing.com/equities Bolsa em tempo real www.portafolhetos.com.br/supermercados Folhetos de promoções de diversos supermercados www.zaply.com.br Compara preços de supermercados www.foregon.com/cartaodecredito/comparar Compara cartões de crédito www.buscaprev.com.br Compara planos de previdência privada www.bacen.gov.br Banco Central do Brasil, autarquia federal integrante do Sistema Financeiro Nacional, sendo vinculado ao Ministério da Economia. 558 http://www.buscape.com.br/ http://www.bondfaro.com.br/ http://www.google.com.br/shopping http://www.trivago.com.br/ http://www.google.com.br/flights/?hl=pt http://www.decolar.com/ http://www.comparaonline.com.br/ http://www.br.investing.com/equities http://www.portafolhetos.com.br/supermercados http://www.zaply.com.br/ http://www.foregon.com/cartaodecredito/comparar http://www.buscaprev.com.br/ http://www.bacen.gov.br/ WEBsites de Interesse Site Conteúdo www.bloomberg.com Bloomberg L.P., empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro e agência de notícias operacional em todo o mundo com sede em Nova York. www.bndes.gov.br Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, empresa pública federal, com sede no Rio de Janeiro, cujo principal objetivo é o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira. www.bovespa.com.br Bovespa (B3) é a bolsa de valores oficial do Brasil, sediada em São Paulo. Em 2017, era a quinta maior bolsa de mercado de capitais e financeiro do mundo, com patrimônio de USD 13 bi. www.cvm.gov.br Comissão de Valores Mobiliários, autarquia vinculada ao Ministério da Economia do Brasil. www.economist.com The Economist é uma publicação inglesa de notícias e assuntos internacionais, editada em Londres (UK). Está em publicação contínua desde a sua fundação, em setembro de 1843. www.fiesp.com.br Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, filiada à Confederação Nacional da Indústria, reúne 52 unidades representativas no estado de São Paulo, que representam 133 sindicatos patronais e 130 mil indústrias. www.m.sebrae.com.br Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, entidade que apoia e fomenta a criação, a expansãoe a modernização das micro e pequenas empresas, capacitando-as para cumprir com eficácia o seu papel no processo de desenvolvimento econômico e social. www.ipea.gov.br Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, vinculado ao Ministério da Economia. Pesquisas, suporte técnico e institucional às ações governamentais para formulação/reformulação de políticas públicas e programas de desenvolvimento. www.reuters.com A maior agência internacional de notícias do mundo (britânica). Foco em tópicos econômicos, mas vendeu-os à Bloomberg ou Associated Press. 559 http://www.bloomberg.com/ http://www.bndes.gov.br/ http://www.bovespa.com.br/ http://www.cvm.gov.br/ http://www.economist.com/ http://www.fiesp.com.br/ http://www.m.sebrae.com.br/ http://www.ipea.gov.br/ http://www.reuters.com/ 10Gravuras Tirinhas: Mafalda (Quino), Níquel Náusea (Gonsales), Calvin (Bill Waterson) Viver sem ler é perigoso, porque te obriga a acreditar no que te dizem. 561 If You think Education is expensive, try ignorance! Se você acha que a educação custa caro, experimente a ignorância! Derek Bok, advogado e educador americano, formado na Universidade de Harvard (Cambridge, Massachusetts, USA), além de já ter sido seu presidente. 3 Obrigado! Prof. Manoel Araújo de Medeiros, PhD